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FUNDAMENTOS DA LUDOPEDAGOGIA

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FUNDAMENTOS DA LUDOPEDAGOGIA 
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Sumário 
NOSSA HISTÓRIA .................................................................................. 2 
INTRODUÇÃO ......................................................................................... 3 
Definindo Ludopedagogia ........................................................................ 4 
Descobrimento e Construção do Conceito de Criança e Infância; ........... 9 
A Criança x Infância ............................................................................... 13 
A Criança E A Cultura Lúdica ................................................................ 17 
Ludicidade na educação infantil: a brincadeira como fonte de interesse e 
aprendizagem ................................................................................................... 21 
O lúdico na formação do educador ........................................................ 29 
O lúdico no processo do desenvolvimento da criança ........................... 31 
O desenvolvimento cognitivo infantil através do lúdico .......................... 34 
CONCLUSÃO ........................................................................................ 36 
REFERÊNCIA ........................................................................................ 37 
 
 
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 NOSSA HISTÓRIA 
 
 
A nossa história inicia com a realização do sonho de um grupo de 
empresários, em atender à crescente demanda de alunos para cursos de 
Graduação e Pós-Graduação. Com isso foi criado a nossa instituição, como 
entidade oferecendo serviços educacionais em nível superior. 
A instituição tem por objetivo formar diplomados nas diferentes áreas de 
conhecimento, aptos para a inserção em setores profissionais e para a 
participação no desenvolvimento da sociedade brasileira, e colaborar na sua 
formação contínua. Além de promover a divulgação de conhecimentos culturais, 
científicos e técnicos que constituem patrimônio da humanidade e comunicar o 
saber através do ensino, de publicação ou outras normas de comunicação. 
A nossa missão é oferecer qualidade em conhecimento e cultura de forma 
confiável e eficiente para que o aluno tenha oportunidade de construir uma base 
profissional e ética. Dessa forma, conquistando o espaço de uma das instituições 
modelo no país na oferta de cursos, primando sempre pela inovação tecnológica, 
excelência no atendimento e valor do serviço oferecido. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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INTRODUÇÃO 
 
O lúdico é um das expressões humanas que mais fascina e permanece 
em diferentes contextos de uma geração a outra. Na história da humanidade, o 
lúdico é evidenciado em culturas e ambientes variados. Talvez em nossa história 
dessa ludicidade. 
A Ludopedagogia é uma tendência que busca nas atividades lúdicas uma 
forma de planejar atividades escolares que motivem os alunos para a construção 
do conhecimento. O que ocorre é o que o uso do lúdico na escola ora tem sido 
empregado como recreação simplesmente, ora como uma técnica pedagógica. 
Atualmente, não há mais dúvidas de que o lúdico deve ser incorporado à 
educação como algo que pode desencadear um processo permanente de 
educar. Portanto, o foco principal do nosso estudo está centrado em conhecer 
os fundamentos da Ludopedagogia. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Definindo Ludopedagogia 
 
 
 
A introdução do lúdico na vida escolar do educando é uma maneira muito 
eficaz de perpassar pelo universo infantil para imprimir-lhe o universo adulto, 
nossos conhecimentos e principalmente a forma de interagirmos. A atividade 
lúdica é muito importante para o desenvolvimento sensóriomotor e cognitivo, 
desta forma, torna-se uma maneira inconsciente de se aprender, de forma 
prazerosa e eficaz. 
A finalidade é enfatizar a importância dos educadores terem em mente os 
objetivos e os fins da brincadeira desenvolvida, sua utilização lúdica, cognitiva, 
sócio-cultural, e mais, precisam saber observar as condutas dos educandos para 
então diagnosticar, avaliar e elaborar estratégias de trabalho; identificando, 
desta forma, as dificuldades e os avanços dos educandos. Este estudo está 
fundamentado em Lev Vygotsky e Jean Piaget, pois, embora estes estudiosos 
tenham concepções diferentes de desenvolvimento, cada qual em conformidade 
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com a sua concepção trata da importância do brinquedo no desenvolvimento 
infantil. 
Fröebel foi o primeiro educador que justificou o uso do brincar no processo 
educativo. Ele tinha uma visão pedagógica do ato de brincar. O brincar, pelo ato 
de brincar desenvolve os aspectos físico, moral e cognitivo, entre outros, mas o 
estudioso defende, também, a necessidade da orientação do adulto para que 
esse desenvolvimento ocorra. Como metodologia, primeiramente, buscamos 
suporte teórico para, em seguida, observar e aplicar algumas atividades lúdicas 
com a finalidade de analisar na prática o desempenho dos educandos. 
Ressaltamos, ainda, que na brincadeira as crianças aprendem a refletir e 
experimentam situações novas ou mesmo do seu cotidiano, e a ação de brincar 
está ligada ao preenchimento das necessidades da criança e nestas está incluso 
tudo aquilo que é motivo para ação. É muito importante procurar entender as 
necessidades da criança, bem como os incentivos que a colocam em ação para, 
então, entendermos a lógica de seu desenvolvimento. 
Ao lidar com os objetos existentes na brincadeira e nos jogos a criança 
pode lidar com o significado das palavras por meio do próprio objeto concreto, e 
por esta ação de brincar a criança embora não possua linguagem gramatical, 
consegue internalizar a definição funcional de objetos, e a criança passa a 
relacionar as palavras com algo concreto. O ato de brincar estimula o uso da 
memória que ao entrar em ação se amplia e organiza o material a ser lembrado, 
tudo isto está relacionado com aparecimento gradativos dos processos da 
linguagem que ao reorganizarem a vivência emocional e eleva a criança a um 
novo nível de processos psíquicos. Conclui-se então que a ação de brincar (o 
lúdico) é um fator importante para o desenvolvimento humano, sendo que ele a 
partir da situação imaginária introduz gradativamente entre outras coisas a 
criança a um mundo social, cheio de regras. Portanto, surgem transformações 
internas no desenvolvimento da criança em conseqüência do brinquedo, cujo 
fundamento é a criação de uma nova relação entre o campo do significado e o 
campo da percepção visual, ou seja, entre as situações do pensamento e as 
reais. 
O desenhar e brincar deveriam ser estágios preparatórios ao 
desenvolvimento da linguagem escrita das crianças. Os educadores devem 
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organizar todas essas ações e todo o complexo processo de transição de um 
tipo de linguagem escrita para outro. Devem acompanhar esse processo através 
de seus momentos críticos até o ponto da descoberta de que se pode desenhar 
não somente objetos, mas também a fala. Se quiséssemos resumir todas essas 
demandas práticas e expressá-las de uma forma unificada, poderíamos dizer o 
que se deve fazer é, ensinar às crianças a linguagem escrita e não apenas a 
escrita de letras assim como Vygotsky (1987), em sua psicologia de 
aprendizagem. 
Os benefícios e os estágios do lúdico para o desenvolvimento infantil, as 
brincadeiras, para a criança, constituem atividades primárias que trazem 
grandes benefícios do ponto de vista físico, intelectual e social. Como benefício 
físico, o lúdico satisfaz as necessidades de crescimento e de competitividade da 
criança. Os jogos lúdicos devem ser a base fundamental dos exercícios físicos 
impostos às crianças pelo menos durante o período escolar. Como benefício 
intelectual, o brinquedo contribui para desinibir, produzindo uma excitação 
mental e altamente fortificante. Illich (1976), afirma que os jogos podem ser a 
única maneira de penetrar os sistemas
informais. Suas palavras confirmam o 
que muitas professoras de primeira série comprovam diariamente, ou seja, a 
criança só se mostra por inteira através das brincadeiras. Como benefício social, 
a criança, através do lúdico representa situações que simbolizam uma realidade 
que ainda não pode alcançar; através dos jogos simbólicos se explica o real e o 
eu. 
 
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A brincadeira não é uma atividade inata, mas sim uma atividade social e 
humana e que supõe contextos sociais, a partir dos quais as crianças recriam a 
realidade através da utilização de sistemas simbólicos próprios. É uma atividade 
social aprendida através das interações humanas. É o adulto ou as crianças mais 
velhas que ensinam o bebê a brincar, interagindo e atribuindo significado aos 
objetos e às ações, introduzindo a criança no mundo da brincadeira, nessa 
perspectiva, os educadores e auxiliares cumprem um papel fundamental nas 
instituições quando interagem com as crianças através de ações lúdicas ou se 
comunicam através de uma linguagem simbólica, estando disponíveis para 
brincar. 
Além das interações, a oferta o uso e exploração dos brinquedos também 
contribuem nessa aprendizagem da brincadeira, deve-se considerar o brinquedo 
como um elemento da brincadeira, pois contribui para a atribuição de 
significados. Tem um importante valor simbólico e expressivo. O brinquedo é um 
importante abjeto cultural produzido pelos adultos para as crianças e que ganha 
ou produz significados no processo da brincadeira, pela imagem que a realidade 
representa e transmite. 
A brincadeira como atividade social específica é vivida pelas crianças 
tendo por base um sistema de comunicação e interpretação do real, que vai 
sendo negociado pelo grupo de crianças que estão brincando. Mesmo sendo 
uma situação imaginária, a brincadeira não pode dissociar suas regras da 
realidade. As unidades fundamentais da brincadeira, que permite que ela 
aconteça, é o papel assumido pelas crianças. O papel revela sua natureza social, 
bem como possibilita o desenvolvimento das regras e da imaginação. 
A relação entre a imaginação e os papéis assumidos são muito 
importantes para o ato de brincar, pois ao mesmo tempo em que a criança é livre 
na sua imaginação, ela tem que obedecer às regras sociais do papel assumido. 
A brincadeira é então, uma atividade sócio-cultural, pois ela se origina nos 
valores e hábitos de um determinado grupo social, onde as crianças têm a 
liberdade de escolher com o quê e como elas querem brincar. Para brincar as 
crianças utilizam-se da imitação de situações conhecidas, de processos 
imaginativos e da estruturação de regras. Por exemplo, brincar de boneca 
representa uma situação que ainda vai viver desenvolvendo um instinto natural. 
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Como benefício didático, as brincadeiras transformam conteúdos maçantes em 
atividades interessantes, revelando certas facilidades através da aplicação do 
lúdico. Outra questão importante é a disciplinar, quando há interesse pelo que 
está sendo apresentado e faz com que automaticamente a disciplina aconteça. 
Concluindo, os benefícios didáticos do lúdico são procedimentos didáticos 
altamente importantes; mais que um passatempo; é o meio indispensável para 
promover a aprendizagem disciplinar, o trabalho do aluno e incutir-lhe 
comportamentos básicos, necessários à formação de sua personalidade. 
Estudar as relações entre as atividades lúdicas e o desenvolvimento humano é 
uma tarefa complexa, e para facilitar o estudo classificou-se o desenvolvimento 
em três fases distintas: aspectos psicomotores, aspectos cognitivos e aspectos 
afetivo-sociais. Nos aspectos psicomotores encontram-se várias habilidades 
musculares e motoras, de manipulação de objetos, escrita e aspectos sensoriais. 
Os aspectos cognitivos dependem, como os demais, de aprendizagem e 
maturação que podem variar desde simples lembranças de aprendido até 
mesmo formular e combinar idéias, propor soluções e delimitar problemas. Já os 
aspectos afetivo-sociais incluem sentimentos e emoções, atitudes de aceitação 
e rejeição de aproximação ou de afastamento. 
O fato é que esses três aspectos interdependem uns do outros, ou seja, 
a criança necessita dos três para tornar-se um indivíduo completo. Ainda com 
respeito às categorias psicomotoras, cognitivas e afetivas, assim como a 
seriação dos brinquedos, deve-se levar em conta cinco pontos básicos: 
integração entre o jogo e o jogador, deixando-o aberto para o mundo para 
transformá-lo à sua maneira; o próprio corpo humano é o primeiro jogo das 
crianças; nos jogo de imitação, a imagem ou modelo a ser seguido é importante; 
os jogos de aquisição começam desde cedo e para cada idade existem alguns 
mais apropriados; os jogos de fabricação ajudam na criatividade, no sentimento 
de segurança e poder sobre o meio. 
A ludopedagogia nos oferece a magia de ensinar, aprender brincando, 
diferente das aulas perturbadoras afastam o aluno do conhecimento, e, como em 
muitos casos, o abandono escolar, por meio da ludopedagogia podemos 
oferecer ao aluno uma proximidade da realidade qual está inserida. 
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Todos devem aprender de forma que seja prazeroso, que não sejam 
reprimidos, ou estancados no processo ensino/ aprendizagem, não precisamos 
encarar a ludopedagogia como uma arte de brincar, limitados entre brincadeiras 
e brinquedos, mas, em uma arte de ensinar, diferenciando do tradicionalista das 
aulas expositivas, monótonas e improdutivas. O aluno deve ser estimulado com 
a criatividade do educador assumindo sua natureza de mediador do 
conhecimento, oferecendo pontes novas a seu educando. 
 
Descobrimento e Construção do Conceito de 
Criança e Infância; 
 
 
 O CONCEITO DE INFÂNCIA AO LONGO DA HISTÓRIA 
OCIDENTAL 
Retrato dos acontecimentos mais preciosos e importantes da história, que 
foi o desenvolvimento do conceito e visão sobre a infância, onde crianças 
pararam de ser vistas e tratadas pela sociedade como adultos em miniaturas e 
ganharam um olhar individualizado e voltado exclusivamente para elas. 
 
 
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Idade média 
Na idade média a criança era vista como um adulto em miniatura, 
trabalhavam nos mesmos locais, usavam as mesmas roupas. “A criança era, 
portanto, diferente do homem, mas apenas no tamanho e na força, enquanto as 
outras características permaneciam iguais” (ARIÈS, 1981, p.14). Por essa visão, 
foi um período onde a infância era caracterizada pela inexperiência, dependência 
e incapacidade pois não tinha as mesmas compreensões que um adulto. Por 
não haver distinções entre adulto e criança, cabia a elas aprender as tarefas do 
dia a dia, a trabalhar, ajudar os mais velhos nos serviços, e a passagem que 
tinham por sua família era muito breve, pouco depois que se passava o período 
de amamentação a criança já passava a fazer companhia aos adultos para que 
aprendesse a servir e trabalhar, eram criadas por outras famílias para que nesse 
novo ambiente aprendessem um oficio. 
 
Renascimento 
É no decorrer do século XVII que se da os primeiros passos para a 
separação do adulto e da criança, por meio da escolarização. Antes, por não 
haver a distinção entre idades, todos aprendiam da mesma maneira e sobre as 
mesmas temáticas. No fim deste século que pode-se notar as primeiras 
mudanças do conceito de infância. Um dos maiores contribuintes para tal 
mudança foi a igreja, que teve um papel fundamental ao associar a imagem das 
crianças com a de anjos, que refletiam inocência e pureza, sendo assim, Deus 
as favoreciam devido a sua singeleza e suavidade, que se aproxima da 
impecabilidade, impondo uma necessidade de amar as crianças e tornando a 
educação obrigatória, contrariando a indiferença existente a tanto tempo. A partir 
daí, a iconografia começou a ser demonstrada na figura de crianças-anjos, 
estabelecendo uma religião para as crianças (ARIÈS, 1981, p.14). O fim deste 
século foi considerado o marco na evolução
dos sentimentos em relação a 
infância, onde começaram realmente falar na fragilidade da criança, nas suas 
peculiaridades e a se preocupar com a formação moral e construção da mesma. 
 
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Nascimento da concepção de infância 
Então, a partir do século XVIII, as crianças começaram a ser reconhecidas 
em suas particularidades, começaram a possuir um quarto único, alimentação 
considerada específica e adequada, começaram a ocupar um espaço maior no 
meio social. Ali nascia a concepção de infância. Antes, como se viu, a infância 
era considerada um período sem valor. Agora a família começa a dar ênfase ao 
sentimento que tem em relação à criança. Considera-se uma revolução este 
novo sentimento dirigido à criança. Ela começa a ser importante, apreciada por 
sua família e a infância é reconhecida como uma época da vida merecedora de 
orientação e educação. 
Vemos que, enquanto na idade média a criança era sem valor e suas 
responsabilidades eram trabalhar e chegar o mais rápido possível na fase adulta, 
no Renascimento se da o início do processo de escolarização infantil. 
 
A infância nos dias de hoje 
Com o passar dos anos os direitos das crianças foram sendo cada vez 
mais fortes, embora por muitas vezes funcione só no papel, já pode ser 
considerado um grande avanço. Na visão de muitos autores a criação do 
Conselho da Criança e do Adolescente é vista como um marco no diz respeito 
ao reconhecimento e valorização da infância por parte das políticas públicas. 
Segundo o ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente), os principais direitos 
das crianças são: 
 Ter uma educação de boa qualidade; 
 Ter acesso à cultura e aos meios de comunicação e informação; 
 Poder brincar com outras crianças da mesma idade; 
 Não ser obrigado a trabalhar como adulto; 
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 Ter uma boa alimentação que dê ao organismo todos os nutrientes que 
precisam para crescer com saúde e energia; 
 Receber assistência médica gratuita nos hospitais públicos sempre que 
precisarem de atendimento; 
 Ser livre para ir e vir, conviver em sociedade e expressar ideias e 
sentimentos; 
 Ter a proteção de uma família seja ela natural ou adotiva, ou de um lar 
oferecido pelo Estado se, por infelicidade, perderem os pais e parentes 
mais próximos; 
 Não sofrer agressões físicas ou psicológicas por parte daqueles que são 
encarregados da proteção e educação ou de qualquer outro adulto; 
 Ser beneficiada por direitos, sem nenhuma discriminação por raça, cor, 
sexo, língua, religião, país de origem, classe social ou riqueza e toda 
criança do mundo deve ter seus direitos respeitados; 
 Ter desde o dia em que nasce um nome e uma nacionalidade, ou seja, 
ser cidadão de um país; 
Cabe aos pais e educadores lutarem para que tudo isso não fique apenas 
no papel. Lutar para conquistar os mesmos direitos a todas as crianças, 
independente de sua classe social. Após uma análise sobre tantos períodos 
tristes que a infância enfrentou, que possamos fazer uma avaliação sobre nossos 
conceitos de infância. 
 
 
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A Criança x Infância 
 
 
Movimentos a favor da criança tomaram impulso de algumas décadas 
para cá. O reconhecimento do direito à vivência infantil expressou-se através de 
grandes movimentos, do ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente) e de 
outros aparatos legais. 
Tomou-se DE REPENTE o conhecimento de que a criança tem direitos, 
acima da diversidade de cultura. Ela tem direito à higiene, à escola, ao lazer, à 
saúde. 
Há séculos passados, as crianças eram educadas como cópia 
comportamental dos adultos em vestuário, gestos, fala. Hoje, com a 
modernidade, a correria de pais e mães também se torna um impedimento para 
que a criança viva a infância. 
A urbanização, seja em comunidades mais simples ou não, reduz o 
espaço, ou melhor, a liberdade espacial da criança. Veículos, máquinas, 
oprimem a construção espacial e aglomeram-se na “Cidade dos Compromissos 
Urgentes”. 
Muitos são os fatores sociais os quais constam como impedimento para a 
vivência de uma infância saudável em sociedade no tocante à criança e à sua 
família: 
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1) Mães com trabalho full time; 
2) Falta de emprego; 
3)Miséria; 
4)Mínimas condições sociais; 
A criança viver em constante adultice. Ela está sempre confinada nos 
ambientes dos adultos. Ela é repudiada se não cumpre com as regras que não 
fazem parte do seu mundo. É um ser privado de vivência. Estão dependentes da 
tirania dos adultos. 
Atualmente, muitos são os espaços construídos para as crianças em 
sociedade: áreas de recreação, publicações infantis, móveis em tamanhos 
adequados. Radicalmente, o trato infantil migrou de polo. De regras adultas ela 
passou a viver em plena era de crianças afáveis e dóceis. A criança considerada 
meiga, calma, disciplinada é a criança inserida em um contexto social infantil. 
Qual seria, então, o problema de inclusão social da infância? 
Muitas continuam não tendo constante acesso ao Maravilhoso Mundo Infantil. 
Mudou-se a forma de tratá-la. E por mais iniciativas que apareçam a favor dos 
menores, os excluídos não são abraçados em anos de história de exclusão. 
Montessori (1980, p. 10): 
 
[...] Todas as iniciativas esporádicas, nascidas sem ligações recíprocas, são 
provas evidentes de que nenhuma delas tem importância construtiva: constituem 
apenas comprovação do nascimento ao nosso redor de um impulso real e 
universal no sentido de uma grande reforma social. [...] 
A criança deve ter o seu mundo independente do mundo do adulto e, entre 
ambos, relações serem construídas de troca CONSTRUTIVA. 
O objetivo, além de zelar pelos direitos infantis e zelar como um todo pela 
INFÂNCIA, Montessori é muito clara nesse ponto. O desenvolvimento infantil 
como um todo deve ser o foco dessas relações construtivas. 
 
[...] A criança não é um estranho que o adulto possa considerar apenas 
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exteriormente, com critérios e objetivos. A infância constitui o elemento mais 
importante da vida do adulto: o elemento construtor. (1980, p. 10) 
No limiar da história a criança foi alvo de questões absolutistas. O bem e 
o mal, por exemplo. Ela foi educada pelo certo e pelo errado. Jamais com 
intenções de relativizar. 
 
 
 Concepção de Infância 
 
Para entender como se deu o processo do desenvolvimento da 
concepção de infância, é importante analisar as diferentes mudanças e destacar 
que a visão que se tem de criança hoje é algo que foi historicamente construído 
ao longo dos anos. 
Dessa maneira, é possível observar os contrastes em relação ao 
sentimento de infância presente em determinados momentos da história. 
Algumas atitudes que hoje parecem um absurdo, como o tratamento indiferente 
à criança pequena, há alguns séculos atrás era considerado como algo normal. 
Por mais estranho que pareça, a sociedade nem sempre viu a criança 
como um ser especial e único, dotado de particularidades e cuidados especiais. 
Por muito tempo a tratou como um adulto em miniatura. 
Philippe Ariès, um grande historiador francês, problematizou o conceito 
de infância e fez uma análise de três períodos distintos (que vai do século XIII 
ao século XVIII e do século XVIII à atualidade). Ele afirma que não havia 
distinção entre o mundo adulto e o infantil, as crianças viviam em meio ao 
universo dos adultos. Falavam e se vestiam como eles, jogavam os seus jogos 
e até participavam de suas festas. 
Já no segundo período (séc. XVIII) houve uma significativa mudança. A 
sociedade passou a separar as crianças dos adultos e então surgem as primeiras 
instituições escolares. Por fim, no terceiro período (atualidade), a criança já 
começa a ocupar o seu verdadeiro espaço e acontece então a consolidação do 
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conceito de infância que conhecemos hoje, embora muitos progressos ainda 
estivessem por acontecer. 
As instituições escolares, por muito tempo, organizavam seus espaços e 
rotinas diárias embasadas
nas ideias assistencialistas, ou seja, a principal 
função da escola não era transmitir conhecimentos por meio de informações e 
conteúdos didáticos, o principal objetivo era cuidar, especialmente, de crianças 
de 0 a 6 anos. 
Porém, com as diversas mudanças ocasionadas pelo desenvolvimento 
das grandes cidades e as diversas modificações socioculturais, as coisas foram 
mudando de figura. 
Para modificar essa concepção assistencialista, houve uma mudança 
atenuada na educação infantil. Era necessário enxergar e assumir as suas 
especificidades e rever quais eram as responsabilidades da sociedade e o real 
papel do Estado perante as crianças pequenas. 
A educação para as crianças pequenas deve promover a integração entre 
os diversos aspectos que as norteiam, como o aspecto físico, emocional, 
cognitivo, entre outros. 
Hoje, a criança é vista como um sujeito de direitos, situado historicamente 
e que precisa ter as suas necessidades físicas, cognitivas, psicológicas, 
emocionais e sociais supridas, caracterizando um atendimento integral e 
integrado da criança. Ela deve ter todas as suas dimensões respeitadas. 
Segundo Zabalza ao citar Fraboni: a etapa histórica que estamos vivendo, 
fortemente marcada pela “transformação” tecnológico-científica e pela mudança 
ético-social, cumpre todos os requisitos para tornar efetiva a conquista do salto 
na educação da criança, legitimando-a finalmente como figura social, como 
sujeito de direitos enquanto sujeito social” (1998:68). 
Assim, a concepção da criança como um ser particular, com 
características bem diferentes das dos adultos, e contemporaneamente como 
portador de direitos enquanto cidadão, é que vai gerar as maiores mudanças na 
educação infantil, tornando o atendimento às crianças de 0 a 5 anos ainda mais 
específico, exigindo do educador uma postura consciente de como deve ser 
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realizado o trabalho com as crianças pequenas, quais as suas necessidades 
enquanto criança e enquanto cidadão. 
 
 
 
A Criança E A Cultura Lúdica 
 
"Brincar tem de ser divertido e, mais que aprender a perder, é importante 
saber que brincar, por si só, é gostoso." (Cyrce Andrade) 
No decorrer da história, os primeiros questionamentos sobre o brincar não 
estavam relacionados a jogos, brinquedos e brincadeiras, mas focavam a 
cultura. Wallon, Piaget e Vygotsky buscavam compreender como os pequenos 
se relacionavam com o mundo e como produziam cultura. Wallon pontuou que a 
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diversão deve ter fins em si mesma, possibilitando às crianças o despertar de 
capacidades, como a articulação com os colegas, sem preocupações didáticas. 
Já Piaget, percebeu que enquanto os pequenos fazem descobertas com 
experimentações e atividades repetitivas, os maiores lidam com o desafio de 
compreender o outro e traçar regras comuns para as brincadeiras. Ao ponto que 
Vygotsky em suas pesquisas descobriu que a produção de cultura depende de 
processos interpessoais, destacando a importância do professor como mediador 
e responsável por ampliar o repertório cultural das crianças. Esse processo 
independe de intervenções que coloquem elementos desafiadores nas 
atividades, possibilitando aos pequenos desenvolver essa habilidade. Mas e o 
que significa ser criança na época atual? Desde que nasce a criança convive 
num meio social voltado para o seu desenvolvimento. 
Conforme afirma BROUGÈRE: "A criança está inserida, desde o seu 
nascimento, num contexto social e seus comportamentos estão impregnados por 
essa imersão inevitável." (2000, p. 54) Esse meio nato à cada criança induzirá a 
sua cultura lúdica. É através das relações que ela estabelece desde o seu 
nascimento que esta vai se formando. 
Atualmente, as influências da mídia, a correria do cotidiano, e as escolas 
em geral não favorecem a cultura própria da infância. A falta de espaço 
apropriado para as brincadeiras, o excesso de brinquedos automatizados e a 
evolução da informática acabam por adultizar cada vez mais cedo os nossos 
infantes. Sendo a infância a fase da vida reservada para brincar e estabelecer 
relações sociais, todos os atos, sinais, gestos, objetos e espaços possuem um 
significado próprio, afinal o brincar reproduz atividades do cotidiano da criança, 
tornando-se assim uma espécie de linguagem secreta que devemos respeitar 
mesmo não sendo entendida. 
Segundo ALVES: "À medida que cresce, sustentado pelas imagens 
mentais, que já se formaram, a criança utiliza-se do jogo simbólico para criar 
significados para objetos e espaços." ( 2004, p.2) Conforme ocorre o seu 
desenvolvimento, a criança torna-se capaz de atribuir novas significações aos 
objetos explorados no dia a dia, dessa forma atrás da cortina pode ser sua 
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caverna secreta, assim como, seu cachorrinho pode vir a ser seu cavalo numa 
batalha. 
Estes recursos são frutos do jogo simbólico ou faz-de-conta. Essa 
representação simbólica porque o jogo, conforme Piaget, na infância passa por 
três fases distintas: primeiramente o jogo do exercício, onde ocorre a prática dos 
sentidos, que nos acompanhará por toda a vida nas nossas relações com as 
coisas e as pessoas. Segundo, o jogo simbólico, expresso nas brincadeiras e 
nas infinitas possibilidades de imaginação, própria a esse período da vida. E em 
terceiro, mas não menos importante, ocorre o jogo com regras e objetivos 
definidos, além da interação com pessoas e coisas. 
Os jogos fazem parte de todas as fases da vida e estão na base do 
surgimento e do desenvolvimento da civilização, a ponto de definir a organização 
cultural da sociedade. Mesmo fazendo parte da essência do ser humano, a 
brincadeira precisa de um contexto social para ocorrer. Sabemos que o brincar 
se diferencia conforme a sociedade em que a criança convive. Conforme os 
hábitos de sua cultura são fornecidos subsídios pra brincadeiras próprias de 
determinado lugar. Facilmente encontramos sociedades que ainda consideram 
o brincar como oposição ao trabalho, designando-o como algo fútil e irrelevante. 
 
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BROUGÈRE critica aqueles que consideram o brinquedo uma futilidade: 
Se o brinquedo é um objeto menor do ponto de vista das ciências sociais, é um 
objeto de profunda riqueza. A sua sombra, a sociedade se mostra duplamente 
naquilo que é mais, sobretudo naquilo que se dá a conceber as suas crianças. 
Assim sendo, mostra a imagem que faz da infância. O brinquedo é um dos 
reveladores de nossa cultura, incorpora nossos conhecimentos sobre a criança 
ou, ao menos, as representações largamente difundidas que circulam as 
imagens que nossa sociedade é capaz de segregar. (2000, p. 98) 
Nesse sentido, o jogo surge como enriquecedor da cultura lúdica, uma vez 
que este é uma atividade de 2º grau e pressupõe a ruptura com as significações 
da vida cotidiana. O modo de falar específico, os gestos exagerados nas 
brincadeiras, as músicas formam o repertório inicial do jogo. A existência ou não 
de regras varia conforme a cultura lúdica de cada sociedade e s regras 
conhecidas por cada indivíduo são frutos da sua própria cultura lúdica. Quando 
carrinhos, panelinhas, bonecas e blocos de construir, entre outros, são objetos 
do brincar, as crianças ganham a chance de explorar a realidade, conhecer 
valores diferentes dos seus e inventar o próprio universo. Elas constroem 
vínculos com esses objetos e estabelecem relações de posse, de abandono e 
de perda, refletindo sobre si mesmas e descobrindo como reagir a situações que 
vão reproduzir ao longo da vida no convívio social. Em uma etapa mais adiantada 
da cultura lúdica, surgem os personagens. 
 
 
 
 
 
 
 
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Ludicidade na educação infantil: a brincadeira como 
fonte de interesse e aprendizagem 
 
 
A criança brinca e através de suas brincadeiras, ela interage e se socializa 
com o meio. Podemos dizer que a brincadeira contribui para a formação e 
desenvolvimento, contribui para sua linguagem e, por meio dela, permite
construção de sua percepção e sua identidade acerca de várias formas de sua 
representação, e de sua própria autonomia, pois a criança que brinca tem em 
seu sentimento, suas emoções e com isso usa em forma de aprendizado e 
cultura para melhor compreender suas capacidades e potencialidades. 
Para a criança, tudo que ela faz é uma interação, são experiências que 
vão sendo construídas com o brincar. A criança aprende com suas próprias 
brincadeiras, onde o brincar é uma diversão prazerosa. 
A brincadeira pode também pode trazer para a realidade o imaginário 
criado pela compreensão das vivencias, dos desenhos, do que a criança vê e 
interage com o seu meio. 
22 
 
 
A infância também é a idade do possível, podendo projetar sobre essa 
fase a esperança da mudança. 
 
 O PAPEL DA BRINCADEIRA NA FASE INFANTIL 
Por todo o país são inúmeras as brincadeiras apreciadas pelas crianças. 
Elas demonstram as características sociáveis e procuram outras crianças com o 
intuito de se divertirem. O que mais é valorizado é a participação da criança que 
quer brincar. As características da expressividade e senso lúdico das crianças 
são bastante trabalhadas e estimuladas. 
Através das brincadeiras educativas, as crianças aprendem a respeitar o 
próximo e as ideias divergentes das suas, aprendendo assim, como conviver 
harmoniosamente em sociedade. 
O brincar não é uma qualidade inata da criança. “Brincar não é uma 
dinâmica interna do indivíduo, mas uma atividade dotada de uma significação 
social precisa que, como outras, necessita de aprendizagem” (BROUGÉRE, 
1998). 
Isto é, a criança aprende a brincar e isto se dá desde as primeiras 
interações lúdicas entre a mãe e o bebê. 
Sabe-se que desde pequena a criança brinca e se diverte com suas 
brincadeiras. As brincadeiras, portanto, parte do universo da criança, assim 
como o lúdico e o faz de conta. 
De acordo com SALOMÃO e MARTINI (2007, p.4), “[...] o lúdico tem sua 
origem na palavra latina “ludus” que quer dizer ‘jogos’ e ‘brincar’. Segundo as 
autoras”, ”[...] o desenvolvimento do aspecto lúdico facilita ainda a 
aprendizagem, o desenvolvimento pessoal, social, cultural e colabora para a boa 
saúde mental e física” (SALOMÃO; MARTINI, 2007, p.4). Diante disso pode-se 
dizer que a presença do lúdico é fator importante para o indivíduo em seus 
diferentes aspectos. 
23 
 
 
Observa-se ainda que, de acordo com o conceito de lúdico anteriormente 
citado, o mesmo remete o termo ao ato de brincar. Com relação ao brincar, 
LOPES o define como sendo: 
“[...]uma das atividades fundamentais para o desenvolvimento da 
identidade e da autonomia. O fato de a criança desde muito cedo poder se 
comunicar por meio de gestos, Sons e mais trade, representar determinado 
papel na brincadeira, faz com que ela desenvolva sua imaginação. ” (LOPES, 
2006, p.110). 
Dessa forma, é possível dizer que a brincadeira contribui ainda para o 
desenvolvimento da linguagem da criança e, por meio dela, contribui ainda para 
o desenvolvimento da linguagem da criança e, por meio dela, contribui ainda 
para lhe permitir construções acerca de várias formas de representação, e, 
consequentemente, o desenvolvimento de sua identidade, de sua autonomia. 
Assim, o brincar pode ser compreendido como o berço das atividades 
intelectuais da criança e por assim o ser, indispensável à prática educativa 
(PIAGET, 1988). 
Também o brincar pode ser compreendido, ainda como um dos principais 
processos da infância em que são construídas as capacidades e as 
potencialidades da criança (PEREIRA, 2002). 
Contudo, acredita-se que essa valorização do lúdico enquanto 
instrumento capaz de construir para o desenvolvimento da criança não deva 
apenas limitar-se ás linhas dos projetos pedagógicos, e sim, ser realmente 
colocado em prática nas escolas, principalmente na Educação Infantil. 
 
 
24 
 
 
 
 
 A IMPORTÂNCIA DO BRINCAR 
Dentre as causas mais significativas da transformação do brincar no 
decorrer do século nas grandes cidades destacam-se: 
· Uma significativa redução do espaço físico: com o crescimento das 
cidades e a falta de segurança, os espaços lúdicos viram-se seriamente 
ameaçados e diminuídos. 
· A redução do espaço temporal: dentro da instituição escolar, a 
brincadeira foi deixada de lado em detrimento de outras atividades julgadas mais 
produtivas. “No contexto família, toma espaço a televisão no cotidiano infantil, ou 
por outras atividades diferentes. 
· O incremento da indústria de brinquedos colocou no mercado, objetos 
muito atraentes transformando as interações sociais, nas quais eles passam a 
ter um papel relevante. 
25 
 
 
· A propaganda contribui para o incremento do consumo de brinquedos 
industrializados no mundo infantil. 
Tais transformações em suas vantagens e desvantagens, não podem ser 
negadas. 
Deve-se, pois, pensar em como é possível atuar para mudar os aspectos 
negativos da realidade lúdica atual; a falta de espaço para brincar, a falta de 
tempo enfim, a falta de oportunidades de brincar. A ação fundamental a ser 
empreendida é a de resgatar o espaço da brincadeira na vida das crianças. 
Pode-se dizer então, que há na escola hoje, uma necessidade de valorizar 
o lúdico tanto quanto se valoriza o conhecimento, uma vez que este contribui 
para o aprendizado do aluno. 
A desvalorização do movimento natural e espontâneo da criança em favor 
do conhecimento estruturado e formalizado ignora as dimensões educativas das 
brincadeiras e do jogo como forma rica e poderosa de estimular a atividade 
construtiva da criança. Contudo, acredita-se que essa valorização do lúdico de 
grande importância, enquanto instrumento capaz de contribuir para o 
desenvolvimento da criança não deva apenas limitar-se às linhas dos projetos 
pedagógicos, e sim, ser realmente colocado em prática nas escolas, 
principalmente na educação infantil. Todavia, crê-se que essa é uma ação que 
depende, entre outras coisas do professor e da maneira como desenvolve a sua 
prática pedagógica junto aos seus alunos. 
 
 
26 
 
 
 BRINCADEIRAS COM FINALIDADES EDUCACIONAIS E DE 
TRANSMISSÃO DE VALORES 
A brincadeira estimula a aprendizagem de artes, ciências, matemática, 
estudos sociais, linguagens e alfabetização. 
No Brasil, podemos destacar a nova LDB (1996), onde pela primeira vez 
foi citada a educação infantil, inclusive com Referências Curriculares Nacionais 
(RCNEIs), tratando especificamente desse assunto. 
Uma distinção produtiva pode ser feita entre a brincadeira educativas e a 
brincadeira não-educativa (SPODEK & SARACHO, 1998). A diferença não está 
nas atividades e nem no grau de divertimento que as crianças extraem delas, 
mas sim, nos objetos atribuídos à brincadeira pelas pessoas responsáveis pelas 
atividades das crianças. A brincadeira educativa tem como objetivo primário a 
aprendizagem. Ela é divertida para as crianças, pois se não proporcionar 
satisfação pessoal, a atividade deixa de ser lúdica. 
As brincadeiras educativas, entretanto, servem a um propósito 
pedagógico, ao mesmo tempo em que mantém sua função de satisfação 
pessoal. Assim, as crianças na área de tarefas domésticas de uma sala de aula, 
obtêm satisfação pessoal ao dramatizarem o papel que escolheram, ao 
interagirem com pessoas em outros papéis e ao usarem vários objetos de uma 
forma inovadora em sua brincadeira. 
Seus valores educativos é que ajuda as crianças a explorarem e 
entenderem as dimensões dos papéis e os padrões de interações entre eles, 
estimulando o seu conhecimento e entendimento futuro do mundo social e 
ajudando-as a construírem um autoconceito realista. 
À medida que as crianças crescem, os professores geralmente limitam o 
tempo dedicado à brincadeira livre na sala de aula, e aumentam o total de 
brincadeiras dirigidas e de trabalho. 
A brincadeira educativa pode assumir muitas formas. O papel chave dos 
professores nela é modificar a brincadeira natural
espontânea das crianças para 
que ela adquira um valor pedagógico, ao mesmo tempo em que mantém suas 
qualidades lúdicas. Os professores também criam brincadeiras educativas 
27 
 
 
menos espontâneas, que são avaliadas não comente de acordo com o grau de 
envolvimento das crianças, mas também com sua eficácia em atingir as metas 
educativas. 
 
 O BRINCAR E A PRÁTICA PEDAGÓGICA 
 
Já se apontou a importância do lúdico, principalmente da brincadeira para 
o desenvolvimento da criança. Em função das contribuições do brincar para o 
desenvolvimento da criança, comentou-se ainda a necessidade de se incluir o 
brincar na prática pedagógica cotidiana, principalmente na Educação Infantil. 
Acredita-se, porém, que nem todos os professores tenham tido uma 
formação que contemplasse a importância do brincar na escola, em vista disso, 
nem sempre é dada à brincadeira o valor e a seriedade que a mesma merece. 
Porém, com o Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil (RCNEI) 
e os PCNs, observou-se que houve um resgate ao lúdico no contexto da 
educação, consistindo-se assim numa importante contribuição para a prática 
pedagógica dos professores. No entanto, como afirma FRIEDMANN (2007): 
28 
 
 
“[...] esse movimento não é instantâneo nem está garantido pelo fato de 
existir espaço para discussões, reflexões, ou leituras críticas sobre o assunto. É 
necessária coragem para assumir que o brincar é primordial no trabalho junto às 
crianças de 0 a 6 anos. É imprescindível, também, que essa postura seja 
abraçada por toda a equipe escolar (desde o diretor, coordenadores, auxiliares 
até os funcionários que prestam serviço dentro da escola), não somente pelo 
professor de classe” (FRIEDMANN, 2007, p. 2-3). 
A autora evidencia em sua fala a necessidade de que brincar seja uma 
prática compreendida, aceitada e praticada não somente pelo professor, mas por 
toda a escola. Com isso compreende-se que o brincar deva ser parte do 
cotidiano e do contexto escolar como um todo, limitando apenas ao recreio ou a 
uma atividade extraclasse. 
Fala-se aqui da postura e do comprometimento do professor que, 
entendendo o brincar como instrumento propulsor do desenvolvimento da 
criança, passa a utiliza-lo como instrumento de ensino aprendizagem. No tocante 
a isso, AZEVEDO (2001) diz o seguinte: 
“Entendemos, a partir dos princípios aqui expostos, que o professor 
deverá comtemplar a brincadeira como princípio norteador das atividades 
didático – pedagógicas, possibilitando as manifestações corporais encontrarem 
significado pela ludicidade presente na relação que as crianças mantêm com o 
mundo (AZEVEDO, 2001, p. 21). 
 
29 
 
 
O lúdico na formação do educador 
 
Compreende-se que o papel do professor está associado à função de 
educar, utilizando-se da conceituação de CONSTANCE KAMII, tem-se que: 
“Educar não se limita a passar informações ou mostrar apenas um 
caminho, aquele caminho que o professor considera mais correto, mas é ajudar 
pessoas a tomar consciência de si mesmas, dos outros e da sociedade. É 
aceitar-se como pessoa e saber aceitar os outros. É oferecer várias ferramentas 
para que a pessoa possa escolher entre muitos caminhos, aquele que for 
compatível com seus valores, sua visão de mundo e com as circunstâncias 
diversas que cada um irá encontra – Educar é preparar para a vida. ” (KAMII, 
1991, p.125). 
Pode-se dizer que a prática docente é um reflexo da formação no 
indivíduo. Em vista disso, se acredita que deveriam estar presentes na formação 
dos professores de educação infantil disciplinas de caráter lúdico (SANTOS, 
1997). 
Diante da relevância dada ao lúdico e a brincadeira para o 
desenvolvimento da criança, acredita-se que seria de muita valia que os cursos 
de licenciatura e da própria pedagogia, pudessem enfatizar mais a importância 
do brincar na prática pedagógica cotidiana, forma que o mesmo fizesse parte da 
identidade do professor. 
Com relação a essa formação lúdica do professor aqui sugerida, SANTOS 
esclarece que esta: 
30 
 
 
“Se assenta uns pressupostos que valorizam a criatividade, o cultivo da 
sensibilidade, a busca da afetividade, a nutrição da alma, proporcionando aos 
futuros educadores vivências lúdicas, experiências corporais, que se utilizam da 
ação, do pensamento e da linguagem, tendo no jogo sua fonte dinamizadora. “ 
(SANTOS, 1997, p.14). 
Assim, acredita-se que o professor não deva partir de um conceito teórico 
de lúdico, e de brincar. Mas, ele próprio tinha contato com o brincar, com 
experiências lúdicas diversas, para que então, as possa incluir em sua prática 
pedagógica. 
 A BRINCADEIRA 
 
A brincadeira é uma linguagem infantil que mantém um vínculo essencial 
com aquilo que é o “não brincar”. Se a brincadeira é uma ação que ocorre no 
plano da imaginação isto implica que aquele que brinca tenha domínio da 
linguagem simbólica. 
De qualquer modo, é através do brincar, que a criança aprende a se 
preparar para o futuro e para enfrentar direta ou simbolicamente as dificuldades 
do presente. Pois, além de ajudar a descarregar o excesso de energias, é 
agradável, dá prazer, a criança estimula o desenvolvimento intelectual da 
mesma. Por isso, a ato de brincar é muito importante porque, além de estimular 
o desenvolvimento motor e intelectual, ensina, sem forçá-la, os hábitos 
necessários para o seu crescimento. As crianças têm várias maneiras de brincar, 
tanto sozinhas como em grupo. Quando a criança é muito pequena, por exemplo, 
seu mundo, de certo modo, é muito restrito. 
31 
 
 
PASSERINO (1996, p. 43), também mostra a preocupação sobre a forma 
como as crianças brincam e colocam “que todos os meios de educação deveriam 
se informar sobre este aspecto e sobre os objetos que poderiam ajudar na 
atividade construtiva da brincadeira”. 
CUNHA (1998, p. 9), por sua vez, coloca que “brincando a criança 
experimenta, descobre, inventa, exerce e confere suas habilidades”. Acrescenta 
ainda que o brincar é um dom natural que contribuirá no futuro para o equilíbrio 
do adulto, pois o ato de brincar é imprescindível e indispensável à saúde física, 
emocional e intelectual da criança. 
 
O lúdico no processo do desenvolvimento da 
criança 
 
 Para desenvolverem e participarem ativamente do mundo em que vive, 
a criança precisa brincar, pois brincando a criança desenvolve seu senso de 
companheirismo, sua auto-expressão , sua auto-estima, sua autoconfiança e 
autonomia. 
32 
 
 
 Brincando a criança se sente estimulada a experimentar,descobrir , 
criar e aprender. Além disso, brincar é um direito garantido por lei: Capítulo 
IV- Do direito à educação, à cultura e ao lazer- Artigo 59, do Estatuto da Criança 
e do Adolescente. 
As atividades lúdicas contribuem para o desenvolvimento da criança, 
pois colabora na sua formação de homem autônomo, na 
participação comunitária, em seu desenvolvimento pessoal 
e consequentemente no desenvolvimento de uma auto-estima satisfatória. 
Quando ( Samples 1990, p. 24 apud Costa, 2004 ) refere-se ao 
brinquedo, evidencia tal experiência por parte da criança como sendo 
essencial ao seu crescimento físico e psíquico e totalmente desvinculado ao 
que os adultos consideram como certo ou errado dentro do processo de 
aprendizagem. 
 Brincando a criança aprende a conviver, a esperar por sua vez, 
aceitar regras, independente do resultado, e a lidar com frustrações sem 
deixar que isso interfira na sua vida. Além disso a criança desenvolve sua 
linguagem, pensamentos,atenção, concentração, conseguindo, assim 
uma participação satisfatória da criança na construção do seu conhecimento. 
Através de livros de literatura infantil ela conhece diversos personagens, 
possibilitando e ampliando sua compreensão sobre as diferentes formas de se 
relacionarem com o mundo ao seu redor, identificando seu papel
na sociedade 
na qual está inserida. 
 As brincadeiras e jogos fazem a criança crescer, pois proporciona 
na maioria das vezes, ou senão em todas as ocasiões, a procura de soluções 
e de alternativas para desenvolverem de forma prazerosa o que lhe é proposto. 
Estudos psicológicos e educacionais revelam que brincar é 
fundamental para a construção do pensamento e para aquisição de 
conhecimento pela criança, pois além de contribuir para que ela aprenda a se 
expressar e a lidar com suas próprias emoções, a brincadeira contribui para o 
desenvolvimento da auto-estima. 
As relações cognitivas e afetivas a partir da ludicidade, promovem o 
amadurecimento emocional, o desenvolvimento da inteligência e da 
33 
 
 
sensibilidade da criança, garantindo assim que suas potencialidades e 
afetividades se harmonizem. 
 O lúdico é tão importante para o desenvolvimento da criança, que 
merece atenção por parte de todos os educadores. Cada criança é um 
ser único,com anseios, experiências e dificuldades diferentes. Portanto nem 
sempre um método de ensino atinge a todos com a mesma eficácia. 
Para pode garantir o sucesso do processo ensino-
aprendizagem o professor deve utilizar-se dos mais 
variados mecanismos de ensino, entre eles 
as atividades lúdicas. Tais atividades devem estimular o interesse, 
a criatividade, a interação, a capacidade de observar, experimentar, inventar 
e relacionar conteúdos e conceitos. 
O professor deve-se limitar apenas a sugerir, estimular e explicar, 
sem impor, a sua forma de agir, para que a criança aprenda 
descobrindo e compreendendo e não por simples imitação. O es
paço para a realização das atividades, deve ser um ambiente agradável, 
e que as crianças possam se sentirem descontraídas e confiantes. 
As crianças aprendem com maior eficácia a partir do momento que 
elas sentem prazer em aprender. Nesse sentido, espera-
se que os educadores reflitam e reconheçam a importância que 
as atividades lúdicas têm em assegurar a eficácia do processo ensino-
aprendizagem. 
34 
 
 
O desenvolvimento cognitivo infantil através do 
lúdico 
 
O desenvolvimento do aspecto lúdico facilita a aprendizagem, o 
desenvolvimento pessoal, social e cultural, colabora para a saúde mental, 
prepara para um estado interior fértil, facilita os processos de socialização, 
comunicação, expressão e construção do conhecimento (SANTOS, 1997, p.12). 
Segundo Vygotsky (1991, p.126) é “[…] no brinquedo que a criança 
aprende a agir numa esfera cognitiva, ao invés de uma esfera visual externa, 
dependendo das motivações e tendências internas, e não dos incentivos 
fornecidos pelos objetos externos”. 
Para este educador (1991, p.106), o brinquedo atua na resolução da 
tensão gerada na criança pela vontade de satisfazer um desejo imediato e a 
impossibilidade (física e mental) desta realização: “Para resolver esta tensão, a 
criança em idade pré- escolar envolve-se num mundo ilusório e imaginário onde 
os desejos não realizáveis podem ser realizados, e esse mundo é o que 
chamamos de brinquedo”. 
A imaginação é, segundo o autor, um processo psicológico inteiramente 
novo para a criança pré-escolar e que não pode ser encontrado ainda nas 
crianças com menos de três anos, ainda incapazes de postergar a realização de 
um desejo. Segundo Vygotsky (1991), o que distingue a brincadeira de outras 
atividades infantis, é que esta possui regras e imaginação, sejam elas explícitas 
ou não. Assim, na brincadeira do faz de conta, própria da idade pré-escolar, a 
35 
 
 
imaginação está explícita e as regras implícitas. Vejamos o exemplo de brincar 
de casinha, nesta a criança precisa da imaginação para transformar-se em mãe, 
em filhinha ou em papai, mas, ao mesmo tempo, a criança precisa obedecer às 
regras inerentes ao papel assumido. Nos jogos, que aparecem na idade escolar, 
por outro lado, as regras estão explícitas, mas a imaginação implícita. O jogo de 
futebol pode servir para exemplificar o que o autor quer dizer, assim ao iniciar a 
partida o jogador submete-se às regras pré-fixadas, mas vai precisar da 
imaginação para realizar suas jogadas e ter uma boa atuação no jogo. Vygotsky 
(1991) afirma que a importância do brinquedo está no fato deste criar Zonas de 
Desenvolvimento Proximal na criança, pois ao brincar ela realiza, mesmo de 
forma imaginativa, atividades e funções que muitas vezes estão acima de suas 
reais capacidades, mas que são possíveis na situação do brinquedo. 
O lúdico torna-se facilitado na prática pedagógica com Portadores de 
Necessidades Educativas Especiais (PNEE), pois é algo que ocorre de forma 
espontânea, sem imposição, contribuindo em muito na integração da criança e 
servindo principalmente como facilitador da aprendizagem, pois permite uma 
flexibilidade, conforme a necessidade, despertando o interesse e servindo como 
motivador, já que oportuniza a descoberta, do que lhe foi solicitado, em especial 
nas abstrações, como cálculos, por exemplo, já que torna a aprendizagem por 
meio de brincadeiras, dinâmicas e atividades mais atrativas, significativas e 
eficazes 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
36 
 
 
CONCLUSÃO 
 
A ludopedagogia é um segmento da pedagogia dedicado a estudar 
a influência do elemento lúdico dentro da educação.Se trata de uma forma de 
introduzir a criança no mundo por meios da própria linguagem do universo 
infantil. É uma maneira quase inconsciente de aprender, de forma prazerosa e 
eficaz. 
Brincar é essencial para a criança, pois é deste modo que ela descobre o 
mundo a sua volta e aprende a interagir com ele. O lúdico está sempre presente, 
no que quer que a criança esteja fazendo. Durante a infância, ela desempenha 
um papel fundamental na formação e no desenvolvimento físico, emocional e 
intelectual da criança. 
Quer que sejam o brincar fisicamente, as brigas e perseguições de faz-
de-conta, ou as brincadeiras de dramatização, que imitam o mundo dos adultos, 
quer que seja o brincar com palavras, o certo é que o brincar evoca o mundo 
infantil, livre de preocupações para adultos que se sentem esmagados pelas 
responsabilidades do dia a dia. 
Quanto mais à criança for estimulada melhor será seu desenvolvimento, 
mas cuidado, estimular não significa perseguir a perfeição, a estimulação 
acontece de forma natural através do carinho, das conversas, do brincar e das 
regras. A ludopedagogia, e um dos principais eixos norteadores do processo 
ensino-aprendizagem das crianças. 
 
 
 
 
 
 
 
37 
 
 
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