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PAPER efeitos da gestão tributária na continuidade das empresas PDF

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EFEITOS DA GESTÃO TRIBUTÁRIA E DE CUSTOS 
NA CONTINUIDADE DAS EMPRESAS 
 
Academico1. 
Tutor2. 
 
 
 
RESUMO 
 
Este Paper objetiva proporcionar aos leitores a necessidade de se implantar uma gestão tributaria e 
de custos a fim de que se mantenha a continuidade do negócio ou empresa. Diante de um mercado 
competitivo, a alta carga tributária e eficácia nos órgãos governamentais que fiscalizam e aplicam 
tributos às empresas, cabe aos gestores e contadores aplicar de forma planejada e organizada a 
gestão tributaria e de custos para que se controle e administre seus gastos, despesas e receitas, 
prosperando assim um lucro satisfatório no futuro. Na gestão tributária quando aplicada por 
profissionais capacitados e de forma sucinta, responsável e detalhada permite o alcance de seus 
resultados mais rápido possível. Através de pesquisas apresentarei a maneira de como se chegar ao 
resultado esperado diante da elaboração e prática dessa gestão. Assim, saaberemos os bons efeitos que 
trazem uma boa gestão tributaria e de custos na continuidade das empresas. Com a utilização de 
recursos como livros, artigos e demais publicações sobre o assunto, sempre relacionando com 
citações dos respectivos autores para no final ter nosso objetivo alcançado. 
 
Palavras-chave: Paper. Contabilidade de custos. Gestão Tributária. Continuidade. Empresas. 
 
 
1. INTRODUÇÃO 
 
A realidade tributária do brasil hoje é muito diferente do demais paises , temos uma carga 
muito elevada em pagamentos de impostos e tributos, gerando um custo para as empresas de 40% 
do seu faturamento. Passamos por momentos de incerteza na econômia e este alto custo contribuiu 
para o aumento dos peços e serviços diminuindo assim, a competitividade e lucratividade das 
empresas. Por isso, uma gestão tributária eficiente pode ser muito útil para obter uma considerável 
redução de custos, uma vez que o controle rígido e eficiente dos tributos não somente resulta em 
menos gastos com os impostos, como também pode encontrar deficiências e oportunidades. 
Objetivando aprofundar-se sobre o tema já relacionado, buscamos fundamentar teoricamente 
através de pesquisas e leituras em livros, artigos e periódicos já publicados, correlacionando ideias 
de diferentes autores. Tendo como foco apresentar a consequência de uma boa gestão de custos e 
tributos para que a empresa tenha bons resultados que permitam uma longa vivencia no mercado. 
O desígnio deste trabalho é despertar no leitor a situação atual da carga tributária no Brasil e 
os efeitos que uma boa gestão de custos e tributaria pode fazer na continuidade das empresas. 
 
1 Priscila da Silva Leote. 
2 Luiza Fernanda de Col. 
Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI – Ciências Contábeis – CTB101 – Prática do Módulo V– 
27/05/2024. 
 
 
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2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 
 
Diante do mercado atual as empresas têm buscado continuamente reduzir seus custos, que 
são influenciados por fatores internos e externos e devem ser geridos, objetivando aumentar sua 
margem de lucroe ficar mais competitivo, já que o preço de venda é influenciado pelo mercado. 
Segundo Pinto (2012, p.13), “a carga tributária, sem dúvida, atrapalha a competitividade das 
empresas brasileiras. Tributos tão altos, que atingem as empresas e os consumidores, impõem um 
limite de consumo, de crescimento para as empresas e desenvolvimento para o nosso país. ” 
Sabedores de que o custo de um produto é o preço pago por ele, acrescido dos gastos para 
colocá-lo em condições de uso, subtraído dos impostos e tributos recuperáveis. Por isso o conhecimento 
da opção tributária dos fornecedores é de extrema importância, já que nessa possibilidade de crédito 
deve-se levar em conta um tributo (ICMS – Imposto sobre Circulação de Mercadorias) que 
representa 12% do valor da aquisição de uma matéria-prima e demais insumos aplicados diretamente no 
produto final devido o diferimento. 
A contabilidade surgiu da necessidade de se conhecer e controlar os elementos e as variações 
do patrimônio das entidades, ou seja, controlar as riquezas da coletividade, para assim atender as 
necessidades individuais e coletivas. 
Segundo Santos (2011, p.1): A contabilidade é um sistema de contas composto por 
normas, regras e princípios para a acumulação, geração e análise de dados para atender a 
necessidades internas e externas de uma empresa [...]. É ramo do conhecimento necessário 
como eficiente instrumento de controle, planejamento e gestão de um negócio com ou sem 
finalidades lucrativas 
 
Para Leone (2010) a contabilidade de custos olha os custos de maneira diferente para produzir 
informações diferentes que atendam às necessidades gerenciais, estabelece vários sistemas de custos 
e adota diferentes critérios de avaliação, cálculo e alocação para fornecer informações especificas 
exigidas por ambientes de produção e de administração em constante mutação. 
Para o sucesso empresarial e preciso que os gestores, analisem as melhores formas de alocar 
os custos a fim de determinar uma política sólida e satisfatória, para desta forma, obter informações 
precisas da contabilidade de custos a fim de auxiliar na gestão bem como trazer benefícios na 
administração da entidade (LEONE E LEONE, 2010). 
Deste modo, a contabilidade de custos a além de ser especializada em divulgar os custos dos 
produtos, tem a competência de gerar informações para tomada de decisões, sobretudo para os 
usuários internos. 
Em síntese, a contabilidade de custos originou-se da necessidade e obrigação por parte dos 
gestores das empresas em conhecer e evidenciar dados para a tomada de decisões dos respectivos 
usuários, utilizando-a para o controle de cunho gerencial. 
 
 
 
 
 
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Em síntese, a contabilidade de custos originou-se da necessidade e obrigação por parte dos 
gestores das empresas em conhecer e evidenciar dados para a tomada de decisões dos respectivos 
usuários, utilizando-a para o controle de cunho gerencial. 
De acordo com o portal da contabilidade: Contabilidade Tributária é uma expressão utilizada 
para designar o conjunto de ações e procedimentos visando apurar e conciliar a geração de tributos 
de uma entidade. Também chamada de "Contabilidade Fiscal”. A escrituração contábil regular 
propicia informações importantes para a apuração de tributos. 
Dessa forma, um confiável sistema de informações contábeis combinado com sólidos 
conhecimentos sobre a legislação tributária e uma contínua atualização são inerentes para que um 
contador/controller possa acompanhar a evolução dos tributos que incidem sobre as atividades de 
uma empresa, procurando sujeitá-la a possíveis infrações fiscais ou penais. Portanto, esse ramo da 
contabilidade exige do contador um profundo conhecimento em relação aos tributos incidentes sobre 
as operações da empresa, bem como sobre as opções tributárias permitidas, para que possa auxiliar 
na escolha daquela que possibilite um abatimento da sua carga tributária e juntamente com a 
contabilidade de custos traga uma redução dos seus custos, visando sempre tornar a empresa mais 
competitiva no mercado. 
O Sistema Tributário Nacional é um conjunto de regras jurídicas que disciplina o exercício do 
poder impositivo pelos diversos órgãos públicos, aos quais a Constituição Federal atribui competência 
tributária. A expressão STN serve para designar o conjunto de todos os tributos cobrados no País, 
sem distinguir os da competência Federal, estadual ou municipal, e, bem assim, todas as regras 
jurídicas com relações entre si que disciplinam a arrecadação desses tributos. 
O STN é regido pelo disposto na Emenda Constitucional nº 18 de 01/12/65, em Leis 
Complementares, em Resoluções do Senado Federal e, nos limites das respectivas competências em 
Leis Federais, Leis Estaduais e Leis Municipais. STN – Lei 5172 de 25/10/66, Código Tributário 
Nacional e previsto nos artigos 145 e 162 da Constituição Federal de 1988. 
 
Segundo Pêgas (2011) as empresas são enquadradaspela legislação tributária em cinco 
diferentes formas: Simples Nacional, Lucro Real, Lucro Presumido, Lucro Arbitrado e 
Imune/Isentas. 
Regime de tributação é o enquadramento da empresa de acordo com a legislação tributária 
vigente, no que diz respeito a tributação sobre o resultado. (PÊGAS, 2011). 
 
 
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 Simples Nacional 
 O Simples Nacional é um regime tributário criado em 2006 pela Lei Complementar 123, 
voltado para as micro e pequenas empresas – incluindo os microempreendedores individuais 
(MEIs). Ele surgiu com o objetivo de reduzir a burocracia e os custos de pequenos empresários, 
criando um sistema unificado de recolhimento de tributos, simplificando declarações, entre outras 
facilidades. Podem optar por essa forma de tributação as micro empresas- ME e empresas de pqueno 
porte – EPP que nos últimos 12 meses de faturamento não ultratapassarem o teto de 4,8 milhões. 
As empresas neste regime de tributação recolhem seus tributos de forma unificada, abrangendo os 
seguintes tributos: IRPJ, CSLL, PIS, COFINS, CPP, IPI, ICMS e ISS. Esses tributos são calculados 
através da aplicação das alíquotas constantes nos anexos I a V da referida Lei. 
Para localizar a alíquota a ser aplicada sobre a base de cálculo, o sujeito passivo utilizará a 
receita bruta acumulada nos 12 (doze) meses anteriores ao do período de apuração. Após esse 
procedimento é empregada a alíquota sobre a receita bruta do mês, assim é encontrado o valor devido 
pela empresa. 
 
Lucro Real 
 O Lucro Real consiste no resultado contábil, antes do IRPJ (Imposto de Renda Pessoas 
Jurídicas) e da CSLL (Contribuição Social sobre o Lucro Líquido), do período de apuração ajustado 
pelo Regime Tributário de Transição (RTT), pelas adições, exclusões ou compensações definidas no 
Decreto Lei nº 1.598/1977. 
De acordo com Pêgas (2011), resultado contábil consiste no valor apurado pela contabilidade 
através confrontação de receitas e despesas no regime de competência. Este resultado pode ser Lucro, 
receitas superiores as despesas, ou Prejuízo, despesas superiores a receitas. A Lei 11.638/2007 
instituiu novos métodos e critérios para contabilidade societária, através harmonização das normas 
contábeis nacionais com as internacionais. 
Para fins tributários houve uma neutralidade instituída pela Lei 23 11.941/2009, que cria o 
RTT que consiste em manter, para fins tributários, os critérios contábeis de 2007, sem que esses sejam 
alterados pela Lei 11.638/2007. Segundo Pêgas (2011) são consideradas adições as despesas que não 
são essenciais para a manutenção da atividade fim da empresa. 
 
São consideradas exclusões na determinação do Lucro Real: 
a) os valores cuja dedução seja autorizada pela legislação tributária e que não tenham sido 
computados na apuração do lucro líquido do exercício; 
b) os resultados, rendimentos, receitas e quaisquer outros valores incluídos na apuração do 
lucro líquido que, de acordo com a legislação tributária, não sejam computados no lucro real;
 
 
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c) os prejuízos de exercícios anteriores [...] (ART. 6º, § 3º, DECRETO Nº 1.598/1977) 
Conforme o Decreto nº 3000/1999, Art. 250, inciso III, as empresas tributadas pela sistemática do 
Lucro Real quando apuram um resultado negativo este é denominado prejuízo fiscal, quando se trata 
de IRPJ, e base de cálculo negativa quando se trata da CSLL (Contribuição Social sobre o Lucro 
Líquido). Esse prejuízo pode ser compensado em períodos subsequentes, contudo ressalva-se que só 
é permitido que até 30% (trinta por cento) seja compensado do Lucro Real nos exercícios seguintes. 
O mesmo se aplica a base de cálculo negativa da CSLL. 
 
Lucro Presumido 
O regime de tributação sob o lucro presumido vem a ser, de acordo com a Receita Federal do 
Brasil conceitua, sendo“[...] uma forma de tributação simplificada para determinação da base de 
cálculo do imposto de renda e da CSLL das pessoas jurídicas que não estiverem obrigadas, no ano- 
calendário, à apuração do lucro real”, e ainda adiciona que o imposto de renda é recolhido 
trimestralmente. 
Diferentemente do regime lucro real, essa opção de tributação não pode ser exercida por todas 
a empresas, sendo aceita opção somente para aquelas empresas que não estão obrigadas a optar pelo 
Lucro Real. A metódica de tributação para encontrar o Lucro Presumido é regulamentada pelos 
artigos 516 a 528 do Regulamento do Imposto de Renda, Decreto 3000 de 1999, onde determinam 
que serão aplicados o percentual de 8% - oito por cento - sobre a receita bruta auferida durante o 
período de apuração, no caso do IRPJ. Para a determinação da base de cálculo da CSLL esse 
percentual é de 12%. 
O Lucro Presumido é uma forma de tributação simplificada para determinação da base cálculo 
para IRPJ e CSLL das pessoas jurídicas que não estiverem obrigadas à apuração com base no Lucro 
Real, assim definido por Oliveira, L. et al (2009). Para Pêgas (2011, p. 497) “o Lucro Presumido é 
uma forma de tributação que utiliza apenas as receitas da empresa para apuração do resultado 
tributável. ” 3.4.2.1. Presunção do Lucro Presumido A cada trimestre, o Lucro Presumido será 
determinado aplicando-se sobre a receita do trimestre o percentual de presunção do lucro conforme 
lei 9.249/1995: 
 
Apuração do IRPJ e da CSLL no Lucro Presumido Segundo Oliveira, L. et al (2009) o 
resultado da multiplicação dos percentuais de presunção do Lucro Presumido pela receita bruta 
auferida no trimestre, resultará na base de cálculo para apuração do IRPJ e da CSLL. 28 De acordo 
com o Decreto nº 3000/1999, o IRPJ a pagar será calculado aplicando a alíquota de 15% (quinze por 
cento) sobre sua base de cálculo. E se, a base de cálculo do IRPJ for maior que R$ 60.000 (sessenta 
mil reais) ao trimestre será aplicado o adicional de 10% (dez por cento) sobre a diferença entre a base 
de cálculo e os R$ 60,000,00 (sessenta mil reais). 
 
 
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A CSLL também será apurada multiplicando pela base de cálculo a alíquota que é de 9% 
(nove por cento) para pessoas jurídicas em geral e de 15% (quinze por cento) para as pessoas jurídicas 
consideradas instituições financeiras, como estabelece o Art. 17 da Lei nº 11.727/2008. 
Lucro Arbitrado 
O arbitramento de lucro é uma forma de apuração da base de cálculo do imposto de renda 
empregada pela autoridade tributária ou pelo contribuinte. É aplicável pela autoridade tributária 
quando a pessoa jurídica deixar de cumprir as obrigações acessórias relativas à determinação do lucro 
real ou presumido, conforme o caso. Por exemplo: quando o contribuinte optante pelo lucro real não 
tem o livro diário ou razão, quando deixa de escriturar o livro inventário, etc. 
Quando conhecida a receita bruta, e, desde que ocorrida qualquer das hipóteses de 
arbitramento previstas na legislação fiscal, o contribuinte poderá efetuar o pagamento do imposto de 
renda correspondente com base nas regras do lucro arbitrado. A partir de 01.01.1997, a tributação 
com base no lucro arbitrado ocorrerá trimestralmente, em períodos de apuração encerrados em 31 de 
março, 30 de junho, 30 de setembro e 31 de dezembro de cada ano-calendário. 
A partir de 01.01.1995, ocorrida qualquer das hipóteses que ensejam o arbitramento de lucro, 
previstas na legislação fiscal, poderá o arbitramento: 
I) ser aplicado pela autoridade fiscal, em qualquer dos casos previstos na legislação do imposto 
de renda. 
II) ser adotado pelo próprio contribuinte, quando conhecida a sua receita bruta; 
A tributação com base no lucro arbitrado será manifestada mediante o pagamento da primeira 
quota ou da quota única do imposto devido, correspondente ao período de apuração trimestral em que o 
contribuinte, pelas razões determinantes na legislação, se encontrar em condições de proceder o 
arbitramento do seu lucro. O imposto de renda devido trimestralmente será determinado com base 
nos critérios do lucro arbitrado quando: 
I) a escrituração aque estiver obrigado o contribuinte revelar evidentes indícios de fraudes ou 
contiver vícios, erros ou deficiências que a tornem imprestável para: identificar a efetiva 
movimentação financeira, inclusive bancária; ou determinar o lucro real; 
II) o contribuinte deixar de apresentar à autoridade tributária os livros e documentos da 
escrituração comercial e fiscal, ou deixar de apresentar o Livro Caixa, no qual deverá estar escriturada 
toda a movimentação financeira, inclusive bancária, quando optar pelo lucro presumido e não 
mantiver escrituração contábil regular; 
III) o contribuinte optar indevidamente pelo lucro presumido; 
 
 
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IV) o comissário ou representante da pessoa jurídica estrangeira deixar de escriturar e apurar o 
lucro da sua atividade separadamente do lucro do comitente, residente ou domiciliado no exterior; 
V) o contribuinte não mantiver, em boa ordem e segundo as normas contábeis recomendadas, 
Livro Razão ou fichas utilizadas para resumir, totalizar, por conta ou subconta, os lançamentos 
efetuados no Diário; 
VI) o contribuinte não mantiver escrituração na forma das leis comerciais e fiscais, ou deixar de 
elaborar as demonstrações financeiras exigidas pela legislação fiscal, nos casos em que o mesmo se 
encontre obrigado ao lucro real. 
A partir de 01.01.1997, a tributação com base no lucro arbitrado ocorrerá trimestralmente, em 
períodos de apuração encerrados em 31 de março, 30 de junho, 30 de setembro e 31 de dezembro de 
cada ano-calendário. 
Quais consequências a Gestão Tributária e de Custos podem trazer na continuidade das 
empresas? 
Apesar de já termos visto as formas que as empresas têm melhor gerir os gastos com custos 
tributários, ainda temos a percepção de que a carga tributária no Brasil ainda afoga muito empresários 
e empresas. A complexidade da legislação tributária brasileira é pior do que o valor dos impostos que 
pagamos, principalmente para as empresas, pois mesmo que o empresário deseje pagar o tributo 
corretamente, não consegue devido ao emaranhado de leis que regulam a arrecadação. Diante disso, 
o empresário tem um custo a mais, para contratar pessoas especializadas no cálculo do imposto. Além 
disso, perde-se tempo demais para conseguir destacar o imposto. 
Os recentes aumentos na carga tributária estão provocando inflação no Brasil. Isso se dá, com 
maior ênfase, por causa de tributos indiretos que afetam as relações de consumo, nas quais a lei 
designa o contribuinte de direito para recolher os valores aos cofres públicos (industriais e 
comerciantes), mas quem realmente suporta o ônus financeiro é o contribuinte de fato, ou seja, aquele 
que compra o produtos e mercadorias. 
Um dos benefícios que uma boa gestão tributaria traz é evitar que essa empresa tenha débitos 
tributários, evitando assim pagamento de juros e multa, cobranças judiciais e até mesmo execução 
fiscal por parte da Receita Federal. A empresa que tem os tributos bem planejados não deixa de apurar 
corretamente os impostos e pagá-los dentro dos prazos. Então, não arca com multas e juros e assegura 
a manutenção de suas Certidões Negativas de Débitos (CNDs), emitidas pelos órgãos públicos. 
 
 
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Além disso, o planejamento tributário, como abrange totalmente o regime da empresa, garante o 
cumprimento das obrigações acessórias — declarações e transmissões — em dia e corretamente. E 
vale lembrar que descumprir tais obrigações rendem penalizações mais caras do que aquelas geradas 
quando se ignora ou atrasa pagamento de impostos. 
Outro benefício diante da gestão tributaria é o aumento da lucratividade e competitividade, 
pois sejam tributos apurados sobre o lucro ou sobre o faturamento bruto, eles são despesas e entram 
na precificação dos serviços ou produtos. 
Contudo, se a empresa encontrar uma forma de legalmente pagar menos impostos pode ao 
mesmo tempo elevar a lucratividade e reduzir seus preços. Basta calcular a economia tributária 
possível e aplicar somente uma parte dela como redução de preço. Assim, o negócio aumenta seu 
lucro ao mesmo tempo em que se torna mais competitivo cobrando valores mais baixos. Ainda é 
possível que a previsibilidade do planejamento tributário para as startups em suas apurações de 
impostos auxilia no controle de suas contas. Exemplificando, o plano orçamentário e a projeção do 
fluxo de caixa, que consideram os tributos, tornam-se ferramentas mais exatas. Por conseguinte, 
passam a ser mais confiáveis para o responsável utilizá-las nas tarefas de avaliar as finanças e tomar 
decisões. 
Possibilita recuperar pagamentos indevidos: A legislação assegura o direito da recuperação de 
impostos às empresas que no passado pagaram tributos que não precisavam ou em valor maior do 
que seria devido. Portanto, caso o planejamento não seja prática mantida desde o início do 
empreendimento, o primeiro passo pode ser rever o que ocorreu anteriormente no momento em que 
ele for iniciado; assim, se qualquer pagamento for constatado como indevido, é possível solicitar sua 
recuperação. 
Em geral, o que ocorre é o recebimento de crédito tributário para compensação de imposto 
que será apurado à frente, e não a devolução do dinheiro. Mas o resultado é o mesmo, pois deixa-se 
de gastar ou economiza-se para cumprir as obrigações do presente ou do futuro próximo. Como 
apresentado são diversos fatores positivos que possibilitam bem-estar fiscal, financeiro e contábil 
quando a empresa opta por gerir uma gestão tributaria e de custos eficiente e eficaz. 
Reduz custos nas compras de materiais ou mercadoria seja para aplicar em prestação de 
serviços ou para vender, a maioria das empresas tem de adquirir produtos. Porém, as aquisições 
compreendem mais do que os valores cobrados pelos fornecedores. Uma compra de fornecedor de 
outro estado pode exigir o pagamento da diferença de alíquota de ICMS entre regiões, o que citamos 
acima. Mas há outros custos nesse tipo de operação, como o frete. E se a empresa não for do Simples 
e tiver possibilidade de aproveitar créditos de ICMS, o frete da mercadoria pode gerar vantagem. 
 
 
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3. MATERIAIS E MÉTODOS 
 
Na confecção deste Paper valeu-se da pesquisa através de artigos, periódicos e livros que 
contribuíram, mediante leitura e análise, chegando a fundamentação concluindo sua temática e 
abordagem. 
Leituras, vídeos e pesquisas auxiliaram para que chegasse ao objetivo de demonstrar neste 
Paper o tema proposto de forma clara e que seus leitores absorvam de forma significativa o que se 
deseja expressar. 
https://www.contabilizei.com.br/contabilidade-online - Acessado 27/05/2024 
https://www.planalto.gov.br - Acessado 27/05/2024 
 
 
 
 
 
 
4. RESULTADOS E DISCUSSÃO 
Analisando a contabilidade tributária no Brasil percebe-se a necessidade do profissional 
contábil, este inserido no planejamento tributário e de custos das empresas, de forma ética, sucinta e 
dinâmica, planejar, controlar e direcionar a tributação e seus custos nas empresas. 
Entende-se que se faz necessário planejar os custos e tributos para que a empresa possa se manter 
gerando lucro e sendo pontual com as suas despesas e custos, mantendo viva a expectativa de 
novos investimentos e vivencia prolongada da instituição no mercado competitivo e enorme em 
tributação. 
É imprescindível ao gestor e profissional contábil aplicar um planejamento tributário que 
possa coordenar e gerir suas despesas e custos com tributos e cargas tributárias para que possa no 
final do exercício conferir e apresentar um balanço de excelencia. 
 
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5- CONCLUSAO 
Sendo assim, abordamos uma dentre outras tantas possibilidades de planejamento tributário 
que pode ser utilizado pelos gestores com o intuito de elevar sua competitividade através da redução 
do desembolso de tributos e, especialmente obedecendo a legislação em vigor. 
Considerando que nosso sistema tributário é galgado em uma legislação que nem sempre leva 
em consideração a capacidade contributivados setores econômicos, importante que as empresas se 
adéquem a esta realidade utilizando-se dos meios que lhes são alcançáveis e cabíveis. Formas foram 
apresentadas em que o gestor tributário pode diminuir ou compactar a enorme carga tributária, 
elencando custos e despesas, e aumentando o ativo e liquidez nos balanços de exercícios. 
De acordo com o trabalho realizado, pôde-se concluir que o planejamento é um instrumento 
extraordinário e que fornece resultados positivos, se aplicado com responsabilidade. As empresas 
que não se atentarem para a implantação correta do planejamento tributário, correm o risco de perder 
o controle de seus custos ficando impossibilitadas de cumprir a lei e obrigações para com a 
sociedade. Muitas vezes, por não possuírem o devido controle, os executivos, para a sobrevivência 
da empresa, acabam escolhendo pela evasão fiscal, que é a forma ilegal de amenizar suas cargas 
tributárias

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