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2022
Coordenação
Frederico Amado
 Espaços para anotações 
 Letra maior para uma leitura 
confortável
 Em espiral para facilitar o manuseio
Caderno de 
Estudos da
Lei Seca
Volume Único
Técnico do INSS
revista e
atualizada
6ª 
edição
Ética no Serviço 
Público
PLANO DE ESTUDO
Diploma Estudado Revisão 1 Revisão 2 Revisão 3 Questões
Decreto nº 1.171/1994
Decreto nº 6.029/2007
ÉTICA NO SERVIÇO PÚBLICO
DECRETO Nº 1.171, 
DE 22 DE JUNHO DE 1994
Aprova o Código de Ética Profissional do Servidor Público Civil 
do Poder Executivo Federal.
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, no uso das 
atribuições que lhe confere o art. 84, incisos 
IV e VI, e ainda tendo em vista o disposto no 
art. 37 da Constituição, bem como nos arts. 
116 e 117 da Lei nº 8.112, de 11 de dezembro 
de 1990, e nos arts. 10, 11 e 12 da Lei nº 8.429, 
de 2 de junho de 1992, 
DECRETA: 
Art. 1º Fica aprovado o Código de Ética Pro-
fissional do Servidor Público Civil do Poder 
Executivo Federal, que com este baixa. 
Art. 2º Os órgãos e entidades da Admi-
nistração Pública Federal direta e indireta 
implementarão, em sessenta dias, as provi-
dências necessárias à plena vigência do Código 
de Ética, inclusive mediante a constituição da 
respectiva Comissão de Ética, integrada por 
três servidores ou empregados titulares de 
cargo efetivo ou emprego permanente. 
Parágrafo único. A constituição da Comis-
são de Ética será comunicada à Secretaria 
da Administração Federal da Presidência da 
República, com a indicação dos respectivos 
membros titulares e suplentes. 
Art. 3º Este Decreto entra em vigor na data 
de sua publicação. 
Brasília, 22 de junho de 1994, 173º da Inde-
pendência e 106º da República. 
ITAMAR FRANCO 
Romildo Canhim 
ANEXO 
CÓDIGO DE ÉTICA 
PROFISSIONAL DO SERVIDOR 
PÚBLICO CIVIL DO PODER 
EXECUTIVO FEDERAL
CAPÍTULO I
SEÇÃO I 
DAS REGRAS DEONTOLÓGICAS
I - A dignidade, o decoro, o zelo, a eficácia e a 
consciência dos princípios morais são prima-
dos maiores que devem nortear o servidor 
público, seja no exercício do cargo ou função, 
ou fora dele, já que refletirá o exercício da 
vocação do próprio poder estatal. Seus atos, 
comportamentos e atitudes serão direciona-
dos para a preservação da honra e da tradição 
dos serviços públicos.
II - O servidor público não poderá jamais des-
prezar o elemento ético de sua conduta. Assim, 
não terá que decidir somente entre o legal e 
o ilegal, o justo e o injusto, o conveniente e 
o inconveniente, o oportuno e o inoportuno, 
mas principalmente entre o honesto e o deso-
nesto, consoante as regras contidas no art. 37, 
caput, e § 4º, da Constituição Federal.
III - A moralidade da Administração Pública 
não se limita à distinção entre o bem e o mal, 
devendo ser acrescida da idéia de que o fim 
é sempre o bem comum. O equilíbrio entre 
a legalidade e a finalidade, na conduta do 
servidor público, é que poderá consolidar a 
moralidade do ato administrativo.
IV- A remuneração do servidor público é 
custeada pelos tributos pagos direta ou in-
diretamente por todos, até por ele próprio, 
e por isso se exige, como contrapartida, que 
a moralidade administrativa se integre no 
Direito, como elemento indissociável de sua 
aplicação e de sua finalidade, erigindo-se, 
como conseqüência em fator de legalidade.
V - O trabalho desenvolvido pelo servidor pú-
blico perante a comunidade deve ser entendi-
do como acréscimo ao seu próprio bem-estar, 
já que, como cidadão, integrante da sociedade, 
o êxito desse trabalho pode ser considerado 
como seu maior patrimônio
VI - A função pública deve ser tida como exer-
cício profissional e, portanto, se integra na vida 
16DECRETO Nº 1.171, DE 22 DE jUNhO DE 1994
particular de cada servidor público. Assim, os 
fatos e atos verificados na conduta do dia-a-
-dia em sua vida privada poderão acrescer ou 
diminuir o seu bom conceito na vida funcional.
VII - Salvo os casos de segurança nacional, 
investigações policiais ou interesse superior 
do Estado e da Administração Pública, a se-
rem preservados em processo previamente 
declarado sigiloso, nos termos da lei, a publici-
dade de qualquer ato administrativo constitui 
requisito de eficácia e moralidade, ensejando 
sua omissão comprometimento ético contra 
o bem comum, imputável a quem a negar.
VIII - Toda pessoa tem direito à verdade. O 
servidor não pode omiti-la ou falseá-la, ainda 
que contrária aos interesses da própria pessoa 
interessada ou da Administração Pública. Ne-
nhum Estado pode crescer ou estabilizar-se 
sobre o poder corruptivo do hábito do erro, da 
opressão ou da mentira, que sempre aniquilam 
até mesmo a dignidade humana quanto mais 
a de uma Nação.
IX - A cortesia, a boa vontade, o cuidado e o 
tempo dedicados ao serviço público carac-
terizam o esforço pela disciplina. Tratar mal 
uma pessoa que paga seus tributos direta ou 
indiretamente significa causar-lhe dano moral. 
Da mesma forma, causar dano a qualquer bem 
pertencente ao patrimônio público, deterio-
rando-o, por descuido ou má vontade, não 
constitui apenas uma ofensa ao equipamento 
e às instalações ou ao Estado, mas a todos os 
homens de boa vontade que dedicaram sua 
inteligência, seu tempo, suas esperanças e 
seus esforços para construí-los.
X - Deixar o servidor público qualquer pessoa 
à espera de solução que compete ao setor 
em que exerça suas funções, permitindo a 
formação de longas filas, ou qualquer outra 
espécie de atraso na prestação do serviço, não 
caracteriza apenas atitude contra a ética ou ato 
de desumanidade, mas principalmente grave 
dano moral aos usuários dos serviços públicos.
XI - O servidor deve prestar toda a sua atenção 
às ordens legais de seus superiores, velando 
atentamente por seu cumprimento, e, assim, 
evitando a conduta negligente Os repetidos er-
ros, o descaso e o acúmulo de desvios tornam-
-se, às vezes, difíceis de corrigir e caracterizam 
até mesmo imprudência no desempenho da 
função pública.
XII - Toda ausência injustificada do servidor de 
seu local de trabalho é fator de desmoralização 
do serviço público, o que quase sempre conduz 
à desordem nas relações humanas.
XIII - O servidor que trabalha em harmonia 
com a estrutura organizacional, respeitando 
seus colegas e cada concidadão, colabora e de 
todos pode receber colaboração, pois sua ati-
vidade pública é a grande oportunidade para 
o crescimento e o engrandecimento da Nação.
SEÇÃO II 
DOS PRINCIPAIS DEVERES DO SERVIDOR 
PÚBLICO
XIV - São deveres fundamentais do servidor 
público:
a) desempenhar, a tempo, as atribuições do 
cargo, função ou emprego público de que 
seja titular;
b) exercer suas atribuições com rapidez, per-
feição e rendimento, pondo fim ou procurando 
prioritariamente resolver situações procrasti-
natórias, principalmente diante de filas ou de 
qualquer outra espécie de atraso na prestação 
dos serviços pelo setor em que exerça suas 
atribuições, com o fim de evitar dano moral 
ao usuário;
c) ser probo, reto, leal e justo, demonstrando 
toda a integridade do seu caráter, escolhendo 
sempre, quando estiver diante de duas opções, 
a melhor e a mais vantajosa para o bem comum;
d) jamais retardar qualquer prestação de 
contas, condição essencial da gestão dos bens, 
direitos e serviços da coletividade a seu cargo;
e) tratar cuidadosamente os usuários dos ser-
viços, aperfeiçoando o processo de comuni-
cação e contato com o público;
f) ter consciência de que seu trabalho é regido 
por princípios éticos que se materializam na 
adequada prestação dos serviços públicos;
g) ser cortês, ter urbanidade, disponibilidade 
e atenção, respeitando a capacidade e as 
limitações individuais de todos os usuários 
do serviço público, sem qualquer espécie de 
preconceito ou distinção de raça, sexo, nacio-
nalidade, cor, idade, religião, cunho político e 
posição social, abstendo-se, dessa forma, de 
causar-lhes dano moral;
h) ter respeito à hierarquia, porém sem nenhum 
temor de representar contra qualquer compro-
metimento indevido da estrutura em que se 
funda o Poder Estatal;
i) resistir a todas as pressõesde superiores 
hierárquicos, de contratantes, interessados 
e outros que visem obter quaisquer favores, 
benesses ou vantagens indevidas em decor-
rência de ações morais, ilegais ou aéticas e 
denunciá-las;
j) zelar, no exercício do direito de greve, pelas 
exigências específicas da defesa da vida e da 
segurança coletiva;
l) ser assíduo e freqüente ao serviço, na cer-
teza de que sua ausência provoca danos ao 
trabalho ordenado, refletindo negativamente 
em todo o sistema;
m) comunicar imediatamente a seus supe-
riores todo e qualquer ato ou fato contrário 
ao interesse público, exigindo as providências 
cabíveis;
n) manter limpo e em perfeita ordem o local 
de trabalho, seguindo os métodos mais ade-
quados à sua organização e distribuição;
o) participar dos movimentos e estudos que 
se relacionem com a melhoria do exercício de 
suas funções, tendo por escopo a realização 
do bem comum;
17 DECRETO Nº 1.171, DE 22 DE jUNhO DE 1994
ÉT
IC
A
p) apresentar-se ao trabalho com vestimentas 
adequadas ao exercício da função;
q) manter-se atualizado com as instruções, as 
normas de serviço e a legislação pertinentes 
ao órgão onde exerce suas funções;
r) cumprir, de acordo com as normas do serviço 
e as instruções superiores, as tarefas de seu 
cargo ou função, tanto quanto possível, com 
critério, segurança e rapidez, mantendo tudo 
sempre em boa ordem.
s) facilitar a fiscalização de todos atos ou ser-
viços por quem de direito;
t) exercer, com estrita moderação, as prerro-
gativas funcionais que lhe sejam atribuídas, 
abstendo-se de fazê-lo contrariamente aos 
legítimos interesses dos usuários do serviço 
público e dos jurisdicionados administrativos;
u) abster-se, de forma absoluta, de exercer 
sua função, poder ou autoridade com finali-
dade estranha ao interesse público, mesmo 
que observando as formalidades legais e não 
cometendo qualquer violação expressa à lei;
v) divulgar e informar a todos os integrantes da 
sua classe sobre a existência deste Código de 
Ética, estimulando o seu integral cumprimento.
SEÇÃO III 
DAS VEDAÇÕES AO SERVIDOR PÚBLICO
XV - É vedado ao servidor público;
a) o uso do cargo ou função, facilidades, 
amizades, tempo, posição e influências, para 
obter qualquer favorecimento, para si ou para 
outrem;
b) prejudicar deliberadamente a reputação de 
outros servidores ou de cidadãos que deles 
dependam;
c) ser, em função de seu espírito de solidarie-
dade, conivente com erro ou infração a este 
Código de Ética ou ao Código de Ética de sua 
profissão;
d) usar de artifícios para procrastinar ou difi-
cultar o exercício regular de direito por qual-
quer pessoa, causando-lhe dano moral ou 
material;
e) deixar de utilizar os avanços técnicos e cien-
tíficos ao seu alcance ou do seu conhecimento 
para atendimento do seu mister;
f) permitir que perseguições, simpatias, antipa-
tias, caprichos, paixões ou interesses de ordem 
pessoal interfiram no trato com o público, 
com os jurisdicionados administrativos ou 
com colegas hierarquicamente superiores ou 
inferiores;
g) pleitear, solicitar, provocar, sugerir ou 
receber qualquer tipo de ajuda financeira, 
gratificação, prêmio, comissão, doação ou van-
tagem de qualquer espécie, para si, familiares 
ou qualquer pessoa, para o cumprimento da 
sua missão ou para influenciar outro servidor 
para o mesmo fim;
h) alterar ou deturpar o teor de documentos 
que deva encaminhar para providências;
i) iludir ou tentar iludir qualquer pessoa 
que necessite do atendimento em serviços 
públicos;
j) desviar servidor público para atendimento 
a interesse particular;
l) retirar da repartição pública, sem estar legal-
mente autorizado, qualquer documento, livro 
ou bem pertencente ao patrimônio público;
m) fazer uso de informações privilegiadas 
obtidas no âmbito interno de seu serviço, 
em benefício próprio, de parentes, de amigos 
ou de terceiros;
n) apresentar-se embriagado no serviço ou 
fora dele habitualmente;
o) dar o seu concurso a qualquer instituição 
que atente contra a moral, a honestidade ou 
a dignidade da pessoa humana;
p) exercer atividade profissional aética ou ligar 
o seu nome a empreendimentos de cunho 
duvidoso.
CAPÍTULO II 
DAS COMISSÕES DE ÉTICA
XVI - Em todos os órgãos e entidades da Ad-
ministração Pública Federal direta, indireta 
autárquica e fundacional, ou em qualquer 
órgão ou entidade que exerça atribuições 
delegadas pelo poder público, deverá ser cria-
da uma Comissão de Ética, encarregada de 
orientar e aconselhar sobre a ética profissional 
do servidor, no tratamento com as pessoas e 
com o patrimônio público, competindo-lhe 
conhecer concretamente de imputação ou de 
procedimento susceptível de censura.
XVII - (Revogado pelo Decreto 6.029/2007)
XVIII - À Comissão de Ética incumbe fornecer, 
aos organismos encarregados da execução do 
quadro de carreira dos servidores, os registros 
sobre sua conduta Ética, para o efeito de ins-
truir e fundamentar promoções e para todos 
os demais procedimentos próprios da carreira 
do servidor público.
XIX a XXI- (Revogados pelo Decreto 6.029/2007)
XXII - A pena aplicável ao servidor público pela 
Comissão de Ética é a de censura e sua fun-
damentação constará do respectivo parecer, 
assinado por todos os seus integrantes, com 
ciência do faltoso.
XXIII - (Revogado pelo Decreto 6.029/2007)
XXIV - Para fins de apuração do comprometi-
mento ético, entende-se por servidor público 
todo aquele que, por força de lei, contrato ou 
de qualquer ato jurídico, preste serviços de 
natureza permanente, temporária ou excep-
cional, ainda que sem retribuição financeira, 
desde que ligado direta ou indiretamente a 
qualquer órgão do poder estatal, como as 
autarquias, as fundações públicas, as entidades 
paraestatais, as empresas públicas e as socie-
dades de economia mista, ou em qualquer 
setor onde prevaleça o interesse do Estado.
XXV - (Revogado pelo Decreto 6.029/2007)
18DECRETO Nº 6.029, DE 1º DE FEVEREIRO DE 2007
DECRETO Nº 6.029, 
DE 1º DE FEVEREIRO DE 2007
Institui Sistema de Gestão da Ética do Poder Executivo Federal, 
e dá outras providências.
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, no uso da atri-
buição que lhe confere o art. 84, inciso VI, 
alínea “a”, da Constituição,
DECRETA:
Art. 1º Fica instituído o Sistema de Gestão da 
Ética do Poder Executivo Federal com a fina-
lidade de promover atividades que dispõem 
sobre a conduta ética no âmbito do Executivo 
Federal, competindo- lhe:
I - integrar os órgãos, programas e ações re-
lacionadas com a ética pública;
II - contribuir para a implementação de políti-
cas públicas tendo a transparência e o acesso à 
informação como instrumentos fundamentais 
para o exercício de gestão da ética pública;
III - promover, com apoio dos segmentos per-
tinentes, a compatibilização e interação de 
normas, procedimentos técnicos e de gestão 
relativos à ética pública;
IV - articular ações com vistas a estabelecer e 
efetivar procedimentos de incentivo e incre-
mento ao desempenho institucional na gestão 
da ética pública do Estado brasileiro.
Art. 2º Integram o Sistema de Gestão da Ética 
do Poder Executivo Federal:
I - a Comissão de Ética Pública - CEP, instituída 
pelo Decreto de 26 de maio de 1999;
II - as Comissões de Ética de que trata o Decreto 
nº 1.171, de 22 de junho de 1994; e
III - as demais Comissões de Ética e equivalen-
tes nas entidades e órgãos do Poder Executivo 
Federal.
Art. 3º A CEP será integrada por sete brasileiros 
que preencham os requisitos de idoneidade 
moral, reputação ilibada e notória experiência 
em administração pública, designados pelo 
Presidente da República, para mandatos de 
três anos, não coincidentes, permitida uma 
única recondução.
§ 1º A atuação no âmbito da CEP não enseja 
qualquer remuneração para seus membros e 
os trabalhos nela desenvolvidos são conside-
rados prestação de relevante serviço público.
§ 2º O Presidente terá o voto de qualidade 
nas deliberações da Comissão.
§ 3º Os mandatos dos primeiros membros 
serão de um, dois e três anos, estabelecidos 
no decreto de designação.
Art. 4º À CEP compete:I - atuar como instância consultiva do Presi-
dente da República e Ministros de Estado em 
matéria de ética pública;
II - administrar a aplicação do Código de Con-
duta da Alta Administração Federal, devendo:
a) submeter ao Presidente da República 
medidas para seu aprimoramento;
b) dirimir dúvidas a respeito de interpretação 
de suas normas, deliberando sobre casos 
omissos;
c) apurar, mediante denúncia, ou de ofício, 
condutas em desacordo com as normas nele 
previstas, quando praticadas pelas autoridades 
a ele submetidas;
III - dirimir dúvidas de interpretação sobre 
as normas do Código de Ética Profissional do 
Servidor Público Civil do Poder Executivo Fe-
deral de que trata o Decreto nº 1.171, de 1994;
IV - coordenar, avaliar e supervisionar o Sis-
tema de Gestão da Ética Pública do Poder 
Executivo Federal;
V - aprovar o seu regimento interno; e
VI - escolher o seu Presidente.
Parágrafo único. A CEP contará com uma 
Secretaria-Executiva, vinculada à Casa Civil 
da Presidência da República, à qual competirá 
prestar o apoio técnico e administrativo aos 
trabalhos da Comissão.
Art. 5º Cada Comissão de Ética de que trata 
o Decreto nº 1171, de 1994, será integrada 
por três membros titulares e três suplentes, 
escolhidos entre servidores e empregados do 
seu quadro permanente, e designados pelo 
dirigente máximo da respectiva entidade ou 
órgão, para mandatos não coincidentes de 
três anos.
Art. 6º É dever do titular de entidade ou ór-
gão da Administração Pública Federal, direta 
e indireta:
I - assegurar as condições de trabalho para que 
as Comissões de Ética cumpram suas funções, 
inclusive para que do exercício das atribuições 
de seus integrantes não lhes resulte qualquer 
prejuízo ou dano;
II - conduzir em seu âmbito a avaliação da ges-
tão da ética conforme processo coordenado 
pela Comissão de Ética Pública.
Art. 7º Compete às Comissões de Ética de que 
tratam os incisos II e III do art. 2º:
19 DECRETO Nº 6.029, DE 1º DE FEVEREIRO DE 2007
ÉT
IC
A
I - atuar como instância consultiva de dirigen-
tes e servidores no âmbito de seu respectivo 
órgão ou entidade;
II - aplicar o Código de Ética Profissional do 
Servidor Público Civil do Poder Executivo Fe-
deral, aprovado pelo Decreto 1.171, de 1994, 
devendo:
a) submeter à Comissão de Ética Pública pro-
postas para seu aperfeiçoamento;
b) dirimir dúvidas a respeito da interpretação 
de suas normas e deliberar sobre casos omissos;
c) apurar, mediante denúncia ou de ofício, 
conduta em desacordo com as normas éticas 
pertinentes; e
d) recomendar, acompanhar e avaliar, no 
âmbito do órgão ou entidade a que estiver 
vinculada, o desenvolvimento de ações obje-
tivando a disseminação, capacitação e treina-
mento sobre as normas de ética e disciplina;
III - representar a respectiva entidade ou órgão 
na Rede de Ética do Poder Executivo Federal 
a que se refere o art. 9º; e
IV - supervisionar a observância do Código 
de Conduta da Alta Administração Federal e 
comunicar à CEP situações que possam confi-
gurar descumprimento de suas normas.
§ 1º Cada Comissão de Ética contará com uma 
Secretaria- Executiva, vinculada administra-
tivamente à instância máxima da entidade 
ou órgão, para cumprir plano de trabalho 
por ela aprovado e prover o apoio técnico e 
material necessário ao cumprimento das suas 
atribuições.
§ 2º As Secretarias-Executivas das Comissões 
de Ética serão chefiadas por servidor ou em-
pregado do quadro permanente da entida-
de ou órgão, ocupante de cargo de direção 
compatível com sua estrutura, alocado sem 
aumento de despesas.
Art. 8º Compete às instâncias superiores dos 
órgãos e entidades do Poder Executivo Federal, 
abrangendo a administração direta e indireta:
I - observar e fazer observar as normas de 
ética e disciplina;
II - constituir Comissão de Ética;
III - garantir os recursos humanos, materiais e 
financeiros para que a Comissão cumpra com 
suas atribuições; e
IV - atender com prioridade às solicitações 
da CEP.
Art. 9º Fica constituída a Rede de Ética do 
Poder Executivo Federal, integrada pelos re-
presentantes das Comissões de Ética de que 
tratam os incisos I, II e III do art. 2º, com o 
objetivo de promover a cooperação técnica 
e a avaliação em gestão da ética.
Parágrafo único. Os integrantes da Rede de 
Ética se reunirão sob a coordenação da Co-
missão de Ética Pública, pelo menos uma vez 
por ano, em fórum específico, para avaliar o 
programa e as ações para a promoção da ética 
na administração pública.
Art. 10. Os trabalhos da CEP e das demais 
Comissões de Ética devem ser desenvolvidos 
com celeridade e observância dos seguintes 
princípios:
I - proteção à honra e à imagem da pessoa 
investigada;
II - proteção à identidade do denunciante, 
que deverá ser mantida sob reserva, se este 
assim o desejar; e
III - independência e imparcialidade dos seus 
membros na apuração dos fatos, com as ga-
rantias asseguradas neste Decreto.
Art. 11. Qualquer cidadão, agente público, 
pessoa jurídica de direito privado, associa-
ção ou entidade de classe poderá provocar 
a atuação da CEP ou de Comissão de Ética, 
visando à apuração de infração ética imputada 
a agente público, órgão ou setor específico 
de ente estatal.
Parágrafo único. Entende-se por agente pú-
blico, para os fins deste Decreto, todo aquele 
que, por força de lei, contrato ou qualquer ato 
jurídico, preste serviços de natureza perma-
nente, temporária, excepcional ou eventual, 
ainda que sem retribuição financeira, a órgão 
ou entidade da administração pública federal, 
direta e indireta.
Art. 12. O processo de apuração de prática de 
ato em desrespeito ao preceituado no Código 
de Conduta da Alta Administração Federal e 
no Código de Ética Profissional do Servidor 
Público Civil do Poder Executivo Federal será 
instaurado, de ofício ou em razão de denúncia 
fundamentada, respeitando-se, sempre, as 
garantias do contraditório e da ampla defesa, 
pela Comissão de Ética Pública ou Comissões 
de Ética de que tratam o incisos II e III do art. 
2º, conforme o caso, que notificará o investi-
gado para manifestar-se, por escrito, no prazo 
de dez dias.
§ 1º O investigado poderá produzir prova 
documental necessária à sua defesa.
§ 2º As Comissões de Ética poderão requisitar 
os documentos que entenderem necessários 
à instrução probatória e, também, promover 
diligências e solicitar parecer de especialista.
§ 3º Na hipótese de serem juntados aos autos 
da investigação, após a manifestação referida 
no caput deste artigo, novos elementos de 
prova, o investigado será notificado para nova 
manifestação, no prazo de dez dias.
20DECRETO Nº 6.029, DE 1º DE FEVEREIRO DE 2007
§ 4º Concluída a instrução processual, as Co-
missões de Ética proferirão decisão conclusiva 
e fundamentada.
§ 5º Se a conclusão for pela existência de 
falta ética, além das providências previstas 
no Código de Conduta da Alta Administra-
ção Federal e no Código de Ética Profissional 
do Servidor Público Civil do Poder Executivo 
Federal, as Comissões de Ética tomarão as 
seguintes providências, no que couber:
I - encaminhamento de sugestão de exonera-
ção de cargo ou função de confiança à autori-
dade hierarquicamente superior ou devolução 
ao órgão de origem, conforme o caso;
II - encaminhamento, conforme o caso, para 
a Controladoria- Geral da União ou unidade 
específica do Sistema de Correição do Poder 
Executivo Federal de que trata o Decreto nº 
5.480, de 30 de junho de 2005, para exame de 
eventuais transgressões disciplinares; e
III - recomendação de abertura de proce-
dimento administrativo, se a gravidade da 
conduta assim o exigir.
Art. 13. Será mantido com a chancela de “re-
servado”, até que esteja concluído, qualquer 
procedimento instaurado para apuração de 
prática em desrespeito às normas éticas.
§ 1º Concluída a investigação e após a deli-
beração da CEP ou da Comissão de Ética do 
órgão ou entidade, os autos do procedimento 
deixarão de ser reservados.
§ 2º Na hipótese de os autos estarem instruídos 
com documento acobertado por sigilo legal, 
o acesso a essetipo de documento somente 
será permitido a quem detiver igual direito 
perante o órgão ou entidade originariamente 
encarregado da sua guarda.
§ 3º Para resguardar o sigilo de documentos 
que assim devam ser mantidos, as Comissões 
de Ética, depois de concluído o processo de 
investigação, providenciarão para que tais 
documentos sejam desentranhados dos autos, 
lacrados e acautelados.
Art. 14. A qualquer pessoa que esteja sendo 
investigada é assegurado o direito de saber o 
que lhe está sendo imputado, de conhecer o 
teor da acusação e de ter vista dos autos, no 
recinto das Comissões de Ética, mesmo que 
ainda não tenha sido notificada da existência 
do procedimento investigatório.
Parágrafo único. O direito assegurado neste 
artigo inclui o de obter cópia dos autos e de 
certidão do seu teor.
Art. 15. Todo ato de posse, investidura em 
função pública ou celebração de contrato de 
trabalho, dos agentes públicos referidos no 
parágrafo único do art. 11, deverá ser acom-
panhado da prestação de compromisso solene 
de acatamento e observância das regras es-
tabelecidas pelo Código de Conduta da Alta 
Administração Federal, pelo Código de Ética 
Profissional do Servidor Público Civil do Poder 
Executivo Federal e pelo Código de Ética do 
órgão ou entidade, conforme o caso.
Parágrafo único. A posse em cargo ou função 
pública que submeta a autoridade às normas 
do Código de Conduta da Alta Administração 
Federal deve ser precedida de consulta da 
autoridade à Comissão de Ética Pública acerca 
de situação que possa suscitar conflito de 
interesses.
Art. 16. As Comissões de Ética não poderão 
escusar-se de proferir decisão sobre matéria de 
sua competência alegando omissão do Código 
de Conduta da Alta Administração Federal, 
do Código de Ética Profissional do Servidor 
Público Civil do Poder Executivo Federal ou 
do Código de Ética do órgão ou entidade, 
que, se existente, será suprida pela analo-
gia e invocação aos princípios da legalidade, 
impessoalidade, moralidade, publicidade e 
eficiência.
§ 1º Havendo dúvida quanto à legalidade, a 
Comissão de Ética competente deverá ouvir 
previamente a área jurídica do órgão ou en-
tidade.
§ 2º Cumpre à CEP responder a consultas sobre 
aspectos éticos que lhe forem dirigidas pelas 
demais Comissões de Ética e pelos órgãos e 
entidades que integram o Executivo Federal, 
bem como pelos cidadãos e servidores que 
venham a ser indicados para ocupar cargo ou 
função abrangida pelo Código de Conduta da 
Alta Administração Federal.
Art. 17. As Comissões de Ética, sempre que 
constatarem a possível ocorrência de ilícitos 
penais, civis, de improbidade administrati-
va ou de infração disciplinar, encaminharão 
cópia dos autos às autoridades competentes 
para apuração de tais fatos, sem prejuízo das 
medidas de sua competência.
Art. 18. As decisões das Comissões de Ética, 
na análise de qualquer fato ou ato submetido 
à sua apreciação ou por ela levantado, serão 
resumidas em ementa e, com a omissão dos 
nomes dos investigados, divulgadas no sítio 
do próprio órgão, bem como remetidas à Co-
missão de Ética Pública.
21 DECRETO Nº 6.029, DE 1º DE FEVEREIRO DE 2007
ÉT
IC
A
Art. 19. Os trabalhos nas Comissões de Ética 
de que tratam os incisos II e III do art. 2º são 
considerados relevantes e têm prioridade so-
bre as atribuições próprias dos cargos dos 
seus membros, quando estes não atuarem 
com exclusividade na Comissão.
Art. 20. Os órgãos e entidades da Admi-
nistração Pública Federal darão tratamento 
prioritário às solicitações de documentos 
necessários à instrução dos procedimentos 
de investigação instaurados pelas Comissões 
de Ética .
§ 1º Na hipótese de haver inobservância do 
dever funcional previsto no caput, a Comissão 
de Ética adotará as providências previstas no 
inciso III do § 5º do art. 12.
§ 2º As autoridades competentes não poderão 
alegar sigilo para deixar de prestar informação 
solicitada pelas Comissões de Ética.
Art. 21. A infração de natureza ética cometida 
por membro de Comissão de Ética de que 
tratam os incisos II e III do art. 2º será apurada 
pela Comissão de Ética Pública.
Art. 22. A Comissão de Ética Pública manterá 
banco de dados de sanções aplicadas pelas 
Comissões de Ética de que tratam os incisos II 
e III do art. 2º e de suas próprias sanções, para 
fins de consulta pelos órgãos ou entidades 
da administração pública federal, em casos 
de nomeação para cargo em comissão ou de 
alta relevância pública.
Parágrafo único. O banco de dados referido 
neste artigo engloba as sanções aplicadas a 
qualquer dos agentes públicos mencionados 
no parágrafo único do art. 11 deste Decreto.
Art. 23. Os representantes das Comissões de 
Ética de que tratam os incisos II e III do art. 2º 
atuarão como elementos de ligação com a 
CEP, que disporá em Resolução própria sobre 
as atividades que deverão desenvolver para o 
cumprimento desse mister.
Art. 24. As normas do Código de Conduta 
da Alta Administração Federal, do Código de 
Ética Profissional do Servidor Público Civil do 
Poder Executivo Federal e do Código de Ética 
do órgão ou entidade aplicam-se, no que cou-
ber, às autoridades e agentes públicos neles 
referidos, mesmo quando em gozo de licença.
Art. 25. Ficam revogados os incisos XVII, XIX, 
XX, XXI, XXIII e XXV do Código de Ética Pro-
fissional do Servidor Público Civil do Poder 
Executivo Federal, aprovado pelo Decreto nº 
1.171, de 22 de junho de 1994, os arts. 2º e 3º 
do Decreto de 26 de maio de 1999, que cria a 
Comissão de Ética Pública, e os Decretos de 30 
de agosto de 2000 e de 18 de maio de 2001, que 
dispõem sobre a Comissão de Ética Pública.
Art. 26. Este Decreto entra em vigor na data 
da sua publicação.
Brasília, 1º de fevereiro de 2007; 
186º da Independência e 119º da República.
LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA 
Dilma Rousseff
RJU – 
Regime Jurídico 
Único
PLANO DE ESTUDO
Diploma Estudado Revisão 1 Revisão 2 Revisão 3 Questões
Lei nº 8.112/1990
RJU – REGIME JURÍDICO ÚNICO
LEI Nº 8.112, 
DE 11 DE DEZEMBRO DE 1990
Dispõe sobre o regime jurídico dos servidores públicos civis 
da União, das autarquias e das fundações públicas federais.
	` DOU, 12.12.1990.
	` Republicado no DOU, 18.03.1998.
	` Publicação consolidada determinada pelo art. 13, Lei 9.527/1997.
	` Lei 9.962/2000 (Disciplina o regime de emprego público do pes-
soal da Administração federal direta, autárquica e fundacional).
	` art. 12, Lei 12.813/2013 (Dispõe sobre o conflito de interesses 
no exercício de cargo ou emprego do Poder Executivo federal 
e impedimentos posteriores ao exercício do cargo ou emprego).
	` Lei 12.855/2013 (Institui a indenização devida a ocupante de cargo 
efetivo das Carreiras e Planos Especiais de Cargos que especifica, 
em exercício nas unidades situadas em localidades estratégicas 
vinculadas à prevenção, controle, fiscalização e repressão dos 
delitos transfronteiriços).
	` Dec. 6.833/2009 (Institui o Subsistema Integrado de Atenção à 
Saúde do Servidor Público Federal - SIASS e o Comitê Gestor de 
Atenção à Saúde do Servidor).
	` Dec. Leg. 206/2010, (Aprova, com ressalvas, os textos da Conven-
ção 151 e da Recomendação 159, da Organização Internacional 
do Trabalho, ambas de 1978, sobre as relações de trabalho na 
Administração Pública).
	` Dec. 8.690/2016 (Dispõe sobre a gestão das consignações em 
folha de pagamento no âmbito do sistema de gestão de pessoas 
do Poder Executivo federal.)
	` Dec. 8.737/2016 (Institui o Programa de Prorrogação da Licença-
-Paternidade).
	` Dec. 9.991/2019 ( Dispõe sobre a Política Nacional de Desen-
volvimento de Pessoas da administração pública federal direta, 
autárquica e fundacional, e regulamenta dispositivos da Lei nº 
8.112, de 11 de dezembro de 1990, quanto a licenças e afastamentos 
para ações de desenvolvimento).
O Presidente da República. Faço saber que o 
Congresso Nacional decreta e eu sanciono a 
seguinte Lei:
TÍTULO I 
CAPÍTULO ÚNICO 
DAS DISPOSIÇÕES 
PRELIMINARES 
Art. 1º Esta Lei institui o Regime Jurídico dos 
Servidores Públicos Civis da União,das autar‑
quias, inclusive as em regime especial, e das 
fundações públicas federais.
	` Lei 11.440/2006 (Institui o regime jurídico dos servidores do 
serviço exterior brasileiro).
Art. 2º Para os efeitos desta lei, servidor é a 
pessoa legalmente investida em cargo público.
	` Lei 9.962/2000 (Disciplina o regime de emprego público do pessoal 
da Administração Federal direta, autárquica e fundacional).
Art. 3º Cargo público é o conjunto de atribui‑
ções e responsabilidades previstas na estrutura 
organizacional que devem ser cometidas a 
um servidor. 
Parágrafo único. Os cargos públicos, aces‑
síveis a todos os brasileiros, são criados por 
lei, com denominação própria e vencimento 
pago pelos cofres públicos, para provimento 
em caráter efetivo ou em comissão. 
Art. 4º É proibida a prestação de serviços gra‑
tuitos, salvo os casos previstos em lei. 
TÍTULO II 
DO PROVIMENTO, VACÂNCIA, 
REMOÇÃO, REDISTRIBUIÇÃO E 
SUBSTITUIÇÃO 
CAPÍTULO I 
DO PROVIMENTO 
SEÇÃO I 
DISPOSIÇÕES GERAIS
Art. 5º São requisitos básicos para investidura 
em cargo público: 
I ‑ a nacionalidade brasileira; 
II ‑ o gozo dos direitos políticos; 
III ‑ a quitação com as obrigações militares e 
eleitorais; 
IV ‑ o nível de escolaridade exigido para o 
exercício do cargo; 
V ‑ a idade mínima de dezoito anos; 
VI ‑ aptidão física e mental. 
§ 1º As atribuições do cargo podem justificar 
a exigência de outros requisitos estabelecidos 
em lei. 
§ 2º Às pessoas portadoras de deficiência é as‑
segurado o direito de se inscrever em concurso 
público para provimento de cargo cujas atri‑
buições sejam compatíveis com a deficiência 
de que são portadoras; para tais pessoas serão 
reservadas até 20% (vinte por cento) das vagas 
oferecidas no concurso. 
	` Súm. 377, STJ.
§ 3º As universidades e instituições de pesqui‑
sa científica e tecnológica federais poderão 
26LEI Nº 8.112, DE 11 DE DEZEMBRO DE 1990
prover seus cargos com professores, técnicos 
e cientistas estrangeiros, de acordo com as 
normas e os procedimentos desta lei. 
Art. 6º O provimento dos cargos públicos 
far‑se‑á mediante ato da autoridade compe‑
tente de cada Poder. 
Art. 7º A investidura em cargo público ocorrerá 
com a posse. 
Art. 8º São formas de provimento de cargo 
público: 
I ‑ nomeação; 
II ‑ promoção; 
III e IV ‑ (Revogados pela Lei 9.527/1997.)
V ‑ readaptação; 
VI ‑ reversão; 
VII ‑ aproveitamento; 
VIII ‑ reintegração; 
IX ‑ recondução.
SEÇÃO II 
DA NOMEAÇÃO 
Art. 9º A nomeação far‑se‑á: 
I ‑ em caráter efetivo, quando se tratar de cargo 
isolado de provimento efetivo ou de carreira; 
II ‑ em comissão, inclusive na condição de 
interino, para cargos de confiança vagos. 
Parágrafo único. O servidor ocupante de 
cargo em comissão ou de natureza especial 
poderá ser nomeado para ter exercício, inte‑
rinamente, em outro cargo de confiança, sem 
prejuízo das atribuições do que atualmente 
ocupa, hipótese em que deverá optar pela 
remuneração de um deles durante o período 
da interinidade. 
Art. 10. A nomeação para cargo de carreira ou 
cargo isolado de provimento efetivo depende 
de prévia habilitação em concurso público de 
provas ou de provas e títulos, obedecidos a or‑
dem de classificação e o prazo de sua validade. 
Parágrafo único. Os demais requisitos para o 
ingresso e o desenvolvimento do servidor na 
carreira, mediante promoção, serão estabele‑
cidos pela lei que fixar as diretrizes do sistema 
de carreira na Administração Pública Federal e 
seus regulamentos. 
SEÇÃO III 
DO CONCURSO PÚBLICO 
Art. 11. O concurso será de provas ou de 
provas e títulos, podendo ser realizado em 
duas etapas, conforme dispuserem a lei e o 
regulamento do respectivo plano de carrei‑
ra, condicionada a inscrição do candidato ao 
pagamento do valor fixado no edital, quando 
indispensável ao seu custeio, e ressalvadas 
as hipóteses de isenção nele expressamente 
previstas. 
	` Dec. 6.593/2008 (Regulamenta este artigo quanto à isenção de 
pagamento de taxa de inscrição em concursos públicos realizados 
no âmbito do Poder Executivo Federal).
Art. 12. O concurso público terá validade de 
até 2 (dois) anos, podendo ser prorrogado uma 
única vez, por igual período.
§ 1º O prazo de validade do concurso e as 
condições de sua realização serão fixados em 
edital, que será publicado no Diário Oficial da 
União e em jornal diário de grande circulação. 
§ 2º Não se abrirá novo concurso enquanto 
houver candidato aprovado em concurso an‑
terior com prazo de validade não expirado. 
SEÇÃO IV 
DA POSSE E DO EXERCÍCIO
Art. 13. A posse dar‑se‑á pela assinatura do 
respectivo termo, no qual deverão constar as 
atribuições, os deveres, as responsabilidades 
e os direitos inerentes ao cargo ocupado, que 
não poderão ser alterados unilateralmente, 
por qualquer das partes, ressalvados os atos 
de ofício previstos em lei. 
§ 1º A posse ocorrerá no prazo de trinta dias 
contados da publicação do ato de provimento. 
§ 2º Em se tratando de servidor, que esteja na 
data de publicação do ato de provimento, em 
licença prevista nos incisos I, III e V do art. 81, ou 
afastado nas hipóteses dos incisos I, IV, VI, VIII, 
alíneas a, b, d, e e f, IX e X do art. 102, o prazo 
será contado do término do impedimento. 
§ 3º A posse poderá dar‑se mediante procu‑
ração específica. 
§ 4º Só haverá posse nos casos de provimento 
de cargo por nomeação. 
§ 5º No ato da posse, o servidor apresentará 
declaração de bens e valores que constituem 
27 LEI Nº 8.112, DE 11 DE DEZEMBRO DE 1990
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seu patrimônio e declaração quanto ao exercí‑
cio ou não de outro cargo, emprego ou função 
pública. 
	` art. 13, Lei 8.429/1992 (Lei da Improbidade Administrativa).
	` Lei 8.730/1993 (Estabelece a obrigatoriedade da declaração de 
bens e rendas para o exercício de cargos, empregos e funções nos 
Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário).
§ 6º Será tornado sem efeito o ato de provimen‑
to se a posse não ocorrer no prazo previsto no 
§ 1º deste artigo. 
Art. 14. A posse em cargo público dependerá 
de prévia inspeção médica oficial. 
Parágrafo único. Só poderá ser empossado 
aquele que for julgado apto física e mental‑
mente para o exercício do cargo. 
Art. 15. Exercício é o efetivo desempenho das 
atribuições do cargo público ou da função de 
confiança. 
§ 1º É de quinze dias o prazo para o servidor 
empossado em cargo público entrar em exer‑
cício, contados da data da posse. 
§ 2º O servidor será exonerado do cargo ou será 
tornado sem efeito o ato de sua designação 
para função de confiança, se não entrar em 
exercício nos prazos previstos neste artigo, 
observado o disposto no art. 18. 
§ 3º À autoridade competente do órgão ou 
entidade para onde for nomeado ou designado 
o servidor compete dar‑lhe exercício. 
§ 4º O início do exercício de função de confian‑
ça coincidirá com a data de publicação do ato 
de designação, salvo quando o servidor estiver 
em licença ou afastado por qualquer outro mo‑
tivo legal, hipótese em que recairá no primeiro 
dia útil após o término do impedimento, que 
não poderá exceder a trinta dias da publicação. 
Art. 16. O início, a suspensão, a interrupção 
e o reinício do exercício serão registrados no 
assentamento individual do servidor. 
Parágrafo único. Ao entrar em exercício, o 
servidor apresentará ao órgão competente os 
elementos necessários ao seu assentamento 
individual. 
Art. 17. A promoção não interrompe o tempo 
de exercício, que é contado no novo posi‑
cionamento na carreira a partir da data de 
publicação do ato que promover o servidor. 
Art. 18. O servidor que deva ter exercício em 
outro município em razão de ter sido removi‑
do, redistribuído, requisitado, cedido ou posto 
em exercício provisório terá, no mínimo, dez 
e, no máximo, trinta dias de prazo, contados 
da publicação do ato, para a retomada do 
efetivo desempenho das atribuições do cargo, 
incluído nesse prazo o tempo necessário para 
o deslocamento para a nova sede. 
§ 1º Na hipótese de o servidor encontrar‑se em 
licença ou afastado legalmente,o prazo a que 
se refere este artigo será contado a partir do 
término do impedimento. (Parágrafo renume‑
rado e alterado pela Lei 9.527/1997.)
§ 2º É facultado ao servidor declinar dos prazos 
estabelecidos no caput. 
Art. 19. Os servidores cumprirão jornada de 
trabalho fixada em razão das atribuições per‑
tinentes aos respectivos cargos, respeitada 
a duração máxima do trabalho semanal de 
quarenta horas e observados os limites mínimo 
e máximo de seis horas e oito horas diárias, 
respectivamente. 
	` Dec. 1.590/1995 (Dispõe sobre a jornada de trabalho dos servidores 
da Administração Pública Federal direta, das autarquias e das 
fundações públicas federais).
§ 1º O ocupante de cargo em comissão ou 
função de confiança submete‑se a regime de 
integral dedicação ao serviço, observado o 
disposto no art. 120, podendo ser convocado 
sempre que houver interesse da Administração. 
§ 2º O disposto neste artigo não se aplica 
a duração de trabalho estabelecida em leis 
especiais. 
Art. 20. Ao entrar em exercício, o servidor 
nomeado para cargo de provimento efetivo 
ficará sujeito a estágio probatório por perí‑
odo de 24 (vinte e quatro) meses, durante o 
qual a sua aptidão e capacidade serão objeto 
de avaliação para o desempenho do cargo, 
observados os seguinte fatores: 
	` EC 19/1998.
I ‑ assiduidade; 
II ‑ disciplina; 
III ‑ capacidade de iniciativa; 
IV ‑ produtividade; 
V ‑ responsabilidade. 
§ 1º 4 (quatro) meses antes de findo o perí‑
odo do estágio probatório, será submetida 
à homologação da autoridade competente 
a avaliação do desempenho do servidor, re‑
alizada por comissão constituída para essa 
finalidade, de acordo com o que dispuser a 
lei ou o regulamento da respectiva carreira 
ou cargo, sem prejuízo da continuidade de 
apuração dos fatores enumerados nos incisos 
I a V do caput deste artigo. 
28LEI Nº 8.112, DE 11 DE DEZEMBRO DE 1990
§ 2º O servidor não aprovado no estágio 
probatório será exonerado ou, se estável, re‑
conduzido ao cargo anteriormente ocupado, 
observado o disposto no parágrafo único do 
art. 29. 
§ 3º O servidor em estágio probatório pode‑
rá exercer quaisquer cargos de provimento 
em comissão ou funções de direção, chefia 
ou assessoramento no órgão ou entidade 
de lotação, e somente poderá ser cedido a 
outro órgão ou entidade para ocupar cargos 
de Natureza Especial, cargos de provimento 
em comissão do Grupo‑Direção e Assessora‑
mento Superiores ‑ DAS, de níveis 6, 5 e 4, ou 
equivalentes. 
§ 4º Ao servidor em estágio probatório so‑
mente poderão ser concedidas as licenças e 
os afastamentos previstos nos arts. 81, incisos 
I a IV, 94, 95 e 96, bem assim afastamento para 
participar de curso de formação decorrente de 
aprovação em concurso para outro cargo na 
Administração Pública Federal. 
§ 5º O estágio probatório ficará suspenso 
durante as licenças e os afastamentos previstos 
nos arts. 83, 84, § 1º, 86 e 96, bem assim na 
hipótese de participação em curso de forma‑
ção, e será retomado a partir do término do 
impedimento. 
SEÇÃO V 
DA ESTABILIDADE 
Art. 21. O servidor habilitado em concurso 
público e empossado em cargo de provimen‑
to efetivo adquirirá estabilidade no serviço 
público ao completar 2 (dois) anos de efetivo 
exercício. 
	` art. 41, CF.
	` arts. 19 a 21, ADCT.
	` Súm. 390, TST.
Art. 22. O servidor estável só perderá o cargo 
em virtude de sentença judicial transitada em 
julgado ou de processo administrativo discipli‑
nar no qual lhe seja assegurada ampla defesa. 
SEÇÃO VI 
DA TRANSFERÊNCIA
Art. 23. (Revogado pela Lei 9.527/1997.)
SEÇÃO VII 
DA READAPTAÇÃO 
Art. 24. Readaptação é a investidura do 
servidor em cargo de atribuições e responsabi‑
lidades compatíveis com a limitação que tenha 
sofrido em sua capacidade física ou mental 
verificada em inspeção médica. 
§ 1º Se julgado incapaz para o serviço público, 
o readaptando será aposentado. 
§ 2º A readaptação será efetivada em cargo 
de atribuições afins, respeitada a habilitação 
exigida, nível de escolaridade e equivalência 
de vencimentos e, na hipótese de inexistência 
de cargo vago, o servidor exercerá suas atribui‑
ções como excedente, até a ocorrência de vaga. 
SEÇÃO VIII 
DA REVERSÃO
	` Dec. 3.644/2000 (Regulamento).
Art. 25. Reversão é o retorno à atividade de 
servidor aposentado: 
I ‑ por invalidez, quando junta médica oficial 
declarar insubsistentes os motivos da aposen‑
tadoria; ou 
II ‑ no interesse da administração, desde que: 
a) tenha solicitado a reversão; 
b) a aposentadoria tenha sido voluntária; 
c) estável quando na atividade; 
d) a aposentadoria tenha ocorrido nos cinco 
anos anteriores à solicitação; 
e) haja cargo vago. 
§ 1º A reversão far‑se‑á no mesmo cargo ou 
no cargo resultante de sua transformação. 
§ 2º O tempo em que o servidor estiver em 
exercício será considerado para concessão da 
aposentadoria. 
§ 3º No caso do inciso I, encontrando‑se provi‑
do o cargo, o servidor exercerá suas atribuições 
como excedente, até a ocorrência de vaga. 
§ 4º O servidor que retornar à atividade por 
interesse da administração perceberá, em 
substituição aos proventos da aposentadoria, 
a remuneração do cargo que voltar a exercer, 
inclusive com as vantagens de natureza pessoal 
que percebia anteriormente à aposentadoria. 
§ 5º O servidor de que trata o inciso II somente 
terá os proventos calculados com base nas 
regras atuais se permanecer pelo menos cinco 
anos no cargo. 
§ 6º O Poder Executivo regulamentará o dis‑
posto neste artigo. 
Art. 26. (Revogado pela Med. Prov. 2.225‑45/2001)
Art. 27. Não poderá reverter o aposentado que 
já tiver completado 70 (setenta) anos de idade. 
29 LEI Nº 8.112, DE 11 DE DEZEMBRO DE 1990
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SEÇÃO IX 
DA REINTEGRAÇÃO 
Art. 28. A reintegração é a reinvestidura do ser‑
vidor estável no cargo anteriormente ocupado, 
ou no cargo resultante de sua transformação, 
quando invalidada a sua demissão por decisão 
administrativa ou judicial, com ressarcimento 
de todas as vantagens. 
	` Súm. 173, STJ.
§ 1º Na hipótese de o cargo ter sido extinto, o 
servidor ficará em disponibilidade, observado 
o disposto nos arts. 30 e 31. 
	` art. 41, § 3º, CF.
§ 2º Encontrando‑se provido o cargo, o seu 
eventual ocupante será reconduzido ao car‑
go de origem, sem direito à indenização ou 
aproveitado em outro cargo, ou, ainda, posto 
em disponibilidade. 
	` art. 41, § 3º, CF.
SEÇÃO X 
DA RECONDUÇÃO
Art. 29. Recondução é o retorno do servidor 
estável ao cargo anteriormente ocupado e 
decorrerá de: 
I ‑ inabilitação em estágio probatório relativo 
a outro cargo; 
II ‑ reintegração do anterior ocupante. 
Parágrafo único. Encontrando‑se provido o 
cargo de origem, o servidor será aproveitado 
em outro, observado o disposto no art. 30. 
SEÇÃO XI 
DA DISPONIBILIDADE E DO 
APROVEITAMENTO
Art. 30. O retorno à atividade de servidor em 
disponibilidade far‑se‑á mediante aproveita‑
mento obrigatório em cargo de atribuições e 
vencimentos compatíveis com o anteriormente 
ocupado. 
Art. 31. O órgão central do Sistema de Pessoal 
Civil determinará o imediato aproveitamento 
de servidor em disponibilidade em vaga que 
vier a ocorrer nos órgãos ou entidades da Ad‑
ministração Pública Federal. 
	` Dec. 3.151/1999 (Disciplina a prática dos atos de extinção e de 
declaração de desnecessidade de cargos públicos, bem assim 
a dos atos de colocação em disponibilidade remunerada e de 
aproveitamento de servidores públicos em decorrência da extinção 
ou da reorganização de órgãos ou entidades da Administração 
Pública Federal direta, autárquica e fundacional).
Parágrafo único. Na hipótese prevista no § 3º 
do art. 37, o servidor posto em disponibilidade 
poderá ser mantido sob responsabilidade do 
órgão central do Sistema de Pessoal Civil da Ad‑
ministração Federal ‑ SIPEC, até o seu adequado 
aproveitamento em outro órgão ou entidade. 
(Parágrafo incluído pela Lei 9.527/1997.)
Art. 32. Será tornado sem efeito o aproveita‑
mento e cassada a disponibilidade se o servidor 
não entrar em exercíciono prazo legal, salvo 
doença comprovada por junta médica oficial. 
CAPÍTULO II 
DA VACÂNCIA 
Art. 33. A vacância do cargo público decor‑
rerá de: 
I ‑ exoneração; 
II ‑ demissão; 
III ‑ promoção; 
IV e V ‑ (Revogados pela Lei 9.527/1997.)
VI ‑ readaptação; 
VII ‑ aposentadoria; 
VIII ‑ posse em outro cargo inacumulável; 
IX ‑ falecimento. 
Art. 34. A exoneração de cargo efetivo dar‑se‑á 
a pedido do servidor, ou de ofício.
	` Súm. 21, STF.
Parágrafo único. A exoneração de ofício 
dar‑se‑á: 
I ‑ quando não satisfeitas as condições do es‑
tágio probatório; 
II ‑ quando, tendo tomado posse, o servidor 
não entrar em exercício no prazo estabelecido. 
Art. 35. A exoneração de cargo em comissão 
e a dispensa de função de confiança dar‑se‑á: 
I ‑ a juízo da autoridade competente; 
II ‑ a pedido do próprio servidor. 
Parágrafo único. (Revogado pela Lei 9.527/1997.)
CAPÍTULO III 
DA REMOÇÃO E DA 
REDISTRIBUIÇÃO 
SEÇÃO I 
DA REMOÇÃO 
Art. 36. Remoção é o deslocamento do servi‑
dor, a pedido ou de ofício, no âmbito do mesmo 
quadro, com ou sem mudança de sede. 
30LEI Nº 8.112, DE 11 DE DEZEMBRO DE 1990
	` art. 20, Lei 11.416/2006 (Dispõe sobre as carreiras dos servidores 
do Poder Judiciário da União).
Parágrafo único. Para fins do disposto neste 
artigo, entende‑se por modalidades de re‑
moção: 
I ‑ de ofício, no interesse da Administração; 
II ‑ a pedido, a critério da Administração; 
III ‑ a pedido, para outra localidade, inde‑
pendentemente do interesse da Administração: 
a) para acompanhar cônjuge ou companheiro, 
também servidor público civil ou militar, de 
qualquer dos Poderes da União, dos Estados, 
do Distrito Federal e dos Municípios, que foi 
deslocado no interesse da Administração; 
	` art. 142, § 3º, CF.
b) por motivo de saúde do servidor, cônjuge, 
companheiro ou dependente que viva às su‑
as expensas e conste do seu assentamento 
funcional, condicionada à comprovação por 
junta médica oficial; 
c) em virtude de processo seletivo promovido, 
na hipótese em que o número de interessados 
for superior ao número de vagas, de acordo 
com normas preestabelecidas pelo órgão ou 
entidade em que aqueles estejam lotados. 
SEÇÃO II 
DA REDISTRIBUIÇÃO 
Art. 37. Redistribuição é o deslocamento de 
cargo de provimento efetivo, ocupado ou vago 
no âmbito do quadro geral de pessoal, para 
outro órgão ou entidade do mesmo Poder, com 
prévia apreciação do órgão central do SIPEC, 
observados os seguintes preceitos: 
I ‑ interesse da administração; 
II ‑ equivalência de vencimentos; 
III ‑ manutenção da essência das atribuições 
do cargo; 
IV ‑ vinculação entre os graus de responsabi‑
lidade e complexidade das atividades; 
V ‑ mesmo nível de escolaridade, especialidade 
ou habilitação profissional; 
VI ‑ compatibilidade entre as atribuições do 
cargo e as finalidades institucionais do órgão 
ou entidade. 
	` Dec. 3.151/1999 (Disciplina a prática dos atos de extinção e de 
declaração de desnecessidade de cargos públicos, bem assim 
a dos atos de colocação em disponibilidade remunerada e de 
aproveitamento de servidores públicos em decorrência da extinção 
ou da reorganização de órgãos ou entidades da Administração 
Pública Federal direta, autárquica e fundacional).
§ 1º A redistribuição ocorrerá ex officio para 
ajustamento de lotação e da força de trabalho 
às necessidades dos serviços, inclusive nos 
casos de reorganização, extinção ou criação 
de órgão ou entidade. 
§ 2º A redistribuição de cargos efetivos vagos 
se dará mediante ato conjunto entre o órgão 
central do SIPEC e os órgãos e entidades da 
Administração Pública Federal envolvidos. 
§ 3º Nos casos de reorganização ou extinção 
de órgão ou entidade, extinto o cargo ou 
declarada sua desnecessidade no órgão ou 
entidade, o servidor estável que não for re‑
distribuído será colocado em disponibilidade, 
até seu aproveitamento na forma dos arts. 30 
e 31. (Parágrafo renumerado e alterado pela Lei 
9.527/1997.)
§ 4º O servidor que não for redistribuído ou 
colocado em disponibilidade poderá ser man‑
tido sob responsabilidade do órgão central 
do SIPEC, e ter exercício provisório, em outro 
órgão ou entidade, até seu adequado apro‑
veitamento. 
CAPÍTULO IV 
DA SUBSTITUIÇÃO 
Art. 38. Os servidores investidos em cargo ou 
função de direção ou chefia e os ocupantes de 
cargo de Natureza Especial terão substitutos 
indicados no regimento interno ou, no caso 
de omissão, previamente designados pelo 
dirigente máximo do órgão ou entidade. 
§ 1º O substituto assumirá automática e cumu‑
lativamente, sem prejuízo do cargo que ocupa, 
o exercício do cargo ou função de direção ou 
chefia e os de Natureza Especial, nos afasta‑
mentos, impedimentos legais ou regulamenta‑
res do titular e na vacância do cargo, hipóteses 
em que deverá optar pela remuneração de um 
deles durante o respectivo período. 
§ 2º O substituto fará jus à retribuição pelo exer‑
cício do cargo ou função de direção ou chefia 
ou de cargo de Natureza Especial, nos casos dos 
afastamentos ou impedimentos legais do titu‑
lar, superiores a trinta dias consecutivos, paga 
na proporção dos dias de efetiva substituição, 
que excederem o referido período. 
Art. 39. O disposto no artigo anterior aplica‑se 
aos titulares de unidades administrativas orga‑
nizadas em nível de assessoria. 
TÍTULO III 
DOS DIREITOS E VANTAGENS 
CAPÍTULO I 
DO VENCIMENTO E DA 
REMUNERAÇÃO 
Art. 40. Vencimento é a retribuição pecuniária 
pelo exercício de cargo público, com valor 
fixado em lei.
	` Súm. 378, STJ.
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Parágrafo único. (Revogado pela Lei 11.784/ 
2008.)
Art. 41. Remuneração é o vencimento do cargo 
efetivo, acrescido das vantagens pecuniárias 
permanentes estabelecidas em lei.
	` Súm. Vinc. 4, STF.
	` Súm. 339, 680, 681 e 682, STF.
§ 1º A remuneração do servidor investido em 
função ou cargo em comissão será paga na 
forma prevista no art. 62. 
§ 2º O servidor investido em cargo em comis‑
são de órgão ou entidade diversa da de sua 
lotação receberá a remuneração de acordo 
com o estabelecido no § 1º do art. 93. 
§ 3º O vencimento do cargo efetivo, acresci‑
do das vantagens de caráter permanente, é 
irredutível. 
§ 4º É assegurada a isonomia de vencimentos 
para cargos de atribuições iguais ou asseme‑
lhadas do mesmo Poder, ou entre servidores 
dos três Poderes, ressalvadas as vantagens de 
caráter individual e as relativas à natureza ou 
ao local de trabalho. 
	` art. 37, XIII, CF.
§ 5º Nenhum servidor receberá remuneração 
inferior ao salário‑mínimo. 
	` Súm. Vinc. 6, 15 e 16, STF.
	` Súm. 378, STJ.
Art. 42. Nenhum servidor poderá perceber, 
mensalmente, a título de remuneração, impor‑
tância superior à soma dos valores percebidos 
como remuneração, em espécie, a qualquer 
título, no âmbito dos respectivos Poderes, 
pelos Ministros de Estado, por membros do 
Congresso Nacional e Ministros do Supremo 
Tribunal Federal. 
	` art. 37, XI, CF.
Parágrafo único. Excluem‑se do teto de re‑
muneração as vantagens previstas nos incisos 
II a VII do art. 61. 
Art. 43. (Revogado pela Lei 9.624/1998.) 
Art. 44. O servidor perderá: 
I ‑ a remuneração do dia em que faltar ao ser‑
viço, sem motivo justificado; 
	` art. 4º, §§ 4º e 5º, do Dec. 7.003/2009 (Regulamenta a licença 
para tratamento de saúde do servidor da Administração Federal 
direta, autárquica e fundacional e os casos em que poderá ser 
dispensada a perícia oficial).
II ‑ a parcela de remuneração diária, pro‑
porcional aos atrasos, ausências justificadas, 
ressalvadas as concessões de que trata o art. 
97, e saídas antecipadas, salvo na hipótese de 
compensação de horário, até o mês subse‑
quente ao da ocorrência, a ser estabelecida 
pela chefia imediata. 
Parágrafo único. As faltas justificadas de‑
correntes de caso fortuito ou de força maior 
poderão ser compensadas a critério da chefia 
imediata, sendo assim consideradas como 
efetivo exercício. 
Art. 45. Salvo por imposição legal, ou manda‑
do judicial, nenhum desconto incidirá sobrea 
remuneração ou provento. 
	` Dec. 8.690/2016 (Dispõe sobre a gestão das consignações em 
folha de pagamento no âmbito do sistema de gestão de pessoas 
do Poder Executivo federal).
§ 1º Mediante autorização do servidor, poderá 
haver consignação em folha de pagamento em 
favor de terceiros, a critério da administração 
e com reposição de custos, na forma definida 
em regulamento. 
§ 2º O total de consignações facultativas de 
que trata o § 1º não excederá a 35% (trinta 
e cinco por cento) da remuneração mensal, 
sendo 5% (cinco por cento) reservados exclu‑
sivamente para: 
	` Lei 14.131/2021, art. 2º
I ‑ a amortização de despesas contraídas por 
meio de cartão de crédito; ou 
II ‑ a utilização com a finalidade de saque por 
meio do cartão de crédito. 
Art. 46. As reposições e indenizações ao erá‑
rio, atualizadas até 30 de junho de 1994, serão 
previamente comunicadas ao servidor ativo, 
aposentado ou ao pensionista, para pagamen‑
to, no prazo máximo de trinta dias, podendo 
ser parceladas, a pedido do interessado. 
	` Res. CJF 68/2009 (Dispõe sobre o processo administrativo relativo 
à devolução de valores indevidamente recebidos, bem como ao 
ressarcimento de danos causados ao erário por juiz ou servidor 
da Justiça Federal de primeiro e segundo graus e por servidor do 
Conselho da Justiça Federal).
§ 1º O valor de cada parcela não poderá ser 
inferior ao correspondente a dez por cento da 
remuneração, provento ou pensão. 
§ 2º Quando o pagamento indevido houver 
ocorrido no mês anterior ao do processamento 
da folha, a reposição será feita imediatamente, 
em uma única parcela. 
§ 3º Na hipótese de valores recebidos em de‑
corrência de cumprimento a decisão liminar, a 
tutela antecipada ou a sentença que venha a ser 
revogada ou rescindida, serão eles atualizados 
até a data da reposição. 
Art. 47. O servidor em débito com o erário, 
que for demitido, exonerado ou que tiver sua 
aposentadoria ou disponibilidade cassada, terá 
o prazo de sessenta dias para quitar o débito. 
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Parágrafo único. A não quitação do débito 
no prazo previsto implicará sua inscrição em 
dívida ativa. 
Art. 48. O vencimento, a remuneração e o pro‑
vento não serão objeto de arresto, sequestro 
ou penhora, exceto nos casos de prestação de 
alimentos resultante de decisão judicial. 
	` Súm. 97, STJ.
CAPÍTULO II 
DAS VANTAGENS 
Art. 49. Além do vencimento, poderão ser 
pagas ao servidor as seguintes vantagens: 
I ‑ indenizações; 
II ‑ gratificações; 
III ‑ adicionais. 
§ 1º As indenizações não se incorporam ao 
vencimento ou provento para qualquer efeito. 
§ 2º As gratificações e os adicionais incorpo‑
ram‑se ao vencimento ou provento, nos casos 
e condições indicados em lei. 
Art. 50. As vantagens pecuniárias não serão 
computadas, nem acumuladas, para efeito de 
concessão de quaisquer outros acréscimos 
pecuniários ulteriores, sob o mesmo título ou 
idêntico fundamento. 
	` art. 37, XIV, CF.
SEÇÃO I 
DAS INDENIZAÇÕES
Art. 51. Constituem indenizações ao servidor: 
I ‑ ajuda de custo; 
II ‑ diárias; 
III ‑ transporte. 
IV ‑ auxílio‑moradia. 
Art. 52. Os valores das indenizações esta‑
belecidas nos incisos I a III do art. 51, assim 
como as condições para a sua concessão, serão 
estabelecidos em regulamento. 
	` Dec. 3.184/1999 (Regulamenta este artigo).
SUBSEÇÃO I 
DA AJUDA DE CUSTO 
	` Dec. 4.004/2001 (Dispõe sobre a concessão de ajuda de custo e de 
transporte aos servidores públicos civis da União, das autarquias 
e das fundações públicas federais).
Art. 53. A ajuda de custo destina‑se a compen‑
sar as despesas de instalação do servidor que, 
no interesse do serviço, passar a ter exercício 
em nova sede, com mudança de domicílio 
em caráter permanente, vedado o duplo pa‑
gamento de indenização, a qualquer tempo, 
no caso de o cônjuge ou companheiro que 
detenha também a condição de servidor, vier 
a ter exercício na mesma sede. 
§ 1º Correm por conta da administração as 
despesas de transporte do servidor e de sua 
família, compreendendo passagem, bagagem 
e bens pessoais. 
§ 2º À família do servidor que falecer na nova 
sede são assegurados ajuda de custo e trans‑
porte para a localidade de origem, dentro do 
prazo de 1 (um) ano, contado do óbito.
§ 3º Não será concedida ajuda de custo nas 
hipóteses de remoção previstas nos incisos II 
e III do parágrafo único do art. 36. 
Art. 54. A ajuda de custo é calculada sobre a 
remuneração do servidor, conforme se dispu‑
ser em regulamento, não podendo exceder a 
importância correspondente a 3 (três) meses. 
Art. 55. Não será concedida ajuda de custo 
ao servidor que se afastar do cargo, ou reassu‑
mi‑lo, em virtude de mandato eletivo. 
Art. 56. Será concedida ajuda de custo àquele 
que, não sendo servidor da União, for nome‑
ado para cargo em comissão, com mudança 
de domicílio. 
Parágrafo único. No afastamento previsto no 
inciso I do art. 93, a ajuda de custo será paga 
pelo órgão cessionário, quando cabível. 
Art. 57. O servidor ficará obrigado a restituir 
a ajuda de custo quando, injustificadamente, 
não se apresentar na nova sede no prazo de 
30 (trinta) dias. 
SUBSEÇÃO II 
DAS DIÁRIAS 
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Art. 58. O servidor que, a serviço, afastar‑se 
da sede em caráter eventual ou transitório 
para outro ponto do território nacional ou 
para o exterior, fará jus a passagens e diárias 
destinadas a indenizar as parcelas de despesas 
extraordinárias com pousada, alimentação 
e locomoção urbana, conforme dispuser em 
regulamento. 
§ 1º A diária será concedida por dia de afasta‑
mento, sendo devida pela metade quando o 
deslocamento não exigir pernoite fora da sede, 
ou quando a União custear, por meio diverso, as 
despesas extraordinárias cobertas por diárias. 
§ 2º Nos casos em que o deslocamento da sede 
constituir exigência permanente do cargo, o 
servidor não fará jus a diárias. 
§ 3º Também não fará jus a diárias o servidor 
que se deslocar dentro da mesma região metro‑
politana, aglomeração urbana ou microrregião, 
constituídas por municípios limítrofes e regu‑
larmente instituídas, ou em áreas de controle 
integrado mantidas com países limítrofes, cuja 
jurisdição e competência dos órgãos, entidades 
e servidores brasileiros considera‑se estendida, 
salvo se houver pernoite fora da sede, hipó‑
teses em que as diárias pagas serão sempre 
as fixadas para os afastamentos dentro do 
território nacional. 
Art. 59. O servidor que receber diárias e não 
se afastar da sede, por qualquer motivo, fica 
obrigado a restituí‑las integralmente, no prazo 
de 5 (cinco) dias. 
Parágrafo único. Na hipótese de o servidor 
retornar à sede em prazo menor do que o 
previsto para o seu afastamento, restituirá as 
diárias recebidas em excesso, no prazo previsto 
no caput. 
SUBSEÇÃO III 
DA INDENIZAÇÃO DE TRANSPORTE 
Art. 60. Conceder‑se‑á indenização de trans‑
porte ao servidor que realizar despesas com a 
utilização de meio próprio de locomoção para 
a execução de serviços externos, por força das 
atribuições próprias do cargo, conforme se 
dispuser em regulamento. 
	` Dec. 3.184/1999 (Regulamenta este artigo).
SUBSEÇÃO IV 
DO AUXÍLIO‑MORADIA
	` Incluído pela Lei 11.355/2006.
Art. 60‑A. O auxílio‑moradia consiste no res‑
sarcimento das despesas compro va damente 
realizadas pelo servidor com aluguel de mora‑
dia ou com meio de hospedagem administrado 
por empresa hoteleira, no prazo de um mês 
após a comprovação da despesa pelo servidor. 
Art. 60‑B. Conceder‑se‑á auxílio‑moradia ao 
servidor se atendidos os seguintes requisitos: 
I ‑ não exista imóvel funcional disponível para 
uso pelo servidor; 
II ‑ o cônjuge ou companheiro do servidor não 
ocupe imóvel funcional; 
III ‑ o servidor ou seu cônjuge ou companheiro 
não seja ou tenha sido proprietário, promitente 
comprador, cessionário ou promitente cessio‑
nário de imóvel no Município aonde for exercer 
o cargo, incluída a hipótese de lote edificado 
sem averbação de construção, nos dozemeses 
que antecederem a sua nomeação; 
IV ‑ nenhuma outra pessoa que resida com o 
servidor receba auxílio‑moradia; 
V ‑ o servidor tenha se mudado do local de 
residência para ocupar cargo em comissão 
ou função de confiança do Grupo‑Direção e 
Assessoramento Superiores ‑ DAS, níveis 4, 5 e 
6, de Natureza Especial, de Ministro de Estado 
ou equivalentes; 
VI ‑ o Município no qual assuma o cargo em 
comissão ou função de confiança não se enqua‑
dre nas hipóteses do art. 58, § 3º, em relação 
ao local de residência ou domicílio do servidor; 
VII ‑ o servidor não tenha sido domiciliado ou 
tenha residido no Município, nos últimos doze 
meses, aonde for exercer o cargo em comissão 
ou função de confiança, desconsiderando‑se 
prazo inferior a sessenta dias dentro desse 
período; e 
VIII ‑ o deslocamento não tenha sido por força 
de alteração de lotação ou nomeação para 
cargo efetivo. 
IX ‑ o deslocamento tenha ocorrido após 30 
de junho de 2006. 
Parágrafo único. Para fins do inciso VII, não 
será considerado o prazo no qual o servidor 
estava ocupando outro cargo em comissão 
relacionado no inciso V. 
Art. 60‑C. (Revogado pela Lei 12.998/2014.)
Art. 60‑D. O valor mensal do auxílio‑moradia 
é limitado a 25% (vinte e cinco por cento) do 
valor do cargo em comissão, função comissio‑
nada ou cargo de Ministro de Estado ocupado. 
§ 1º O valor do auxílio‑moradia não poderá 
superar 25% (vinte e cinco por cento) da re‑
muneração de Ministro de Estado. 
§ 2º Independentemente do valor do cargo 
em comissão ou função comissionada, fica 
garantido a todos os que preencherem os 
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requisitos o ressarcimento até o valor de R$ 
1.800,00 (mil e oitocentos reais). 
Art. 60‑E. No caso de falecimento, exoneração, 
colocação de imóvel funcional à disposição do 
servidor ou aquisição de imóvel, o auxílio‑
‑moradia continuará sendo pago por um mês. 
SEÇÃO II 
DAS GRATIFICAÇÕES E ADICIONAIS 
	` art. 39, § 7º, CF.
Art. 61. Além do vencimento e das vantagens 
previstas nesta Lei, serão deferidos aos servi‑
dores as seguintes retribuições, gratificações 
e adicionais: 
	` Súm. Vinc. 4, STF.
I ‑ retribuição pelo exercício de função de di‑
reção, chefia e assessoramento; 
II ‑ gratificação natalina; 
III ‑ (Revogado pela Med. Prov. 2.225‑45/ 2001.)
IV ‑ adicional pelo exercício de atividades in‑
salubres, perigosas ou penosas; 
V ‑ adicional pela prestação de serviço extra‑
ordinário; 
VI ‑ adicional noturno; 
VII ‑ adicional de férias; 
VIII ‑ outros, relativos ao local ou à natureza 
do trabalho;
IX ‑ gratificação por encargo de curso ou con‑
curso. 
SUBSEÇÃO I 
DA RETRIBUIÇÃO PELO EXERCÍCIO DE FUNÇÃO 
DE DIREÇÃO, CHEFIA E ASSESSORAMENTO 
	` Redação dada pela Lei 9.527/1997.
Art. 62. Ao servidor ocupante de cargo efe‑
tivo investido em função de direção, chefia 
ou assessoramento, cargo de provimento em 
comissão ou de Natureza Especial é devida 
retribuição pelo seu exercício. 
Parágrafo único. Lei específica estabelecerá a 
remuneração dos cargos em comissão de que 
trata o inciso II do art. 9º. 
Art. 62‑A. Fica transformada em Vantagem 
Pessoal Nominalmente Identificada ‑ VPNI a 
incorporação da retribuição pelo exercício de 
função de direção, chefia ou assessoramento, 
cargo de provimento em comissão ou de Na‑
tureza Especial a que se referem os arts. 3º e 
10 da Lei n. 8.911, de 11 de julho de 1994, e o 
art. 3º da Lei n. 9.624, de 02 de abril de 1998. 
Parágrafo único. A VPNI de que trata o caput 
deste artigo somente estará sujeita às revisões 
gerais de remuneração dos servidores públicos 
federais. 
SUBSEÇÃO II 
DA GRATIFICAÇÃO NATALINA 
Art. 63. A gratificação natalina corresponde 
a 1/12 (um doze avos) da remuneração a que 
o servidor fizer jus no mês de dezembro, por 
mês de exercício no respectivo ano. 
Parágrafo único. A fração igual ou superior 
a 15 (quinze) dias será considerada como mês 
integral. 
Art. 64. A gratificação será paga até o dia 20 
(vinte) do mês de dezembro de cada ano. 
Parágrafo único. (Vetado.)
Art. 65. O servidor exonerado perceberá sua 
gratificação natalina, proporcionalmente aos 
meses de exercício, calculada sobre a remune‑
ração do mês da exoneração. 
Art. 66. A gratificação natalina não será con‑
siderada para cálculo de qualquer vantagem 
pecuniária. 
SUBSEÇÃO III 
DO ADICIONAL POR TEMPO DE SERVIÇO 
Art. 67. (Revogado pela Med. Prov. 2.225‑45/ 
2001)
SUBSEÇÃO IV 
DOS ADICIONAIS DE INSALUBRIDADE, 
PERICULOSIDADE OU ATIVIDADES PENOSAS
Art. 68. Os servidores que trabalhem com ha‑
bitualidade em locais insalubres ou em contato 
permanente com substâncias tóxicas, radio‑
ativas ou com risco de vida, fazem jus a um 
adicional sobre o vencimento do cargo efetivo.
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§ 1º O servidor que fizer jus aos adicionais 
de insalubridade e de periculosidade deverá 
optar por um deles.
§ 2º O direito ao adicional de insalubridade 
ou periculosidade cessa com a eliminação 
das condições ou dos riscos que deram causa 
a sua concessão.
Art. 69. Haverá permanente controle da ati‑
vidade de servidores em operações ou locais 
considerados penosos, insalubres ou perigo‑
sos. 
Parágrafo único. A servidora gestante ou lac‑
tante será afastada, enquanto durar a gestação 
e a lactação, das operações e locais previstos 
neste artigo, exercendo suas atividades em 
local salubre e em serviço não penoso e não 
perigoso. 
Art. 70. Na concessão dos adicionais de 
atividades penosas, de insalubridade e de pe‑
riculosidade, serão observadas as situações 
estabelecidas em legislação específica. 
	` Port. PGR - MPU 633/2010 (Regulamenta o pagamento do adi-
cional de atividade penosa de que trata este artigo).
Art. 71. O adicional de atividade penosa será 
devido aos servidores em exercício em zonas 
de fronteira ou em localidades cujas condições 
de vida o justifiquem, nos termos, condições e 
limites fixados em regulamento. 
	` Port. PGR - MPU 633/2010 (Regulamenta o pagamento do adi-
cional de atividade penosa de que trata este artigo).
Art. 72. Os locais de trabalho e os servidores 
que operam com Raios X ou substâncias radioa‑
tivas serão mantidos sob controle permanente, 
de modo que as doses de radiação ionizante 
não ultrapassem o nível máximo previsto na 
legislação própria. 
Parágrafo único. Os servidores a que se refere 
este artigo serão submetidos a exames médi‑
cos a cada 6 (seis) meses. 
SUBSEÇÃO V 
DO ADICIONAL POR SERVIÇO EXTRAORDINÁRIO 
Art. 73. O serviço extraordinário será remu‑
nerado com acréscimo de 50% (cinquenta por 
cento) em relação à hora normal de trabalho. 
	` Dec. 948/1993 (Regulamenta este artigo).
Art. 74. Somente será permitido serviço extra‑
ordinário para atender a situações excepcionais 
e temporárias, respeitado o limite máximo de 
2 (duas) horas por jornada.
SUBSEÇÃO VI 
DO ADICIONAL NOTURNO 
Art. 75. O serviço noturno, prestado em horá‑
rio compreendido entre 22 (vinte e duas) horas 
de um dia e 5 (cinco) horas do dia seguinte, terá 
o valor‑hora acrescido de 25% (vinte e cinco 
por cento), computando‑se cada hora como 
cinquenta e dois minutos e trinta segundos. 
Parágrafo único. Em se tratando de serviço 
extraordinário, o acréscimo de que trata este 
artigo incidirá sobre a remuneração prevista 
no art. 73. 
SUBSEÇÃO VII 
DO ADICIONAL DE FÉRIAS
Art. 76. Independentemente de solicitação, 
será pago ao servidor, por ocasião das férias, 
um adicional correspondente a 1/3 (um terço) 
da remuneração do período das férias.
	` Súm. 125 e 136, STJ.
Parágrafo único. No caso de o servidor exercer 
função de direção, chefia ou assessoramento, 
ou ocupar cargo em comissão, a respectiva 
vantagem será considerada no cálculo do adi‑
cional de que trata este artigo. 
SUBSEÇÃO VIII 
DA GRATIFICAÇÃO POR ENCARGO DE CURSO OU 
CONCURSO
	` Incluída pela Lei 11.314/2006.
Art. 76‑A. A Gratificação por Encargo de Curso 
ou Concurso é devida ao servidor que, em 
caráter eventual: 
	` Dec. 11.069/2022 (Regulamenta este artigo).I ‑ atuar como instrutor em curso de forma‑
ção, de desenvolvimento ou de treinamento 
regularmente instituído no âmbito da admi‑
nistração pública federal; 
	` art. 98, § 4º, desta lei.
II ‑ participar de banca examinadora ou de 
comissão para exames orais, para análise cur‑
ricular, para correção de provas discursivas, 
para elaboração de questões de provas ou 
para julgamento de recursos intentados por 
candidatos; 
	` art. 98, § 4º, desta lei.
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III ‑ participar da logística de preparação e de 
realização de concurso público envolvendo 
atividades de planejamento, coordenação, 
supervisão, execução e avaliação de resultado, 
quando tais atividades não estiverem incluídas 
entre as suas atribuições permanentes; 
IV ‑ participar da aplicação, fiscalizar ou avaliar 
provas de exame vestibular ou de concurso 
público ou supervisionar essas atividades. 
§ 1º Os critérios de concessão e os limites da 
gratificação de que trata este artigo serão fixa‑
dos em regulamento, observados os seguintes 
parâmetros: 
I ‑ o valor da gratificação será calculado em 
horas, observadas a natureza e a complexidade 
da atividade exercida; 
II ‑ a retribuição não poderá ser superior ao 
equivalente a 120 (cento e vinte) horas de 
trabalho anuais, ressalvada situação de ex‑
cepcionalidade, devidamente justificada e 
previamente aprovada pela autoridade máxi‑
ma do órgão ou entidade, que poderá autorizar 
o acréscimo de até 120 (cento e vinte) horas de 
trabalho anuais; 
III ‑ o valor máximo da hora trabalhada corres‑
ponderá aos seguintes percentuais, incidentes 
sobre o maior vencimento básico da adminis‑
tração pública federal: 
a) 2,2% (dois inteiros e dois décimos por cento), 
em se tratando de atividades previstas nos 
incisos I e II do caput deste artigo; 
b) 1,2% (um inteiro e dois décimos por cento), 
em se tratando de atividade prevista nos incisos 
III e IV do caput deste artigo. 
§ 2º A Gratificação por Encargo de Curso ou 
Concurso somente será paga se as atividades 
referidas nos incisos do caput deste artigo 
forem exercidas sem prejuízo das atribuições 
do cargo de que o servidor for titular, devendo 
ser objeto de compensação de carga horária 
quando desempenhadas durante a jornada de 
trabalho, na forma do § 4º do art. 98 desta Lei. 
§ 3º A Gratificação por Encargo de Curso ou 
Concurso não se incorpora ao vencimento ou 
salário do servidor para qualquer efeito e não 
poderá ser utilizada como base de cálculo para 
quaisquer outras vantagens, inclusive para fins 
de cálculo dos proventos da aposentadoria e 
das pensões. 
CAPÍTULO III 
DAS FÉRIAS
Art. 77. O servidor fará jus a trinta dias de férias, 
que podem ser acumuladas, até o máximo 
de dois períodos, no caso de necessidade do 
serviço, ressalvadas as hipóteses em que haja 
legislação específica. 
§ 1º Para o primeiro período aquisitivo de férias 
serão exigidos 12 (doze) meses de exercício. 
§ 2º É vedado levar à conta de férias qualquer 
falta ao serviço. 
§ 3º As férias poderão ser parceladas em até três 
etapas, desde que assim requeridas pelo servi‑
dor, e no interesse da administração pública. 
Art. 78. O pagamento da remuneração das 
férias será efetuado até 2 (dois) dias antes do 
início do respectivo período, observando‑se o 
disposto no § 1º deste artigo. 
	` art. 2º, Lei 9.525/1997 (Ministros de Estado.)
§§ 1º e 2º (Revogados pela Lei 9.527/1997.)
§ 3º O servidor exonerado do cargo efetivo, ou 
em comissão, perceberá indenização relativa 
ao período das férias a que tiver direito e ao 
incompleto, na proporção de um doze avos 
por mês de efetivo exercício, ou fração superior 
a quatorze dias. 
§ 4º A indenização será calculada com base na 
remuneração do mês em que for publicado o 
ato exoneratório. 
§ 5º Em caso de parcelamento, o servidor re‑
ceberá o valor adicional previsto no inciso XVII 
do art. 7º da Constituição Federal quando da 
utilização do primeiro período. 
Art. 79. O servidor que opera direta e per‑
manentemente com raios X ou substâncias 
radioativas gozará 20 (vinte) dias consecutivos 
de férias, por semestre de atividade profis‑
sional, proibida em qualquer hipótese a 
acumulação. 
Parágrafo único. (Revogado pela Lei 9.527/1997)
Art. 80. As férias somente poderão ser inter‑
rompidas por motivo de calamidade pública, 
comoção interna, convocação para júri, serviço 
militar ou eleitoral, ou por necessidade do 
serviço declarada pela autoridade máxima do 
órgão ou entidade. 
Parágrafo único. O restante do período inter‑
rompido será gozado de uma só vez, observado 
o disposto no art. 77. 
CAPÍTULO IV 
DAS LICENÇAS
SEÇÃO I 
DISPOSIÇÕES GERAIS 
Art. 81. Conceder‑se‑á ao servidor licença: 
37 LEI Nº 8.112, DE 11 DE DEZEMBRO DE 1990
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I ‑ por motivo de doença em pessoa da família; 
II ‑ por motivo de afastamento do cônjuge ou 
companheiro; 
III ‑ para o serviço militar; 
IV ‑ para atividade política; 
V ‑ para capacitação; 
VI ‑ para tratar de interesses particulares; 
VII ‑ para desempenho de mandato classista. 
§ 1º A licença prevista no inciso I do caput 
deste artigo bem como cada uma de suas 
prorrogações serão precedidas de exame por 
perícia médica oficial, observado o disposto 
no art. 204 desta lei. 
§ 2º (Revogado pela Lei 9.527/1997.)
§ 3º É vedado o exercício de atividade remu‑
nerada durante o período da licença prevista 
no inciso I deste artigo. 
Art. 82. A licença concedida dentro de 60 
(sessenta) dias do término de outra da mesma 
espécie será considerada como prorrogação. 
SEÇÃO II 
DA LICENÇA POR MOTIVO DE DOENÇA 
EM PESSOA DA FAMÍLIA 
Art. 83. Poderá ser concedida licença ao ser‑
vidor por motivo de doença do cônjuge ou 
companheiro, dos pais, dos filhos, do padrasto 
ou madrasta e enteado, ou dependente que 
viva a suas expensas e conste do seu assenta‑
mento funcional, mediante comprovação por 
perícia médica oficial. 
	` art. 9º, Dec. 7.003/2009 (Regulamenta a licença para tratamento 
de saúde do servidor da administração federal direta, autárquica 
e fundacional e os casos em que poderá ser dispensada a perícia 
oficial).
§ 1º A licença somente será deferida se a as‑
sistência direta do servidor for indispensável 
e não puder ser prestada simultaneamente 
com o exercício do cargo ou mediante com‑
pensação de horário, na forma do disposto no 
inciso II do art. 44. 
§ 2º A licença de que trata o caput, incluí‑
das as prorrogações, poderá ser concedida 
a cada período de doze meses nas seguintes 
condições: 
I ‑ por até 60 (sessenta) dias, consecutivos ou 
não, mantida a remuneração do servidor; e 
II ‑ por até 90 (noventa) dias, consecutivos ou 
não, sem remuneração. 
§ 3º O início do interstício de 12 (doze) meses 
será contado a partir da data do deferimento 
da primeira licença concedida. 
§ 4º A soma das licenças remuneradas e das 
licenças não remuneradas, incluídas as res‑
pectivas prorrogações, concedidas em um 
mesmo período de 12 (doze) meses, observado 
o disposto no § 3º, não poderá ultrapassar os 
limites estabelecidos nos incisos I e II do § 2º. 
SEÇÃO III 
DA LICENÇA POR MOTIVO DE 
AFASTAMENTO DO CÔNJUGE 
Art. 84. Poderá ser concedida licença ao 
servidor para acompanhar cônjuge ou com‑
panheiro que foi deslocado para outro ponto 
do território nacional, para o exterior ou para 
o exercício de mandato eletivo dos Poderes 
Executivo e Legislativo. 
	` Res. 5/2008, CJF (Regulamenta, no âmbito do Conselho e da 
Justiça Federal de 1º e 2º graus a concessão de horário especial, 
da cessão e requisição, da licença por motivo de doença em pessoa 
da família, da licença para atividade política, do afastamento para 
exercício de mandato eletivo, da licença por motivo de afastamento 
do cônjuge, da licença para o trato de assuntos particulares e da 
licença-prêmio por assiduidade previstos, na Lei 8.112/1990).
§ 1º A licença será por prazo indeterminado e 
sem remuneração. 
§ 2º No deslocamento de servidor cujo cônjuge 
ou companheiro também seja servidor públi‑
co, civil ou militar,

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