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Direito Ambiental II - Hailton 1. Teoria Geral do Direito Ambiental (Revisão) 1.1 - O QUE É DIREITO AMBIENTAL? POLÍTICAS SETORIAIS AMBIENTAIS- O primeiro tema que trataremos é o tema dos Espaços Territoriais Especialmente Protegidos, gênero do qual se encontram políticas setoriais que são Código Florestal (APP) e SNUC. Outra ideia de política ambiental que trataremos é o de Recursos Hídricos, Resíduos Sólidos e Mudança do Clima . Ou seja cada política dessa pode ser tratada como um "setor" do qual existe uma política nacional por trás que será destrinchada por nós. Antes de tratar da Políticas Setoriais Ambientais de fato, precisamos retomar alguns pontos aprendidos anteriormente. Questionamento inicial: Um edifício vazio no centro do Rio de Janeiro, é ocupado por famílias sem teto. Esse fato importa ao direito? Resposta: Sim. A primeira vista você recorreria à qual ramo do direito para enfrentar esses fatos? Resposta: Civil. No entanto, o mesmo fato também interessa ao Direito Ambiental de alguma forma, devido à definição de Meio Ambiente adotada por Celso Fiorillo que identifica-o sendo um termo polissêmico, quatro manifestações distintas do que seria Meio Ambiente. CLASSIFICAÇÃO: a) Meio Ambiente Natural- É o mesmo que Meio Ambiente físico (fauna, flora) todos os elementos disponíveis na biosfera. b) Meio Ambiente Artificial- Seria o espaço urbano construídos, tudo produzido pela intervenção humana. c) Meio Ambiente Cultural- Faz remissão ao art. 216 da CF se lê são bens de natureza material e imaterial que fazem referencia à identidade, a memória dos diferentes grupos sociais. São aqueles elementos que importam significativamente para determinado grupo. d) Meio Ambiente do Trabalho - Todo ambiente onde se exerce atividade laborativa. Meio ambiente virtual é adotado por alguns autores mas não importam para essa disciplina no momento. Se meio ambiente é tudo isso, já exclui a ideia adotada de que Dir. Ambiental é o Direito que cuida somente das Florestas, da Florzinha, da pererequinha do arco metropolitano. Por que tudo isso mencionado faz parte do meio ambiente natural e é insuficiente para abranger toda a tutela do Dir. Ambiental de fato. Por outro lado, quando se reconhece que o Direito Ambiental é o direito que tutela por todos esses quatro tópicas classificados anteriormente é preciso entender o que o distingue dos demais ramos do Direito. Retomando ao questionamento inicial se entendemos que o Direito Ambiental alcança o fato narrado é preciso o que há de diverso do oferecido pela tutela do Direito Civil. Dizer somente que e o Direito Ambiental é o ramo do Direito que tutela o meio ambiente natural, artificial, cultural e do trabalho é insuficiente. Só é possível identificar com clareza o que é Direito Ambiental a partir de um esforço de identificação de caracterização a respeito do que seja bem ambiental. Ou seja, podemos responder a pergunta o que é direito ambiental dizendo que É O RAMO DO DIREITO QUE TUTELA O BEM AMBIENTAL. 1.2 - BEM AMBIENTAL - COISA x BEM - coisa é o objeto real, um elemento material do conceito jurídico de bem; Bem é a expressão da coisa em sua consideração pelo ordenamento jurídico, sendo bens portanto, apenas as coisas que tornam-se objeto do interesse humano e, dessa forma, passam a ser submetidas a uma tutela pelo direito que lhes identifica um titular Historicamente, a natureza, (o ar, as águas, os elementos que regem a vida em todas as formas) era tida como RES NULLIUS que significa "coisa sem dono", "coisa de ninguém". Isso muda progressivamente num processo que iremos analisar com muita atenção. Em 1534, a Coroa Portuguesa editou uma norma: Foral e Doação da Capitania de Pernambuco e Regimento do Pau Brasil 1604 através dessa norma a Coroa regulava a exploração de Pau Brasil, no território da Capitania e previa o seguinte: Só a Coroa pode explorar o pau brasil ou quem a Coroa autorize a fazê-lo, qualquer um que o faça sem autorização comete crime. Pergunta: Essa norma pertence ao Direito Ambiental? Resposta: Não, é norma de Direito Econômico. A coroa visava garantir o seu monopólio da exploração do Pau Brasil, não havia por parte da coroa qualquer preocupação que dissesse respeito a tutela dessa natureza, como totalidade de elementos. é o Estados regulando a atividade econômica. Em um esforço anacrônico, essas normas trazidas pros dias de hoje, tenderiam ao Direito Ambiental. Esse exemplo volta à questão de que, se limitarmos a resposta dizendo que o Dir. Ambiental tutela a natureza apenas é insuficiente, pois como vimos podemos ter questões que tratam da natureza mas com um viés econômico. Não é qualquer norma que tutela um elemento do meio ambiente natural que é do Direito Ambiental. Se olharmos o Direito Privado, no CC/1916 e no CC/2002, ele classifica os bens em BENS PRIVADOS (regra) BENS PÚBLICOS (excepcionais): Com essas definições do Código Civil, a natureza como totalidade de elementos que abriga, rege a vida em todas suas formas continua sem tutela. Passa a ser possível afirmar, a existência de um Direito Ambiental apenas a partir do momento em que a nossa dogmática jurídica admite a existência de um BEM AMBIENTAL. Entendendo, como bem ambiental, aquilo que será definido pela Constituição Federal de 1988, como sendo bem de uso comum do povo, que não é a mesma coisa que o código BENS DE USO ESPECIAL - Está afetado à prestação do serviço público BENS DE USO COMUM DO POVO - Praças, Ruas, Mares. De acordo com o código civil esses bens são tutelados pelo Estado(Nação) BENS DOMINICAIS- Compõe o Patrimônio dos entes públicos sem estar afetado ao serviço público (prédio do INSS) civil define como bem de uso comum do povo, porque o que o código civil chama de bem de uso comum do povo, ele identifica aqui como um tipo de bem público. O art. 225, ao estabelecer isso, ele inaugura a possibilidade de um Direito Ambiental. Por mais que existisse a lei 9638/81, antes do advento da Constituição Federal, foi, somente com a redação desse texto constitucional que ficou estabelecido que existe um terceiro tipo de bem que não é público e não é privado, mas que é um bem que pertence à coletividade e que será objeto de uma tutela exercida pela coletividade tendo em conta os interesses da coletividade e isso ocorrerá, mesmo quando a coisa se encontre no domínio privado ou público. EXEMPLO: Lara, latifundiária, dona de fazendas, numa de suas fazendas tem um lago imenso, e ela decidiu captar água desse lago para irrigar sua plantação de café. Pergunta: Esse lago, pertence à quem? quem exerce direitos subjetivos sobre ele? Ainda que no plano imediato do Direito Civil, esse lago pertença a Lara, por estar em sua propriedade privada, no plano mediato esse lago é bem ambiental, bem de uso comum do povo, por que ele desempenha função ambiental importante, todos e todas nós podemos exercer direito subjetivo em relação à esse lago. Não proibindo a Lara de fruir dele, mas de limitar a fruição dela, tendo em conta os nosso interesses de fruição. o direito ambiental ele cria uma segunda identidade pros bens existentes, porque não importa se eles estão no domínio privado ou público, o que importa é o fato deles exercerem uma função importante e serem Art. 225. Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá- lo para as presentes e futuras gerações. bens ambientais e nós, elementos da coletividade, exerceremos direitos subjetivos sobre esses bens. Bem Ambiental - Bem de Uso Comum do Povo, que pode ser público ou privado, mas sendo um terceiro plano ambiental que é como se fosse uma projeção 3D —> A definição do Direito Ambiental não pode ser reduzida a ideia de tutela dos elementos da natureza, pois, como vimos. ela se estende para além do meio ambiente naturalenvolvendo elementos do meio ambiente artificial, cultural e do trabalho; Por outro lado, ao identificarmos tal abrangência, é preciso caracterizar aquilo que permite distinguir a tutela oferecido pelo Dir. Ambiental daquela própria à outros ramos do direito, como Direito Civil. Este elemento é o bem ambiental, entendido nos termos da ordem constitucional vigente, como bem de uso comum do povo, bem que pertence à coletividade mesmo quando se encontre, plano mediato, no domínio privado ou público, justamente em razão da função socioambiental que desempenha. Se a gente leva em conta o que consta no Código Civil, Eduarda é dona do sítio, a floresta que cerca tal sítio, em tese também é dela, se a gente leva em conta apenas as disposições mais clássicas do Direito Privado, ela tem direito de por a floresta abaixo, usar a madeira, fazer da vegetação o que ela bem entender, mas ela não pode fazer isso porque a floresta é BEM AMBIENTAL, bem de uso comum do povo e, portanto, pertence à coletividade. Ela pode fruir, mas se limitando ao cumprimento socioambiental da propriedade que só lhe permite desmatar 80% da vegetação nativa existente ali. 1.3 FUNÇÃO SOCIAL DO DIR. AMBIENTAL (ler o texto do sigaa) AULA 09/11/2022 O que é Direito Ambiental? São normas que tutelam o bem ambiental; O que é Bem Ambiental? Deve ser identificado, como sendo esse bem de uso comum do povo, que é como uma terceira espécie de bem (não é publico, nem privado) que pertence à coletividade é sempre a coletividade que tutela o bem ambiental tendo em conta seus interesses, para que ele siga exercendo sua função socioambiental independente se ele está no domínio público ou privado (exemplo do lago dentro de uma propriedade). 1.4 VERTENTES (Paulo de Bessa Antunes): Pra ele é possível afirmar que o escopo da tutela oferecida pelo direito ambiental pode ser definido em três vertentes a) direito ao meio ambiente - Direito que todos nós temos ao meio ambiente ecologicamente equilibrado. Vertente que está expressa na constituição (Art. 225). É um direito fundamental, direito à fruição do meio ambiente ecologicamente equilibrado. Então sempre que o que estiver em jogo for o seu direito, a sua garantia, a fruir ao ambiente equilibrado, esta em jogo essa acepção do direito ambiental, essa expressão do direito ambiental como direito ao meio ambiente. Mas o dir. ambiental não se limita a isso. b) direito sobre o meio ambiente - Vertente que agrupa todos os dispositivos que visam limitar a nossa possibilidade de exploração dos recursos ambientais, é a expressão do direito ambiental mais próxima do Dir. Econômico, de uma regulação da fruição humana no sentido de exploração, não satisfação das necessidades. c) direito do meio ambiente - Direito que o Meio Ambiente exercem em face de nós, seres humanos, por exemplo. O direito que é exercido pelos elementos do meio ambiente natural contra nós, ou seja, possibilidade de tratar até mesmo os animais como sujeitos de direitos e até mesmo postular em direito. 1.5 DIREITO AMBIENTAL E DIREITO TRANSINDIVIDUAL: Classicamente o nosso direito foi formatado para proteger direitos individuais, só observar as outras disciplinas. Os direitos transindividuais são uma colaboração contemporânea que no nosso caso, está positivada na lei 8.078 (CDC), que trata dessa categoria de direito e o classificou em três espécies (difuso, coletivo e individual homogêneo). A frase "o direito ambiental tutela os direitos difusos" está imprecisa, visto que o direito ambiental também tutela direito coletivo, também tutela direito individual coletivo e ainda tutela direitos individuais, desde que esses direitos digam respeito ao bem ambiental. a) direito difuso - (Art. 81, I, lei 8078/90) - Direito transindividual, com objeto indivisível, titularidade indeterminada e interligada por circunstâncias de fato. b) direito coletivo - (Art. 81, II, Lei 8078/90) - Direito transindividual, com objeto indivisível, titularidade determinável face a existência de uma relação jurídica de base que interliga os titulares entre si ou com a parte contrária. c) individual homogêneo - (Art. 81, II, Lei 8078/90) - Direitos individuais cuja origem decorrem da mesma causa, podendo estar submetidos à tutela coletiva. Imaginemos a seguinte situação: Um derramamento de óleo, de um oleoduto que atravessa a baía de Guanabara. Afetou a fauna marinha e terrestre, afetou a vegetação do manguezal afetou o meio ambiente natural do Estado como um todo. Isso é direito ambiental ? Resposta: Sim, é um conflito que demanda da tutela do direito ambiental. De qual classe? Difuso e Coletivo. Se considera somente um direito difuso, que afetou o Estado como um todo, temos um objeto indivisível que não é possível determina a titularidade. Porém, nesse caso tem a situação dos pescadores que foram afetados não só por essa questão difusa, mas também tiveram um direito subjetivo de exercer sua atividade laborativa na baía afetadas e eles podem demandar uma tutela do seu direito coletivo em todas suas características. Também existe o direito individual homogêneo uma vez que cada um dos afetados podem se juntar e demandar em juízo. 2 COMPETÊNCIAS AMBIENTAIS: Aqui na disciplina falaremos de competências federativas, que são as atribuições dos entes federativos para fazer algo. Essas competências são determinadas somente pela Constituição Federal e nenhuma outra lei. COMPETÊNCIAS LEGISTALITIVAS (FORMAL) UNIÃO ESTADOS E DF MUNICÍPIOS PRIVATIVA (é atribuída à aquele ente porém é delegável ao contrario da exclusiva) art. 22 (I, II, IV, X, XII, XIV, XXVI e XXVIII) art. 25 §1º art. 30 I CONCORRENTE art. 24 (I, VI, VII, VIII, IX) §1§ §2º Art. 30 II Aula 30/11/2022 3. ETEPs - ESPAÇOS TERRITORIAIS ESPECIALMENTE PROTEGIDOS - Espaços territoriais que estão sujeitos por um regime específico, estabelecidos pelos imperativos de proteção ambiental. Ao falar de ETEPs estamos nos referindo a pedaços do nosso território que estão sujeito à um regime especial de proteção tendo em vista o interesse ambiental, motivo pelo qual a demarcação de terra indígena não entra nessa categoria tendo em vista que a mesma é instituída, constituída por outras razões e fundamentos constitucionais que não são necessariamente ou exclusivamente ambientais. Uma igreja tombada pode ser considerada ETEP ? Não pois a sigla serve para designar a proteção do meio ambiente natural em sentido estrito PERGUNTA: O que vem a cabeça quando pensamos nessa sigla? Respostas da turma: Floresta Nacional Mario Xavier, Fernando de Noronha, Parque Nacional do Itatiaia, Jardim Botânico, Floresta da Tijuca. SUPLETIVA art. 24, §3º COMPETÊNCIA EXECUTIVA (MATERIAL) UNIÃO ESTADOS E DF MUNICÍPIOS EXCLUSIVA EXCLUSIVA EXCLUSIVA art. 21 (IX, XI, XII, XVIII, XIX, XX, XXIII, XXV) art. 25 §§1º e 2º art. 30 III a VIII COMUM art. 23 Todos esses exemplo dizem respeito à uma mesma espécie de espaço territorial especialmente protegido, mas não abrange todo significado dessa expressão. Primeira menção legislativa da expressão: Lei 6.938/81 (PNMA) Art 9º - São instrumentos da Política Nacional do Meio Ambiente: VI - a criação de espaços territoriais especialmente protegidos pelo Poder Público federal, estadual e municipal, tais como áreas de proteção ambiental, de relevante interesse ecológico e reservas extrativistas; CF/88, Art. 225, §1º, III - definir, em todas as unidades da Federação, espaços territoriais e seus componentes a serem especialmente protegidos, sendo a alteração e a supressão permitidas somente através de lei, vedada qualquer utilização que comprometa a integridade dos atributos que justifiquem sua proteção; Voltando aos exemplos dado pela turma, todos eles correspondem à metade do que seriam as ETEPs (gênero), todos pertencem a categoria (espécie) que chamamos de UC - Unidade de Conservação(Lei 9985/00), as outras espécies são APP e Reserva Legal Florestal. (Lei 12651/2012 - CódigoFlorestal). APA é uma unidade de conservação. Atenção: distinção importante: Todos exemplos dados anteriormente, que se encaixam em unidade de conservação, nós temos uma porção do território que apresenta uma característica ambiental importante especifica daquele território. Por exemplo: A APA do Rio São João foi criada para permitir a reprodução do Mico Leão Dourado, é uma espécie própria daquela região que está sob risco de extinção e o poder público vai lá e demarca uma área remanescente de vegetação onde o mico leão é uma espécie endêmica e diz "a partir de agora essa porção de território aqui é uma Área de Proteção Ambiental que serve a reprodução do Mico Leão Dourado". Percebe-se que é uma área protegida criada por ato do poder público, foi necessário que o PP agisse no sentido de identificar uma área específica, a ser protegida, com finalidade também específica. Essa é uma forma de simplificar o conceito de Unidade de Conservação. Conceitos Normativos: Código Florestal APP: Art. 3°, II - Área de Preservação Permanente - área protegida coberta ou não por vegetação nativa, com a função ambiental de preservar os recursos hídricos, a paisagem, a estabilidade geológica e a biodiversidade, facilitar o fluxo gênico de fauna e flora, proteger o solo e assegurar o bem-estar das populações humanas; Explicação Hailton: Se olharmos pro artigo lido anteriormente, vemos que é uma definição genérica, que não permite identificar qual a definição específica de APP. APP em regra, ela se verifica quando tem em um território um tipo de vegetação, um tipo de formação geológica que pelas característica ambiental, pela função ambiental que aquilo desempenha, onde quer que ela exista no território nacional, eu estou diante de uma área de proteção permanente, que não precisa de ato público para tal proteção, como por exemplo topo de morro, manguezal etc. Surge por força da lei **APP EXISTE EM ZONA RURAL E URBANA, ENQUANTO RESERVA LEGAL EXISTE SOMENTE EM ÁREA RURAL** Exemplo sobre mata ciliar: nesse exemplo acima: Quantos hectares teriam que ser protegidos ? 50 hectares - 500.000m² = 1000 x X RLF: Art 3°, III - Reserva Legal Florestal - área localizada no interior de uma propriedade ou posse rural, delimitada nos termos do art. 12, com a função de assegurar o uso econômico de modo sustentável dos recursos naturais do imóvel rural, auxiliar a conservação e a reabilitação dos processos ecológicos e promover a conservação da biodiversidade, bem como o abrigo e a proteção da fauna silvestre e da flora. APPs são em regra APP “OPE LEGIS” que significa "por efeito da lei", existe pelo só efeito da Lei, por serem áreas sensíveis, não necessária nenhuma medida complementar, quais sejam: os incisos do art. 4º Código Florestal. Áreas que não são passíveis de desmatamento. X= 500.000/1000= 500m. "altura" do imóvel do exemplo. APP- art. 4º, I, c - 100m Ou seja: APP é 500x100 = 5ha. __________________________________________________________________ Esta versão do código florestal, estabeleceu hipóteses excepcionais em que será possível o desmatamento numa APP. São essas hipóteses. VIII - utilidade pública: (Vide ADC Nº 42) (Vide ADIN Nº 4.903) a) as atividades de segurança nacional e proteção sanitária; b) as obras de infraestrutura destinadas às concessões e aos serviços públicos de transporte, sistema viário, inclusive aquele necessário aos parcelamentos de solo urbano aprovados pelos Municípios, saneamento, gestão de resíduos , energia, telecomunicações, radiodifusão, instalações necessárias à realização de competições esportivas estaduais, nacionais ou internacionais, (texto original retirado pelo STF, por conta da discussão do campo de golfe das olimpíadas do Rio) bem como mineração, exceto, neste último caso, a extração de areia, argila, saibro e cascalho; (Vide ADC Nº 42) (Vide ADIN Nº 4.903) c) atividades e obras de defesa civil; d) atividades que comprovadamente proporcionem melhorias na proteção das funções ambientais referidas no inciso II deste artigo; e) outras atividades similares devidamente caracterizadas e motivadas em procedimento administrativo próprio, quando inexistir alternativa técnica e locacional ao empreendimento proposto, definidas em ato do Chefe do Poder Executivo federal; IX - interesse social: (Vide ADC Nº 42) (Vide ADIN Nº 4.903) a) as atividades imprescindíveis à proteção da integridade da vegetação nativa, tais como prevenção, combate e controle do fogo, controle da erosão, erradicação de invasoras e proteção de plantios com espécies nativas; b) a exploração agroflorestal sustentável praticada na pequena propriedade ou posse rural familiar ou por povos e comunidades tradicionais, desde que não descaracterize a cobertura vegetal existente e não prejudique a função ambiental da área; c) a implantação de infraestrutura pública destinada a esportes, lazer e atividades educacionais e culturais ao ar livre em áreas urbanas e rurais Utilidade Pública (art 3º, VIII do Código Florestal) Interesse Social (art. 3º, IX do Código Florestal) http://www.stf.jus.br/portal/peticaoInicial/verPeticaoInicial.asp?base=ADCN&s1=42&processo=42 http://www.stf.jus.br/portal/peticaoInicial/verPeticaoInicial.asp?base=ADIN&s1=4903&processo=4903 http://www.stf.jus.br/portal/peticaoInicial/verPeticaoInicial.asp?base=ADIN&s1=4937&processo=4937 http://www.stf.jus.br/portal/peticaoInicial/verPeticaoInicial.asp?base=ADIN&s1=4937&processo=4937 http://www.stf.jus.br/portal/peticaoInicial/verPeticaoInicial.asp?base=ADCN&s1=42&processo=42 http://www.stf.jus.br/portal/peticaoInicial/verPeticaoInicial.asp?base=ADIN&s1=4903&processo=4903 http://www.stf.jus.br/portal/peticaoInicial/verPeticaoInicial.asp?base=ADCN&s1=42&processo=42 http://www.stf.jus.br/portal/peticaoInicial/verPeticaoInicial.asp?base=ADIN&s1=4903&processo=4903 consolidadas, observadas as condições estabelecidas nesta Lei; d) a regularização fundiária de assentamentos humanos ocupados predominantemente por população de baixa renda em áreas urbanas consolidadas, observadas as condições estabelecidas na Lei nº 11.977, de 7 de julho de 2009; e) implantação de instalações necessárias à captação e condução de água e de efluentes tratados para projetos cujos recursos hídricos são partes integrantes e essenciais da atividade; f) as atividades de pesquisa e extração de areia, argila, saibro e cascalho, outorgadas pela autoridade competente; g) outras atividades similares devidamente caracterizadas e motivadas em procedimento administrativo próprio, quando inexistir alternativa técnica e locacional à atividade proposta, definidas em ato do Chefe do Poder Executivo federal; X - atividades eventuais ou de baixo impacto ambiental: a) abertura de pequenas vias de acesso interno e suas pontes e pontilhões, quando necessárias à travessia de um curso d’água, ao acesso de pessoas e animais para a obtenção de água ou à retirada de produtos oriundos das atividades de manejo agroflorestal sustentável; b) implantação de instalações necessárias à captação e condução de água e efluentes tratados, desde que comprovada a outorga do direito de uso da água, quando couber; c) implantação de trilhas para o desenvolvimento do ecoturismo; d) construção de rampa de lançamento de barcos e pequeno ancoradouro; e) construção de moradia de agricultores familiares, remanescentes de comunidades quilombolas e outras populações extrativistas e tradicionais em áreas rurais, onde o abastecimento de água se dê pelo esforço próprio dos moradores; f) construção e manutenção de cercas na propriedade; g) pesquisa científica relativa a recursos ambientais, respeitados outros requisitos previstos na legislação aplicável; h) coleta de produtos não madeireiros para fins de subsistência e produção de mudas, como sementes, castanhas e frutos, respeitada a legislação específica de acesso a recursos genéticos; i) plantio de espécies nativas produtoras de frutos, sementes, castanhase outros produtos vegetais, desde que não implique supressão da vegetação existente Baixo Impacto Ambiental (art. 3º, X do Código Florestal) https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2009/Lei/L11977.htm nem prejudique a função ambiental da área; j) exploração agroflorestal e manejo florestal sustentável, comunitário e familiar, incluindo a extração de produtos florestais não madeireiros, desde que não descaracterizem a cobertura vegetal nativa existente nem prejudiquem a função ambiental da área; k) outras ações ou atividades similares, reconhecidas como eventuais e de baixo impacto ambiental em ato do Conselho Nacional do Meio Ambiente - CONAMA ou dos Conselhos Estaduais de Meio Ambiente; Pergunta: Um cliente comprou um sitio, que é margeado por um rio e eu quero construir uma rampa para passar o barco da propriedade pro rio e vice versa. Pode ser feito? Resposta: Se tem rio, tem APP, regra geral não poderia. Porém, o caso específico está previsto nas possibilidades do inciso X, do art. 3º do Cód.. Florestal, apresentando autorização do órgão ambiental competente. - A supressão de vegetação da APP requer sempre autorização do órgão ambiental competente, nesse caso, seria o INEA. RESERVA LEGAL FLORESTAL - PARÂMETROS - Percentual do seu imóvel rural que você obrigatoriamente tem que deixar intacto, ou seja, reserva legal, que é definido pelo Código Florestal. percentuais mínimos apresentados: Na AMAZÔNIA LEGAL FLORESTA: 80% - conceito dos anos 70, quando o governo entendia que era preciso delimitar uma área que correspondesse de alguma forma ao bioma Amazônia, mas correspondesse de grosso ao bioma modo quando na verdade representava o que o governo entendia pelo nosso "deserto verde" ou seja, a Amazônia a ser explorada. Ela abrange toda Região Norte e o Mato Grosso e Pedacinho do Maranhão. I - Amazônia Legal: os Estados do Acre, Pará, Amazonas, Roraima, Rondônia, Amapá e Mato Grosso e as regiões situadas ao norte do paralelo 13º S, dos Estados de Tocantins e Goiás, e ao oeste do meridiano de 44º W, do Estado do Maranhão; CERRADO: 35% CAMPOS GERAIS:20% REGRA GERAL: 20% EXEMPLO APP “FACULTATIVA” (Art 6°) No exemplo acima: Tem APP? Tem. Tem RL? Tem. Qual tamanho da RL? 80% COMEÇAREMOS PELO SEGUINTE: 1000 de largura x 1000 de altura = 1000000m² = 100ha de área total. Qual tamanho do hectare da reserva = 80% de 100ha = 80ha de RL APP: Pela lei 50m em cada margem. Então: Logo, tenho um retângulo de 50x1000 e outro retângulo de 50x1000. Então é 50x1000x2. Ou seja, 50x1000= 50.000 x 2 = 100.000 ou 10ha. o tamanho da APP = 10ha. Em tese, teria 80ha e RL e 10ha de APP só sobraria 10ha para plantar. Será que esse sujeito poderia considerar esses 10ha de APP como parte da Reserva legal? Será que ele poderia computar ? A resposta está no art. 15 do Código Florestal. Art. 15. Será admitido o cômputo das Áreas de Preservação Permanente no cálculo do percentual da Reserva Legal do imóvel, desde que: I - o benefício previsto neste artigo não implique a conversão de novas áreas para o uso alternativo do solo; - só se admitirá computar a APP dentro da reserva se você não for desmatar mais, se a tua área está preservada e você quer abrir uma nova área para explorar o inciso te limita, agora se você comprou uma área que já estava desmatada e você está regularizando a situação ambiental você irá computar. II - a área a ser computada esteja conservada ou em processo de recuperação, conforme comprovação do proprietário ao órgão estadual integrante do Sisnama; e - III - o proprietário ou possuidor tenha requerido inclusão do imóvel no Cadastro Ambiental Rural - CAR, nos termos desta Lei. (requisitos devem estar simultaneamente presentes) § 1º O regime de proteção da Área de Preservação Permanente não se altera na hipótese prevista neste artigo. § 2º O proprietário ou possuidor de imóvel com Reserva Legal conservada e inscrita no Cadastro Ambiental Rural - CAR de que trata o art. 29, cuja área ultrapasse o mínimo exigido por esta Lei, poderá utilizar a área excedente para fins de constituição de servidão ambiental, Cota de Reserva Ambiental e outros instrumentos congêneres previstos nesta Lei. § 3º O cômputo de que trata o caput aplica-se a todas as modalidades de cumprimento da Reserva Legal, abrangendo a regeneração, a recomposição e a compensação. § 4º É dispensada a aplicação do inciso I do caput deste artigo, quando as Áreas de Preservação Permanente conservadas ou em processo de recuperação, somadas às demais florestas e outras formas de vegetação nativa existentes em imóvel, ultrapassarem: (Incluído pela Lei nº 12.727, de 2012). I - 80% (oitenta por cento) do imóvel rural localizado em áreas de floresta na Amazônia Legal; e (Incluído pela Lei nº 12.727, de 2012). - Estando na Amazônia Legal, juntou tudo de área protegida e dá mais de 80% ? pode computar independente do fim a que se pretende. Como é o caso do exemplo acima. **A APP TEM QUE ser preservada, mesmo se computar na RL CAR - CADASTRO AMBIENTAL RURAL- Foi criado com o advento do Código Florestal que serve como instrumento de cadastramento, fiscalização por parte do órgão ambiental porque a ideia é que o mesmo retrate a realidade ambiental do imóvel. Como por exemplo o desenho feito para o exemplo. A lei estabelece um prazo (que vai sendo prorrogado até que a ultima alteração colocou como indeterminado). Art. 29 do Código Florestal. DISPOSIÇÕES TRANSITÓRIAS - Art. 61, A, Art. 61, B e Art. 61, C do Código Florestal. Exceções à regra geral que foi abordado anteriormente. Módulo Fiscal - 10ha em Seropédica e 10ha em Barcelos não são equivalentes devido à atividades predominantes em cada região. Aqui há produção de hortaliças e 10ha de alface você sobrevive, se fosse pecuária por exemplo não seria suficiente. Ou seja, a comparação de imóveis rurais através da sua extensão em hectares não é uma possibilidade e com o https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-2014/2012/lei/L12727.htm https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-2014/2012/lei/L12727.htm advento do Estatuto da Terra, surgiu a necessidade de ter uma ferramenta para qualificar, quantificar e comparar os imóveis rurais e então surgiu o módulo rural e o módulo fiscal. Como calcular a extensão do imóvel rural em módulos? Você pega a extensão total do imóvel e divide pelo módulo fiscal (definido pelo INCRA) do município. Detalhe: AULA DIA 23/01/2022 A distinção fundamental é que, quando vamos no Cód. Florestal e falamos de RL e APP estamos falando de espaços protegidos que surgem, em regram, por efeito da lei, ou seja, a própria lei cria essas área protegidas porque a própria lei prevê que onde quer que se encontre no território aquela formação geológica, vegetal, onde quer que acontece a manifestação do ambiente ocorra no território você tem, por efeito da lei, uma área protegida. (professor cita exemplos). Já as Unidades de Conservação, são espaços protegidos criados por ato do Poder Público, não existem abstratamente, são sempre uma fração específica do território que visando realizar um certo fim ecologicamente relevante o Poder Público foi lá e resolveu demarcar aquela área como uma Área Protegida que está sujeita à um regime especial de proteção. Dispositivo fundamental para tratar das ETEPs art. 225, §1º da CF: SNUC (Sistema Nacional de Unidade de Conservação - Lei nº 9.985/00 pequena propriedade: até 4 módulos média propriedade: 4 a 15 módulos grande propriedade: acima de 15 módulos. Art. 225. Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá- lo para as presentes e futuras gerações. § 1º Para assegurar a efetividade desse direito, incumbe ao Poder Público: III - definir, em todas as unidades da Federação, espaços territoriais e seus componentesa serem especialmente protegidos, sendo a alteração e a supressão permitidas somente através de lei, vedada qualquer utilização que comprometa a integridade dos atributos que justifiquem sua proteção; Art. 2o Para os fins previstos nesta Lei, entende-se por: I - unidade de conservação: espaço territorial e seus recursos ambientais, incluindo as águas jurisdicionais, com características naturais relevantes, legalmente instituído pelo Poder Público, com objetivos de conservação e limites definidos, sob regime especial de administração, ao qual se aplicam garantias adequadas de proteção; Exemplo: Em São Pedro da Aldeia tem uma área que é remanescente de mata atlântica que é habitat do mico leão dourado, que anos atrás estava ameaçado de extinção, então o Poder Público demarcou e identificou aquela área ali como um espaço protegido tendo em conta um propósito muito próprio de proteção: garantir a reprodução do Mico Leão Dourado. Veja são áreas protegidas com esse grau de especificidade. Nós veremos agora que dentro dessa categoria Unidade de Conservação nós temos dois grupos fundamentais, as espécies de UC são classificada em dois grupo: Grupo de Proteção Integral e Grupo de Uso Sustentável. Sem adentrar a lei, intuitivamente, qual será a diferença fundamental entre os dois grupos ? Quando falamos em proteção integral nos remetemos à um regime muito mais restritivo, proteção que se orienta pro mito da natureza intocada mantendo o homem para além daquele território, já o grupo de uso sustentável contempla aquelas UC nas quais o que se busca é uma contemporização, uma compatibilização da presença humana com realização de certos fins ambientais. algumas outras definições que a lei dispõe: art. 2º VI - proteção integral: manutenção dos ecossistemas livres de alterações causadas por interferência humana, admitido apenas o uso indireto dos seus atributos naturais; - ou seja, quando se cria uma unidade desse grupo o que se pretende é garanto a existência dos ecossistemas livre da interferência humana. XI - uso sustentável: exploração do ambiente de maneira a garantir a perenidade dos recursos ambientais renováveis e dos processos ecológicos, mantendo a biodiversidade e os demais atributos ecológicos, de forma socialmente justa e economicamente viável; - o que se pretende é compatibilizar os imperativos de proteção com os interesses humanos (moradias, desenvolvimento de atividade econômicas etc.). GRUPOS E ESPÉCIES a) Grupo de Proteção Integral b) Grupo de uso sustentável Estação Ecológica; (art. 9) - Área protegida que serve fundamentalmente à proteção da natureza porém serve ao desenvolvimento e realização de pesquisas científicas. O regime de dominialidade é público e propriedades privadas serão desapropriadas obrigatoriamente e visitação só com fins de educação ambiental. Reserva Biológica; (art. 10) - Preservação da biota, a garantia de existência dos elementos da natureza (reserva ecológica do Tinguá) mesmo regime da EE na dominialidade e visitação. Parque Nacional; (art. 11) - Diferente da RB, tem finalidade além da preservação porém a visitação ela é fomentada (Turismo Ecológico).** Quilombo do Grotão e a criação do parque de Niterói.** Monumento Natural; (art. 12) - Diferença do MN para o PN é a extensão da área, o Monumento normalmente é uma área mais específica, mas a finalidade é quase a mesma. O regime de domínio nessa espécie pode se dar em áreas privadas desde que seja compatível os objetivos da unidade com a utilização da terra e dos recurso naturais do local. Refúgio de Vida Silvestre. (art. 13) - Importa fundamentalmente para reprodução de espécies animais e vegetais. Regime de domínio igual ao do Monumento Nacional. A visitação pública está sujeita às normas e restrições estabelecidas no Plano de Manejo da unidade, às normas estabelecidas pelo órgão responsável por sua administração Área de Proteção Ambiental; (art. 15) - A Área de Proteção Ambiental é uma área em geral extensa, com um certo grau de ocupação humana, desde que compatível. Pode ser em terras públicas ou privada. Área de Relevante Interesse Ecológico; (art. 16) - A APA e a ARIE são bem parecidas porém enquanto a APA normalmente abrange uma área extensa na qual a presença humana é mais expressiva, a ARIE é uma área menor e quase não tem presença humana. Floresta Nacional; (art. 17) - A Floresta Nacional é uma área criada para permitir a exploração sustentável de recursos florestais . Regime de posse e domínio é público com exceção de populações tradicionais. (FLONA Mario Xavier). Reserva Extrativista; (art. 18) - Área utilizada por populações extrativistas tradicionais. Domínio Público com uso concedido à essa população. Permitida visitaçao desde que compatível com os interesses locais (Seringueiros e RESEX MARINHA DE ARRAIAL DO CABO) Criação, Ampliação e Redução (desafetação) - Que procedimento formal o PP precisa adotas para criar uma UC ? Precisa ter PL ? Resposta: Não. art. 22 da Lei 9985/00 - Art. 22. As unidades de conservação são criadas por ato do Poder Público - Pode ser por decreto. § 2o A criação de uma unidade de conservação deve ser precedida de estudos técnicos e de consulta pública que permitam identificar a localização, a dimensão e os limites mais adequados para a unidade, conforme se dispuser em regulamento. - A EE e Reserva Ecológica não precisam de consulta pública, por atenderem interesse público (§4º) § 6o A ampliação dos limites de uma unidade de conservação, sem modificação dos seus limites originais, exceto pelo acréscimo proposto, pode ser feita por instrumento normativo do mesmo nível hierárquico do que criou a unidade, desde que obedecidos os procedimentos de consulta estabelecidos no § 2o deste artigo. - § 7o A desafetação ou redução dos limites de uma unidade de conservação só pode ser feita mediante lei específica. - remeter art. 225, §1º, III CF. RESUMINDO: Criou por lei - aumenta por lei; Criou por decreto - aumenta por decreto ou por lei; Nos dois casos a desafetação se dará somente por lei. Uso e Administração Zonas de amortecimento e corredores ecológicos Plano de manejo - Norma que regula especificamente o que pode ou não pode na Unidade de Conservação. Em uma analogia tem a lei que regula o Concurso Público, porém cada Concurso tem seu edital, ou seja, sua norma específica. Uma vez criada a UC Reserva de Fauna; (art. 19) - Área que serve para proteger espécies da fauna. A diferença da Reserva de Fauna pro Refúgio de Vida Silvestre é que na primeira tem a compatibilização da produção com a atividade humana. Finalidade científica e econômica. Domínio Público com desapropriação. Visitação nos moldes da RESEX. Reserva de Desenvolvimento Sustentável; e (art. 20) - Reserva que tem finalidade de preservar a natureza e, ao mesmo tempo, assegurar as condições e os meios necessários para a reprodução e a melhoria dos modos da qualidade de vida e reprodução das populações tradicionais. Domínio Público e concessão de moradia dos Povos Tradicionais. Reserva Particular do Patrimônio Natural. (art. 21) - Diferença de todas outras: ela é criada por iniciativa do particular. o Poder Público tem o prazo de 05 anos (art. 27) para elaborar o plano de manejo. Esse prazo é porque a elaboração depende de estudo técnico e consulta pública principalmente quando for RESEX, RPS, APA, ARIE e FLONA (exige participação pública)