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CC COMPILADO MODELO.pdf CÓDIGO CIVIL PARTE GERAL 11 LIVRO I - DAS PESSOAS 11 TÍTULO I - DAS PESSOAS NATURAIS 11 CAPÍTULO I - DA PERSONALIDADE E DA CAPACIDADE 11 CAPÍTULO II - DOS DIREITOS DA PERSONALIDADE 15 CAPÍTULO III - DA AUSÊNCIA 21 SEÇÃO I - DA CURADORIA DOS BENS DO AUSENTE 21 SEÇÃO II - DA SUCESSÃO PROVISÓRIA 22 SEÇÃO III - DA SUCESSÃO DEFINITIVA 24 TÍTULO II - DAS PESSOAS JURÍDICAS 24 CAPÍTULO I - DISPOSIÇÕES GERAIS 24 CAPÍTULO II - DAS ASSOCIAÇÕES 29 CAPÍTULO III - DAS FUNDAÇÕES 31 TÍTULO III - DO DOMICÍLIO 33 LIVRO II - DOS BENS 34 TÍTULO ÚNICO - DAS DIFERENTES CLASSES DE BENS 34 CAPÍTULO I - DOS BENS CONSIDERADOS EM SI MESMOS 34 SEÇÃO I - DOS BENS IMÓVEIS 34 SEÇÃO II - DOS BENS MÓVEIS 35 SEÇÃO III - DOS BENS FUNGÍVEIS E CONSUMÍVEIS 35 SEÇÃO IV - DOS BENS DIVISÍVEIS 36 SEÇÃO V - DOS BENS SINGULARES E COLETIVOS 36 CAPÍTULO II - DOS BENS RECIPROCAMENTE CONSIDERADOS 36 CAPÍTULO III - DOS BENS PÚBLICOS 37 LIVRO III - DOS FATOS JURÍDICOS 38 TÍTULO I - DO NEGÓCIO JURÍDICO 38 CAPÍTULO I - DISPOSIÇÕES GERAIS 38 CAPÍTULO II - DA REPRESENTAÇÃO 40 CAPÍTULO III - DA CONDIÇÃO, DO TERMO E DO ENCARGO 40 CAPÍTULO IV - DOS DEFEITOS DO NEGÓCIO JURÍDICO 43 SEÇÃO I - DO ERRO OU IGNORÂNCIA 43 SEÇÃO II - DO DOLO 44 SEÇÃO III - DA COAÇÃO 45 SEÇÃO IV - DO ESTADO DE PERIGO 45 SEÇÃO V - DA LESÃO 45 SEÇÃO VI - DA FRAUDE CONTRA CREDORES 47 CAPÍTULO V - DA INVALIDADE DO NEGÓCIO JURÍDICO 48 TÍTULO II - DOS ATOS JURÍDICOS LÍCITOS 52 CÓDIGO CIVIL - 1 TÍTULO III - DOS ATOS ILÍCITOS 52 TÍTULO IV - DA PRESCRIÇÃO E DA DECADÊNCIA 53 CAPÍTULO I - DA PRESCRIÇÃO 53 SEÇÃO I - DISPOSIÇÕES GERAIS 53 SEÇÃO II - DAS CAUSAS QUE IMPEDEM OU SUSPENDEM A PRESCRIÇÃO 54 SEÇÃO III - DAS CAUSAS QUE INTERROMPEM A PRESCRIÇÃO 55 SEÇÃO IV - DOS PRAZOS DA PRESCRIÇÃO 56 CAPÍTULO II - DA DECADÊNCIA 59 TÍTULO V - DA PROVA 60 PARTE ESPECIAL 63 LIVRO I - DO DIREITO DAS OBRIGAÇÕES 63 TÍTULO I - DAS MODALIDADES DAS OBRIGAÇÕES 63 CAPÍTULO I - DAS OBRIGAÇÕES DE DAR 63 SEÇÃO I - DAS OBRIGAÇÕES DE DAR COISA CERTA 63 SEÇÃO II - DAS OBRIGAÇÕES DE DAR COISA INCERTA 65 CAPÍTULO II - DAS OBRIGAÇÕES DE FAZER 65 CAPÍTULO III - DAS OBRIGAÇÕES DE NÃO FAZER 66 CAPÍTULO IV - DAS OBRIGAÇÕES ALTERNATIVAS 66 CAPÍTULO V - DAS OBRIGAÇÕES DIVISÍVEIS E INDIVISÍVEIS 67 CAPÍTULO VI - DAS OBRIGAÇÕES SOLIDÁRIAS 68 SEÇÃO I - DISPOSIÇÕES GERAIS 68 SEÇÃO II - DA SOLIDARIEDADE ATIVA 69 SEÇÃO III - DA SOLIDARIEDADE PASSIVA 70 TÍTULO II - DA TRANSMISSÃO DAS OBRIGAÇÕES 72 CAPÍTULO I - DA CESSÃO DE CRÉDITO 72 CAPÍTULO II - DA ASSUNÇÃO DE DÍVIDA 74 TÍTULO III - DO ADIMPLEMENTO E EXTINÇÃO DAS OBRIGAÇÕES 76 CAPÍTULO I - DO PAGAMENTO 76 SEÇÃO I - DE QUEM DEVE PAGAR 76 SEÇÃO II - DAQUELES A QUEM SE DEVE PAGAR 76 SEÇÃO III - DO OBJETO DO PAGAMENTO E SUA PROVA 77 SEÇÃO IV - DO LUGAR DO PAGAMENTO 79 SEÇÃO V - DO TEMPO DO PAGAMENTO 79 CAPÍTULO II - DO PAGAMENTO EM CONSIGNAÇÃO 80 CAPÍTULO III - DO PAGAMENTO COM SUB-ROGAÇÃO 81 CAPÍTULO IV - DA IMPUTAÇÃO DO PAGAMENTO 82 CAPÍTULO V - DA DAÇÃO EM PAGAMENTO 83 CAPÍTULO VI - DA NOVAÇÃO 83 CAPÍTULO VII - DA COMPENSAÇÃO 84 CAPÍTULO VIII - DA CONFUSÃO 86 CAPÍTULO IX - DA REMISSÃO DAS DÍVIDAS 86 CÓDIGO CIVIL - 2 TÍTULO IV - DO INADIMPLEMENTO DAS OBRIGAÇÕES 86 CAPÍTULO I - DISPOSIÇÕES GERAIS 86 CAPÍTULO II - DA MORA 87 CAPÍTULO III - DAS PERDAS E DANOS 89 CAPÍTULO IV - DOS JUROS LEGAIS 90 CAPÍTULO V - DA CLÁUSULA PENAL 92 CAPÍTULO VI - DAS ARRAS OU SINAL 94 TÍTULO V - DOS CONTRATOS EM GERAL 96 CAPÍTULO I - DISPOSIÇÕES GERAIS 96 SEÇÃO I - PRELIMINARES 96 SEÇÃO III - DA ESTIPULAÇÃO EM FAVOR DE TERCEIRO 103 SEÇÃO IV - DA PROMESSA DE FATO DE TERCEIRO 103 SEÇÃO V - DOS VÍCIOS REDIBITÓRIOS 103 SEÇÃO VI - DA EVICÇÃO 105 SEÇÃO VII - DOS CONTRATOS ALEATÓRIOS 106 SEÇÃO VIII - DO CONTRATO PRELIMINAR 107 SEÇÃO IX - DO CONTRATO COM PESSOA A DECLARAR 108 CAPÍTULO II - DA EXTINÇÃO DO CONTRATO 108 SEÇÃO I - DO DISTRATO 108 SEÇÃO II - DA CLÁUSULA RESOLUTIVA 109 SEÇÃO III - DA EXCEÇÃO DE CONTRATO NÃO CUMPRIDO 110 SEÇÃO IV - DA RESOLUÇÃO POR ONEROSIDADE EXCESSIVA 110 TÍTULO VI - DAS VÁRIAS ESPÉCIES DE CONTRATO 112 CAPÍTULO I - DA COMPRA E VENDA 112 SEÇÃO I - DISPOSIÇÕES GERAIS 112 SEÇÃO II - DAS CLÁUSULAS ESPECIAIS À COMPRA E VENDA 116 SUBSEÇÃO I - DA RETROVENDA 116 SUBSEÇÃO II - DA VENDA A CONTENTO E DA SUJEITA A PROVA 117 SUBSEÇÃO III - DA PREEMPÇÃO OU PREFERÊNCIA 117 SUBSEÇÃO IV - DA VENDA COM RESERVA DE DOMÍNIO 119 SUBSEÇÃO V - DA VENDA SOBRE DOCUMENTOS 120 CAPÍTULO II - DA TROCA OU PERMUTA 123 CAPÍTULO III - DO CONTRATO ESTIMATÓRIO 123 CAPÍTULO IV - DA DOAÇÃO 124 SEÇÃO I - DISPOSIÇÕES GERAIS 124 SEÇÃO II - DA REVOGAÇÃO DA DOAÇÃO 126 CAPÍTULO V - DA LOCAÇÃO DE COISAS 128 CAPÍTULO VI - DO EMPRÉSTIMO 131 SEÇÃO I - DO COMODATO 131 SEÇÃO II - DO MÚTUO 132 CAPÍTULO VII - DA PRESTAÇÃO DE SERVIÇO 133 CAPÍTULO VIII - DA EMPREITADA 135 CÓDIGO CIVIL - 3 CAPÍTULO IX - DO DEPÓSITO 138 SEÇÃO I - DO DEPÓSITO VOLUNTÁRIO 138 SEÇÃO II - DO DEPÓSITO NECESSÁRIO 140 CAPÍTULO X - DO MANDATO 141 SEÇÃO I - DISPOSIÇÕES GERAIS 141 SEÇÃO II - DAS OBRIGAÇÕES DO MANDATÁRIO 143 SEÇÃO III - DAS OBRIGAÇÕES DO MANDANTE 144 SEÇÃO IV - DA EXTINÇÃO DO MANDATO 145 SEÇÃO V - DO MANDATO JUDICIAL 146 CAPÍTULO XI - DA COMISSÃO 147 CAPÍTULO XII - DA AGÊNCIA E DISTRIBUIÇÃO 149 CAPÍTULO XIII - DA CORRETAGEM 150 CAPÍTULO XIV - DO TRANSPORTE 151 SEÇÃO I - DISPOSIÇÕES GERAIS 151 SEÇÃO II - DO TRANSPORTE DE PESSOAS 152 SEÇÃO III - DO TRANSPORTE DE COISAS 153 CAPÍTULO XV - DO SEGURO 156 SEÇÃO I - DISPOSIÇÕES GERAIS 156 SEÇÃO II - DO SEGURO DE DANO 159 SEÇÃO III - DO SEGURO DE PESSOA 163 CAPÍTULO XVI - DA CONSTITUIÇÃO DE RENDA 175 CAPÍTULO XVII - DO JOGO E DA APOSTA 176 CAPÍTULO XVIII - DA FIANÇA 177 SEÇÃO I - DISPOSIÇÕES GERAIS 177 SEÇÃO II - DOS EFEITOS DA FIANÇA 178 SEÇÃO III - DA EXTINÇÃO DA FIANÇA 179 CAPÍTULO XIX - DA TRANSAÇÃO 182 CAPÍTULO XX - DO COMPROMISSO 183 TÍTULO VII - DOS ATOS UNILATERAIS 184 CAPÍTULO I - DA PROMESSA DE RECOMPENSA 184 CAPÍTULO II - DA GESTÃO DE NEGÓCIOS 185 CAPÍTULO III - DO PAGAMENTO INDEVIDO 187 CAPÍTULO IV - DO ENRIQUECIMENTO SEM CAUSA 188 TÍTULO VIII - DOS TÍTULOS DE CRÉDITO 189 CAPÍTULO I - DISPOSIÇÕES GERAIS 190 CAPÍTULO II - DO TÍTULO AO PORTADOR 192 CAPÍTULO III - DO TÍTULO À ORDEM 192 CAPÍTULO IV - DO TÍTULO NOMINATIVO 194 TÍTULO IX - DA RESPONSABILIDADE CIVIL 198 CAPÍTULO I - DA OBRIGAÇÃO DE INDENIZAR 198 CAPÍTULO II - DA INDENIZAÇÃO 208 TÍTULO X - DAS PREFERÊNCIAS E PRIVILÉGIOS CREDITÓRIOS 213 CÓDIGO CIVIL - 4 LIVRO II - DO DIREITO DE EMPRESA 214 TÍTULO I - DO EMPRESÁRIO 215 CAPÍTULO I - DA CARACTERIZAÇÃO E DA INSCRIÇÃO 215 CAPÍTULO II - DA CAPACIDADE 217 TÍTULO I-A - DA EMPRESA INDIVIDUAL DE RESPONSABILIDADE LIMITADA 219 TÍTULO II - DA SOCIEDADE 219 CAPÍTULO ÚNICO 220 DISPOSIÇÕES GERAIS 220 SUBTÍTULO I - DA SOCIEDADE NÃO PERSONIFICADA 221 CAPÍTULO I - DA SOCIEDADE EM COMUM 221 CAPÍTULO II - DA SOCIEDADE EM CONTA DE PARTICIPAÇÃO 223 SUBTÍTULO II - DA SOCIEDADE PERSONIFICADA 224 CAPÍTULO I - DA SOCIEDADE SIMPLES 224 SEÇÃO I - DO CONTRATO SOCIAL 224 SEÇÃO II - DOS DIREITOS E OBRIGAÇÕES DOS SÓCIOS 226 SEÇÃO IV - DAS RELAÇÕES COM TERCEIROS 229 SEÇÃO V - DA RESOLUÇÃO DA SOCIEDADE EM RELAÇÃO A UM SÓCIO 230 SEÇÃO VI- DA DISSOLUÇÃO 232 CAPÍTULO II - DA SOCIEDADE EM NOME COLETIVO 233 CAPÍTULO III - DA SOCIEDADE EM COMANDITA SIMPLES 234 CAPÍTULO IV - DA SOCIEDADE LIMITADA 235 SEÇÃO I - DISPOSIÇÕES PRELIMINARES 235 SEÇÃO II - DAS QUOTAS 236 SEÇÃO III - DA ADMINISTRAÇÃO 237 SEÇÃO IV - DO CONSELHO FISCAL 238 SEÇÃO V - DAS DELIBERAÇÕES DOS SÓCIOS 239 SEÇÃO VI - DO AUMENTO E DA REDUÇÃO DO CAPITAL 243 SEÇÃO VII - DA RESOLUÇÃO DA SOCIEDADE EM RELAÇÃO A SÓCIOS MINORITÁRIOS 243 SEÇÃO VIII - DA DISSOLUÇÃO 244 CAPÍTULO V - DA SOCIEDADE ANÔNIMA 244 SEÇÃO ÚNICA - DA CARACTERIZAÇÃO 244 CAPÍTULO VI - DA SOCIEDADE EM COMANDITA POR AÇÕES 245 CAPÍTULO VII - DA SOCIEDADE COOPERATIVA 245 CAPÍTULO VIII - DAS SOCIEDADES COLIGADAS 246 CAPÍTULO IX - DA LIQUIDAÇÃO DA SOCIEDADE 247 CAPÍTULO X - DA TRANSFORMAÇÃO, DA INCORPORAÇÃO, DA FUSÃO E DA CISÃO DAS SOCIEDADES 248 CAPÍTULO XI - DA SOCIEDADE DEPENDENTE DE AUTORIZAÇÃO 250 SEÇÃO I - DISPOSIÇÕES GERAIS 250 SEÇÃO II -DA SOCIEDADE NACIONAL 250 SEÇÃO III - DA SOCIEDADE ESTRANGEIRA 252 TÍTULO III - DO ESTABELECIMENTO 253 CÓDIGO CIVIL - 5 CAPÍTULO ÚNICO - DISPOSIÇÕES GERAIS 253 TÍTULO IV - DOS INSTITUTOS COMPLEMENTARES 255 CAPÍTULO I - DO REGISTRO 255 CAPÍTULO II - DO NOME EMPRESARIAL 256 CAPÍTULO III - DOS PREPOSTOS 259 SEÇÃO I - DISPOSIÇÕES GERAIS 259 SEÇÃO II - DO GERENTE 260 SEÇÃO III - DO CONTABILISTA E OUTROS AUXILIARES 260 CAPÍTULO IV - DA ESCRITURAÇÃO 261 LIVRO III - DO DIREITO DAS COISAS 265 TÍTULO I - DA POSSE 265 CAPÍTULO I - DA POSSE E SUA CLASSIFICAÇÃO 268 CAPÍTULO II - DA AQUISIÇÃO DA POSSE 271 CAPÍTULO III - DOS EFEITOS DA POSSE 271 CAPÍTULO IV - DA PERDA DA POSSE 275 TÍTULO II - DOS DIREITOS REAIS 275 CAPÍTULO ÚNICO - DISPOSIÇÕES GERAIS 275 TÍTULO III - DA PROPRIEDADE 276 CAPÍTULO I - DA PROPRIEDADE EM GERAL 276 SEÇÃO I - DISPOSIÇÕES PRELIMINARES 276 SEÇÃO II - DA DESCOBERTA 278 CAPÍTULO II - DA AQUISIÇÃO DA PROPRIEDADE IMÓVEL 279 SEÇÃO I - DA USUCAPIÃO 279 SEÇÃO II - DA AQUISIÇÃO PELO REGISTRO DO TÍTULO 285 SEÇÃO III - DA AQUISIÇÃO POR ACESSÃO 286 SUBSEÇÃO I - DAS ILHAS 286 SUBSEÇÃO II - DA ALUVIÃO 287 SUBSEÇÃO III - DA AVULSÃO 287 SUBSEÇÃO IV - DO ÁLVEO ABANDONADO 287 SUBSEÇÃO V - DAS CONSTRUÇÕES E PLANTAÇÕES 288 CAPÍTULO III - DA AQUISIÇÃO DA PROPRIEDADE MÓVEL 289 SEÇÃO I - DA USUCAPIÃO 289 SEÇÃO II - DA OCUPAÇÃO 289 SEÇÃO III - DO ACHADO DO TESOURO 289 SEÇÃO IV - DA TRADIÇÃO 290 SEÇÃO V - DA ESPECIFICAÇÃO 290 SEÇÃO VI - DA CONFUSÃO, DA COMISSÃO E DA ADJUNÇÃo 291 CAPÍTULO IV - DA PERDA DA PROPRIEDADE 291 CAPÍTULO V - DOS DIREITOS DE VIZINHANÇA 292 SEÇÃO I - DO USO ANORMAL DA PROPRIEDADE 293 SEÇÃO II - DAS ÁRVORES LIMÍTROFES 293 CÓDIGO CIVIL - 6 SEÇÃO III - DA PASSAGEM FORÇADA 294 SEÇÃO IV - DA PASSAGEM DE CABOS E TUBULAÇÕES 295 SEÇÃO V - DAS ÁGUAS 295 SEÇÃO VI - DOS LIMITES ENTRE PRÉDIOS E DO DIREITO DE TAPAGEM 297 SEÇÃO VII - DO DIREITO DE CONSTRUIR 297 CAPÍTULO VI - DO CONDOMÍNIO GERAL 299 SEÇÃO I - DO CONDOMÍNIO VOLUNTÁRIO 299 SUBSEÇÃO I - DOS DIREITOS E DEVERES DOS CONDÔMINOS 299 SUBSEÇÃO II - DA ADMINISTRAÇÃO DO CONDOMÍNIO 301 SEÇÃO II - DO CONDOMÍNIO NECESSÁRIO 302 CAPÍTULO VII - DO CONDOMÍNIO EDILÍCIO 302 SEÇÃO I - DISPOSIÇÕES GERAIS 302 SEÇÃO II - DA ADMINISTRAÇÃO DO CONDOMÍNIO 307 SEÇÃO III - DA EXTINÇÃO DO CONDOMÍNIO 310 SEÇÃO IV - DO CONDOMÍNIO DE LOTES 311 CAPÍTULO VII-A - DO CONDOMÍNIO EM MULTIPROPRIEDADE (LEI 13777/18) 312 SEÇÃO I - DISPOSIÇÕES GERAIS 312 SEÇÃO II - DA INSTITUIÇÃO DA MULTIPROPRIEDADE 313 SEÇÃO III - DOS DIREITOS E DAS OBRIGAÇÕES DO MULTIPROPRIETÁRIO 314 SEÇÃO IV - DA TRANSFERÊNCIA DA MULTIPROPRIEDADE 315 SEÇÃO V - DA ADMINISTRAÇÃO DA MULTIPROPRIEDADE 315 SEÇÃO VI - DISPOSIÇÕES ESPECÍFICAS RELATIVAS ÀS UNIDADES AUTÔNOMAS DE CONDOMÍNIOS EDILÍCIOS 316 CAPÍTULO VIII - DA PROPRIEDADE RESOLÚVEL 318 CAPÍTULO IX - DA PROPRIEDADE FIDUCIÁRIA 319 CAPITULO X - DO FUNDO DE INVESTIMENTO 321 TÍTULO IV - DA SUPERFÍCIE 323 TÍTULO V - DAS SERVIDÕES 325 CAPÍTULO I - DA CONSTITUIÇÃO DAS SERVIDÕES 325 CAPÍTULO II - DO EXERCÍCIO DAS SERVIDÕES 325 CAPÍTULO III - DA EXTINÇÃO DAS SERVIDÕES 326 TÍTULO VI - DO USUFRUTO 327 CAPÍTULO I - DISPOSIÇÕES GERAIS 327 CAPÍTULO II - DOS DIREITOS DO USUFRUTUÁRIO 328 CAPÍTULO III - DOS DEVERES DO USUFRUTUÁRIO 329 CAPÍTULO IV - DA EXTINÇÃO DO USUFRUTO 330 TÍTULO VII - DO USO 330 TÍTULO VIII - DA HABITAÇÃO 331 TÍTULO IX - DO DIREITO DO PROMITENTE COMPRADOR 331 TÍTULO X - DO PENHOR, DA HIPOTECA E DA ANTICRESE 332 CAPÍTULO I - DISPOSIÇÕES GERAIS 332 CAPÍTULO II - DO PENHOR 334 CÓDIGO CIVIL - 7 SEÇÃO I - DA CONSTITUIÇÃO DO PENHOR 334 SEÇÃO II - DOS DIREITOS DO CREDOR PIGNORATÍCIO 334 SEÇÃO III - DAS OBRIGAÇÕES DO CREDOR PIGNORATÍCIO 335 SEÇÃO IV - DA EXTINÇÃO DO PENHOR 335 SEÇÃO V - DO PENHOR RURAL 336 SUBSEÇÃO I - DISPOSIÇÕES GERAIS 336 SUBSEÇÃO II - DO PENHOR AGRÍCOLA 336 SUBSEÇÃO III - DO PENHOR PECUÁRIO 337 SEÇÃO VI - DO PENHOR INDUSTRIAL E MERCANTIL 337 SEÇÃO VII - DO PENHOR DE DIREITOS E TÍTULOS DE CRÉDITO 338 SEÇÃO VIII - DO PENHOR DE VEÍCULOS 339 SEÇÃO IX - DO PENHOR LEGAL 340 CAPÍTULO III - DA HIPOTECA 341 SEÇÃO I - DISPOSIÇÕES GERAIS 341 SEÇÃO II - DA HIPOTECA LEGAL 343 SEÇÃO III - DO REGISTRO DA HIPOTECA 344 SEÇÃO IV - DA EXTINÇÃO DA HIPOTECA 345 SEÇÃO V - DA HIPOTECA DE VIAS FÉRREAS 345 CAPÍTULO IV - DA ANTICRESE 346 TÍTULO XI - DA LAJE 347 LIVRO IV - DO DIREITO DE FAMÍLIA 348 TÍTULO I - DO DIREITO PESSOAL 348 SUBTÍTULO I - DO CASAMENTO 348 CAPÍTULO I - DISPOSIÇÕES GERAIS 348 CAPÍTULO II - DA CAPACIDADE PARA O CASAMENTO 350 CAPÍTULO III- DOS IMPEDIMENTOS 351 CAPÍTULO IV - DAS CAUSAS SUSPENSIVAS 351 CAPÍTULO V - DO PROCESSO DE HABILITAÇÃO PARA O CASAMENTO 352 CAPÍTULO VI - DA CELEBRAÇÃO DO CASAMENTO 353 CAPÍTULO VII - DAS PROVAS DO CASAMENTO 356 CAPÍTULO VIII - DA INVALIDADE DO CASAMENTO 356 CAPÍTULO IX - DA EFICÁCIA DO CASAMENTO 359 CAPÍTULO X - DA DISSOLUÇÃO DA SOCIEDADE E DO VÍNCULO CONJUGAL 360 CAPÍTULO XI - DA PROTEÇÃO DA PESSOA DOS FILHOS 365 SUBTÍTULO II - DAS RELAÇÕES DE PARENTESCO 369 CAPÍTULO I - DISPOSIÇÕES GERAIS 369 CAPÍTULO II - DA FILIAÇÃO 370 CAPÍTULO III - DO RECONHECIMENTO DOS FILHOS 373 CAPÍTULO IV - DA ADOÇÃO 375 CAPÍTULO V - DO PODER FAMILIAR 375 SEÇÃO I - DISPOSIÇÕES GERAIS 375 CÓDIGO CIVIL - 8 SEÇÃO II - DO EXERCÍCIO DO PODER FAMILIAR 376 SEÇÃO III - DA SUSPENSÃO E EXTINÇÃO DO PODER FAMILIAR 376 TÍTULO II - DO DIREITO PATRIMONIAL 378 SUBTÍTULO I - DO REGIME DE BENS ENTRE OS CÔNJUGES 378 CAPÍTULO I - DISPOSIÇÕES GERAIS 378 CAPÍTULO II - DO PACTO ANTENUPCIAL 382 CAPÍTULO III - DO REGIME DE COMUNHÃO PARCIAL 383 CAPÍTULO IV - DO REGIME DE COMUNHÃO UNIVERSAL 385 CAPÍTULO V - DO REGIME DE PARTICIPAÇÃO FINAL NOS AQÜESTOS 387 CAPÍTULO VI - DO REGIME DE SEPARAÇÃO DE BENS 389 SUBTÍTULO II - DO USUFRUTO E DA ADMINISTRAÇÃO DOS BENS DE FILHOS MENORES 389 SUBTÍTULO III - DOS ALIMENTOS 390 SUBTÍTULO IV - DO BEM DE FAMÍLIA 398 TÍTULO III - DA UNIÃO ESTÁVEL 403 TÍTULO IV - DA TUTELA, DA CURATELA E DA TOMADA DE DECISÃO APOIADA 406 CAPÍTULO I - DA TUTELA 406 SEÇÃO I - DOS TUTORES 407 SEÇÃO II - DOS INCAPAZES DE EXERCER A TUTELA 408 SEÇÃO III - DA ESCUSA DOS TUTORES 409 SEÇÃO IV - DO EXERCÍCIO DA TUTELA 409 SEÇÃO V - DOS BENS DO TUTELADO 411 SEÇÃO VI - DA PRESTAÇÃO DE CONTAS 412 SEÇÃO VII - DA CESSAÇÃO DA TUTELA 413 CAPÍTULO II - DA CURATELA 413 SEÇÃO I - DOS INTERDITOS 413 SEÇÃO II - DA CURATELA DO NASCITURO E DO ENFERMO OU PORTADOR DE DEFICIÊNCIA FÍSICA 414 SEÇÃO III - DO EXERCÍCIO DA CURATELA 415 CAPÍTULO III - DA TOMADA DE DECISÃO APOIADA 415 LIVRO V - DO DIREITO DAS SUCESSÕES 416 TÍTULO I - DA SUCESSÃO EM GERAL 417 CAPÍTULO I - DISPOSIÇÕES GERAIS 417 CAPÍTULO II - DA HERANÇA E DE SUA ADMINISTRAÇÃO 418 CAPÍTULO III - DA VOCAÇÃO HEREDITÁRIA 419 CAPÍTULO IV - DA ACEITAÇÃO E RENÚNCIA DA HERANÇA 420 CAPÍTULO V - DOS EXCLUÍDOS DA SUCESSÃO 421 CAPÍTULO VI - DA HERANÇA JACENTE 423 CAPÍTULO VII - DA PETIÇÃO DE HERANÇA 423 TÍTULO II - DA SUCESSÃO LEGÍTIMA 424 CAPÍTULO I - DA ORDEM DA VOCAÇÃO HEREDITÁRIA 424 CAPÍTULO II - DOS HERDEIROS NECESSÁRIOS 427 CAPÍTULO III - DO DIREITO DE REPRESENTAÇÃO 428 CÓDIGO CIVIL - 9 TÍTULO III - DA SUCESSÃO TESTAMENTÁRIA 429 CAPÍTULO I - DO TESTAMENTO EM GERAL 429 CAPÍTULO II - DA CAPACIDADE DE TESTAR 429 CAPÍTULO III - DAS FORMAS ORDINÁRIAS DO TESTAMENTO 429 SEÇÃO I - DISPOSIÇÕES GERAIS 429 SEÇÃO II - DO TESTAMENTO PÚBLICO 430 SEÇÃO III - DO TESTAMENTO CERRADO 430 SEÇÃO IV - DO TESTAMENTO PARTICULAR 431 CAPÍTULO IV - DOS CODICILOS 432 CAPÍTULO V - DOS TESTAMENTOS ESPECIAIS 433 SEÇÃO I - DISPOSIÇÕES GERAIS 433 SEÇÃO II - DO TESTAMENTO MARÍTIMO E DO TESTAMENTO AERONÁUTICO 433 SEÇÃO III - DO TESTAMENTO MILITAR 434 CAPÍTULO VI - DAS DISPOSIÇÕES TESTAMENTÁRIAS 434 CAPÍTULO VII -DOS LEGADOS 437 SEÇÃO I - DISPOSIÇÕES GERAIS 437 SEÇÃO II - DOS EFEITOS DO LEGADO E DO SEU PAGAMENTO 438 SEÇÃO III - DA CADUCIDADE DOS LEGADOS 440 CAPÍTULO VIII - DO DIREITO DE ACRESCER ENTRE HERDEIROS E LEGATÁRIOS 440 CAPÍTULO IX - DAS SUBSTITUIÇÕES 441 SEÇÃO I - DA SUBSTITUIÇÃO VULGAR E DA RECÍPROCA 441 SEÇÃO II - DA SUBSTITUIÇÃO FIDEICOMISSÁRIA 442 CAPÍTULO X - DA DESERDAÇÃO 443 CAPÍTULO XI - DA REDUÇÃO DAS DISPOSIÇÕES TESTAMENTÁRIAS 444 CAPÍTULO XII - DA REVOGAÇÃO DO TESTAMENTO 445 CAPÍTULO XIII - DO ROMPIMENTO DO TESTAMENTO 445 CAPÍTULO XIV - DO TESTAMENTEIRO 446 TÍTULO IV - DO INVENTÁRIO E DA PARTILHA 447 CAPÍTULO I - DO INVENTÁRIO 447 CAPÍTULO II - DOS SONEGADOS 448 CAPÍTULO III - DO PAGAMENTO DAS DÍVIDAS 448 CAPÍTULO IV - DA COLAÇÃO 449 CAPÍTULO V - DA PARTILHA 451 CAPÍTULO VI - DA GARANTIA DOS QUINHÕES HEREDITÁRIOS 452 CAPÍTULO VII - DA ANULAÇÃO DA PARTILHA 452 LIVRO COMPLEMENTAR - DAS DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS 452 CÓDIGO CIVIL - 10 código civil PRINCÍPIOS NORTEADORES DO CC/02 ETICIDADE ● Impõe justiça e boa-fé nas relações civis ("pacta sunt servanda"). ● No contrato tem que agir de boa-fé em todas as suas fases. ● Corolário desse princípio é o princípio da boa-fé objetiva. OPERABILIDADE ● Impõe soluções viáveis, operáveis e sem grandes dificuldades na aplicação do direito. A regra tem que ser aplicada de modo simples. Exemplo: princípio da concretude pelo qual deve-se pensar em solucionar o caso concreto de maneira mais efetiva. SOCIABILIDADE ● Impõe prevalência dos valores coletivos sobre os individuais, respeitando os direitos fundamentais da pessoa humana. Ex: princípio da função social do contrato, da propriedade. PARTE GERAL LIVRO I - DAS PESSOAS TÍTULO I - DAS PESSOAS NATURAIS CAPÍTULO I - DA PERSONALIDADE E DA CAPACIDADE Art. 1. TODA PESSOA É CAPAZ de direitos e deveres na ordem civil. Art. 2 A personalidade civil da pessoa começa do nascimento com vida; mas a lei põe a salvo, desde a concepção, os direitos do nascituro. JDC1 A proteção que o Código defere ao nascituro alcança o natimorto no que concerne aos direitos da personalidade, tais como: nome, imagem e sepultura. JDC2 Sem prejuízo dos direitos da personalidade nele assegurados, o art. 2º do Código Civil não é sede adequada para questões emergentes da reprogenética humana, que deve ser objeto de um estatuto próprio. TEORIAS SOBRE O INÍCIO DA PERSONALIDADE TEORIA NATALISTA - CC/02 ● A personalidade jurídica se inicia com o nascimento com vida. ● O nascituro não teria direitos, mas apenas expectativa de direitos. CÓDIGO CIVIL - 11 TEORIA CONCEPCIONISTA - STJ e CONVENÇÃO AMERICANA ● A personalidade jurídica se inicia com a concepção. ● O nascituro teria personalidade jurídica. TEORIA DA PERSONALIDADE CONDICIONAL ● Nascituro teria personalidade jurídica sujeita a condição suspensiva. DIREITOS ASSEGURADOS AO NASCITURO ❖ Direitos personalíssimos, como o direito à vida, o direito à proteção pré-natal etc.; ❖ Pode receber doação; ❖ Pode ser reconhecido pelos pais (art. 1.609, parágrafo único); ❖ Pode ser beneficiado por legado e herança; ❖ É possível que lhe seja nomeado curador para a defesa dos seus interesses; ❖ O Código Penal tipifica o crime de aborto; ❖ Como decorrência da proteção conferida pelos direitos da personalidade, o nascituro tem direito à realização do exame de DNA, para efeito de aferição de paternidade. ❖ Se for natimorto, ocorre a caducidade de tais atos. Informações retiradas do site www.dizerodireito.com.br Art. 3 São absolutamente incapazes de exercer pessoalmente os atos da vida civil os menores de 16 anos. “Não é admitida, pelo ordenamento jurídico, a declaração de incapacidade absoluta às pessoas com enfermidade ou deficiência mental.” STJ. 3ª Turma. REsp 1.927.423/SP, Rel. Min. Marco Aurélio Bellizze, julgado em 27/04/2021 (Info 694). Art. 4 São incapazes, relativamente a certos atos ou à maneira de os exercer: I - os maiores de 16 e menores de 18 anos; II - os ébrios habituais e os viciados em tóxico; III - aqueles que, por causa transitória ou permanente, não puderem exprimir sua vontade; IV - os pródigos. Parágrafo único. A capacidade dos indígenas será regulada por legislação especial. Art. 5 A menoridade cessa aos 18 anos completos, quando a pessoa fica habilitada à prática de todos os atos da vida civil. Parágrafo único. Cessará, para os menores, a incapacidade (EMANCIPAÇÃO): CÓDIGO CIVIL - 12 I - pela concessão dos pais, ou de um deles na falta do outro, mediante instrumento público, INDEPENDENTEMENTE DE HOMOLOGAÇÃO JUDICIAL, ou por sentença do juiz, ouvido o tutor, se o menor tiver dezesseis anos completos – serão registrados em registro público; II - pelo casamento; III - pelo exercício de emprego público efetivo; IV - pela colação de grau em curso de ensino superior; V - pelo estabelecimento civil ou comercial, ou pela existência de relação de emprego, desde que, em função deles, o menor com 16 anos completos tenha economia própria. A Emancipação antecipa a capacidade, mas não a maioridade. JDC3 A redução do limite etário para a definição da capacidade civil aos 18 anos não altera o disposto no art. 16, I, da Lei n. 8.213/91, que regula específica situação de dependência econômica para fins previdenciários e outras situações similares de proteção, previstas em legislação especial. JDC397 A emancipação por concessão dos pais ou por sentença do juiz está sujeita à desconstituição por vício de vontade. JDC530 A emancipação, por si só, não elide a incidência do ECA. Art. 6 A existência da pessoa natural termina com a morte; presume-se esta, quanto aos AUSENTES, nos casos em que a lei autoriza a abertura de sucessão definitiva. Art. 7 Pode ser declarada a morte presumida, SEM DECRETAÇÃO DE AUSÊNCIA: I - se for extremamente provável a morte de quem estava em perigo de vida; II - se alguém, desaparecido em campanha ou feito prisioneiro, não for encontrado até 2 anos após o término da guerra. Parágrafo único. A declaração da morte presumida, nesses casos, somente poderá ser requerida depois de esgotadas as buscas e averiguações, devendo a sentença fixar a data provável do falecimento. MORTE PRESUMIDA COM DECRETAÇÃO DE AUSÊNCIA SEM DECRETAÇÃO DE AUSÊNCIA Nos casos em que a lei autoriza a abertura de sucessão definitiva: - 10 anos após a abertura da sucessão provisória - ausente conta 80 anos de idade, e que de 5 datam as últimas notícias dele Extremamente provável a morte de quem estava em perigo de vida; Desaparecido em campanha ou feito prisioneiro, não for encontrado até 2 anos após o término da guerra. CÓDIGO CIVIL - 13 JDC614 Os efeitos patrimoniais da presunção de morte posterior à declaração da ausência são aplicáveis aos casos do art. 7º, de modo que, se o presumivelmente morto reaparecer nos 10 anos seguintes à abertura da sucessão, receberá igualmente os bens existentes no estado em que se acharem. Art. 8 (COMORIÊNCIA) Se dois ou mais indivíduos falecerem na mesma ocasião, não se podendo averiguar se algum dos comorientes precedeu aos outros, presumir-se-ão simultaneamente mortos. JDC645 A comoriência pode ocorrer em quaisquer das espécies de morte previstas no direito civil brasileiro. Art. 9 Serão registrados em registro público: I - os nascimentos, casamentos e óbitos; II - a emancipação por outorga dos pais ou por sentença do juiz; III - a interdição por incapacidade absoluta ou relativa; IV - a sentença declaratória de ausência e de morte presumida. Art. 10. Far-se-á averbação em registro público: I - das sentenças que decretarem a nulidade ou anulação do casamento, o divórcio, a separação judicial e o restabelecimento da sociedade conjugal; II - dos atos judiciais ou extrajudiciais que declararem ou reconhecerem a filiação; JDC272 Não é admitida em nosso ordenamento jurídico a adoção por ato extrajudicial, sendo indispensável a atuação jurisdicional, inclusive para a adoção de maiores de dezoito anos. JDC273 Tanto na adoção bilateral quanto na unilateral, quando não se preserva o vínculo com qualquer dos genitores originários, deverá ser averbado o cancelamento do registro originário de nascimento do adotado, lavrando-se novo registro. Sendo unilateral a adoção, e sempre que se preserve o vínculo originário com um dos genitores, deverá ser averbada a substituição do nome do pai ou mãe naturais pelo nome do pai ou mãe adotivos. CC LRP SERÃO REGISTRADOS I - os nascimentos, casamentos e óbitos; II - a emancipação por outorga dos pais ou por sentença do juiz; III - a interdição por incapacidade absoluta ou relativa; IV - a sentença declaratória de ausência e de morte presumida. SERÃO REGISTRADOS I - os nascimentos; II - os casamentos; III - os óbitos; IV - as emancipações; V - as interdições; VI - as sentenças declaratórias de ausência; VII - as opções de nacionalidade; CÓDIGO CIVIL - 14 VIII - as sentenças que deferirem a legitimação adotiva. SERÃO AVERBADOS I - das sentenças que decretarem a nulidade ou anulação do casamento, o divórcio, a separação judicial e o restabelecimento da sociedade conjugal; II - dos atos judiciais ou extrajudiciais que declararem ou reconhecerem a filiação; SERÃO AVERBADOS a) as sentenças que decidirem a nulidade ou anulação do casamento, o desquite e o restabelecimento da sociedade conjugal; b) as sentenças que julgarem ilegítimos os filhos concebidos na constância do casamento e as que declararem a filiação legítima; c) os casamentos de que resultar a legitimação de filhos havidos ou concebidos anteriormente; d) os atos judiciais ou extrajudiciais de reconhecimento de filhos ilegítimos; e) as escrituras de adoção e os atos que a dissolverem; f) as alterações ou abreviaturas de nomes. CÓDIGO CIVIL - 15 C¢digo de Processo Penal_ art. 1ø - 3.pdf CÓDIGO DE PROCESSO PENAL LIVRO I - DO PROCESSO EM GERAL TÍTULO I - DISPOSIÇÕES PRELIMINARES Art. 1o O processo penal reger-se-á, em todo o território brasileiro (PRINCÍPIO DA TERRITORIALIDADE OU LEX FORI), por este Código, ressalvados: I - os tratados, as convenções e regras de direito internacional; II - as prerrogativas constitucionais do Presidente da República, dos ministros de Estado, nos crimes conexos com os do Presidente da República, e dos ministros do Supremo Tribunal Federal, nos crimes de responsabilidade (Constituição, arts. 86, 89, § 2o, e 100 arts. 50, § 2º; 52, I, parágrafo único; 85; 86, § 1º, II; e 102, I, b ); III - os processos da competência da Justiça Militar (aplicação subsidiária do CPP – art. 3°, “a”, CPPM); IV - os processos da competência do tribunal especial (inciso não é mais válido) V - os processos por crimes de imprensa (inciso não é mais válido; STF não recepcionou a Lei de Imprensa). Parágrafo único. Aplicar-se-á, entretanto, este Código aos processos referidos nos nos. IV e V, quando as leis especiais que os regulam não dispuserem de modo diverso. Art. 2o A lei processual penal aplicar-se-á desde logo, sem prejuízo da validade dos atos realizados sob a vigência da lei anterior [“TEMPUS REGIT ACTUM” OU PRINCÍPIO DA IMEDIATIDADE] JDPP 1 A norma puramente processual tem eficácia a partir da data de sua vigência, conservando-se os efeitos dos atos já praticados. Entende-se por norma puramente processual aquela que regulamente procedimento sem interferir na pretensão punitiva do Estado. A norma procedimental que modifica a pretensão punitiva do Estado deve ser considerada norma de direito material, que pode retroagir se for mais benéfica ao acusado. Art. 3o A lei processual penal ADMITIRÁ INTERPRETAÇÃO EXTENSIVA E APLICAÇÃO ANALÓGICA, bem como o suplemento dos princípios gerais de direito. DIREITO PROCESSUAL PENAL DIREITO PENAL Admite interpretação extensiva. Prevalece que não se admite interpretação extensiva em prejuízo do réu. Admite analogia. É possível o emprego da analogia desde que seja in bonnan partem (em favor do réu). O princípio da legalidade proíbe a analogia in mallan partem (contra o réu). Admite interpretação analógica. Admite interpretação analógica. Tabela retirada do site www.dizerodireito.com.br CP COMPILADO-1-15.pdf CÓDIGO PENAL TÍTULO I - DA APLICAÇÃO DA LEI PENAL 8 TÍTULO II - DO CRIME 13 TÍTULO III - DA IMPUTABILIDADE PENAL 24 TÍTULO IV - DO CONCURSO DE PESSOAS 25 TÍTULO V - DAS PENAS 27 CAPÍTULO I - DAS ESPÉCIES DE PENA 27 SEÇÃO I - DAS PENAS PRIVATIVAS DE LIBERDADE (PPL) 27 SEÇÃO II - DAS PENAS RESTRITIVAS DE DIREITOS (PRD) 29 SEÇÃO III - DA PENA DE MULTA 34 CAPÍTULO II - DA COMINAÇÃO DAS PENAS 36 CAPÍTULO III - DA APLICAÇÃO DA PENA 36 CAPÍTULO IV - DA SUSPENSÃO CONDICIONAL DA PENA 56 CAPÍTULO V - DO LIVRAMENTO CONDICIONAL 58 CAPÍTULO VI - DOS EFEITOS DA CONDENAÇÃO 61 CAPÍTULO VII - DA REABILITAÇÃO 64 TÍTULO VI - DAS MEDIDAS DE SEGURANÇA 64 TÍTULO VII - DA AÇÃO PENAL 67 TÍTULO VIII - DA EXTINÇÃO DA PUNIBILIDADE 68 TÍTULO I - DOS CRIMES CONTRA A PESSOA 72 CAPÍTULO I - DOS CRIMES CONTRA A VIDA 72 CAPÍTULO II - DAS LESÕES CORPORAIS 79 CAPÍTULO III - DA PERICLITAÇÃO DA VIDA E DA SAÚDE 81 CAPÍTULO IV - DA RIXA 83 CAPÍTULO V - DOS CRIMES CONTRA A HONRA 83 CAPÍTULO VI - DOS CRIMES CONTRA A LIBERDADE INDIVIDUAL 89 SEÇÃO I - DOS CRIMES CONTRA A LIBERDADE PESSOAL 89 SEÇÃO II - DOS CRIMES CONTRA A INVIOLABILIDADE DO DOMICÍLIO 92 SEÇÃO III - DOS CRIMES CONTRA A INVIOLABILIDADE DE CORRESPONDÊNCIA 93 SEÇÃO IV - DOS CRIMES CONTRA A INVIOLABILIDADE DOS SEGREDOS 93 TÍTULO II - DOS CRIMES CONTRA O PATRIMÔNIO 95 CAPÍTULO I - DO FURTO 95 CAPÍTULO II - DO ROUBO E DA EXTORSÃO 99 CAPÍTULO III - DA USURPAÇÃO 105 CAPÍTULO IV - DO DANO 106 CAPÍTULO V - DA APROPRIAÇÃO INDÉBITA 107 CAPÍTULO VI - DO ESTELIONATO E OUTRAS FRAUDES 109 CAPÍTULO VII - DA RECEPTAÇÃO 118 CAPÍTULO VIII - DISPOSIÇÕES GERAIS 120 TÍTULO III - DOS CRIMES CONTRA A PROPRIEDADE IMATERIAL 120 CÓDIGO PENAL - 1 CAPÍTULO I - DOS CRIMES CONTRA A PROPRIEDADE INTELECTUAL 120 TÍTULO IV - DOS CRIMES CONTRA A ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO 122 TÍTULO V - DOS CRIMES CONTRA O SENTIMENTO RELIGIOSO E CONTRA O RESPEITO AOS MORTOS 124 CAPÍTULO I - DOS CRIMES CONTRA O SENTIMENTO RELIGIOSO 124 CAPÍTULO II - DOS CRIMES CONTRA O RESPEITO AOS MORTOS 124 TÍTULO VI - DOS CRIMES CONTRA A DIGNIDADE SEXUAL 124 CAPÍTULO I - DOS CRIMES CONTRA A LIBERDADE SEXUAL 124 CAPÍTULO I- A - DA EXPOSIÇÃO DA INTIMIDADE SEXUAL (LEI 13772/2018) 126 CAPÍTULO II - DOS CRIMES SEXUAIS CONTRA VULNERÁVEL 127 CAPÍTULO IV - DISPOSIÇÕES GERAIS 131 CAPÍTULO V - DO LENOCÍNIO E DO TRÁFICO DE PESSOA PARA FIM DE PROSTITUIÇÃO OU OUTRA FORMA DE EXPLORAÇÃO SEXUAL 132 CAPÍTULO VI - DO ULTRAJE PÚBLICO AO PUDOR 133 CAPÍTULO VII - DISPOSIÇÕES GERAIS 133 TÍTULO VII - DOS CRIMES CONTRA A FAMÍLIA 138 CAPÍTULO I - DOS CRIMES CONTRA O CASAMENTO 138 CAPÍTULO II - DOS CRIMES CONTRA O ESTADO DE FILIAÇÃO 139 CAPÍTULO III - DOS CRIMES CONTRA A ASSISTÊNCIA FAMILIAR 140 CAPÍTULO IV - DOS CRIMES CONTRA O PÁTRIO PODER, TUTELA CURATELA 140 TÍTULO VIII - DOS CRIMES CONTRA A INCOLUMIDADE PÚBLICA 141 CAPÍTULO I - DOS CRIMES DE PERIGO COMUM 141 CAPÍTULO II - DOS CRIMES CONTRA A SEGURANÇA DOS MEIOS DE COMUNICAÇÃO E TRANSPORTE E OUTROS SERVIÇOS PÚBLICOS 143 CAPÍTULO III - DOS CRIMES CONTRA A SAÚDE PÚBLICA 145 TÍTULO IX - DOS CRIMES CONTRA A PAZ PÚBLICA 149 TÍTULO X - DOS CRIMES CONTRA A FÉ PÚBLICA 150 CAPÍTULO I - DA MOEDA FALSA 150 CAPÍTULO II - DA FALSIDADE DE TÍTULOS E OUTROS PAPÉIS PÚBLICOS 151 CAPÍTULO III - DA FALSIDADE DOCUMENTAL 152 CAPÍTULO IV - DE OUTRAS FALSIDADES 156 CAPÍTULO V - DAS FRAUDES EM CERTAMES DE INTERESSE PÚBLICO 157 TÍTULO XI - DOS CRIMES CONTRA A ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA 157 CAPÍTULO I - DOS CRIMES PRATICADOS POR FUNCIONÁRIO PÚBLICO CONTRA A ADMINISTRAÇÃO EM GERAL 158 CAPÍTULO II - DOS CRIMES PRATICADOS POR PARTICULAR CONTRA A ADMINISTRAÇÃO EM GERAL 165 CAPÍTULO II-A - DOS CRIMES PRATICADOS POR PARTICULAR CONTRA A ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA ESTRANGEIRA 170 CAPÍTULO II-B - DOS CRIMES EM LICITAÇÕES E CONTRATOS ADMINISTRATIVOS 171 CAPÍTULO III - DOS CRIMES CONTRA A ADMINISTRAÇÃO DA JUSTIÇA 179 CAPÍTULO IV - DOS CRIMES CONTRA AS FINANÇAS PÚBLICAS 183 TÍTULO XII - DOS CRIMES CONTRA O ESTADO DEMOCRÁTICO DE DIREITO 188 CAPÍTULO I - DOS CRIMES CONTRA A SOBERANIA NACIONAL (LEI 14197/21) 188 CÓDIGO PENAL - 2 CAPÍTULO II - DOS CRIMES CONTRA AS INSTITUIÇÕES DEMOCRÁTICAS 189 CAPÍTULO III - DOS CRIMES CONTRA O FUNCIONAMENTO DAS INSTITUIÇÕES DEMOCRÁTICAS NO PROCESSO ELEITORAL 189 CAPÍTULO IV - DOS CRIMES CONTRA O FUNCIONAMENTO DOS SERVIÇOS ESSENCIAIS 190 CAPÍTULO VI - DISPOSIÇÕES COMUNS 190 CÓDIGO PENAL - 3 CONCEITO DE DIREITO PENAL ASPECTO FORMAL ou ESTÁTICO ▸ Direito Penal é o conjunto de normas que qualifica certos comportamentos humanos como infrações penais, define os seus agentes e fixa sanções a serem-lhes aplicadas. ASPECTO MATERIAL ▸ O Direito Penal refere-se a comportamentos considerados altamente reprováveis ou danosos ao organismo social, afetando bens jurídicos indispensáveis à própria conservação e progresso da sociedade. ASPECTO SOCIOLÓGICO ou DINÂMICO ▸ O Direito Penal é mais um instrumento de controle social , visando assegurar a necessária disciplina para a harmônica convivência dos membros da sociedade. ▸ Aprofundando o enfoque sociológico - A manutenção da paz social demanda a existência de normas destinadas a estabelecer diretrizes. - Quando violadas as regras de conduta, surge para o Estado o dever de aplicar sanções ( civis ou penais ). - Nessa tarefa de controle social atuam vários ramos do direito, como o Direito Civil, Direito Administrativo, etc. O Direito Penal é apenas um dos ramos do controle social. - Quando a conduta atenta contra bens jurídicos especialmente tutelados, merece reação mais severa por parte do Estado, valendo-se do Direito Penal. IMPORTANTE: O que diferencia a norma penal das demais é a espécie de consequência jurídica, ou seja, pena privativa de liberdade (PPL) - O Direito Penal é norteado pelo princípio da intervenção mínima, só atuando quando os outros ramos do direito falham. *Tabelas de Direito Penal foram produzidas a partir de aulas do Professor Rogério Sanches DIREITO PENAL CRIMINOLOGIA (CIÊNCIA PENAL) POLÍTICA CRIMINAL (CIÊNCIA POLÍTICA) Analisa os fatos humanos indesejados , define quais devem ser rotulados como crime ou contravenção, anunciando as penas . Ciência empírica que estuda o crime, o criminoso, a vítima e o comportamento da sociedade. Trabalha as estratégias e os meios de controle social da criminalidade. Ocupa-se do crime enquanto NORMA . Ocupa-se do crime enquanto FATO social. Ocupa-se do crime enquanto VALOR . ex.: define como crime lesão no ambiente doméstico e familiar. ex.: quais fatores contribuem para a violência doméstica e familiar ex.: estuda como diminuir a violência doméstica e familiar. CÓDIGO PENAL - 4 PRINCÍPIOS DO DIREITO PENAL Princípios relacionados com a MISSÃO FUNDAMENTAL DO DIREITO PENAL Princípio da EXCLUSIVA PROTEÇÃO DOS BENS JURÍDICOS ▸ O direito penal deve servir apenas para proteger bens jurídicos relevantes, indispensáveis ao convívio da sociedade. ▸ Decorrência do princípio da ofensividade. Princípio da INTERVENÇÃO MÍNIMA ▸ O Direito Penal só deve ser aplicado quando estritamente necessário, de modo que sua intervenção fica condicionada ao fracasso das demais esferas de controle (caráter subsidiário) , observando somente os casos de relevante lesão ou perigo de lesão ao bem jurídico tutelado (caráter fragmentário) . ▸ PRINCÍPIO DA FRAGMENTARIEDADE (ou caráter fragmentário do Direito Penal) : estabelece que nem todos os ilícitos configuram infrações penais, mas apenas os que atentam contra valores fundamentais para a manutenção e o progresso do ser humano e da sociedade . Em razão de seu caráter fragmentário, o Direito Penal é a última etapa de proteção do bem jurídico . Deve ser utilizado no plano abstrato , para o fim de permitir a criação de tipos penais somente quando os demais ramos do Direito tiverem falhado na tarefa de proteção de um bem jurídico. Refere-se, assim, à atividade legislativa . ▸ FRAGMENTARIEDADE ÀS AVESSAS: situações em que um comportamento inicialmente típico deixa de interessar ao Direito Penal, sem prejuízo da sua tutela pelos demais ramos do Direito . IMPORTANTE: O princípio da insignificância é desdobramento lógico da fragmentariedade . ▸ PRINCÍPIO DA SUBSIDIARIEDADE : a atuação do Direito Penal é cabível unicamente quando os outros ramos do Direito e os demais meios estatais de controle social tiverem se revelado impotentes para o controle da ordem pública . Assim, o Direito Penal funciona como um executor de reserva ( ultima ratio ) , entrando em cena somente quando outros meios estatais de proteção mais brandos, e, portanto, menos invasivos da liberdade individual não forem suficientes para a proteção do bem jurídico tutelado. Projeta-se no plano concreto , isto é, em sua atuação prática o Direito Penal somente se legitima quando os demais meios disponíveis já tiverem sido empregados, sem sucesso, para proteção do bem jurídico. Guarda relação, portanto, com a tarefa de aplicação da lei penal . Princípios relacionados com o FATO DO AGENTE Princípio da EXTERIORIZAÇÃO ou MATERIALIZAÇÃO DO FATO ▸ O Estado só pode incriminar condutas humanas voluntárias, isto é, fatos. ATENÇÃO: Veda-se o Direito Penal do autor : consistente na punição do indivíduo baseada em seus pensamentos, desejos e estilo de vida. Conclusão : O Direito Penal Brasileiro segue Direito Penal do Fato. ▸ RESQUÍCIOS DE DIREITO PENAL DO AUTOR NO DIREITO BRASILEIRO : Até 2009, mendicância era contravenção penal; Vadiagem é contravenção penal. ATENÇÃO: Identifica-se a aplicação do direito penal do autor em detrimento ao direito penal do fato: - Fixação da pena - Regime de cumprimento da pena e espécies de sanção. Princípio da LEGALIDADE Art. 5º , II, C.F. – “ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei;” CÓDIGO PENAL - 5 Art. 5º, XXXIX, C.F. – “não há crime sem lei anterior que o defina, nem pena sem prévia cominação legal;” Art. 1º, C.P. - “Não há crime sem lei anterior que o defina. Não há pena sem prévia cominação legal.” ▸ DESDOBRAMENTOS DO PRINCÍPIO DA LEGALIDADE : a) não há crime ou pena sem lei (medida provisória não pode criar crime, nem cominar pena) b) não há crime ou pena sem lei anterior (princípio da anterioridade) c) não há crime ou pena sem lei escrita (proíbe costume incriminador) d) não há crime ou pena sem lei estrita (proíbe-se a utilização da analogia para criar tipo incriminador - analogia in malam partem ). e) não há crime ou pena sem lei certa (Princípio da Taxatividade ou da determinação; Proibição de criação de tipos penais vagos e indeterminados) f) não há crime ou pena sem lei necessária (desdobramento lógico do princípio da intervenção mínima) ▸ Fundamentos do Princípio da Legalidade - JURÍDICO : taxatividade, certeza ou determinação. - POLÍTICO : garantia contra a devida ingerência no Estado na vida particular. - HISTÓRICO : Magna Carta (1215) - DEMOCRÁTICO : separação dos poderes Princípio da OFENSIVIDADE/LESIVIDADE ▸ Exige que do fato praticado ocorra lesão ou perigo de lesão ao bem jurídico tutelado. ▸ Somente condutas que causem lesão (efetiva/potencial) a bem jurídico, relevante e de terceiro, podem estar sujeitas ao Direito Penal. - CRIME DE DANO : ocorre efetiva lesão ao bem jurídico. Ex: homicídio. - CRIME DE PERIGO : basta risco de lesão ao bem jurídico. Ex.: embriaguez ao volante; porte de arma. a) Perigo abstrato : o risco de lesão é absolutamente presumido por lei. b) Perigo concreto : ● De vítima determinada : o risco deve ser demonstrado indicando pessoa certa em perigo. ● De vítima difusa : o risco deve ser demonstrado dispensando vítima determinada. Princípios relacionados com o AGENTE DO FATO Princípio da RESPONSABILIDADE PESSOAL ▸ Proíbe-se o castigo pelo fato de outrem. Está vedada a responsabilidade penal coletiva . ▸ DESDOBRAMENTOS : a) Obrigatoriedade da individualização da acusação (é proibida a denúncia genérica, vaga ou evasiva). O Promotor de Justiça deve individualizar os comportamentos. OBS : Nos crimes societários, os Tribunais Superiores flexibilizam essa obrigatoriedade. b) Obrigatoriedade da individualização da pena (é mandamento constitucional, evitando responsabilidade coletiva). Princípio da RESPONSABILIDADE SUBJETIVA CÓDIGO PENAL - 6 ▸ Não basta que o fato seja materialmente causado pelo agente, ficando a sua responsabilidade condicionada à existência da voluntariedade (dolo/culpa). Está proibida a responsabilidade penal objetiva , isto é, sem dolo ou culpa. ▸ Temos doutrina anunciando CASOS DE RESPONSABILIDADE PENAL OBJETIVA (autorizadas por lei) : 1- Embriaguez voluntária Crítica : a teoria da actio libera in causa exige não somente uma análise pretérita da imputabilidade, mas também da consciência e vontade do agente. 2- Rixa Qualificada Crítica : só responde pelo resultado agravador quem atuou frente a ele com dolo ou culpa, evitando-se responsabilidade penal objetiva. 3- Responsabilidade penal da pessoa jurídica nos crimes ambientais Princípio da CULPABILIDADE ▸ Postulado limitador do direito de punir. ▸ Só pode o Estado impor sanção penal ao agente imputável , isto é, penalmente capaz, com potencial consciência da ilicitude (possibilidade de conhecer o caráter ilícito do comportamento), quando dele exigível conduta diversa. Princípio da ISONOMIA ▸ A isonomia que se garante é a isonomia substancial. Deve-se tratar de forma igual o que é igual, e desigualmente o que é desigual. Princípio da PRESUNÇÃO DE INOCÊNCIA ▸ Convenção Americana de Direitos Humanos - Artigo 8º .2: “Toda pessoa acusada de um delito tem direito a que se presuma sua inocência , enquanto não for legalmente comprovada sua culpa. Durante o processo, toda pessoa tem direito, em plena igualdade, às seguintes garantias mínimas:” Art. 5º, LVII C.F. – “ninguém será considerado culpado até o trânsito em julgado de sentença penal condenatória;” Princípios relacionados com a PENA Princípio da DIGNIDADE DA PESSOA HUMANA ▸ A ninguém pode ser imposta pena ofensiva à dignidade da pessoa humana, vedando-se a sanção indigna, cruel, desumana e degradante. Princípio da INDIVIDUALIZAÇÃO DA PENA ▸ A individualização da pena deve ser observada em 3 momentos: 1- FASE LEGISLATIVA : observada pelo legislador no momento da definição do crime e na cominação de sua pena. Pena abstrata. 2- FASE JUDICIAL : observada pelo juiz na fixação da pena. Pena concreta. 3- FASE DE EXECUÇÃO: garantindo-se a individualização da execução penal (art. 5°, LEP). Princípio da PROPORCIONALIDADE ▸ Trata-se de princípio constitucional implícito (desdobramento da individualização da pena). CÓDIGO PENAL - 7 Curiosidade : foi durante o Iluminismo, marcado pela obra “Dos delitos e das penas” (Beccaria) que se despertou maior atenção para a proporcionalidade na resposta estatal (Beccaria propunha a retribuição proporcional). RESUMO : a pena deve ajustar-se à gravidade do fato, sem desconsiderar as condições do agente. ▸ Dupla face do princípio da proporcionalidade (Lenio Streck): 1 a Face: IMPEDIR A HIPERTROFIA DA PUNIÇÃO ; GARANTISMO NEGATIVO (Ferrajoli); Garantia do indivíduo contra o Estad o. 2 a Face: Evitar a insuficiência da intervenção do Estado (EVITAR PROTEÇÃO DEFICIENTE) ; Imperativo de tutela; GARANTISMO POSITIVO (Ferrajoli); Garantia do indivíduo em ver o Estado protegendo bens jurídicos com eficiência. Princípio da PESSOALIDADE “Artigo 5º, XLV CF – nenhuma pena passará da pessoa do condenado , podendo a obrigação de reparar o dano e a decretação do perdimento de bens ser, nos termos da lei, estendidas aos sucessores e contra eles executadas, até o limite do valor do patrimônio transferido.” Princípio da VEDAÇÃO DO “ BIS IN IDEM” ▸ Veda-se segunda punição pelo mesmo fato. ▸ Exceção : Art. 8º - A pena cumprida no estrangeiro atenua a pena imposta no Brasil pelo mesmo crime, quando diversas , ou nela é computada , quando idênticas – possibilidade do sujeito ser processado duas vezes pelo mesmo fato. TÍTULO I - DA APLICAÇÃO DA LEI PENAL Anterioridade da Lei Art. 1º - Não há crime sem lei anterior que o defina. Não há pena sem prévia cominação legal. Lei penal no tempo Art. 2º - Ninguém pode ser punido por fato que lei posterior deixa de considerar crime, CESSANDO em virtude dela a EXECUÇÃO e os EFEITOS PENAIS da sentença condenatória (abolitio criminis) Parágrafo único - A lei posterior , que de qualquer modo favorecer o agente , aplica-se aos fatos anteriores, ainda que decididos por sentença condenatória transitada em julgado (retroatividade de lei penal benéfica) TEMPO DA CONDUTA LEI POSTERIOR (IR) RETROATIVIDADE Fato atípico Fato típico Irretroatividade Fato típico Aumento de pena, p.ex. Irretroatividade Fato típico Supressão de figura criminosa Retroatividade CÓDIGO PENAL - 8 Fato típico Diminuição de pena, p.ex. Retroatividade Fato típico Migra o conteúdo criminoso para outro tipo penal Princípio da continuidade normativo-típica ABOLITIO CRIMINIS CONTINUIDADE NORMATIVA-TÍPICO O crime é revogado formal e materialmente. O crime é revogado formalmente, mas não materialmente. O fato não é mais punível (ocorre extinção da punibilidade – art. 107, III, do CP). O fato continua sendo punível (a conduta criminosa é deslocada para outro tipo penal). Exemplo : crime de adultério (art. 240 do CP), revogado. Exemplo : crime de atentado violento ao pudor passou a ser tipificado no art. 213 em conjunto com o crime de estupro (Lei 12.015/2009). MARTINA, Correia. Direito penal em tabelas: parte geral. Salvador: Juspodivm, 2017. Súmula 611-STF : Transitada em julgado a sentença condenatória, COMPETE AO JUÍZO DAS EXECUÇÕES a aplicação de lei mais benigna. Lei excepcional ou temporária Art. 3º - A lei excepcional ou temporária , embora decorrido o período de sua duração ou cessadas as circunstâncias que a determinaram, aplica-se ao fato praticado durante sua vigência (ultratividade) A lei excepcional ou temporária possuem duas características essenciais: - Autorrevogabilidade - Ultratividade Tempo do crime Art. 4º - Considera-se praticado o crime no momento da ação ou omissão , ainda que outro seja o momento do resultado. TEMPO DO CRIME TEORIA DA ATIVIDADE Considera-se praticado o crime no momento da conduta (A/O) Adotada TEORIA DO RESULTADO Considera-se praticado o crime no momento do resultado. TEORIA MISTA ou UBIQUIDADE Considera-se praticado o crime no momento da conduta (A/O) ou do resultado. CÓDIGO PENAL - 9 Territorialidade Art. 5º - Aplica-se a lei brasileira, sem prejuízo de convenções, tratados e regras de direito internacional, ao crime cometido no território nacional. § 1º - Para os efeitos penais, consideram-se como extensão do território nacional as embarcações e aeronaves brasileiras, de natureza pública ou a serviço do governo brasileiro onde quer que se encontrem , bem como as aeronaves e as embarcações brasileiras, mercantes ou de propriedade privada , que se achem , respectivamente, no espaço aéreo correspondente ou em alto-mar. § 2º - É também aplicável a lei brasileira aos crimes praticados a bordo de aeronaves ou embarcações estrangeiras de propriedade privada , achando-se aquelas em pouso no território nacional ou em voo no espaço aéreo correspondente , e estas em porto ou mar territorial do Brasil. Lugar do crime Art. 6º - Considera-se praticado o crime no lugar em que ocorreu a ação ou omissão, no todo ou em parte, bem como onde se produziu ou deveria produzir-se o resultado . O crime de injúria praticado pela internet por mensagens privadas, as quais somente o autor e o destinatário têm acesso ao seu conteúdo, consuma-se no local em que a vítima tomou conhecimento do conteúdo ofensivo. STJ. 3ª Seção. CC 184.269-PB, Rel. Min. Laurita Vaz, julgado em 09/02/2022 (Info 724) LUGAR DO CRIME TEORIA DA ATIVIDADE O crime considera-se praticado no lugar da conduta. TEORIA DO RESULTADO O crime considera-se praticado no lugar do resultado. TEORIA MISTA ou UBIQUIDADE O crime considera-se praticado no lugar da conduta ou do resultado. Adotada DICA : LuTa ( L ugar do crime = U biquidade/ T empo do crime= A tividade) CRIMES À DISTÂNCIA E CRIMES PLURILOCAIS (ART. 6.º DO CP X ART. 70 DO CPP) TEORIA DA UBIQUIDADE (ART. 6.º DO CP) TEORIA DO RESULTADO (ART. 70 DO CPP) O dispositivo aplica-se a crimes que envolvem o território de dois ou mais países, ou seja, conflitos internacionais de jurisdição. O dispositivo aplica-se a crimes que envolvem duas ou mais comarcas dentro do Brasil, ou seja, conflitos internos de competência local. CÓDIGO PENAL - 10 Nos CRIMES À DISTÂNCIA (ou crimes de espaço máximo), a prática do delito envolve o território de dois ou mais países. Nos CRIMES PLURILOCAIS, a prática do delito envolve duas ou mais comarcas/ seções judiciárias dentro do mesmo país. MARTINA, Correia. Direito penal em tabelas: parte geral. Salvador: Juspodivm, 2017. NÃO APLICAÇÃO DA TEORIA DA UBIQUIDADE ● Crimes Conexos : não se aplica a teoria da ubiquidade, eis que os diversos crimes não constituem unidade jurídica. Deve cada um deles, portanto, ser processado e julgado no país em que foi cometido. ● Crimes Plurilocais : aplica-se a regra delineada pelo art. 70, caput, do Código de Processo Penal, ou seja, a competência será determinada pelo lugar em que se consumar a infração ou, no caso de tentativa, pelo local em que for praticado o último ato de execução. Na hipótese de crimes dolosos contra a vida, aplica-se a teoria da atividade, segundo pacífica jurisprudência, em razão da conveniência para a instrução criminal em juízo, possibilitando a descoberta da verdade real ● Infrações penais de menor potencial ofensivo : teoria da atividade - “A competência do Juizado será determinada pelo lugar em que foi praticada a infração penal” (art. 63, L. 9099) ● Crimes falimentares : foro do local em que foi decretada a falência, concedida a recuperação judicial ou homologado o plano de recuperação extrajudicial (art. 183 da Lei 11.101/2005) ● Atos infracionais : competente a autoridade do lugar da ação ou da omissão (Lei 8.069/1990 – ECA, art. 147, § 1.º). Direito penal esquematizado – Parte geral – vol.1 / Cleber Masson. – 9.ª ed. rev., atual. e ampl. – Rio de Janeiro: Forense; São Paulo: MÉTODO, 2015. Extraterritorialidade Art. 7º - Ficam sujeitos à lei brasileira, embora cometidos no estrangeiro: I ( INCONDICIONADA )- os crimes: a) contra a vida ou a liberdade do Presidente da República (P. DEFESA OU REAL) ; b) contra o patrimônio ou a fé pública da União, do Distrito Federal, de Estado, de Território, de Município, de empresa pública, sociedade de economia mista , autarquia ou fundação instituída pelo Poder Público (P. DEFESA OU REAL) ; c) contra a administração pública , por quem está a seu serviço (P. DEFESA OU REAL) ; d) de genocídio , quando o agente for brasileiro ou domiciliado no Brasil ( P. PERSONALIDADE OU NACIONALIDADE ) ; II ( CONDICIONADA ) - os crimes: a) que, por tratado ou convenção, o Brasil se obrigou a reprimir (P. JUSTIÇA UNIVERSAL) ; b) praticados por brasileiro (P. NACIONALIDADE ATIVA) ; c) praticados em aeronaves ou embarcações brasileiras, mercantes ou de propriedade privada , quando em território estrangeiro e aí não sejam julgados (P. REPRESENTAÇÃO) . § 1º - Nos casos do inciso I (INCONDICIONADA) , o agente é punido segundo a lei brasileira, ainda que absolvido ou condenado no estrangeiro (possibilidade de dupla condenação pelo mesmo fato) § 2º - Nos casos do inciso II (CONDICIONADA) , a aplicação da lei brasileira depende do concurso das seguintes condições : CÓDIGO PENAL - 11 a) entrar o agente no território nacional ; b) ser o fato punível também no país em que foi praticado ; c) estar o crime incluído entre aqueles pelos quais a lei brasileira autoriza a extradição ; d) não ter sido o agente absolvido no estrangeiro ou não ter aí cumprido a pena ; e) não ter sido o agente perdoado no estrangeiro ou, por outro motivo, não estar extinta a punibilidade , segundo a lei mais favorável. § 3º - A lei brasileira aplica-se também ao crime cometido por estrangeiro contra brasileiro fora do Brasil , se, reunidas as condições previstas no parágrafo anterior: ( HIPERCONDICIONADA ) a) não foi pedida ou foi negada a extradição ; b) houve requisição do Ministro da Justiça. Pena cumprida no estrangeiro Art. 8º - A pena cumprida no estrangeiro atenua a pena imposta no Brasil pelo mesmo crime, quando diversas , ou nela é computada , quando idênticas . Eficácia de sentença estrangeira Art. 9º - A sentença estrangeira, quando a aplicação da lei brasileira produz na espécie as mesmas consequências, pode ser homologada no Brasil para: I - obrigar o condenado à reparação do dano, a restituições e a outros efeitos civis (depende de pedido da parte interessada) II - sujeitá-lo a medida de segurança . (depende da existência de tratado de extradição com o país de cuja autoridade judiciária emanou a sentença, ou, na falta de tratado, de requisição do ministro da justiça). Contagem de prazo +C-F Art. 10 - O dia do começo inclui-se no cômputo do prazo. Contam-se os dias, os meses e os anos pelo calendário comum. Frações não computáveis da pena Art. 11 - Desprezam-se, nas penas privativas de liberdade e nas restritivas de direitos , as frações de dia , e, na pena de multa, as frações de cruzeiro. Legislação especial Art. 12 - As regras gerais deste Código aplicam-se aos fatos incriminados por lei especial, se esta não dispuser de modo diverso. CÓDIGO PENAL - 12 TÍTULO II - DO CRIME Relação de causalidade Art. 13 - O resultado , de que depende a existência do crime, somente é imputável a quem lhe deu causa . Considera-se causa a ação ou omissão sem a qual o resultado não teria ocorrido . TEORIA DA EQUIVALÊNCIA DOS ANTECEDENTES/ conditio sine qua non/ condição simples/ condição generalizada Superveniência de causa independente § 1º - A superveniência de causa relativamente independente exclui a imputação quando, por si só, produziu o resultado ; os fatos anteriores, entretanto, imputam-se a quem os praticou. TEORIA DA CAUSALIDADE ADEQUADA. Relevância da omissão § 2º – [Norma de extensão causal] A omissão é penalmente relevante quando o omitente devia e podia agir para evitar o resultado . O dever de agir incumbe a quem: CRIMES OMISSIVOS IMPRÓPRIOS a) tenha por lei obrigação de cuidado, proteção ou vigilância; b) de outra forma, assumiu a responsabilidade de impedir o resultado; c) com seu comportamento anterior, criou o risco da ocorrência do resultado. JDPP 29 A responsabilidade a título de omissão imprópria deve observar a assunção fática e real de competências que fundamentam a posição de garantidor. Art. 14 - Diz-se o crime: Crime consumado I - consumado , quando nele se reúnem todos os elementos de sua definição legal; Tentativa II - tentado , quando, iniciada a execução, não se consuma por circunstâncias ALHEIAS À VONTADE do agente [NORMA DE EXTENSÃO TEMPORAL] Pena de tentativa Parágrafo único - Salvo disposição em contrário, pune-se a tentativa com a pena correspondente ao crime consumado, diminuída de 1/3 a 2/3. Adotando-se a teoria objetivo-formal, o rompimento de cadeado e destruição de fechadura da porta da casa da vítima, com o intuito de, mediante uso de arma de fogo, efetuar subtração patrimonial da residência, configuram meros atos preparatórios que impedem a condenação por tentativa de roubo circunstanciado. STJ. 5ª Turma. AREsp 974254-TO, Rel. Min. Ribeiro Dantas, julgado em 21/09/2021 (Info 711). CÓDIGO PENAL - 13 PUNIÇÃO DA TENTATIVA TEORIA OBJETIVA ou REALÍSTICA Observa o aspecto objetivo do delito (sob a perspectiva dos atos praticados pelo agente). A punição se fundamenta no perigo de dano acarretado ao bem jurídico, verificado na realização de parte do processo executório. Conclusão: por ser objetivamente incompleta, a tentativa merece pena reduzida. A tentativa é chamada de tipo manco. Quanto maior a proximidade da consumação menor será a diminuição, e vice-versa (leva-se em conta o iter criminis percorrido pelo agente). Adotado pelo CP. TEORIA SUBJETIVA ou VOLUNTARÍSTICA ou MONISTA Observa o aspecto subjetivo do delito (sob a perspectiva do dolo). Conclusão: sob a perspectiva subjetiva (dolo), a consumação e a tentativa são idênticas, logo, a tentativa deve ter a mesma pena da consumação, sem redução. ● REGRA: Teoria objetiva (pune-se a tentativa com a pena da consumação reduzida de 1/3 a 2/3). ● EXCEÇÃO: Teoria subjetiva (pune-se a tentativa com a mesma pena da consumação – sem redução). São os CRIMES DE ATENTADO ou empreendimento. CRIMES QUE NÃO ADMITEM TENTATIVA “ CCHUPAO ” C ulposo ( salvo, culpa imprópria ) C ontravenções penais (faticamente possível, mas não punível) H abituais U nissubsistentes P reterdolosos A tentado/Empreendimento O missivos PRÓPRIOS Desistência voluntária (DV) e arrependimento eficaz (AE) Art. 15 - O agente que, voluntariamente, desiste de prosseguir na execução (DV) ou impede que o resultado se produza (AE) , só responde pelos atos já praticados. - PONTE DE OURO Arrependimento posterior Art. 16 - Nos crimes cometidos sem violência ou grave ameaça à pessoa , reparado o dano ou restituída a coisa, ATÉ O RECEBIMENTO da denúncia ou da queixa, por ato voluntário do agente, a pena será reduzida de 1/3 a 2/3 - PONTE DE PRATA CÓDIGO PENAL - 14 CTN_ art. 1-15.pdf LEI 5172/66 – CÓDIGO TRIBUTÁRIO NACIONAL DISPOSIÇÃO PRELIMINAR Art. 1º Esta Lei regula, com fundamento na Emenda Constitucional n. 18, de 1º de dezembro de 1965, o sistema tributário nacional e estabelece, com fundamento no artigo 5º, inciso XV, alínea b, da Constituição Federal as normas gerais de direito tributário aplicáveis à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios, sem prejuízo da respectiva legislação complementar, supletiva ou regulamentar. LIVRO PRIMEIRO - SISTEMA TRIBUTÁRIO NACIONAL TÍTULO I - DISPOSIÇÕES GERAIS Art. 2º O sistema tributário nacional é regido pelo disposto na Emenda Constitucional n. 18, de 1º de dezembro de 1965, em leis complementares, em resoluções do Senado Federal e, nos limites das respectivas competências, em leis federais, nas Constituições e em leis estaduais, e em leis municipais. Art. 3º TRIBUTO é toda prestação pecuniária compulsória, em moeda ou cujo valor nela se possa exprimir, que não constitua sanção de ato ilícito, instituída em lei e cobrada mediante atividade administrativa plenamente vinculada. Art. 4º A natureza jurídica específica do tributo é determinada pelo fato gerador da respectiva obrigação, sendo irrelevantes para qualificá-la: I - a denominação e demais características formais adotadas pela lei; II - a destinação legal do produto da sua arrecadação. Art. 5º Os tributos são impostos, taxas e contribuições de melhoria (TEORIA TRIPARTITE) STF adota a TEORIA PENTAPARTITE: impostos, taxas, contribuições de melhoria, empréstimos compulsórios e contribuições especiais. CLASSIFICAÇÃO DOS TRIBUTOS T. VINCULADO Fato gerador vincula-se a uma contraprestação estatal. Ex: taxa e contribuição de melhoria T. NÃO VINCULADO Fato gerador não se vincula a contraprestação estatal. Ex.: impostos T. FISCAL Finalidade de arrecadar recursos para cobrir despesas públicas. Ex: IR, IPTU, ICMS T. EXTRAFISCAL Finalidade não arrecadatória. Sua finalidade pode ser econômica, desestímulo à manutenção de propriedades improdutivas, etc. Ex: II, IE, ITR T. PARAFISCAL A arrecadação não é destinada aos entes políticos da Federação, destinando-se a órgãos autônomos fiscalizadores de algumas profissões ou do interesse de categorias econômicas específicas. T. DIRETO O contribuinte de direito é também contribuinte de fato. Ex: IR. T. INDIRETO O contribuinte de direito recolhe o valor aos cofres públicos, mas transfere o ônus econômico para outra pessoa, chamada contribuinte de fato. Ex: ICMS. T. REAL É aquele graduado unicamente em função do aspecto econômico da operação. T. PESSOAL É aquele graduado em função das condições de cada contribuinte. * Código Tributário Nacional para Concursos. Robertal Rocha. 2019. Ed. juspodium. TÍTULO II - COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA CAPÍTULO I - DISPOSIÇÕES GERAIS Art. 6º A atribuição constitucional de competência tributária compreende a competência legislativa plena, ressalvadas as limitações contidas na Constituição Federal, nas Constituições dos Estados e nas Leis Orgânicas do Distrito Federal e dos Municípios, e observado o disposto nesta Lei. Parágrafo único. Os tributos cuja receita seja distribuída, no todo ou em parte, a outras pessoas jurídicas de direito público pertencerá à competência legislativa daquela a que tenham sido atribuídos. COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA COMUM Taxas e contribuições de melhoria PRIVATIVA Impostos, contribuições e empréstimos compulsórios CUMULATIVA União: impostos estaduais em território federal União: impostos municipais em território federal não dividido em municípios DF: impostos municipais RESIDUAL União: impostos residuais (art. 154, I, CF) União: contribuições residuais (art. 195. §4°, CF) EXTRAORDINÁRIA União: impostos extraordinários de guerra (art. 154, II, CF) * Código Tributário Nacional para Concursos. Robertal Rocha. 2019. Ed. juspodium. Art. 7º A competência tributária é INDELEGÁVEL, salvo atribuição das funções de arrecadar ou fiscalizar tributos, ou de executar leis, serviços, atos ou decisões administrativas em matéria tributária, conferida por uma pessoa jurídica de direito público a outra, nos termos do § 3º do artigo 18 da Constituição. § 1º A atribuição compreende as garantias e os privilégios processuais que competem à pessoa jurídica de direito público que a conferir. § 2º A atribuição pode ser revogada, a qualquer tempo, por ato unilateral da pessoa jurídica de direito público que a tenha conferido. § 3º NÃO CONSTITUI DELEGAÇÃO DE COMPETÊNCIA o cometimento, a pessoas de direito privado, do encargo ou da função de ARRECADAR tributos. A capacidade tributária ativa é delegável; compreende as garantias e privilégios processuais; é revogável a qualquer tempo. COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA CAPACIDADE ATIVA Poder de instituir tributo Poder de cobrar. Exigir, fiscalizar, arrecadar Atribuição legislativa Atribuição executiva ou administrativa Indelegabilidade Delegabilidade U, E, DF, M Qualquer pessoa jurídica de direito público que receba delegação do ente competente. * Código Tributário Nacional para Concursos. Robertal Rocha. 2019. Ed. juspodium. Art. 8º O não-exercício da competência tributária não a defere a pessoa jurídica de direito público diversa daquela a que a Constituição a tenha atribuído. Súmula 69-STF: A Constituição Estadual não pode estabelecer limite para o aumento de tributos municipais CAPÍTULO II - LIMITAÇÕES DA COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA SEÇÃO I - DISPOSIÇÕES GERAIS Art. 9º É vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios: I - instituir ou majorar tributos sem que a lei o estabeleça, ressalvado, quanto à majoração, o disposto nos artigos 21, 26 e 65; II - cobrar imposto sobre o patrimônio e a renda com base em lei posterior à data inicial do exercício financeiro a que corresponda; III - estabelecer limitações ao tráfego, no território nacional, de pessoas ou mercadorias, por meio de tributos interestaduais ou intermunicipais; IV - cobrar imposto sobre: a) o patrimônio, a renda ou os serviços uns dos outros; b) templos de qualquer culto; c) o patrimônio, a renda ou serviços dos partidos políticos, inclusive suas fundações, das entidades sindicais dos trabalhadores, das instituições de educação e de assistência social, sem fins lucrativos, observados os requisitos fixados na Seção II deste Capítulo; d) papel destinado exclusivamente à impressão de jornais, periódicos e livros. § 1º O disposto no inciso IV não exclui a atribuição, por lei, às entidades nele referidas, da condição de responsáveis pelos tributos que lhes caiba reter na fonte, e não as dispensa da prática de atos, previstos em lei, assecuratórios do cumprimento de obrigações tributárias por terceiros. § 2º O disposto na alínea a do inciso IV aplica-se, exclusivamente, aos serviços próprios das pessoas jurídicas de direito público a que se refere este artigo, e inerentes aos seus objetivos. Art. 10. É vedado à União instituir tributo que não seja uniforme em todo o território nacional, ou que importe distinção ou preferência em favor de determinado Estado ou Município. Art. 11. É vedado aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios estabelecer diferença tributária entre bens de qualquer natureza, em razão da sua procedência ou do seu destino. SEÇÃO II - DISPOSIÇÕES ESPECIAIS Art. 12. O disposto na alínea a do inciso IV do artigo 9º, observado o disposto nos seus §§ 1º e 2º, é extensivo às autarquias criadas pela União, pelos Estados, pelo Distrito Federal ou pelos Municípios, tão-somente no que se refere ao patrimônio, à renda ou aos serviços vinculados às suas finalidades essenciais, ou delas decorrentes. Art. 13. O disposto na alínea a do inciso IV do artigo 9º não se aplica aos serviços públicos concedidos, cujo tratamento tributário é estabelecido pelo poder concedente, no que se refere aos tributos de sua competência, ressalvado o que dispõe o parágrafo único. Art. 150. CF. § 3º - As vedações do inciso VI, "a", e do parágrafo anterior não se aplicam ao patrimônio, à renda e aos serviços, relacionados com exploração de atividades econômicas regidas pelas normas aplicáveis a empreendimentos privados, ou em que haja contraprestação ou pagamento de preços ou tarifas pelo usuário, nem exonera o promitente comprador da obrigação de pagar imposto relativamente ao bem imóvel. Parágrafo único. Mediante lei especial e tendo em vista o interesse comum, a União pode instituir isenção de tributos federais, estaduais e municipais para os serviços públicos que conceder, observado o disposto no § 1º do artigo 9º. Art. 151. CF. É vedado à União: III - instituir isenções de tributos da competência dos Estados, do Distrito Federal ou dos Municípios (VEDAÇÃO A ISENÇÃO HETERÔNOMAS) Art. 14. O disposto na alínea c do inciso IV do artigo 9º é subordinado à observância dos seguintes requisitos pelas entidades nele referidas: I – não distribuírem qualquer parcela de seu patrimônio ou de suas rendas, a qualquer título; II - aplicarem integralmente, no País, os seus recursos na manutenção dos seus objetivos institucionais; III - manterem escrituração de suas receitas e despesas em livros revestidos de formalidades capazes de assegurar sua exatidão. § 1º Na falta de cumprimento do disposto neste artigo, ou no § 1º do artigo 9º, a autoridade competente pode suspender a aplicação do benefício. § 2º Os serviços a que se refere a alínea c do inciso IV do artigo 9º são exclusivamente, os diretamente relacionados com os objetivos institucionais das entidades de que trata este artigo, previstos nos respectivos estatutos ou atos constitutivos. Art. 150. CF. § 4º - As vedações expressas no inciso VI, alíneas "b" e "c", compreendem somente o patrimônio, a renda e os serviços, relacionados com as finalidades essenciais das entidades nelas mencionadas. Art. 15. Somente a União, nos seguintes casos excepcionais, pode instituir empréstimos compulsórios: I - guerra externa, ou sua iminência; II - calamidade pública que exija auxílio federal impossível de atender com os recursos orçamentários disponíveis; III - conjuntura que exija a absorção temporária de poder aquisitivo (inciso não recepcionado pela CF). Parágrafo único. A lei fixará obrigatoriamente o prazo do empréstimo e as condições de seu resgate, observando, no que for aplicável, o disposto nesta Lei. Art. 148, CF. A União, mediante LC, poderá instituir empréstimos compulsórios: I - para atender a despesas extraordinárias, decorrentes de calamidade pública, de guerra externa ou sua iminência; II - no caso de investimento público de caráter urgente e de relevante interesse nacional, observado o disposto no art. 150, III, "b". Parágrafo único. A aplicação dos recursos provenientes de empréstimo compulsório será vinculada à despesa que fundamentou sua instituição. DESPESA PéBLICA [MODELO].pdf DESPESA PÚBLICA 2º EDIÇÃO/2023 1. INTRODUÇÃO 2 1.1. CONCEITO 2 1.2. CLASSIFICAÇÃO DAS DESPESAS PÚBLICAS 3 1.2.1. CLASSIFICAÇÃO DOUTRINÁRIA 3 1.2.2. CLASSIFICAÇÃO LEGAL 5 1.2.2.1. DESPESAS CORRENTES 6 1.2.2.2. DESPESAS DE CAPITAL 8 2. ESTÁGIOS DAS DESPESAS PÚBLICAS 10 2.1. ESTÁGIO 1: FIXAÇÃO DA DESPESA PÚBLICA 10 2.2. ESTÁGIO 2: REALIZAÇÃO DA DESPESA PÚBLICA 11 3. TIPOS DE REGIME CONTÁBIL 13 4. RESTOS A PAGAR 14 4.1. RESTOS A PAGAR E DESPESAS DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA EM ANO ELEITORAL 15 5. DESPESAS PÚBLICAS NA LEI DE RESPONSABILIDADE FISCAL 17 5.1. NOÇÕES GERAIS 17 5.1.1. QUADRO-RESUMO COM AS EXIGÊNCIAS DOS ARTS. 16 E 17 21 5.2. DESPESAS COM PESSOAL 22 5.2.1. APURAÇÃO DA DESPESA TOTAL COM PESSOAL 24 5.2.2. LIMITES LEGAIS 26 5.2.2.1. LIMITES ESTIPULADOS PARA A UNIÃO 26 5.2.2.2. LIMITES ESTIPULADOS PARA OS ESTADOS E DISTRITO FEDERAL 27 5.2.2.3. LIMITES ESTIPULADOS PARA OS MUNICÍPIOS 29 5.2.3. REQUISITOS PARA EFETIVAÇÃO DAS DESPESAS COM PESSOAL 30 5.2.4; CONTROLE DAS DESPESAS COM PESSOAL 32 5.2.5. MECANISMOS DE CORREÇÃO DOS DESVIOS 33 5.3. DESPESAS COM A SEGURIDADE SOCIAL 34 1 1. INTRODUÇÃO 1.1. CONCEITO Podemos conceituar despesas públicas como “todo dispêndio que a Administração faz para custeio de seus serviços, remuneração dos servidores, aquisição de bens, execução de obras e serviços e outros empreendimentos necessários à consecução de seus fins”1 Ainda, o professor Aliomar Baleeiro conceitua despesa pública sob duas perspectivas2: PERSPECTIVA LEGAL ● A despesa é vista como parte da lei orçamentária. ● A despesa pública é definida como o conjunto dos dispêndios do Estado, ou de outra pessoa de direito público, para o custeio dos diferentes setores da administração. PERSPECTIVA INFRALEGAL ● A despesa é considerada no plano da execução orçamentária. ● A despesa pública é definida como a aplicação de certo valor (em dinheiro) para execução de um fim a cargo do governo. Parte da doutrina entende que o estudo das despesas públicas não é próprio do Direito Financeiro, mas sim do Direito Administrativo, tendo em vista íntima relação com a prestação dos serviços públicos. Todavia, tendo em vista que o Direito Financeiro se preocupa unicamente com os mecanismos formais que envolvem a despesa pública, desde a previsão até a execução, não podemos confundir as matérias. A professora Tathiane Piscitelli traz o seguinte conceito: “conjunto de gastos do Estado, cujo objetivo é promover a realização de necessidades públicas, o que implica o correto funcionamento e desenvolvimento de serviços públicos e manutenção da estrutura administrativa necessária para tanto. É evidente que a despesa pública, para que seja realizada, depende de uma contrapartida em receita e o nível das receitas é determinante na qualidade e alcance das necessidades públicas. De outro lado, a despesa pública pode também ser compreendida como a aplicação específica de dinheiro público (e não a soma de todas elas) visando ao custeio da estrutura estatal e, assim, ao cumprimento de necessidades públicas. É pressuposto de toda e qualquer despesa não apenas a indicação da fonte respectiva de financiamento – e, 2 Filho, Carlos Alberto de Moraes R. Direito financeiro e econômico (Coleção Esquematizado®). Disponível em: Minha Biblioteca, (4th edição). Editora Saraiva, 2022. 1 MEIRELLES, Hely Lopes. Finanças municipais, p. 176. 2 assim, a receita que lhe fará frente –, mas, também, a autorização do Poder Legislativo.”3 1.2. CLASSIFICAÇÃO DAS DESPESAS PÚBLICAS Inicialmente, antes de adentrarmos propriamente no estudo das classificações das despesas públicas, é importante destacar que aqui trabalharemos com duas modalidades: ● Classificação doutrinária; ● Classificação legal. Quando o assunto é abordado nas provas de concurso, o examinador busca saber se o candidato tem conhecimento da classificação legal das despesas públicas, bem como de suas características. Isso porque a classificação legal está disposta nos arts. 12 e 13, da Lei nº 4.320/64. Então, apesar de termos como propósito deixar o resumo o mais completo possível, sugerimos que o aluno memorize o referido artigo de lei, ao menos para as provas objetivas. Feitas as considerações iniciais, passemos ao estudo da classificação das despesas públicas propriamente dito, a começar por aquelas apresentadas pela doutrina. Vamos lá! 1.2.1. CLASSIFICAÇÃO DOUTRINÁRIA Quanto à periodicidade: despesas ordinárias, extraordinárias e especiais: DESPESAS ORDINÁRIAS São aquelas que constituem a rotina dos serviços públicos, renovando-se todos os anos e extinguindo-se a cada exercício financeiro. Exemplos: folha de pagamento dos servidores, conservação de prédios públicos, aquisição de insumos para a realização da atividade pública, etc. DESPESAS EXTRAORDINÁRIAS São aquelas provocadas por situações excepcionais, acidentais. Justamente por serem advindas de situações não previstas na rotina, não têm dotação própria no orçamento. Para a sua realização, é necessária a abertura dos créditos extraordinários, estudados no Resumo Destacado de receitas públicas. Exemplos: despesas de situação de guerra ou decorrentes de desastres ambientais etc. DESPESAS ESPECIAIS Os fatos que originam as despesas especiais até são previsíveis, mas o Estado não sabe quando eles acontecerão, não sendo possível prever o momento exato para a sua execução. “No dizer de Carlos Roberto de 3 Piscitelli, Tathiane. Direito Financeiro. Disponível em: Minha Biblioteca, (8th edição). Grupo GEN, 2022. 3 Miranda Gomes, é ‘aquela realizada para atender necessidades novas surgidas no correr do exercício financeiro que, embora possa até ser previsível, não é estimável a priori’”4. Exemplos: pagamentos oriundos de condenações judiciais, indenizações, desapropriações etc. Quanto à competência: despesas federais, estaduais, municipais e distritais: DESPESAS FEDERAIS São destinadas aos fins que competem à União; DESPESAS ESTADUAIS Representam o interesse local, pois não foram entregues à União pelo legislador constituinte. Lembrando: aos Estados compete tudo aquilo que não foi previsto para o exercício da União e dos Municípios, exercendo verdadeira competência residual quanto às despesas públicas; DESPESAS MUNICIPAIS Estão relacionadas com o exercício das competências previstas no art. 30, da CF, como sendo de prerrogativa dos Municípios; DESPESAS DISTRITAIS Relativas aos serviços e demais finalidades desempenhadas pelo Distrito Federal. Quanto à extensão (lugar): despesas interna e externa: DESPESA INTERNA São aquelas realizadas para promover as necessidades de ordem interna de um país, pagas em moeda brasileira e dentro do próprio território; DESPESA EXTERNA Efetuada fora do Brasil e paga em moeda estrangeira. “A despesa de um Município efetuada a empresa sediada em outro Município, dentro do território nacional, pode, assim, ser classificada como despesa interna ou externa, dependendo da concepção adotada: se se considerar como critério diferenciador entre as despesas o fato de serem realizadas dentro ou fora do país, então a despesa em questão será interna; porém,