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Análise de Notificações de Dengue

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1 Contribuciones a Las Ciencias Sociales, São José dos Pinhais, v.17, n.6, p. 01-16, 2024 
 
 jan. 2021 
Análise de série temporal de casos de notificação de dengue em Campina 
Grande, Brasil (2001-2022) 
 
Time series analysis of dengue notification cases in Campina Grande, Brazil 
(2001-2022) 
 
Análisis de series temporales de casos de notificación de dengue en Campina 
Grande, Brasil (2001-2022) 
 
DOI: 10.55905/revconv.17n.6-127 
 
Originals received: 05/10/2024 
Acceptance for publication: 05/31/2024 
 
Maria Aliny Souza Silva 
Mestranda em Engenharia e Gestão de Recursos Naturais 
Instituição: Universidade Federal de Campina Grande (UFCG) 
Endereço: Areia Branca – Rio Grande do Norte, Brasil 
E-mail: maria.aliny18@gmail.com 
Orcid: https://orcid.org/0000-0002-1656-8165 
 
Fayrusse Correia de Medeiros 
Mestranda em Engenharia e Gestão de Recursos Naturais 
Instituição: Universidade Federal de Campina Grande (UFCG) 
Endereço: Campina Grande – Paraíba, Brasil 
E-mail: fayrusse@hotmail.com 
Orcid: https://orcid.org/0000-0002-1321-2227 
 
Patricia Herminio Cunha 
Doutora em Engenharia Agrícola 
Instituição: Universidade Federal de Campina Grande (UFCG) 
Endereço: Campina Grande – Paraíba, Brasil 
E-mail: patricia.herminio@professor.ufcg.edu.br 
Orcid: https://orcid.org/0000-0001-6937-0817 
 
Isabel Fontgalland 
Doutora em Economia Industrial 
Instituição: Universidade Federal de Campina Grande (UFCG) 
Endereço: Campina Grande – Paraíba, Brasil 
E-mail: isabelfontgalland@gmail.com 
Orcid: https://orcid.org/0000-0002-0087-2840 
 
RESUMO 
A análise da situação da dengue em nível local desempenha um papel fundamental na 
compreensão das complexas dinâmicas epidemiológicas. O objetivo deste trabalho foi usar a 
análise estatística para identificar tendências anuais e mensais nas notificações de casos de 
 
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dengue do município de Campina Grande. Para isso foi utilizada a série histórica de 2001 a 2022 
de casos de dengue notificados no município disponíveis na base de dados DATASUS. Foram 
empregados os testes não paramétricos de Mann-Kendall e Pettitt para verificar a existência de 
tendência, sazonalidade e mudanças abruptas na série temporal, por meio do software XLSTAT. 
A aplicação dos testes indicou que os casos de dengue mantem uma tendência sazonal ao longo 
do período de 1 ano, porém verifica-se uma tendência de diminuição dos casos de dengue ao 
longo dos anos em Campina Grande. Mesmo havendo essa diminuição na média de casos, a 
sazonalidade mensal continua sendo uma característica proeminente na incidência da dengue na 
região. 
 
Palavras-chave: epidemiologia, dengue, tendência, sazonalidade. 
 
ABSTRACT 
The analysis of the dengue situation at the local level plays a fundamental role in understanding 
the complex epidemiological dynamics. The objective of this study was to use statistical analysis 
to identify annual and monthly trends in dengue case notifications in the municipality of Campina 
Grande. For this purpose, the historical series of dengue cases reported in the municipality from 
2001 to 2022, available in the DATASUS database, was used. The Mann-Kendall and Pettitt 
non-parametric tests were employed to verify the existence of trends, seasonality, and abrupt 
changes in the time series, using the XLSTAT software. The application of the tests indicated 
that dengue cases maintain a seasonal trend over the period of one year; however, there is a 
decreasing trend in dengue cases over the years in Campina Grande. Despite this decrease in the 
average number of cases, monthly seasonality remains a prominent characteristic of dengue 
incidence in the region. 
 
Keywords: epidemiology, dengue, trend, seasonality. 
 
RESUMEN 
El análisis de la situación del dengue a nivel local desempeña un papel fundamental en la 
comprensión de las complejas dinámicas epidemiológicas. El objetivo de este trabajo fue utilizar 
el análisis estadístico para identificar tendencias anuales y mensuales en las notificaciones de 
casos de dengue en el municipio de Campina Grande. Para ello se utilizó la serie histórica de 
2001 a 2022 de casos de dengue notificados en el municipio disponibles en la base de datos 
DATASUS. Se emplearon las pruebas no paramétricas de Mann-Kendall y Pettitt para verificar 
la existencia de tendencia, estacionalidad y cambios abruptos en la serie temporal, mediante el 
software XLSTAT. La aplicación de las pruebas indicó que los casos de dengue mantienen una 
tendencia estacional a lo largo del periodo de 1 año; sin embargo, se observa una tendencia a la 
disminución de los casos de dengue a lo largo de los años en Campina Grande. A pesar de esta 
disminución en el promedio de casos, la estacionalidad mensual sigue siendo una característica 
prominente en la incidencia del dengue en la región. 
 
Palabras clave: epidemiología, dengue, tendencia, estacionalidad. 
 
 
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1 INTRODUÇÃO 
 
A Dengue é uma infecção viral que varia de uma forma não sintomática e uma forma 
clássica com febre, mialgia e artralgia até a forma mais perigosa que é a febre hemorrágica. O 
vírus dengue é classificado como um arbovírus mantendo-se na natureza pela multiplicação em 
mosquitos hematófagos do gênero Aedes. Pertencem a família Flaviviridae, a mesma do vírus da 
febre amarela (Cardoso et al., 2024). Existem quatro sorotipos: DENV-1, DENV-2, DENV-3 e 
DENV-4, e todos podem causar tanto a forma clássica da doença quanto formas mais graves. Sua 
ocorrência é ampla, atingindo principalmente os países tropicais e subtropicais, onde as 
condições climáticas e ambientais favorecem o desenvolvimento e a proliferação dos vetores 
Aedes aegypti (Brasil, 2017; Fiocruz, 2023). 
A incidência da dengue cresceu drasticamente em todo o mundo nas últimas décadas, 
com os casos notificados à OMS aumentando de 505.430 casos em 2000 para 5,2 milhões em 
2019. A grande maioria dos casos é assintomática ou leve e autogerida e, portanto, a verdadeira 
o número de casos de dengue é subnotificado. Muitos casos também são diagnosticados 
erroneamente como outras doenças febris (WHO, 2024). 
De acordo com o boletim epidemiológico publicado pelo Ministério da Saúde (Brasil, 
2023), em 2022 ocorreram 1.450.270 casos prováveis de dengue (taxa de incidência de 679,9 
casos por 100 mil hab.) no Brasil. Em comparação com o ano de 2019, houve redução de 6,2% 
de casos registrados para o mesmo período analisado. Quando comparado com o ano de 2021, 
ocorreu um aumento de 162,5% casos. Foram confirmados 1.473 casos de dengue grave e 18.145 
casos de dengue com sinais de alarme. No estado da Paraíba foram notificados 29.632 casos no 
período. 
Sendo assim, trata-se de um sério problema de saúde pública, principalmente em países 
com condições socioambientais favoráveis ao desenvolvimento e à disseminação do agente 
transmissor. Para tal incluem-se aspectos como falta de educação ambiental, baixa vigilância 
epidemiológica, áreas contaminadas com resíduos sólidos, e saneamento básico inadequado. Ao 
combinarem-se com o crescimento populacional e urbano, além da falta de informação dos 
moradores sobre a importância de eliminar os focos de reprodução, esses fatores intensificam a 
ocorrência de dengue nas áreas urbanas (Medeiros et al., 2024; Silva et al., 2020). 
No Brasil, o Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS) 
 
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possui a responsabilidade de organizar, validar e publicar anualmente os indicadores e dados 
fundamentais para a saúde. Através desse sistema, são disponibilizadas informações que podem 
ser utilizadas para análises objetivas da situação sanitárianos municípios do país. O sistema 
começou inicialmente com dados de mortalidade e evoluiu no controle de doenças infecciosas, 
informações epidemiológicas e morbidade (Pintanel, Cecconello, Centeno, 2021). 
É crucial ressaltar que, embora a dengue seja uma preocupação global, a análise da 
situação da doença em nível local desempenha um papel fundamental na compreensão das 
complexas dinâmicas epidemiológicas. Cada região pode apresentar particularidades em termos 
de condições climáticas, socioeconômicas e ambientais que influenciam a disseminação da 
doença (Telle et al., 2021; Bhatia et al., 2022). Nesse contexto, este trabalho tem como objetivo 
analisar a situação da dengue em Campina Grande, utilizando uma abordagem estatística 
abrangente. Serão analisados dados históricos de notificações de casos de dengue ao longo de 
duas décadas, com foco na identificação de tendências temporais, sazonalidade e eventuais 
mudanças na incidência da doença. 
 
2 METODOLOGIA 
 
Trata-se de um estudo descritivo, retrospectivo, de abordagem quantitativa, a fim de 
analisar a incidência de notificações de casos de dengue no município de Campina Grande. Os 
dados analisados correspondem as notificações de casos de dengue obtidos no Sistema de 
Informação de Agravos de Notificação (SINAN), disponível na base de dados DataSUS, operada 
pelo Ministério da Saúde. A coleta dos dados ocorreu em setembro de 2023, e foram tabulados 
os dados de casos prováveis no mês de primeiro sintoma para o município de notificação 
Campina Grande, no período de 2001 a 2022 (264 meses). 
Para análise dos dados coletados foram aplicados a estatística descritiva e testes não 
paramétricos de Mann-Kendall e de Pettitt, os quais serão descritos a seguir. A aplicação foi feita 
por meio do software XLSTAT. 
O teste proposto pelos estudiosos Mann-Kendall (Mann, 1945; Kendall, 1975) é utilizado 
para detectar a existência de tendência em uma série temporal. Uma descrição resumida é 
apresentada com base em Fernandes et al. (2022) e Oliveira-Júnior et al. (2019). O primeiro 
passo consiste em calcular as diferenças entre todos os pares de pontos de dados ordenados 
 
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conforme a Equação (1): 
 
𝑑𝑖𝑗 = 𝑌𝑖 − 𝑌𝑗 , 𝑜𝑛𝑑𝑒 𝑖 > 𝑗 (1) 
 
Assim é criada uma matriz de diferenças 𝑑𝑖𝑗. Em seguida é calculada a estatística de 
Kendall ou coeficiente de concordância de Kendall (S). Ela mede a concordância ou discordância 
nas classificações entre os pares de pontos de dados, de acordo com a Equação (2): 
 
𝑆 = ∑∑𝑠𝑖𝑔𝑛(𝑑𝑖𝑗)
𝑖−1
𝑗=1
𝑛
𝑖=2
 (2) 
 
Onde n é o número total de pontos de dados sign(dij) é a função de sinal que retorna 1 se 
dij for positivo, -1 se for negativo e 0 se for igual a zero. O próximo passo é calcular a variância 
da estatística de Kendall (Var(S)), para determinar sua significância estatística, tal qual a Equação 
(3): 
 
1
18
[𝑛(𝑛 − 1)(2𝑛 + 5) −∑ 𝑡𝑝(𝑡𝑝 − 1)(2𝑡𝑝 + 5)
𝑞
𝑝=1
] (3) 
 
Em que 𝑡𝑝 é o número de dados com valores iguais em certo grupo; q é o número de 
grupos contendo valores iguais na série de dados em um grupo p. Com a variância de Kendall 
calculada, é determinada a significância estatística do teste de Mann-Kendall. Isso é feito 
comparando a estatística de Kendall padronizada (Z) com a distribuição normal padrão, conforme 
a Equação (4): 
 
𝑍𝑀𝐾
{
 
 
 
 
𝑆 − 1
√𝑉𝑎𝑟(𝑆)
, 𝑠𝑒 𝑆 > 0
0, 𝑠𝑒 𝑆 = 0
𝑆 + 1
√𝑉𝑎𝑟(𝑆)
, 𝑠𝑒 𝑆 < 0
 (4) 
 
Por fim é calculado o valor-p associado ao teste de Mann-Kendall usando a distribuição 
 
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normal padrão. Se o valor-p for menor que o nível de significância escolhido (geralmente 0,05 
ou 0,01), é rejeitada a hipótese nula e pode-se afirmar que existe uma tendência significativa nos 
dados. 
O teste de proposto por A. N. Pettitt (Pettitt, 1979) permite identificar o ano de ocorrência 
de mudanças bruscas em séries históricas. Uma descrição resumida é apresentada com base em 
Uliana e Magosso (2022) e Silva et al. (2021). Foi utilizada a versão do teste de Mann-Whitney, 
que verifica se duas amostras 𝑋1, … , 𝑋𝑡 𝑒 𝑋𝑡+1, … , 𝑋𝑇 pertencem a mesma população. A 
estatística 𝑈𝑖,𝑇 conta o número de vezes que um item da primeira amostra é maior que o segundo 
item, de acordo com a Equação (5): 
 
𝑈𝑡,𝑇 = 𝑈𝑡−1,𝑇 +∑𝑠𝑖𝑔𝑛(𝑥𝑖 − 𝑥𝑗)
𝑇
𝑗=1
 𝑝𝑎𝑟𝑎 𝑡 = 2, … , 𝑇 (5) 
 
Onde: 
 
 𝑠𝑔𝑛(𝑥) = 1 para 𝑥 > 0, 𝑠𝑔𝑛(𝑥) = 0 para 𝑥 = 0 e 𝑠𝑔𝑛(𝑥) = −1 para 𝑥 < 0. 
 
A estatística 𝑈𝑖,𝑇 é calculada para os valores 1 < 𝑡 < 𝑇 logo, a estatística 𝑘(𝑡) do teste 
de Pettitt que corresponde ao valor máximo em 𝑈𝑖,𝑇 é estimada como o ano em que a alteração 
ocorre de acordo com a Equação (6): 
 
𝑘(𝑡) = 𝑀𝑎𝑥1<𝑡<𝑇|𝑈𝑡,𝑇| (6) 
 
Ele localiza o ponto em que há mudanças bruscas na série temporal média e sua 
significância pode ser calculada pela Equação (7): 
 
𝑝 ≅ 2exp {−
6𝑘(𝑡)2
𝑇3 + 𝑇2
} (7) 
 
O ponto de mudança abrupta é 𝑡, o qual ocorre ao máximo 𝑘(𝑡). O valor crítico de de 𝑘 
pode ser calculado via a Equação (8): 
 
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𝑘𝑐𝑟𝑖𝑡 = ±√
ln (
𝑝
2)(𝑇
3 + 𝑇2)
6
 
(8) 
 
Onde: 
 
 𝑝 é o nível de significância, 𝑘(𝑡) o valor crítico e T o número de anos da série histórica. 
 
3 RESULTADOS E DISCUSSÕES 
 
3.1 SÉRIE HISTÓRICA DOS CASOS DE DENGUE NOTIFICADOS 
 
A Tabela 1 apresenta um resumo descritivo dos dados coletados de notificações de casos 
de dengue de 2001 a 2022 no município de Campina Grande. Ao longo dos 22 anos foram 
registradas 10.972 notificações. O mês com maior registro teve 500 notificações (junho de 2001) 
e sete meses tiveram o menor registro, de 0 notificações (setembro, outubro e dezembro de 2004, 
novembro e dezembro de 2008, fevereiro de 2009 e novembro de 2016). 
 
Tabela 1. Resumo descritivo dos dados 
Variável Observações Mínimo Máximo Média Total 
Desvio 
padrão 
Casos 264 0,000 500,000 41,561 10.972 74,015 
Fonte: Elaborado pelos próprios autores. 
 
A Tabela 2 apresenta os resultados obtidos para os testes de Mann-Kendall e Pettitt. 
 
Tabela 2. Resultados dos testes estatísticos 
Teste de Mann-Kendall sazonal Teste de Pettitt 
Tau de Kendall -0,100 K 4785 
S -273 t Fev/2004 
Var(S) 15023,667 
p-valor (bilateral) 0,001 
p-valor (bilateral) 0,026 
alfa 0,05 alfa 0,05 
Fonte: Elaborado pelos próprios autores. 
 
Foi utilizado o teste sazonal de Mann-Kendall, que leva em conta a sazonalidade na série 
temporal (aqui 12 meses). O resultado do teste de Mann-Kendall mostra uma tendência 
estatisticamente significativa. O coeficiente de Tau de Kendall é uma medida de correlação não 
 
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paramétrica que avalia a associação entre duas variáveis. O valor calculado em -0,100 indica uma 
correlação negativa fraca entre os dados, sugerindo uma tendência negativa ao longo do tempo. 
O valor da estatística S, de -273, corrobora essa tendência negativa. O p-valor indica a 
probabilidade de observar um valor de S tão extremo quanto o observado, sob a hipótese nula de 
que não há tendência nos dados. Neste caso o p-valor de 0,026, menor que o nível de significância 
(alfa) escolhido de 0,05 permite rejeitar a hipótese nula de que não há uma tendência nos dados. 
Logo, confirma-se que em média, as notificações de casos de dengue têm apresentado uma 
tendência decrescente ao longo do período analisado. 
Para o teste Pettitt, o p-valor foi computado usando 10.000 simulações de Monte Carlo. 
O valor de K, que é 4785, indica a estatística do teste de Pettitt, a qual mede a mudança abrupta 
ou ponto de descontinuidade nasérie de dados. Esse valor relativamente alto sugere a presença 
de uma mudança significativa na série, indicando uma alteração na tendência das notificações de 
casos de dengue. O valor de t representa a posição em que essa mudança ocorreu, que foi em 
fevereiro de 2004. O p-valor bilateral de 0,001 é menor que o nível de significância (alfa) de 
0,05, o que indica fortemente a presença de uma mudança estatisticamente significativa na série, 
e permite rejeitar a hipótese nula de que os dados são homogêneos. Isso confirma que em algum 
ponto ao longo das duas décadas analisadas, houve uma mudança abrupta nos dados. 
A Figura 1 apresenta a série temporal das notificações de casos de dengue em Campina 
Grande, onde é possível observar dois padrões epidemiológicos, o primeiro se estende de janeiro 
de 2001 a fevereiro de 2004, onde a média de notificações era de 116,4 casos, e o segundo do 
período de março de 2004 a dezembro de 2022, onde a média de notificações foi de 29 casos 
mensais, uma redução de cerca de 75% no valor médio. 
 
 
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Figura 1. Série temporal dos casos de notificação de dengue no município de Campina Grande/PB (2001-2022) 
 
Fonte: Elaborado pelos próprios autores. 
 
É importante destacar que melhorias no saneamento básico e implementação de medidas 
de controle dos vetores desempenham um papel fundamental na redução de casos de dengue. 
Investimentos em infraestrutura de saneamento, como o tratamento adequado de água e esgoto, 
bem como o controle de criadouros de mosquitos, podem ter contribuído para a diminuição da 
incidência da doença. O município de Campina Grande aparece em 17º lugar no Ranking do 
Saneamento organizado pelo Instituto Trata Brasil, que analisa os indicadores do SNIS nas 100 
maiores cidades do Brasil. 
Além disso, campanhas de conscientização e educação pública sobre medidas 
preventivas, como o uso de repelentes, telas em janelas e eliminação de recipientes que acumulam 
água parada, podem ter aumentado a adoção de práticas mais seguras por parte da população. 
Campanhas de combate ao mosquito vem sendo realizadas ao longo dos anos no município, a 
exemplo do Programa de Prevenção à Dengue, criado em 2013, que obriga estabelecimentos 
como floriculturas e similares a adotarem procedimentos especiais de combate ao mosquito 
transmissor, e a promover campanhas preventivas em seus recintos (Ascom, 2013); a campanha 
realizada pela 3ª Gerência Regional de Saúde de conscientização nas unidades de atendimento 
ao público dos seus serviços (Governo da Paraíba, 2016); e a promoção do ‘Dia D’ organizado 
 
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pela Secretaria de Estado de Saúde (SES), com mobilizações e palestras tanto na área urbana 
quanto em comunidades rurais (Governo da Paraíba, 2019). 
Ainda, investimentos contínuos em sistemas de saúde, diagnóstico precoce e tratamento 
eficaz podem ter contribuído para uma resposta mais eficiente à dengue. a redução na tendência 
de casos de dengue em Campina Grande pode ser atribuída a uma combinação de fatores, 
incluindo melhorias no saneamento, medidas de controle de vetores, conscientização pública, 
adaptação às mudanças climáticas e investimentos em saúde. Esses esforços combinados podem 
ter desempenhado um papel crucial na redução da incidência da doença ao longo das duas 
décadas analisadas. 
Salienta-se que, mesmo havendo uma diminuição global na média de ocorrências, a 
sazonalidade mensal ainda é uma característica predominante da incidência da dengue na região 
analisada. Ao longo do período histórico, foram observados picos nos registros, o que evidencia 
a influência significativa das condições climáticas, comportamentais e epidemiológicas na 
dinâmica da doença. Essa persistência na sazonalidade ressalta a importância contínua de um 
planejamento estratégico de saúde pública, incluindo medidas preventivas e de controle 
específicas. Especial atenção deve ser dada durante os meses de maior risco, a fim de minimizar 
o impacto da dengue na comunidade e garantir a proteção da saúde da população. 
Silva et al. (2020) concluíram em sua pesquisa que a dengue, no estado da Paraíba, não é 
determinada por fator único e isolado, mas, sim, pela combinação de vários fatores do contexto 
socioeconômico e ambiental, como saneamento básico, Índice de Desenvolvimento Humano e 
Índice de Gini. O comportamento da população com hábitos inadequados de descarte de lixo e 
um possível armazenamento de água, diante do período de estiagem no Nordeste, também 
contribuem para a manutenção da doença. 
 
3.2 SAZONALIDADE MENSAL DOS CASOS DE DENGUE NOTIFICADOS 
 
A Figura 2 e Tabela 3 apresentam a estatística exploratória via boxplot mensal das 
notificações de casos de dengue, onde é possível visualizar a dispersão e tendência central dos 
dados. Os valores mínimos variam de 0 a 4 casos mensais, enquanto os valores máximos variam 
de 46 a 500. Os meses com as maiores médias mensais são maio, junho, abril e julho 
respectivamente. Já dezembro, janeiro e novembro contam com as menores médias. Em todos 
 
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os meses são verificados outliers (valores atípicos) representados pelos pontos acima da haste 
superior, que representam picos incomuns de casos. 
 
Figura 2. Boxplot mensal das notificações de casos de dengue para o município de Campina Grande de 2001 a 
2022 
 
Fonte: Elaboradas pelos próprios autores. 
 
Tabela 3. Resumo descritivo dos casos de dengue mensais no período de 2001-2022 
Estatística Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez 
Observações 22 22 22 22 22 22 22 22 22 22 22 22 
Mínimo 1,0 0,0 2,0 1,0 3,0 1,0 4,0 2,0 0,0 0,0 0,0 0,0 
Máximo 46 102 306 454 440 500 248 292 248 142 56 46 
1º quartil 2,3 3,0 9,5 16,0 19,3 20,0 21,5 11,3 7,0 3,3 3,0 3,0 
Mediana 7,0 8,0 16,5 22,5 63,5 47,0 36,5 22,0 10,0 7,0 5,0 6,0 
3º quartil 14,8 33,0 41,0 76,5 87,5 97,0 84,3 46,0 22,5 18,0 15,8 9,8 
Média 11,6 23,4 44,0 71,1 98,8 80,4 62,5 45,0 25,3 16,4 11,7 8,5 
Variância 151,8 930,9 4945,6 12395,7 15137,2 12004,4 4405,1 4114,5 2617,5 890,2 197,0 99,2 
Desvio padrão 12,3 30,5 70,3 111,3 123,0 109,6 66,4 64,1 51,2 29,8 14,0 10,0 
Fonte: Elaboradas pelos próprios autores. 
 
Observa-se que os meses de abril a julho, que se destacam por terem o maior número de 
notificações, compreendem o período de maior pluviometria no município, que de acordo com 
Macedo, Guedes e Sousa (2011), conta com valores médio superiores a 100 mm. Já no período 
de outubro a dezembro, quando a média de chuvas é inferior a 30 mm, se verifica uma baixa nas 
notificações. 
O aumento de casos de dengue durante o período chuvoso está relacionado às condições 
climáticas favoráveis à proliferação do Aedes aegypti. Durante essa época, as chuvas frequentes 
proporcionam uma abundância de locais propícios à reprodução dos mosquitos, como poças 
d'água, recipientes descartados e áreas alagadas, que servem como criadouros. Além disso, 
a temperatura mais favorável para o desenvolvimento da larva é entre 25 e 30ºC, valor próximo 
 
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das temperaturas médias em Campina Grande de abril a julho que varia de 24 a 21.3ºC (Climate-
data, 2023), permitindo um ciclo de vida acelerado para o mosquito. Juntamente com o aumento 
da umidade, que também é verificado no período e é fundamental para a sobrevivência das larvas, 
esses fatores climáticos criam um ambiente propício para a propagação da doença. 
Andrade et al. (2020) ressaltam que pensar em medidas para controlar e combater esses 
vetores, assim como prevenir as arboviroses, necessariamente envolve ações de divulgaçãoe 
comunicação na área da saúde, as quais devem ser educativas. Isso requer dos gestores e 
profissionais de saúde a criação de estratégias interativas que promovam a comunicação eficaz e 
a mudança nas práticas diárias, juntamente com uma compreensão abrangente do problema em 
questão. Afinal, a prevenção e o controle das arboviroses não se limitam à erradicação dos locais 
de reprodução do Aedes. Já Melo et al. (2023) apontam que a garantia de recursos sustentáveis 
e em longo prazo de pesquisa e desenvolvimento para dengue é elemento-chave para se buscar 
soluções de enfrentamento da doença e do seu vetor. 
 
4 CONCLUSÃO 
 
A aplicação de testes estatísticos se mostrara como uma ferramenta útil para analisar a 
situação da Dengue no município de Campina Grande. Ao longo dos 22 anos em estudo, 
verificou-se uma redução global na média de casos de Dengue no município. Este declínio pode 
ser atribuído a uma série de fatores, incluindo melhorias no saneamento básico, investimentos 
em infraestrutura, campanhas de conscientização pública e intervenções de saúde. 
No entanto, é importante ressaltar que, mesmo havendo essa diminuição na média de 
casos, a sazonalidade mensal continua sendo uma característica proeminente na incidência da 
dengue na região. Ao longo do período histórico, foram observados picos nos registros, indicando 
que a doença ainda representa uma ameaça significativa durante certos períodos do ano. Isso 
reforça a necessidade contínua de vigilância ativa, medidas de controle de vetores e campanhas 
de conscientização para minimizar o risco de surtos. 
 
 
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AGRADECIMENTOS 
 
O presente trabalho foi realizado com apoio da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de 
Nível Superior – Brasil (CAPES) – Código de Financiamento 001. 
 
 
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