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DIREITO AMBIENTAL II
a) direito ao meio ambiente - estamos nos referindo a um direito que todos e nós temos a 
fruição de um meio ambiente ecologicamente equilibrado (direito fundamental 
positivado no art. 225 da CF/88)
b) direito sobre o meio ambiente - nessa vertente, agrupa-se todos aqueles dispositivos 
que englobam a regulação das possibilidades da nossa fruição, exploração dos recursos 
tendo em conta a satisfação dos nossos interesses econômicos (aproxima-se do direito 
econômico)
c) direito do meio ambiente - direito que o meio ambiente natural exerce em face dos 
seres humanos. Ex: direito animal, até mesmo elementos abióticos.
DIREITO AMBIENTAL E DIREITOS TRANSINDIVIDUAIS 
Engloba os direitos difusos, direitos coletivos e individuais homogêneos. O direito 
ambiental tutela todos, desde que digam respeito ao bem ambiental.
a) Direitos difusos (art. 81, I, Lei 8.078/90) - direito transindividual com objeto indivisível, 
titularidade indeterminada e interligada por circunstâncias de fato. 
b) Direitos coletivos (art. 81, II,  Lei 8.078/90) - direito transindividual com objeto 
indivisível, titularidade determinável face à existência de uma relação jurídica de base 
que interliga os titulares entre si ou com a parte contrária. 
c) Direitos individuais homogêneos (art. 81, III,  Lei 8.078/90) - direitos individuais cuja 
origem decorre da mesma causa, podendo estar submetidos à tutela coletiva. 
Ex: em um derramamento de óleo na Bahia de Guanabara, são afetados direitos difusos 
(toda a humanidade), coletivos (os pescadores afetados, determináveis) e individuais 
homogêneos (ex: as famílias que vivem ali, sem ser organizadas como um grupo de 
pescadores, elas podem ser organizar e postular coletivamente)
Teoria Geral (REVISÃO)1.
VERTENTES2.
O direito ambiental tutelará o edifício abandonado, através do estatuto da cidade, o 
dono poderá ser obrigado a dar destinação útil em 2 anos (cumprir a função social), 
e, caso se mantenha inerte, é possível que sua propriedade seja desapropriada. 
Paulo de Bessa Antunes afirma que o escopo da tutela oferecida pelo direito 
ambiental, pode ser dividida em três grandes vertentes: 
Código de defesa do consumidor  
---> ele é atribuído a certos sujeitos sempre visando a proteção do bem socioambiental 
(relacionar com as vertentes do Paulo de Bessa)
COMPETÊNCIAS AMBIENTAIS 
---> Um limite de poder atribuído aos entes federados para realizarem o disposto pela 
Constituição. 
Somos uma República Federativa, ou seja, somos divididos em entes federativos. 
vai cair isso na prova, relacionando o que é direito ambiental
SÓ A CONSTITUIÇÃO PODE DISPOR SOBRE COMPETÊNCIAS FEDERATIVAS, nenhum 
outro dispositivo pode fazê-lo. 
O estado de Santa Catarina não pode criar no seu código florestal uma restrição de 
área de reserva legal menor do que a da lei federal, pois compete à União 
estabelecer as diretrizes gerais e o estado pode suplementar naquilo que não 
contrarie o estabelecido na lei federal. 
A união não pode revogar a lei estadual, ela não tem poder federativo para isso, já 
que não há hierarquia entre as normas, portanto irá SUSPENDER (QUESTÃO DE 
PROVA)
           
COMPETÊNCIAS
UNIÃO ESTADOS E DF MUNICÍPIOS
PRIVATIVA  
 (DELEGÁVEL)
art. 22 (I, II, IV, X, XII, 
XIV, XXXVI e XXVIII)
art. 25, §1º art. 30, I
CONCORRENTE art. 24 (I, VI, VIII, IX) e §§1º e 2º art. 30, II
SUPLETIVA ---- ----- art. 24, §3º
COMPETÊNCIAS EXECUTIVAS (ADMINISTRATIVAS)
EXCLUSIVA 
(INDELEGÁVEL)
art. 21 (IX, XI, XII, 
XVIII, XIX, XX, XXIII, 
XXV)
art. 25 §§1º e 2º art. 30, III a VIII 
COMUM art. 23
3.1 INTRODUÇÃO 
Lei 6.938/81, art.9º, VI 
CF/88, art. 225, §1º, III
---> PESQUISAR
art 6º RES 237 ---> PROVA 
Eike batista quer construir um porto que ultrapassará 3 municípios, qual o ente 
responsável pelo licenciamento?
---> a resolução CONAMA 237 foi editada porque a lei complementar 140 não existia ainda
A competência exclusiva é aquela atribuída ao ente sem possibilidade de delegação 
ETEPs 3.
DEFINIÇÃO 
No caso de um município ter estabelecido que a área protegida é de 30 metros, mas 
a lei federal estabelece a diretriz geral de 60m, o que acontece com o camarada que 
construiu em 30m? 
art. 23 da CF, parágrafo único ---> tem que ver na lei complementar 140 de 2011 -> 
art. 8º
VOCÊ NÃO PRECISA DECORAR A LEI 140 DE 2011, pois quando ela não existia, a 
gente aplicava o princípio da predominância do interesse --> a lei reproduz esse 
princípio na prática ---> em outros assuntos que não tem lei complementar 
dispondo, utiliza-se o princípio como justificativa 
AULA 30/11/22
3.1 INTRODUÇÃO 
- DEFINIÇÃO 
ETEPs  - é genêro de 3 espécies (UC, APP e RLF) (ESPAÇOS TERRITORIAIS 
ESPECIALMENTE PROTEGIDOS) 
3.
estão sujeitas a algum tipo específico de proteção levando em conta necessidades 
de ordem ambiental (EX: floresta nacional Mário Xavier, Fernando de Noronha, 
Parque Nacional de Itatiaia, Floresta da Tijuca) ---> patrimônio cultural tombado 
não é exemplo - SE RESTRINGE À PRESERVAÇÃO DO MEIO AMBIENTE EM SUA 
ACEPÇÃO NATURAL, EM SENTIDO ESTRITO 
Todos esses exemplos dizem respeito a uma mesma espécie de espaço 
territorialmente protegido, mas não abrangem o todo que forma essa expressão, 
apenas metade, pois dizem respeito À UNIDADES DE CONSERVAÇÃO (disciplinas 
pela lei 9.985/2000). 
A APA é uma espécie de UNIDADE DE CONSERVAÇÃO DO GRUPO DE USO 
SUSTENTÁVEL. 
A outra metade comporta outras duas espécies: APP (área de preservação 
permanente) e Reserva Legal Florestal  (disciplinadas na lei 1251/12)
A UC é criada por um ato específico, para proteger uma peculiaridade ambiental 
daquele área (ex: APA de São João para preservar a reprodução do mico leão 
dourado)
há uma hipótese excepcional em que a APP é criada pelo Poder Público: APP 
FACULTATIVA
APP: manguezal (desempenha função ambiental relevante), margem de rio, etc. 
Aonde quer que existam no território nacional, são áreas protegidas, 
independentemente de ato do poder público. Sujeita-se a proteção em caráter 
perpétuo, não aceitam supressão de vegetação.  (existem em Zona Rural ou 
URBANA)
RLF: é a área localizada no interior de uma propriedade ou posse rural, delimitada, 
com o objetivo de promover a preservação, etc. (ZONA RURAL APENAS)
terras indígenas não é um exemplo, pois o fundamento constitucional da 
demarcação delas é a proteção dos povos originários, não do meio ambiente em si
Lei 6.938/81, art. 9º, VI  (PRIMEIRA MENÇÃO A ETEPS está na PNMA) - o dever público 
tem o DEVER de criar esses espaços. 
3.2 CÓDIGO FLORESTAL (Lei 12.651/12)
3.2.1 CONCEITOS NORMATIVOS 
3.2.2 APP: Parâmetros
APP "facultativa" (art.6º) 
Quando declaradas de interesse social por ato do chefe do poder executivo, dentro das 
hipóteses elencadas em seus incisos.
3.2.3 HIPÓTESES DE SUPRESSÃO ou INTERVENÇÃO 
art. 8º 
CF/88, art. 225, §1º, III - definir em todas as unidades da federação espaços 
territoriais e seus componentes a serem especialmente protegidos, sendo as 
modificações passíveis somente através de lei. 
APP: art. 3º, II
RLF: art. 3º, III
App "ope legis" (art. 4º) - significa que existe por efeito da lei. Ninguém além dela 
precisa adotar nenhuma medida para que ela passe a existir. 
aonde quer que exista um rio, as suas margens, em área proporcional a sua largura, 
serão protegidas. ---> mata ciliar. (se o rio tem 100 m de largura e a área tem 
300m, a mata ciliar a ser protegida é na dimensão da APP a ser assegurada é 100 
x 300 = 30.000m -> 3 hectares
entorno de lagos e lagoas também há APP (30 m para área urbana) -> até mesmo as 
artificiais (nesses casos será definido pela licença ambiental)
qualquer inclinação maior de 45º, é encosta e logo é APP, não poderia haver 
construção
restinga (vegetação nativa das praias)
manguezais em toda sua extensão
Topo de morros, montanhas, serras 
Veredas em áreas pantanosas, alagamento de um corpo hídrico
DIFERENÇA DE UTILIDADE PÚBLICA (interesse da Administração) PARA INTERESSE SOCIAL 
(interesse dos administrados): 
PODCASTS: Praia dos ossosCrime e castigo
Tempo quente (tudo a ver com a matéria) - RÁDIO NOVELO
07/12/22
ETEPs
CÓD. FLORESTAL 
INTERVENÇÃO E SUPRESSÃO DE VEGETAÇÃO EM APP
RLF: PARÂMETROS
---> AMAZÔNIA LEGAL: o conceito remonta aos anos 70, quando o governo percebeu que 
deveria delimitar uma área ao que o governo considerava como "deserto verde", a 
Amazônia a ser explorada e ocupada, e criou então essa definição. Os estados do ACRE, 
PARÁ... ETC. Art. 3º, I do Código Florestal de 2012
POSSIBILIDADE DE CÔMPUTO/HIPÓTESES DE REDUÇÃO 
art. 15 do Código Florestal de 2012: é admitido o cômputo da APP no cálculo da reserva 
legal da propriedade. Mas só se admite isso se você não for desmatar mais (se você 
O interesse público primário é o interesse da própria sociedade, enquanto o 
secundário é o interesse da ADMINISTRAÇÃO
atividades eventuais ou de baixo impacto ambiental
AMAZÔNIA LEGAL (FLORESTA): 80%
AMAZÔNIA LEGAL (CERRADO): 35%
AMAZÔNIA LEGAL (CAMPOS GERAIS): 20%
GERAL: 20%
abrange toda a região norte, o mato grosso e um pedacinho do Maranhão
comprou uma área que já foi desmatada, você pode reflorestar computando. Mas se não 
está desmatada, não pode desmatar para computar)
§4º - questão de prova  -- se vc estiver na Amazônia e juntando todas as áreas protegidas 
der mais de 80%, pode desmatar
DISPOSIÇÕES TRANSITÓRIAS 
exceções a regra geral do que foi tratado 
---> a pequena propriedade: até 4 
---> a média: entre 4 e 15
---> grande: acima de 15
Utilidade pública declarada pelo código em relação a obras desportivas foi declarada 
INCONSTITUCIONAL pelo STF 
a obrigação de cuidar da APP e reserva legal é PROPTER REM. 
a área da APP que você quer computar como parte da reserva tem de estar 
protegida ou em recuperação
o imóvel tem que estar registrado no CAR 
art. 61, A; Art. 61, B; Art. 66 
Módulo Fiscal: ferramenta para quantificar e comparar os imóveis rurais. 
Como calcula a extensão de um imóvel rural em móveis: pega a extensão total do 
imóvel e divide pela definição de módulo do município 
a supressão de vegetação em APP precisa SEMPRE DE AUTORIZAÇÃO DO ÓRGÃO 
AMBIENTAL COMPETENTE
não existe competência MUNICIPAL SOBRE RIO
CAR (cadastro ambiental rural) - criado pelo CF de 2012 - a regra é que ele retrate a 
realidade ambiental do imóvel (é um documento) - identifica com mapas, coordenadas, 
etc. as características ambientais do imóvel (todo imóvel rural TEM que ter) ---> a lei 
estabeleceu um prazo, mas atualmente está indeterminado (para fazer transações com o 
imóvel, precisa ter). ---> tendo qualquer mudança no imóvel tem que atualizar  (art. 29 
CFL/12)
FAZER O EXERCÍCIO E ENTREGAR NA PRÓXIMA AULA

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