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DIREITO AMBIENTAL II
26/10/22
DIREITO AMBIENTAL II
- O que é Direito Ambiental?- FIORILLO
1. Classificação
a) NATURAL: meio ambiente físico 
b) ARTIFICIAL: o espaço urbano construído, mudado pela ação antrópica. 
c) CULTURAL: são bens materiais e imateriais que fazem referência a identidade, história 
de determinado grupo social (tombamento: meio legal de proteger esses bens)
d) LABORAL: do trabalho
 
ISSO RESPONDE À QUESTÃO?
- Coisa X Bem 
Coisa é todo objeto material, bem é a expressão da coisa no mundo do direito. Coisa é 
um objeto real, o elemento material do conceito jurídico de bem;bem é a coisa em 
sua consideração pelo ordenamento jurídico, sendo bens portanto apenas as coisas 
que tornam-se objeto do interesse humano e dessa forma passam a ser submetidas a 
uma tutela pelo direito, que lhes identifica como titular. 
- Natureza como RES NULLIUS (coisa de ninguém)
- FORAL e DOAÇÃO da CAPITANIA de PERNAMBUCO (1534) e REGIMENTO do PAU BRASIL 
(1605)  -> através dessa norma a coroa brasileira privatizou para si o uso do pau brasil -> 
NÃO É NORMA DE DIREITO AMBIENTAL, são normas pelas quais a coroa portuguesa 
buscou estabelecer o seu monopólio na exploração, não na proteção ambiental, 
Teoria Geral (revisão)
Bem ambiental1.
instando em NORMA DE DIREITO ECONÔMICO. Não é qualquer norma que tutela um 
bem natural que é norma de direito ambiental. 
- CC/1916 e CC/2002 -à de acordo com o código civil os bens são 
BENS ESPECIAIS: estão afetados ao serviço público
BENS DE USO COMUM
BENS DOMINICAIS: compõe os bens públicos, mas estão desafetados ao serviço público
 
Passa ser possível afirmar a existência de um direito ambiental a partir do momento em 
quea doutrina e dogmática passam a definir o bem ambiental, tutelável por um 
direito específico. Existe uma terceira categoria de bens, que não é nem público, nem 
privado,mas sim de toda a coletividade, e que pode ser tutelado seja estando sobre 
domínio público ou privado, CHAMADO DE BEM AMBIENTAL. EX: Lara tem um lago em 
sua propriedade, ela não pode secá-lo, pois a coletividade tem direito subjetivo sobre ele. 
Direito ambiental é eu poder exercer meu direito subjetivo sobre uma cachoeira dentro de 
uma propriedade privada, por exemplo. 
- O proprietário exerce seu direito de propriedade de maneira limitada, pois pode fruir 
desde que respeite os interesses coletivos. 
Regra geral, para a Lara usar as águas, ela precisa pagar para ganhar uma autorização 
específica chamada de outorga.
 
 
 
BENS PRIVADOS  
E BENS PÚBLICOS, que se dividem em:
Captação de água insignificante NÃO precisa pagar
RESUMÃO: a definição do direito ambiental não pode ser reduzida a ideia de tutela dos 
elementos da natureza pois, como vimos, ela se estende para além do meio ambiente 
natural envolvendo elementos do meio ambiente artificial, cultural e do trabalho; 
Por outro lado, ao identificarmos tal abrangência é preciso caracterizar aquilo que 
permite distinguir a tutela oferecida pelo direito ambiental daquela que é própria a outros 
ramos do direito, como o direito civil. Este elemento é o bem ambiental entendido nos 
termos da ordem constitucional vigente comobem de uso comum do povo, bem que 
pertence à coletividade mesmo quando se encontra, no plano imediato, no domínio 
privado ou público, justamente em razão da função socioambiental que 
desempenha. 
- TRANSFORMAÇÕES ÚLTIMOS 50 ANOS 
- FATO X VALOR X NORMA 
- CF/88 -à BEM AMBIENTAL
 
- Reserva legal: 20%, os outros 80% a pessoa pode cortar na propriedade rural. Na 
cidade, precisa de autorização  para podar árvores.
- Reserva legal é obrigação propter rem 
AULA 02
a) direito ao meio ambiente - estamos nos referindo a um direito que todos nós temos à 
fruição de um meio ambiente ecologicamente equilibrado (direito fundamental 
FUNÇÃO SOCIAL DO DIR. AMBIENTAL  
 
1.
Teoria Geral (REVISÃO)1.
VERTENTES2.
O direito ambiental tutelará o edifício abandonado, através do estatuto da cidade, o 
dono poderá ser obrigado a dar destinação útil em 2 anos (cumprir a função social), 
e, caso se mantenha inerte, é possível que sua propriedade seja desapropriada. 
Paulo de Bessa Antunes afirma que oescopo da tutela oferecida pelo direito 
ambiental, pode ser dividida em três grandes vertentes: 
positivado no art. 225 da CF/88)
b) direito sobre o meio ambiente - nessa vertente, agrupa-se todos aqueles dispositivos 
que englobam a regulação das possibilidades da nossa fruição, exploração dos 
recursos tendo em conta a satisfação dos nossos interesses econômicos(aproxima-se do 
direito econômico)
c) direito do meio ambiente - direito que o meio ambiente natural exerce em face dos 
seres humanos. Ex: direito animal, até mesmo elementos abióticos.
DIREITO AMBIENTAL E DIREITOS TRANSINDIVIDUAIS 
Engloba os direitos difusos, direitos coletivos e individuais homogêneos. O direito 
ambiental tutela todos, desde que digam respeito ao bem ambiental.
a) Direitos difusos (art. 81, I, Lei 8.078/90) - direito transindividual com objeto 
indivisível,titularidade indeterminada e interligada por circunstâncias de fato. 
b) Direitos coletivos (art. 81, II,  Lei 8.078/90) - direito transindividual com objeto 
indivisível,titularidade determinável face à existência de uma relação jurídica de 
base que interliga os titulares entre si ou com a parte contrária. 
c) Direitos individuais homogêneos (art. 81, III,  Lei 8.078/90) - direitos individuais cuja 
origem decorre da mesma causa, podendo estar submetidos à tutela coletiva. 
Ex: em um derramamento de óleo na Bahia de Guanabara, são afetados direitos difusos 
(toda a humanidade), coletivos (os pescadores afetados, determináveis) e individuais 
homogêneos (ex: as famílias que vivem ali, sem ser organizadas como um grupo de 
pescadores, elas podem ser organizar e postular coletivamente)
---> ele é atribuído a certos sujeitos sempre visando a proteção do bem 
socioambiental(relacionar com as vertentes do Paulo de Bessa)
COMPETÊNCIAS AMBIENTAIS 
---> Um limite de poder atribuído aos entes federados para realizarem o disposto pela 
Constituição. 
Somos uma República Federativa, ou seja, somos divididos em entes federativos. 
Código de defesa do consumidor  
vai cair isso na prova, relacionando o que é direito ambiental
3.1 INTRODUÇÃO 
Lei 6.938/81, art.9º, VI 
SÓ A CONSTITUIÇÃO PODE DISPOR SOBRE COMPETÊNCIAS FEDERATIVAS, nenhum 
outro dispositivo pode fazê-lo. 
O estado de Santa Catarina não pode criar no seu código florestal uma restrição de 
área de reserva legal menor do que a da lei federal, pois compete à União 
estabelecer as diretrizes gerais e o estado pode suplementar naquilo que não 
contrarie o estabelecido na lei federal. 
A união não pode revogar a lei estadual, ela não tem poder federativo para isso, 
já que não há hierarquia entre as normas, portanto irá SUSPENDER (QUESTÃO 
DE PROVA)
A competência exclusiva é aquela atribuída ao ente sem possibilidade de 
delegação 
ETEPs 3.
DEFINIÇÃO 
           
COMPETÊNCIAS
UNIÃO ESTADOS E DF MUNICÍPIOS
PRIVATIVA  
 (DELEGÁVEL)
art. 22 (I, II, IV, X, XII, 
XIV, XXXVI e XXVIII)
art. 25, §1º art. 30, I
CONCORRENTE art. 24 (I, VI, VIII, IX) e §§1º e 2º art. 30, II
SUPLETIVA ---- ----- art. 24, §3º
COMPETÊNCIAS EXECUTIVAS (ADMINISTRATIVAS)
EXCLUSIVA 
(INDELEGÁVEL)
art. 21 (IX, XI, XII, 
XVIII, XIX, XX, XXIII, 
XXV)
art. 25 §§1º e 2º art. 30, III a VIII 
COMUM art. 23
CF/88, art. 225, §1º, III
Art. 6º A Lei em vigor terá efeito imediato e geral, respeitados o ato jurídico perfeito, o direito 
adquirido e a coisa julgada.             
§ 1º Reputa-se ato jurídico perfeito o já consumado segundo a lei vigente ao tempo em que 
se efetuou.
art 6º RES 237 ---> PROVA 
Art. 6º. Compete ao órgão ambiental municipal, ouvidos os órgãos competentes da 
União, dos Estados e do Distrito Federal, quando couber, o licenciamento ambiental de 
empreendimentos e atividades de impacto ambiental local e daquelas que lhe forem 
delegadas pelo Estado por instrumento legal ou convênio.
Eike batistaquer construir um porto que ultrapassará 3 municípios, qual o ente 
responsável pelo licenciamento?
Se você tem um empreendimento que está causando um impacto que vai além do 
município, mas que se limita ao estado, quem é o ente que tem interesse predominante 
aí? É o estado.Não é o Município porque os impactos vão além dos limites municipais, 
mas não chega a ser a União, porque os impactos não ultrapassam os limites do estado
No caso de um município ter estabelecido que a área protegida é de 30 metros, mas 
a lei federal estabelece a diretriz geral de 60m, o que acontece com o camarada que 
construiu em 30m? 
art. 23 da CF, parágrafo único ---> tem que ver na lei complementar 140 de 2011 -> 
art. 8º
VOCÊ NÃO PRECISA DECORAR A LEI 140 DE 2011, pois quando ela não existia, a 
gente aplicava o princípio da predominância do interesse --> a lei reproduz esse 
princípio na prática ---> em outros assuntos que não tem lei complementar 
dispondo, utiliza-se o princípio como justificativa 
---> a resolução CONAMA 237 foi editada porque a lei complementar 140 não existia ainda
AULA 30/11/22
3.1 INTRODUÇÃO 
ETEPs  - é genêro de 3 espécies (UC, APP e RLF) (ESPAÇOS TERRITORIAIS 
ESPECIALMENTE PROTEGIDOS) 
3.
estão sujeitas a algum tipo específico de proteção levando em conta 
necessidades de ordem ambiental (EX: floresta nacional Mário Xavier, Fernando de 
Noronha, Parque Nacional de Itatiaia, Floresta da Tijuca) ---> patrimônio cultural 
tombado não é exemplo - SE RESTRINGE À PRESERVAÇÃO DO MEIO AMBIENTE EM 
SUA ACEPÇÃO NATURAL,EM SENTIDO ESTRITO 
Todos esses exemplos dizem respeito a uma mesma espécie de espaço 
territorialmente protegido, mas não abrangem o todo que forma essa expressão, 
apenas metade, pois dizem respeito ÀS UNIDADES DE CONSERVAÇÃO (disciplinas 
pela lei 9.985/2000). 
A APA é uma espécie de UNIDADE DE CONSERVAÇÃO DO GRUPO DE USO 
SUSTENTÁVEL. 
A outra metade comporta outras duas espécies: APP (área de preservação 
permanente) e Reserva Legal Florestal  (disciplinadas na lei 1251/12)
A UC é criada por um ato específico, para proteger uma peculiaridade ambiental 
daquele área (ex: APA de São João para preservar a reprodução do mico leão 
dourado)
há uma hipótese excepcional em que a APP é criada pelo Poder Público: APP 
FACULTATIVA
APP: manguezal (desempenha função ambiental relevante), margem de rio, etc. 
Aonde quer que existam no território nacional, são áreas protegidas, 
independentemente de ato do poder público. Sujeita-se a proteção em caráter 
perpétuo, não aceitam supressão de vegetação.  (existem em Zona Rural ou 
URBANA)
RLF: é a área localizada no interior de uma propriedade ou posse rural, 
delimitada, com o objetivo de promover a preservação, etc. (ZONA RURAL APENAS)
terras indígenas não é um exemplo, pois o fundamento constitucional da 
demarcação delas é a proteção dos povos originários, não do meio ambiente em 
si
- DEFINIÇÃO 
3.2 CÓDIGO FLORESTAL (Lei 12.651/12)
3.2.1 CONCEITOS NORMATIVOS 
3.2.2 APP: Parâmetros
APP "facultativa" (art.6º) 
Quando declaradas de interesse social por ato do chefe do poder executivo, dentro 
das hipóteses elencadas em seus incisos.
3.2.3 HIPÓTESES DE SUPRESSÃO ou INTERVENÇÃO 
art. 8º 
Lei 6.938/81, art. 9º, VI  (PRIMEIRA MENÇÃO A ETEPS está na PNMA) - o dever 
público tem o DEVER de criar esses espaços. 
CF/88, art. 225, §1º, III - definir em todas as unidades da federação espaços 
territoriais e seus componentes a serem especialmente protegidos, sendo as 
modificações passíveis somente através de lei. 
APP: art. 3º, II
RLF: art. 3º, III
App "ope legis" (art. 4º) - significa que existe por efeito da lei. Ninguém além 
dela precisa adotar nenhuma medida para que ela passe a existir. 
aonde quer que exista um rio, as suas margens, em área proporcional a sua 
largura, serão protegidas. ---> mata ciliar. (se o rio tem 100 m de largura e a área 
tem 300m, a mata ciliar a ser protegida é na dimensão da APP a ser assegurada 
é 100 x 300 = 30.000m -> 3 hectares
entorno de lagos e lagoas também há APP (30 m para área urbana) -> até mesmo 
as artificiais (nesses casos será definido pela licença ambiental)
qualquer inclinação maior de 45º, é encosta e logo é APP, não poderia haver 
construção
restinga (vegetação nativa das praias)
manguezais em toda sua extensão
Topo de morros, montanhas, serras 
Veredas em áreas pantanosas, alagamento de um corpo hídrico
DIFERENÇA DE UTILIDADE PÚBLICA (interesse da Administração) PARA INTERESSE 
SOCIAL (interesse dos administrados): 
PODCASTS: Praia dos ossos
Crime e castigo
Tempo quente (tudo a ver com a matéria) - RÁDIO NOVELO
07/12/22
ETEPs
CÓD. FLORESTAL 
INTERVENÇÃO E SUPRESSÃO DE VEGETAÇÃO EM APP
RLF: PARÂMETROS
---> AMAZÔNIA LEGAL: o conceito remonta aos anos 70, quando o governo percebeu que 
deveria delimitar uma área ao que o governo considerava como "deserto verde", a 
Amazônia a ser explorada e ocupada, e criou então essa definição. Os estados do ACRE, 
PARÁ... ETC. Art. 3º, I do Código Florestal de 2012
POSSIBILIDADE DE CÔMPUTO/HIPÓTESES DE REDUÇÃO 
art. 15 do Código Florestal de 2012: é admitido o cômputo da APP no cálculo da reserva 
legal da propriedade. Mas só se admite isso se você não for desmatar mais (se você 
comprou uma área que já foi desmatada, você pode reflorestar computando. Mas se não 
está desmatada, não pode desmatar para computar)
O interesse público primário é o interesse da própria sociedade, enquanto o 
secundário é o interesse da ADMINISTRAÇÃO
atividades eventuais ou de baixo impacto ambiental
AMAZÔNIA LEGAL (FLORESTA): 80%
AMAZÔNIA LEGAL (CERRADO): 35%
AMAZÔNIA LEGAL (CAMPOS GERAIS): 20%
GERAL: 20%
abrange toda a região norte, o mato grosso e um pedacinho do Maranhão
§4º - questão de prova  -- se vc estiver na Amazônia e juntando todas as áreas 
protegidas der mais de 80%, pode desmatar
DISPOSIÇÕES TRANSITÓRIAS 
Exceções a regra geral do que foi tratado 
Art. 61-A. Nas Áreas de Preservação Permanente, é autorizada, exclusivamente, a 
continuidade das atividades agrossilvipastoris, de ecoturismo e de turismo rural em 
áreas rurais consolidadas até 22 de julho de 2008 (decreto DAS INFRAÇÕES E SANÇÕES 
ADMINISTRATIVAS AO MEIO AMBIENTE).
§ 1º Para os imóveis rurais com área de até 1 (um) módulo fiscal que possuam áreas 
consolidadas em Áreas de Preservação Permanente ao longo de cursos d’água 
naturais, será obrigatória a recomposição das respectivas faixas marginais em 5 
(cinco) metros, contados da borda da calha do leito regular, independentemente da 
largura do curso d´água. (Incluído pela Lei nº 12.727, de 2012).
§ 2º Para os imóveis rurais com área superior a 1 (um) módulo fiscal e de até 2 (dois) 
módulos fiscais que possuam áreas consolidadas em Áreas de Preservação 
Permanente ao longo de cursos d’água naturais, será obrigatória a recomposição das 
respectivas faixas marginais em 8 (oito) metros, contados da borda da calha do leito 
regular, independentemente da largura do curso d´água. (Incluído pela Lei nº 12.727, de 
2012).
§ 3º Para os imóveis rurais com área superior a 2 (dois) módulos fiscais e de até 4 
(quatro) módulos fiscais que possuam áreas consolidadas em Áreas de Preservação 
Permanente ao longo de cursos d’água naturais, será obrigatória a recomposição das 
respectivas faixas marginais em 15 (quinze) metros, contados da borda da calha do 
leito regular, independentemente da largura do curso d’água. 
a obrigação de cuidar da APP e reserva legal é PROPTER REM. 
a área da APP que você quer computar como parte da reserva tem de estar 
protegida ou em recuperação
o imóvel tem que estar registrado no CAR 
art. 61, A; Art. 61, B; Art. 66 
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-2014/2012/lei/L12727.htm
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-2014/2012/lei/L12727.htm
§ 4º Para os imóveis rurais com área superior a 4 (quatro) módulos fiscais que possuam 
áreas consolidadas em Áreas de Preservação Permanente ao longo de cursos d’água 
naturais, será obrigatória a recomposição das respectivas faixas marginais:II - nos demais casos, conforme determinação do PRA, observado o mínimo de 20 (vinte) 
e o máximo de 100 (cem) metros, contados da borda da calha do leito regular. 
§ 5º Nos casos de áreas rurais consolidadas em Áreas de Preservação Permanente no 
entorno de nascentes e olhos d’água perenes, será admitida a manutenção de 
atividades agrossilvipastoris, de ecoturismo ou de turismo rural, sendo obrigatória a 
recomposição do raio mínimo de 15 (quinze) metros. 
§ 6º Para os imóveis rurais que possuam áreas consolidadas em Áreas de Preservação 
Permanente no entorno de lagos e lagoas naturais, será admitida a manutenção de 
atividades agrossilvipastoris, de ecoturismo ou de turismo rural, sendo obrigatória a 
recomposição de faixa marginal com largura mínima de: 
I - 5 (cinco) metros, para imóveis rurais com área de até 1 (um) módulo fiscal; (Incluído 
pela Lei nº 12.727, de 2012).
II - 8 (oito) metros, para imóveis rurais com área superior a 1 (um) módulo fiscal e de até 2 
(dois) módulos fiscais; (Incluído pela Lei nº 12.727, de 2012).
III - 15 (quinze) metros, para imóveis rurais com área superior a 2 (dois) módulos fiscais e 
de até 4 (quatro) módulos fiscais; e (Incluído pela Lei nº 12.727, de 2012).
IV - 30 (trinta) metros, para imóveis rurais com área superior a 4 (quatro) módulos fiscais. 
(Incluído pela Lei nº 12.727, de 2012).
§ 7º Nos casos de áreas rurais consolidadas em veredas, será obrigatória a recomposição 
das faixas marginais, em projeção horizontal, delimitadas a partir do espaço brejoso e 
encharcado, de largura mínima de: 
I - 30 (trinta) metros, para imóveis rurais com área de até 4 (quatro) módulos fiscais; e 
(Incluído pela Lei nº 12.727, de 2012).
II - 50 (cinquenta) metros, para imóveis rurais com área superior a 4 (quatro) módulos 
fiscais. (Incluído pela Lei nº 12.727, de 2012).
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-2014/2012/lei/L12727.htm
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-2014/2012/lei/L12727.htm
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-2014/2012/lei/L12727.htm
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-2014/2012/lei/L12727.htm
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-2014/2012/lei/L12727.htm
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-2014/2012/lei/L12727.htm
§ 8º Será considerada, para os fins do disposto no caput e nos §§ 1º a 7º , a área detida 
pelo imóvel rural em 22 de julho de 2008. (Incluído pela Lei nº 12.727, de 2012).
§ 9º A existência das situações previstas no caput deverá ser informada no CAR para fins 
de monitoramento, sendo exigida, nesses casos, a adoção de técnicas de conservação do 
solo e da água que visem à mitigação dos eventuais impactos.
§ 10. Antes mesmo da disponibilização do CAR, no caso das intervenções já existentes, é o 
proprietário ou possuidor rural responsável pela conservação do solo e da água, por
meio de adoção de boas práticas agronômicas. 
§ 11. A realização das atividades previstas no caput observará critérios técnicos de 
conservação do solo e da água indicados no PRA previsto nesta Lei, sendo vedada a 
conversão de novas áreas para uso alternativo do solo nesses locais. 
§ 12. Será admitida a manutenção de residências e da infraestrutura associada às 
atividades agrossilvipastoris, de ecoturismo e de turismo rural, inclusive o acesso a essas 
atividades, independentemente das determinações contidas no caput e nos §§ 1º a 7º , 
desde que não estejam em área que ofereça risco à vida ou à integridade física das 
pessoas.
§ 13. A recomposição de que trata este artigo poderá ser feita, isolada ou conjuntamente, 
pelos seguintes métodos:
I - condução de regeneração natural de espécies nativas; 
II - plantio de espécies nativas;
III - plantio de espécies nativas conjugado com a condução da regeneração natural de 
espécies nativas;
IV - plantio intercalado de espécies lenhosas, perenes ou de ciclo longo, exóticas com 
nativas de ocorrência regional, em até 50% (cinquenta por cento) da área total a ser 
recomposta, no caso dos imóveis a que se refere o inciso V do caput do art. 3º ;
§ 14. Em todos os casos previstos neste artigo, o poder público, verificada a existência de 
risco de agravamento de processos erosivos ou de inundações, determinará a adoção de 
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-2014/2012/lei/L12727.htm
medidas mitigadoras que garantam a estabilidade das margens e a qualidade da 
água, após deliberação do Conselho Estadual de Meio Ambiente ou de órgão colegiado 
estadual equivalente. 
§ 15. A partir da data da publicação desta Lei e até o término do prazo de adesão ao PRA 
de que trata o § 2º do art. 59, é autorizada a continuidade das atividades desenvolvidas 
nas áreas de que trata o caput , as quais deverão ser informadas no CAR para fins de 
monitoramento, sendo exigida a adoção de medidas de conservação do solo e da 
água. 
§ 16. As Áreas de Preservação Permanente localizadas em imóveis inseridos nos limites de 
Unidades de Conservação de Proteção Integral criadas por ato do poder público até a 
data de publicação desta Lei não são passíveis de ter quaisquer atividades 
consideradas como consolidadas nos termos do caput e dos §§ 1º a 15, ressalvado o 
que dispuser o Plano de Manejo elaborado e aprovado de acordo com as orientações 
emitidas pelo órgão competente do Sisnama, nos termos do que dispuser regulamento 
do Chefe do Poder Executivo, devendo o proprietário, possuidor rural ou ocupante a 
qualquer título adotar todas as medidas indicadas.
§ 17. Em bacias hidrográficas consideradas críticas, conforme previsto em legislação 
específica, o Chefe do Poder Executivo poderá, em ato próprio, estabelecer metas e
diretrizes de recuperação ou conservação da vegetação nativa superiores às definidas no 
caput e nos §§ 1º a 7º , como projeto prioritário, ouvidos o Comitê de Bacia Hidrográfica e 
o Conselho Estadual de Meio Ambiente. 
Art. 61-B. Aos proprietários e possuidores dos imóveis rurais que, em 22 de julho de 2008, 
detinham até 10 (dez) módulos fiscais e desenvolviam atividades agrossilvipastoris 
nas áreas consolidadas em Áreas de Preservação Permanente é garantido que a 
exigência de recomposição, nos termos desta Lei, somadas todas as Áreas de 
Preservação Permanente do imóvel, não ultrapassará:
I - 10% (dez por cento) da área total do imóvel, para imóveis rurais com área de até 2 
(dois) módulos fiscais; 
II - 20% (vinte por cento) da área total do imóvel, para imóveis rurais com área superior a 2 
(dois) e de até 4 (quatro) módulos fiscais; 
---> a pequena propriedade: até 4 
---> a média: entre 4 e 15
---> grande: acima de 15
Utilidade pública declarada pelo código em relação a obras desportivas foi declarada 
INCONSTITUCIONAL pelo STF 
CAR (cadastro ambiental rural) - criado pelo CF de 2012 - a regra é que ele retrate a 
realidade ambiental do imóvel (é um documento) - identifica com mapas, coordenadas, 
etc. as características ambientais do imóvel (todo imóvel rural TEM que ter) ---> a lei 
estabeleceu um prazo, mas atualmente está indeterminado (para fazer transações com o 
imóvel, precisa ter). ---> tendo qualquer mudança no imóvel tem que atualizar (art. 29 
CFL/12)
AULA 25/01/2023
Módulo Fiscal: ferramenta para quantificar e comparar os imóveis rurais. 
Como calcula a extensão de um imóvel rural em móveis: pega a extensão total do 
imóvel e divide pela definição de módulo do município 
a supressão de vegetação em APP precisa SEMPRE DE AUTORIZAÇÃO DO ÓRGÃO 
AMBIENTAL COMPETENTE
não existe competência MUNICIPAL SOBRE RIO
FAZER O EXERCÍCIO E ENTREGAR NA PRÓXIMA AULA
Quais são as suas espécies? 
APP, RLF e UC
APP: espaços protegidos por força da lei, porque esta prevê que aonde quer que aquela 
manifestação do ambiente ocorra no ambiente, você tem, POR FORÇA DA LEI a 
proteção.
UC: são ETEPs que são criados por ATO DO PODER PÚBLICO, porque só existem 
abstratamente, pois a partir de um juízo meritório são instituídas. Não está na lei, é o 
poder público identificando que aquela área específica desempenha umpapel 
relevante do ponto de vista ambiental, suficientemente para delimitá-la.  
CF, art. 225, §1º, III - definir, em todas as unidades da Federação, espaços territoriais e seus 
componentes a serem especialmente protegidos, sendo a alteração e a supressão 
permitidas somente através de lei, vedada qualquer utilização que comprometa a 
integridade dos atributos que justifiquem sua proteção;    
3.3.1 DEFINIÇÕES GERAIS
3.3.2 GRUPOS E ESPÉCIES 
a) Grupo de Proteção Integral
b) Grupo de Uso Sustentável     
3.3 SNUC (Lei 9.985/00) 
UC: art. 2º, I: unidade de conservação: espaço territorial e seus recursos ambientais, 
incluindo as águas jurisdicionais, com características naturais relevantes, legalmente 
instituído pelo Poder Público, com objetivos de conservação e limites definidos, sob 
regime especial de administração, ao qual se aplicam garantias adequadas de proteção;
ex: caso do mico leão dourado que estava em perigo de extinção, o poder público 
demarcou a área de reprodução da espécie para proteção;
As espécies de UC são classificadas em:
Refere-se a um regime muito mais restritivo. Preservação rigorosa. 
ETEPs   ---> tema fundamental para a prova3.
Mas a sua supressão ou mudança da área anterior só pode ser feita por LEI. Se 
ampliar sem alterar a delimitação original, pode ser feita por instrumento 
congênere ao qual foi criada (ex: decreto)
Grupo de Proteção Integral
VI - proteção integral: manutenção dos ecossistemas livres de alterações causadas por 
interferência humana,admitido apenas o uso indireto dos seus atributos naturais;
IX - uso indireto: aquele que não envolve consumo, coleta, dano ou destruição dos 
recursos naturais
- EE - art. 9º(Estação ecológica. A finalidade é garantir a preservação da natureza e 
garantir a pesquisa científica. É de domínio público e se tiver propriedade privada na 
área, há desapropriação. Só pode visitar para atividades de educação ambiental) 
- REBIO (Reserva Biológica. Garantir a preservação da biota, dos elementos da 
natureza. ex: Rebio Tianguá. É de domínio público, necessariamente. Só pode 
visitação com fim educacional. 
- PARNA (parque nacional): art. 11
QUAL A FINALIDADE? preservação de ecossistema natural de grande relevância ecológica 
e beleza cênica. É para pesquisa, educação e interpretação ambiental. Pode ser usado 
também para turismo ecológico. 
QUAL O REGIME DE DOMINIALIDADE DA TERRA: é de domínio público, as áreas 
particulares presentes nele são desapropriadas. Se for criada pelo Estado: parque 
estadual; Município: parque natural municipal
SE ADMITE A PRESENÇA HUMANA EM QUE TERMOS: a visitação pública possui 
restrições estabelecidas pelo plano de manejo da unidade, previstas no seu 
regulamento. 
- MN (Monumento natural: tem como objetivo básico preservar sítios naturais raros, 
singulares ou de grande beleza cênica. Pode ocorrer em área privada)
- REVIS (Refúgio de Vida Silvestre. tem como objetivo proteger ambientes naturais 
onde se asseguram condições para a existência ou reprodução de espécies ou 
comunidades da flora local e da fauna residente ou migratória. Pode ser privado, mas 
com compatibilidade com a preservação da área, se não houver, pode acontecer a 
desapropriação. A visitação é regulada pelo plano de manejo)
Contempla aquelas nas quais se busca uma contemporização, uma compatibilização 
da presença humana com fins ambientais. Conservação dos recursos. 
XI - uso sustentável: exploração do ambiente de maneira a garantir a perenidade dos 
recursos ambientais renováveis e dos processos ecológicos, mantendo a biodiversidade e os 
demais atributos ecológicos, de forma socialmente justa e economicamente viável;
- APA (área de proteção ambiental - é uma área em geral extensa, com um certo grau de 
ocupação humana, dotada de atributos abióticos, bióticos, estéticos ou culturais 
especialmente importantes para a qualidade de vida e o bem-estar das populações 
humanas, e tem como objetivos básicos proteger a diversidade biológica, disciplinar o 
Grupo de Uso Sustentável 
processo de ocupação e assegurar a sustentabilidade do uso dos recursos naturais. 
PODE OCORRER EM ÁREA PÚBLICA OU PRIVADA, a ideia é compatibilizar a presença 
humana com a proteção ambiental).
- ARIE (A Área de Relevante Interesse Ecológico é uma área em geral de pequena 
extensão, com pouca ou nenhuma ocupação humana, com características naturais 
extraordinárias ou que abriga exemplares raros da biota regional, e tem como objetivo 
manter os ecossistemas naturais de importância regional ou local e regular o uso 
admissível dessas áreas, de modo a compatibilizá-lo com os objetivos de conservação 
da natureza.) - é de pequeno extensão territorial; presença humana quase não existente, é 
menos relevante, pouco impacto da presença antrópica. Pública ou privada, pode ter 
visitação. Ex: ARIE de Itapebuçus em Rio das Ostras
- FLONA (A Floresta Nacional é uma área com cobertura florestal de espécies 
predominantemente nativas e tem como objetivo básico o uso múltiplo sustentável 
dos recursos florestais e a pesquisa científica, com ênfase em métodos para 
exploração sustentável de florestas nativas) - é pública e se tiver propriedade privada 
tem que desapropriar, mas as populações tradicionais tem o direito de permanecer. 
ex: flona Mário Xavier
- RESEX (A Reserva Extrativista é uma área utilizada por populações extrativistas 
tradicionais, cuja subsistência baseia-se no extrativismo e, complementarmente, na 
agricultura de subsistência e na criação de animais de pequeno porte, e tem como 
objetivos básicos proteger os meios de vida e a cultura dessas populações, e assegurar 
o uso sustentável dos recursos naturais da unidade.). ex: seringueiros, reserva de pesca 
artesanal em arraial do cabo  (VAI CAIR NA PROVA) ---> PROTEGER UM GRUPO 
PARTICULAR EXTRATIVISTA
- RDS (A Reserva de Desenvolvimento Sustentável é uma área natural que abriga 
populações tradicionais, cuja existência baseia-se em sistemas sustentáveis de 
exploração dos recursos naturais, desenvolvidos ao longo de gerações e adaptados às 
condições ecológicas locais e que desempenham um papel fundamental na proteção 
da natureza e na manutenção da diversidade biológica.) ---> PROTEGER UM GRUPO 
QUE DESENVOLVE UMA ATIVIDADE DE AGRICULTURA FAMILIAR -> as pessoas tem uma 
concessão especial de uso
- REFAU (A Reserva de Fauna é uma área natural com populações animais de espécies 
nativas, terrestres ou aquáticas, residentes ou migratórias, adequadas para estudos 
técnico-científicos sobre o manejo econômico sustentável de recursos faunísticos.) 
- RPPN (A Reserva Particular do Patrimônio Natural é uma área privada, gravada com 
perpetuidade, com o objetivo de conservar a diversidade biológica.) - precisa de um 
termo de compromisso a ser firmado e averbação no registro competente - você não 
pode voltar atrás. Ela é diferente das demais por ser criada a partir de iniciativa do 
PARTICULAR. Todas as outras são criadas por iniciativa do Poder Público. Não 
necessariamente se tem um benefício fiscal. 
3.3.3  Criação, ampliação e redução (desafetação)
Art. 22. As unidades de conservação são criadas por ato do Poder Público. (ou seja, não 
precisa de lei, pode ser por decreto, por exemplo)
§ 2o A criação de uma unidade de conservação deve ser precedida de estudos técnicos e 
de consulta pública que permitam identificar a localização, a dimensão e os limites 
mais adequados para a unidade, conforme se dispuser em regulamento. 
Exceção: EE e REBIO NÃO PRECISAM DE CONSULTA PÚBLICA, POIS TEM VIÉS 
CIENTÍFICO. 
§ 6o A ampliação dos limites de uma unidade de conservação, sem modificação dos seus 
limites originais, exceto pelo acréscimo proposto, pode ser feita por instrumento 
normativo do mesmo nível hierárquico do que criou a unidade, desde que obedecidos 
os procedimentos de consulta estabelecidos no § 2o deste artigo
§ 7o A desafetação ou redução dos limites de uma unidade de conservação só pode ser 
feita mediante lei específica. ---> remissão ao art. 225, §1º, III .  (PROVA!!!)3.3.4 Uso e Administração
3.3.5 Zonas de Amortecimento e Corredores Ecológicos 
3.3.6 Plano de Manejo
É a norma que regula especificamente o que pode e o que não pode na UC. Análogo a 
um plano diretor da cidade, ou um edital para o concurso público. Pressupõe discussão, 
consulta pública, etc.;
EM ESPECIAL: RESEX, RDS, APA, FLONA, ARIE EXIGEM PARTICIPAÇÃO DA COMUNIDADE 
NO PLANO DE MANEJO
Uma vez criada a UC, o poder público tem 5 anos para elaborar o plano de 
manejo.
Se não cumprir o prazo entra com ACP, ação popular, etc. 
08/02/2023
4.1 BASE NORMATIVA 
(Regul. art. 21, XIX da CF/88)
Cabe à União instituir o sistema nacional que cuidará da gestão de recursos hídricos.
4.2 Fundamentos da PNRH 
4.2.1 Água como bem de domínio público (art. 1º, I) 
A recuperação da área degradada, em reserva legal, será feita a partir dos PRA’s, 
que são os programas de recuperação ambiental. Uma, dentre outras 
possibilidades de recuperação das reservas legais, consiste na adesão ao PRA, que 
fixa prazos, estabelece percentuais mínimos de recuperação ano a ano e 
permite, portanto, que o proprietário do imóvel se comprometa a satisfação de 
metas de recuperação até que sua reserva legal esteja integralmente 
recomposta.
As florestas disponíveis no interior de propriedade privada são de propriedade do 
proprietário do imóvel
Área consolidada é aquela área que foi desmatada antes de 22 de julho de 2008, 
que é a data da regulamentação dos crimes ambientais. Havendo desmatamento 
antes dessa data, aplica-se o art.61
PNRH (POLÍTICA NACIONAL DE RECURSOS HÍDRICOS)4.
Lei 9.4333/97 - PNRH
Dec. 24.643/34 - cód. águas  (anterior à PNRH) - O CÓDIGO DE ÁGUAS NÃO FOI 
INTEGRALMENTE REVOGADO POR ELA. PERMANECE EM VIGOR. 
Bem: A coisa só existe para o direito quando a lei lhe atribui um titular.
O lago, terreno, é do proprietário, mas as águas são de domínio da coletividade, no plano 
mediato. (será gerido pelo proprietário, mas as águas dele são de todos)
- Consequências desse regime de dominialidade:
A dominialidade pública das águas não representa tornar poder público federal ou 
estadual proprietário das mesmas, mas o gestor desse bem no interesse da coletividade, 
dai decorrendo: 
- Cód. Águas, art. 8º (águas particulares)? 
NÃO ESTÁ EM VIGOR, pois para a PNRH NÃO HÁ ÁGUAS PARTICULARES. ESTE DISPOSITIVO 
NÃO FOI RECEPCIONADO, NEM MESMO PELA CF/88. 
OBS: A PNRH ao tratar as águas como bem de domínio público, abrange todo tipo de 
água: superficial, subterrânea, fluente e emergente);
O código de águas trata as águas pluviais como pertencentes ao dono do prédio em que 
se precipitam, mas para a PNRH elas são também de uso comum do povo sob gestão 
privada. 
- Gestão: 
NUNCA VAI SER MUNICIPAL.
Bem público: bens de uso especial, bens dominicais e bens de uso comum do povo 
(são aqueles que são bens públicos que o poder público disponibiliza para a livre 
fruição pela coletividade). 
Rios/Lagos - o lago é bem de uso comum do povo. Mas para entrar em um lago ou 
praia dentro de propriedade particular deve haver uma servidão de passagem.
Para furar um poço artesiano precisa de outorga do poder público.
O uso da água não pode ser apropriado por uma só pessoa física ou jurídica, com 
exclusão absoluta dos demais usuários. 
O uso da água não pode significar a sua poluição
O uso da água não pode levar ao seu esgotamento
A concessão, autorização ou qualquer outorga pelo Poder Público deve ser 
motivada e fundamentada.
---> Lago do IA é federal. 
4. 2. 2 Água como bem de valor econômico (art. 1º, II da PNRH)
ÁGUA É RECURSO LIMITADO, a ideia portanto é que a partir das outorgas se possa gerir as 
águas, com consciência de sua finitude. 
A outorga da água que abastece o município, por exemplo, não é concedida a cada um, é 
concedida à concessionária que irá te cobrar para usar. 
---> AS ÁGUAS MINEIRAS NA DOUTRINA SÃO DEFENDIDAS PELO CÓDIGO DE MINEIRAÇÃO 
4.2 FUNDAMENTOS (CONTINUAÇÃO)
4.2.4 BACIA HIDROGRÁFICA 
Art. 1º V - a bacia hidrográfica é a unidade territorial para implementação da Política 
Nacional de Recursos Hídricos e atuação do Sistema Nacional de Gerenciamento de 
Recursos Hídricos;
---> a comunidade cuida desse bem ambiental através do órgão Comitê de Bacia 
Hidrográfica
Art. 37. Os Comitês de Bacia Hidrográfica terão como área de atuação:
I - a totalidade de uma bacia hidrográfica;
II - sub-bacia hidrográfica de tributário do curso de água principal da bacia, ou de tributário desse 
tributário (afluente); ou
III - grupo de bacias ou sub-bacias hidrográficas contíguas.
Parágrafo único. A instituição de Comitês de Bacia Hidrográfica em rios de domínio da União será efetivada 
por ato do Presidente da República.
Federal: Art. 20, III CF/88 
Estadual: Art. 26, I 
Princípio do Usuário Pagador? não está atrelado a dano, a conduta é lícita, mas tem 
que pagar para compensar a coletividade por essa fruição menor devido ao uso 
dele.
Principal: é a do rio principal
Secundária: do rio afluente
Terciária: afluente do afluente. 
O CURSO PRINCIPAL TEM QUE TER COMITÊ (inclusive este pode gerir a bacia toda)
4.2.5 GESTÃO PARTICIPATIVA E DESCENTRALIZADA 
Art. 1º A Política Nacional de Recursos Hídricos baseia-se nos seguintes fundamentos:
VI - a gestão dos recursos hídricos deve ser descentralizada e contar com a participação do 
Poder Público, dos usuários e das comunidades.
Esses comitês tem um número de participantes instituídos em seu regimento e são 
compostos pelo poder público, usuários e sociedade civil (inclusive associações da 
sociedade civil) ---> ESTRUTURA TRIPARTITE
EX: a rural hoje tem uma cadeira no comitê do Rio Guandu
4.3 INSTRUMENTOS 
---> O COMITÊ É A CÉLULA FUNDAMENTAL QUE TEM POR OBJETIVO IMPLANTAR OS 
INSTRUMENTOS PREVISTOS PELA PNRH. 
4.3.1 PLANOS
Art. 6º Os Planos de Recursos Hídricos são planos diretores que visam a fundamentar e orientar a 
implementação da Política Nacional de Recursos Hídricos e o gerenciamento dos recursos hídricos.
Art. 7º Os Planos de Recursos Hídricos são planos de longo prazo, com horizonte de planejamento compatível 
com o período de implantação de seus programas e projetos e terão o seguinte conteúdo mínimo:
I - diagnóstico da situação atual dos recursos hídricos;
II - análise de alternativas de crescimento demográfico, de evolução de atividades produtivas e de 
modificações dos padrões de ocupação do solo;
III - balanço entre disponibilidades e demandas futuras dos recursos hídricos, em quantidade e qualidade, 
com identificação de conflitos potenciais;
IV - metas de racionalização de uso, aumento da quantidade e melhoria da qualidade dos recursos hídricos 
disponíveis;
V - medidas a serem tomadas, programas a serem desenvolvidos e projetos a serem implantados, para o 
atendimento das metas previstas;
VIII - prioridades para outorga de direitos de uso de recursos hídricos;
IX - diretrizes e critérios para a cobrança pelo uso dos recursos hídricos;
PODEM (FACULTATIVAMENTE) TER COMITÊS ATÉ O TERCIÁRIO (isso é, tributário do tributário do 
principal). O tributário do terciário não terá comitê, o responsável por ele será o comitê do 
imediatamente superior, ou seja, do terciário)
É análogo a um plano diretor de um município ou ao plano de manejo na unidade 
de conservação
Existe plano de recursos hídricos nacional, estadual e de bacia hidrográfica
X - propostas para a criação de áreas sujeitas a restrição de uso, com vistas à proteção dos recursos hídricos.
Art. 8º Os Planos de Recursos Hídricos serão elaborados por bacia hidrográfica, por Estado e para o País.
4.3. 2 ENQUADRAMENTO
Art. 9º O enquadramento dos corpos de água em classes, segundo os usos preponderantes da água, visa a:
I - assegurar às águas qualidade compatível com os usos mais exigentes a que forem destinadas;
II - diminuir os custos de combate à poluição das águas, mediante ações preventivas permanentes.
Art. 10. As classes de corpos de água serão estabelecidas pela legislação ambiental.
+
Resolução CONAMA 357/95
4.3.2 OUTORGA
É a concessãodo direito de uso. 
Art. 12. Estão sujeitos a outorga pelo Poder Público os direitos dos seguintes usos de recursos hídricos:
I - derivação ou captação de parcela da água existente em um corpo de água para consumo final, inclusive 
abastecimento público, ou insumo de processo produtivo;
II - extração de água de aqüífero subterrâneo para consumo final ou insumo de processo produtivo;
III - lançamento em corpo de água de esgotos e demais resíduos líquidos ou gasosos, tratados ou não, com o 
fim de sua diluição, transporte ou disposição final;
IV - aproveitamento dos potenciais hidrelétricos;
V - outros usos que alterem o regime, a quantidade ou a qualidade da água existente em um corpo de água.
§ 1º Independem de outorga pelo Poder Público, conforme definido em regulamento:
I - o uso de recursos hídricos para a satisfação das necessidades de pequenos núcleos populacionais, 
distribuídos no meio rural;
II - as derivações, captações e lançamentos considerados insignificantes;
III - as acumulações de volumes de água consideradas insignificantes.
nem todo mundo que usa a água de uma bacia tem que pagar por ela, mas sim 
quem precisa de outorga. 
estabelecer categorias, padrões para os rios. Quando ele é enquadrado, é porque 
apresenta certas características. O enquadramento é importante para saber o que 
será feito com cada tipo de água, o que é permitido ou não. A partir do 
estabelecimento de classes, é possível estabelecer planos de melhoria. 
§ 2º A outorga e a utilização de recursos hídricos para fins de geração de energia elétrica estará subordinada 
ao Plano Nacional de Recursos Hídricos, aprovado na forma do disposto no inciso VIII do art. 35 desta Lei, 
obedecida a disciplina da legislação setorial específica.
4.3.4 COBRANÇA 
4.3.5 SISTEMA DE INFORMAÇÕES (art. 25 a 27)
4.4 SINGREH 
Sistema integrado de entidades responsáveis pela gestão de recursos hídricos, existem 
conselhos nacionais e estaduais, são a instância decisória máxima. (ainda funcionam 
como instâncias revisoras das decisões do comitê.
01/03/23
5.1 BASE NORMATIVA 
(RES. CONAMA)
5.2 CONCEITOS NORMATIVOS 
não precisa de outorga para uso insignificante. Depende da vazão.
consumo animal é insignificante
quem depende de outorga tem que pagar pela água que usa, quem não depende, 
não precisa. ]
abaixo dos conselhos existem as agências de águas (nacional e as vinculadas a cada 
comitê. elas executam e os comitês decidem) e os comitês.
Secretária Municipal de Meio Ambiente e órgãos setoriais participam apenas 
indiretamente.
RESÍDUOS SÓLIDOS: aquilo que então tratávamos como lixo. 5.
Lei 12.305/10 (PNRS)
- OBS: REJEITO NUCLEAR NÃO É ABRANGIDO POR ESSA NORMA. 
---> se o município implementa uma política de coleta seletiva você, cidadão, é obrigado a 
separar os resíduos. Entretanto, se não tem, as pessoas também não podem ser 
responsabilizadas. 
Exs: agrotóxicos, pilhas, baterias, lâmpadas, produtos eletroeletrônicos e seus 
componentes. 
---> o fabricante tem a obrigação de oferecer o programa de logística reversa, mas o 
cidadão não é obrigado a entregar. 
5.3 ALGUMAS INOVAÇÕES 
Resíduo sólido (Art. 3º, XVI): ainda é admissível dar destinação útil a ele. -> 
destinação final ambientalmente adequada (VII)
Rejeito (Art. 3º, XV): o rejeito é o obtido do resíduo sólido que não admite mais 
aproveitamento econômico. -> disposição final ambientalmente adequada (VIII) -> 
QUESTÃO DE PROVA
Reutilização: utiliza a coisa novamente sem passar por uma transformação 
biológica ou físico química. Ex: garrafa de refrigerante (art. 3º, XVIII) - mesmo que 
você dê outro fim para coisa, sem alterar suas propriedades (ex: pneu utilizado 
como vaso de planta)
Reciclagem: a coisa passa por uma transformação biológica ou físico química em 
algum grau, para que ela esteja sujeita a reaproveitamento posterior. 
Respo. compartilhada: todos nós temos responsabilidades em relação aos 
resíduos sólidos, responsabilidade esta limitada pela própria lei. (Art. 3º, XVII)
Logística reversa: alguns atores tem a obrigação de Art. 3º, XII
Proibição dos lixões. Diferente de aterro que é permitido. 
Aterro é centro de tratamento, tem parâmetros para lidar com aqueles rejeitos de 
forma que não cause contaminação expressiva.
RESPONSABILIDADE COMPARTILHADA (inovação relevante para a doutrina: 
sociedade, empresas e governos tenham responsabilidade sobre os resíduos 
sólidos)
Inclusão social das associações de catadores. (eles não trabalham no aterro, é 
proibido, o lixo passível de reciclagem é enviado para entrepostos em que eles 
trabalham)
5.4 PRINCÍPIOS E OBJETIVOS 
5.5 CLASSIFICAÇÃO 
5.6 INSTRUMENTOS 
5.7 RESPOSABILIDADES 
Criação de PLANOS DE RESÍDUOS SÓLIDOS (pode ser municipal, intermunicipal, 
microrregional, estadual, nacional, ou até mesmo algumas empresas precisam ter 
plano próprio - art. 14; obrigados: arts. 13 e 20 - resíduos industriais, de saúde, de 
mineração, estabelecimento que gerem perigo, terminais de transporte, empresas 
de construção civil, atividades agropastoris)
Planos 
Coleta seletiva (art. 35) e  logística reversa (art. 33, I a VI)
o gerador responde OBJETIVAMENTE e o consumidor responde SUBJETIVAMENTE 
(arts. 20, 27 e 28)

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