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Memorex - Medicina Preventiva

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Fala, Estrategista! Beleza?
Eu sou o Bruno, médico formado pela UFMT de Cuiabá e 
Residente de Pediatria na USP de São Paulo. Neste espaço, vou 
contar um pouco sobre como foi minha preparação para as provas 
de Residência e dar umas dicas para você que está nessa luta!
Sei bem como é cansativo e estressante este momento de 
preparação para as provas. A gente fica pilhado, inseguro e, muitas 
vezes, com a impressão de que não estamos saindo do lugar. No 
entanto, eu posso afirmar que o esforço bem direcionado sempre 
traz bons resultados! Portanto, apesar de o caminho ser árduo, 
não desanime e bora pra cima – a recompensa virá!
Comecei a ficar ligado nas provas quando eu estava no 8º 
semestre do curso de Medicina. Tive um professor de Obstetrícia 
que era conhecido por seu temido hábito de reprovar alunos 
aplicando uma prova “casca grossa”. Na base do medo, estudei 
muito para essa prova, aí eu percebi que havia visto, praticamente, 
todo o conteúdo de Obstetrícia que é cobrado nos concursos 
de Residência Médica! Pensei na trabalheira que seria estudar 
tudo de novo quando fosse me preparar para os exames, então 
achei que seria mais prudente estruturar uma revisão periódica 
da matéria ao invés de começar “do zero” quando chegasse essa 
fase.
Assim, de vez em quando, e de forma despretensiosa, eu 
fazia umas questões de Obstetrícia, só para manter o assunto na 
cabeça. Achei isso bem legal, pois, nas rodas de conversa entre 
os alunos, sempre pingava uma dúvida ou outra sobre o tema e 
eu sabia responder, mesmo quando estava em outros estágios! 
Peguei gosto por essa estratégia e já emendei os estudos de 
Ginecologia, Medicina Preventiva e Pediatria. Uma coisa que me 
motivou muito foram as notas que eu alcançava nos simulados, 
elas disparavam conforme eu ia estudando. Essa, com certeza, foi 
a fase mais massa: em 2 ou 3 meses, saí de 60% de acertos para 
quase 80%, apenas porque sabia bem GO, Ped e Preventiva. 
Nesse momento, eu estava na metade do meu quinto 
ano de faculdade e foi aí que conheci o Estratégia MED! Até 
então, eu tinha estudado apenas com materiais preparatórios que 
meus amigos me emprestavam (eu era do time dos pés-rapados, 
que não tinham condições de pagar um curso preparatório). No 
começo de 2021, o EMED estava sendo lançado, com simulados 
em que você poderia conquistar bolsas de estudo. Fiquei meio 
desconfiado, afinal essa oportunidade estava caindo do céu, mas 
resolvi fazer uma dessas primeiras provas com direito a bolsa e 
imagine... consegui o singelo desconto de... 100% no curso. É 
claro que havia um receio por ser uma empresa nova nessa área 
de concursos de medicina, mas como dizem que “de graça até 
injeção na testa” eu resolvi tentar. E, imediatamente, meu caso 
com o EMED tornou-se de amor à primeira vista! As aulas são 
muito completas e trazem um raciocínio bem construído, sempre 
direcionado para as questões das provas de todas as instituições. 
Além disso, adorei a proximidade com os professores, sem contar 
a maravilha que é o banco de questões! Desde aí até o final da 
minha preparação, passei boas horas na plataforma do EMED. E, 
claro, virei fanboy da marca e passei a divulgar o Estratégia Med 
para todos os meus amigos! Rs
Certo, mas, depois de conhecer bem a forma como GO, 
Ped e Prev são cobrados nas provas de Residência, a gente chega 
em Clínica Médica e Cirúrgica, aí... bate aquele desânimo, a 
sensação é de que não tem como estudar tudo. De fato, você 
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não vai conseguir estudar tudo! Mas não fique frustrado com isso, 
porque não há necessidade nenhuma de ver os detalhes de cada 
um dos temas. Percebi que cada uma das bancas examinadoras 
tem seus temas preferidos dentro dessas duas grandes áreas, 
assim sendo, fiz um estudo bastante direcionado apenas para o 
que seria cobrado nas provas das instituições do meu interesse. 
Assim, no começo do meu 6º ano, eu já tinha estudado “tudo” 
o que era mais relevante para mim. Já estava acertando entre 80 e 85% 
nos simulados. Daí, foi só manter os temas revisados e treinar com 
questões que os bons resultados vieram de forma bem natural e, de 
verdade, eu não esperava menos do que a minha aprovação! Fui para 
as provas com a mente leve, como se fosse fazer mais um simulado na 
íntegra...só mais uma prova entre as inúmeras que eu já havia feito ao 
longo dos dois últimos anos. Não deu outra: conquistei o 1º lugar na 
Unicamp, no ENARE, no IAMSPE e no SUS-SP (com direito a ter obtido a 
maior nota do país na prova teórica) e, ainda, o 3º lugar na USP-SP (com 
o maior número de acertos na prova teórica). Deu bom e, adivinhem, 
para completar, surgiu essa grande oportunidade de entrar para o time 
do EMED! 
Uma coisa que sempre falo para meus amigos que estão se 
preparando para as provas: eu não passei noites sem dormir para estudar, 
não deixei de fazer minhas atividades físicas, nem de me alimentar 
direito e muito menos de jogar meu videogame que tanto gosto. Não 
estou falando que foi fácil, mas acredito que o segredo para uma boa 
preparação é manter a cabeça saudável! Garanto que seu estudo vai 
render muito mais, pois, dessa forma, a capacidade de concentração 
e retenção na memória fica bem melhor do que quando estamos no 
“modo zumbi”. 
Se você está no quinto ano, comece a se preparar agora para 
distribuir melhor sua carga de estudos ao longo desses dois anos. Se 
está no sexto, faça um estudo bem direcionado para a banca que você 
quer. E se você já se formou, trabalhe a menor quantidade de horas 
possível na semana para conseguir manter uma boa qualidade de vida e 
ter bastante tempo livre para estudar. 
Como eu disse, o esforço bem direcionado sempre traz bons 
resultados! 
Sinta-se à vontade para falar comigo pelas redes sociais. 
Bora pra cima, Coruja!
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SUMÁRIO
1.0 MEDICINA PREVENTIVA 6
1.1 MEDIDAS DE SAÚDE COLETIVA 1: INDICADORES DE MORBIDADE 6
1.2 MEDIDAS DE SAÚDE COLETIVA 2: INDICADORES DE MORTALIDADE 9
1.3 MEDIDAS DE SAÚDE COLETIVA 3: INDICADORES DEMOGRÁFICOS E TRANSIÇÃO DEMOGRÁFICO-
EPIDEMIOLÓGICA 13
1.4 PROCESSO SAÚDE-DOENÇA 14
1.6 PROCESSOS EPIDÊMICOS E EPIDEMIOLOGIA DAS DOENÇAS INFECCIOSAS 16
1.7 PRINCÍPIOS E DIRETRIZES DO SUS 17
1.7.1 POLÍTICA NACIONAL DE ATENÇÃO BÁSICA (PNAB) 19
1.8 MARCOS LEGAIS DO SUS E FINANCIAMENTO DO SUS 20
1.8.1 SOBRE A LEI Nº 8.080/1990 20
1.8.2 SOBRE A LEI Nº 8.142/1990 22
1.8.3 SAÚDE COMPLEMENTAR E SUPLEMENTAR 26
1.9 PROCESSO DE REGIONALIZAÇÃO E DESCENTRALIZAÇÃO DO SUS 27
1.10 HISTÓRIA DO SUS 29
1.11 ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE 30
1.12 MEDICINA DE FAMÍLIA E COMUNIDADE (MFC) 32
1.12.1 FERRAMENTAS PARA ABORDAR O CONTEXTO SOCIAL DO PACIENTE 33
1.12.2 PROTOCOLO SPIKES 35
1.13 ÉTICA MÉDICA 36
1.14 PESQUISA EPIDEMIOLÓGICA E MEDIDAS DE ASSOCIAÇÃO 37
1.14.1 DESENVOLVIMENTO DE VACINAS E MEDICAMENTOS 40
1.14.2 TABELA DE CONTINGÊNCIA E ANÁLISE DOS DADOS DE UM ESTUDO 41
1.14.3 RISCO ATRIBUÍVEL 41
1.14.4 REDUÇÃO ABSOLUTA DO RISCO E REDUÇÃO RELATIVA DO RISCO 42
1.14.5 NÚMERO NECESSÁRIO PARA TRATAR (NNT) 44
1.14.6 RAZÃO DE PREVALÊNCIAS 45
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1.14.7 ODDS RATIO 46
1.15 TESTES DIAGNÓSTICOS 48
1.15.1 RAZÃO DE VEROSSIMILHANÇA52
Estratégia MED | Medicina Preventiva | Memorex do Estratégia MED 6
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MED
CAPÍTULO
1.0 MEDICINA PREVENTIVA
A Medicina Preventiva é uma grande área, que tem a melhor 
relação de Esforço X Retorno. Os temas são restritos e costumam 
se repetir bastante nas provas! O problema é que acaba sendo 
desinteressante para boa parte dos alunos. 
Eu mesmo tive essa sensação enquanto estudava, de que 
deveria estar estudando “medicina” ao invés de medidas de 
associação. Mas, depois que comecei minha Residência , percebi 
que os conceitos abordados por essa área são essenciais para que 
o médico consiga analisar criticamente os estudos, fluxogramas e 
suas próprias condutas. É a base da famosa “Medicina Baseada em 
Evidências”. 
Então, não fique frustrado caso os temas não soem 
interessantes para você. Garanto que valerá a pena quando estiver 
no seu tão sonhado programa de Residência Médica! 
Muito mais do que decorar esses conceitos todos, recomendo 
fortemente que você os compreenda. Isso porque as provas mais 
concorridas já passaram da fase de cobrar conceitos de forma 
direta! Bancas como a USP-SP, USP-RP, Unicamp e Unifesp gostam 
de colocá-los em situações práticas. 
Teremos, aqui, apenas um guia rápido para você consultar 
fórmulas e conceitos, mas não deixe de estudar esses temas a 
fundo com nossas aulas do Extensivo, beleza?
1.1 MEDIDAS DE SAÚDE COLETIVA 1: INDICADORES DE MORBIDADE
Estrategista, dê uma olhada nos seguintes conceitos! Adianto 
que muitos examinadores fazem confusão com eles (confundindo, 
por exemplo, taxa com razão), então é importante que você analise 
criticamente cada uma das alternativas das questões sobre o tema 
e, se necessário, assinale a “menos pior”. 
De toda forma, é importante que você aprenda o que é certo! 
Especialmente sobre os coeficientes, que são capazes de aferir 
RISCO (informação cobrada com frequência nas provas, beleza?).
Estratégia MED | Medicina Preventiva | Memorex do Estratégia MED 7
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A seguir, temos as fórmulas para cálculo dos diversos tipos de coeficientes. Como comentei anteriormente, recomendo que você se 
apegue nos porquês, e não simplesmente na fórmula decorada.
Medida 
relativa
Descrição Exemplo Afere risco?
Proporção 
simples
Conceito geral: medidas relativas em que o 
numerador está contido no denominador. Nem 
todas aferem risco epidemiológico, apenas as 
proporções do tipo coeficiente.
Depende do tipo de proporção, se é 
simples ou se é coeficiente. 
Depende do tipo de 
proporção.
Proporções simples: identificam quem tem 
e quem não tem determinado status (quem 
tem uma determinada doença ou agravo, por 
exemplo), mas não avaliam mudanças de status 
(de saudável para doente ou de doente para 
saudável, por exemplo).
Mortalidade proporcional e todos 
os tipos de prevalência (pontual, 
prevalência de período e prevalência 
de vida toda).
Não.
Proporções do tipo coeficiente: são proporções 
especiais, que têm a capacidade de indicar uma 
mudança de status ao longo do tempo, ou seja, 
os indivíduos começam com um status no início 
do período de observação e parte deles termina 
com outro status ao final desse período.
Coeficiente de incidência ou 
incidência acumulada, coeficiente 
de mortalidade geral, coeficiente de 
mortalidade específica, letalidade, 
mortalidade infantil, mortalidade 
perinatal. 
Sim.
Razão
medidas relativas em que o numerador não está 
contido no denominador.
Razão de sexos, razão de mortalidade 
materna.
Não.
Taxa
Conceito geral: medida relativa que informa 
como o numerador varia em função do 
denominador, sendo que o denominador tem a 
variável tempo.
Depende se é uma taxa absoluta ou 
relativa, acompanhe a seguir.
----
Taxa absoluta: quando o denominador contém 
apenas a variável tempo.
Não temos representantes em 
epidemiologia, mas a velocidade 
de um carro, que indica quantos 
quilômetros foram percorridos 
na unidade do tempo, é um bom 
exemplo.
Não.
Taxa relativa: quando o denominador contém 
uma segunda variável além do tempo (pessoa-
tempo). Dessa forma, informam a velocidade 
de aparecimento de um evento em saúde na 
unidade do tempo.
Densidade de incidência, densidade 
de letalidade. 
Não.
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Quando estiver com a sensação de que estão faltando informações no enunciado para o cálculo da prevalência ou incidência, lembre-
se da fórmula a seguir, que é baseada em tempo de duração da doença: 
Existem muitas questões bem elaboradas que trazem contextos clínicos, sociais ou de estudos epidemiológicos, para as quais devemos 
ter em mente as seguintes características que diferenciam a incidência da prevalência. 
Mantenha os conceitos a seguir sempre revisados, hein?
1.2 MEDIDAS DE SAÚDE COLETIVA 2: INDICADORES DE MORTALIDADE
Estrategista, este é um tema muito frequente nas provas. 
Recomendo fortemente que você fique atento à diferença entre 
mortalidade geral, proporcional e específica! Além de esses 
conceitos serem cobrados de forma direta, às vezes, aparecem na 
forma de pegadinhas, em que o examinador mistura os significados 
desses indicadores!
Enfatizo que os coeficientes de mortalidade dão ideia de 
risco. 
Prevalência (P) = Incidência (I) x Tempo de duração da doença (D).
P = I x D
Incidência Prevalência
Doenças agudas ou de curta duração.
Acompanhamento de processos epidêmicos.
Doenças crônicas ou de longa duração.
Estudos com delineamento longitudinal do tipo prospectivo 
(coortes, ensaios clínicos e ensaios de campo).
Estudos de delineamento transversal. 
Investigações etiológicas, exceto em coortes de sobreviventes 
(nesse caso, preferir a prevalência).
Planejamento de ações e administração de serviços de saúde 
(dimensionamento de recursos). 
Indicador Risco aferido
Mortalidade geral Risco geral de morte na população, independentemente de idade, gênero ou causa. 
Letalidade Risco de óbito pela doença na população doente.
Mortalidade específica por uma 
causa
Risco de morte pela doença na população em risco de adoecimento (ou seja, 
população que ainda está saudável). Considera a incidência e a letalidade em uma 
medida só, já que avalia o risco de adoecer por uma determinada causa e, uma vez 
adoecendo, morrer por aquela causa. 
Tabela 1 – Riscos de óbito segundo os indicadores de mortalidade e letalidade. 
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Assim como existe uma correlação entre prevalência, incidência e duração da doença, temos uma correlação entre incidência, letalidade 
e mortalidade específica. É bom ter a fórmula a seguir na manga:
Agora, vou pedir para você ter atenção redobrada, 
Estrategista! Mortalidade materna e infantil é o tipo de tema que 
certamente estará presente na sua prova. 
A maioria das questões sobre o tema exige que você 
conheça os numeradores e denominadores desses indicadores. 
Aqui vale a pena decorar, beleza? Mais do que isso, na verdade: 
é necessário conhecer quais fatores influenciam cada um desses 
indicadores. Isso é cobrado com frequência em questões mais 
conceituais. 
Coeficiente geral de mortalidade (CGM) = Número total de óbitos da localidade x 1.000 
 População residente da localidade 
 
Observações: 1. Considerar o mesmo espaço geográfico e o mesmo período de observação para o numerador e o denominador; 2. Considerar a população que existia na metade do período. Por 
exemplo, para o ano de 2020, considerar a população em 01/07/2020. 
Coeficiente de mortalidade específica = Número de óbitos com uma determinada característica x 100.000População que apresenta aquela característica
Mortalidade proporcional = Número de óbitos com uma determinada característica x100
 Óbitos totais 
Coeficiente de letalidade (ou fatalidade) = Número de óbitos causados pela doença x 100
 Número total de casos confirmados da doença
Observação: considerar sempre o mesmo espaço geográfico e o mesmo período de observação para o numerador e o 
denominador.
 Letalidade de uma doença = Mortalidade específica pela doença
 Incidência da doença
ou 
 L = M/I
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Razão de Mortalidade Materna (RMM) = Número de óbitos maternos x 100.000
 Número de nascidos vivos
CMI = Número de óbitos em menores de 1 ano de idade x 1.000
 Número de nascidos vivos
Observação: considerar sempre o mesmo espaço geográfico e o mesmo período de observação para o numerador e o denominador. 
Figura 21 – Períodos do primeiro ano de vida de uma criança. O primeiro ano pode ser subdividido em dois períodos principais: o período neonatal, que vai desde o 
nascimento até o 27° dia completo de vida e o período pós-neonatal, que inicia no 28° e vai até o 364° dia completo de vida. Por sua vez, o período neonatal pode ser 
subdividido em mais dois componentes: o período neonatal precoce (0 a 6 dias completos de vida) e o neonatal tardio. 
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A seguir, temos um coeficiente peculiar: o de mortalidade perinatal. Lembre-se de que incluímos os natimortos no numerador e no 
denominador! Algumas questões conceituais tentam confundir os candidatos, falando que apenas nascidos vivos são incluídos no cálculo 
desse coeficiente. 
Por fim, temos alguns indicadores de mortalidade 
proporcional que são bem interessantes! O Indicador de Swaroop-
Uemura avalia, proporcionalmente, quantos óbitos ocorreram em 
pessoas mais velhas em uma população. 
Considerando que a morte faz parte da vida e é inevitável, 
para uma avaliação positiva de desenvolvimento humano, acaba 
sendo “mais interessante” que a maior parte das mortes ocorra em 
pessoas mais velhas! Quando mais de 75% das mortes ocorrem em 
> 50 anos, temos um bom indicador de desenvolvimento da região. 
Depois de calcular o índice, podemos classificar a região 
em grupos. Aqui, quanto maior o número do grupo, pior é o 
desenvolvimento da região!
• Grupo 1: > 75% das mortes ocorrem em > 50 anos.
• Grupo 2: entre 50% e 74%.
• Grupo 3: entre 25% e 49%.
• Grupo 4: < 25%.
Outra forma de avaliar a mortalidade proporcional de uma 
população é utilizar as curvas de Nelson de Moraes. O raciocínio é 
o mesmo: mortalidade concentrada em população mais velha fala 
a favor de um bom nível de saúde de uma região. 
! Atenção: quanto maior o número do tipo da curva, melhor 
é o desenvolvimento da região! Note que é o contrário do que 
vimos no Indicador de Swaroop-Uemura, em que grupos de número 
maior indicam um pior desenvolvimento. 
Coeficiente de mortalidade perinatal= (Óbitos fetais a partir da 22ª semana + Óbitos infantis até 7 dias) x 1.000
 Número total de nascimentos*
*Número total de nascimentos = número de óbitos fetais a partir da 22ª semana + nascidos vivos.
Indicador de Swaroop-Uemura = Número de óbitos ≥ 50 anos x 100
 Número total de óbitos
ISU baixo (<75%) ISU elevado (≥75%)
Nível de desenvolvimento da região médio ou baixo elevado
Coeficiente de mortalidade infantil médio a elevado baixo
Componente predominante pós-neonatal neonatal
Principais causas de óbitos infantis
desnutrição proteico-calórica, infecções 
pulmonares (como pneumonia) e diarreia
Fatores biológicos (principalmente 
anomalias genéticas)
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1.3 MEDIDAS DE SAÚDE COLETIVA 3: INDICADORES DEMOGRÁFICOS E TRANSIÇÃO DE-
MOGRÁFICO-EPIDEMIOLÓGICA
Estrategista, essas medidas aparecem com menos frequência 
nas provas de Residência. 
No entanto, é importante que você conheça as fórmulas para 
não ser pego de surpresa! Apesar de infrequentes, elas costumam 
ser cobradas de forma bem direta, no mais clássico estilo “sabe ou 
não sabe”. 
A Unifesp costuma trazer questões pontuais exigindo esses 
conhecimentos. Vale a pena dar uma olhada com carinho nas 
seguintes fórmulas: 
Tabela 10 – Padrões de níveis de saúde identificados por Nelson de Moraes. 
Tipo de curva Formato Nível de saúde
Curva tipo 1 N invertido Muito baixo
Curva tipo 2 J invertido Baixo
Curva tipo 3 V ou U Regular
Curva tipo 4 J Elevado
Na taxa de fecundidade geral (TFG), dividimos o número de 
nascidos vivos em um determinado período pelo número total de 
mulheres em período reprodutivo na localidade. 
 TFG = Número de nascidos vivos em uma determinada localidade em um intervalo de tempo x 1.000
 População de mulheres em idade fértil naquela localidade no mesmo intervalo de tempo
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1.4 PROCESSO SAÚDE-DOENÇA
Estrategista, estamos diante de um tema muito querido para 
as provas de Residência. E é interessante como os examinadores 
fazem questões bem legais sobre este tema!
Isso porque dificilmente temos questões conceituais diretas 
sobre esse tema. A maioria das questões exige que o candidato 
conheça os conceitos a ponto de conseguir aplicá-los em situações 
práticas: indicação de alguma prevenção, críticas em relação a um 
rastreamento, implantação de algum tratamento ou rastreamento 
na população etc.
Mas, para ter um raciocínio bem elaborado nessas questões, 
tenha sempre os seguintes conceitos frescos na sua memória, ok?
Proporção de idosos = Número de indivíduos ≥ 60 anos x 100
 População total*
*Como estamos diante de um indicador que usa a idade, excluímos os indivíduos com idade ignorada. 
Índice de envelhecimento = Número de indivíduos ≥ 60 anos x 100
 Número de indivíduos < 15 anos
Razão de dependência = Indivíduos entre 0 e 14 anos (ou < 15 anos) + Indivíduos ≥ 60 anos x 100
 Indivíduos entre 15 e 59 anos
ou
Razão de dependência = População economicamente inativa x 100 
 População economicamente ativa 
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MED
! PARA FACILITAR: Correlacione os níveis de prevenção com os períodos da história natural da doença. 
• Prevenção primordial ou primária: atua no período de pré-patogênese.
• Prevenção secundária: atua no período de patogênese precoce, quando ainda não temos uma doença discernível ou sintomas. 
• Prevenção terciária: atua no horizonte clínico sintomático. 
O modelo de Determinantes Sociais de Saúde proposto por Dahlgren e Whitehead é queridinho de algumas bancas específicas, como 
a UNICAMP. Tenha atenção a quais determinantes conseguimos mudar e a quais são “imutáveis”, beleza?
IATROGENIA
SAUDÁVEL DOENTE
• Ocorre devido a uma intervenção médica 
que resulta em algum dano à saúde do 
indivíduo. 
Ex.: a colonoscopia pode resultar em uma 
perfuração intestinal.
SOBREDIAGNÓSTICO
• Diagnostica-se um agravo que não geraria sintomas ou 
provocaria a morte do paciente. O sobrediagnóstico transforma 
uma pessoaem paciente sem necessidade, conduzindo esse 
indivíduo a tratamentos que não geram qualquer benefício. Ex.: 
na mamografia, é detectada uma lesão na mama, mas que não 
evoluiria para nenhum quadro clínico ou risco de morte.
MEDICALIZAÇÃO
• Quando situações normais da existência humana passam a ser objeto de abordagem médica desnecessária. Ex.: usar 
antidepressivos para auxiliar uma pessoa a lidar com o luto. Sabemos que a perda de um parente naturalmente leva a 
um estado de tristeza. As palavras supermedicalização ou hipermedicalização também já foram encontradas em 
questões.
SOBRERRASTREAMENTO
• Procede-se o rastreio desnecessário de uma condição clínica em 
um indivíduo ou grupo de indivíduos que não atendem aos 
critérios de rastreamento. Ex.: médico decide rastrear câncer de 
mama em jovens de 20 anos através da ultrassonografia, mas não 
há evidência científica para o rastreamento nessa idade, nem com 
esse exame. Nesse caso, corre-se o risco de detectar alterações 
que não gerariam qualquer transtorno à saúde das pacientes, o 
que poderia conduzir a planos terapêuticos desnecessários.
SOBRETRATAMENTO
• Refere-se a duas situações: (1) tratar agravos 
que não evoluiriam para algum estado de 
adoecimento significativo ou (2) optar por 
tratamento mais prolongado ou complexo do 
que o necessário. Ex.: tratar lesões mal 
definidas na mamografia que não evoluiriam 
para um câncer de mama ou prorrogar uma 
radioterapia em paciente que já não necessita.
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MED
Para finalizar, temos as três dimensões de vulnerabilidade. É um tema que vem sendo cobrado nos últimos anos. Recomendo que você 
os conheça, pois as questões sobre o assunto são bem diretas!
1.6 PROCESSOS EPIDÊMICOS E EPIDEMIOLOGIA DAS DOENÇAS INFECCIOSAS
Estamos diante de um tema que ganhou notoriedade nos 
últimos anos. 
As formas como os examinadores abordam esse tema são 
bem variadas:
• Questões conceituais diretas para diferenciar endemia, 
epidemia e pandemia. 
• Etapas para a construção de um diagrama de controle. 
• Abordagem de fatores que interferem no controle de 
uma epidemia. 
O gráfico a seguir sintetiza bem os pontos-chave do tema: 
DIMENSÃO 
INDIVIDUAL
Grau e qualidade da informação 
que as pessoas dispõem sobre 
os problemas de saúde, sua 
elaboração e aplicação prática, 
ou seja, o que a pessoa 
(individualmente) pensa, faz e 
quer, que a expõe a um agravo 
à saúde.
DIMENSÃO 
SOCIAL
O acesso aos meios de 
comunicação, a disponibilidade 
de recursos, poder participar 
de decisões políticas e em 
instituições.
DIMENSÃO 
PROGRAMÁTICA
Avaliação e monitoramento dos 
programas, do compromisso 
das instituições, dos recursos e 
da gerência nos diferentes 
níveis de atenção.
Valores; crenças; atitudes; 
situação física, psicológica e 
emocional; conhecimentos; 
comportamentos; relações 
familiares, afetivas, sexuais, de 
amizade; etc
Acesso à saúde, cultural, lazer, 
educação, mídia; participação 
política; cidadania; emprego; 
relações de gênero, de 
raça/etnia, entre gerações; etc.
Acesso aos serviços; qualidade 
dos serviços; governabilidade; 
preparo técnico dos 
profissionais; atividades 
intersetoriais; organização do 
setor de saúde; recursos 
humanos e materiais para as 
políticas; etc.
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MED
Além disso, neste tema, temos as características do agente etiológico. 
! PARA FACILITAR: A letalidade sempre vai ser menor que a virulência, que, por sua vez, sempre será menor do que a patogenicidade. 
Note que são grupos que estão bem correlacionados. 
Patogenicidade = número de casos que desenvolvem a doença x 100
número total de infectados
Virulência = número de casos graves e fatais x 100
número de casos confirmados da doença
Letalidade = número de casos fatais ou óbitos da doença x 100
 número de casos confirmados da doença
1.7 PRINCÍPIOS E DIRETRIZES DO SUS
Sei que é esse tema que vem a sua mente quando você pensa 
em “estudar preventiva”! De fato, ele sempre aparece nas provas. 
Além disso, Estrategista, este tema tem muitas questões 
capciosas, baseadas em uma minuciosa interpretação de texto. 
Conforme você for treinando, naturalmente um "jogo de cintura" 
vai sendo desenvolvido. A dica que eu posso dar é optar pelo que 
for mais direto! 
Como assim? Comece lendo o que a questão está pedindo 
de fato e depois leia as alternativas. Depois, vá para o enunciado e 
não fique “viajando” muito. Se acontecer de você ficar justificando 
Estratégia MED | Medicina Preventiva | Memorex do Estratégia MED 18
Memorex do Estratégia MEDMEDICINA PREVENTIVA Estratégia
MED
sua resposta com muitos “e se…”, a chance de errar é grande! Não 
fique “fosforilando” muito, apenas marque o que soar mais direto. 
Hoje em dia, nas provas mais concorridas, não temos 
questões que abordam definições literais dos conceitos a seguir. 
A tendência dos examinadores é apresentar um cenário prático e 
exigir do candidato a “visualização” dos princípios e das diretrizes 
nesse cenário. Então, leia o enunciado já tentando identificar qual é 
o princípio ou a diretriz mais correlacionado com o contexto.
Para isso, é importante conhecer os detalhes de cada um 
desses conceitos. Como este é um material voltado para consultas 
rápidas, trarei apenas alguns macetes para facilitar a memorização. 
! PARA FACILITAR: Os princípios são os que começam com 
VOGAIS. Sempre leia e releia se o examinador está perguntando 
sobre uma diretriz ou um princípio na questão, ok? Confundir o 
candidato com esses conceitos é uma pegadinha das antigas, mas 
que ainda funciona.
Apesar de os princípios e as diretrizes 
do SUS serem amplamente conhecidos pelos 
profissionais de saúde, nem todos aparecem 
de forma explícita na Constituição Federal 
de 1988. 
Os que estão explícitos encontram-se 
no artigo 198 e são os seguintes: 
UNIVERSALIDADE
EQUIDADE
PARTICIPAÇÃO
POPULAR
REGIONALIZAÇÃO E 
HIERARQUIZAÇÃO
DESCENTRALIZAÇÃO
E COMANDO ÚNICO
INTEGRALIDADE
PRINCÍPIOS DOUTRINÁRIOS
PRINCÍPIOS ORGANIZATIVOS
CONSTITUIÇÃO FEDERAL DE 1988
Princípios e Diretrizes
Implícitos (art. 196 e 198)
Universalidade
Igualdade
Regionalização
Hierarquização
Explícitos (art. 198)
Participação da
Comunidade
Atendimento Integral
(Integralidade)
Descentralização
Memorize: CID
Estratégia MED | Medicina Preventiva | Memorex do Estratégia MED 19
Memorex do Estratégia MEDMEDICINA PREVENTIVA Estratégia
MED
1.7.1 POLÍTICA NACIONAL DE ATENÇÃO BÁSICA (PNAB)
Tivemos PNAB em 2006, 2010, e a mais recente é 
de 2017. Saliento que essa Política traz a Atenção Básica 
(AB) como sinônimo de atenção primária em saúde. 
A PNAB também define o que é Atenção Básica: conjunto de 
ações de saúde individuais, familiares e coletivas que envolvem 
promoção, prevenção, proteção, diagnóstico, tratamento, 
reabilitação, redução de danos, cuidados paliativos e vigilância em 
saúde, desenvolvida por meio de práticas de cuidado integrado 
e gestão qualificada, realizada com equipe multiprofissional e 
dirigida à população em território definido, sobre o qual as equipes 
assumem responsabilidade sanitária.
Como a regionalização e a hierarquização são uma diretriz da 
PNAB, cada ente federativo tem suas principais responsabilidades. 
De uma forma geral:
com o Ministério da Educação, as mudanças curriculares 
nos cursos de saúde, destinar recursos financeiros.
• Estados: divulgar periodicamente os relatórios de 
indicadores da AB, prestar apoio institucional aos 
municípios, fortalecer ESF como estratégia prioritária 
para organização da AB.
• Municípios: organizar/implementar os serviços de 
AB e o fluxo de pessoas, alimentar os sistemas de 
informação, garantir o cumprimento da carga horária 
dos profissionais da APS.
• Comuns a todos: contribuirpara o financiamento 
tripartite da AB, seguir os princípios doutrinários do 
SUS, garantir provimento e estratégia de fixação para 
profissionais da AB.
! PARA FACILITAR: Cada ente federativo pode ter seu papel na 
PNAB definido por um “verbo-chave”. São os que estão sublinhados 
no texto acima. • União: definir e rever as diretrizes da PNAB, articular, 
PESSOAS INFORMAÇÃO
LEI Nº 8.080/1990 - PRINCÍPIOS (art. 7º)
RESOLVER, INTEGRAR,
CONJUGAR E ORGANIZAR (RICO)
VIOLÊNCIA CONTRA
MULHER
Atendimento para mulheres e 
vítimas de violência doméstica 
em geral
(Têm autonomia e acesso, participam, 
são iguais e recebem atendimento integral.)
Universalidade Preservar autonomia
de pessoas
Participação da
Comunidade
Direito à informação
Divulgação de
informações
Igualdade
Integralidade
Epidemiologia para
estabelecer prioridades
Capacidade de resolução
em todos os níveis
Conjugar recursos 
financeiros, tecnológicos, 
materiais e humanos das 3
esferas 
Integração de saúde, meio 
ambiente e saneamento
básico
Organizar serviços (evitar
duplicidade de meios 
para fins idênticos)
Descentralização com 
direção única em cada esfera
Ênfase para 
os municípios
Regionalização e 
Hierarquização
ESFERAS DO GOVERNO
Estratégia MED | Medicina Preventiva | Memorex do Estratégia MED 20
Memorex do Estratégia MEDMEDICINA PREVENTIVA Estratégia
MED
1.8 MARCOS LEGAIS DO SUS E FINANCIAMENTO DO SUS
Estrategista, neste tópico, vamos focar a abordagem no funcionamento do SUS. 
Sugiro que você tenha bastante atenção sobre quais são as atribuições de cada ente federativo na Saúde. Algumas palavras-chaves 
são recorrentes, como “coordenação”, “execução”, “supervisão”, “implementação” etc. Saber assimilar esses termos com seu respectivo 
responsável vai ajudá-lo a não ter aquela dúvida entre duas alternativas! 
1.8.1 SOBRE A LEI Nº 8.080/1990
Os quadros a seguir, basicamente, detalham as competências de cada esfera do governo e como isso tudo é organizado. O raciocínio é 
basicamente o mesmo que discutimos na PNAB:
• Município: executa.
• Estado: complementa e apoia o município.
• União: direciona. 
PRINCÍPIOS
• Universalidade
• Equidade
• Integralidade
DIRETRIZES
• Regionalização e
Hierarquização
• Cuidado centrado
na pessoa
• Coordenação do
cuidado
• Territorialização
• Resolutividade
• Ordenação da
rede
• População
Adscrita
• Longitudinalidade
do cuidado
• Participação da
comunidade
POLÍTICA NACIONAL DE ATENÇÃO BÁSICA
Compete à
direção federal
• definir e coordenar os sistemas;
• definir critérios, parâmetros e 
métodos;
• formular políticas, diretrizes e 
normas;
• implementar políticas;
• controlar e fiscalizar a execução 
de recursos federais;
• dar suporte às demais esferas;
• executar vigilância sanitária de 
portos, aeroportos e fronteiras.
• realizar ações em caráter 
complementar/suplementar à 
União e aos municípios; 
• participar da formulação da 
política, do controle e da 
avaliação de ações junto à União 
e aos municípios;
• planejar e coordenar a rede no 
âmbito estadual;
• gerir serviços de alta 
complexidade de referência 
estadual e regional;
• apoiar técnica e financeiramente 
os municípios;
• realizar outras atividades no 
âmbito da unidade federada.
• administrar, gerir e executar os 
serviços públicos de saúde;
• formar consórcios 
intermunicipais;
• colaborar na fiscalização;
• articular ações com sua direção 
estadual;
• celebrar contratos e convênios 
com prestadores de serviços 
privados;
• fiscalizar os procedimentos dos 
serviços privados;
• realizar outras atividades no 
âmbito municipal.
Compete à
direção estadual
Compete à
direção municipal
Estratégia MED | Medicina Preventiva | Memorex do Estratégia MED 21
Memorex do Estratégia MEDMEDICINA PREVENTIVA Estratégia
MED
A Norma Operacional Básica nº 01, de 1993, mais conhecida como NOB 93, foi a primeira a esclarecer o 
gerenciamento do processo de descentralização nas três esferas do governo, por meio da CIT, das CIB e dos 
Conselhos Municipais, entre outros temas. As normas operacionais básicas (NOB) e as normas operacionais da 
assistência à saúde (NOAS) serão mais aprofundadas no livro “Processo de descentralização e regionalização do 
SUS”. 
E o que seriam esses conselhos nacionais citados no esquema anterior? Vamos colocá-los em outro esquema 
para facilitar sua comparação.
Conselho Nacional de
Secretários de Saúde (CONASS) 
Conselho Nacional de Secretarias
Municipais de Saúde (CONASEMS)
Conselhos de Secretarias
Municipais de Saúde (COSEMS)
Reúne os gestores das... Secretarias Estaduais de Saúde Secretarias Municipais de Saúde Secretarias Municipais de Saúde
representando os
interesses políticos
comuns dos... 
gestores estaduais de saúde 
em nível nacional.
gestores municipais de saúde 
em nível nacional.
gestores municipais de saúde 
em nível estadual.
para tratar de matérias
referentes à... 
saúde e declarados de utilidade 
pública e de relevante função 
social.
saúde e declarados de utilidade 
pública e de relevante função 
social.
saúde, desde que vinculados 
institucionalmente ao Conasems.
Comissão Intergestores
Tripartite (CIT)
Âmbito federal
• Ministério da Saúde;
• Conselho Nacional de 
Secretários de Saúde 
(Conass);
• e Conselho Nacional de 
Secretarias Municipais de 
Saúde (Conasems). 
Possui representantes do:
Comissão Intergestores
Bipartite (CIB)
Âmbito estadual
• Secretaria Estadual de Saúde 
(SES);
• e Secretarias Municipais de 
Saúde.
Envolve representantes indicados 
pelo Conselho de Secretários 
Municipais de Saúde (Cosems), da:
Comissão Intergestores
Regional (CIR)
Âmbito regional
Está vinculada à SES para efeitos 
administrativos e operacionais, 
devendo observar as diretrizes 
da CIB.
Estratégia MED | Medicina Preventiva | Memorex do Estratégia MED 22
Memorex do Estratégia MEDMEDICINA PREVENTIVA Estratégia
MED
Gestor Comissões
Intergestores
Representações
de gestores
Colegiado
participativo
NACIONAL
ESTADUAL
MUNICIPAL Secretarias Municipais
Ministério da Saúde
Secretarias Estaduais
Regional
Tripartite
Bipartite
dos municípios: Cosems
(nível municipal)
dos estados: Conass
dos municípios: Conasems 
(nível estadual)
Conselho Municipal
Conselho Nacional
Conselho Estadual
1.8.2 SOBRE A LEI Nº 8.142/1990
Sempre que pensar na Lei nº 8.142/1990, dois tópicos centrais devem aparecer na sua memória: participação popular no SUS e 
financiamento do SUS. 
Sobre a participação popular no SUS, as questões costumam ser bem fáceis, então não durma no ponto para não as perder, beleza? 
Muita atenção nas pegadinhas que tentam confundir Conselho e Conferência de Saúde. 
Estratégia MED | Medicina Preventiva | Memorex do Estratégia MED 23
Memorex do Estratégia MEDMEDICINA PREVENTIVA Estratégia
MED
CONSELHO DE SAÚDE CONFERÊNCIA DE SAÚDE
REUNIÃO
• O Plenário do Conselho de Saúde, que se reunirá, 
no mínimo, a cada mês e extraordinariamente 
quando necessário, terá como base seu 
Regimento Interno.
• A pauta e o material de apoio às reuniões 
devem ser encaminhados aos conselheiros 
com antecedência mínima de 10 (dez) dias.
• Reunir-se-á a cada quatro anos, sendo 
convocada pelo Poder Executivo ou, 
extraordinariamente, por esta ou pelo 
Conselho de Saúde.
* DICA: Memorize que a CONFErência tem a 
mesma periodicidade da Copa do Mundo ou 
da antiga Copa das CONFEderações!
OBJETIVO/
FUNÇÃO
Atua na formulação de estratégias e no controle 
da execução da política de saúde na instância 
correspondente, inclusive nos aspectos econômicos 
e financeiros.
Avaliar a situação de saúde e propor as 
diretrizes para a formulação da política de 
saúde nos níveis correspondentes.
CARÁTER
Permanente e deliberativo
Suas decisões serão homologadas pelo chefe do 
poder legalmente constituído em cada esfera do 
governo.
Consultivo
Fóruns de discussão/debate e sugestões
NÍVEL DE 
ATUAÇÃO
Nível federal
Conselho Nacional de Saúde (CNS) 
Nível estadual
Conselho Estadual de Saúde 
Nível municipal
Conselho Municipal de Saúde
Nívelfederal
Conferência Nacional de Saúde
Nível estadual
Conferência Estadual de Saúde 
Nível municipal
Conferência Municipal de Saúde
NORMAS 
DEFINIDAS
As conferências de saúde e os conselhos de saúde terão sua organização e normas de funcionamento 
definidas em regimento próprio, aprovadas pelo respectivo conselho.
Estratégia MED | Medicina Preventiva | Memorex do Estratégia MED 24
Memorex do Estratégia MEDMEDICINA PREVENTIVA Estratégia
MED
Dessa próxima tabela, recomendo fortemente que você memorize os itens que cada ente federativo deve ter para receber os recursos 
financeiros para saúde. É “decoreba”, mas pode lhe garantir um pontinho ou outro!
A seguir, temos a polêmica Emenda Constitucional 95, que foi responsável por reajustar o valor que a União destina para a Saúde de 
acordo com a inflação — o tal do “congelamento dos gastos”. 
Essa emenda é bastante criticada por algumas bancas com posicionamento político mais assíduo, como é o caso da UNICAMP. Caso 
queira prestar prova lá, dê uma olhada mais aprofundada no tema. 
Lei no 8.080/1990 (art. 35) Lei no 8.142/1990 (art. 4º)
Define os critérios que podem alterar o valor dos recursos 
financeiros recebidos
Define o que é preciso obrigatoriamente para 
receber os recursos financeiros. 
Será utilizada a combinação dos seguintes critérios, segundo 
análise técnica de programas e projetos:
• Perfil demográfico da região;
• Perfil epidemiológico da população a ser coberta;
• Características quantitativas e qualitativas da rede de 
saúde na área;*
• Desempenho técnico, econômico e financeiro no período 
anterior;
• Níveis de participação do setor saúde nos orçamentos 
estaduais e municipais;
• Previsão do plano quinquenal de investimentos da rede;
• Ressarcimento do atendimento a serviços prestados para 
outras esferas de governo.
Municípios, estados e Distrito Federal devem 
contar com:
• Fundo de Saúde;
• Conselho de Saúde;
• Plano de Saúde;
• Relatório de Gestão;
• Contrapartida de recursos para a saúde no 
respectivo orçamento;
• Comissão de elaboração do Plano de 
Carreira, Cargos e Salários (PCCS). 
Municípios: mínimo 
de 15%
Estados: mínimo 
de 12%
União:
Atual (EC 95): valor do ano anterior + 
correção do IPCA
Anteriores:
EC 86/2015: aumento gradual até 
alcançar 15% da receita
LC 141 e EC 29: valor do ano anterior 
+ variação do PIB
Estratégia MED | Medicina Preventiva | Memorex do Estratégia MED 25
Memorex do Estratégia MEDMEDICINA PREVENTIVA Estratégia
MED
Agora, tema quente: os três componentes que definem quanto cada município e estado receberá pelo programa “Previne Brasil”! 
Para definir o desempenho de um município, devemos levar em conta os seguintes parâmetros. Vale a pena dar uma olhadinha na 
revisão final para a sua prova, beleza?
Previne 
Brasil
Capitação 
ponderada
Pagamento 
por 
desempenho
Ações 
estratégicas
Estratégia MED | Medicina Preventiva | Memorex do Estratégia MED 26
Memorex do Estratégia MEDMEDICINA PREVENTIVA Estratégia
MED
Os três conceitos a seguir também costumam aparecer com frequência nas provas de Medicina Preventiva, especialmente no IAMSPE. 
Na maioria das vezes, a questão narra o caso de uma intervenção feita em algum município, apresenta algum dado e questiona qual dos três 
conceitos a seguir foi avaliado. 
Conceitos específicos, mas que podem aparecer na sua prova. 
1.8.3 SAÚDE COMPLEMENTAR E SUPLEMENTAR
Este tópico não é queridinho de nenhuma banca específica, 
mas, “vira e mexe”, pinga em algumas provas disputadas. Apareceu 
recentemente na UNESP e USP-SP. 
No geral, são questões mais difíceis, com uma taxa de 
acerto mais baixa. Mas vale a pena dar aquela revisada para, de 
repente, garantir um pontinho extra. Na maioria das vezes, as 
questões trazem alternativas que fazem afirmações sobre saúde 
complementar ou suplementar, e cabe ao candidato marcar a 
verdadeira — as definições e características estarão trocadas entre 
as alternativas. 
Saúde complementar Saúde suplementar
Participa de forma complementar ao SUS (mediante 
contrato de direito público ou convênio).
Não participa do SUS.
Segue os princípios e as diretrizes do SUS.
Segue os princípios éticos e as normas expedidas pelo órgão de 
direção do SUS quanto às condições para seu funcionamento.
Segue as diretrizes da ANS.
Preferencialmente sem fins lucrativos e entidades 
filantrópicas, mas podem participar as entidades com 
fins lucrativos.
Predominantemente as entidades possuem fins lucrativos.
Atua na esfera pública e privada. Atua na esfera privada.
Ex.: hospital privado que também atende pelo SUS. Ex.: hospital privado que atende plano de saúde ou particular.
• condições ideais, resultados "de pesquisa"
• condições reais, vida prática
• alcançar os resultados com menor custo
Eficácia
Efetividade
Eficiência
Estratégia MED | Medicina Preventiva | Memorex do Estratégia MED 27
Memorex do Estratégia MEDMEDICINA PREVENTIVA Estratégia
MED
1.9 PROCESSO DE REGIONALIZAÇÃO E DESCENTRALIZAÇÃO DO SUS
Além das Leis nº 8.080/90 e nº 8.142/90, temos o Decreto nº 7.508/2011. Ele aborda diretrizes sobre como a regionalização e a 
descentralização do SUS ocorrerão na prática:
re as Regiões de Saúde, tenha em mente quais são os serviços mínimos que devem ser oferecidos. Lembrando que municípios de 
estados diferentes podem integrar uma mesma Região de Saúde, desde que haja contiguidade no território.
PRINCIPAIS MODALIDADES DAS OPERADORAS DE PLANOS DE SAÚDE
Cooperativas
(médica ou odontológica)
Sociedades sem fins lucrativos, coordenadas pelos próprios profissionais. Representam 
o modelo dominante no Brasil, alcançando cerca de 55% dos beneficiários da saúde 
suplementar. Ex: Unimed. 
Autogestão
Oferecem plano a um grupo fechado de pessoas, geralmente vinculado a uma classe 
profissional ou a uma determinada empresa que mantém o plano. Ex: GEAP, Cassi.
Seguradoras
Empresas que operam seguros e realizam reembolso de despesas médico-hospitalares ou 
odontológicas.
Administradora de 
benefícios
Empresas que “fazem uma ponte”, isso é, intermediam um plano de saúde entre a 
operadora e as pessoas jurídicas que contratam planos coletivos.
Medicina de grupo
Aquele plano de saúde que não se enquadra em nenhuma das outras características 
descritas.
Decreto 7.508/2011: principais aspectos
Define os serviços mínimos a serem oferecidos por uma Região de Saúde
Define as portas de entrada em uma Rede de Atenção à Saúde
Traz o conceito de Comissão Intergestores Regional (CIR)
Cria a Relação Nacional de Medicamentos Essenciais (RENAME) e a Relação Nacional de Ações e Serviços de Saúde 
(RENASES)
Redes específicas de atenção à saúde
Estratégia MED | Medicina Preventiva | Memorex do Estratégia MED 28
Memorex do Estratégia MEDMEDICINA PREVENTIVA Estratégia
MED
Ah, e também temos que saber quais desses serviços o paciente pode utilizar como porta de entrada preferencial para o Sistema de 
Saúde!
Por fim, temos alguns tipos diferentes de 
território. Esses conceitos estão sendo cobrados com 
uma frequência progressivamente maior nas provas. 
No geral, são questões que contam um caso clínico e 
perguntam qual território está mais relacionado com 
o contexto apresentado. Dá pra garantir esse acerto, 
né?
Destacamos o conceito de “serviços especiais de acesso aberto”, os quais são conceituados pelo decreto como 
“serviços de saúde específicos para o atendimento da pessoa que, em razão de agravo ou de situação laboral, necessita 
de atendimento especial”.
Podemos citar, como exemplos, os Centros de Referência em Saúde do Trabalhador (CEREST) e os Centros de 
Testagem e Aconselhamento (CTA). 
Estratégia MED | Medicina Preventiva | Memorex do Estratégia MED 29
Memorex do Estratégia MEDMEDICINA PREVENTIVA Estratégia
MED
1.10 HISTÓRIA DO SUS
Estrategista, esse tema aborda todo o processo de formação 
do SUS. Note que, conforme o tempo foi passando, a tendência foi 
sempre sendo de universalização do acesso à saúde. Dê uma olhada 
nos modelos de previdênciasocial que já foram realidade por aqui:
• Caixa de Aposentadoria e Pensão (CAP): contribuição 
entre funcionário e empresa, sem participação do 
governo.
• Instituto de Aposentadoria e Pensão (IAP): aqui o 
governo já se meteu na história, em um processo 
conhecido como estatização da Previdência Social. No 
entanto, ainda é um benefício exclusivo de algumas 
categorias profissionais com carteira de trabalho 
assinada. 
• Durante o regime militar, houve preocupação pela 
garantia de previdência para todos os trabalhadores 
e dependentes (visando diminuir a impopularidade). 
Dessa forma, os IAPs foram fundidos no Instituto 
Nacional de Previdência Social (INPS → agora 
TODOS os trabalhadores tinham o benefício, e não 
só categorias específicas). Dentro desse instituto, foi 
criado o Instituto Nacional de Assistência Médica da 
Previdência Social (INAMPS) → setor específico para 
assistência à saúde no INPS. 
• Em 1986, após uma grave crise de saúde no Brasil, 
temos o ápice da REFORMA SANITÁRIA BRASILEIRA, na 
8ª Conferência de Saúde. Foi a primeira a contar com 
participação popular. Culminou na criação do Sistema 
Unificado e Descentralizado de Saúde (SUDS), o alicerce 
para o SUS.
Também é importante conhecer os diferentes modelos de 
saúde adotados pelos países mundo afora. Lembre-se de que o 
SUS é beveridgeano. 
CAP (1923-1933)
• Por empresa
IAP (1933-1966)
• Por categorias 
profissionais
INPS (1966-1977)
• Trabalhadores formais 
e dependentes
INAMPS (1977-1993)
• Trabalhadores formais 
e dependentes
SUDS (criado 
em 1987)
• Todas as pessoas
SUS (1988 - atual) 
• Concretização da 
universalidade
Beveridge (ou sistemas de 
saúde beveridgeanos)
Bismarck (ou sistemas de 
saúde bismarckianos)
"Princípio do mérito"
Adam Smith (ou sistemas 
de saúde smithianos ou 
baseados no mercado)
• Cobertura universal;
• Financiado pela 
sociedade através 
de impostos;
• É o modelo do SUS.
• Seguros sociais obrigatórios;
• Financiado por empregados 
e empregadores; 
• Foi o modelo das Caixas de 
Aposentadorias e Pensões.
• Serviços de saúde 
predominantemente
privados;
• Financiado por contribuições 
voluntárias de indivíduos e 
empregadores;
• Modelo da iniciativa privada 
(planos e seguros de saúde).
Estratégia MED | Medicina Preventiva | Memorex do Estratégia MED 30
Memorex do Estratégia MEDMEDICINA PREVENTIVA Estratégia
MED
1.11 ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE
Este tema está entre os queridinhos dos examinadores da 
Medicina Preventiva. Não vá para a prova sem conhecê-lo bem, beleza? 
A imagem a seguir contempla um tema frequente de pegadinha: 
os atributos da Atenção Primária da Saúde. É muito fácil confundi-
los com os princípios e/ou com as diretrizes do SUS. Além disso, 
é importante ter em mente quais são os essenciais e quais são os 
derivados. Isso pode ajudá-lo a eliminar alternativas em questões 
mais conceituais, beleza?
! PARA FACILITAR: O essencial → Coordenação, Integralidade, 
Acesso e Longitudinalidade. 
Pr
in
cí
pi
os
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a 
at
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çã
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bá
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Equidade
Universalidade
Integralidade
D
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çã
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bá
si
ca
Cuidado centrado na pessoa.
Territorialização e adstrição.
População adscrita.
Participação da comunidade.
Regionalização e hierarquização.
Resolutividade.
Longitudinalidade.
Coordernar o cuidado.
Ordenar as redes.
Estratégia MED | Medicina Preventiva | Memorex do Estratégia MED 31
Memorex do Estratégia MEDMEDICINA PREVENTIVA Estratégia
MED
A seguir, temos a composição de uma equipe de Saúde da 
Família (eSF). Enfatizo que é um conceito diferente de uma equipe 
de atenção primária! A prova do SUS fez uma pegadinha trocando 
esses conceitos recentemente. 
• Equipe de Saúde da Família: deve ser a estratégia 
prioritária. A composição mínima é de médico, 
enfermeiro, ACS e técnico de enfermagem. A 
composição não obrigatória envolve, ainda, cirurgião-
dentista, técnico em saúde bucal e agente de combate 
às endemias.
• Equipe de Atenção Primária: no mínimo, médico e 
enfermeiro. Deve se transformar em equipe de saúde 
da família o quanto antes.
Outra coisa que acaba, eventualmente, aparecendo nas provas é a quantidade de pessoas que podem ser atendidas por uma unidade 
de AB de acordo com a classificação do IBGE do município. “Decoreba” das bravas, né? Mas fica o quadro para uma eventual consulta rápida:
Classificação do município 
pelo IBGE
Quantitativo potencial de 
pessoas cadastradas por 
equipe de Saúde da Família
Quantitativo potencial 
de pessoas cadastradas 
por equipe de atenção 
primária modalidade I 
-20 h
Quantitativo potencial 
de pessoas cadastradas 
por equipe de atenção 
primária modalidade II - 
30 h
1 – Urbano 4000 pessoas 2000 pessoas 3000 pessoas
2 – Intermediário Adjacente
2750 pessoas 1375 pessoas 2063 pessoas
3 – Rural Adjacente
4 – Intermediário Remoto
2000 pessoas 1000 pessoas 1500 pessoas
5 – Rural Remoto
Estratégia MED | Medicina Preventiva | Memorex do Estratégia MED 32
Memorex do Estratégia MEDMEDICINA PREVENTIVA Estratégia
MED
Por fim, o fluxograma a seguir resume como é o Processo de Trabalho na AB, desde a implantação de uma unidade até sua manutenção. 
1.12 MEDICINA DE FAMÍLIA E COMUNIDADE (MFC)
Estrategista, estamos diante de um tema que é bem bacana. 
A Medicina da Família e Comunidade tem uma série de ferramentas 
que são bem úteis para a sua prática clínica, independentemente 
de onde você estiver trabalhando, do nível de atenção e da 
especialidade que você escolher. São uma ótima maneira de 
estreitar sua relação médico-paciente!
Vamos começar com o Método Clínico Centrado na Pessoa. 
Esse é muito frequente nas grandes provas: USP-SP, USP-RP, 
Unifesp, UNICAMP, Unesp, Einstein, PSU-MG, SURCE etc. Estude a 
fundo, beleza?
No geral, as questões são mais práticas! Contam uma longa 
história clínica de um paciente, e questionam sobre a melhor forma 
de abordar a situação, tendo como base o Método Clínico Centrado 
na Pessoa. 
Territorialização
Responsabilidade
sanitária
UBS como porta
preferencial
Adscrição dos
usuários
Acesso
Acolhimento Trabalho em
equipe multi
Resolutividadade
Promover atenção
integral
Os quatro componentes do Método Clínico Centrado na Pessoa (MCCP)
Componente Característica
Explorando a saúde, a doença e a experiência com a 
doença
(primeiro)
Considerar as dimensões da experiência da doença, 
utilizando o método SIFE (sentimentos, ideias, funções e 
expectativas).
Entendendo a pessoa como um todo
(segundo)
Entender a influência de aspectos como ciclo de vida e 
religião sobre a forma de a pessoa vivenciar a doença.
Elaborando um plano conjunto de manejo
(terceiro)
Médico e pessoa envolvidos juntos no plano terapêutico.
Intensificando a relação entre a pessoa e o médico
(quarto)
Necessidade de o médico aproximar-se da realidade da 
pessoa, criando empatia e vínculo.
Estratégia MED | Medicina Preventiva | Memorex do Estratégia MED 33
Memorex do Estratégia MEDMEDICINA PREVENTIVA Estratégia
MED
O MCCP pode ser aplicado junto com o SOAP. A galera da USP é bem fã desse tipo de registro. Espere longas histórias na sua prova!
1.12.1 FERRAMENTAS PARA ABORDAR O CONTEXTO SOCIAL DO PACIENTE
Os símbolos a seguir podem ser utilizados para construção 
tanto de um genograma quanto de um ecomapa. Geralmente, 
as questões deste tema apresentam uma imagem com uma 
das ferramentas, e é perguntado ao candidato qual alternativa a 
interpreta melhor. 
Algumas provas discursivas costumam trazer este tema 
também, no geral, com perguntas mais diretas. Não dá para perder, 
hein?
Método Re-SOAP – Registro de Saúde Orientado por Problemas
S Subjetivo 
Descrição dos problemas como são ditos pela pessoa. Não 
usar termos técnicos.
Ex.: “fraqueza nas pernas”, “dor 
nos ossos”, “vista cansada”.
O Objetivo Relaciona-se às observações do profissional.
Ex.: impressões do médico, 
exame físico e sinais vitais, 
exames complementares.
A Avaliação 
Conclusão do médico sobre o que foi ouvido e analisado nasetapas anteriores (lista de problemas). Evitar diagnósticos 
específicos, a fim de não cometer engano no registro.
Ex.: “disúria”, “dispepsia”.
P Plano 
Plano de intervenção (diagnóstico, tratamento, educação, 
acompanhamento) direcionado a cada condição da qual se 
queixou em “S” e avaliada em “A”.
Ex.: “solicitar urocultura”, 
“acompanhamento quinzenal”.
Estratégia MED | Medicina Preventiva | Memorex do Estratégia MED 34
Memorex do Estratégia MEDMEDICINA PREVENTIVA Estratégia
MED
Símbolos utilizados no ecomapa
---------------------------
Linha tracejada
Relação incerta
____________________
Linha contínua fina
Relação fraca
___________
Linha contínua espessa
Relação forte
Linha irregular
Relação conflituosa
Linha interrompida
Relação rompida
Seta curta
Demanda pouca energia a partir de quem a seta parte
Seta longa
Demanda muita energia a partir de quem a seta parte
Estratégia MED | Medicina Preventiva | Memorex do Estratégia MED 35
Memorex do Estratégia MEDMEDICINA PREVENTIVA Estratégia
MED
Outras ferramentas de abordagem familiar
PRACTICE APGAR Familiar
A ferramenta PRACTICE estuda o funcionamento familiar, 
fornecendo orientações sobre possíveis intervenções que 
possam atuar no problema familiar. A sigla PRACTICE vem das 
iniciais em inglês Presenting problem (problema); Roles and 
structure (papéis e estrutura); Affect (afeto); Communication 
(comunicação); Time of life cycle (tempo); Illness in Family 
(doenças na família); Coping with stress (lidando com o estresse) 
e Ecology (ecologia, meio externo que possa apoiar a família). 
A ferramenta APGAR familiar é uma metodologia que utiliza 
um questionário com cinco perguntas a serem aplicadas a 
cada familiar, com questionamentos a respeito da satisfação 
pessoal com os contextos familiares que aceitam respostas 
como “raramente” (0 ponto), “às vezes” (1 ponto) ou “sempre” 
(2 pontos). A partir da contagem média dos pontos dos 
integrantes do grupo familiar, é possível caracterizar a família 
por sua funcionalidade (funcional, moderadamente funcional 
ou gravemente disfuncional). A sigla APGAR aqui não é a mesma 
da pediatria, significando iniciais de termos de língua inglesa: 
Adaptation (adaptação); Partnership (participação); Growth 
(crescimento); Affection (afeição) e Resolve (resolução).
1.12.2 PROTOCOLO SPIKES
Importantíssimo para sua prática médica e também para as provas de Residência. As questões sobre o assunto são, no geral, mais 
diretas, abordando cada uma das etapas do protocolo. 
Protocolo SPIKES: comunicando más notícias
S
Setting 
(planejamento)
Relaciona-se ao planejamento de 
como será transmitida a notícia.
Ex.: escolher o melhor local para comunicar, como 
o consultório ou uma área externa. 
P
Perception 
(percepção)
Relaciona-se à percepção da 
realidade por quem recebe a 
notícia.
Ex.: perceber o quanto a pessoa está previamente 
ciente da gravidade da situação (“O que a 
senhora pensa da sua doença?”).
I Invitation (convite)
Relaciona-se ao convite para 
conversar sobre o caso.
Ex.: perguntar “Você gostaria que eu explicasse 
mais a fundo o seu problema?”.
K
Knowledge 
(conhecimento)
Relaciona-se a transmitir a 
informação (conhecimento) ao 
usuário.
Ex.: explicar a situação à pessoa, utilizando-se de 
modo empático e linguagem clara.
E
Explore emotions 
(abordar emoções)
Relaciona-se a abordar as 
emoções após a comunicação.
Ex.: disponibilizar-se para conversar sobre o 
assunto quando a pessoa desejar.
S Strategy (estratégia)
Relaciona-se ao encerramento, 
em sintetizar o que foi dito.
Ex.: fazer um resumo e certificar-se de que a 
mensagem foi passada com clareza.
Estratégia MED | Medicina Preventiva | Memorex do Estratégia MED 36
Memorex do Estratégia MEDMEDICINA PREVENTIVA Estratégia
MED
1.13 ÉTICA MÉDICA
Estrategista, proponho uma breve revisão sobre alguns 
conceitos-chave dentro da Ética Médica. É um tema frequente tanto 
nas provas objetivas quanto nas discursivas. No geral, apresenta-se 
um caso clínico para o candidato e pergunta-se qual dos princípios 
da ética médica não está sendo respeitado. 
Acredito que você conheça bem os princípios a seguir, mas 
não custa nada relembrar:
AUTONOMIA
Orientar,
garantir a
compreensão e
incentivar a
participação dos
pacientes nas
decisões.
NÃO
MALEFICÊNCIA
Princípio do primum
non nocere: "acima
de tudo, não causar
danos".
Profissionais de saúde
não devem prejudicar
intencionalmente os
pacientes.
BENEFICÊNCIA
Profissionais de
saúde têm a
obrigação moral
de atuar em
benefício e
interesse dos
pacientes.
JUSTIÇA
Engloba a distribuição
justa (equidade) e
equlibrada dos recursos.
Profissional de saúde
deve ser imparcial.
Estratégia MED | Medicina Preventiva | Memorex do Estratégia MED 37
Memorex do Estratégia MEDMEDICINA PREVENTIVA Estratégia
MED
Dentro da Ética Médica, também temos os conceitos relacionados com o processo de morte. Atenção se você tiver interesse na 
UNICAMP, beleza?
Eutanásia Ortotanásia Distanásia
O processo de morte
é alterado - é
antecipado.
O processo de morte
é natural e ocorre no 
momento certo.
O processo de morte
é alterado - é
postergado.
Código Penal
Art. 121/122.
CFM Resolução
n° 1.805/2006.
Vedado pelo artigo 41 do 
CEM.
Linha do tempo do
processo de morte
1.14 PESQUISA EPIDEMIOLÓGICA E MEDIDAS DE ASSOCIAÇÃO
Estrategista, estamos diante de um tema muito cobrado nas 
provas de Residência. Sei que, para muitos de vocês, pode parecer 
desinteressante, mas a verdade é que saber interpretar um estudo 
epidemiológico e suas medidas de associação é fundamental 
para desenvolver o seu senso crítico como médico! Destrinchar 
a metodologia e os resultados de um estudo permite que você 
formule conclusões mais elaboradas. 
Não é à toa que este é um tema querido nas bancas mais 
concorridas, especialmente em lugares onde a produção científica 
segue a todo vapor: USP-SP, USP-RP, Unicamp, Unifesp, Unesp, e 
por aí vai. 
Vamos começar relembrando os principais desenhos 
epidemiológicos dos estudos:
Estratégia MED | Medicina Preventiva | Memorex do Estratégia MED 38
Memorex do Estratégia MEDMEDICINA PREVENTIVA Estratégia
MED
A maioria das questões sobre o tema pede “simplesmente” para o candidato dizer qual é o tipo de estudo apresentado pela questão. 
Mas isso pode ser complicado em algumas situações!
! PARA FACILITAR: Fique ligado no fluxograma que a professora Bárbara preparou para guiar o seu raciocínio nessas questões:
Desenho 
epidemiológico
Tipo de 
dado 
utilizado
Posição 
do pesquisador
Estratégia 
de observação
Direção 
do estudo
Gatilhos mentais
Estudo 
ecológico Agregado Observacional Transversal -
O estudo utiliza uma 
determinada medida 
coletiva (incidência, 
prevalência, mortalidade, 
entre outras) de alguma 
localidade (país, município, 
estado).
Estudo 
seccional Individual Observacional Transversal -
População avaliada em um 
único momento.
Estudo de 
caso-controle Individual Observacional Longitudinal Retrospectivo
A população é dividida 
segundo a presença ou 
ausência do desfecho (casos x 
desfechos).
Estudo 
de coorte Individual Observacional Longitudinal
Prospectivo ou 
retrospectivo
A população é dividida 
segundo a presença ou 
ausência da exposição 
(expostos x não expostos).
Ensaio clínico Individual Experimental Longitudinal Prospectivo
A intervenção é um fármaco e 
a população é de pacientes.
Ensaio de 
campo Individual Experimental Longitudinal Prospectivo
A intervenção é uma 
medida profilática 
(ex.: vacinas) e a 
população é saudável.
Ensaio 
comunitário Agregado Experimental Longitudinal Prospectivo
A intervenção é fornecida de 
forma coletiva 
(ex.: fluoretação da água de 
abastecimento) e a população 
é saudável – o objetivo é 
prevenir a incidência da 
doença de forma coletiva.
Estratégia MED | Medicina Preventiva | Memorex do Estratégia MED 39
Memorex do Estratégia MEDMEDICINA PREVENTIVA Estratégia
MED
Alguns desses estudos são desenvolvidos com o intuito de definir se algumamedida é eficaz ou não para prevenção. De acordo com o 
nível de prevenção, temos diferentes desenhos de estudos:
Estratégia MED | Medicina Preventiva | Memorex do Estratégia MED 40
Memorex do Estratégia MEDMEDICINA PREVENTIVA Estratégia
MED
1.14.1 DESENVOLVIMENTO DE VACINAS E MEDICAMENTOS
Estrategista, esse tema ganhou muita notoriedade 
recentemente e foi alvo de muitas polêmicas. Sabendo disso, 
os examinadores estão cobrando com bastante frequência dos 
candidatos conhecimento sobre as fases de desenvolvimento de 
uma medicação ou vacina. 
! PARA FACILITAR: Foque a função de cada uma das fases. 
Lembre-se de que a segurança é a primeira característica a ser 
garantida em uma intervenção. 
Tipo de estudo de intervenção Relação com os níveis de prevenção em saúde 
Ensaios de campo
Estudos de intervenção cuja ação é uma medida de prevenção primária (por 
exemplo: imunização).
Ensaios comunitários
Estudos de intervenção cuja ação é uma medida de prevenção primordial (por 
exemplo: fluoretação da água).
Ensaios clínicos
Estudos de intervenção cuja ação é uma medida de prevenção secundária (por 
exemplo: tratamento para alguma doença).
Agora, veja que interessante: a segurança e a tolerabilidade do fármaco são avaliadas desde a fase I. A eficácia é avaliada a 
partir da fase II. 
Estratégia MED | Medicina Preventiva | Memorex do Estratégia MED 41
Memorex do Estratégia MEDMEDICINA PREVENTIVA Estratégia
MED
1.14.2 TABELA DE CONTINGÊNCIA E ANÁLISE DOS DADOS DE UM ESTUDO
Algumas questões vão além de pedir para o candidato definir 
o desenho do estudo e cobram a interpretação dos resultados: risco 
relativo, risco atribuível, odds ratio etc. Então vamos relembrar 
como calcular cada um deles a seguir. 
Sempre que estiver diante de uma dessas questões, comece 
desenhando a sua tabela de contingência! Mesmo nas questões 
mais simples, crie o hábito de desenhá-la. Garanto que isso vai 
ajudá-lo nas questões mais capciosas!
Beleza, com a sua tabela montada, fica mais fácil de separar as variáveis e calcular as seguintes características: 
1.14.3 RISCO ATRIBUÍVEL 
Quanto do risco que aumentou pode ser “colocado na conta” 
da exposição estudada? O cálculo é simples: fazemos uma diferença 
entre os riscos absolutos dos não expostos e dos expostos. 
! Atenção: note que só podemos calcular o risco em estudos 
prospectivos! Estudos transversais não permitem uma visão a longo 
prazo para “vermos” os desfechos se instalando — apenas nos dão 
uma prevalência do desfecho no momento analisado. 
É importante que você conheça a ordem da tabela para não cair em pegadinhas da banca, caso ela inverta a ordem das 
colunas ou linhas!
Desfecho
Presente Ausente Total
Exposição
Expostos
Indivíduos expostos que 
apresentaram o desfecho 
(a)
Indivíduos expostos que 
não apresentaram o 
desfecho (b)
Total de indivíduos 
expostos (a + b)
Não expostos
Indivíduos não expostos 
que apresentaram o 
desfecho (c)
Indivíduos não expostos 
que não apresentaram o 
desfecho (d)
Total de indivíduos 
não expostos (c+ d)
Total
Total de indivíduos com o 
desfecho (a + c)
Total de indivíduos sem 
o desfecho (b + d)
População total
(a + b + c + d)
O risco atribuível (RA) e o risco atribuível proporcional (RAP) são medidas de risco calculadas exclusivamente quando a 
exposição aumenta a ocorrência do desfecho, isto é, quando o risco relativo é maior do que 1 (RR > 1). 
Estratégia MED | Medicina Preventiva | Memorex do Estratégia MED 42
Memorex do Estratégia MEDMEDICINA PREVENTIVA Estratégia
MED
1.14.4 REDUÇÃO ABSOLUTA DO RISCO E REDUÇÃO RELATIVA DO RISCO
Ao contrário do risco atribuível, essas medidas são utilizadas para avaliar a eficácia de uma exposição em proteger as pessoas. 
A redução absoluta de risco (RAR) é a diferença entre o risco absoluto do exposto e do não exposto (mesma conta feita para o risco 
atribuível, mas aqui estamos falando de proteção, e não de fator de risco!). 
Risco atribuível = risco absoluto dos expostos – risco absoluto dos não expostos
Risco atribuível = 0,75 – 0,33 = 0,42.
Observe que, como o risco relativo é superior a 1 (até porque, se não fosse, não estaríamos calculando o risco atribuível), o risco 
absoluto dos expostos “vem” primeiro na fórmula.
A redução absoluta do risco (RAR) e a redução relativa do risco (RRR), também conhecida como eficácia, são as medidas de 
risco calculadas quando o risco relativo (RR) é inferior a 1. 
RAR = risco absoluto dos não expostos – risco absoluto dos expostos.
 RAR = (3/5) – (1/5) = 0,6 – 0,2 = 0,4 ou 40%.
Estratégia MED | Medicina Preventiva | Memorex do Estratégia MED 43
Memorex do Estratégia MEDMEDICINA PREVENTIVA Estratégia
MED
A redução relativa de risco (RRR) é como se fosse “um passo a mais” depois de calcular a RAR. Basicamente, transformamos a RAR e 
uma porcentagem. Dê uma olhada:
Se o risco basal – ou risco dos não expostos – equivalesse a 100%, a quantos por cento equivaleria a RAR? A resposta é a 
redução relativa do risco (RRR). O termo “relativa” vem justamente do fato de relativizarmos a medida, pois estamos considerando 
o risco basal 100%. 
Em outras palavras, enquanto a RAR informa a redução do risco basal em números absolutos, a RRR informa em porcentagem! 
Se 0,6 ------------ 100%, então 
0,4 (RAR) equivaleria a x% (RRR) 
RRR = 66,6%. 
Ou, em vez de regra de 3, podemos usar diretamente a seguinte fórmula: 
RRR = redução absoluta do risco (RAR) x 100 
 risco basal ou risco dos não expostos 
RRR = (0,4/0,6) x 100 = 0,666 x 100 = 66,6%. 
Estratégia MED | Medicina Preventiva | Memorex do Estratégia MED 44
Memorex do Estratégia MEDMEDICINA PREVENTIVA Estratégia
MED
1.14.5 NÚMERO NECESSÁRIO PARA TRATAR (NNT)
Sabendo da RAR, podemos calcular o número necessário para tratar (NNT), que é a quantidade de pessoas que precisam receber a 
intervenção para que um desfecho seja evitado! 
Quanto menor for o NNT, melhor será o tratamento, pois menos pessoas precisam ser tratadas para que 1 tenha o benefício! 
Desfecho: LAR
Presente Ausente Total
Exposição: medicação F
Grupo experimental 
(expostos)
1 4 5
Grupo de controle (não 
expostos)
3 2 5
Total 4 6 10
Estratégia MED | Medicina Preventiva | Memorex do Estratégia MED 45
Memorex do Estratégia MEDMEDICINA PREVENTIVA Estratégia
MED
1.14.6 RAZÃO DE PREVALÊNCIAS
Estrategista, agora há pouco, comentei que risco não pode ser calculado em estudos transversais. Nessas situações, podemos apenas 
avaliar a prevalência do desfecho no momento em que os dados foram coletados. 
Pois bem, agora vamos relembrar como fazemos isso:
RAR = risco absoluto dos não expostos – risco absoluto dos expostos.
RAR = (3/5) – (1/5) = 0,6 – 0,2 = 0,4 ou 40%, se multiplicarmos por 100. 
NNT = 1 = 1 
 RAR (risco absoluto dos não expostos) – (risco absoluto dos expostos) 
NNT = 1/0,4 = 2,5. Vamos arredondar para NNT = 3. 
Logo: aproximadamente a cada 3 indivíduos tratados, 1 apresenta a prevenção do desfecho que, no nosso caso, é a lesão 
articular irreversível. 
Observação: como é um ensaio clínico, não tem problema substituir “não expostos” e “expostos” por “grupo de controle” e 
“grupo experimental”, respectivamente. Algumas bancas, inclusive, farão isso! 
A razão de prevalências mede a força da associação entre a exposição e o desfecho em estudos transversais. Em outras palavras, 
ela informa se o desfecho é mais (ou menos) prevalente nos indivíduos expostos quando comparados aos não expostos. 
É importante frisar que essa medida não informa risco!
Condição clínica: HAS
Presente Ausente Total
Exposição: 
consumo de vinho
Expostos 3 1 4
Não expostos 1 3 4
Total 4 4 8
Estratégia MED | Medicina Preventiva | Memorex do Estratégia MED 46
Memorex do Estratégia MEDMEDICINA PREVENTIVA Estratégia
MED
1.14.7 ODDS RATIO
Agora, falando da medida de associação dos estudos caso-controle, utilizamosa famosa “manha” do peixinho: 
 Para o cálculo da razão de prevalências, basta calcularmos a prevalência do desfecho em cada grupo (expostos e não expostos) 
e procedermos com a divisão dessas prevalências (a prevalência dos expostos fica sempre no numerador): 
• Prevalência do desfecho entre os expostos = a/(a + b) = ¾ ou 0,75. Multiplicando por 100 = 75%.
• Prevalência do desfecho entre os não expostos = c/(c + d) = ¼ ou 0,25. Multiplicando por 100 = 25%.
• Razão de prevalências = a/(a+b) = ¾ = 3. 
 c/(c+d) ¼
É a forma mais rápida e prática de calcular o odds ratio, desde que a tabela de contingência 2 x 2 esteja na ordem correta (isto é, casos e 
controles ocupando a 1ª e 2ª colunas, respectivamente, e expostos e não expostos ocupando a 1ª e 2ª linhas, respectivamente). É mais prático 
porque você não precisa se preocupar em escolher entre “chance da exposição” ou “chance do desfecho”. 
Figura 77. Cálculo do odds ratio por meio da razão dos produtos cruzados. Essa é a maneira mais prática de calcularmos essa medida. Basta multiplicar o subgrupo a 
pelo subgrupo d e dividirmos pelo produto dos subgrupos b e c. No entanto a tabela de contingência 2 x 2 precisa estar em sua posição correta. Fonte: Estratégia MED.
Assim com o risco relativo, o odds ratio é uma medida adimensional, isto é, não tem unidades de medida!
Estratégia MED | Medicina Preventiva | Memorex do Estratégia MED 47
Memorex do Estratégia MEDMEDICINA PREVENTIVA Estratégia
MED
Estrategista, independentemente das provas que você for prestar, esse tema deve estar medular, beleza? 
Se estiver com dúvidas, veja as aulas do nosso Curso Extensivo e não hesite em mandar suas perguntas para nosso fórum de dúvidas 
e de alunos!
Tipo de estudo epidemiológico Medida de frequência Medida de associação 
Estudo transversal Prevalência e chance. 
Razão de prevalências e razão de 
chances (odds ratio). 
Estudo ecológico
Utiliza dados agregados, que, por sua 
vez, também são dados secundários 
(isto é, dados obtidos de uma fonte 
de dados). Portanto pode utilizar 
prevalência, incidência, mortalidade ou 
chance. 
Pode ser qualquer medida de 
associação: razão de prevalências, 
odds ratio ou risco relativo. 
Estudo de caso-controle Chance. 
Razão de chances (odds ratio). Não 
utiliza medida de risco!
Estudo de coorte 
Risco absoluto (ou incidência) e 
mortalidade. 
Risco relativo. 
• Se RR > 1, calculamos risco 
atribuível e risco atribuível 
proporcional. 
• Se RR < 1, redução absoluta do 
risco (RAR) e redução relativa do risco 
(RRR). 
Ensaio clínico 
Risco absoluto (ou incidência) e 
mortalidade. 
Risco relativo. 
• Se RR > 1, risco atribuível e risco 
atribuível proporcional. 
• Se RR < 1, redução absoluta do 
risco (RAR) e redução relativa do risco 
(RRR). Podem calcular também NNT e 
NNH.
Metanálise*
Utiliza dados secundários (isto é, 
dados obtidos de uma fonte de dados). 
Portanto pode utilizar prevalência, 
incidência, mortalidade ou chance. 
Pode ser qualquer medida de 
associação: razão de prevalências, 
odds ratio ou risco relativo. 
Então, por fim, vamos fazer um apanhado geral sobre os desenhos epidemiológicos, medidas de frequência e associação dos estudos:
Estratégia MED | Medicina Preventiva | Memorex do Estratégia MED 48
Memorex do Estratégia MEDMEDICINA PREVENTIVA Estratégia
MED
1.15 TESTES DIAGNÓSTICOS
Querido aluno, este tema tem algumas semelhanças com o de estudos epidemiológicos. Para começo de conversa, também temos que 
desenhar a nossa tabela de contingência.
A única coisa que devemos ter em mente é que devemos atribuir um significado a mais para cada uma das letrinhas:
• a = ocupa o espaço dos verdadeiro-positivos (VP).
• b = são os falso-positivos (FP).
• c = são falso-negativos (FN). 
• d = são verdadeiro-negativos (VN). 
A partir dessas variáveis, podemos definir as propriedades intrínsecas do teste diagnóstico: sensibilidade e especificidade. 
Doença ou padrão-ouro
+ - Total
Teste 
diagnóstico 
+
Verdadeiro-positivos (VP ou a)
(indivíduos doentes e com 
o teste diagnóstico positivo)
Falso-positivos (FP ou b)
(indivíduos saudáveis, porém 
com o teste diagnóstico 
positivo)
Total de indivíduos 
com teste 
diagnóstico positivo 
(VP + FP) ou (a + b)
-
Falso-negativos (FN ou c)
(indivíduos doentes, porém 
com o teste diagnóstico 
negativo)
Verdadeiro-negativos (VN ou d)
(indivíduos saudáveis e com 
o teste diagnóstico negativo)
Total de indivíduos 
com teste 
diagnóstico negativo 
(VN + FN) ou (c + d)
Total
Total de indivíduos doentes 
(VP + FN) ou (a + c)
Total de indivíduos saudáveis 
(FP + VN) ou (b + d)
População total 
(VP + FN + FP + VN) 
ou (a + b + c + d)
Tabela 4 – Formato da tabela de contingência 2 x 2 utilizada para testes diagnósticos. 
Estratégia MED | Medicina Preventiva | Memorex do Estratégia MED 49
Memorex do Estratégia MEDMEDICINA PREVENTIVA Estratégia
MED
! Atenção: a sensibilidade e especificidade são propriedades intrínsecas do teste diagnóstico. Elas não se alteram de acordo com a 
prevalência da população onde será aplicado o teste. 
Beleza! Além da sensibilidade e da especificidade, com a tabela de contingência, conseguimos calcular o valor preditivo positivo e 
negativo de um teste. Essas duas propriedades alteram-se de acordo com a prevalência do problema na população, beleza?
Estratégia MED | Medicina Preventiva | Memorex do Estratégia MED 50
Memorex do Estratégia MEDMEDICINA PREVENTIVA Estratégia
MED
Para facilitar a memorização de todas essas propriedades, recomendo que você faça correlação entre elas!
Dê uma olhada nos quadrinhos a seguir:
Quanto maior for a sensibilidade de um teste diagnóstico, maior será o número de verdadeiro-positivos e menor será o 
número de falso-negativos.
Estratégia MED | Medicina Preventiva | Memorex do Estratégia MED 51
Memorex do Estratégia MEDMEDICINA PREVENTIVA Estratégia
MED
Agora, falando sobre a acurácia de um teste diagnóstico: basicamente, vamos descobrir o quanto um teste diagnóstico acertou! Ou 
seja, consideramos os verdadeiro-positivos e negativos e dividimos pelo número total de testes realizados:
Quanto maior for a especificidade de um teste diagnóstico, maior será o número de verdadeiro-negativos e menor será o 
número de falso-positivos. 
Conforme a prevalência da doença aumenta, o valor preditivo positivo (VPP) também aumenta, 
enquanto o valor preditivo negativo (VPN) diminui.
Em contrapartida, conforme a prevalência diminui, o valor preditivo positivo (VPP) também 
diminui, enquanto o valor preditivo negativo (VPN) aumenta.
Portanto, a prevalência ou probabilidade pré-teste da doença é diretamente proporcional ao 
valor preditivo positivo (VPP), mas inversamente proporcional ao valor preditivo negativo (VPN).
Estratégia MED | Medicina Preventiva | Memorex do Estratégia MED 52
Memorex do Estratégia MEDMEDICINA PREVENTIVA Estratégia
MED
1.15.1 RAZÃO DE VEROSSIMILHANÇA
Elas não aparecem com tanta frequência nas provas de 
Residência, mas é importante ter essa fórmula guardada em algum 
cantinho da sua memória! Pode garantir um acerto ou outro em 
bancas que são mais apegadas à estatística, como é o caso da 
Unifesp.
A razão de verossimilhança positiva é a proporção da 
probabilidade de obter um resultado positivo em um teste de 
diagnóstico em um paciente com a doença em comparação com a 
probabilidade de obter um resultado positivo em um paciente sem 
a doença. Em outras palavras, é a chance de um resultado positivo 
ser verdadeiramente positivo!
Por outro lado, a razão de verossimilhança negativa é 
a proporção da probabilidade de obter um resultado negativo 
em um teste de diagnóstico em um paciente com a doença em 
comparação com a probabilidade de obter um resultado negativo 
em um paciente sem a doença. Em outras palavras, é a chance de 
um resultado negativo ser verdadeiramente negativo!
Razão de verossimilhança positiva = sensibilidade

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