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Unidade Terapia cognitivo-comportamental para transtornos de humor

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Terapia cognitivo-comportamental 
para transtornos de humor
Apresentação
A terapia cognitivo-comportamental (TCC) é uma abordagem psicoterapêutica breve, estruturada e 
colaborativa. A TCC é utilizada como tratamento padrão para diversas condições de saúde mental. 
Ela abrange protocolos e estratégias para intervenção que englobam vários transtornos, 
principalmente os ansiosos e depressivos.
A TCC para transtornos de humor tem como objetivo principal ajudar os pacientes a compreender 
sua condição e lhes dar recursos para desenvolver habilidade, monitorar sintomas e promover a 
mudança de padrões de comportamento. Por meio de técnicas como reestruturação cognitiva, 
atividades comportamentais e intervenções de prevenção de recaída, a TCC apresenta-se como 
eficaz na compreensão e no manejo de sintomas e no aumento da adesão ao tratamento dos 
indivíduos afetados pelos transtornos de humor.
Nesta Unidade de Aprendizagem, você vai conhecer um pouco mais os transtornos de humor, 
como a TCC compreende e trata esses transtornos e o motivo do papel central da psicoeducação 
nessas intervenções.
Bons estudos.
Ao final desta Unidade de Aprendizagem, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
Classificar os transtornos de humor.•
Descrever teoria e técnica da terapia cognitivo-comportamental para transtornos de humor.•
Reconhecer a psicoeducação para o transtorno de humor bipolar.•
Desafio
Apesar de não ser categorizado como terapia, o modelo psicoeducacional desempenha uma função 
de grande importância no cuidado dos pacientes e também de seus familiares. Ele se configura 
como uma intervenção que estabelece uma ligação entre os âmbitos da saúde e da educação, 
forjando um conjunto organizado de informações que são comunicadas ao paciente por meio de 
abordagens didáticas. No vídeo abaixo, vamos abordar a psicoeducação no processo terapêutico.
Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar.
 
O transtorno afetivo bipolar é uma condição psiquiátrica crônica que se caracteriza pela presença 
de episódios recorrentes de mania e/ou hipomania e depressão. Essa condição causa impacto 
significativo na qualidade de vida dos indivíduos e em suas relações pessoais e profissionais. A TCC 
é uma abordagem psicoterapêutica utilizada no tratamento dos transtornos de humor, incluindo o 
transtorno afetivo bipolar.
Analise o caso descrito a seguir:
https://fast.player.liquidplatform.com/pApiv2/embed/cee29914fad5b594d8f5918df1e801fd/36531ebdef1a18277e1413df5bb49c72
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https://statics-marketplace.plataforma.grupoa.education/sagah/fc7f0c9b-8f9b-4b5f-ae36-eea17441c652/10ee7e47-00c3-4325-a2bc-42f88c96a458.jpg
Você percebe que Carlos se encaixa, em sintomatologia, nos transtornos de humor. Qual seria o 
diagnóstico e os passos futuros quanto ao plano de tratamento e orientações feitas a Carlos?
Infográfico
Os transtornos de humor são condições psiquiátricas complexas, que impactam a qualidade de vida 
das pessoas. Essas condições apresentam uma variedade de sintomas e estados afetivos. É 
relevante entender sobre como são caracterizados os diferentes estados de humor, como a mania, 
a hipomania, a depressão e a eutimia, que estão presentes nos transtornos de humor. Compreender 
esses estados afetivos é fundamental para um diagnóstico preciso, planejamento de tratamento 
eficaz e apoio adequado aos indivíduos acometidos.
Neste Infográfico, você vai ver como são caracterizados os diferentes estados de humor presentes 
nos transtornos de humor.
 
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https://statics-marketplace.plataforma.grupoa.education/sagah/8462c0f1-2b98-45bf-8336-1d8b074ff647/b87d3846-3507-4f85-a28b-d7deb841f064.jpg
Conteúdo do livro
Os transtornos de humor fazem parte de um grupo de condições de saúde mental que apresenta 
desafio clínico significativo. Isso ocorre devido à sua complexidade e impacto negativo importante 
que essas condições causam na vida dos indivíduos afetados. É importante compreender, 
primeiramente, o que são e quais são as características dos transtornos de humor. A compreensão e 
a correta classificação desses transtornos são fundamentais para o acesso ao tratamento adequado.
Além disso, é importante entender como essas intervenções ocorrem e quais estratégias são 
utilizadas quando profissional se depara com esse grupo de transtornos, visto que, pela gravidade 
dos sintomas, a abordagem psicoterapêutica dentro da TCC é um pouco diferente da mais 
conhecida.
No capítulo Terapia cognitivo-comportamental para transtornos de humor, base teórica desta 
Unidade de Aprendizagem, você vai entender o que são os transtornos de humor, como identificá-
los e como é seu diagnóstico. Além disso, você também vai saber um pouco mais sobre como a TCC 
compreende essa categoria de transtornos e como a psicoeducação é utilizada como principal 
estratégia de intervenção.
Boa leitura.
TERAPIA COGNITIVO-
-COMPORTAMENTAL
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
 > Classificar transtornos de humor.
 > Descrever teoria e técnica da terapia cognitivo comportamental para trans-
tornos de humor.
 > Reconhecer a psicoeducação para o Transtorno de Humor Bipolar.
Introdução
Os transtornos de humor representam um desafio significativo na área da saúde 
mental, afetando várias pessoas em todo o mundo. O transtorno bipolar e o 
transtorno ciclotímico são exemplos de transtornos de humor que impactam 
profundamente os indivíduos, contribuindo para prejuízos significativos em rela-
cionamentos interpessoais, desenvolvimento de problemas de saúde, acidentes, 
bem como prejuízos em seu funcionamento diário e em sua qualidade de vida. 
Diante disso, é relevante conhecer quais abordagens terapêuticas podem auxiliar 
no manejo e no tratamento desses transtornos.
A terapia cognitivo-comportamental (TCC) tem certa história em relação ao 
tratamento desses transtornos. Ela era inicialmente utilizada apenas como es-
tratégia de auxílio à aderência a tratamentos medicamentosos, mas ao longo do 
Terapia cognitivo- 
-comportamental 
para transtornos 
de humor
Laura Cesar Figueiredo
tempo e do desenvolvimento da ciência psicológica na TCC foram criados proto-
colos e técnicas, como o treinamento de habilidades e o monitoramento, para o 
tratamento dos transtornos de humor, buscando auxiliar no alívio, no manejo e 
na prevenção de sintomas.
Neste capítulo, você vai estudar os transtornos de humor em si. Além disso, vai 
ver como a TCC compreende e intervém nessas condições de saúde mental. Por 
fim, vai conhecer a principal técnica do tratamento em TCC para esses transtornos: 
as estratégias de psicoeducação.
Oscilações de humor patológicas
Os transtornos de humor são condições de saúde mental que afetam a re-
gulação emocional e os estados de humor dos indivíduos. Esses transtornos 
costumam ter em comum as alterações persistentes no humor, que geralmente 
manifestam-se como episódios oscilantes de depressão bipolar, mania e 
hipomania. Pela sua sintomatologia, os transtornos de humor podem inter-
ferir de forma negativa nas áreas da vida das pessoas acometidas por eles, 
afetando aspectos pessoais, acadêmicos e profissionais, assim como seus 
relacionamentos interpessoais e a qualidade de vida em geral (MAGALHÃES; 
COSTA; PINHEIRO, 2016).
Os estados emocionais ligados a esses transtornos são a mania, a hipo-
mania e a depressão. Na mania, há a presença de alterações importantes 
nos aspectos de humor, cognitivos, físicos e fisiológicos. O indivíduo pode 
apresentar humor elevado, expansivo, um grande aumento da energia física 
e mental, bem como fala e pensamento acelerado. Também pode apresentar 
ideias de grandeza, que podem chegar ao nível de delírio, além de maior 
expressividade emocional. O indivíduo apresenta impulsividade e costuma 
engajar em atividades de risco, como ter comportamentos sexuais de risco,ter gastos excessivos e dirigir sob a influência de substâncias (APA, 2023).
Na hipomania, existem manifestações de comportamento, cognição e 
fisiologia muito parecidas com as da mania. No entanto, nesse estado de 
humor, o nível da intensidade é menor, como um estado de mania mais 
atenuado. Pelas suas características, a hipomania pode ser confundida com 
reações normais a períodos e estímulos positivos para o indivíduo ou com 
um período de melhora sintomática da depressão (se o indivíduo estava em 
estado depressivo anteriormente) (APA, 2023).
Na depressão bipolar ocorre uma manifestação sintomatológica com-
pletamente oposta ao estado de mania. Nela, o humor do indivíduo decai, 
resultando em um humor deprimido. Podem existir alterações no sono e no 
Terapia cognitivo-comportamental para transtornos de humor2
apetite, assim como problemas com concentração, lentidão psicomotora e 
pensamentos de culpa, tristeza e desvalor. Nesse estado, pode ocorrer a 
ideação suicida (MORENO; MORENO, 2016).
Diferentemente dos estados de humor patológicos que ocorrem nos trans-
tornos de humor, a eutimia está relacionada ao estado emocional equilibrado, 
sem extremos e funcional. Ela se refere ao período em que não há a presença 
de sintomas significativos de depressão, mania ou hipomania. Na eutimia, 
o indivíduo experimenta um humor considerado estável, com expressão 
emocional equilibrada e adequada às situações. É nesse estado que há a 
capacidade de funcionar de maneira saudável em atividades diárias (APA, 2023).
Os principais transtornos do humor são o transtorno afetivo bipolar tipo 
I e tipo II, o transtorno ciclotímico e os transtornos bipolares induzidos por 
medicamentos/substâncias, condições médicas, bem como os não especi-
ficados. O transtorno afetivo bipolar tipo I envolve a presença de episódios 
depressivos e maníacos no momento atual ou em um momento passado, 
podendo também apresentar episódios de hipomania. O tipo II é semelhante 
ao tipo I, mas não apresenta a presença de episódios de mania, apenas de 
hipomania (MORENO; MORENO, 2016).
Além disso, os transtornos do humor podem apresentar alguns especi-
ficadores: ciclagem rápida, com características mistas, com características 
melancólicas, com sintomas ansiosos, com características psicóticas, com 
início no periparto, com catatonia, azonal e atípica (APA, 2023).
A ciclagem rápida é um especificador no qual o indivíduo passa por quatro 
ou mais episódios de humor alterado dentro de 12 meses. Nos episódios 
mistos, o indivíduo apresenta sintomas de estados opostos, como alguns 
sintomas da mania, combinados com sintomas depressivos. As caracterís-
ticas melancólicas dizem respeito a uma maior dominância de episódios e 
sintomas depressivos na apresentação clínica do transtorno; já a presença 
de sintomas ansiosos diz respeito à ansiedade significativa que permeia os 
estados emocionais (APA, 2023).
As características psicóticas são especificadas quando o sujeito apresenta 
delírios ou alucinações durante o curso dos episódios. O especificador com 
início no periparto diz respeito à emergência de sintomas durante a gravidez 
ou em um período próximo ao parto. Já o com catatonia diz respeito à presença 
de alterações motoras. O especificador sazonal está ligado à emergência de 
sintomas em um padrão que se repete, geralmente relacionados às estações 
do ano e à exposição à luz solar. Já a característica atípica diz respeito à ma-
nifestação do transtorno que difere das manifestações clássicas (APA, 2023).
Terapia cognitivo-comportamental para transtornos de humor 3
Embora as oscilações importantes de humor ocorram em todos os trans-
tornos dessa categoria, existem algumas diferenças nas manifestações e em 
seus tipos. Na Figura 1, é possível visualizar a diferença entre os três principais 
transtornos do humor: os dois subtipos de transtorno afetivo bipolar e o 
transtorno ciclotímico.
Figura 1. Diferença entre transtorno afetivo bipolar tipo I, tipo II e transtorno ciclotímico.
Fonte: Adaptada de APA (2023).
Transtornos
do humor
Transtorno afetivo
bipolar
Tipo I
Presença de
episódios de mania
e depressão, podendo
ou não ter hipomania
Tipo II
Presença de
episódios
de depressão e
hipomania
Transtorno
ciclotímico
Presença de
sintomas leves e
persistentes de
depressão e
hipomania 
Os transtornos do humor afetam uma fatia menor da população geral. Em 
estudos de prevalência populacional, em geral, o transtorno afetivo bipolar 
tipo I surge com prevalência de 0,6%, enquanto o tipo II engloba aproxima-
damente 0,4% da população. Transtornos que apresentam sintomas, mas não 
fecham critérios para a bipolaridade clássica por sua sutileza ou por estarem 
abaixo do limiar diagnóstico completo tendem a acometer aproximadamente 
1,4% da população. No espectro dos transtornos de humor, o total conjunto dos 
transtornos se aproxima de 2,4%. No Brasil, os dados disponíveis apresentam 
Terapia cognitivo-comportamental para transtornos de humor4
o total de prevalência de 2,1% para todos os transtornos, 0,9% para o tipo I 
e 0,2% para o tipo II (MAGALHÃES; COSTA; PINHEIRO, 2016).
Os transtornos de humor também tendem a apresentar comorbidades, 
sendo os transtornos de ansiedade a comorbidade mais comum, acometendo 
até 80% dos indivíduos com transtornos de humor. Além disso, há uma forte 
associação entre os transtornos de humor e os transtornos relacionados ao 
uso de substâncias, sendo comum o uso de drogas ilícitas, álcool e cafeína 
(MAGALHÃES; COSTA; PINHEIRO, 2016).
Os transtornos de humor costumam apresentar seus sintomas entre 
o final da adolescência e o início da vida adulta. A idade média 
de início na população geral fica entre os 18 e 22 anos. No Brasil, esse início 
geralmente ocorre aos 31 anos. Até o momento não se sabe se essa é de fato a 
idade em que mais acontece o início do transtorno no país ou se esse número 
está relacionado à dificuldade de diagnóstico e de tratamento correto. Afinal, 
no mundo, o tempo entre manifestação e diagnóstico é longo: o transtorno 
afetivo bipolar tipo I geralmente leva em média 10 anos para ser corretamente 
diagnosticado; o tipo II costuma levar, em média, 13 anos (MAGALHÃES; COSTA; 
PINHEIRO, 2016). 
Saber reconhecer as características dos transtornos de humor é funda-
mental para uma boa prática clínica. A TCC desempenha um papel importante 
nesse processo, oferecendo uma abordagem baseada na compreensão de 
padrões de pensamentos e comportamentos disfuncionais, bem como nos 
sinais de aviso dos novos episódios, que podem ser prevenidos. Na próxima 
seção, você vai ver como a TCC compreende e trata os transtornos de humor.
Compreensão e tratamento pela terapia 
cognitivo-comportamental
Durante o tratamento dos transtornos de humor pela abordagem da TCC, 
as estratégias aplicadas se baseiam no entendimento da teoria sobre como 
esses transtornos funcionam e como se perpetuam.
O início da aplicação da TCC para transtornos de humor se dá a partir de 
intervenções para evocar uma melhora na adesão dos pacientes ao medi-
camento. No entanto, com o passar do tempo, foram desenvolvidas novas 
intervenções e estruturas para o tratamento de transtornos de humor. A TCC 
compreende os transtornos de humor como resultado da interconexão entre 
pensamentos, emoções e comportamentos e da influência do ambiente e 
Terapia cognitivo-comportamental para transtornos de humor 5
dos componentes biológicos e genéticos envolvidos no desenvolvimento e 
na perpetuação dos transtornos (NEVES; LIMA; MALLOY-DINIZ, 2016).
Entende-se que, no processamento cognitivo do indivíduo acometido 
por um transtorno de humor, existem regras de conduta. O indivíduo tende 
a seguir essas regras à risca. Assim, há uma rigidez cognitiva, uma crença 
comum entre os pacientes com transtornos de humor. No transtorno afetivo 
bipolar, essa rigidez acaba levando a uma falta de flexibilidade cognitiva, o 
que contribui com as oscilações de humor que geram os episódios maníacos, 
hipomaníacos ou depressivos(NEVES; LIMA; MALLOY-DINIZ, 2016).
Os objetivos principais do tratamento em TCC para transtorno de humor 
são estimular e promover a adesão do paciente à medicação, fornecer estra-
tégias para modificação de comportamentos, prevenir recaídas e monitorar 
e moderar hábitos. Os principais componentes das intervenções em TCC para 
pacientes com transtornos de humor envolvem descrição e identificação de 
sintomas, monitoramento de humor, descrição de pensamentos e crenças, 
adesão à medicação e estratégias de resolução de problemas. Na descrição 
e na identificação dos sintomas, é solicitado ao paciente que se recorde 
e relate como costumam se manifestar seus sintomas físicos, mentais e 
emocionais durante os episódios de mania, hipomania e depressão (NEVES; 
LIMA; MALLOY-DINIZ, 2016).
Em relação ao monitoramento do humor, o paciente é instruído a prestar 
atenção consciente às suas mudanças emocionais e monitorar quais são 
elas, que situação as ativou e quais são os comportamentos, as reações e os 
pensamentos que ele teve em relação a essas mudanças. O monitoramento 
dos sintomas e do humor pode ser feito a partir de técnicas como um gráfico 
do humor ou a partir de uma linha de vida, na qual o paciente lembra e relata 
ou anota os pontos importantes de sua vida, incluindo os episódios do qual 
se recorda (MATTA et al., 2010). Na Figura 2, é possível ver um exemplo de 
uma linha de vida.
Terapia cognitivo-comportamental para transtornos de humor6
Figura 2. Exemplo de técnica de linha de vida. Em vermelho, eventos significativos; em amarelo, 
problemas; em azul, episódios e sintomas.
Fonte: Adaptada de Matta et al. (2010).
Entrada no
curso de
biologia
Episódio maniaco Episódio
depressivo
Início de
namoro
Formatura Primeiro
emprego
na área
Episódio
depressivo
Fiquei abaixo
da média em
uma disciplina
Sintomas:
humor elevado,
achava que podia
fazer tudo que queria,
estourei o cartão e fiz
várias contas, não
conseguia parar
quieta, me sentia
mais importante que
os outros
Sintomas:
desesperança,
perda de prazer,
fadiga extrema,
choro constante,
ideação suicida
sem plano.
Sintomas:
desesperança,
fadiga extrema,
isolamento social,
perda de apetite,
perda de peso,
insônia.
Problema de
saúde
Problema no
relacionamento
Conflito com
colegas
Quanto às descrições dos pensamentos e das crenças, o profissional busca, 
junto ao paciente, compreender os tipos de pensamentos e crenças que surgem 
durante seus episódios bipolares e durante os períodos de eutimia. Como 
geralmente há rigidez cognitiva, a reestruturação cognitiva, realizada a partir 
de técnicas cognitivas, como descoberta guiada, tem o foco de flexibilizar 
cognitivamente o paciente (MATTA et al., 2010).
A adesão ao medicamento é uma etapa importante, geralmente realizada a 
partir de estratégias de psicoeducação, pois o tratamento na TCC costuma ser 
realizado quando o paciente está no estado de humor eutímico (equilibrado). 
Afinal, se o tratamento for realizado em episódio depressivo ou maníaco, o 
paciente pode estar muito desmotivado ou disperso para focar e praticar as 
intervenções (MATTA et al., 2010).
As estratégias de resolução de problemas são utilizadas para auxiliar 
o paciente a encontrar formas de enfrentar os problemas que surgem em 
sua vida. Pode ser necessário auxiliar o paciente a compreender as etapas 
necessárias para a identificação de um problema e os obstáculos para sua 
resolução, assim como possíveis formas de resolvê-lo e como elas podem 
ser colocadas em prática. Também pode ser necessário ensinar a quebra de 
metas em pequenos passos (NEVES; LIMA; MALLOY-DINIZ, 2016).
Os pacientes com transtornos de humor muitas vezes podem en-
frentar dificuldades quando necessitam identificar os períodos de 
eutimia. Essa dificuldade ocorre principalmente devido à natureza oscilante dos 
transtornos de humor, em que os episódios de depressão e mania (ou hipomania) 
são mais proeminentes e chamam mais a atenção.
Terapia cognitivo-comportamental para transtornos de humor 7
Outras estratégias complementares que costumam ser utilizadas no tra-
tamento dos transtornos de humor em TCC são o uso de planos de atividades 
e de rotina, estratégias de higiene do sono, estratégias de relaxamento, 
verificação sensória (avaliação das reações sensoriais quando expostas a um 
estímulo), treinamento de habilidades (habilidades de comunicação, asserti-
vidade, etc.) e balanço de vantagens e desvantagens (identificação dos prós 
e dos contras de alguma situação ou de algum comportamento). No entanto, 
no tratamento em si, o foco está mais na estratégia de psicoeducação do que 
no ensino de técnicas (NEVES; LIMA; MALLOY-DINIZ, 2016). Na próxima seção, 
você vai estudar a psicoeducação como estratégia clínica.
Informação como estratégia clínica
Uma das estratégias mais importantes durante a prática clínica com pacien-
tes que apresentam transtornos de humor é a psicoeducação. Ela permeia 
o tratamento em TCC, existindo em todas as fases da intervenção, seja em 
menor ou maior frequência.
A psicoeducação desempenha um papel fundamental no tratamento 
dos transtornos de humor na TCC, sendo o foco e o componente principal 
dessas intervenções. Ela é uma técnica na qual o profissional busca fornecer 
informações claras e relevantes ao paciente sobre os transtornos de humor, 
seus sintomas e o processo de tratamento. A psicoeducação busca munir os 
pacientes com os recursos informacionais necessários para que eles consigam 
desenvolver uma melhor compreensão sobre sua condição e possam refletir 
e buscar formas ativas de gerenciar seus sintomas (MATTA et al., 2010).
No tratamento dos transtornos de humor, essa estratégia costuma ser 
utilizada de forma mais intensa na fase inicial de tratamento. Contudo, ela 
perpassa todo o tratamento, sendo utilizada pelo profissional sempre que 
necessário. É preciso entender que essa técnica vai desde explicações curtas 
e didáticas para momentos, dúvidas e situações pontuais até explicações 
com uma extensão maior (NEVES; LIMA; MALLOY-DINIZ, 2016).
Na fase inicial do tratamento, a psicoeducação tem quase todo seu foco 
voltado à promoção da adesão ao tratamento medicamentoso. O paciente 
precisa estar relativamente estabilizado para que o tratamento psicoterápico 
seja efetivo. No entanto, os transtornos de humor são condições que têm uma 
alta taxa de desistência em relação ao medicamento. Isso pode ocorrer por 
vários motivos, como desconhecimento e falta de informação sobre a razão 
da prescrição e do uso, efeitos colaterais negativos, resistência a abandonar 
os estados eufóricos de mania ou hipomania em troca do estado equilibrado 
Terapia cognitivo-comportamental para transtornos de humor8
da eutimia, entre outros motivos (NEVES; LIMA; MALLOY-DINIZ, 2016; PEREIRA 
et al., 2019).
Assim, a TCC é mais como um tratamento combinado e adjuvante ao tra-
tamento medicamentoso, visto que a base da terapêutica dessa categoria 
de transtornos é composta principalmente pelos estabilizadores de humor, 
como o lítio. No entanto, a psicoterapia vai auxiliar o paciente a modificar 
os comportamentos que contribuem para a emergência de seus episódios 
bipolares, buscando a prevenção destes e o desenvolvimento de maior bem-
-estar, qualidade de vida e funcionalidade (QUEIROZ et al., 2021).
Quando a psicoeducação é aplicada, ela geralmente foca em alguns gran-
des assuntos de interesse do paciente: a razão da necessidade de aderir à 
medicação; as vantagens do estado eutímico; as desvantagens dos estados 
maníacos, hipomaníacos e depressivos; a necessidade de evitar drogas de 
abuso (pelo risco de ativar episódios bipolares); a identificação de sintomas 
que ocorrem em um período anterior aos episódios e podem ser utilizados 
como sinais de alerta; as estratégias de manejo de estresse; o enfrentamento 
de sintomas subclínicos, como os de ansiedade; o ensino de estratégias para 
a diminuição do risco de suicídio; o estímulo de habilidades e qualidades 
que podem auxiliar no funcionamento saudáveldo paciente (NEVES; LIMA; 
MALLOY-DINIZ, 2016; OLIVEIRA et al., 2019).
É necessário psicoeducar o paciente sobre as características do próprio 
transtorno. Os transtornos de humor são crônicos; portanto, vão acompanhar o 
paciente por toda a vida. Não há cura, mas há tratamento e alívio dos sintomas. 
Também é comum a recorrência de sintomas e efeitos colaterais advindos 
da medicação. O paciente precisa estar ciente de que a recorrência pode e 
provavelmente vai acontecer e do risco/benefício de tomar a medicação, 
mesmo com efeitos colaterais (NEVES; LIMA; MALLOY-DINIZ, 2016).
Além disso, deve-se informar o paciente sobre a necessidade de manter 
rotinas, pois o desencadeamento dos episódios está intimamente ligado à 
disrupção de ciclos do organismo, como o ciclo do sono. Também é necessário 
explicar ao paciente sobre o estigma social que existe sobre sua condição 
e auxiliá-lo a criar estratégias de enfrentamento para situações que podem 
surgir. Se o paciente for do sexo feminino, por exemplo, deve-se orientar sobre 
os transtornos e suas características durante o período da gravidez (NEVES; 
LIMA; MALLOY-DINIZ, 2016). O Quadro 1 mostra algumas etapas e temas que 
podem ser utilizados na psicoeducação.
Terapia cognitivo-comportamental para transtornos de humor 9
Quadro 1. Detalhamento das etapas da psicoeducação para transtorno 
afetivo bipolar
Subetapa do processo 
de psicoeducação Detalhamento
Conscientização sobre o transtorno � Apresentação das regras do grupo, 
caso seja em grupo.
 � Abordagem de fatores etiológicos.
 � Abordagem de sintomas de mania, 
hipomania, depressão e episódios 
mistos.
 � Evolução e prognóstico do 
transtorno.
Adesão à medicação � Tratamento farmacológico 
(estabilizadores de humor, drogas 
antimaníacas e antidepressivas).
 � Gravidez e aconselhamento 
genético.
 � Tratamentos.
Evitação de uso de substâncias � Uso de substâncias: os riscos para 
o transtorno bipolar.
Detecção precoce de episódios � Identificação de gatilhos para 
episódios.
 � Detecção precoce de mania, 
hipomania, depressão e estados 
mistos.
 � Estabelecimento de plano de ação 
para quando detectar gatilhos.
Hábitos e manejo de estresse � Estratégias de controle de 
estresse.
 � Estratégias de resolução de 
problemas.
Fonte: Adaptado de Neves, Lima e Malloy-Diniz (2016).
Além dos próprios pacientes, também é necessário pensar em seus fami-
liares, pessoas que convivem diariamente com o paciente, e, muito provavel-
mente, também são acometidas pelo transtorno do sujeito. É relativamente 
comum que o paciente com transtorno de humor não se sinta incomodado 
pela sua condição enquanto não passar por prejuízos, mas as características 
da condição podem ser difíceis para os familiares lidarem, principalmente 
se eles não têm conhecimento sobre o que está acontecendo (ROSO; PELLE-
GRINELLI, 2015).
Terapia cognitivo-comportamental para transtornos de humor10
Antônio, um homem de 32 anos, foi diagnosticado recentemente com 
transtorno afetivo bipolar tipo I. Ele apresenta oscilações extremas de 
humor, alternando entre episódios de mania e episódios de depressão. Andressa, 
sua irmã mais nova, está buscando informações sobre a condição e deseja 
oferecer suporte adequado a Antônio durante o tratamento. A psicoeducação 
desempenha um papel importante no tratamento do transtorno afetivo bipolar. 
Para Andressa, compreender a natureza do transtorno e seus sintomas é uma 
iniciativa para auxiliar Antônio em sua jornada de recuperação.
É importante que Andressa compreenda que o tratamento do transtorno 
afetivo bipolar envolve uma abordagem multimodal, que inclui o uso de medica-
mentos estabilizadores de humor, psicoterapia e estratégias de autocuidado. 
Os medicamentos ajudam a estabilizar o humor e a reduzir a frequência e a 
intensidade dos episódios. A psicoterapia auxilia Antônio a identificar e modificar 
padrões de pensamentos negativos e disfuncionais, bem como a desenvolver 
habilidades de enfrentamento para lidar com as oscilações de humor. Além disso, 
a psicoeducação é uma parte fundamental da TCC, permitindo que Andressa e 
Antônio compreendam melhor o transtorno, aprendam a reconhecer sinais de 
alerta e adotem estratégias preventivas para evitar recaídas.
Como familiar, Andressa pode desempenhar um papel fundamental no su-
porte a Antônio. Ela pode oferecer apoio emocional constante, estar presente 
para ouvi-lo e encorajá-lo a buscar ajuda profissional quando necessário. Além 
disso, Andressa pode ser uma aliada na identificação de sinais precoces de 
recaída e ajudar Antônio a adotar um estilo de vida saudável, que inclua uma 
rotina estável, o monitoramento dos sintomas, o uso do medicamento e a prática 
das atividades psicoterapêuticas.
É necessário que o profissional realize a estratégia de psicoeducação com 
os familiares do paciente também. Assim, é possível passar aos familiares 
informações importantes sobre o transtorno e o tratamento, tornando-os 
colaboradores do processo psicoterapêutico do paciente, pois eles podem 
auxiliar no processo de monitoramento e prevenção junto ao paciente (OLI-
VEIRA et al., 2019).
A partir do olhar da TCC, você viu o nível de complexidade que as caracterís-
ticas dos transtornos de humor trazem à prática clínica. A TCC surge como uma 
abordagem terapêutica adjuvante no tratamento dos transtornos de humor, 
fornecendo estratégias específicas para identificar e modificar pensamentos 
distorcidos e comportamentos disfuncionais e prevenindo recaídas. Além 
disso, é importante ressaltar a necessidade de um enfoque biopsicossocial, 
considerando fatores biológicos, psicológicos e sociais na compreensão e 
na intervenção dessas condições. Assim, será possível desenvolver uma 
compreensão mais abrangente para um atendimento adequado aos pacien-
tes, considerando diagnóstico, planejamento terapêutico e mobilização de 
técnicas no âmbito da TCC.
Terapia cognitivo-comportamental para transtornos de humor 11
Referências
AMERICAN PSYCHIATRIC ASSOCIATION (APA). Manual diagnóstico e estatístico de trans-
tornos mentais: DSM-5-TR. 5. ed. rev. Porto Alegre: Artmed, 2023. E-book.
MAGALHÃES, P. V. S.; COSTA, M. H.; PINHEIRO, R. T. Epidemiologia do transtorno bipolar. 
In: KAPCZINSKI, F.; QUEVEDO, J. (org.). Transtorno bipolar: teoria e clínica. 2. ed. Porto 
Alegre: Artmed, 2016. E-book.
MATTA, A. et al. Intervenções cognitivo-comportamentais no transtorno de humor 
bipolar. Revista Interamericana de Psicologia, v. 44, n. 3, p. 432-441, 2010.
MORENO, R. A.; MORENO, D. H. Mania. In: KAPCZINSKI, F.; QUEVEDO, J. (org.). Transtorno 
bipolar: teoria e clínica. 2. ed. Porto Alegre: Artmed, 2016. E-book.
NEVES, F. S.; LIMA, I. M. M.; MALLOY-DINIZ, L. F. Tratamento psicoterápico do transtorno 
bipolar. In: KAPCZINSKI, F.; QUEVEDO, J. (org.). Transtorno bipolar: teoria e clínica. 2. ed. 
Porto Alegre: Artmed, 2016. E-book.
OLIVEIRA, R. R. et al. Contribuições e principais intervenções da terapia cognitivo-com-
portamental no tratamento do transtorno bipolar. Aletheia, v. 52, n. 2, p. 157-165, 2019.
PEREIRA, G. G. et al. Os efeitos adversos causados pelo uso do carbonato de lítio 
em pacientes com transtorno bipolar afetivo: uma revisão da literatura. Revista de 
Patologia do Tocantins, v. 6, n. 2, p. 65-69, 2019.
QUEIROZ, C. S. et al. Transtorno bipolar: causas, sintomas e farmacoterapia com car-
bonato de lítio. Brazilian Journal of Development, v. 7, n. 1, p. 7628-7633, 2021. 
ROSO, M.; PELLEGRINELLI, K. K. Tratamento psicológico. In: MORENO, R. A. et al. (org.). 
Aprendendo a viver com o transtorno bipolar: manual educativo. Porto Alegre: Artmed, 
2015. E-book.
Leituras recomendadas
COSTA, K. M. Q.; GÓES, R. M.; MORAIS, M. M. N. A influência dos aspectos subjetivos na 
adesão ao tratamento do transtorno bipolar: uma revisão sistemática. Jornal Brasileiro 
de Psiquiatria, v. 70, n. 4, p. 330-337, 2021. 
SILVA, R. A. et al. Metacognição no transtorno bipolar: uma revisão sistemática. Jornal 
Brasileiro de Psiquiatria, v. 69,n. 2, p. 131-139, 2020.
Terapia cognitivo-comportamental para transtornos de humor12
Dica do professor
A ciclotimia é um transtorno de humor que se caracteriza por oscilações de humor entre estados de 
hipomania e depressão leve. A ciclotimia é considerada uma forma mais leve do transtorno bipolar, 
porém ainda pode ter um impacto significativo na vida do indivíduo. O diagnóstico é feito com base 
na observação clínica da história do paciente, e o manejo do transtorno envolve educação sobre a 
condição e, em alguns casos, terapia medicamentosa. É importante compreender a ciclotimia para 
fornecer um tratamento adequado e proporcionar melhor qualidade de vida para as pessoas 
acometidas pelo transtorno. 
Nesta Dica do Professor, você irá conhecer um pouco mais sobre a ciclotimia.
 
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Exercícios
1) A TCC é uma abordagem utilizada no tratamento dos transtornos de humor, como o 
transtorno bipolar. Por conta das características que compõem esses transtornos, o 
tratamento é geralmente combinado, com o uso de medicamentos e psicoterapia.
Sobre o diagnóstico e o tratamento dos transtornos de humor na TCC, assinale a alternativa 
correta.
A) O diagnóstico dos transtornos de humor na TCC baseia-se principalmente na presença de 
sintomas físicos, como alterações no apetite e no sono.
B) A TCC enfatiza o rápido diagnóstico para que o tratamento possa ser iniciado o mais 
brevemente possível, visando a uma recuperação mais rápida do paciente.
C) Na TCC, o diagnóstico de transtornos de humor leva em consideração principalmente os 
eventos estressantes vivenciados pelo paciente.
D) A TCC auxilia na identificação de padrões de pensamentos que contribuem para a emergência 
dos sintomas associados aos transtornos de humor.
E) A TCC não utiliza o diagnóstico formal para os transtornos de humor, uma vez que se 
concentra na modificação dos pensamentos negativos.
2) A ciclagem rápida é um fenômeno complexo que pode ocorrer nos transtornos de humor, 
como o transtorno bipolar. Caracterizada pela alternância rápida entre episódios de mania 
e/ou hipomania e depressão, essa condição pode trazer desafios significativos para o 
diagnóstico e o tratamento.
Sobre a ciclagem rápida nos transtornos de humor, assinale a alternativa correta.
A) Na ciclagem rápida, a alternância entre episódios de mania e depressão ocorre dentro de um 
curto período de tempo, como dias ou semanas.
B) A ciclagem rápida nos transtornos de humor é mais comum no transtorno bipolar tipo I do 
que no transtorno bipolar tipo II.
C) A ciclagem rápida nos transtornos de humor é estável e está presente desde o início do 
transtorno, não apresentando variações ao longo do tempo.
D) A ciclagem rápida nos transtornos de humor está associada a fatores genéticos, não sendo 
influenciada por fatores ambientais ou de estilo de vida.
E) A ciclagem rápida nos transtornos de humor ocorre exclusivamente em períodos de meses ou 
anos, sendo menos frequente do que a ciclagem lenta.
3) Os transtornos de humor, como o transtorno bipolar, são caracterizados por episódios de 
humor instável e grave, como estados de mania, hipomania e depressão. Cada um desses 
estados apresenta características específicas que impactam significativamente a vida do 
indivíduo, trazendo-lhe diversos problemas nas diferentes áreas de sua vida, além de 
sofrimento significativo.
Sobre as características da mania, da hipomania e da depressão bipolar, assinale a alternativa 
correta.
A) A mania é um estado caracterizado por aumento da energia, agitação, pensamentos 
acelerados, impulsividade e grandiosidade.
B) A hipomania é um estado de humor semelhante à mania, porém menos intenso e de duração 
mais curta, geralmente associado a maior risco de suicídio.
C) A depressão bipolar é um estado caracterizado por euforia e irritabilidade, acompanhado de 
queda de energia, isolamento social e tristeza profunda.
D) Tanto os estados de mania quanto os de hipomania são caracterizados por um período longo 
de humor normal, sem alterações significativas.
E) A mania é um estado de humor transitório, que dura apenas alguns minutos ou horas, e não 
apresenta consequências significativas na vida do indivíduo.
4) Os transtornos de humor, como o transtorno ciclotímico e o transtorno bipolar, são 
condições que podem ter um impacto significativo na vida das pessoas afetadas. Além dos 
sintomas emocionais e psicológicos, esses transtornos também estão associados a risco 
aumentado de mortalidade. Compreender os fatores de risco envolvidos é fundamental para 
a prevenção e o manejo adequado desses transtornos.
Sobre o risco de mortalidade nos transtornos de humor, assinale a alternativa correta.
A) O risco de mortalidade por suicídio nos transtornos de humor é baixo, e a maioria dos casos 
ocorre devido a acidentes ou doenças adquiridas.
B) A taxa de mortalidade por suicídio é significativamente mais alta nos transtornos de humor 
em comparação com a da população em geral.
C) A mortalidade por acidentes e doenças adquiridas nos transtornos de humor é semelhante à 
da população em geral, não havendo associação significativa.
D) Os transtornos de humor não têm impacto significativo na expectativa de vida, não havendo 
diferenças substanciais em relação à população em geral.
E) O risco de mortalidade nos transtornos de humor é devido a complicações de saúde mental, 
não havendo influência de fatores externos.
5) A psicoeducação desempenha um papel fundamental no tratamento dos transtornos de 
humor na TCC. Por meio da transmissão de informações e conhecimentos relevantes sobre o 
transtorno, a psicoeducação busca capacitar os pacientes a compreenderem melhor sua 
condição e a participarem ativamente do processo psicoterapêutico, em busca da melhora 
do quadro e consequente melhora da qualidade de vida.
Sobre a psicoeducação no tratamento dos transtornos de humor, assinale a alternativa 
correta.
A) No tratamento dos transtornos de humor em TCC, estratégias psicoterapêuticas, como o 
balanço de vantagens e desvantagens, fazem parte da psicoeducação. 
B) Com o uso da psicoeducação na TCC, é possível manter casos leves sem o uso de medicação, 
visto que o paciente consegue entender melhor sua condição e identificar seus sinais de 
alerta.
C) Durante todo o curso do tratamento em TCC para os transtornos de humor, entende-se que a 
psicoeducação faz parte de todas as fases do tratamento, com maior ou menor intensidade. 
D) Quando é realizada a psicoeducação com familiares de pacientes com transtornos de humor, 
entende-se que ela foca em auxiliar os familiares a monitorarem o paciente.
E) Os pacientes, ao entenderem seus sintomas e como podem lidar com eles, conseguem ao 
longo do tempo realizar a retirada medicamentosa com a melhora de seu quadro. 
Na prática
Os transtornos de humor são condições de saúde mental complexas, caracterizadas pela 
sintomatologia em comum que se constitui de oscilações de humor, que vão desde episódios de 
mania e hipomania até períodos de depressão. O tratamento dessa categoria de transtornos 
envolve uma abordagem multidisciplinar, que inclui intervenções psicoterapêuticas, farmacológicas 
e de autocuidado. No entanto, a adesão ao tratamento pode ser um desafio para alguns pacientes, 
especialmente no que diz respeito à medicação.
Neste Na Prática, você verá o relato de caso de uma paciente com transtorno afetivo bipolar tipo II 
em tratamento psicoterapêutico baseado na TCC, destacando as dificuldades encontradas em 
relação à resistência da paciente com a medicação.
 
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Saiba +
Para ampliaro seu conhecimento a respeito desse assunto, veja abaixo as sugestões do professor:
Depressão bipolar: um guia abrangente
Este livro especializado aborda de forma abrangente a depressão no contexto do transtorno afetivo 
bipolar. O Capítulo 10 (Intervenções psicológicas na depressão bipolar) concentra-se 
especificamente no tratamento psicoterápico, fornecendo informações importantes sobre as 
intervenções recomendadas para esses momentos. O capítulo também fornece recursos para 
profissionais e estudantes interessados nessa área de estudo.
Conteúdo interativo disponível na plataforma de ensino!
Importância da psicoeducação para familiares de pacientes com 
esquizofrenia e transtorno afetivo bipolar
Este artigo científico explora o papel da psicoeducação no tratamento de transtornos mentais 
graves, com o transtorno afetivo bipolar como uma de suas ênfases. São abordados os benefícios 
da participação em grupos terapêuticos e a importância da colaboração dos familiares durante o 
processo terapêutico. As evidências científicas destacam como a psicoeducação fortalece os 
pacientes, fornecendo informações e estratégias práticas para promover a adesão ao tratamento e 
melhorar a qualidade de vida.
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Contribuições e principais intervenções da terapia cognitivo-
comportamental no tratamento do transtorno bipolar
Neste artigo científico de revisão narrativa, são exploradas as principais técnicas utilizadas para 
abordar esse transtorno complexo. Descubra como a psicoeducação se torna uma aliada na 
promoção da adesão ao tratamento, sendo necessária e positiva não apenas para os pacientes, mas 
também para seus familiares.
https://revistanursing.com.br/index.php/revistanursing/article/view/2151/2656
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http://pepsic.bvsalud.org/pdf/aletheia/v52n2/v52n2a13.pdf

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