Prévia do material em texto
1 Contribuciones a Las Ciencias Sociales, São José dos Pinhais, v.17, n.6, p. 01-15, 2024 jan. 2021 O uso de kits cirúrgicos em cirurgias eletivas em um hospital de grande porte brasileiro: relato de experiência The use of surgical kits in elective surgeries in a large brazilian hospital: experience report El uso de kits quirúrgicos en cirugías electivas en un gran hospital brasileño: relato de experiencia DOI: 10.55905/revconv.17n.6-123 Originals received: 05/10/2024 Acceptance for publication: 05/31/2024 Kariciele Cristina Corrêa Mestre em Saúde Ambiental e Saúde do Trabalhador Instituição: Hospital de Clínicas da Universidade Federal de Uberlândia Endereço: Uberlândia - Minas Gerais, Brasil E-mail: kariciele.correa@ebserh.gov.br Orcid: https://orcid.org/0000-0002-4529-2356 Ana Luiza Vieira Loiola Santos Especialista em Atenção Primária à Saúde Instituição: Hospital de Clínicas da Universidade Federal de Uberlândia Endereço: Uberlândia - Minas Gerais, Brasil E-mail: ana.loiola@ebserh.gov.br Orcid: https://orcid.org/0000-0002-9445-3881 Kássia Santos Sousa Especialista em Urgência e Emergência Instituição: Hospital de Clínicas da Universidade Federal de Uberlândia Endereço: Uberlândia - Minas Gerais, Brasil E-mail: kassia.sousa@ebserh.gov.br Michelle Pinheiro de Oliveira Especialista em Auditoria em Saúde Instituição: Hospital de Clínicas da Universidade Federal de Uberlândia Endereço: Uberlândia - Minas Gerais, Brasil E-mail: michelle-oliveira.mo@ebserh.gov.br Orcid: https://orcid.org/0009-0008-2118-5928 mailto:kariciele.correa@ebserh.gov.br 2 Contribuciones a Las Ciencias Sociales, São José dos Pinhais, v.17, n.6, p. 01-15, 2024 jan. 2021 Antônio José de Lima Júnior Doutor em Ciências Instituição: Hospital de Clínicas da Universidade Federal de Uberlândia Endereço: Uberlândia - Minas Gerais, Brasil E-mail: antonio.junior.6@ebserh.gov.br Orcid: https://orcid.org/ 0000-0003-2459-9719 Jaqueline Lilian Machado Mestranda em Saúde Ambiental e Saúde do Trabalhador Instituição: Hospital de Clínicas da Universidade Federal de Uberlândia Endereço: Uberlândia - Minas Gerais, Brasil E-mail: jaqueline.lilian@ebserh.gov.br Kleber Gontijo de Deus Mestre em Ciências da Saúde Instituição: Hospital de Clínicas da Universidade Federal de Uberlândia Endereço: Uberlândia - Minas Gerais, Brasil E-mail: kleber.deus@ebserh.gov.br Orcid: https://orcid.org/0000-0003-0892-9968 Fabiana Costa Callegari Macedo Mestranda em Saúde Ambiental e Saúde do Trabalhador Instituição: Hospital de Clínicas da Universidade Federal de Uberlândia Endereço: Uberlândia - Minas Gerais, Brasil E-mail: fabiana.callegari@ebserh.gov.br Orcid: https://orcid.org/0009-0001-4943-4710 RESUMO O presente trabalho tem por temática central relatar a vivência da implantação da montagem dos kits cirúrgicos para efetivação e melhoria da otimização do tempo de início das primeiras cirurgias do dia e entre as mesmas no que diz respeito à variável materiais, tendo como responsável o Centro de Material e Esterilização (CME) do Hospital de Clínicas da Universidade Federal de Uberlândia (HC UFU), vinculado a Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (EBSERH). A implantação da montagem dos kits cirúrgicos em carrinhos pelo CME do HC UFU iniciou no dia 19/02/2024 sendo considerado um marco para o gerenciamento e a qualidade da assistência a ser prestada pela Unidade de Bloco Cirúrgico e Processamento de Material Esterilizado (UBCME) aos pacientes que necessitam de cirurgias. Portanto este estudo tem como modelo o relato de experiência para trazer a comunicação dialógica e vivenciada da prática da montagem dos kits cirúrgicos com a realidade vivenciada dentro deste ambiente. A partir da montagem identificamos algumas dificuldades e necessidades de melhoria nas caixas cirúrgicas sendo possível a melhoria dos kits no sentido de reduzir o gasto em processamentos desnecessários e melhoria do tempo do circulante em sala, não sendo necessária sua saída da sala operatória visto que o carrinho traz consigo um kit adequado a cada cirurgia proposta. Nesse sentido, vimos que o processo de trabalho no que tange à variável material teve um grande impacto em alguns pontos, porém ainda dependemos de outras variáveis a serem implementadas e monitoradas para a otimização do tempo de início das cirurgias e redução do intervalo entre elas. 3 Contribuciones a Las Ciencias Sociales, São José dos Pinhais, v.17, n.6, p. 01-15, 2024 jan. 2021 Palavras-chave: otimização do tempo cirúrgico, segurança do paciente, kit cirúrgico, cirurgias eletivas. ABSTRACT The main theme of this study is to report the experience of the implementation of the assembly of surgical kits to make effective and improve the optimization of the start time of the first surgeries of the day and between them with regard to the variable materials, being responsible for the Material and Sterilization Center (CME) of the Hospital de Clínicas of the Federal University of Uberlândia (HC UFU). linked to the Brazilian Company of Hospital Services (EBSERH). The implementation of the assembly of surgical kits on carts by the CME of HC UFU began on 02/19/2024 and is considered a milestone for the management and quality of care to be provided by the Surgical Block and Sterile Material Processing Unit (UBCME) to patients who need surgeries. Therefore, this study is modeled on the experience report to bring the dialogic and experienced communication of the practice of assembling surgical kits with the reality experienced within this environment. From the assembly, we identified some difficulties and needs for improvement in the surgical boxes, making it possible to improve the kits in order to reduce the expense in unnecessary processing and improve the time of the circulator in the room, not being necessary to leave the operating room, since the cart brings with it a kit suitable for each proposed surgery. In this sense, we saw that the work process regarding the material variable had a great impact on some points, but we still depend on other variables to be implemented and monitored to optimize the time to start surgeries and reduce the interval between them. Keywords: optimization of surgical time, patient safety, surgical kit, elective surgeries. RESUMEN El tema principal de este estudio es relatar la experiencia de la implementación del armado de kits quirúrgicos para hacer efectiva y mejorar la optimización del tiempo de inicio de las primeras cirugías del día y entre ellas en lo que se refiere a los materiales variables, siendo responsable por el Centro de Material y Esterilización (CME) del Hospital de Clínicas de la Universidad Federal de Uberlândia (HC UFU). vinculada a la Empresa Brasileña de Servicios Hospitalarios (EBSERH). La implementación del armado de kits quirúrgicos en carros por parte del CME de HC UFU inició el 19/02/2024 y se considera un hito para la gestión y calidad de la atención que brindará la Unidad de Procesamiento de Bloques Quirúrgicos y Material Estéril (UBCME) a los pacientes que necesitan cirugías. Por lo tanto, este estudio se basa en el relato de experiencia para acercar la comunicación dialógica y experimentada de la práctica de armado de kits quirúrgicos con la realidad vivida en este ambiente. A partir del montaje, identificamos algunas dificultades y necesidades de mejora en los boxes quirúrgicos, posibilitando la mejora de los kits con el fin de reducir el gasto en procesos innecesarios y mejorar el tiempo del circulador en la sala, no siendo necesario salir del quirófano, ya que el carro trae consigo un kit adecuado para cada cirugía propuesta. En este sentido, vimos que el proceso de trabajo en cuanto a la variable material tuvo un gran impacto en algunos puntos, peroaún dependemos de otras variables a implementar y monitorear para optimizar el tiempo de inicio de las cirugías y reducir el intervalo entre ellas. Palabras clave: optimización del tiempo quirúrgico, seguridad del paciente, kit quirúrgico, cirugías electivas. 4 Contribuciones a Las Ciencias Sociales, São José dos Pinhais, v.17, n.6, p. 01-15, 2024 jan. 2021 1 INTRODUÇÃO O procedimento cirúrgico envolve várias unidades dentre elas, o Centro Cirúrgico (CC), Centro de Material e Esterilização (CME), Farmácia, Radiologia, Laboratório de anatomia patológica, Laboratório de análises clínicas, entre outras e diversas equipes profissionais como administrativa, enfermagem, médica, higienização, farmacêutica e técnico em radiologia. O centro cirúrgico é um conjunto de áreas e instalações necessárias para a realização de procedimentos anestésico-cirúrgicos, recuperação pós-anestésica e de pós-operatório imediato (MS, 2002). A gestão do CC deve garantir um cuidado seguro e de qualidade a pacientes e profissionais, e também focar na sustentabilidade do setor e, consequentemente, contribuir para a sustentabilidade institucional. O bom desempenho do CC relaciona-se ainda à qualidade de seus processos e aos métodos dos serviços de apoio e, para que o fluxo de trabalho seja eficaz, faz-se necessária a integração de instalações físicas, tecnologia adequada e profissionais competentes, capacitados e que atuem de forma integrada (SOBECC, 2017). A qualidade está intrinsecamente relacionada à obtenção de maiores benefícios e menores riscos, envolvendo as dimensões de estrutura, processo e resultados, sendo definida como um conjunto de atributos que inclui excelência profissional, uso eficiente de recursos e satisfação dos usuários (Donabedian, 2001). Um dos instrumentos utilizados para avaliar a qualidade no Centro Cirúrgico denomina- se indicador. Os indicadores averiguam desde fatores de qualidade até específicos; os primeiros avaliam processos e resultados, estrutura e recursos; os últimos encarregam-se de tempo, taxas cirúrgicas e eventos assistenciais (SOBECC, 2017). Dentre os diversos indicadores avaliados no contexto de centro cirúrgico, um importante indicador de qualidade e produtividade é o tempo de turnover. O turnover é descrito como o período entre o instante em que as rodas da cama do primeiro paciente deixam a sala operatória e o momento em que as rodas da maca do segundo paciente entram na sala (Cerfolio et al., 2019). O tempo de turnover é considerado um dos aspectos que representa o nível de qualidade da unidade, pois nele estão inclusos os processos de desmontagem, limpeza e montagem da sala operatória, variáveis afirmadas por um estudo como parâmetros que impactam na eficiência do CC (Jericó; Perroca; Penha, 2011). 5 Contribuciones a Las Ciencias Sociales, São José dos Pinhais, v.17, n.6, p. 01-15, 2024 jan. 2021 Estabelecer previsões acerca dos tempos de turnover, considerando que diferentes procedimentos determinam diferentes durações, é uma estratégia que pode ser utilizada. Com o tempo previsto identificado, torna-se dever da equipe registrar os motivos influenciadores do tempo de turnover e, assim, planejar medidas de aumento de performance para diminuir o máximo possível o tempo de ociosidade da sala operatória (Vassell, 2016). A cooperação entre as equipes (enfermagem, higienização e médica) é necessária no gerenciamento do tempo de turnover; necessitam-se estabelecer objetivos e analisar os resultados, possibilitando identificar oportunidades de melhoria envolvendo as equipes que atuam no Centro Cirúrgico (Vassell, 2016). Quando os processos deixam de receber o devido monitoramento e padronização, a integridade operacional e financeira da instituição acaba sendo prejudicada (Peralta et al., 2022). A padronização de materiais é essencial no ambiente do CC, que está diretamente vinculado ao trabalho realizado pelo CME, em função de sua finalidade e indicações de uso na determinação de produtos e caixas específicas para procedimentos específicos, o que leva à diminuição da diversidade de materiais considerados desnecessários ou em duplicidade. O CME é caracterizado como uma unidade de assistência indireta e de apoio técnico para o cuidado ao paciente e tem importância destacada há várias décadas tanto do ponto de vista técnico-administrativo, quanto econômico, pela complexidade das atividades executadas, para as quais necessita de condições ambientais e estrutura organizacional adequadas, garantindo a qualidade do processamento dos Produtos para Saúde (Perkins, 1983; WHO, 2016). A Associação Brasileira de Enfermeiros de CC, Recuperação Anestésica e Centro de Material e Esterilização (SOBECC) recomenda que a montagem da Sala Operatória siga protocolos supervisionados pelo enfermeiro, com lista de materiais cirúrgicos e equipamentos, conforme a necessidade de cada procedimento, de acordo com a especialidade cirúrgica e as necessidades do paciente (SOBECC, 2021). A padronização e implantação dos kits cirúrgicos e carros para o transporte está associada com a otimização do trabalho da equipe de enfermagem do centro cirúrgico e Central de Material e Esterilização, maior rapidez e agilidade na montagem da sala cirúrgica e um armazenamento adequado dos materiais esterilizados (Barbato et al., 2018). Portanto, conhecer fatores que podem interferir no início das cirurgias e no tempo de turnover é imprescindível, pois colabora no monitoramento de indicadores que subsidiam a 6 Contribuciones a Las Ciencias Sociales, São José dos Pinhais, v.17, n.6, p. 01-15, 2024 jan. 2021 gestão do CC. Nesse contexto, foram identificados vários fatores que interferem no início e intervalo entre as cirurgias no CC do Hospital de Clínicas da Universidade Federal de Uberlândia (HC UFU), e com a necessidade de otimização da utilização das salas operatórias, foi construído um grupo dentro da Unidade de Bloco Cirúrgico e Processamento de Material Esterilizado (UBCME) do HC UFU, intitulado como Unidade de Produção, que consiste em uma comissão multiprofissional, de profissionais que atuam dentro da UBCME, entre eles enfermeiros, técnicos de enfermagem, farmacêutico, e médico anestesista, atuantes no CC e CME. Dentre vários fatores que interferem diretamente na otimização das cirurgias está o processamento de materiais esterilizados que é realizado no CME. A comissão da Unidade de Produção identificou como um dos problemas a necessidade de se instituir os kits cirúrgicos montados antes das cirurgias eletivas, incluindo os materiais consignados. Portanto, este estudo é o relato de experiência dos enfermeiros do CME do HC UFU, sobre os kits cirúrgicos em carrinhos, desde a padronização dos materiais para cada cirurgia, a montagem dos carrinhos, e desmontagem dos mesmos realizados pela equipe de enfermagem do CME. O estudo visa demostrar a vivência da implantação da montagem dos kits cirúrgicos para efetivação e melhoria da otimização do tempo para o início das primeiras cirurgias eletivas e entre as mesmas. O artigo está descrito de modo a realizar inicialmente uma introdução com breve abordagem da implementação interativa das áreas envolvidas na variável montagem de kits cirúrgicos definidos para cada cirurgia, construção de protocolos e rotinas no arsenal do CME, vinculados ao mapa cirúrgico das cirurgias eletivas realizadas no CC do HC UFU. 2 METODOLOGIA 2.1 LOCAL DO ESTUDO O estudo foi realizado no CME e CC do HC UFU, vinculado à EBSERH. O HC UFU é uma unidade hospitalar que pertence a Universidade Federal de Uberlândia, foi inaugurado em agosto de 1970 e hoje é referência de média e alta complexidade de 86 municípios do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba. 7 Contribuciones a Las Ciencias Sociales, São José dos Pinhais, v.17, n.6, p. 01-15, 2024 jan. 2021 O CC do HC UFUestá localizado no 1º andar e possui 13 salas operatórias e realiza diariamente em média 15 cirurgias eletivas e 20 cirurgias de urgência/emergência. No ano de 2023 foram realizadas 9.823 cirurgias no centro cirúrgico do HC-UFU. O CME do HC UFU está localizado no 2º andar e realiza, em média, o processamento de 1.100 itens de materiais diariamente. Uma parte do arsenal do CME fica no CC. 2.2 ASPECTOS METODOLÓGICOS Este estudo é descritivo, tipo relato de experiência, e teve o objetivo de descrever a experiência do CME do HC UFU em relação a montagem dos kits cirúrgicos em carrinhos no sentido de otimização das salas operatórias. Antes da introdução da montagem dos kits cirúrgicos iniciada em 19 de fevereiro de 2024, o arsenal de materiais localizado no CC era aberto sob a responsabilidade dos profissionais de enfermagem do CC. A entrada e saída dentro do arsenal do CC era feito por todos os profissionais de enfermagem do CC que circulavam as cirurgias nas salas operatórias. Como não havia kit pré- estabelecido pelos profissionais por muitas vezes o circulante precisava sair das salas operatórias para pegar ou solicitar materiais esquecidos, não solicitados anteriormente pela equipe, ou materiais necessários por mudança de conduta intraoperatória, ou por outro lado levava para a sala operatória muitos materiais gerando desperdício ou retorno de forma não controlada destes materiais para dentro do arsenal do CC. Neste sentido, para a otimização das salas operatórias, redução de gastos desnecessários, redução do tempo do circulante fora das salas operatórias melhorando o tempo cirúrgico, e para uma melhor comunicação entre CC e CME visto que a ação em conjunto dos mesmos oferece melhoria da qualidade da assistência prestada, reduzindo o tempo de turnover e manuseio dos materiais esterilizados e melhorando a utilização do tempo das salas operatórias, foi iniciado um levantamento de problemas e possíveis soluções, e dentre elas a montagem dos kits cirúrgicos pela equipe de enfermagem do CME. 8 Contribuciones a Las Ciencias Sociales, São José dos Pinhais, v.17, n.6, p. 01-15, 2024 jan. 2021 3 RESULTADOS 3.1 ORGANIZAÇÃO DOS ARSENAIS DO CME Os arsenais do CME passaram por uma reorganização dos materiais, sendo dispostos de forma a melhorar e reduzir o tempo gasto para otimizar o tempo e melhorar o processo de trabalho. Nesse sentido foi realizado uma organização levando em conta todos os materiais incluindo caixas, containers, instrumentais, e demais materiais de forma a conseguir identifica- lo para rápido acesso. A organização das prateleiras com materiais foi feita em ordem alfabética e descrito na frente a numeração da prateleira que se encontra cada material, sendo as caixas e/ou containers agrupados por especialidade, o que tornou a acessibilidade ainda maior e resolução do processo de trabalho mais eficaz. 3.2 UTILIZAÇÃO DOS KITS DE MATERIAIS ESTÉREIS PARA PROCEDIMENTOS ANESTÉSICO-CIRÚRGICOS NO CENTRO CIRÚRGICO DO HCU-UFU A intenção da montagem dos kits foi para melhoria do processo de trabalho e melhoria na qualidade da assistência, como o intuito de redução: de estoque de materiais de consumo e permanente na sala operatória (SO), durante os procedimentos; do estoque da sala de materiais estéreis do Centro Cirúrgico; da taxa de reprocessamento de materiais estéreis; do custo relacionado à abertura desnecessária de instrumentais durante os procedimentos; do tempo gasto na contagem do excesso de instrumentais abertos durante o procedimento; do desgaste de instrumentais abertos em excesso durante os procedimentos; da permanência de instrumentais na SO sem necessidade; do tempo gasto pela equipe de enfermagem no planejamento do material a ser utilizado durante os procedimentos; do atraso no início dos procedimentos a serem realizados; para auxiliar na avaliação de custo de cada procedimento anestésico/cirúrgico e fechamento de mapa cirúrgico e para ser um divisor para ajustar, junto aos cirurgiões e CME, a relação de instrumentais com necessidades de melhorias. 9 Contribuciones a Las Ciencias Sociales, São José dos Pinhais, v.17, n.6, p. 01-15, 2024 jan. 2021 3.3 DEFINIÇÃO DO KIT CIRÚRGICO POR CIRURGIAS/ESPECIALIDADE No sentido de facilitar a montagem do kit cirúrgico pela equipe de enfermagem do CME foi realizado uma lista única com especialidades e cirurgias específicas de cada uma e abaixo descrito os materiais necessários para a montagem do kit. Ao todo foram definidas cirurgias de 16 especialidades (ginecologia, cabeça e pescoço, bucomaxilo, plástica, pediátrica, urologia, traumato tumor, coluna traumato, dentística, neurocirurgia, otorrino, ortopedia/traumato, torácia, vascular, captação/transplante, geral/aparelho digestivo). As cirurgias das especialidades oftalmologia e cardíaca no momento não serão montados kits no carrinho em função da complexidade e especificidade das mesmas. Segue abaixo três exemplos da construção dos kits em lista para facilitar a montagem dos carrinhos: Quadro 1 – Lista de materiais para montagem do kit cirúrgico para cirurgias, relacionadas por especialidade. - DRENAGEM DE ABSCESSO DE MAMA. - ESVAZIAMENTO PERCUTÂNEO DE CISTO MAMÁRIO. - EXERESE DE MAMA SUPRANUMERÁRIA. - EXERESE DE MAMILO. - REVERSÃO DE MAMILO INVERTIDO. QTD ITEM 02 Campo Simples 01 Campo de Procedimento 03 Capote 03 Bandeja 01 Cuba 01 Caneta de Bisturi Monopolar Manual 01 CX DE MASTECTOMIA 01 CX DE PEQUENA INTERVENÇÃO Fonte: Lista retirada do acervo de lista de kits por especialidade do CME – HC UFU. Quadro 2 – Lista de materiais para montagem do kit cirúrgico para cirurgias, relacionadas por especialidade. - OSTEOSSÍNTESE DA FRATURA COMPLEXA/SIMPLES DA MANDÍBULA/MAXILA. - OSTEOSSÍNTESE DE FRATURA DO COMPLEXO ÓRBITO-ZIGOMÁTICO-MAXILAR. - OSTEOTOMIA DA MANDÍBULA/MAXILA. - RECONSTRUÇÃO TOTAL DE MANDÍBULA/MAXILA. QTD ITEM 02 Campo Simples 01 Campo de Procedimento 03 Capote 02 Bandeja 02 Cuba 01 Caneta de Bisturi Monopolar Manual 01 Mala de garupa 01 CX CRANIOMAXILO (AZUL/VERMELHO) * MATERIAIS CONSIGNADOS SOLICITADOS Fonte: Lista retirada do acervo de lista de kits por especialidade do CME – HC UFU. 10 Contribuciones a Las Ciencias Sociales, São José dos Pinhais, v.17, n.6, p. 01-15, 2024 jan. 2021 Quadro 3 – Lista de materiais para montagem do kit cirúrgico para cirurgias, relacionadas por especialidade. - NEURO (CRANIOTOMIA). QTD ITEM 03 Campo Simples 01 Campo de Procedimento 03 Capote 03 Bandeja 02 Cuba 02 Caneta de Bisturi Monopolar Manual 01 Caneta Bipolar 01 Jarro 01 Bandeja de Intracath 01 Mala de garupa 01 PI campo 01 Varal 01 Caixa de CRANIOTOMIA ADULTO 01 Caixa de TRÉPANO (pode precisar) 01 Caixa de Anzóis (pode precisar) 01 Perfurador (pode precisar) 01 CRANIÓTOMO 01 Caixa de FECHAMENTO DE CRÂNIO (pode precisar) Fonte: Lista retirada do acervo de lista de kits por especialidade do CME – HC UFU. 3.4 FLUXO DAS AÇÕES REALIZADAS NO ARSENAL DO CENTRO CIRÚRGICO O fluxo das ações a serem realizadas no arsenal do Centro Cirúrgico em relação aos kits cirúrgicos é de acordo com o turno conforme descrito a seguir: o turno da manhã é responsável por separar os kits para o turno da tarde do dia corrente; o turno da tarde é responsável por separar os kits para o turno da noite do dia corrente, se houver; e o turno da noite é responsável por separar os kits para o turno da manhã do dia seguinte. Ressalta-se que são realizadas a separação e montagem dos kits cirúrgicos somente para procedimentos eletivos e já autorizados pela unidade de regulação de leitos. No sentido de melhoria das ações foi definido um procedimento operacional padrão (POP) em que as ações a serem realizadas continuamente foram listadas. O técnico escaladono arsenal do CC deverá realizar impressão do mapa cirúrgico das cirurgias do turno da tarde que estão autorizadas através do prontuário eletrônico utilizado na instituição. O mesmo procedimento deverá ser realizado no período noturno, para o próximo dia. As cirurgias do dia seguinte são autorizadas até as 15h do dia anterior, portanto, após esse horário já está atualizado; em sequência deve verificar os materiais necessários para cada procedimento e paciente. Para isso, devem ser consultadas as pastas impressas “Montagem de kits cirúrgicos” no qual estão listados todos os procedimentos em pasta, organizados por especialidade em ordem alfabética. O 11 Contribuciones a Las Ciencias Sociales, São José dos Pinhais, v.17, n.6, p. 01-15, 2024 jan. 2021 próximo passo é realizar lista das caixas que serão necessárias para proceder com a separação dos kits; e solicitar os materiais via interfone ao arsenal do CME; solicitar também os materiais consignados que estão separados para o turno da tarde. Caso haja materiais consignados para o turno noturno, estes deverão ser solicitados durante a tarde (evitando os horários próximos ao horário de troca de plantão); O turno noturno, ao separar os kits deverá solicitar também os materiais consignados (órteses, próteses e materiais especiais) da manhã seguinte; separar os kits completos, por paciente, colocando etiqueta nominal. Caso haja disponível carrinhos, o kit completo deve ser colocado no carrinho. Enquanto os carrinhos estiverem ocupados ou indisponíveis os kits devem ser deixados na prateleira. Antes de dispor os kits nos carrinhos, deve ser realizada a limpeza do mesmo utilizando produto especifico para superfícies padronizado no hospital; deixar os carrinhos no corredor, com as portas trancadas e alinhados, visando não obstruir a passagem de macas e outros transportes; sinalizar para o próximo plantão e para o enfermeiro do plantão materiais ou kits incompletos. Em caso de sobra de campos, capotes, canetas e cubas: dar preferência para que as sobras sejam usadas para a montagem dos próximos kits. Todas as sobras devem passar por inspeção criteriosa da integridade das embalagens, e presença de sujidades. Caso a integridade esteja comprometida, retornar com o material para ser novamente processado. As sobras podem ser guardadas no arsenal, mas deve-se evitar retornar com os materiais que já circularam em salas cirúrgicas para dentro do arsenal estéril. É preciso verificar os carrinhos que não foram retirados pelo CC e retirar as caixas cirúrgicas caso a cirurgia não seja realizada. 3.5 ROTINA DO ARSENAL PARA MONTAGEM DO KIT CIRÚRGICO NO CARRINHO A rotina do arsenal foi descrita como um passo a passo para montagem do kit cirúrgico: verificar o quantitativo de caixas de reserva para urgências e solicitar a reposição caso necessário (Abdômen; Caixa de Mão; Geral – Geral; Geral – Traumato; Osteótomos Delicados; Cirurgia Infantil).; solicitar os materiais à CME conforme as demandas do Centro Cirúrgico; Montar os kits conforme o fluxo acima; manter a organização do setor (checar a temperatura; limpeza e conferência das prateleiras, verificar quantidade de itens; guardar materiais nos locais corretos); conferência e limpeza das prateleiras, atentando-se à ordem de vencimento/validade; atentar ao posicionamento ao guardar os materiais, deixando aqueles com vencimento próximo na parte 12 Contribuciones a Las Ciencias Sociales, São José dos Pinhais, v.17, n.6, p. 01-15, 2024 jan. 2021 superior, para serem retirados primeiro; realizar assinatura e checagem da planilha de realização dessa atividade; observar atentamente a identificação do material e guardá-lo no local correto. Para auxiliar a guarda correta, checar a relação de material-prateleira. Caso não saiba o local correto de guardar, verificar com a equipe e deixar na mesa. Não guardar caso não haja certeza do local; verificar a quantidade de itens como: malha tubular, cordonê, cânulas de traqueostomia, fios (Kirschner e Steinmann); limpeza dos carrinhos antes de colocar os materiais do próximo turno; e ao receber o carrinho proveniente da sala cirúrgico; perguntar nome do paciente quando for solicitado material com intuito de verificar se há algum carrinho montado ou se o material está na prateleira separado; após cada kit ou material separado, deve ser anotado no mapa cirúrgico a informação de onde encontra-se o material, se já foi separado (prateleira ou carrinho – relatar o número do carrinho); verificar os carrinhos que não foram retirados pelo CC e também verificar se nos carrinhos devolvidos pelo CC houve sobra; em caso de sobra de campos, capotes, canetas e cubas: deixar as sobras para a montagem dos próximos kits. Evite retornar com os materiais que já circularam em salas cirúrgicas para dentro do arsenal estéril. 4 DISCUSSÃO O Centro Cirúrgico (CC) apresenta grande volume de tarefas complexas e estressantes, que exigem uma atenção redobrada (Pires; Pedreira; Peterlini, 2013). Assim, destaca-se a montagem das salas operatórias como parte expressiva da assistência prestada no CC, cuja finalidade é assegurar condições funcionais e procedimentos necessários para o bom andamento do ato anestésico-cirúrgico e para a segurança do paciente, por meio de técnica asséptica; previsão e provisão dos materiais; e equipamentos necessários e adequados para a realização da cirurgia (SOBECC, 2017; Gomes; Martins; Fernandes, 2016). Um hospital pode oferecer uma gama grande de serviços, e dentre estes os mais críticos são os procedimentos cirúrgicos. Há diversos fatores envolvidos para o sucesso do procedimento cirúrgico, como a qualificação da equipe médica, higienização da sala, preparação do paciente e disponibilização dos itens necessários à execução da cirurgia. Não há como os médicos trabalharem sem o devido ferramental para a cirurgia, portanto o referido processo é crucial para o funcionamento da ala cirúrgica como um todo e é executado pela principal equipe de suporte do centro cirúrgico. Dessa forma, a logística hospitalar para armazenagem e distribuição dos 13 Contribuciones a Las Ciencias Sociales, São José dos Pinhais, v.17, n.6, p. 01-15, 2024 jan. 2021 recursos necessários para os procedimentos cirúrgicos desempenha papel importante no custo e capacidade produtiva (Santos, 2018). O preparo adequado da sala operatória é um cuidado primordial para a assistência segura e de qualidade (Jardim et al., 2016). Nesse sentido, prover todos os materiais e equipamentos necessários para cada procedimento cirúrgico é um fator importante, que implica não apenas na assistência cirúrgica segura, mas também no tempo de ocupação da sala operatória. A gestão de recursos materiais no CC é uma atividade essencial e desafiadora para o enfermeiro (Martins; Dall’Agnoll, 2016). Enquanto o serviço de enfermagem envolve gerir pessoas, é relevante que sejam apreciadas as colaborações trazidas pelos profissionais, buscando soluções mais práticas e inovadoras dos problemas cotidianos (Santiago; Castro, 2018), reforçando a importância do engajamento da equipe, dos gestores do CME e CC e da instituição para a prática de excelência. E nesse sentido, a experiência relatada nesse trabalho visa oportunizar e subsidiar reflexões acerca dos processos assistenciais e administrativos e seu impacto positivo na assistência direta, podendo ser útil para profissionais de enfermagem e gestores em planejamento, implementação e gestão do CME e CC. 5 CONSIDERAÇÕES FINAIS Embora seja uma avaliação precoce é possível verificar que a implantação e padronização dos kits cirúrgicos está possibilitando otimizar a assistência de enfermagem na sala operatória, melhorar o atendimento às equipes cirúrgicas, readequar os instrumentais nas caixas/containers, assim como manter a quantidade mínima de material na sala operatória, ou seja,o suficiente para cada procedimento específico, com os objetivos de controlar os suprimentos, evitar desperdícios, melhorar a adequação na utilização dos itens e propor melhores condições de armazenamento e controle de esterilização, de modo a criar, assim, um ambiente propenso a um menor risco de infecção do sítio cirúrgico e, consequentemente, à prestação de um atendimento de mais qualidade ao paciente. Somando-se a estes benefícios, a redução de gasto em processamentos desnecessários e melhoria do tempo do circulante em sala, consequentemente melhoria da qualidade da assistência e diminuição tempo de turnover. 14 Contribuciones a Las Ciencias Sociales, São José dos Pinhais, v.17, n.6, p. 01-15, 2024 jan. 2021 REFERÊNCIAS ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE ENFERMEIROS DE CENTRO CIRÚRGICO, RECUPERAÇÃO ANESTÉSICA E CENTRO DE MATERIAL E ESTERILIZAÇÃO. Diretrizes de práticas em enfermagem cirúrgica e processamento de produtos para a saúde. 7. ed. São Paulo: SOBECC, 2017. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE ENFERMEIROS DE CENTRO CIRÚRGICO, RECUPERAÇÃO ANESTÉSICA E CENTRO DE MATERIAL E ESTERILIZAÇÃO. Diretrizes de práticas em enfermagem perioperatória e processamento de produtos para a saúde. 8. ed. São Paulo: SOBECC, 2021. BARBATO, D. C. D. et al. Otimização das salas cirúrgicas com a utilização dos kits cirúrgicos montados. In: SIMPÓSIO INTERNACIONAL DE ESTERILIZAÇÃO E CONTROLE DE INFECÇÃO HOSPITALAR RELACIONADO À ASSISTÊNCIA À SAÚDE, 11., 2018, São Paulo. Anais [...]. São Paulo: SOBECC, 2018. Disponível em: https://proceedings.science/sobecc-2018/trabalhos/otimizacao-das-salas-cirurgicas-com-a- utilizacao-dos-kits-cirurgicos-montados?lang=pt-br. Acesso em: 01 abr. 2024. BRASIL. Ministério da Saúde. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Resolução da Diretoria Colegiada nº 50, de 21 de fevereiro de 2002. Dispõe sobre o Regulamento Técnico para planejamento, programação, elaboração e avaliação de projetos físicos de estabelecimentos assistenciais de saúde. Brasília, DF: Ministério da Saúde, 2002. Disponível em: https://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/anvisa/2002/res0050_21_02_2002.html. Acesso em: 19 fev. 2024. CERFOLIO, R. J. et al. Improving operating room turnover time in a New York City Academic Hospital via lean. The Annals of Thoracic Surgery, v. 107, n. 4, p. 1011-1016, 2019. Disponível em: https://doi.org/10.1016/j.athoracsur.2018.11.071. Acesso em: 03 maio 2024. DONABEDIAN, A. Evaluación de la calidad de la atención médica. Revista de Calidad Asistencial, Barcelona, v. 16, p. S269-S38. 2001. Disponível em: https://www.fadq.org/wp- content/uploads/2019/07/La_Calidad_de_la_Atencion_Medica_Donabedian.pdf. Acesso em: 03 maio 2024. GOMES, J. A. P.; MARTINS, M. M.; FERNANDES, C. S. N. N. Instrumentos para avaliar a qualidade e segurança no bloco operatório: revisão integrativa. Cogitare Enfermagem, Curitiba, v. 21, n. 5. 2016. Disponível em: http://dx.doi.org/10.5380/ce.v21i5.45640. Acesso em 06 mar. 2024. JARDIM, D. P. et al. Assistência de enfermagem no período transoperatório. In: CARVALHO, R.; BIANCHI, E. R. F. Enfermagem em centro cirúrgico e recuperação. 2. ed. Barueri: Manole, 2016. cap. 8, p. 146-159. JERICÓ, M. C.; PERROCA, M. G.; PENHA, V. C. Mensuração de indicadores de qualidade em centro cirúrgico: tempo de limpeza e intervalo entre cirurgias. Revista Latino-Americana https://proceedings.science/sobecc-2018/trabalhos/otimizacao-das-salas-cirurgicas-com-a-utilizacao-dos-kits-cirurgicos-montados?lang=pt-br https://proceedings.science/sobecc-2018/trabalhos/otimizacao-das-salas-cirurgicas-com-a-utilizacao-dos-kits-cirurgicos-montados?lang=pt-br https://doi.org/10.1016/j.athoracsur.2018.11.071 https://www.fadq.org/wp-content/uploads/2019/07/La_Calidad_de_la_Atencion_Medica_Donabedian.pdf https://www.fadq.org/wp-content/uploads/2019/07/La_Calidad_de_la_Atencion_Medica_Donabedian.pdf 15 Contribuciones a Las Ciencias Sociales, São José dos Pinhais, v.17, n.6, p. 01-15, 2024 jan. 2021 de Enfermagem, Ribeirão Preto, v. 19, n. 5, p. 1239-1246, 2011. Disponível em: https://doi.org/10.1590/S0104-11692011000500023. Acesso em 06 mar. 2024. MARTINS, F. Z., DALL’AGNOLL, C. M. Centro cirúrgico: desafios e estratégias do enfermeiro nas atividades gerenciais. Revista Gaúcha de Enfermagem, Porto Alegre, v. 37, n. 4. 2016. Disponível em: https://www.scielo.br/j/rgenf/a/GCCd3Fykn6dvqDc6dkCqHbM/?lang=pt&format=html. Acesso em: 06 maio 2024. PERALTA, T. et al. Fatores que interferem no tempo de intervalo entre cirurgias: estudo observacional. Cogitare Enfermagem, Curitiba, v. 27, 2022. Disponível em: http://dx.doi.org/10.5380/ce.v27i0.80800. Acesso em: 04 mar. 2024. PERKINS, J. J. Principles and methods of sterilization in heath Science. 2. ed. Springfield: Charles Thomas Publisher, 1983. Disponível em: https://pesquisa.bvsalud.org/portal/resource/pt/mis-22724. Acesso em: 04 mar 2024. PIRES, M. P. O.; PEDREIRA, M. L. G.; PETERLINI, M. A. S. Cirurgia segura em pediatria: elaboração e validação de checklist de intervenções pré-operatórias. Revista Latino- Americana de Enfermagem, Ribeirão Preto, v. 21, n. 5. 2013. Disponível em: https://www.scielo.br/pdf/rlae/v21n5/pt_0104-1169-rlae-21-05-1080.pdf. Acesso em: 21 fev. 2024. SANTIAGO, R. C.; CASTRO, R. S. Desenvolvimento, implantação de Kit's cirúrgicos e sua aplicabilidade na rotina do centro cirúrgico. In: SIMPÓSIO INTERNACIONAL DE ESTERILIZAÇÃO E CONTROLE DE INFECÇÃO HOSPITALAR RELACIONADO À ASSISTÊNCIA À SAÚDE, 11., 2018, São Paulo. Anais [...]. São Paulo: SOBECC, 2018. Disponível em: https://proceedings.science/sobecc-2018/trabalhos/desenvolvimento- implantacao-de-kits-cirurgicos-e-sua-aplicabilidade-na-rotina-do?lang=pt-br. Acesso em: 25 mar. 2024. SANTOS, L. G. K. F. Utilização de ferramentas da qualidade e gestão de materiais para otimização de kits cirúrgicos em hospital odontológico. 2018. Trabalho de Conclusão de Curso (Bacharelado em Engenharia da Produção) – Escola Politécnica, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2018. Disponível em: https://repositorio.usp.br/directbitstream/1e358254- c5c1-4b69-a2ca- 7a32de736f55/LUIZ%20GABRIEL%20KLINGELHOEFER%20DE%20FREITAS%20SANT OS%2018.pdf. Acesso em: 08 maio 2024. VASSELL, P. Improving OR efficiency. AORN Journal, Hoboken, v. 104, n. 2, p. 121-132, 2016. Disponível em: https://doi.org/10.1016/j.aorn.2016.06.006. Acesso em: 22 mar. 2024. WORLD HEALTH ORGANIZATION AND PAN AMERICAN HEALTH ORGANIZATION; PAN AMERICAN HEALTH ORGANIZATION. Descontamination and reprocessing of medical devices for health care facilities. Geneva: WHO: PAHO, 2016. Disponível em: https://www.who.int/publications-detail-redirect/9789241549851. Acesso em: 08 maio 2024. https://doi.org/10.1590/S0104-11692011000500023 http://dx.doi.org/10.5380/ce.v27i0.80800 https://www.scielo.br/pdf/rlae/v21n5/pt_0104-1169-rlae-21-05-1080.pdf https://proceedings.science/sobecc-2018/trabalhos/desenvolvimento-implantacao-de-kits-cirurgicos-e-sua-aplicabilidade-na-rotina-do?lang=pt-br https://proceedings.science/sobecc-2018/trabalhos/desenvolvimento-implantacao-de-kits-cirurgicos-e-sua-aplicabilidade-na-rotina-do?lang=pt-br https://repositorio.usp.br/directbitstream/1e358254-c5c1-4b69-a2ca-7a32de736f55/LUIZ%20GABRIEL%20KLINGELHOEFER%20DE%20FREITAS%20SANTOS%2018.pdf https://repositorio.usp.br/directbitstream/1e358254-c5c1-4b69-a2ca-7a32de736f55/LUIZ%20GABRIEL%20KLINGELHOEFER%20DE%20FREITAS%20SANTOS%2018.pdf https://repositorio.usp.br/directbitstream/1e358254-c5c1-4b69-a2ca-7a32de736f55/LUIZ%20GABRIEL%20KLINGELHOEFER%20DE%20FREITAS%20SANTOS%2018.pdf https://repositorio.usp.br/directbitstream/1e358254-c5c1-4b69-a2ca-7a32de736f55/LUIZ%20GABRIEL%20KLINGELHOEFER%20DE%20FREITAS%20SANTOS%2018.pdf https://doi.org/10.1016/j.aorn.2016.06.006 https://www.who.int/publications-detail-redirect/9789241549851