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Desafios e Pilares da Gestão do Conhecimento

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1 - Capítulo 1 – Fundamentos da Gestão do Conhecimento
Na seção 1.8.5, é citado que compartilhar conhecimento é algo natural dos seres humanos, mas que, porém, institucionalizar o compartilhamento nas organizações é ainda um desafio. Do seu ponto de vista, quais são os principais desafios em compartilhar conhecimento nas organizações e de que modo esses desafios podem ser superados?
Compartilhar conhecimento é um desafio para muitas organizações, apesar de ser algo natural dos seres humanos. Alguns dos principais desafios incluem a resistência à mudança, a sobrecarga de informações e a dificuldade em lidar com o conhecimento implícito. Para superar esses desafios, as organizações podem adotar estratégias como criar uma cultura organizacional cooperativa, desenvolver um cronograma de treinamentos e capacitações, apostar em programas de capacitação e criar oportunidades para que o conhecimento seja compartilhado. Além disso, a gestão do conhecimento pode ser uma forma de valorizar e enriquecer a qualidade dos dados, que são elementos tangíveis e, no geral, abundantes dentro das organizações.
2 - Na seção 1.8, é examinado os pilares que estruturam a GC, dentre eles, os processos, as tecnologias e as pessoas. Olhando para esses pilares, exponha o seu significado e reflita sobre a combinação desses elementos nas organizações.
Processos: são as atividades que envolvem a criação, a captura, o armazenamento, a distribuição e a aplicação do conhecimento nas organizações. Os processos de GC visam facilitar o fluxo de conhecimento entre os indivíduos e os grupos, bem como gerar valor a partir do conhecimento existente e novo.
Tecnologias: são as ferramentas e os sistemas que apoiam os processos de GC, permitindo a codificação, a transferência, o acesso e a reutilização do conhecimento. As tecnologias de GC incluem desde as mais simples, como e-mail e documentos, até as mais complexas, como plataformas colaborativas, inteligência artificial e big data.
Pessoas: são os agentes principais da GC, pois são eles que possuem, criam, compartilham e usam o conhecimento nas organizações. As pessoas de GC devem ter competências, habilidades, atitudes e valores que favoreçam a cultura do conhecimento, a aprendizagem contínua e a inovação.
A combinação desses elementos nas organizações depende de vários fatores, como o tipo de conhecimento, o contexto, o objetivo, a estratégia e a cultura organizacional. Não há uma fórmula única ou ideal para integrar os pilares da GC, mas sim diferentes abordagens e modelos que devem ser adaptados às necessidades e características de cada organização. O importante é que os pilares da GC estejam alinhados e harmonizados, de forma a potencializar o uso e a geração de conhecimento nas organizações.
3 - Capítulo 2 – Gestão de conhecimento na educação
Na seção introdutória do capítulo 2, é citada e discutida o mito da neutralidade do conhecimento. Todavia, o mito da neutralidade tem se mostrado presente, de maneira explícita ou tácita, nos currículos escolares. Sobre isso, reflita como a ciência e a “neutralidade” do conhecimento científico tem se apresentado nas salas de aula do ensino fundamental e médio?
O mito da neutralidade do conhecimento é a ideia de que o conhecimento é objetivo, universal e desvinculado de interesses políticos, econômicos e culturais. Esse mito é frequentemente usado para legitimar o conhecimento científico como superior e inquestionável, ignorando as relações de poder e os contextos históricos e sociais que o produzem e o reproduzem.
A ciência e a neutralidade do conhecimento científico nas salas de aula são apresentadas de forma simplificada e dogmática, sem problematizar os processos de construção, validação e difusão do conhecimento científico. Os currículos escolares tendem a privilegiar os conteúdos e as metodologias das ciências naturais e exatas, em detrimento das ciências humanas e sociais, que são vistas como menos rigorosas e confiáveis. Além disso, os currículos escolares não estimulam o pensamento crítico, a criatividade e a participação dos estudantes na produção e na transformação do conhecimento, mas sim a memorização, a reprodução e a adaptação às normas e aos valores dominantes.
As implicações e os desafios para a educação são a reprodução de uma visão de mundo reducionista, etnocêntrica e hierárquica, que exclui e desvaloriza outras formas de conhecimento, como o conhecimento popular, o conhecimento tradicional e o conhecimento artístico. Essa visão de mundo também dificulta o reconhecimento e o enfrentamento dos problemas sociais, ambientais e éticos que afetam a sociedade contemporânea, bem como a promoção de uma educação emancipatória, democrática e inovadora. Para superar esses desafios, é preciso questionar o mito da neutralidade do conhecimento e reconhecer a diversidade, a complexidade e a historicidade do conhecimento, bem como as suas implicações políticas, econômicas e culturais. É preciso também valorizar e integrar diferentes formas de conhecimento nos currículos escolares, bem como estimular o diálogo, a colaboração e a criatividade dos estudantes na construção e na transformação do conhecimento.
4 - Na seção 2.2.1, é discutido sobre às reformas e modernizações na educação por meio da implementação de “novos” modelos de gestão de maneira acrítica e equivalente ao universo mercantil. Não havendo diferença entre escola, universidade, supermercado e shopping center. Sobre isto, reflita quais os riscos de gerenciar conhecimento nas universidades por meio de abordagens mercadológicas da Gestão do Conhecimento?
As discussões sobre as reformas e modernizações na educação por meio da implementação de “novos” modelos de gestão de maneira acrítica e equivalente ao universo mercantil. O texto critica essa abordagem que reduz a educação a um produto ou serviço que pode ser vendido ou comprado no mercado, sem considerar as especificidades e finalidades da educação como um processo social e humano.
Algumas possíveis reflexões sobre os riscos de gerenciar conhecimento nas universidades por meio de abordagens mercadológicas da Gestão do Conhecimento são: 
Perda da autonomia acadêmica e científica: As universidades podem ficar subordinadas aos interesses e demandas do mercado, comprometendo a liberdade de pesquisa, ensino e extensão. A produção e difusão do conhecimento podem ser orientadas por critérios de rentabilidade, competitividade e produtividade, em detrimento da qualidade, relevância e diversidade.
Desvalorização da função social e pública da educação: As universidades podem se afastar de sua missão de contribuir para o desenvolvimento humano, social e cultural da sociedade. A educação pode ser vista como um direito individual e não como um bem coletivo e um dever do Estado.
Homogeneização e padronização do conhecimento: As universidades podem adotar modelos de gestão e currículos baseados em normas e padrões internacionais, ignorando as especificidades e necessidades locais e regionais. O conhecimento pode ser tratado como uma mercadoria que pode ser transferida e replicada sem levar em conta os contextos e os sujeitos envolvidos na sua construção e apropriação.
5 - Capítulo 3 – Fundamentos da inovação
Na seção 3.6, é definido que as parcerias traduzem uma “filosofia” e cultura de trabalho e constituem-se como um instrumento de suporte à ação e a inovação, de particular relevância na área da intervenção social e comunitária. Sobre isso, reflita quais os desafios e possibilidades que a formação de parcerias entre os diversos segmentos (empresas, ONGs, universidades e governo) gera para o desenvolvimento das inovações sociais?
A formação de parcerias entre os diversos segmentos (empresas, ONGs, universidades e governo) pode gerar desafios e possibilidades para o desenvolvimento das inovações sociais. Alguns dos desafios incluem a falta de confiança, a divergência de interesses, a assimetria de poder e a dificuldade em compartilhar recursos e responsabilidades. No entanto, as parcerias também podem gerar possibilidades comoa complementaridade de recursos, a diversificação de perspectivas, a ampliação de redes e a potencialização de impactos. As parcerias podem ser uma forma de superar a fragmentação e a competição entre os diferentes segmentos, bem como de promover a cooperação e a solidariedade em torno de objetivos comuns. Para que as parcerias sejam efetivas, é preciso que elas sejam baseadas em valores éticos e democráticos, que haja transparência e diálogo entre os parceiros, que os resultados sejam compartilhados e avaliados de forma participativa e que haja um compromisso com a sustentabilidade e a transformação social.
6 - Na seção 3.8, é apresentada uma tabela com definições de inovação social. Selecione duas a três definições e reflita sobre suas características, em que medida elas convergem, divergem ou se complementam?
Inovação social como novas soluções para problemas sociais: Essa definição enfatiza o aspecto pragmático e utilitário da inovação social, que visa resolver problemas sociais de forma eficaz e sustentável. Essa definição é ampla e abrangente, mas não especifica quais são os critérios ou os agentes envolvidos na criação e na implementação das novas soluções.
Inovação social como mudança social transformadora: Essa definição enfatiza o aspecto político e emancipatório da inovação social, que visa promover mudanças sociais profundas e duradouras, baseadas em valores de justiça, democracia e participação. Essa definição é mais restrita e normativa, mas não explica como essas mudanças sociais são geradas ou avaliadas.
Inovação social como processo colaborativo e criativo: Essa definição enfatiza o aspecto metodológico e processual da inovação social, que envolve a participação ativa e a estratégia de diferentes atores sociais, como cidadãos, organizações, empresas e governos. Essa definição é mais descritiva e operacional, mas não indica quais são os objetivos ou os resultados esperados da inovação social.
Essas três definições apresentam pontos de convergência, divergência e complementaridade entre si. Por exemplo, elas convergem ao reconhecer a inovação social como uma resposta aos desafios e às demandas sociais, mas divergem ao atribuir diferentes graus de radicalidade e de intencionalidade à inovação social. Elas também se complementam ao abordar diferentes dimensões e perspectivas da inovação social, como o produto, o propósito e o processo. Assim, uma análise integrada e crítica dessas definições pode contribuir para uma compreensão mais ampla e complexa do fenômeno da inovação social.
7 - Capítulo 4 – Inovação na educação
Na seção 4.3.4, é examinado o uso das metodologias ativas nas escolas inovadoras. Sobre isto, reflita: toda aula que usa a metodologia ativa (aprendizagem colaborativa, aprendizagem por projeto, tecnologias, experiências laboratoriais, etc.) estimula a curiosidade e promove uma aprendizagem significativa, construtiva e crítica?
Não basta usar a metodologia ativa, é preciso saber como usá-la. As metodologias ativas não são uma receita pronta que pode ser aplicada em qualquer contexto ou situação. Elas exigem um planejamento cuidadoso, uma articulação com os objetivos de aprendizagem, uma adequação às características e necessidades dos estudantes, uma avaliação contínua e uma mediação qualificada do professor. Se esses aspectos não forem considerados, a metodologia ativa pode se tornar apenas uma atividade superficial, descontextualizada e sem sentido para os alunos.
A metodologia ativa não é a única forma de estimular a curiosidade e a aprendizagem significativa, construtiva e crítica. Embora as metodologias ativas sejam reconhecidas como uma forma eficaz e inovadora de promover uma aprendizagem mais profunda e engajada, elas não são as únicas nem as melhores em todos os casos. Existem outras formas de ensinar e aprender que também podem despertar o interesse, a motivação, a criatividade e o pensamento crítico dos estudantes, dependendo do conteúdo, do método, da interação e da avaliação propostos. Por exemplo, uma aula expositiva pode ser muito estimulante se o professor souber como apresentar o tema de forma clara, dinâmica, contextualizada e problematizadora, envolvendo os alunos em um diálogo crítico e reflexivo.
A metodologia ativa não é uma solução mágica para os problemas da educação. As metodologias ativas são uma forma de inovação na educação, mas não são a única nem a mais importante. Elas fazem parte de um conjunto de fatores que podem contribuir para a melhoria da qualidade e da equidade da educação, mas não são suficientes por si só. É preciso considerar também as condições estruturais, políticas, sociais, culturais e econômicas que afetam o processo educativo, tais como a infraestrutura, o financiamento, a gestão, o currículo, a formação, a valorização e a autonomia dos professores, a participação e o compromisso das famílias e das comunidades, entre outros.
8 - Na seção 4.4, são examinados quatro casos de inovação na educação. Escolha um ou dois casos e reflita sobre as características inovativas destas iniciativas, relacionando com o aporte teórico da seção 4.2 deste capítulo.
Caso 1: Esta escola é inovadora por promover uma educação baseada na autonomia, na cooperação e na responsabilidade dos alunos. Ela valoriza a aprendizagem significativa, a interação social e a construção do conhecimento.
A escola destaca a valorização da aprendizagem significativa a importância de conectar novas informações ao conhecimento prévio dos alunos. A construção do conhecimento implica que o aprendizado seja ativo, não apenas receptivo.
Caso 2: Esta escola é inovadora por adotar um modelo de gestão democrática, onde os alunos participam das decisões sobre o currículo, os projetos e as avaliações. Ela enfatiza a participação, a diversidade e a criatividade.
A escola descrita demonstra uma abordagem inovadora ao adotar a gestão democrática, promover a participação dos alunos, valorizar a diversidade e enfatizar a criatividade. Os aportes teóricos podem variar, mas ideias de teóricos progressistas, construtivistas e críticos da educação podem ser relevantes para sustentar e fundamentar essas práticas inovadoras.
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	Wednesday, 31 January 2024, 16:17
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	Wednesday, 31 January 2024, 16:25
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Pergunta 1
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Capítulo 1 – Fundamentos da Gestão do Conhecimento
Na seção 1.8.5, é citado que compartilhar conhecimento é algo natural dos seres humanos, mas que, porém, institucionalizar o compartilhamento nas organizações é ainda um desafio. Do seu ponto de vista, quais são os principais desafios em compartilhar conhecimento nas organizações e de que modo esses desafios podem ser superados?
Compartilhar conhecimento é um desafio para muitas organizações, apesar de ser algo natural dos seres humanos. Alguns dos principais desafios incluem a resistência à mudança, a sobrecarga de informações e a dificuldade em lidar com o conhecimento implícito. Para superar esses desafios, as organizações podem adotar estratégias como criar uma cultura organizacional cooperativa, desenvolver um cronograma de treinamentos e capacitações, apostar em programas de capacitação e criar oportunidades para que o conhecimento seja compartilhado. Além disso, a gestão do conhecimento pode ser uma forma de valorizar e enriquecer a qualidade dos dados, que são elementos tangíveis e, no geral, abundantes dentro das organizações.
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Os desafios em compartilhar conhecimento podem ser individuais ou ao nível da organização. Entre os desafios individuais estão alguns como: a resistência interna em relevar/proteger o conhecimento, a motivação para compartilhar, a perda de poder, insegurança quanto ao conhecimento que possui, medo de compartilhar algo errado ou que é diferente da visão da maioria das pessoas do grupo. Entre os desafios organizacionais estão: diferentes culturas e vocabulários, falta de tempo e de locais de encontro, avaliação negativado conhecimento do colega, a falta de confiança mútua, subestimação dos níveis hierárquicos mais baixos, distância física, intelectual ou afetiva, burocracia e hierarquia. Algumas possíveis soluções: construir relacionamentos e confiança por meio de reuniões face-a-face; criar um terreno comum por meio da educação, discussão, publicações, formação de equipes, rotação de trabalho; estabelecer horários e locais para o compartilhamento de conhecimentos (feiras, salas de conversa, relatórios de conferências); incentivar as pessoas para maior flexibilidade, dar tempo para a aprendizagem, convidar e incentivar as pessoas para a abertura de ideias; incentivar uma abordagem não hierárquica ao conhecimento (conhecimento erudito, científico, popular, artístico); acolher às tentativas e erros sem perda do status de não saber tudo.
Pergunta 2
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Na seção 1.8, é examinado os pilares que estruturam a GC, dentre eles, os processos, as tecnologias e as pessoas. Olhando para esses pilares, exponha o seu significado e reflita sobre a combinação desses elementos nas organizações.
Processos: são as atividades que envolvem a criação, a captura, o armazenamento, a distribuição e a aplicação do conhecimento nas organizações. Os processos de GC visam facilitar o fluxo de conhecimento entre os indivíduos e os grupos, bem como gerar valor a partir do conhecimento existente e novo.
Tecnologias: são as ferramentas e os sistemas que apoiam os processos de GC, permitindo a codificação, a transferência, o acesso e a reutilização do conhecimento. As tecnologias de GC incluem desde as mais simples, como e-mail e documentos, até as mais complexas, como plataformas colaborativas, inteligência artificial e big data.
Pessoas: são os agentes principais da GC, pois são eles que possuem, criam, compartilham e usam o conhecimento nas organizações. As pessoas de GC devem ter competências, habilidades, atitudes e valores que favoreçam a cultura do conhecimento, a aprendizagem contínua e a inovação.
A combinação desses elementos nas organizações depende de vários fatores, como o tipo de conhecimento, o contexto, o objetivo, a estratégia e a cultura organizacional. Não há uma fórmula única ou ideal para integrar os pilares da GC, mas sim diferentes abordagens e modelos que devem ser adaptados às necessidades e características de cada organização. O importante é que os pilares da GC estejam alinhados e harmonizados, de forma a potencializar o uso e a geração de conhecimento nas organizações.
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· Pessoas: são ao mesmo tempo usuários e produtores de conhecimento e congregam as competências e os relacionamentos dos indivíduos.
· Processos: organizam a tomada de decisão em termos operacionais, gerenciais e estratégicos, nos seus diferentes níveis, envolvendo valores, objetivos, exigências de conhecimento, fontes do conhecimento, priorização e alocação de recursos de ativos de conhecimento da organização; processos sistemáticos de criação, compartilhamento e uso do conhecimento podem contribuir para aumentar a eficiência e melhorar a qualidade e a efetividade social da organização.
· Tecnologias: considera-se as várias TIC existentes para suportar e/ou permitir as estratégias e funções da gestão do conhecimento. A sinergia entre pessoas, processos e tecnologias, parte-se do pressuposto que os indivíduos interagindo, numa determinada atividade de trabalho, colaboram entre si, compartilham os seus conhecimentos e criam e são donas do capital intelectual. Esses processos de criação, compartilhamento e uso do conhecimento pelas pessoas culminam em passos sociais e tecnológicos que aumentam a contribuição do conhecimento na organização; por sua vez, as tecnologias servem de suporte aos processos e às pessoas.
Pergunta 3
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Capítulo 2 – Gestão de conhecimento na educação
Na seção introdutória do capítulo 2, é citada e discutida o mito da neutralidade do conhecimento. Todavia, o mito da neutralidade tem se mostrado presente, de maneira explícita ou tácita, nos currículos escolares. Sobre isso, reflita como a ciência e a “neutralidade” do conhecimento científico tem se apresentado nas salas de aula do ensino fundamental e médio?
O mito da neutralidade do conhecimento é a ideia de que o conhecimento é objetivo, universal e desvinculado de interesses políticos, econômicos e culturais. Esse mito é frequentemente usado para legitimar o conhecimento científico como superior e inquestionável, ignorando as relações de poder e os contextos históricos e sociais que o produzem e o reproduzem.
A ciência e a neutralidade do conhecimento científico nas salas de aula são apresentadas de forma simplificada e dogmática, sem problematizar os processos de construção, validação e difusão do conhecimento científico. Os currículos escolares tendem a privilegiar os conteúdos e as metodologias das ciências naturais e exatas, em detrimento das ciências humanas e sociais, que são vistas como menos rigorosas e confiáveis. Além disso, os currículos escolares não estimulam o pensamento crítico, a criatividade e a participação dos estudantes na produção e na transformação do conhecimento, mas sim a memorização, a reprodução e a adaptação às normas e aos valores dominantes.
As implicações e os desafios para a educação são a reprodução de uma visão de mundo reducionista, etnocêntrica e hierárquica, que exclui e desvaloriza outras formas de conhecimento, como o conhecimento popular, o conhecimento tradicional e o conhecimento artístico. Essa visão de mundo também dificulta o reconhecimento e o enfrentamento dos problemas sociais, ambientais e éticos que afetam a sociedade contemporânea, bem como a promoção de uma educação emancipatória, democrática e inovadora. Para superar esses desafios, é preciso questionar o mito da neutralidade do conhecimento e reconhecer a diversidade, a complexidade e a historicidade do conhecimento, bem como as suas implicações políticas, econômicas e culturais. É preciso também valorizar e integrar diferentes formas de conhecimento nos currículos escolares, bem como estimular o diálogo, a colaboração e a criatividade dos estudantes na construção e na transformação do conhecimento.
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Para orientar a sua reflexão, recorremos a Apple (2008, pp. 131-132): a ciência e o conhecimento científico, da forma como é apresentada na maior parte das salas de aula do ensino fundamental e médio, contribui para que os alunos aprendam uma perspectiva basicamente irreal e essencialmente conservadora, organizados ao redor de determinadas regularidades ou como dados bastante isolados que o estudante deve dominar para fazer testes. O que se encontra nas escolas, é uma perspectiva semelhante ao que se tem chamado de ideal positivista. O trabalho científico é tacitamente ligado a padrões aceitos de validade e visto (e ensinado) como algo sempre sujeito à verificação empírica sem influências externas, sejam pessoais ou políticas. “As escolas de pensamento” na ciência não existem, ou, quando existem, são usados critérios “objetivos” para persuadir os cientistas de que um lado está correto e o outro errado. Apresenta-se às crianças uma teoria consensual de ciência, uma teoria que não enfatiza os sérios desacordos acerca de metodologia, metas e outros elementos que compõem o paradigma de atividade dos cientistas. Pelo fato de o consenso científico ser continuamente demonstrado, não se permite que os alunos vejam que, sem desacordo e controvérsia, a ciência não progrediria ou progrediria em ritmo muito mais lento. A controvérsia não só estimula a descoberta porque chama a atenção dos cientistas para problemas fundamentais, mas porque serve para esclarecer posições intelectuais conflitantes. No entanto, o conflito histórico e continuado entre teorias que competem entre si nos domínios científicos continua a ser ignorado. Também é dedicado pouco ou nenhum pensamento ao fato de que a testagem de hipóteses e a aplicação dos critérios científicos existentes não sãosuficientes para explicar como e por que se faz uma escolha entre teorias contrárias. Tal enfoque não deixa que os alunos vejam as dimensões políticas do processo pelos quais os proponentes de uma teoria alternativa suplantam seus competidores. Também não pode tal apresentação de ciência fazer mais do que negar sistematicamente a dimensão de poder envolvida na argumentação científica.
Pergunta 4
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Na seção 2.2.1, é discutido sobre às reformas e modernizações na educação por meio da implementação de “novos” modelos de gestão de maneira acrítica e equivalente ao universo mercantil. Não havendo diferença entre escola, universidade, supermercado e shopping center. Sobre isto, reflita quais os riscos de gerenciar conhecimento nas universidades por meio de abordagens mercadológicas da Gestão do Conhecimento?
As discussões sobre as reformas e modernizações na educação por meio da implementação de “novos” modelos de gestão de maneira acrítica e equivalente ao universo mercantil. O texto critica essa abordagem que reduz a educação a um produto ou serviço que pode ser vendido ou comprado no mercado, sem considerar as especificidades e finalidades da educação como um processo social e humano.
Algumas possíveis reflexões sobre os riscos de gerenciar conhecimento nas universidades por meio de abordagens mercadológicas da Gestão do Conhecimento são:
Perda da autonomia acadêmica e científica: As universidades podem ficar subordinadas aos interesses e demandas do mercado, comprometendo a liberdade de pesquisa, ensino e extensão. A produção e difusão do conhecimento podem ser orientadas por critérios de rentabilidade, competitividade e produtividade, em detrimento da qualidade, relevância e diversidade.
Desvalorização da função social e pública da educação: As universidades podem se afastar de sua missão de contribuir para o desenvolvimento humano, social e cultural da sociedade. A educação pode ser vista como um direito individual e não como um bem coletivo e um dever do Estado.
Homogeneização e padronização do conhecimento: As universidades podem adotar modelos de gestão e currículos baseados em normas e padrões internacionais, ignorando as especificidades e necessidades locais e regionais. O conhecimento pode ser tratado como uma mercadoria que pode ser transferida e replicada sem levar em conta os contextos e os sujeitos envolvidos na sua construção e apropriação.
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Um dos riscos de se utilizar os mesmos mecanismos de gestão do conhecimento, que são aplicados nas empresas, aplicados à universidade, é tornar está uma última em indústria de produção e comercialização de conhecimento. Esses riscos já são realidade nas universidades. Por exemplo, com relação ao financiamento e privatização das pesquisas, perdendo de vista o papel público da investigação, tem entre os efeitos: a perda da autonomia ou liberdade universitárias para definir prioridades, conteúdos, formas, prazos e utilização das pesquisas, que se tornam inteiramente heterônomas; a aceitação de que o Estado seja desincumbido da responsabilidade pela pesquisa nas instituições públicas; a aceitação dos financiamentos privados como complementação salarial e fornecimento de infraestrutura para os trabalhos de investigação, privatizando a universidade pública; o desprestígio crescente das humanidades, uma vez que sua produção não pode ser imediatamente inserida nas forças produtivas, como os resultados das ciências; a aceitação da condição terceiro-mundista para a pesquisa científica, uma vez que os verdadeiros financiamentos para pesquisas de longo prazo e a fundo perdido são feitos no Primeiro Mundo (Chauí, 2001, p. 39).
Pergunta 5
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Capítulo 3 – Fundamentos da inovação
Na seção 3.6, é definido que as parcerias traduzem uma “filosofia” e cultura de trabalho e constituem-se como um instrumento de suporte à ação e a inovação, de particular relevância na área da intervenção social e comunitária. Sobre isso, reflita quais os desafios e possibilidades que a formação de parcerias entre os diversos segmentos (empresas, ONGs, universidades e governo) gera para o desenvolvimento das inovações sociais?
A formação de parcerias entre os diversos segmentos (empresas, ONGs, universidades e governo) pode gerar desafios e possibilidades para o desenvolvimento das inovações sociais. Alguns dos desafios incluem a falta de confiança, a divergência de interesses, a assimetria de poder e a dificuldade em compartilhar recursos e responsabilidades. No entanto, as parcerias também podem gerar possibilidades como a complementaridade de recursos, a diversificação de perspectivas, a ampliação de redes e a potencialização de impactos. As parcerias podem ser uma forma de superar a fragmentação e a competição entre os diferentes segmentos, bem como de promover a cooperação e a solidariedade em torno de objetivos comuns. Para que as parcerias sejam efetivas, é preciso que elas sejam baseadas em valores éticos e democráticos, que haja transparência e diálogo entre os parceiros, que os resultados sejam compartilhados e avaliados de forma participativa e que haja um compromisso com a sustentabilidade e a transformação social.
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Com relação às possibilidades, as pesquisas têm evidenciado que o valor agregado às parcerias intersetoriais ultrapassa os benefícios monetários, sendo os maiores ganhos, o capital intelectual (conhecimento, processos organizacionais), humano (experiência, competências e habilidades das pessoas) e social (valores compartilhados, influência política e comercial que as empresas podem trazer) e a capacidade de inovar. Com relação aos desafios temos entre eles: a questão da diversidade de setores e pessoas, cada qual com seus valores, interesses e diferentes formas de intervir na sociedade; atrair e sustentar o envolvimento dos participantes também é um desafio, pois envolve alimentar a confiança e compromisso entre as partes, ao longo da parceria, bem como, gerenciar as expectativas dos envolvidos.
Pergunta 6
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Na seção 3.8, é apresentada uma tabela com definições de inovação social. Selecione duas a três definições e reflita sobre suas características, em que medida elas convergem, divergem ou se complementam?
Inovação social como novas soluções para problemas sociais: Essa definição enfatiza o aspecto pragmático e utilitário da inovação social, que visa resolver problemas sociais de forma eficaz e sustentável. Essa definição é ampla e abrangente, mas não especifica quais são os critérios ou os agentes envolvidos na criação e na implementação das novas soluções.
Inovação social como mudança social transformadora: Essa definição enfatiza o aspecto político e emancipatório da inovação social, que visa promover mudanças sociais profundas e duradouras, baseadas em valores de justiça, democracia e participação. Essa definição é mais restrita e normativa, mas não explica como essas mudanças sociais são geradas ou avaliadas.
Inovação social como processo colaborativo e criativo: Essa definição enfatiza o aspecto metodológico e processual da inovação social, que envolve a participação ativa e a estratégia de diferentes atores sociais, como cidadãos, organizações, empresas e governos. Essa definição é mais descritiva e operacional, mas não indica quais são os objetivos ou os resultados esperados da inovação social.
Essas três definições apresentam pontos de convergência, divergência e complementaridade entre si. Por exemplo, elas convergem ao reconhecer a inovação social como uma resposta aos desafios e às demandas sociais, mas divergem ao atribuir diferentes graus de radicalidade e de intencionalidade à inovação social. Elas também se complementam ao abordar diferentes dimensões e perspectivas da inovação social, como o produto, o propósito e o processo. Assim, uma análise integrada e crítica dessas definições pode contribuir para uma compreensão mais ampla e complexa do fenômeno da inovaçãosocial.
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A definição de inovação social dos autores Murray, Caulier-Grice e Mulgan (2010) tem como foco, fomentar novas relações sociais, com a finalidade de aumentar a capacidade de agir das pessoas. A característica principal se encontra na construção de novas colaborações para satisfazer as necessidades sociais. Por outro lado, a definição de Howaldt e Schwarz (2010) apresenta como característica às práticas sociais, em contextos diversos de ação, criadas com o objetivo de melhorar o atendimento de necessidades ou problemas identificados.
Pergunta 7
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Capítulo 4 – Inovação na educação
Na seção 4.3.4, é examinado o uso das metodologias ativas nas escolas inovadoras. Sobre isto, reflita: toda aula que usa a metodologia ativa (aprendizagem colaborativa, aprendizagem por projeto, tecnologias, experiências laboratoriais, etc.) estimula a curiosidade e promove uma aprendizagem significativa, construtiva e crítica?
Não basta usar a metodologia ativa, é preciso saber como usá-la. As metodologias ativas não são uma receita pronta que pode ser aplicada em qualquer contexto ou situação. Elas exigem um planejamento cuidadoso, uma articulação com os objetivos de aprendizagem, uma adequação às características e necessidades dos estudantes, uma avaliação contínua e uma mediação qualificada do professor. Se esses aspectos não forem considerados, a metodologia ativa pode se tornar apenas uma atividade superficial, descontextualizada e sem sentido para os alunos.
A metodologia ativa não é a única forma de estimular a curiosidade e a aprendizagem significativa, construtiva e crítica. Embora as metodologias ativas sejam reconhecidas como uma forma eficaz e inovadora de promover uma aprendizagem mais profunda e engajada, elas não são as únicas nem as melhores em todos os casos. Existem outras formas de ensinar e aprender que também podem despertar o interesse, a motivação, a criatividade e o pensamento crítico dos estudantes, dependendo do conteúdo, do método, da interação e da avaliação propostos. Por exemplo, uma aula expositiva pode ser muito estimulante se o professor souber como apresentar o tema de forma clara, dinâmica, contextualizada e problematizadora, envolvendo os alunos em um diálogo crítico e reflexivo.
A metodologia ativa não é uma solução mágica para os problemas da educação. As metodologias ativas são uma forma de inovação na educação, mas não são a única nem a mais importante. Elas fazem parte de um conjunto de fatores que podem contribuir para a melhoria da qualidade e da equidade da educação, mas não são suficientes por si só. É preciso considerar também as condições estruturais, políticas, sociais, culturais e econômicas que afetam o processo educativo, tais como a infraestrutura, o financiamento, a gestão, o currículo, a formação, a valorização e a autonomia dos professores, a participação e o compromisso das famílias e das comunidades, entre outros.
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Por vezes, é apenas mudado o caminho, da aula expositiva para aula com tecnologia, por exemplo, mas continuando a alcançar os mesmos resultados: a transmissão e reprodução do conteúdo em si. Questões que despertam a curiosidade, que estimulam o pensamento crítico e histórico, que expõem, por vez às contradições e às lutas intelectuais na ciência, ficam de fora. Por exemplo: que razões nos moveram até aquele conhecimento? Como aquele conhecimento é usado hoje pela sociedade? A quem está servindo aquele conhecimento? Que mudanças esses conhecimentos “sofreram” ao longo da história? Por quê? Que relações se estabeleceram daquele conhecimento com outras áreas de conhecimento e com às estruturas sociais, culturais, econômicas e políticas? Como essas relações, a partir do seu histórico, se estabelece hoje? E o que isso nos provoca? Essas questões estimulam a construção de conhecimento a partir do diálogo entre os saberes dos alunos e alunas com os conhecimentos já constituídos, em que nós professores e professoras seremos os mediadores e as mediadoras do saber constituído historicamente com os saberes de experiência feita dos alunos e alunas. É ser mediador da passagem do conhecimento ingênuo para o conhecimento epistemológico. Que, aliás, não se limita aos nossos alunos e alunas, mas a nós mesmos enquanto aprendizes permanentes.
Pergunta 8
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Texto da pergunta
Na seção 4.4, são examinados quatro casos de inovação na educação. Escolha um ou dois casos e reflita sobre as características inovativas destas iniciativas, relacionando com o aporte teórico da seção 4.2 deste capítulo.
Caso 1:  Esta escola é inovadora por promover uma educação baseada na autonomia, na cooperação e na responsabilidade dos alunos. Ela valoriza a aprendizagem significativa, a interação social e a construção do conhecimento.
A escola destaca a valorização da aprendizagem significativa a importância de conectar novas informações ao conhecimento prévio dos alunos. A construção do conhecimento implica que o aprendizado seja ativo, não apenas receptivo.
Caso 2:  Esta escola é inovadora por adotar um modelo de gestão democrática, onde os alunos participam das decisões sobre o currículo, os projetos e as avaliações. Ela enfatiza a participação, a diversidade e a criatividade.
A escola descrita demonstra uma abordagem inovadora ao adotar a gestão democrática, promover a participação dos alunos, valorizar a diversidade e enfatizar a criatividade. Os aportes teóricos podem variar, mas ideias de teóricos progressistas, construtivistas e críticos da educação podem ser relevantes para sustentar e fundamentar essas práticas inovadoras.
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No Brasil, o projeto Âncora, em São Paulo, tem sido defensor de uma escola que desenvolve a autonomia de educadores e estudantes e que fomenta transformações no ambiente físico escolar como parte do processo pedagógico. Além disso, o projeto tem como características inovadoras a educação integral, personalização do currículo, modos distintos de avaliação da aprendizagem e metodologias de aprendizagem por projetos.
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