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Marketing Digital: Conceitos e Estratégias

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TÓPICO 2
MARKETING DIGITAL
UNIDADE 3
1 INTRODUÇÃO
Em um mundo cada vez mais conectado, a informação está em qualquer 
lugar desde que se tenha acesso digital nos mais diversos modos, seja por 
smartphone, tablete, notebook, desktop, smart tv, que facilitam o acesso a essas 
informações. O profissional de marketing deverá estar preparado para usar 
essa velocidade de informações que alcança qualquer canto do planeta, em bem 
próprio e para as organizações. 
Em um mundo cada vez mais globalizado, no entanto, não se pode deixar 
de informar que alguns países ainda não estão totalmente abertos para o mercado, 
sejam eles por protecionismo ou por embargos econômicos, como é o caso da Coreia 
do Norte. Levando em consideração o Brasil, ainda é muito protecionista, ou seja, 
tenta garantir empregos criando barreiras econômicas para produtos mais baratos e, 
às vezes, ou muitas vezes, com qualidade superior com o que é fabricado aqui. Mas 
como nosso foco é o marketing digital, neste tópico serão apresentados assuntos que 
podem auxiliar o profissional de marketing a ter um conhecimento mais atual de 
como usar ou pelo menos ideias do seu uso como forma de propagar informações.
Como é sabido, a internet possui o lado bom das coisas, mas também o lado 
ruim, pois como é rápida e fácil a propagação da informação, imaginem quando 
a notícia é maléfica para uma organização, ou pior ainda, ela seja falsa, a imagem 
da organização poderá ser muito abalada. Lembrando, claro, da ética e que muitas 
empresas e pessoas, quando desejam se sobressair, não se importam com esses 
“detalhes”, apenas desejam aparecer mesmo que a informação seja duvidosa.
O tópico irá apresentar o marketing digital, como usá-lo para melhorar 
a imagem das organizações, bem como inserir novos produtos ou serviços para 
que se alcance o mais rápido possível o consumidor final. É importante salientar 
que o profissional de marketing deve estar preparado para qualquer situação 
e tomar o mais rápido possível providências para minimizar os problemas no 
caso de uma notícia falsa ou que poderá prejudicar a empresa, ou usá-la para 
alavancar a imagem da organização em caso de uma situação benéfica.
2 O MARKETING DIGITAL
Com a chegada da internet na década de 90, os consumidores começaram 
a ter um novo comportamento de compra, no entanto, nessa época o alcance de 
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UNIDADE 3 | O PERFIL ATUAL DO MARKETING E O NOVO PERFIL DO MARKETING
um computador era apenas para as classes A e B, a classe C ainda não possuía 
condições de compra, pois um equipamento desktop tinha um preço muito alto se 
comparado aos dias de hoje. No entanto, ano a ano esse valor foi sendo alterado e 
as condições foram melhorando para a classe C, atualmente até a classe D possui 
algum tipo de acesso à internet (TORRES, 2009).
O profissional de marketing deve estar preparado para identificar 
as diferenças entre o marketing digital do marketing tradicional, no modo de 
divulgação da imagem de uma organização, quando se trata da utilização do 
meio digital, ou seja, a internet. Gabriel (2010, p. 104) apresenta uma forma de 
conceito normalmente usada para definição do marketing digital como sendo 
“o marketing que utiliza estratégias em algum componente digital no marketing 
mix – produto, preço, praça ou promoção”. No entanto, existe um porém, esse 
conceito não é adequado por dois motivos:
a) Privilegia um dos componentes da estratégia, no caso, o digital, em detrimento 
dos outros, como impressos, eletrônicos etc.; 
b) Apesar de o digital se fundir cada vez mais no dia a dia, a eletricidade e energia 
de baterias são os principais fatores detrás não apenas das mídias digitais, 
mas das eletrônicas também – assim, se temos marketing digital, teríamos o 
marketing elétrico ou eletrônico.
Gabriel (2010), referindo-se ao termo digital, afirma que somente terá 
sentido ao se falar de marketing digital se todas as tecnologias e plataformas 
usadas nas ações forem digitais. Na verdade, marketing digital é a soma de todas 
as tecnologias usadas para apresentar um produto ou serviço por meio eletrônico.
Vaz (2008 p. 54), em seus estudos, apresenta que cada vez mais o marketing 
que conhecemos vem se transformando radicalmente, isso deve-se à grande 
mudança das tendências, em que as pessoas buscam realizar seus desejos e 
necessidades apenas através de “clicks”, ou seja, pelo aparecimento das tecnologias 
digitais, portanto, considerada a era da informação. Essa tendência faz com que 
surja um novo consumidor, que proporciona novos desafios e perspectivas nas 
oportunidades dos que sabem lidar com essa nova tecnologia, ou seja, “o marketing 
destes novos tempos interage com o consumidor de maneira completa e faz dele, 
em tempo real, seu objeto de estudo e de direcionamento de suas táticas”. 
O marketing digital nesse novo cenário busca em uma forma interativa 
a aplicabilidade de técnicas do marketing tradicional, e as empresas que não 
usarem esse modelo de negócio estão fadadas a perder mercado.
Crocco et al. (2006, p. 75) afirmam que o termo marketing digital “está 
associado ao contato entre organização – mercado/consumidores suportado por 
meio digital, ou mais propriamente dito, a internet”.
O marketing digital permite que as empresas aprimorem o 
relacionamento com seus clientes, pois a utilização de ferramentas de 
comunicação digital, como o e-mail marketing, ou então estratégias 
TÓPICO 2 | MARKETING DIGITAL
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interativas, como fóruns ou enquetes, proporcionam uma aproximação 
dos usuários com a empresa e familiarização com os produtos/serviços. 
É o primeiro passo para a compra (MORAIS, 2007).
Sabendo que a internet veio para ficar, iniciaram-se estudos para ver o 
alcance desse novo modelo que ainda era pouco conhecido e que os consumidores 
estavam esperando. Não podemos esquecer que a internet, tão logo iniciou nos 
EUA, não demorou muito para expandir para todos os cantos do planeta, desse 
modo a informação se tornou rápida e eficaz, seja ela usada para o lado bom ou 
mau das coisas.
O consumidor se adequou ao formato on-line, ou seja, muitos, hoje em dia, 
nem saem de casa para efetuar compras, trabalham a partir de sua residência, 
buscam informações, diversão, relacionamentos, entre tantas outras opções que a 
internet oferece. Cabe o profissional de marketing estudar esse comportamento e 
assim criar estratégias para satisfazer as necessidades desses consumidores. 
É bom lembrar que existem vários tipos de consumidores, há ainda aqueles 
que preferem seguir até a loja de conveniências para adquirir algum produto, 
seja ele para o seu consumo ou para dar de presente para seu companheiro, 
namorado, parente ou para quem quer que deseja. Vale lembrar que muita coisa 
não irá mudar, como exemplo, ir ao cinema, por mais que as pessoas possam ter 
seu cinema em casa, não é a mesma coisa que ir ao shopping e assistir a um filme, 
ou mesmo, estar perto de pessoas em uma praça de alimentação, isso vai de pessoa 
para pessoa, e é isso que o profissional de marketing precisa ter conhecimento, ou 
seja, lembrando da Unidade 1, é dever buscar entender as necessidades e desejos 
dos consumidores (TORRES, 2009).
Segundo Kotler e Armstrong (2007), o marketing on-line ou digital está 
sendo usado como uma ferramenta de comunicação cada vez mais eficaz, além 
de ser rápida, está crescendo constantemente, seja pelos avanços tecnológicos, ou 
pela mudança do comportamento do consumidor.
A maioria dos negócios de todas as empresas do mundo é realizada pela 
internet, seja por redes sociais, sites, blogs e tantas outras ferramentas digitais que 
podem ser usadas para trocar informações. Empresas como eBay, Amazon.com, 
entre outras, estão cada vez maiores, pois encontraram na internet um grande 
negócio, isto é, vender produtos e entregar na casa do cliente, sendo necessário 
as empresas físicas que atendiam apenas localmente se adaptarem, lógico que 
ocorreram algumas quebras, mas quem resolveu investir em tecnologia percebeu 
que suas vendasaumentaram (KOTLER; ARMSTRONG, 2007). 
2.1 A INTERNET E O CONSUMIDOR
Com a proliferação da internet, o comportamento do consumidor seguiu 
um novo modelo de fazer compras, ou seja, a internet mudou o perfil de uma 
grande parte dos consumidores e, portanto, será difícil mudar, e consequentemente 
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UNIDADE 3 | O PERFIL ATUAL DO MARKETING E O NOVO PERFIL DO MARKETING
QUADRO 28 – PERFIL DOS CONSUMIDORES/USUÁRIOS
Nome do Perfil Descrição
Inner circle – Círculo fechado
Estes consumidores estão dentro do próprio 
círculo, ou seja, aqueles que não gostam de 
receber mensagens de marcas pelo Twitter ou 
Facebook.
Cautiuos – Cauteloso, cuidadoso.
São os usuários muito ativos na internet, mas 
reagem mal quando usam mal a sua informação 
pessoal. São consumidores seletivos e para 
compartilhar algo na internet pensam muito 
bem sobre o assunto antes de postar.
as empresas serão obrigadas a seguir essa tendência. Aliás, já é considerada uma 
mudança e caso não buscar inovar e seguir o mesmo caminho, são organizações 
que estarão com os dias contados a perder o mercado. No que se refere ao 
comportamento do consumidor, segundo Engel, Blackwell e Minardi (2005), é a 
atividade com que as pessoas se ocupam, seja por diversão ou aquisição de um 
bem de consumo. Existem algumas divergências em questão do comportamento 
do consumidor. Shet, Mittal e Niwmann (2001) descrevem que o comportamento 
do consumidor são atividades físicas e mentais de praticar ações de compra e 
venda, sejam pessoais ou industriais.
O comportamento do consumidor tem suas diferenças quando se trata de 
uma empresa ou de um consumidor. É necessário para o profissional de marketing 
saber distinguir a diferença entre eles, pois a estratégia deverá ser diferenciada 
para cada segmento, portanto é importante saber para qual consumidor a 
organização irá praticar suas vendas, seja no varejo ou atacadista.
Torres (2009) se refere ao consumidor on-line dizendo que é a mesma 
pessoa de carne e osso, que assiste televisão ou faz a leitura de um jornal ou 
revista, mas que seu comportamento, assim que acessar à internet, muda de uma 
forma, em que, por algum motivo, o impedia ou por estar limitado ao seu tempo, 
espaço e dinheiro.
O consumidor está em busca de informações, diversão e estabelecer 
relacionamentos, bem como realizar compras sem sair de casa, ou muitas vezes 
faz pesquisa na internet para comparar preços para depois realizar a compra em 
um estabelecimento físico. Esse comportamento varia de pessoa para pessoa, mas 
o profissional de marketing deverá estar preparado para saber como gerenciar 
esse tipo de comportamento.
O profissional de marketing deverá estar atento para o novo comportamento 
das pessoas e conhecer seu perfil, sendo que alguns estão voltados para o consumo, 
ou seja a compra, e outros ligados à interação. Segundo um estudo realizado pela 
Exact Target, nos EUA em 2012, foram definidos 12 perfis do consumidor on-line, 
apresentados no quadro a seguir:
TÓPICO 2 | MARKETING DIGITAL
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Info – seeker – Buscador de informações
Consumidores pouco interessados em recolher 
novas informações sobre produtos, mas sim 
em ver comentários e opiniões de outros 
consumidores sobre o produto ou serviço. Eles 
observam no Twitter um canal para buscar 
informações. Um conteúdo adequado é uma 
maneira de deixar esse tipo de consumidor 
cativado com o produto ou serviço.
Enthusiast – Entusiasmado
Gostam de ser os primeiros a receber informações 
sobre as marcas. Estão sempre no Facebook e 
no Twitter. Exigem que as informações que 
recebem sobre as marcas sejam de qualidade.
Deal seeker – Buscador de ofertas
São usuários que procuram ofertas e descontos 
em redes sociais, e-mails ou no próprio site da 
marca. Participam ativamente de comentários 
sobre as marcas, serviços e produtos.
Shopper – O comprador
Estes são os cibernautas que compram quando 
estão on-line na internet. Geralmente têm mais 
de 25 anos e grande poder de compra. Seguem 
marcas no Twitter e Facebook, e são mais 
propensos a comprar as marcas que seguem.
Info Seeker 2 – Novo buscador de informações
Utilizam a internet para obterem informação 
sobre notícias. Leem e publicam artigos sobre 
produtos (são poucos os que fazem isso).
Gamer – Jogador
Possuem poucos interesses em seguir marcas, 
gostam mesmo de jogar on-line e por isso a 
presença que têm nas redes sociais é apenas 
para o jogo on-line.
Social butterfly – Sociáveis 
Estes são os usuários que gostam de utilizar 
as redes sociais para conversar e compartilhar 
conteúdos com os seus amigos. Têm blogs e 
gostam de receber e-mails.
Business first – A profissão em primeiro
Estes são os cibernautas para quem o trabalho 
e os negócios estão em primeiro lugar. Buscam 
oportunidades de trabalho, entram em contato 
com profissionais, usam o Linkedin. São muito 
ativos na internet, mas não estão interessados 
em seguir marcas.
Megaphone – Megafone
Estes cibernautas adoram compartilhar qualquer 
tipo de informação com outros usuários. Levam 
muito a sério as interações sociais, venerando o 
Facebook e o Twitter.
Open book – Livro aberto
São usuários que postam na internet as suas 
opiniões pessoais. Gostam de dar a conhecer as 
suas experiências sobre alguma coisa que leram, 
principalmente livros ou artigos. Defendem 
as marcas com as quais partilham simpatia de 
forma on-line.
FONTE: Disponível em: <http://www.plantaoonline.com/wordpress/?p=2797>. Acesso em: 21 
jun. 2017.
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UNIDADE 3 | O PERFIL ATUAL DO MARKETING E O NOVO PERFIL DO MARKETING
Como a necessidade de identificar essas tendências, eis que surge um 
novo consumidor, denominado smarter (o espertalhão, inteligente ou moderno). 
Geralmente esse novo consumidor identifica-se com a tecnologia que está ao seu 
alcance, compartilhando suas opiniões com as experiências vividas conforme a 
realização de compras on-line (MACHADO, 2012).
Sempre voltado às melhores tecnologias, utilizando sempre a internet, seja 
por tecnologias móveis, lojas e/ou TVs digitais na busca para comprar produtos 
ou serviços. O consumidor smarter caracteriza-se em efetuar as compras on-line 
através de clicks que sejam fáceis e rápidas na conclusão do pedido, sendo o mais 
conveniente possível. 
Quando resolvem adquirir algum produto já sabem o que querem, qual 
a marca e não fazem compras por impulso, pois possuem mais informações 
para tomar a decisão mais ponderada, sempre buscando qualidade no que irão 
comprar. São usuários que gostam de experiências de compras personalizadas e 
sentir o controle quando realizam a compra (MACHADO, 2012).
A necessidade de a empresa informar via e-mail o pedido de compra do 
produto realizado, como foi enviado, qual o meio de transporte e o tempo para 
a entrega, deixa esse consumidor mais tranquilo e reforçará maior confiança na 
organização.
É importante que a empresa envie uma mensagem ao consumidor 
para informar referente às vantagens do produto adquirido e, quando 
aplicável, principalmente ao termo de garantia, prazo de troca na necessidade, 
eventualmente, de uma devolução, procedimentos para os serviços técnicos 
autorizados, e qualquer informação que possa evitar algum eventual 
arrependimento de pós-compra (MACHADO, 2012).
É importante que o profissional de marketing esteja ciente de como abordar 
o perfil de cada usuário, para evitar possíveis retaliações em virtude de que alguns 
usuários possam se sentir incomodados com mensagens de spam em suas caixas de 
e-mail, sendo um desagrado para a organização que deseja apresentar os produtos.
2.2 E-COMMERCE
O e-commerce foi um dos primeiros canais de comunicação que a internet 
usou para alcançar o cliente que já estava familiarizado com o mundo digital, e 
o sucesso foi tanto que várias outras empresas começaram a seguir esse caminho 
para vender seus produtos ou serviços.
 
O e-commerce ou comércio eletrônico tem como conceito o processo 
de compra, venda e troca de produtos, serviços e informações por redes de 
computadores, geralmenteefetuados através da internet (TURBAN; KING, 2003).
TÓPICO 2 | MARKETING DIGITAL
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Comércio eletrônico (e-commerce) é a realização de comunicações 
e transações de negócios através de redes de computadores, mais 
especificamente a compra e venda de produtos e serviços, e a 
transferência de fundos por meio de comunicações digitais (REEDY; 
SCHULLO; ZIMMERMAN, 2001, p. 26).
O comércio eletrônico, ou seja, o e-commerce permitiu que as empresas que, 
muitas vezes não tinham alcance para determinado ponto de um país, tivessem a 
oportunidade de vender naquele local. Imagina uma empresa nos EUA que possui 
sua fábrica em Nova York e um consumidor em Los Angeles deseja comprar um 
produto. No passado apesar de não ser impossível, era um procedimento muito 
demorado. Com o uso de catálogos o consumidor poderia fazer a compra por 
telefone, ou enviar a correspondência com o pedido, e depois de 45 dias recebia 
o produto. Imagine para quem deseja comprar um presente para uma pessoa, o 
tempo da demora ou quanto tempo irá demorar para receber. 
Kalakota e Robinson (2002, p. 50-51) afirmam que:
A internet é um canal de vendas e de distribuição e está facilitando o 
comércio eletrônico, a capacidade de fazer negócios na web [...] a tecnologia 
está deslocando poder para os compradores. O comércio eletrônico 
está mudando os canais pelos quais os consumidores e as empresas 
têm tradicionalmente comprado e vendido bens e serviços [...] o canal 
eletrônico proporciona aos vendedores acesso a uma audiência global, 
a capacidade de operar com uma infraestrutura mínima, a redução de 
despesas e maiores economias de escala; aos consumidores, uma seleção 
maior, conveniência e preço competitivo. Consequentemente um número 
crescente de consumidores está adotando a web, adquirindo produtos, 
negociando segurança, pagando contas e comprando passagens aéreas 
[...] o e-commerce está na sua infância.
Com a internet outras empresas começaram a crescer, ou seja, como 
iria ser levado esse produto comprado pela internet até o outro lado do país? A 
empresa FedEx resolveu esse problema, com o crescimento de pedidos on-line foi 
necessário criar uma estrutura de entregas, com isso se pode perceber que não 
apenas as empresas que vendem o produto conseguiram crescer, mas toda rede 
de transporte, distribuição e até a entrega na residência do consumidor. 
Comparando com o Brasil, apesar do monopólio dos Correios, o serviço tem 
uma qualidade satisfatória, dependendo da localidade em que você está, o tempo da 
entrega geralmente está entre 15 a 20 dias, no entanto, um exemplo: havia comprado 
um produto em Blumenau – SC para ser entregue em Jaraguá do Sul – SC uma 
distância de 45 km de uma cidade para outra, o produto demorou cerca de 10 dias para 
ser entregue, ou seja, onde estava o problema? A situação é que os produtos vão até 
um centro de distribuição em Palhoça – SC e depois retornam para a cidade em que o 
pedido foi feito, portanto, é necessário rever o modelo de distribuição da empresa.
O comércio eletrônico, ou seja, o e-commerce possui algumas possibilidades 
e incontáveis oportunidades para o profissional de marketing e assim conquistar 
seus consumidores. Pode-se observar no quadro a seguir, apresentados por Boone 
(2011), os benefícios que podem ser usados para o comércio eletrônico.
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UNIDADE 3 | O PERFIL ATUAL DO MARKETING E O NOVO PERFIL DO MARKETING
QUADRO 29 – POSSIBILIDADES DO COMÉRCIO ELETRÔNICO
Possibilidades Descrição Exemplo
Alcance global
Alcançar qualquer pessoa que tenha 
acesso a um notebook, PC, smartphone 
em qualquer canto do planeta.
eBay – Site de leilão que liga todos os 
compradores e vendedores do planeta. No 
Brasil temos como exemplo o Mercado Livre.
Marketing one-
to-one
Produtos específicos e/ou 
personalizados para satisfazer os 
clientes.
Land’s End, empresa americana que oferece aos 
consumidores, camisetas, calças e jeans conforme o 
gosto do cliente. No Brasil não temos uma empresa 
com um nome forte que faz esse atendimento, 
mas existem diversos microempreendedores que 
atendem a esse segmento.
Marketing 
interativo
Comunicações comprador-
vendedor por meio de canais 
como a internet ou quiosques 
interativos.
Best Buy, loja de informática que oferece 
para o cliente a personalização de um 
equipamento de informática. Aqui no Brasil 
temos a Dell e a Positivo que oferecem esse 
tipo de vendas personalizadas.
Right-time 
marketing
A habilidade de fornecer um 
produto na mesma hora em que o 
consumidor necessita.
No Brasil, a maioria das empresas que 
oferecem produtos on-line possui esse 
serviço, em que é permitido o cliente 
rastrear o produto que adquiriu.
Marketing 
integrado
Coordenação de todas as 
atividades promocionais para 
produzir uma mensagem 
promocional unificada e 
orientada ao consumidor.
Nesse modelo, as empresas usam um slogan 
para atrair os consumidores, como o exemplo 
da Redbull: “Redbull te dá asas”.
FONTE: Adaptado de Bonne (2011)
1 Alcance global: esse modelo elimina qualquer obstáculo geográfico que protege os 
negócios locais. O exemplo mais comum nos EUA é o eBay, que é maior vendedor 
de carros usados daquele país, e que gira em torno de U$ 7 bilhões ao ano.
2 Marketing one-to-one: produtos personalizados para os consumidores, esse 
modelo minimiza os estoques na organização e o cliente recebe aquilo que 
deseja, é o caso da Dell.
3 Marketing interativo: compradores e vendedores fazem o negócio on-line, 
praticamente da mesma forma em um "mercado de pulgas local" ou em uma 
revendedora de veículos. Com isso o resultado é satisfatório para ambos os 
lados, com preços justos. Lembrando que a garantia é sempre do vendedor, e 
que isso é levado ao “pé da letra” em países como EUA.
4 Rigth-time marketing: os produtos e serviços são oferecidos onde e quando os 
consumidores quiserem.
5 Marketing integrado: a internet oferece a oportunidade de uma coordenação de 
todos os canais de comunicações, para as atividades de promoção geralmente 
orientada para o cliente.
Como é observado nos benefícios anteriores, é evidente o crescimento e 
desempenho nas operações tradicionais. Em um estudo realizado nos EUA pela 
Jupiter Media Metrix, a maioria dos clientes possui um modelo para realizar a 
compra, ou seja, mesmo que ele faça a compra em uma loja física, ele irá fazer 
uma pesquisa on-line para comparar os preços (BONNE, 2011). 
TÓPICO 2 | MARKETING DIGITAL
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3 ESTRATÉGIAS NO MARKETING DIGITAL 
Quanto às estratégias de Marketing digital, é importante para o profissional 
de marketing buscar criatividade de quais procedimentos o levarão a alcançar o 
sucesso para uma propaganda ou publicidade que chame atenção das pessoas, a 
seguir são apresentadas algumas estratégias dos canais de comunicação.
3.1 ESTRATÉGIAS DE MARKETING DE INBOUND E 
CONTENT
Cada vez mais o profissional de marketing deve estar preparado 
para as tendências que estão moldando novas fases dos consumidores quando estes 
buscam produtos e serviços que os satisfaçam através do meio digital, eis que surge 
em 2005 o termo Inbound marketing, que possui como principal objetivo transformar a 
marca que seja atrativa ao consumidor. Esse termo surgiu através do grande aumento 
de mensagens promocionais nas mídias tradicionais, com isso os excessos de mensagens 
começaram a incomodar, fazendo que o consumidor se afastasse desse tipo de publicação, 
considerado como Outbound Marketing (HALLIGAN; SHAH, 2009). 
As pessoas ultimamente sentem-se cansadas e entediadas de receberem a 
todo momento mensagens que as interrompem com essas mensagens tradicionais 
Outbound Marketing, adicionando ao spam, bloqueando assim a empresa que 
encaminha esse tipo de anúncio. (HALLIGAN; SHAH, 2009).
Segundo Varanda (2010), a implementação do Inbound marketing é 
para realizar de forma eficaz que as mensagens sejam recebidas positivamente, 
permitindo ao consumidor receber as informações quando está disposto e atraído 
pela marca ou pela organização.
Em 2005, Brian Halligan,CEO da HubSpot, cunhou o termo “Inbound 
Marketing”. O marketing “direcionado para dentro” é um conceito 
que se opõe ao “Outbound Marketing”, que é o marketing tradicional 
- alcançar o cliente com mensagens que chegam aonde ele estiver. 
Em vez disso, o Inbound Marketing busca produzir conteúdo útil 
ao consumidor, para que ele o encontre quando quiser resolver um 
problema ou atender a uma necessidade. O Inbound Marketing e o 
“marketing de permissão” partem da mesma premissa: o poder está 
cada vez mais com o consumidor e menos com o anunciante. Cabe 
ao consumidor escolher qual conteúdo consumir, e não ao anunciante 
interromper seu cotidiano com ofertas. Em 2015, faz mais sentido 
produzir um excelente blog sobre “como trocar uma lâmpada” (que 
é o que as pessoas vão digitar no Google) do que produzir banners 
“linda lâmpada espiral R$ 10,60” [...] (ROCKCONTENT, 2014, p. 10).
Outra estratégia muito usada no marketing digital é o chamado marketing 
de conteúdo, que possui a finalidade de levar informações aos clientes, sendo que 
esse canal de comunicação compartilha conteúdo de qualidade e interesses dos 
consumidores, gerando grande audiência. Segundo Strutzel: 
Ao contrário do que possa parecer, produzir conteúdo não é tarefa 
das mais fáceis. Além do próprio conhecimento em si e da disciplina, 
é imprescindível elaborar um planejamento para esta atividade, com 
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UNIDADE 3 | O PERFIL ATUAL DO MARKETING E O NOVO PERFIL DO MARKETING
objetivos bem claros e definidos. A importância deste tema é tão grande 
que existe até uma área do marketing com foco dedicado, é o marketing 
de conteúdo, que nada mais é que uma estratégia estruturada para 
elaborar e disseminar conteúdo relevante com o objetivo de atrair e 
reter clientes, fortalecendo a presença digital da marca. Em resumo, o 
marketing de conteúdo sustenta-se na premissa de que, ao fornecer algo 
de valor para o público, você está desenvolvendo um relacionamento 
saudável, baseado na confiança (STRUTZEL, 2015, p. 55-56).
A internet tem o poder de proliferar mensagens em grandes escalas quase ou 
tão igual como um vírus se prolifera nos equipamentos eletrônicos ligados à rede, pois 
as mensagens, sejam elas verdadeiras, proporcionam relacionamentos comerciais, 
sociais, sendo equiparado e considerado ao tradicional marketing boca a boca no 
mundo real. As redes sociais têm um incrível poder de comunicação, espalhando 
mensagens em questão de segundos, disseminando como um efeito viral. 
Para Torres (2009, p. 76-77), “na internet, esse efeito de espalhar uma 
mensagem por meio do boca a boca, com o envio de uma mensagem de uma 
pessoa a outra, cria uma corrente que espalha a comunicação por milhares ou 
milhões de pessoas sem muito esforço”.
NOTA
Quando são usadas essas estratégias de marketing, ou seja, o Inbound e o 
Content para alcançar os consumidores, deve-se ficar atento e ter cuidados com o conteúdo 
enviado e minimizar o possível excesso de quantidade de e-mails.
3.2 A PUBLICIDADE EM MÍDIAS DIGITAIS
No marketing digital, a publicidade e propaganda 
vão muito além do que apenas banner piscando no desktop, 
notebook ou smartphone, ou seja, existem muitos outros canais de comunicação 
criativos que podem ser usados. O uso da internet se tornou tão constante na busca 
por consumidores pela infinidade de possibilidades que podem ser organizadas 
por regiões, culturas, línguas, entre outras ferramentas que identificam o usuário 
(TORRES, 2009).
Logo no início da internet, o profissional de marketing restringiu-se apenas 
aos banners, a criatividade estava aquém do que era possível realizar, e com uma 
quantidade exagerada de banners, muitas vezes o conteúdo tornava-se difícil à leitura, 
e consequentemente os usuários deixavam de acessar aquele site pela poluição visual. 
Em seguida surgiu o “pop-up”, ou seja, são aquelas telas que no momento 
em que se acessa aos sites, abrem-se várias janelas com avisos ou propaganda 
ou publicidades, isso se tornou tão chato que muitos navegadores criaram 
ferramentas “antipop-ups” para bloqueá-los, com isso o mercado foi obrigado a 
TÓPICO 2 | MARKETING DIGITAL
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retirar os excessos e disciplinar o seu uso (TORRES, 2009).
Nos dias atuais, muitos sites ainda utilizam esse modelo de “pop-up”, no 
entanto de uma forma mais disciplinada, mas que trazem um retorno considerável 
de visualizações, sendo menor a probabilidade de o usuário não retornar para o site. 
O banner ainda é muito usado, mas com ferramentas muito melhores do que 
no passado e, consequentemente, diminuindo as aberrações que só visualizamos 
em sites muito ruins, aqueles que são feitos com ferramentas diretas do navegador 
e que não possuem qualidade. Mesmo que sejam ferramentas para utilização e 
criação de sites e estejam com seus dias contados, pois já existem outras ferramentas 
muito melhores, o Java Script e o Flash Players ainda auxiliam na criatividade do 
profissional de marketing na criação de propagandas e publicidades nos mais 
variados modelos de sites. A tecnologia já está além do desktop e notebook, tendo 
evoluído hoje para os tabletes e smartphones, e seu alcance é muito maior que no 
passado, portanto novas tecnologias foram necessárias para atender a essas pessoas 
que estão cada vez mais conectadas, pois cada vez mais a informação tem rápida 
proliferação, seja uma informação verdadeira ou falsa (TORRES, 2009).
UNI
Na década de 90 a internet era exclusiva para poucas pessoas, empresas e 
instituições de Ensino Superior, e as informações, apesar de estarem mais acessíveis aos 
usuários, ainda eram restritas. Nos dias atuais, a partir de novas tecnologias, como os tabletes 
e o mais importante, o smartphone, fizeram com que as informações sejam trocadas quase 
que instantaneamente, não importando se são verdadeiras ou falsas. 
Com o aumento das bandas largas e velocidade da internet, outros canais de 
comunicação, como o Youtube, tornaram muito eficaz o modo de fazer propaganda 
e publicidade, pois as pessoas, com o tempo, foram perdendo o tempo para assistir 
a mídia na televisão, sendo assim, muitas vezes no horário do almoço, do jantar, ou 
até mesmo aquele café da tarde, aquela rápida olhada nas mais diversas tecnologias 
ligadas à internet, podiam assistir aos vídeos, no entanto não se restringe apenas a 
essa ferramenta. Torres (2009) apresenta outras mídias que auxiliam na publicidade 
e propaganda para alcançarem o usuário final:
• Portais: Geralmente ocorrem com milhões de visitantes acessando conforme o 
que estão pesquisando, o UOL, Terra, Globo são chamados de portais e, como 
podemos perceber, são usados e controlados por grandes corporações que 
usam proliferação da comunicação.
• Sites especializados: esses tipos de site são usados por empresas ou instituições 
com um fim específico, ou seja, publicidade, gastronomia, oceanografia, mecânica, 
sustentabilidade, educação, entre outros, e geralmente utilizam banners.
• Blogs profissionais: são pessoas chamadas de blogueiros que administram esses 
blogs que geralmente possuem um tema específico, como política, culinária, 
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UNIDADE 3 | O PERFIL ATUAL DO MARKETING E O NOVO PERFIL DO MARKETING
tecnologia, ou seja, apresentam suas ideias e respondem às dúvidas dos visitantes.
• Mídias sociais: voltadas para um determinado fim e coletivas, são muitos 
usadas para apresentação de vídeos e imagens virais, como o Youtube e Flickr.
• Redes sociais: controladas por uma empresa, são muito usadas para criar amizades, 
apresentação de produtos, visualização de vídeos, trocas de informações. Banners, 
aplicativos e widgets são muitos usados para a propagação de publicidade e 
propaganda. Os mais acessados no Brasil são o Facebook e Linkedin, no passado 
era muito usado o Orkut, que nos dias atuais foi desativado.
• Aplicações de comunicação: os mais comuns modelos de comunicação usados no 
Brasil são o WhatsApp, Skype e o Telegram, no passado o MSN da Microsoft era 
um dos mais utilizados como meio de comunicação, mas, como a culturamuda, 
muitos desses apps em algum momento podem chegar ao fim do seu ciclo como um 
produto ou serviço qualquer. Nesse tipo de aplicativo são muito usados os banners 
que aparecem nas laterais, ou superior e inferior, uma propaganda ou publicidade.
• Portais de Jogos: similares às redes sociais, esse tipo de site tem a especialidade 
com jogos on-line, que são atraídos geralmente pelo público jovem.
• Celulares e Smartphones: em qualquer campanha publicitária, o profissional 
de marketing não pode, em hipótese alguma, deixar de lado esse tipo de 
ferramenta para comunicação. Após a invasão da internet nesses aparelhos, as 
pessoas estão cada vez mais conectadas e o seu maior uso para as mídias são os 
vídeos, banners, widgets virais e aplicativos.
NOTA
Widgets são, em geral, botões, ícones, menus, barras de rolagem e outras 
funcionalidades com atalhos que fazem parte da interface gráfica e que permitem adicionar 
ao sistema operacional uma tarefa específica, e os mais comuns são os widgets de previsão 
do tempo, relógio, atualização de redes sociais, e-mails etc. 
FONTE: Disponível em: <https://canaltech.com.br/o-que-e/o-que-e/O-que-e-widget/ 
acesso em 13 jun. 2017>. Acesso em: 21 nov. 2017.
O profissional de marketing poderá usar da sua criatividade com os mais 
variados tipos de tecnologia para criar uma publicidade ou propaganda que atinja 
o usuário final, e com a possibilidade da especificidade, ou seja, qual o segmento, 
população, idade, sexo, entre outras divisões que poderá focalizar o produto ou 
serviço on-line que deseja ser apresentado, e minimizando o incômodo com quem 
não tem interesse naquele assunto.
Por mais que apareçam banners, pop-ups, entre outros modelos de 
propaganda e publicidade, atualmente está muito mais controlado que no 
passado, isso deixava os usuários insatisfeitos, fazendo muitas vezes desistirem 
de adquirir o produto ou serviço daquela marca, pois consideravam um incômodo 
e em protesto deixavam de acessar o site ou o portal.
TÓPICO 2 | MARKETING DIGITAL
195
É importante para o profissional de marketing estar ciente do que está 
no mercado, para isso é preciso ter o conhecimento dos mais variados canais 
de comunicação que a internet possa apresentar na forma de apps, mídias e 
redes sociais e assim criar estratégias para apresentação de uma propaganda ou 
publicidade que atinja o usuário final de acordo com o que ele está procurando.
As mídias sociais possuem um grande poder de geração de opinião, 
pode-se perceber quantos novos blogueiros estão no Youtube apresentando 
suas opiniões e, consequentemente, com um grande número de seguidores. As 
empresas observaram esse hábito entre os consumidores e passam a contratar 
esses blogueiros para fazer propaganda dos seus produtos. Outras mídias, 
como o Facebook e o Twitter, no momento são os mais acessados, tanto pelos 
consumidores, como muitos são seguidos como no caso de esportistas, cantores, 
atores e organizações que sempre possuem sua legião de fãs.
Na internet da atualidade esses modelos utilizados são uma porta de 
entrada para vender produtos ou serviços para o consumidor virtual, pois se está 
recebendo muitas informações sobre o assunto que está sendo pesquisado, os 
compradores (usuários) procuram saber mais sobre o produto com pessoas que 
acreditam ser éticas na apresentação de suas opiniões.
Torres (2009) apresenta um exemplo muito comum que ocorre com 
o crescimento da internet e das redes sociais: um determinado profissional de 
marketing recebe do diretor geral a informação de que desejam aumentar as 
vendas e para isso é necessário realizar um marketing de vendas que esteja ao 
alcance do sucesso, mas em um canal de mídia ou em uma rede social, um cliente 
que teve uma experiência ruim escreve em um blog os problemas apresentados 
naquela ocasião. Vamos levar em consideração que seja verdadeiro o ocorrido, 
essas mensagens negativas podem enfraquecer a imagem da organização e assim 
dificultar as vendas, ou a tendência de aumentar essas vendas.
Já foram apresentados anteriormente muitos exemplos de problemas de 
imagens das empresas que no momento estão com muitas dificuldades de fazer o 
consumidor voltar a ter credibilidade na marca.
NOTA
Muitas mídias sociais e pessoas querem difamar uma empresa ou pessoa e a internet 
é o meio mais fácil de fazer isso, pois muitas vezes é difícil a identificação de quem fez a ação.
Uma marca não se constrói sozinha em apenas uma única mídia, pois 
o consumidor que acessa o Facebook não acessa o Twitter, e muitas vezes não 
acessa nenhum dos dois. A empresa deverá estar preparada para que tenha uma 
196
UNIDADE 3 | O PERFIL ATUAL DO MARKETING E O NOVO PERFIL DO MARKETING
NOTA
As organizações devem utilizar as mídias sociais para identificar os clientes, 
apresentar seus produtos e serviços e também obter dados do que está sendo comentado da 
marca, nos dias atuais é indiscutível a empresa estar ligada nesse tipo de ambiente.
3.3 MARKETING DE BUSCA
Essa modalidade, muito utilizada por sites de busca como o 
Google, Yahoo, Bing e MSN, tem a função de melhorar a procura dos 
itens que os usuários, ou seja, os consumidores, estão desejando.
Segundo Gabriel (2010), existem dois tipos de resultados apresentados 
pelos sites de procura, ou seja, existe o resultado de procura natural (orgânica) e 
o de resultados de busca paga (links dos patrocinadores).
equipe de pessoas que ficam pesquisando o que estão falando da empresa, sejam 
postagens boas ou ruins, é obrigação da empresa ter esses dados (TORRES, 2009).
É importante que a empresa permita que seus clientes tenham experiências 
positivas com sua marca e produto, e evitar ao máximo que passem mensagens negativas 
e, portanto, o profissional de marketing deverá estar à frente para que isso não ocorra.
Não existem ferramentas que possam bloquear uma má opinião na internet, 
por ser tratar de um mundo sem leis ainda, ou pelo menos os não detectáveis, 
qualquer um poderá difamar uma marca ou produto, e consequentemente, 
manchar a imagem da organização. 
Retirar uma má impressão de um produto é muito difícil, um exemplo de 
um produto que ainda patina em vendas é a montadora de veículos da Peugeot, 
por mais que seus produtos não sejam iguais aos da década de 1990, a reputação 
ainda persiste nos dias atuais, visto que a manutenção desses veículos é muito 
elevada. Outro exemplo são os veículos chineses, posto que as pessoas têm a 
impressão de que são feitos de materiais baratos, e o motivo é único: a China 
sempre fez produtos do tipo “bugigangas” sem qualidade. No caso da Peugeot, os 
veículos foram importados sem nova calibragem da suspensão para as estradas 
brasileiras, ocorreram muitas quebras, e por serem importadas as peças de 
reposição, os preços eram muito elevados. 
Quando ocorre esse tipo de situação, as organizações gastam fortunas 
para melhorar a imagem da empresa, muitas vezes dá certo, outras nem 
tanto, é difícil fazer com que o consumidor mude seus conceitos, culturas e, 
principalmente, uma má percepção.
TÓPICO 2 | MARKETING DIGITAL
197
NOTA
Para aumentar o conhecimento sobre o modelo de Marketing de busca, faça 
uma leitura do livro de Martha Gabriel - Marketing de Busca – Conceitos e Estratégias.
Esse tipo de marketing está cada vez aumentado a sua utilização, pois, 
através de dados das empresas que gerenciam o sistema de procura, pode 
auxiliar as empresas a aumentar o seu potencial de vendas através de pesquisas, 
identificando o que o consumidor deseja. Um exemplo muito comum é quando 
procuramos por algo na internet e aos poucos aparecem mensagens e links sobre o 
que estávamos procurando, no entanto, em um momento isso se torna cansativo 
e muitas vezes desagrada o consumidor.
3.4 MARKETING VIRAL
Um dos grandes efeitos do marketing viral é a propagação 
de uma informação, e a internet é uma das formas mais rápidas que 
existe para a proliferação, que é quase igual ou pior que um vírus, seja ele bom ou 
ruim, seja uma mensagem verdadeira oufalsa (fake).
Pode-se dizer que o marketing viral é o famoso “boca a boca”, ou seja, as 
informações são passadas entre as pessoas sejam elas boas ou ruins, podendo ser por 
grupos de relacionamentos ou em uma conversa no bar da esquina. Independentemente 
de como ocorre, esse modelo de marketing é um dos que mais ficam marcados na 
cabeça do consumidor (TORRES, 2009; FERREIRA JÚNIOR, 2012). 
O marketing viral usa a internet de um modo que cada vez mais a 
apresentação da empresa seja feita, certamente reforçando suas qualidades, 
produtos e serviços, essa mídia se espalha por milhões de pessoas e tem a 
capacidade de criar uma corrente sem muito esforço (TORRES, 2009).
O modelo orgânico disponibiliza os resultados de busca natural levando 
em consideração a relevância do site pesquisado por uma palavra-chave. Já no 
modelo de pesquisa por links patrocinados, geralmente pagos, a relevância da 
palavra-chave é oferecida por um anunciante, ou seja, ele tem a preferência na 
ordem da pesquisa realizada pelo consumidor (GABRIEL, 2010).
Gabriel (2010, p. 348) ainda afirma que “mecanismo de busca ou buscador 
é usado para designar um sistema de recuperação de informações que tem 
a finalidade específica de auxiliar na busca de informações armazenadas em 
ambientes computacionais”. 
198
UNIDADE 3 | O PERFIL ATUAL DO MARKETING E O NOVO PERFIL DO MARKETING
É importante para o marketing viral seguir algumas regras, mesmo que 
tenha algumas exceções, é o requisito básico para que se possa abranger o maior 
número de usuários on-line. Uma má apresentação poderá prejudicar a imagem 
da organização, portanto, é imprescindível criar uma propaganda ou publicidade 
correta, pois, como é sabido, o marketing viral se propaga como um vírus pela 
internet. Torres (2009) apresenta algumas características básicas que devem ser 
consideradas quando se utiliza a internet para o marketing viral como estratégia, 
e a comunicação deverá conter o seguinte:
 distribuir produtos e serviços gratuitamente; é importante para a empresa 
apresentar seus produtos ou serviços, e, muitas vezes, é necessário fazer as 
pessoas provar, principalmente, se for do gênero alimentício. É necessário fazer o 
consumidor provar o que está sendo oferecido, desde um produto ou um serviço;
 oferecer um meio do envio sem esforços para os outros; a partir do momento que a 
empresa oferece algo gratuito, ela deverá ter uma estratégia para que esse produto 
chegue até o consumidor, ou seja, uma distribuição eficaz. O que importa nesse 
momento é saber como o cliente recebeu o produto, assim é que passará adiante 
para outras pessoas do seu grupo social, de uma forma fácil e sem esforço;
 ter acessibilidade do pequeno ao grande cliente; pode-se dizer que nesse caso é 
crescer do pequeno ao grande sem muito investimento ou grande empenho. É 
importante a organização, nesse caso, estar ciente do alcance dos seus produtos, é 
muito mais interessante fazer uma distribuição para algumas centenas de pessoas 
do que milhares de pessoas, o fato é que os custos dessa distribuição gratuita 
talvez não sejam o ideal e, portanto, poderá criar um problema financeiro. Nesse 
caso é interessante para o profissional de marketing atingir uma escala pequena de 
pessoas, mas atingir grandes proporções como marketing viral;
 identificar o comportamento e a motivação em comum; é necessário que 
a organização identifique o comportamento do seu público-alvo e crie uma 
motivação para que as pessoas passem adiante a mensagem;
 usufruir dos mecanismos já existentes na internet; o uso das redes sociais e os 
meios de comunicações devem ter o foco principal da estratégia. O produto 
precisa ser adequado para cada ferramenta que vai usar, ou seja, para o e-mail 
um tipo de mensagem, redes sociais como Facebook, Twitter, YouTube, blogs, 
entre outros modelos e assim sucessivamente. A estratégia é você criar produtos 
e serviços que possam ser oferecidos na rede; 
 aproveitar os recursos de terceiros; é importante para a organização minimizar 
os custos o máximo possível, portanto, é fundamental usar o que já existe 
no mercado, pois quando se trata de algo gratuito, é importante conter os 
custos. Dessa forma, a internet auxilia muito as empresas com o baixo custo, 
e a proliferação é muito grande. Abuse de todos os modelos de comunicação 
gratuitos da internet para promover seu produto ou serviço.
Como se pode perceber, a internet é uma ferramenta muito importante 
para a organização que deseja usar do marketing viral, ela é gratuita, se propaga 
de forma rápida como um vírus, mas deve-se ter o cuidado para que a propagação 
seja para a construção da imagem da organização e não o contrário.
TÓPICO 2 | MARKETING DIGITAL
199
LEITURA COMPLEMENTAR
COMO FAZER MARKETING DE CONTEÚDO PARA LANÇAR 
UM APLICATIVO
O mercado para os aplicativos mobile está aquecido no Brasil. Hoje mais de 73 
milhões de brasileiros usam diariamente seus smartphones, e segundo o G1, 86% do 
tempo que os brasileiros passam no smartphones é usando algum tipo de aplicativo.
Diante de um cenário tão promissor como este é compreensível que 
muitos empreendedores pensem em lançar aplicativo para gerar bons lucros ou 
aumentar a visibilidade de sua empresa.
E o marketing de conteúdo pode ser um excelente aliado para lançar 
um aplicativo com sucesso, pois é capaz de gerar tráfego para a página de seu 
aplicativo e atrair a atenção do público para baixarem sua solução.
Para ajudá-lo nesta tarefa, iremos ensiná-lo neste post como usar o 
marketing de conteúdo para lançar aplicativo com sucesso.
Comece sua campanha de marketing antes de efetivamente lançar 
aplicativo. Você não precisa esperar seu aplicativo estar pronto para iniciar sua 
estratégia de marketing de conteúdo e, com isso, gerar oportunidades de negócio 
para sua empresa. Pense que o seu trabalho promocional começa no momento 
em que você inicia o desenvolvimento de seu aplicativo. Isso irá garantir que 
você construa a imagem de sua marca e se posicione como um especialista do 
mercado, antes mesmo de comercializar sua solução. E para esta estratégia 
alcançar os resultados esperados o ideal é que você comece pelo básico.
Comece o trabalho de criação de seu blog corporativo. Ele será sua 
principal ferramenta em sua estratégia de marketing de conteúdo. Depois disso, 
é hora de desenvolver sua Buyer Persona e compreender quais são os problemas 
que ela enfrenta no seu dia a dia, assim como os objetivos que ela quer alcançar. 
Com estas informações você poderá iniciar a produção de conteúdo de topo de 
funil, focada apenas na atração de público para sua página.
Este tráfego será muito importante para a geração de leads, que são as 
oportunidades de negócio a serem exploradas após o lançamento do aplicativo. 
Além de posts tirando as dúvidas de sua persona, é interessante que você 
publique informações sobre o trabalho de desenvolvimento de seu aplicativo, 
compartilhando experiências e as funcionalidades que você está desenvolvendo. 
Com isso você irá atiçar a curiosidade do mercado sobre o produto que você 
irá lançar, gerando certa ansiedade em público, que será satisfeita quando você 
lançar o aplicativo.
200
UNIDADE 3 | O PERFIL ATUAL DO MARKETING E O NOVO PERFIL DO MARKETING
Promoção através de e-mail marketing
E para a sua estratégia de marketing de conteúdo para lançar aplicativo 
conquistar resultados positivos ao lançar aplicativo de sua empresa, é essencial 
que você invista no e-mail marketing para promover o conteúdo criado por você.
Montar uma lista de e-mail
O primeiro passo para montar sua estratégia de e-mail marketing é montar 
sua lista de e-mails. Uma boa prática para gerar uma lista de e-mails é convidando 
os visitantes de sua página a assinar sua newsletter. Pode parecer besteira, mas só 
de oferecer esta opção para os visitantes de seu site você pode conquistar vários 
contatos para divulgar seu aplicativo. Outra alternativa é a oferta de materiais 
ricos, como e-books e webinars sobre o temade seu aplicativo. Estas são excelentes 
ferramentas para ajudá-lo na montagem de sua lista de e-mails.
Criar um fluxo de nutrição
Depois de montar sua lista de e-mail é hora de criar o fluxo de nutrição de 
suas leads, de forma a prepará-las a baixar seu aplicativo quando ele for lançado. 
E o processo de envio de suas mensagens é bem simples: comece divulgando os 
conteúdos de topo de funil que você produziu, demonstrando para seus assinantes 
que você está preocupado em tirar suas dúvidas e dar dicas sobre como otimizar 
seu dia. Em cada e-mail enviado é essencial que você convide seus assinantes a 
acessarem um outro tipo de conteúdo para tirarem mais de suas dúvidas, seja 
novos artigos de seu blog ou mesmo outros e-books. E após um período do envio 
de mensagens com dicas gerais, é hora de você começar a enviar conteúdo de 
meio de funil. Neste momento você começa a demonstrar os benefícios que um 
aplicativo como o que você está desenvolvendo pode oferecer para seus usuários.
Esta ação ajuda a desenvolver o interesse do público em seu aplicativo, 
pensando em todos os benefícios que ele teria ao baixá-lo.
À medida que sua lead continuar demonstrando interesse e buscando 
mais informações sobre as vantagens que um aplicativo como o seu ofereceriam a 
ela, é hora de começar a produzir o conteúdo de fundo de funil, em que você irá 
abordar diretamente as características e funcionalidades de seu aplicativo.
E ao contrário do que você pode pensar, não é preciso esperar as vésperas 
do lançamento para começar a produção de conteúdo de fundo de funil. Você 
pode fazer isso tão logo seu público demonstre interesse por seu aplicativo. 
Como conteúdo de fundo de funil você pode produzir um diário de criação de 
seu aplicativo, compartilhando um pouco de suas experiências.
Você poderá também escolher alguns usuários a testarem versões beta 
de seu aplicativo, o que pode ajudar ainda mais a promover seu aplicativo antes 
TÓPICO 2 | MARKETING DIGITAL
201
mesmo do lançamento. Você poderá, também, promover conteúdo mostrando 
o uso prático de seu aplicativo antes de seu lançamento, fator extremamente 
importante para convencer o cliente no fundo de funil. 
Com uma campanha de e-mail marketing como esta, você reforça sua marca 
e mantém o público na expectativa do lançamento de seu aplicativo. Assim, quando 
você finalmente lançar o aplicativo, já terá um grande número de pessoas esperando 
por conhecer sua solução, pois você já gerou a expectativa destas pessoas.
A estratégia de conteúdo após lançar aplicativo
Depois que você preparou o terreno para o lançamento de seu aplicativo 
e interagiu com seu público através do conteúdo criado por você, chega o tão 
esperado lançamento. Isso pode e deve gerar uma sensação de dever cumprido, 
principalmente se houve um grande trabalho no desenvolvimento do aplicativo. 
Porém você precisa estar ciente de que sua estratégia de promoção não para por aí. 
Você pode e deve continuar investindo no marketing de conteúdo para 
gerar mais clientes para sua empresa. A começar pela produção e divulgação de 
releases sobre o aplicativo que você acabou de lançar. Por mais que este não seja 
um conteúdo consumido diretamente pelo público de seu aplicativo, este é o tipo 
de conteúdo ideal para aumentar ainda mais o alcance e o conhecimento de seu 
aplicativo.
Divulgue o lançamento de seu aplicativo para influenciadores do mercado 
como a mídia especializada, jornalistas, portais e blogs do segmento, todo o 
histórico de criação do aplicativo que você registrou em seu blog, e incentive o 
compartilhamento entre o público destes canais.
Além de promover o lançamento de seu aplicativo, isso ajuda você a 
conquistar outros links para o seu blog, o que é essencial para uma estratégia de 
link building e SEO que gera resultados.
Promova as atualizações de seu aplicativo
As atualizações de seu aplicativo também podem ser exploradas para 
torná-lo ainda mais conhecido. Isso porque os usuários de seu aplicativo precisam 
continuar empolgados com sua solução, e o lançamento de cada atualização 
é apenas mais um motivo para eles continuarem usando sua solução. E assim 
como na estratégia para lançar aplicativo, descreva as funcionalidades que foram 
adicionadas nesta nova versão e aproveite para divulgar o processo de criação 
das novas funcionalidades, além de explicar o que motivou estas modificações.
Incentive os visitantes de sua página e os assinantes de sua newsletter 
a continuar consumindo os conteúdos divulgados por você, em troca das 
informações de primeira mão sobre o seu aplicativo.
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UNIDADE 3 | O PERFIL ATUAL DO MARKETING E O NOVO PERFIL DO MARKETING
Promova as primeiras impressões de seu aplicativo
As análises, reviews e as impressões de seu aplicativo também podem ser 
exploradas em sua estratégia de conteúdo após lançar o aplicativo. E a divulgação 
destas análises de terceiros sobre seu aplicativo podem ir além do envio dos links 
através de e-mail, mas também, na criação de um compilado de todas as menções 
a seu aplicativo.
E mesmo que você receba alguns feedbacks negativos, vale a pena citar estas 
análises, demonstrando que sua empresa é aberta a críticas e que se preocupa 
em oferecer a melhor experiência possível para os usuários de seu aplicativo. 
Você pode até mesmo promover as atualizações do aplicativo para atender as 
críticas, estratégia que pode ajudá-lo a atrair ainda mais atenção a você ao lançar 
o aplicativo.
Avalie os resultados de sua estratégia
E assim como em qualquer estratégia de marketing digital, é indispensável 
que você acompanhe de perto os resultados alcançados por sua estratégia. Key 
Performance Indicators (KPI) como o número de visitas em seu blog, o número de 
leads gerados por sua estratégia e a taxa de conversão de suas campanhas de 
e-mail marketing são excelentes dados para medir os resultados do marketing de 
conteúdo para lançar um aplicativo.
Avaliando cada um destes dados você poderá dizer claramente quais 
ações realizadas por você geraram bons resultados e precisam ser exploradas 
novamente, e quais ações promocionais não tiveram a performance esperada. E é 
importante lembrar que a análise destes resultados não deve acontecer apenas no 
fim de sua estratégia de marketing de conteúdo.
Na verdade, o ideal é que este acompanhamento aconteça desde o início 
da estratégia, o que irá permitir ajustes na estratégia antes que seja tarde demais. 
Estes testes serão muito úteis para otimizar suas conversões e ajudar você a ter 
melhores resultados ao lançar aplicativo.
Agora que você já aprendeu como utilizar o marketing de conteúdo para 
lançar aplicativo, conheça as 28 métricas de marketing de conteúdo para avaliar 
o sucesso de sua estratégia.
Desse modo você será mais eficiente e terá resultados ainda melhores 
para o seu aplicativo fazer sucesso!
FONTE: Disponível em: <http://marketingdeconteudo.com/lancar-um-aplicativo/>. Acesso em 
13 jun. 2017.

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