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1 CENTRO UNIVERSITÁRIO FAVENI TEORIA DO CONHECIMENTO GUARULHOS – SP 2 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO .............................................................................................................. 4 2 TIPOS DE CONHECIMENTO ....................................................................................... 5 2.1 Saber que..... .............................................................................................................. 6 2.2 Conhecer............ ........................................................................................................ 8 2.3 Saber fazer ............................................................................................................... 10 3 O POSITIVISMO ......................................................................................................... 13 3.1 Os Fundamentos do Positivismo .............................................................................. 14 3.2 O Positivismo no Brasil............................................................................................. 19 4 O ESTRUTURALISMO................................................................................................ 30 4.1 Estruturalismo Saussuriano ...................................................................................... 35 4.2 Estrutura Sintagmâtica ............................................................................................. 39 4.3 Estruturalismo de Praga ........................................................................................... 40 4.4 Estruturalismo Sapiriano .......................................................................................... 42 5 O FUNCIONALISMO ................................................................................................... 44 5.1 O Círculo Linguístico de Praga ................................................................................. 45 5.1.1 As teses da Escola de Praga ................................................................................ 46 5.1.1.1 Primeira tese – Problemas de método que decorrem da concepção de língua como sistema e a importância dessa concepção para as línguas eslavas. ................... 46 5.1.1.2 Segunda tese – Tarefas necessárias para o estudo de um sistema linguístico, em particular o sistema eslavo. ............................................................................................ 47 5.1.1.3 Terceira tese – Problemas das pesquisas sobre línguas de diversas funções. . 47 5.2 O paradigma funcional ............................................................................................. 48 5.3 A Gramática de Valências ........................................................................................ 50 5.3.1 Actantes e circunstantes ....................................................................................... 51 3 5.3.2 Restrições de significado ....................................................................................... 52 5.4 Gramaticalização ...................................................................................................... 53 6 A DIALÉTICA HEGELIANA ......................................................................................... 54 6.1 A filosofia de Hegel .................................................................................................. 55 6.2 A dialética na filosofia hegeliana .............................................................................. 60 6.3 A construção do conhecimento na filosofia hegeliana .............................................. 63 7 METODOLOGIA EM CIÊNCIAS SOCIAIS .................................................................. 68 7.1 A Metodologia dos Clássicos ................................................................................... 72 7.2 Abordagens Contemporâneas na Pesquisa Sociológica .......................................... 75 8 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ............................................................................ 79 4 1 INTRODUÇÃO Prezado aluno! O Grupo Educacional FAVENI, esclarece que o material é semelhante ao da sala de aula presencial. Em uma sala de aula, é raro – quase improvável - um aluno se levantar, interromper a exposição, dirigir-se ao professor e fazer uma pergunta, para que seja esclarecida uma dúvida sobre o tema tratado. O comum é que esse aluno faça a pergunta em voz alta para todos ouvirem e todos ouvirão a resposta. No espaço virtual, é a mesma coisa. Não hesite em perguntar, as perguntas poderão ser direcionadas ao protocolo de atendimento que serão respondidas em tempo hábil. Os cursos à distância exigem do aluno tempo e organização. No caso da nossa disciplina é preciso ter um horário destinado à leitura do texto base e à execução das avaliações propostas. A vantagem é que poderá reservar o dia da semana e a hora que lhe convier para isso. A organização é o quesito indispensável, porque há uma sequência a ser seguida e prazos definidos para as atividades. Bons estudos! 5 2 TIPOS DE CONHECIMENTO Pode ser que você nunca tenha se perguntado o que é conhecimento, ou porque sabemos que não estamos sonhando ou como podemos saber se eu e você vemos o verde da mesma forma ou se vemos cores totalmente diferentes que apenas chamamos pelo mesmo nome. Essas são algumas das indagações da epistemologia, a disciplina que estuda a natureza do conhecimento. Ainda que você nunca tenha pensado sobre essas coisas – o que não é muito plausível –, você seguramente já usou o conceito de conhecimento no seu dia-a-dia. Não somente isso, mas você já deve ter se perguntado “mas como que você sabe isso?” ou ter debatido com alguém sobre quem verdadeiramente conhece um coisa ou outra. Essa é a beleza da epistemologia tal como exercida hoje, porque, apesar do rigor técnico e da linguagem própria que são peculiares de uma disciplina bem desenvolvida, a sua fixação no senso-comum e no uso cotidiano dos conceitos consente que qualquer um com interesse e vontade consiga entender a natureza dos debates epistemológicos. O que é, no fim das contas, a epistemologia? Uma definição provisória, e muito difundida, é “a disciplina que estuda o conhecimento”. Isso é verdade, mas devemos fazer algumas observações, pois outras disciplinas também estudam o conhecimento. A pedagogia, por exemplo, estuda como adquirir conhecimento, e as ciências cognitivas estudam os procedimentos que acontecem no nosso cérebro (e por vezes no restante do corpo) enquanto adquirimos conhecimento. Já a sociologia estuda, entre outras coisas, como o conhecimento afeta as nossas relações sociais. Essas disciplinas estudam o conhecimento de forma empírica, ou seja, de forma um tanto grosseira, que elas partem de experiências e angariam dados para suportar determinada hipótese (ROLLA, 2018). A epistemologia é tradicionalmente diferente dessas e das demais disciplinas que estudam o conhecimento de forma empírica – porque a epistemologia está preocupada com o conceito de conhecimento. Isso quer dizer que a investigação epistemológica está primariamente atribulada em como interpretar esse conceito e os seus elementos, o que repetidamente é entendido como a tarefa de elucidar o que é possuir conhecimento. Possuir conhecimento é, em uma definição ampla, estar em uma condição mental, que para a epistemologia é caracterizada de um modo geral: não é o estado mental de 6 conhecer tal como apresentado pelos povos europeus ou por Joãozinho neste instante, é o estado mental de conhecer – ponto. Não importa de quem é o conhecimento, ou quando e onde esse conhecimento foi adquirido, a epistemologiaestuda a natureza do conceito de conhecimento de uma perspectiva completamente geral. Essa diferença entre a epistemologia e as demais ciências que estudam o conhecimento de forma empírica ajuda a delimitar a tarefa tipicamente filosófica da epistemologia, mas ela não precisa ser tida como um traço definidor da disciplina. Contudo, talvez seja injusto dizer que nenhuma informação empírica é saliente para o estudo epistemológico, pois, parte essencial da prática epistemológica se dá em testar teorias a partir de contraexemplos, ou seja, situações imaginadas que ponderam a adequação de uma teoria. É claro, pois essas situações são imaginadas, elas não são obrigatoriamente reais – mas elas visivelmente servem um propósito muito semelhante ao de experiências empíricas no teste de teorias científicas. É por isso que quando se diz “epistemologia analítica”, não se exclui de todo a epistemologia naturalizada, que reconhece uma continuidade entre a filosofia e as outras ciências (ROLLA, 2018). 2.1 Saber que Reflita por um momento sobre o que você conhece ou sabe. Foque e procure descrever quaisquer dos seus conhecimentos. Talvez a primeira coisa que você ateste é que você sabe que tem um livro em sua frente (ou um e-book). Provavelmente, você também compreende que está sentado. Se pensar um pouco, também perceberá que está em algum lugar, ou indo para algum lugar. Você também poderá facilmente descrever que você tem conhecimento de que as pessoas e as coisas ao seu redor têm determinadas características. Tudo isso que você descreveu são chamadas de estados epistêmicos – do grego ‘episteme’, que quer dizer conhecimento. Como você pode ter percebido, todos os estados epistêmicos supracitados têm uma estrutura linguística comum, que podemos generalizar da seguinte forma: (1) Eu sei que isso é assim-e-assado. 7 Em 1, a partícula ‘que’ está em itálico pois se encontra depois do verbo epistêmico, que neste caso é ‘saber’, e introduz uma frase ou sentença: ‘isso é assim-e-assado’. Essa sentença, ‘isso é assim-e-assado’ pode ser uma definição adequada ou inadequada da realidade. Se ponderarmos um exemplo um pouco mais concreto, como em ‘eu sei que as paredes deste quarto são verdes’, percebemos que a sentença ‘as paredes deste quarto são verdes’ é uma definição adequada da realidade quando as paredes são realmente verdes, e inadequadas quando elas são de qualquer outra cor. Uma outra forma de colocar essa ideia é que a sentença que vem depois da partícula ‘que’ pode ser verdadeira ou falsa. No exemplo das paredes deste quarto serem brancas ou azuis, é falso que as paredes do quarto são verdes. O tipo de estrutura que pode ser verdadeira ou falsa é o que filósofos repetidamente chamam de proposição. Uma proposição é a definição de uma sentença declarativa. Para entender isso melhor, confira as seguintes sentenças: (2) Você está lendo. (3) Você está lendo? (4) Você deve ler. Desses três exemplos, tradicionalmente apenas a 2 é o tipo de sentença que demonstra uma proposição, que pode ser verdadeira ou falsa. A 3 manifesta uma pergunta, que claramente não é verdadeira ou falsa. Já a 4 expressa uma ordem, que pode ser acatada ou violada, justa ou injusta, prudente ou receosa, etc., mas que não é obviamente verdadeira ou falsa. É claro, aqui aparecem questões sobre o que é verdade ou falsidade – o que, no final das contas, faz com que uma sentença seja verdadeira ou falsa? Há tal coisa como a verdade – ou como alguns às vezes falam, será que há uma “verdade absoluta”? Essas questões são metafísicas, mas o nosso tópico é epistemológico, de maneira que basta entendermos a verdade como uma definição acurada da realidade (ROLLA, 2018). Sendo assim, uma proposição é verdadeira se ela expõe acuradamente uma parte da realidade. Aliás, falar em “verdade absoluta” pode confundir-nos desnecessariamente, pois a verdade não admite níveis: toda verdade é absoluta nesse sentido, por mais irrelevante que ela seja. ‘Não está chovendo agora’ é uma verdade, e é “absoluta”, assim como “a grama é verde” e “2+2=4”. Existem pessoas que discordam disso, que acham que está chovendo 8 agora, que a grama não é verde e que 2+2=5? Com certeza podem existir, mas isso não muda em nada o status das verdades supracitadas. Então, apresentamos vários estados epistêmicos, e todos têm uma mesma estrutura linguística: a atribuição de um estado específico a um sujeito, e esse estado epistêmico é apontado pela atitude com respeito a uma proposição, ou seja, o significado de uma sentença declarativa. Por esse motivo, o tipo de conhecimento que descrevemos acima é denominado de conhecimento proposicional. Mais alguns exemplos podem elucidar ainda mais: (5) Nós sabíamos que era um risco sair sem protetor solar. (6) Ele sabe que o orvalho não cai do céu. (7) Ela sabe que nem todo filósofo tem barba e usa toga. (8) Todo mundo sabe que a Terra gira em torno do Sol. Nas sentenças de 5 a 8 acima, os sujeitos de atribuição de conhecimento (a quem o conhecimento é atribuído) são, respectivamente, nós, ele, ela todo mundo, e as proposições alvo de conhecimento são, respectivamente, era um risco sair sem protetor solar, o orvalho não cai do céu, nem todo filósofo tem barba e usa toga, a Terra gira em torno do Sol. 2.2 Conhecer Com algum esforço, podemos repetir exemplos de conhecimento proposicional indefinidamente. Na verdade, o conhecimento proposicional tem sido o principal objeto da epistemologia durante a maior parte de sua história. Da mesma forma, o primeiro exemplo do estado cognitivo que imaginamos no início da seção anterior não é conhecimento proposicional acidentalmente (ROLLA, 2018). Mas o problema óbvio é: todo estado epistêmico é de conhecimento proposicional? Ou, para colocar de outra maneira: se é um estado epistêmico, então é um caso de conhecimento proposicional? Ou, para colocar de ainda outra maneira, talvez mais clara: existem estados epistêmicos que não são casos de conhecimento proposicional? A maioria dos epistemólogos acredita que alguns estados epistemológicos não são exemplos de conhecimento proposicional. (Isso levanta uma questão fora da epistemologia estrita, mas é muito interessante de qualquer maneira: por que o 9 conhecimento proposicional é tão importante na história da filosofia?). Se pensarmos, por exemplo, nas pessoas, lugares e coisas que você conhece, podemos ver claramente que existem outros tipos de conhecimento: talvez você conheça a pessoa ao seu lado. Você (provavelmente) conhece sua cidade natal. Você (quase com certeza) conhece o Brasil - embora provavelmente não conheça o Brasil como um todo. É claro que você conhece pelo menos um livro em formato físico ou digital - porque, afinal, você está lendo essas palavras. Vamos repetir o exercício anterior e tentar revelar a estrutura da frase acima. É fácil notar que não há partículas "o quê" em todas essas distribuições de conhecimento. O verbo espitémico ("saber" neste caso) segue diretamente um objeto direto: "a pessoa ao seu lado", "sua cidade natal", "Brasil", "este livro". Como dizem os gramáticos, o veredicto do verbo é um objetivo direto, ou seja, não há necessidade de inserir o elemento "o quê" entre o verbo e o objeto. Essa análise linguística indica um segundo estado cognitivo, geralmente chamado de conhecimento direto ou conhecimento de contato (ROLLA, 2018). Não analisamos os conceitos de conhecimento, conhecimento proposicional ou conhecimento direto, mas vimos algumas diferenças entre eles. Por exemplo, você pode saber que nem todo filósofo usa barba, veste uma túnica e não conheceu nenhum filósofo pessoalmente. Parece saber que nem todo filósofo tem barba e usa camisola, então você deve pelo menos acreditar nisso. Porém, se você já conheceu um filósofo, pode conversar com ele sobre qualquer assunto, como o tempoou a partida de futebol do dia anterior, sem nem mesmo acreditar que ele seja um filósofo. Nesse caso, você pode encontrar um filósofo - pelo menos, isso sugere a maneira como usamos as palavras - sem pensar nele como um filósofo. Da mesma forma, você pode conhecer sua cidade natal sem saber seu local de nascimento. Você pode aprender sobre o Brasil sem acreditar no Brasil (imagine que você é um turista perdido na Amazônia, pensando que está em um país vizinho). Você pode conhecer o livro sem acreditar no livro que está lendo (uma pessoa de confiança pode dizer erroneamente que se trata de um artigo ou apostila, etc.). Pelo contrário, por exemplo, você deve saber que muitos indianos não comiam carne vermelha até que nunca tivessem conhecido um índio e nunca tivessem estado na Índia. Você deve saber 10 que Cervantes escreveu Dom Quixote sem um livro, e nunca o dominou. Tudo mostra que você pode saber que um epistemólogo é uma pessoa que aprende conceitos de conhecimento e conceitos relacionados, mas não conheceu pessoalmente um epistemólogo. Todos esses exemplos mostram que o conhecimento direto (ou de contato) requer uma relação de contato direto entre o tópico da distribuição do conhecimento e o conhecimento do tópico. A este respeito, o conhecimento de conexão parece ser diferente do conhecimento proposicional (ROLLA, 2018). O conhecimento proposicional depende de pelo menos uma crença no sujeito do sujeito destinado (iremos introduzir este assunto com mais detalhes abaixo). Vimos que nem todo estado cognitivo é uma proposição. Há também o conhecimento direto, que não envolve crença, mas a relação de contato direto entre sujeito e objeto de conhecimento. Usamos "objetos" em um sentido amplo aqui, o que inclui coisas que não chamamos de objetos do cotidiano, como pessoas e lugares. Além disso, uma razão importante para o debate é determinar com quais tipos de coisas podemos entrar em contato diretamente. Alguns filósofos acreditam que mesmo que existam entidades que possam não existir mais e possamos estar errados, podemos entender diretamente entidades que nada têm a ver com o assunto do conhecimento (como pessoas, lugares, etc.). Algumas pessoas chegam a pensar que podemos fazer contato direto "remotamente", ou seja, fazer contato com pessoas que estiveram em contato com objetos. Outros filósofos acreditam que só podemos ter contato direto com entidades que devem existir quando as percebemos, ou seja, sabemos que elas não existem a nosso ver e nada pode dar errado. É claro que essas posições produziram muitas coisas completamente diferentes e podemos entender diretamente essas coisas e ter uma influência importante em outras epistemologias que decidirmos escolher. 2.3 Saber fazer Outra questão que podemos levantar agora é: será que conhecimento proposicional e conhecimento direto exaurem a classe de estados epistêmicos que um sujeito pode ter? Ou seja: será verdade que, se um sujeito está em determinado estado 11 epistêmico, ou bem esse estado é de conhecimento proposicional ou é de conhecimento direto? A resposta mais intuitiva é "Não", porque existe um outro tipo de conhecimento, que na verdade abrange vários tipos mais específicos, e obviamente não se limita ao conhecimento proposicional ou direto. Talvez anteriormente você tenha listado alguns estados cognitivos dessa natureza, que à primeira vista não são adequados para nenhum dos dois estados que vimos acima. Por exemplo, saiba como fazer algo. Sei escrever, sei ler, algumas pessoas podem andar de bicicleta, outras podem tocar piano, outras podem resolver problemas matemáticos complexos, algumas pessoas podem causar transtornos nas reuniões do ensino médio, e assim por diante (ROLLA, 2018). Pense no que você sabe fazer. Imagine que uma atividade não é muito simples, mas também não é muito complicada. Por exemplo: saiba ler. Para a maioria das pessoas que estão se desenvolvendo em uma sociedade literal, identificar símbolos não é um problema. Por exemplo, é natural olharmos para os sinais, lermos o que está escrito e compreendermos o seu significado (se devemos ir à praia à esquerda, ou se não podemos passear com o cão aqui, localização, etc.). Sabemos o que fazer quase sem esforço - porque, afinal, treinamos nossas habilidades de leitura há muito tempo (por exemplo, em comparação com habilidades físicas mais óbvias, como a capacidade de ser um embaixador. Para pessoas bem treinadas e muito trabalho duro, em circunstâncias normais, quase não há necessidade de fazer dezenas de embaixadas. Agora, considere a seguinte pergunta: Você pode descrever com precisão o processo usado ao ler os sinais ou páginas deste livro? Sem muita consideração, a melhor coisa que você pode dizer é que você vê as linhas, letras, palavras e forma frases e aprende com elas. Isso mostra que, pelo menos à primeira vista, saber fazer isso não depende da crença na maneira como as coisas são feitas e, portanto, é diferente do conhecimento proposicional. Portanto, alguns autores usam o termo "conhecimento prático" para se referir a um estado cognitivo caracterizado por saber como fazê-lo. Talvez alguém possa argumentar - bem, você não precisa saber como fazer um trabalho com sucesso, mas quando você aprende como fazer um trabalho, é claro que você precisa obter uma certa quantidade de Fé. Isso é razoável, mas significa que o conhecimento prático é reduzido a conhecimento proposicional? Não me parece, porque 12 enquanto você está aprendendo a fazer algo, você pode estar exercendo certas habilidades, e uma dessas habilidades pode exigir que você tenha crenças (talvez conhecimento proposicional). No entanto, quando você é proficiente em uma atividade, não precisa mais dessas crenças - na verdade, você voluntariamente evitará formar crenças e outros estados que distorçam seu exercício e prejudiquem seu desempenho. Por exemplo, considere andar de bicicleta, dirigir um carro ou praticar esportes. Você deve entender que pode iniciar qualquer uma dessas atividades assim, mas pode dizer com segurança que não precisa confiar nessas crenças ao fazer essas atividades após o aprendizado (ROLLA, 2018). Experimente - é claro, se você estiver no estado certo e não estiver em risco, considere cada ação que você executa intuitivamente em uma atividade complexa, como as ações que mencionei. Você descobrirá que sua experiência se tornará perturbadora e, em última análise, impraticável. Naquela época vimos que você pode saber fazer algo sem saber. Mas, você pode ter crenças sobre certas coisas sem saber o que fazer? Parece ser um exemplo poderoso: imagine que alguém me mostrou um manual de como operar uma máquina com a qual nunca interagi. Posso ler todo o manual com atenção, acreditando que mover o joystick aqui fará com que sejam feitas alterações ali, é necessário apertar este botão para fazer a máquina realizar esta operação, realizar esta operação quando a luz vermelha estiver piscando, e assim por diante. Mas se finalmente me encontrar diante dessa máquina, saberei como fazer todas essas coisas? Isso me parece incrível. É por isso que experiência - para algumas atividades cognitivas tão importantes - experiência é o significado não viciante de nosso uso diário, hábito se refere a hábito e, em última instância, proficiência. Pense nisso: se você precisar de cirurgia, confiará no médico que lê a maioria dos livros - talvez todos os livros sobre o assunto -, mas um médico que realizou apenas algumas operações, ou um médico que lê apenas leituras básicas de livros relevantes Disciplina, mas quem fez operações mais bem-sucedidas? Sugeri acima que o conhecimento prático na verdade inclui algum outro conhecimento. Que tipo de conhecimento é esse e por que é conhecimento prático? Para responder a essa pergunta, podemos começar considerando, por exemplo, suacapacidade de localizar um objeto ao redor, sua capacidade de rastreá-lo e sua capacidade de interagir com ele. Todas essas funções podem ser entendidas como 13 estados cognitivos, variantes do conhecimento prático (saber onde, quando e como e como fazê-lo), e você pode realizar essas atividades com sucesso sem ter uma crença específica no objeto. Por exemplo, não preciso acreditar que devo levantar o braço neste ângulo e esticá-lo nesta direção, colocar meus dedos ao redor da xícara de café ao meu lado, pressioná-la com os mesmos dedos, ela se aproxima de mim e beber café em um ângulo próximo à minha boca. Faço tudo isso implementando certas habilidades que desenvolvi (e, como todo mundo, corro o risco de perder), sem ter que recorrer a nenhuma crença para orientar minhas ações (ROLLA, 2018). Como de costume, ao falar de filosofia, alguns autores questionam que o conhecimento prático não se reduza ao conhecimento proposicional. Uma afirmação possível é que todas as ações que mencionei acima realmente envolvem crenças, mas essas crenças são a prova subconsciente disso é que posso mostrá-las ao descrever minhas ações (ou pelo menos sua forma muito geral). Beba uma xícara de café. Conceitualmente, esta rota não é impossível, mas pode apresentar alguns problemas na interpretação das funções do pensamento humano. Como de costume, ao falar de filosofia, alguns autores questionam que o conhecimento prático não se reduza ao conhecimento proposicional. Uma afirmação possível é que todas as ações que mencionei acima realmente envolvem crenças, mas essas crenças são a prova subconsciente disso é que posso mostrá-las ao descrever minhas ações (ou pelo menos sua forma muito geral). Beba uma xícara de café. Conceitualmente, esta rota não é impossível, mas pode apresentar alguns problemas na interpretação das funções do pensamento humano. 3 O POSITIVISMO O positivismo é uma filosofia determinista, por um lado, afirma ser experimentalismo sistemático, por outro, acredita que qualquer pesquisa sobre a causa última não é científica. Portanto, reconhece que o espírito humano pode alcançar verdades positivas ou experimentais, mas não pode resolver problemas metafísicos e não foi confirmado pela observação e pela experiência. Como um sistema filosófico, ele tenta estabelecer a maior unidade na explicação de todos os fenômenos universais, 14 conduz pesquisas sem considerar conceitos metafísicos, considera isso inacessível e conduz pesquisas apenas por meio de métodos empíricos ou verificação experimental (RIBEIRO, 1994). Desse modo, pelo menos em teoria, não apenas não há nenhuma afirmação sobre a existência de qualquer substância que não possa resistir à experiência, como também não há nenhuma afirmação sobre a causa interna e a última origem da coisa, e nenhuma afirmação sobre seu propósito. Portanto, pode-se concluir que a ciência para a qual aponta o método afirmativo não é apenas o estudo dos fatos e suas relações, mas os fatos e as relações são percebidos apenas por sentimentos externos. Portanto, pode-se dizer que o positivismo é dogmatismo físico e ceticismo metafísico. Este é um tipo de dogmatismo físico, porque afirma a objetividade do mundo físico. Este é um ceticismo metafísico, porque não quer comentar sobre a existência essencial de objetivos metafísicos. 3.1 Os Fundamentos do Positivismo Augusto Comte usou o termo filosofia em um sentido amplo dado pelos antigos filósofos, especialmente Aristóteles, para definir o sistema geral do conhecimento humano. Em sua opinião, o termo "positivo" refere-se ao real frente ao quimérico, o útil frente ao inútil, o certo frente ao incerto, o preciso frente ao vago, o relativo frente ao absoluto, o orgânico frente ao inorgânico, e o simpático frente à intolerância. Seu método de trabalho é resumir a história genética, isto é, observar fatos, guiar os fatos por meio da indução das leis de coexistência e herança e inferir alguns fatos novos a partir dessas leis por meio de resultados e correlações experimentaram verificação. Este é um método de raciocínio geral derivado de todos os procedimentos específicos (inferência, indução, observação, experiência, nomeação, comparação, analogia, afiliação histórica) ao mesmo tempo. De acordo com Comte, esses procedimentos constituem um método objetivo. Mas Comte também usa o que chama de método subjetivo, que é produzido pela combinação lógica de sentimentos, imagens e símbolos. 15 Para estabelecer sua tendência filosófica antimetafísica, Augusto Comte partiu desse método, partindo da premissa de que o espírito humano reconhece que é impossível obter um conceito absoluto em estado positivo. Portanto, desistiu de indagar sobre a origem e o destino do universo, e compreendeu as razões internas do fenômeno, para se dedicar à descoberta de sua lei efetiva, ou seja, sua lei efetiva, somente por meio do uso combinado do raciocínio e observação. Relação de herança invariável e relação de similaridade. Portanto, como uma resposta ao idealismo, a doutrina comtiana fornece generalidade e particularidade. Normalmente, haverá três tipos de teorias de estados mentais e classificação hierárquica do conhecimento humano (RIBEIRO, 1994). No desenvolvimento do espírito humano, Comte reconheceu um princípio denominado os três estados ou as leis básicas do pensamento, que é a base para sua interpretação da história: teologia-estado ficcional, com diferentes estágios (fetichismo, politeísmo e monoteísmo ), em que o espírito humano explica os fenômenos por meio da vontade transcendente ou forças sobrenaturais; estados abstratos metafísicos, nos quais os fenômenos são explicados por forças ou entidades abstratas ocultas, como os princípios da vida; e explicam fenômenos o estado da ciência os faz obedecer às leis provadas por experimentos. De acordo com Comte, toda ciência passa pelos dois primeiros estados e só se constitui quando atinge o terceiro estado. Portanto, "estado positivo" é um termo do qual o espírito humano depende para sobreviver e encontrar um termo científico fixo e definitivo. A sociedade se desenvolve de acordo com essa lei, e o indivíduo passou pelo mesmo desenvolvimento em outro nível. Partindo do pressuposto de que o objeto da ciência é apenas afirmativo, isto é, um objeto que pode ser restringido por métodos observacionais e experimentais, Augusto Comte admite apenas experimentos ou ciências afirmativas envolvendo fatos e suas leis. Portanto, ele distingue a ciência abstrata da ciência concreta. As ciências abstratas básicas são divididas em seis grupos e organizadas de acordo com sua estrutura hierárquica: matemática, astronomia, física, química, biologia e sociologia. Segundo Comte, a mineralogia específica, a botânica, a zoologia etc. ainda não foram constituídas, por isso ele não as classificou. 16 A classificação da ciência abstrata é baseada na lógica e na sequência temporal da ciência. Na ordem lógica, segundo as regras de síntese propostas por Descartes, da mais simples, a mais abstrata, à mais completa, a mais concreta, é inerente à inteligência. Agora, nesta classificação, a primeira ciência (isto é, matemática) arranjada em ordem cronológica é mais simples e mais abstrata do que a segunda ciência (astronomia), porque de acordo com o ponto de vista de Comte, a primeira ciência constituída é a matemática, então a astronomia, então astronomia. Física, Química, Biologia e Sociologia. Mais tarde, Comte coroou a moralidade nesta categoria. Para esta classificação, Comte tem uma ascensão histórica real em Condorcet, que retrata o progresso espiritual humano, e Turgot, que vê as leis dos três estados. Na seção especial, o positivismo pode ser considerado sob quatro aspectos. Psicologia: Para Comte, a psicologia faz parte da biologia (RIBEIRO, 1994). Posteriormente, Comte se concentrarána psicologia biológica, chamando-a de moralidade teórica. Portanto, de acordo com a explicação científica de Brauses, a teoria de Gal e Bicart foi atualizada, e ele considerou a alma (espírito) como um conjunto de funções cerebrais. Aspecto ontológico: Comte nega causas efetivas e finais, causas infinitas e absolutas, e apenas reconhece a utilidade relativa, sensível, fenomenal e. "Tudo é relativo, isso é uma coisa absoluta" é o axioma básico do positivismo. Portanto, reduz toda causalidade à simultaneidade e herança puras. Na sociologia e na religião, o poder social exercido pelas elites (ou seja, líderes) começa com a divisão do poder social material, intelectual e moral. O positivismo não aceita classes com o significado comumente usados hoje. Aceita que em toda a sociedade, desde as mais primitivas, haja lideranças e liderados. Os líderes devem ser sempre as pessoas mais capazes, isto é, aqueles que influenciam a educação e a cultura humana: pastores, filósofos, cientistas, jornalistas, professores, etc., ou melhor ainda, teóricos que mudam o pensamento pessoal. Por meio de sua pregação e comportamento moral. A partir da concepção biológica da sociologia, Augusto Comte entendia a sociedade como um organismo cujos componentes são heterogêneos, mas sólidos por sua preservação para com o todo. Portanto, como um organismo, há uma divisão de funções especiais, nas quais a espontaneidade, a necessidade, a imanência e todas as suas partes estão sujeitas à existência do poder central e superior. 17 Segundo Comte, a sociedade tem um ritmo evolutivo incompatível com a revolução violenta. Dessa forma, ele sempre o concebeu de uma perspectiva harmoniosa. Para ele, a sociedade reflete os diferentes estados de vida de uma pessoa. Portanto, como os organismos não podem sofrer mutação a menos que evoluam de forma incremental, a sociedade deve obedecer a essa norma evolutiva. Partindo da ideia de que a natureza humana se desenvolve de acordo com as leis históricas, embora não haja mudança em si mesma, ou seja, diante dos elementos sempre mutantes da sociedade, o ser humano tem um fundamento eterno, mas Comte divide o estudo da estrutura social em duas partes. Campos principais: o estudo da ordem social, que chamou de estática social, e o estudo da evolução social, a chamada dinâmica social. O estudo estático é a relação entre o consenso (solidariedade) ou organismos sociais e as condições de vida, persegue a teoria da ordem, a parte dinâmica do conjunto de particularidades e determina o progresso geral da humanidade (RIBEIRO, 1994). Comte acredita que o progresso social é determinado pelos companheiros biológicos do indivíduo. Dessa forma, é impossível sem a estrutura social determinada por fatores biológicos de antemão. Na verdade, esses fatores biológicos são irredutíveis como o são todas as categorias de fenômenos na concepção comtiana. Portanto, a característica do progresso social é, como todos os desenvolvimentos orgânicos, a contínua especialização de funções para melhorar ainda mais a evolução dos órgãos privados. Portanto, com base na exclusão do progressivismo, os conceitos abstratos e as ideias universais de intervenção transcendental (que eram as características das ciências sociais naquela época) são excluídos, o positivismo "é a autoridade para enfrentar o comportamento dissolvente da metafísica e da razão humana. " O objetivo do desenvolvimento científico que governou todo o século 19 era usar as vantagens do progresso ou da evolução progressiva para realizar uma compreensão racional e científica das questões de ordem, determinando assim os elementos básicos de toda a sociedade humana. E, nessa inovação, ele aplicou o método indutivo das ciências naturais às ciências sociais para resistir ao romantismo do laissez-faire e apoiar projetos sociais. Como teoria e método, o positivismo passa a enfrentar o individualismo e uma 18 sociedade livre por meio da ordem e do progresso, Comte acredita que esta é a principal fonte de todo o sistema político. Partindo desse raciocínio, Augusto Comte partiu do conceito de unidade que prevalecia na sociedade e propôs uma política de paz e amor, substituindo o conceito sobrenatural de direito pelo conceito natural de responsabilidade. A política ativa não reconhece quaisquer direitos além do desempenho de suas funções, portanto, nega categoricamente a existência de tais direitos. O termo ciência política, utilizado por Saint- Simon, basicamente tem o mesmo significado que Comte deu à sociologia. Aliás, ele emprega como expressões análogas "política positiva", "filosofia social", "teoria da evolução social", "ciência social", ''física social", "sociologia". Para Comte, a sociologia é uma ciência abstrata que estuda o fenômeno dos grupos sociais. A política é a aplicação prática da sociologia, e as perspectivas morais devem sempre ser consideradas ao estudar casos específicos. A política é a arte de aplicar corretamente o conhecimento abstrato da sociologia (prever para fornecê-lo). Em qualquer caso, para Comte, a política é uma ciência relacionada à história nacional e / ou à teoria e prática da organização nacional. Comte acredita que o conceito de direitos deve desaparecer da esfera política, ao invés do conceito de causalidade na esfera filosófica, porque ambos se referem a vontade indiscutível (RIBEIRO, 1994). Ele entende que o positivismo apenas reconhece a responsabilidade de todos para com todos; porque seus pontos de vista são sempre sociais e não podem conter quaisquer conceitos jurídicos de base pessoal). Portanto, as pessoas como indivíduos não existem na sociedade científica, mas como membros de outros grupos, desde o familiar (unidade básica excelente) até a política. Não há consciência livre aí. Para Comte, a consciência sozinha não pode determinar o modo real de existência, porque as condições materiais de vida não são suficientes para definir a consciência. A própria soberania popular é um termo sem sentido em suas políticas ativas, pois adota o princípio da força como base do governo, enquanto o despotismo é exercido sob a ditadura do espírito e do tempo. No entanto, a característica que verdadeiramente incorpora a política de Augusto Comte é sua orientação sobre a moralidade, e a moralidade é produzida pela fraternidade universal. 19 Portanto, a decisão final se uma decisão deve ser tomada no interesse público e / ou se ela está de acordo com essa moralidade é a decisão final. A moralidade do comunismo é baseada no império instintivo, o que nos inclina para os outros, o que é chamado de altruísmo (termo cunhado por Comte). As pessoas têm instintos egoístas e altruístas. Se o primeiro é necessário, então o último também é necessário, porque os humanos só podem viver em sociedade e, de acordo com Comte, isso só pode se desenvolver por meio de sacrifício e dedicação. Portanto, para ele, a lei da sobrevivência humana é a lei resumida na fórmula "Viver para outrem". É por isso que a moralidade é composta de instintos altruístas sobre instintos egoístas. As vantagens derivam inevitavelmente da educação e da ciência. Os positivistas Littré, Spencer e Stuart Mill aceitam essa moralidade, mas diferem na maneira como explicam a formação do altruísmo. A escola positivista francesa depende da fisiologia para descobrir a origem e a lei da evolução altruísta em nosso organismo. O inglês é baseado na psicologia e no darwinismo, tentando provar a evolução psicológica de nossas emoções do egoísmo ao altruísmo sob a influência do meio social (RIBEIRO, 1994). No entanto, para ambos, a moralidade é relativa e variável, porque relativas e variáveis são as tendências e a evolução dos organismos. 3.2 O Positivismo no Brasil Olhando para as coisas, o movimento positivismo ativo e inovador penetrou todo o ambiente cultural do século 19,popularizou a experiência e resolveu esse problema com todas as realidades. O positivismo vem expondo sistematicamente a confiança da burguesia na transformação de sua própria estrutura. No entanto, embora o positivismo na Europa comprove a nova atitude da burguesia para a crença no progresso humano direto, nas Américas, o positivismo se apresenta de uma forma diferente do que o continente europeu entende, e seu cerne é o caráter político. Dessa forma, o Brasil estimulou as ambições revolucionárias da classe média urbana, fixando suas bases nas cidades e, principalmente, nas faculdades de Direito, a pretexto de criar e definir novas compreensões sobre a realidade do país. A ordem política e social dominante. 20 No Brasil, o liberalismo, como doutrina clássica do individualismo político e econômico, enfoca o racionalismo, o direito natural, a igualdade, a liberdade e a democracia, e seu fundamento também foi revisado. Por um lado, existem os liberais românticos da escola de direito natural que estão comprometidos em deduzir o estado e os direitos da humanidade de uma forma inalterável. Por outro lado, os cientistas são inspirados por realizações científicas positivas. No entanto, as condições econômicas, sociais e políticas são diferentes das da Europa. Aqui, o crescimento da produção cafeeira determina mudanças sociais, o que permite aos oligarcas rurais alcançar a hegemonia no país. O império é baseado no romantismo político, cumprindo sua missão histórica e salvaguardando a unidade nacional, e seu fundamento político vem da teoria política do famoso escritor francês Benjamin Constant, o festejado escritor de Adolphe. Benjamin Constant é um defensor da soberania do povo e acredita que a vontade geral é superior à vontade individual do monarca. No entanto, nega a autoridade absoluta e ilimitada do povo. Para ele, os ministros constituem o poder executivo e prestam contas ao Rei. O rei representa o poder neutro-moderado e é responsável por defender o equilíbrio do governo (RIBEIRO, 1994). Considerações romantismo-morais, a interpretação das crenças religiosas, a interpretação dos indivíduos e as visões do nacionalismo coincidem com nossos momentos decisivos e decisivos de nacionalidade, que traduz as mudanças em uma sociedade, e novos fatores aparecem nesta sociedade, E os velhos fatores mudaram suas percepções. Significado e poder. Para os intelectuais daquela época, pertenciam à aristocracia dominante, davam normas e acompanhavam os rumos do desenvolvimento. Nesse campo, a literatura e a política faziam fronteira, não existia uma fronteira clara entre elas. Portanto, a reflexão sobre as pessoas e a sociedade imprimiu de maneira impecável a visão romântica da vida. A filosofia romântica é caracterizada pelo historicismo e pela atividade criativa espiritual. Ela ignora a diversidade da realidade. É uma resposta à filosofia do iluminismo racional. Ela enche todo o pensamento europeu de idealismo, ontologia e idealismo. E por isso é de grande significado, o brasileiro. No entanto, o naturalismo científico começou a abalar a vida espiritual do século 19. 21 Nesse novo contexto, o antigo sistema não atende mais às aspirações deste século e a filosofia romântica não se satisfaz mais com o espírito. O Brasil está se modernizando com o apoio das atividades financeiras. Porém, na década de 1850, sob o pano de fundo econômico, o ouro começou a escoar da praça brasileira. As crises externas e a convertibilidade dos metais levarão a crises internas. A exportação de commodities coloniais foi restringida e os preços das commodities básicas continuaram subindo. Os bancos fixaram seus recursos em negócios com ações e não conseguiram fazer frente à nova situação, que desencadeou um boom financeiro. Diante do reembolso dos bancos brasileiros, a súbita crise de crédito acabará levando a muitas falências. Só no Rio de Janeiro, foram 49 falências, que vêm crescendo há vários anos. Devido à destinação da renda nacional do exterior, a economia nacional sofrerá um forte choque, que se estenderá até 1864, quando o pânico voltará a ocorrer. A escassez de mão de obra e as epidemias de varíola e cólera que assolaram as províncias agravaram a situação. Em um ambiente político, dado o sistema de governo estabelecido pela Constituição do Império de 1824, o Partido Liberal e o Partido Conservador se alternam no poder (RIBEIRO, 1994). Nem um nem outro tem significado ideológico e é caracterizado pela falta de dogma. O Partido Conservador defendeu a atual ordem constitucional, o liberalismo e aboliu o poder individual e a descentralização, mas todos aceitaram o conceito liberal do país. Seu princípio axioma é: o governo mínimo e a iniciativa máxima. Uma vez que ambos estavam sob o comando da aristocracia rural, o resto da população era governado por eles, então as diferenças políticas entre eles foram enfraquecidas, porque as pessoas acreditavam que era para garantir o status da classe dominante e, assim, promover a paz. O progresso é indispensável para garantir o conservadorismo do sistema. Esta situação é propícia à mediação que já dura quase uma década e é consistente com a prosperidade económica, com o objetivo de reconciliar para manter a unidade e integridade do país. Portanto, uma nova sala de conferências foi estabelecida em um ambiente propício para a compreensão da tendência, mesmo com o firme apoio do imperador. No entanto, as pessoas que participam do comício de líderes políticos ainda são indiferentes às conquistas políticas dos dois partidos tradicionais. Em qualquer caso, 22 este é um período em que o Partido Conservador domina e mantém o status quo evitando o confronto por meio de políticas administrativas de conquistas comuns. Portanto, uma mentalidade conservadora transforma todas as questões políticas em questões administrativas, o que garante que ele tenha um monopólio completo sobre questões de tomada de decisão. Uma pessoa vive sob a égide do romantismo. Vitória pessoal, liberdade, lirismo e melancolia. Originado do protesto contra a supremacia da razão. Indivíduos livres, comunidades orgânicas locais e nacionais e impulsos internos são promovidos. Quando o "eu" romântico cai na evasão e não consegue resolver o conflito com a sociedade, o crédito desmorona, os metais continuam imigrando para o exterior e aumentam as falências; por outro lado, em pura disputa de poder, as posições de liberais e conservadores não corresponder à realidade nacional (RIBEIRO, 1994). É neste contexto que os oligarcas rurais tentarão construir um sistema de relações sociais através do processo político para que possam impor seus próprios métodos de produção a toda a sociedade, ou pelo menos tentar estabelecer alianças ou subordinação a outros grupos ou classes. Para desenvolver uma forma econômica que atenda aos seus interesses e objetivos. Compatível com essa política econômica e social está o ecletismo, que domina o pensamento teórico e, como ferramenta conceitual para explicar a realidade, inspirou a sabedoria brasileira do Segundo Império. O ambiente histórico é favorável ao ecletismo de Victor Cousin, e o sistema será aplicado à ciência e à religião em resposta ao sensualismo de Locke e Condillac. Os primos aceitaram percepções sensíveis ao conhecimento e ideias racionais. Portanto, ele simplificou todos os sistemas filosóficos em quatro sistemas: sensibilidade, idealismo, ceticismo e misticismo, a fim de obter o que julgava útil. Portanto, o conservadorismo nacional tradicionalista encontrou um equilíbrio natural no ecletismo que estabiliza o império. Além dessa corrente dominante, no tradicionalismo, krausismo e rosminianismo, além do neotomismo, houve também um conjunto de "respostas católicas", que refletem a oposição à cultura oficial, e depois o empirismo e o liberalismo. O desejo do espiritualistamaterialista. Nem mesmo idealismo, mas idealismo indiferente ao Cristianismo. No entanto, nos dez anos de 1868 a 1878, esse ideal romântico de vida 23 começou a ruir. Os sinais de renovação estão ao nível dos intelectuais, confundidos com a quimera liberal da monarquia. Com ilustrações e formação científica, o "Brazil Illustrator" passou a atacar Victor Cousin e foi protegido por uma nova tendência: o positivismo. Mas se o primo é proibido pela mente dos intelectuais brasileiros, seu legado eclético permanece. O pensamento teórico é realizado por meio de diferentes tendências do positivismo, do evolucionismo, do constitucionalismo (imitadores do constitucionalismo americano) e das tradições liberais do imperialismo, que estão associadas ao empirismo e utilitarismo britânicos. Por volta de 1870, diante do desafio de um sistema político que não atendia mais aos interesses da classe privilegiada, os intelectuais voltaram-se para a Europa com o desenvolvimento do espírito humano, em busca de novas teorias e hipóteses para sintetizar nossos pensamentos específicos. Realidade, explique-a através do processo de transformação. Então, a história do pensamento brasileiro inaugurou uma nova era (RIBEIRO, 1994). Com o desenvolvimento da ciência e da tecnologia, "um monte de novas ideias" expressas em nome de Sílvio Romero (Sílvio Romero) passou a permear a vida do conhecimento, determinando o notável progresso do espírito científico. E o que observamos é uma coexistência de orientações, que por diversas vezes são antagônicas, como o monismo evolucionista de Haeckel e Noiré, o materialismo de Buchner e Vogt, o individualismo de Stuart MiII, de Laboulaye e de Lastárria, o positivismo dissidente de Littré e Taine, as concepções políticas e sociais aplicadas à psicologia de Le Bon, o determinismo de Fouylleé e de Buckle, as teorias do governo constitucional de Guizot, o experimentalismo de Leon Donnat, o federalismo de Pi y Margal, as concepções do Estado Nacional de Bluntschli, os programas liberal-democráticos de Tocqueville, os novos métodos de pesquisa sociológica de Lilienfeld, as teorias sociológicas de Roberty. Contudo, os nossos intelectuais também obtiveram, ainda que de modo atenuado, a influência dos primeiros socialistas utópicos franceses (Fourier, SaintSimon, Louis Blanc e outros), bem como experimentaram a repercussão da revolta comunista que ocorreu na Segunda República francesa, do aparecimento do Manifesto comunista de Marx e Engels, da fundação da Primeira Internacional e, ainda, da Comuna parisiense de 1871. Resumindo, os dados teoréticos do despotismo esclarecido em voga no século 18 24 e os da escola teocrática do início do século 19 são corrigidos pelo espírito científico da escola histórica, secundada e desenvolvida pela filosofia positiva. De um modo geral, os intelectuais estão relacionados a duas grandes direções filosóficas: o positivismo de Augusto Comte, cuja intenção é substituir o pensamento abstrato pela razão e pela observação, lançar as bases para o estabelecimento de uma nova ordem social e desenvolver ao mesmo tempo a doutrina e religião da humanidade. A teoria da evolução social de Herbert Spencer é baseada em seu individualismo extremo, baseado nos princípios do progresso contínuo e da evolução social. A personalidade individualista do romantismo passou por uma transformação, e a elite intelectual, seja nas visões de Comtista e / ou Spenceriana ou na fusão de várias tendências, pode ver as leituras de Kant e Hegel, fazendo com que procurem uma ideologia política que pode lutar pelo poder dos oligarcas rurais (RIBEIRO, 1994). Em nossa evolução histórica, o que surgiu na luta entre o individualismo e o idealismo foi a reeuropeiaização. Mas o mais importante, esta é a reeuropeização do nível ideal da classe dominante ou de sua elite dominante. Na verdade, são as normas, instituições e valores sociais que são imediatamente transferidos, que irão guiar o comportamento da classe dominante para ajustar seus interesses sociais e econômicos diretos. Portanto, a favor dos oligarcas do café, o positivismo e a evolução se alicerçaram na cidade e estão dentro dos limites da classe cultural. No entanto, a abordagem de cada um da Europa com idealismo mínimo ou mesmo idealismo ou racionalismo (como a crítica de Kant e a dialética hegeliana) é diferente da maneira que a Europa entende e pratica. No início, o positivismo conduziu a um pensamento científico geral incompatível com o caráter especial da América do Sul. No entanto, junto com a teoria da evolução de Spencer e a liberdade constitucional americana e a democracia, ela está gradualmente sendo usada como um método de trabalho. Ela se tornará um pilar da classe média para aqueles que defendem uma república democrática e, portanto, será usada como uma ferramenta teórica Resultados frutíferos foram alcançados. A realidade concreta se dá na transformação. Poucos anos antes da morte de Augusto Comte (1857), positivistas haviam sido encontrados no Brasil, mas ainda eram elementos isolados e não afetavam a vida política 25 do Brasil, pois estavam relacionados à fisiologia, à física. Aprendizagem ou matemática é melhor que política ou mesmo literatura social. No Brasil, a primeira manifestação do positivismo foi em 1844. Justiniano da Silva Gomes ministrou uma tese para o Centro Médico da Bahia: o plano e os métodos dos cursos de filosofia. No entanto, a primeira manifestação social do positivismo remonta a 1865, quando Francisco António Brandão Júnior (Francisco António Brandão Júnior) publicou trabalhos sobre a escravatura no Brasil e, posteriormente, publicou artigos sobre agricultura e colonização no Maranhão (RIBEIRO, 1994). O positivismo penetrou no Brasil, que se dividiu em duas categorias: Pierre Laffitte, cuja ortodoxia dogmática da religião humana, segue estritamente o mestre pedagógico de Montpellier, e no processo de evangelização, Tentando mostrar o efeito unificador do ativismo religioso e da filosofia de Paul-Émile Littré, ele mudou da evolução do agnosticismo para a libertação do espírito, pensando que o ateísmo é a única religião adequada para o verdadeiro positivismo. Este grupo dissidente apenas despreza o movimento da religião humana para seguir Augusto Comte na metodologia científica e filosofia política de observação, experimentação e comparação. Com base em métodos científicos para resolver problemas humanos, a doutrina de Comte começou a discutir abertamente - negar a metafísica improdutiva, que caracterizou todas as expressões intelectuais do país com sua retórica desde sua independência - não apenas no Estado de Burgo e no Estado de Berna de Pernambuco no Estado de Pernambuco no Rio de Janeiro-Benjamin Constante Botello de Magalhães (graduado em Física e Ciências Matemáticas) na Escola Fan Li (Escola Normal) e sua fundadora Escola Militar lecionou, onde ensinou aos jovens as bases do positivismo. Benjamin Constant, um jovem oficial militar de prestígio, os levará a participar do movimento republicano. Esses soldados descobriram no positivismo que a razão para rejeitar a cultura política imperialista baseava-se na pesquisa jurídica, e não nas novas ciências naturais e sociais. E encontraram as ferramentas adequadas para defender os interesses de suas empresas para formular os requisitos de um novo tipo de autoritarismo. Nossa bandeira e sua ordem e progresso mostram o quanto o positivismo é aceito mesmo entre nossos republicanos de longa data. (O positivismo também se deve à reorganização do ensino, à separação da Igreja e do Estado, à liberdade de culto e à 26 germinação da legislação trabalhista.) Portanto, o positivismo ocupa uma posição dominante na consciência da classe privilegiada têm uma forte resposta nas escolas e afetam os jovens. Seu conhecimento e cultura são maisimportantes do que a literatura. Naquela época, apenas o exército, médicos e engenheiros estavam engajados na pesquisa científica. A reação positivista nascida em Pernambuco, saturada de racionalismo científico, sofre a oposição de Tobias Barreto, que baseado no culturalismo sociológico de Ihering difunde as ideias gerais que irão se compor na futura Escola de Recife, onde brilhariam Sílvio Romero, Clóvis Bevilaqua, Artur Orlando, Martins Júnior, Fausto Cardoso, Tito Lívio de Castro. Luís Pereira Barreto defendeu a ciência positiva no Rio de Janeiro (na verdade uma pessoa) e abriu uma nova fase para a evolução das ideias positivistas, voltando-se para a realidade nacional. Lá, um grupo de pensadores preocupados em restaurar a ordem social se conectou com os aspectos religiosos do pensamento de Comte, tentando estabelecer a ditadura da sociedade sobre os indivíduos em uma base individual por meios morais e não legais. O papel unificador da religião positivista (RIBEIRO, 1994). É esse positivismo holístico - método filosófico e religião da humanidade - que tem invadido as províncias na propaganda doutrinária organizada por Miguel Lemos e Teixeira Mendez, que foi tomada por Lafitte “Transformação em positivismo ortodoxo. Essa propaganda é realizada principalmente pelo apóstolo positivista brasileiro localizado na Rua do Ouvidor, Rua 7, Rio de Janeiro, Brasil. Seu principal objetivo é divulgar a religião humana por meio de ações orais e escritas. Por exemplo, a propaganda positivista não é apenas veiculada no nível de conhecimento. O livro só foi publicado no Rio de Janeiro por quatro jornais: "A Razão", "O Rebate", "A Crença" e "Crônica Imperial". No entanto, mesmo em outros jornais que não participaram da campanha em defesa dos ideais de Comte, ele compareceu ao encontro, como "O Mequetrefe" dirigido por Aluísio de Azevedo e Miguel · Artigo de Miguel Lemos e Revista do Rio de Janeiro (Revista do Rio de Janeiro) são liderados por Artur de Azevedo e têm uma clara orientação positivista. Ressalte-se que, na época, o abolicionista José do Patrocínio mostrou-se seguidor das ideias de Augusto Comte. Miguel Lemos e Teixeira Mendes e os outros elementos dos apóstolos - enfocam a ética positivista em seus planos para formar a consciência moral e social, de baixo, isso 27 pode estar inspirando todos os humanos, nações e idealismo social - a se dedicarem ao estabelecimento de venerar grandes seres, supondo que eles prometam não participar politicamente do movimento republicano, porque sabem que as leis do progresso serão fatalmente cumpridas. Além disso, contra os republicanos que seguem os princípios democráticos liberais da constituição dos Estados Unidos e o conceito orgânico de país, esses positivistas ortodoxos entendem, juntamente com Augusto Conte, que deveriam "libertar o Ocidente de uma democracia anárquica e de uma aristocracia retrógrada em favor de uma sociocracia". Declarando que não são democratas nem aristocratas, e que o governo da república deve ser totalmente temporário e temporário, mantendo total liberdade espiritual, e que os positivistas apostólicos favorecem uma república ditatorial para alcançar a ordem sem causar interferência social. E o progresso. Desta forma, o proletariado pode ser integrado na sociedade moderna, e a burguesia, ontologistas e juristas também podem ser transformados. Portanto, o processo republicano não será democrático no parlamento, mas o poder deve estar concentrado nas mãos de uma só pessoa, o ditador ou o presidente da república, suas ações serão realizadas no plano material sem intervenção espiritual, e seus sucessores estará nas mãos de uma pessoa. Como ele disse, faça a república ter continuidade e consistência, e defenda a república da aristocracia e da burguesia (RIBEIRO, 1994). Para os positivistas apostólicos, uma vez que o verdadeiro governo republicano exerce a ditadura, a ditadura não é nem ditadura nem ditadura. Para eles, ditadura significa que em um governo onde as vantagens políticas das forças materiais foram reconciliadas, ele ignora a supremacia da liberdade da autoridade espiritual independente e se preocupa apenas com o interesse público. Eles entendem que para atingir a ditadura basta retirar a atribuição legislativa do parlamento e torná-lo parlamentar puramente financeiro. Esses positivistas acreditam que a república realizará facilmente esse tipo de transformação, pois em todo o parlamento, o poder executivo é geralmente. A resposta positivista a este dogmatismo e autoritarismo não é muito esperada. Sua direção foi modificada para torná-la uma das forças espirituais decisivas do pensamento brasileiro. O positivismo na versão de Spencer começa a caracterizar a vida política e cultural. Os chamados positivistas dissidentes, junto com Littré, desprezam a 28 abstração metafísica do subjetivismo, centrado no "eu" individual, e agora apoiam a teoria da evolução liberal de Herbert Spencer, e seu incrível individualismo, mais adequado para ideais democráticos, desenvolvimento rápido, constitucional governo. Os dissidentes (eles só aceitavam o positivismo comtiano como método) romperam a conformidade de reconciliação inerente à época e expuseram sistematicamente os oligarcas do café que representavam a confiança em seus impulsos de mudança na sociedade. Para alguns, o positivismo será um simples rótulo contra o comportamento ideal da monarquia. Como disse José Veríssimo, esta é uma sugestão. Um exemplo típico é o positivismo reverberando nas arcadas da Escola de Direito de São Paulo, enfatizando a crítica no plano lógico e evidenciando o republicanismo revolucionário no plano da realidade política e social (RIBEIRO, 1994). Para outros, o positivismo adiciona o liberalismo científico e o liberalismo e o individualismo britânicos. Todos estão nos livros de Comte, Spencer e Stuart Miller II. Eles listam apenas o representante principal. No entanto, é de Spencer, ou mais precisamente, de Spencer, o uso da fórmula como organismo social, a homogeneização, a diferenciação e a relativa instabilidade do conhecimento, dissidentes teóricos empíricos Esforços para reconciliar teorias contemporâneas sobre política científica. Portanto, a evolução não é apenas positivismo, ela fornece um componente ideológico para a classe média urbana, onde a insatisfação com o regime é maior e existem meios para transformar a insatisfação em comportamento de "liberalização" do Estado. De acordo com o nível deste século, de acordo com o plano lógico de desenvolvimento da democracia liberal, mostra a contradição entre o modelo ideal e a verdadeira forma de organização social. Essas contradições expressam o conceito de democracia liberal e também concretizam os ideais políticos das elites governantes. Critério de Spencer. Democracia liberal era a palavra-chave na época. Portanto, o surgimento de dois tipos de positivismo e pensamento evolucionista - no Brasil, não se deve apenas ao interesse das notícias europeias. No entanto, trata-se de uma tentativa de adaptar essas novas ideias às coordenadas do pensamento racional, ao contrário das especulações românticas e idealistas em que se baseia o segundo imperialismo. Com efeito, a estrutura colonial está 29 sendo reformulada e, nessa circunstância, o positivismo moderniza o pensamento brasileiro e ajudará no surgimento de novos valores. Desta forma, combinando comtismo ortodoxo e positivismo: os dissidentes de Littré, as generalizações de Spencer e as conquistas livres deste século, nossos pensadores políticos estão infiltrados por esse espírito positivo e estão se movendo em direção a uma consciência crítica, tentando alcançar Seu pensamento político reflete uma observação direta da forma como a sociedade existe. Por um lado, como ferramenta de renovação do sistema, novas ideias apoiam os intelectuaisna constituição da ideologia do Partido Republicano, na tentativa de influenciar as atividades gerais dos grupos dirigentes, torná-los homogêneos e autoconscientes, e dar suporte para eles. Papel nos níveis econômico, político, social e cultural (RIBEIRO, 1994). Por outro lado, essas ideias não promoveram de forma alguma o progresso de sua pregação. Isso não se deve apenas à falta de apoio público, mas também ao constrangimento cada vez mais estreito dos oligarcas do café e ao prestígio e poder dos os oligarcas do café continuarão sendo mantidos. O sistema político, o domínio social e econômico de outras classes e grupos. No entanto, é importante destacar que a preocupação social de Comte permeou direta ou indiretamente a atuação administrativa de Getúlio Vargas, partidário do positivista gaúcho Júlio de Castilhos. Por exemplo, a legislação trabalhista que mais preocupa o governo de Vargas é o desenvolvimento das ideias contidas no artigo 74 da constituição positivista do Rio Grande do Sul elaborada por Giulio de Castilhos. Mendes (Teixeira Mendes) e Benjamin Constant (Benjamin Constante). Por outro lado, com a reforma do ensino militar, o colégio mudou de Realengo para as Agulhas Negras, embora o nome do militar Benjamin Constant esteja na rubrica “Continua a ser usado no Almanaque do Exército, mas o impacto da guerra no o exército só começará a declinar após 1930. “Como se ainda estivesse vivo, como general e fundador da República. 30 4 O ESTRUTURALISMO Em geral, a conceituação do estruturalismo nada mais é do que a consideração de Joseph Harabak, que é um microcosmo da seleção de obras da linguagem de Praga organizadas por Paul Calvin: "O estruturalismo não é uma teoria nem um método; é um ponto de vista epistemológico. Parte da observação de que todo conceito num dado sistema é determinado por todos os outros conceitos do mesmo sistema, e nada significa por si próprio. Só se torna inequívoco, quando integrado no sistema, na estrutura de que faz parte e onde tem um lugar definido. A obra científica do estruturalismo é, portanto, uma síntese da visão romântica — cuja base cognitiva é a dedução a partir de um sistema filosófico que classifica e avalia os fatos posteriormente, e a posição empírica do positivismo — que, ao contrário, constrói a sua filosofia a partir dos fatos que comprovou pela experiência. Para o estruturalista, há uma inter-relação entre os dados, ou fatos, e os pressupostos filosóficos, em vez de uma dependência unilateral. Daí se segue que não se trata de buscar u m método exclusivo, que seja o único correto, mas que, ao contrário, 'o material novo importa em regra numa mudança de procedimento científico'. Da mesma sorte que nenhum conceito é inequívoco antes de integrado na sua estrutura particular, os fatos não são inequívocos em si mesmos. Por isso o estruturalista procura integrar os fatos num feixe de relações que ponham em evidência a sua inequivocidade dentro de uma superordenação e de uma subordinação. Numa palavra, a estrutura global é mais do que uma súmula mecânica das propriedades dos seus componentes, pois determina propriedades novas". Portanto, vemos que o estruturalismo é a posição científica universal em todos os campos do conhecimento humano. Abrange o estudo da natureza e o estudo da criação cultural humana, portanto, os estudos da linguagem também estão envolvidos neste último. Em epistemologia, parece ser uma síntese da oposição dialética de Hegel entre empirismo e o chamado romantismo de Halaberke (isto é, idealismo que começa com construção transcendental). Parte-se do pressuposto de que não existem fatos isolados a serem conhecidos, pois todos os significados são produzidos por uma determinada relação. É por isso que ela não busca destacar fatos e depois adicioná-los, nem construir um conjunto e decompô-lo em fatos. Para o estruturalismo, os fatos são sempre parte do todo e só assim, e relativos ao todo, podem ser compreendidos. O princípio básico é que nosso conhecimento não tem nada isolado. Sempre existe uma estrutura, a relação entre as coisas, da qual o significado pode ser derivado (CÂMARA JR., 1973). Portanto, entende-se o conceito de estrutura diferente de grupo, em que as unidades componentes são colocadas apenas lado a lado, enquanto o conceito de 31 síntese considera que elas se fundem e desaparecem em uma unidade maior. Por outro lado, embora esses dois termos sejam geralmente colocados em equivalência sinônima, este não é o significado exato do sistema, como em certo ponto da consideração de Hrabák que acabamos de mencionar. Este sistema, por exemplo, aparece na compreensão do universo, ou a “ordem cósmica” desde os tempos antigos, é um conceito científico distante. Não há dúvida de que pressupõe estrutura, assim como a relação entre os elementos que a constituem. No entanto, caracteriza-se por esses elementos serem suficientes e complementares em sua distribuição. O todo que constituem é completo e suficiente. Portanto, há um novo conceito no significado do sistema, que se soma à relação entre as partes. É a estrutura de partes satisfatoriamente distribuídas, que são inter-relacionadas e mutuamente perfeitas. Cada estrutura tem como premissa um sistema, pelo menos implícito e realizável, e pode-se dizer que é necessário e pré-requisito para a existência (CÂMARA JR., 1973). Por outro lado, pode-se dizer que a forma produzida por essa estrutura é de plástico. A inter-relação entre os componentes determina inevitavelmente a configuração da forma na estrutura. Compreender a forma no objeto a ser estudado é o primeiro passo para o estruturalismo. Por exemplo, Goethe é uma forma, fornecendo evidências em anatomia vegetal, criando terminologia e conceitos morfológicos ou estudando forma, que agora se tornou parte integrante de nossa terminologia científica - incluindo biológica e linguística, como Cassirer apontou. No que diz respeito à interpretação dos fenômenos de linguagem, a síntese dos atos de fala é muito precoce, portanto, no geral, os atos de fala podem ser decompostos nela, e é o que tradicionalmente chamamos de linguagem. Desta forma, ele é substituído por uma unidade conceitual que fez muitos, muitos sons diferentes em diferentes ocasiões, pessoas diferentes e em ocasiões diferentes. Ao mesmo tempo, a linguagem como unidade é um grupo de unidades menores e foi estudada desde cedo por métodos idealistas ou "românticos", positivismo ou métodos empíricos. Para a gramática resultante, ainda estamos muito longe de compreender a estrutura. Considere a teoria da analogia na gramática greco-latina. O conceito de analogia serve de guia gramatical e baseia-se em semelhanças. Sem dúvida, leva à 32 expressão de conjuntos, mas não estabelece um domínio relacional em que a lama seja explicada por cada parte, e cada parte seja explicada por outras partes e pelo todo. Portanto, sob a disputa entre analogistas e anomalistas no mundo antigo, as pessoas dificilmente podem resolver o conflito moderno entre estruturalismo e anti- estruturalismo. Na analogia e no ateísmo, podemos ver os fatos da linguagem. É somente neste ponto que a soma de fatos e fatos constitui a dependência unilateral mencionada por Harabak. O anômalo não tem soma, negando a possibilidade de gerar conjuntos por meio de associações elementares. A rigor, eles não alcançaram a gramática e foram reduzidos a gramática no uso posterior (como disse o cientista da anomalia AuloGélio, "consuetudinem sequens", citado por Pagliaro sobre o assunto). A linha de analogia que frequentemente aparece nos estudos da linguagem abandona o conceito de estrutura. Constitui a essência da gramática psicológica, seu primeiro modelo foi elaborado por Hermann Paul e inspirou-se na psicologia associativa de Herbart. Desde então, sua riqueza passou a ser contrária às visões estruturais (CÂMARAJR., 1973). Pode-se dizer que o comportamento anormal é absolutamente anti-estruturalismo, porque só vê fatos isolados e nem mesmo tenta coletá-los. Isso significa que o estudo da linguagem não tem gramática, e às vezes até elimina as dúvidas sobre o conceito de linguagem. Como apontou Pagliaro, o ato da língua na crença é uma crença abrangente, ou seja, "a realidade é individual, o conceito não existe". No final, a atitude de analogia de Schuchat em relação à gramática associativa é uma espécie de ateísmo, enquanto a teoria linguística de Gillilon vê apenas palavras-fatos lexicais. Pelo contrário, o princípio da associação é a essência da analogia. É uma forma de empirismo ou positivismo em linguística. No início, mencionava as palavras de Hrabach, “pelo fato de ter os seguintes fatos para fundamentar sua filosofia: Prova de experiência ". Uma atitude oposta a esta, mas também longe do estruturalismo. Esta atitude é uma atitude em que a gramática se explica por pressupostos lógicos. A lacuna entre analogistas e anomalistas perpassa o mundo antigo e, à primeira vista, parece estar próxima do primeiro. No entanto, é fácil ver que esta é uma outra posição voltada para a 33 linguagem. Como Hans Arens advertiu, ele aparece claramente em Aristóteles e envolve lógica e gramática com um entendimento único, assim como Platão. O que você tem é o transcendentalismo da linguagem. Ele começa com um conjunto de princípios lógicos idealmente declarados e tenta inferir os fatos da linguagem. No processo de caminhar para a gramática por analogia, encontramos o mesmo fenômeno da dependência unilateral, mas a direção do trabalho relacionada à experiência é oposta (CÂMARA JR., 1973). Portanto, chegamos a três posições opostas, que dominam a história do pensamento linguístico, até que o que podemos chamar estritamente de estruturalismo emergir de forma clara e inequívoca. Observações fragmentadas de fatos são então adicionadas por meio do processo de associação ou lato sensu, do latim grego às analogias neogramáticas (como vimos em Hermann Paul) à gramática psicológica geral ou psicologia gramatical baseada na psicologia. Indivíduo clássico e mecanismo de associação. É o oposto de construir uma gramática logicamente, deduzir componentes logicamente. É o núcleo dos conceitos gramaticais tradicionais. Originou-se da longa história de Aristóteles e Platão, consolidada em Dionísio na Trácia, estendida até a Idade Média, reencenada com a gramática do Porto Real e acabou sendo rejeitada pela linguística do século XIX. Falando francamente, é empirismo. Entre dois sujeitos hostis, uma terceira força (usando as últimas metáforas) é encontrada no anonimato, cujo princípio norteador é confirmar que os fenômenos de linguagem são claramente individuais e específicos. Como já vimos, foi transplantado do ateísmo grego para as ideias de Schuchardt e Gilliéron. Seu aspecto típico é a subestimação da linguística em outro campo de estudo, que é a combinação de Shukat e Mehringer e etnografia, por meio da doutrina do "discurso e das coisas", da escola Croce e Vossler A estética, ou a história social e política de Menendez Pidal. A quarta posição prenuncia o estruturalismo, que é uma aproximação entre a linguística e a biologia, e faremos uma descrição tão impressionante por Schleicher. O estudo da biologia adotou uma abordagem estruturalista desde cedo. É compreensível que lá o conceito de sistema se popularizasse rapidamente. Cassirer mostrou o que é a linha estruturalista, que pode guiar Cuvier na condução de anatomia comparada e 34 pesquisa paleontológica, e após sua consideração, já deu a entender que o conceito formal no pensamento de Goethe é muito próximo. A importância da estrutura. Em botânica. Ao sistematizar algumas descobertas muito antigas (substancialmente fundidas na tipologia comparativa de Bopp), Schleicher interpreta implicitamente a linguagem como uma estrutura e associa a linguagem a objetos naturais. No sentido do estruturalismo linguístico, o desempenho dessa doutrina foi esquecido, mas Scheelecher desistiu de sua posição insustentável na correção da linguagem, e Scheelecher foi considerado um organismo vivo. É até preocupante porque estabelece uma aproximação entre o estruturalismo e a biologia linguística, o que é errado em princípio (CÂMARA JR., 1973). Os primórdios mais positivos do conceito estrutural de linguagem também podem ser encontrados em outros lugares. Eles são a teoria das formas de linguagem desenvolvida por Humboldt. Vossler estava realmente bebendo em Humboldt. O anti- estruturalismo de Vosslerian colocou Humboldt do lado de Croce, o que contradiz o positivismo dos neogramáticos. O pensamento de Humboldt é na verdade anti-positivista e não aprova o método empírico de observar fatos isolados para futuras reuniões irregulares. No entanto, há uma diferença fundamental entre o chamado idealismo e o idealismo ítalo-alemão recente: foi aí que Humboldt iniciou seu conceito de forma de linguagem. A forma representa a configuração ideal de Humboldt e, portanto, cria um objeto de existência espiritual. Vossler não tem existência concreta - na verdade, rejeita o organicismo de Schleich e a compreensão positivista da linguagem como o significado da soma dos fatos linguísticos considerados concretamente. No entanto, ao contrário do anti-estruturalismo absoluto de Vosler, essa forma de linguagem é, em última análise, um conceito estrutural. Humboldt não se limita a sua aplicação a materiais sólidos. Utiliza-o para conceber todo o mundo conceitual que termina na linguagem, pois em termos de suas palavras preventivas, “a combinação de dicionário e vocabulário também corresponde à construção de conceitos”. Portanto, sua famosa dicotomia entre formas externas e internas é a primeira afirmação clara e coerente do estruturalismo linguístico. Aliás, nessa forma inicial de 35 expressão, a estrutura semântica foi aceita como uma negação antes que a distinção arbitrária entre estruturalismo e anti-espiritualismo às vezes fosse feita. 4.1 Estruturalismo Saussuriano A primeira posição do estruturalista estrito e consciente é Saussure. Assim como o consenso usual, esta é uma afirmação que não requer prova. A condição importante claramente estabelecida é a origem dessa posição e seu significado na história do estruturalismo linguístico. O primeiro "pensamento de poder" de Saussure é levar em conta o que ele chama de "estado de linguagem". A ideia de doença renal nega esse conceito a princípio no clima de sua formação. Ele começa com a visão histórica dos fenômenos humanos, e Hegel enfatizou fortemente a visão histórica dos fenômenos humanos e a considerou uma linguagem eterna. Nessa sequência ininterrupta de mudanças, ou seja, a compreensão da linguagem linguística, qualquer pausa que leve em conta os fatos permanentes é artificial e, portanto, não científica. Hermann Paul declarou: "Exceto para o estudo histórico da linguagem, não há outra pesquisa científica." Ao contrário, embora Saussure seja fiel à teoria linguística no sentido histórico, ele se opõe à supressão da pesquisa da linguagem como uma realidade permanente em um determinado momento (CÂMARA JR., 1973). Em sua opinião, Saussure parece inevitavelmente precisar contar. Desta forma, ele mergulhou em um certo movimento disperso, e outras pessoas de seus contemporâneos também participaram do movimento, especialmente a declaração de Marty sobre a existência de uma "lei descritiva". O próprio Paulo não suprimiu sua apreciação do valor atual da linguagem, e ele escapou da mudança eterna. No entanto, fiz isso à margem da linguística, por assim dizer, porque associo cada fato da linguagem a um determinado processo psicológico e o estudo de uma perspectiva psicológica. Com tal conceito, não há lugar para estudar todo o fato, muito menos