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183 TÓPICO 2 MARKETING DIGITAL UNIDADE 3 1 INTRODUÇÃO Em um mundo cada vez mais conectado, a informação está em qualquer lugar desde que se tenha acesso digital nos mais diversos modos, seja por smartphone, tablete, notebook, desktop, smart tv, que facilitam o acesso a essas informações. O profissional de marketing deverá estar preparado para usar essa velocidade de informações que alcança qualquer canto do planeta, em bem próprio e para as organizações. Em um mundo cada vez mais globalizado, no entanto, não se pode deixar de informar que alguns países ainda não estão totalmente abertos para o mercado, sejam eles por protecionismo ou por embargos econômicos, como é o caso da Coreia do Norte. Levando em consideração o Brasil, ainda é muito protecionista, ou seja, tenta garantir empregos criando barreiras econômicas para produtos mais baratos e, às vezes, ou muitas vezes, com qualidade superior com o que é fabricado aqui. Mas como nosso foco é o marketing digital, neste tópico serão apresentados assuntos que podem auxiliar o profissional de marketing a ter um conhecimento mais atual de como usar ou pelo menos ideias do seu uso como forma de propagar informações. Como é sabido, a internet possui o lado bom das coisas, mas também o lado ruim, pois como é rápida e fácil a propagação da informação, imaginem quando a notícia é maléfica para uma organização, ou pior ainda, ela seja falsa, a imagem da organização poderá ser muito abalada. Lembrando, claro, da ética e que muitas empresas e pessoas, quando desejam se sobressair, não se importam com esses “detalhes”, apenas desejam aparecer mesmo que a informação seja duvidosa. O tópico irá apresentar o marketing digital, como usá-lo para melhorar a imagem das organizações, bem como inserir novos produtos ou serviços para que se alcance o mais rápido possível o consumidor final. É importante salientar que o profissional de marketing deve estar preparado para qualquer situação e tomar o mais rápido possível providências para minimizar os problemas no caso de uma notícia falsa ou que poderá prejudicar a empresa, ou usá-la para alavancar a imagem da organização em caso de uma situação benéfica. 2 O MARKETING DIGITAL Com a chegada da internet na década de 90, os consumidores começaram a ter um novo comportamento de compra, no entanto, nessa época o alcance de 184 UNIDADE 3 | O PERFIL ATUAL DO MARKETING E O NOVO PERFIL DO MARKETING um computador era apenas para as classes A e B, a classe C ainda não possuía condições de compra, pois um equipamento desktop tinha um preço muito alto se comparado aos dias de hoje. No entanto, ano a ano esse valor foi sendo alterado e as condições foram melhorando para a classe C, atualmente até a classe D possui algum tipo de acesso à internet (TORRES, 2009). O profissional de marketing deve estar preparado para identificar as diferenças entre o marketing digital do marketing tradicional, no modo de divulgação da imagem de uma organização, quando se trata da utilização do meio digital, ou seja, a internet. Gabriel (2010, p. 104) apresenta uma forma de conceito normalmente usada para definição do marketing digital como sendo “o marketing que utiliza estratégias em algum componente digital no marketing mix – produto, preço, praça ou promoção”. No entanto, existe um porém, esse conceito não é adequado por dois motivos: a) Privilegia um dos componentes da estratégia, no caso, o digital, em detrimento dos outros, como impressos, eletrônicos etc.; b) Apesar de o digital se fundir cada vez mais no dia a dia, a eletricidade e energia de baterias são os principais fatores detrás não apenas das mídias digitais, mas das eletrônicas também – assim, se temos marketing digital, teríamos o marketing elétrico ou eletrônico. Gabriel (2010), referindo-se ao termo digital, afirma que somente terá sentido ao se falar de marketing digital se todas as tecnologias e plataformas usadas nas ações forem digitais. Na verdade, marketing digital é a soma de todas as tecnologias usadas para apresentar um produto ou serviço por meio eletrônico. Vaz (2008 p. 54), em seus estudos, apresenta que cada vez mais o marketing que conhecemos vem se transformando radicalmente, isso deve-se à grande mudança das tendências, em que as pessoas buscam realizar seus desejos e necessidades apenas através de “clicks”, ou seja, pelo aparecimento das tecnologias digitais, portanto, considerada a era da informação. Essa tendência faz com que surja um novo consumidor, que proporciona novos desafios e perspectivas nas oportunidades dos que sabem lidar com essa nova tecnologia, ou seja, “o marketing destes novos tempos interage com o consumidor de maneira completa e faz dele, em tempo real, seu objeto de estudo e de direcionamento de suas táticas”. O marketing digital nesse novo cenário busca em uma forma interativa a aplicabilidade de técnicas do marketing tradicional, e as empresas que não usarem esse modelo de negócio estão fadadas a perder mercado. Crocco et al. (2006, p. 75) afirmam que o termo marketing digital “está associado ao contato entre organização – mercado/consumidores suportado por meio digital, ou mais propriamente dito, a internet”. O marketing digital permite que as empresas aprimorem o relacionamento com seus clientes, pois a utilização de ferramentas de comunicação digital, como o e-mail marketing, ou então estratégias TÓPICO 2 | MARKETING DIGITAL 185 interativas, como fóruns ou enquetes, proporcionam uma aproximação dos usuários com a empresa e familiarização com os produtos/serviços. É o primeiro passo para a compra (MORAIS, 2007). Sabendo que a internet veio para ficar, iniciaram-se estudos para ver o alcance desse novo modelo que ainda era pouco conhecido e que os consumidores estavam esperando. Não podemos esquecer que a internet, tão logo iniciou nos EUA, não demorou muito para expandir para todos os cantos do planeta, desse modo a informação se tornou rápida e eficaz, seja ela usada para o lado bom ou mau das coisas. O consumidor se adequou ao formato on-line, ou seja, muitos, hoje em dia, nem saem de casa para efetuar compras, trabalham a partir de sua residência, buscam informações, diversão, relacionamentos, entre tantas outras opções que a internet oferece. Cabe o profissional de marketing estudar esse comportamento e assim criar estratégias para satisfazer as necessidades desses consumidores. É bom lembrar que existem vários tipos de consumidores, há ainda aqueles que preferem seguir até a loja de conveniências para adquirir algum produto, seja ele para o seu consumo ou para dar de presente para seu companheiro, namorado, parente ou para quem quer que deseja. Vale lembrar que muita coisa não irá mudar, como exemplo, ir ao cinema, por mais que as pessoas possam ter seu cinema em casa, não é a mesma coisa que ir ao shopping e assistir a um filme, ou mesmo, estar perto de pessoas em uma praça de alimentação, isso vai de pessoa para pessoa, e é isso que o profissional de marketing precisa ter conhecimento, ou seja, lembrando da Unidade 1, é dever buscar entender as necessidades e desejos dos consumidores (TORRES, 2009). Segundo Kotler e Armstrong (2007), o marketing on-line ou digital está sendo usado como uma ferramenta de comunicação cada vez mais eficaz, além de ser rápida, está crescendo constantemente, seja pelos avanços tecnológicos, ou pela mudança do comportamento do consumidor. A maioria dos negócios de todas as empresas do mundo é realizada pela internet, seja por redes sociais, sites, blogs e tantas outras ferramentas digitais que podem ser usadas para trocar informações. Empresas como eBay, Amazon.com, entre outras, estão cada vez maiores, pois encontraram na internet um grande negócio, isto é, vender produtos e entregar na casa do cliente, sendo necessário as empresas físicas que atendiam apenas localmente se adaptarem, lógico que ocorreram algumas quebras, mas quem resolveu investir em tecnologia percebeu que suas vendasaumentaram (KOTLER; ARMSTRONG, 2007). 2.1 A INTERNET E O CONSUMIDOR Com a proliferação da internet, o comportamento do consumidor seguiu um novo modelo de fazer compras, ou seja, a internet mudou o perfil de uma grande parte dos consumidores e, portanto, será difícil mudar, e consequentemente 186 UNIDADE 3 | O PERFIL ATUAL DO MARKETING E O NOVO PERFIL DO MARKETING QUADRO 28 – PERFIL DOS CONSUMIDORES/USUÁRIOS Nome do Perfil Descrição Inner circle – Círculo fechado Estes consumidores estão dentro do próprio círculo, ou seja, aqueles que não gostam de receber mensagens de marcas pelo Twitter ou Facebook. Cautiuos – Cauteloso, cuidadoso. São os usuários muito ativos na internet, mas reagem mal quando usam mal a sua informação pessoal. São consumidores seletivos e para compartilhar algo na internet pensam muito bem sobre o assunto antes de postar. as empresas serão obrigadas a seguir essa tendência. Aliás, já é considerada uma mudança e caso não buscar inovar e seguir o mesmo caminho, são organizações que estarão com os dias contados a perder o mercado. No que se refere ao comportamento do consumidor, segundo Engel, Blackwell e Minardi (2005), é a atividade com que as pessoas se ocupam, seja por diversão ou aquisição de um bem de consumo. Existem algumas divergências em questão do comportamento do consumidor. Shet, Mittal e Niwmann (2001) descrevem que o comportamento do consumidor são atividades físicas e mentais de praticar ações de compra e venda, sejam pessoais ou industriais. O comportamento do consumidor tem suas diferenças quando se trata de uma empresa ou de um consumidor. É necessário para o profissional de marketing saber distinguir a diferença entre eles, pois a estratégia deverá ser diferenciada para cada segmento, portanto é importante saber para qual consumidor a organização irá praticar suas vendas, seja no varejo ou atacadista. Torres (2009) se refere ao consumidor on-line dizendo que é a mesma pessoa de carne e osso, que assiste televisão ou faz a leitura de um jornal ou revista, mas que seu comportamento, assim que acessar à internet, muda de uma forma, em que, por algum motivo, o impedia ou por estar limitado ao seu tempo, espaço e dinheiro. O consumidor está em busca de informações, diversão e estabelecer relacionamentos, bem como realizar compras sem sair de casa, ou muitas vezes faz pesquisa na internet para comparar preços para depois realizar a compra em um estabelecimento físico. Esse comportamento varia de pessoa para pessoa, mas o profissional de marketing deverá estar preparado para saber como gerenciar esse tipo de comportamento. O profissional de marketing deverá estar atento para o novo comportamento das pessoas e conhecer seu perfil, sendo que alguns estão voltados para o consumo, ou seja a compra, e outros ligados à interação. Segundo um estudo realizado pela Exact Target, nos EUA em 2012, foram definidos 12 perfis do consumidor on-line, apresentados no quadro a seguir: TÓPICO 2 | MARKETING DIGITAL 187 Info – seeker – Buscador de informações Consumidores pouco interessados em recolher novas informações sobre produtos, mas sim em ver comentários e opiniões de outros consumidores sobre o produto ou serviço. Eles observam no Twitter um canal para buscar informações. Um conteúdo adequado é uma maneira de deixar esse tipo de consumidor cativado com o produto ou serviço. Enthusiast – Entusiasmado Gostam de ser os primeiros a receber informações sobre as marcas. Estão sempre no Facebook e no Twitter. Exigem que as informações que recebem sobre as marcas sejam de qualidade. Deal seeker – Buscador de ofertas São usuários que procuram ofertas e descontos em redes sociais, e-mails ou no próprio site da marca. Participam ativamente de comentários sobre as marcas, serviços e produtos. Shopper – O comprador Estes são os cibernautas que compram quando estão on-line na internet. Geralmente têm mais de 25 anos e grande poder de compra. Seguem marcas no Twitter e Facebook, e são mais propensos a comprar as marcas que seguem. Info Seeker 2 – Novo buscador de informações Utilizam a internet para obterem informação sobre notícias. Leem e publicam artigos sobre produtos (são poucos os que fazem isso). Gamer – Jogador Possuem poucos interesses em seguir marcas, gostam mesmo de jogar on-line e por isso a presença que têm nas redes sociais é apenas para o jogo on-line. Social butterfly – Sociáveis Estes são os usuários que gostam de utilizar as redes sociais para conversar e compartilhar conteúdos com os seus amigos. Têm blogs e gostam de receber e-mails. Business first – A profissão em primeiro Estes são os cibernautas para quem o trabalho e os negócios estão em primeiro lugar. Buscam oportunidades de trabalho, entram em contato com profissionais, usam o Linkedin. São muito ativos na internet, mas não estão interessados em seguir marcas. Megaphone – Megafone Estes cibernautas adoram compartilhar qualquer tipo de informação com outros usuários. Levam muito a sério as interações sociais, venerando o Facebook e o Twitter. Open book – Livro aberto São usuários que postam na internet as suas opiniões pessoais. Gostam de dar a conhecer as suas experiências sobre alguma coisa que leram, principalmente livros ou artigos. Defendem as marcas com as quais partilham simpatia de forma on-line. FONTE: Disponível em: <http://www.plantaoonline.com/wordpress/?p=2797>. Acesso em: 21 jun. 2017. 188 UNIDADE 3 | O PERFIL ATUAL DO MARKETING E O NOVO PERFIL DO MARKETING Como a necessidade de identificar essas tendências, eis que surge um novo consumidor, denominado smarter (o espertalhão, inteligente ou moderno). Geralmente esse novo consumidor identifica-se com a tecnologia que está ao seu alcance, compartilhando suas opiniões com as experiências vividas conforme a realização de compras on-line (MACHADO, 2012). Sempre voltado às melhores tecnologias, utilizando sempre a internet, seja por tecnologias móveis, lojas e/ou TVs digitais na busca para comprar produtos ou serviços. O consumidor smarter caracteriza-se em efetuar as compras on-line através de clicks que sejam fáceis e rápidas na conclusão do pedido, sendo o mais conveniente possível. Quando resolvem adquirir algum produto já sabem o que querem, qual a marca e não fazem compras por impulso, pois possuem mais informações para tomar a decisão mais ponderada, sempre buscando qualidade no que irão comprar. São usuários que gostam de experiências de compras personalizadas e sentir o controle quando realizam a compra (MACHADO, 2012). A necessidade de a empresa informar via e-mail o pedido de compra do produto realizado, como foi enviado, qual o meio de transporte e o tempo para a entrega, deixa esse consumidor mais tranquilo e reforçará maior confiança na organização. É importante que a empresa envie uma mensagem ao consumidor para informar referente às vantagens do produto adquirido e, quando aplicável, principalmente ao termo de garantia, prazo de troca na necessidade, eventualmente, de uma devolução, procedimentos para os serviços técnicos autorizados, e qualquer informação que possa evitar algum eventual arrependimento de pós-compra (MACHADO, 2012). É importante que o profissional de marketing esteja ciente de como abordar o perfil de cada usuário, para evitar possíveis retaliações em virtude de que alguns usuários possam se sentir incomodados com mensagens de spam em suas caixas de e-mail, sendo um desagrado para a organização que deseja apresentar os produtos. 2.2 E-COMMERCE O e-commerce foi um dos primeiros canais de comunicação que a internet usou para alcançar o cliente que já estava familiarizado com o mundo digital, e o sucesso foi tanto que várias outras empresas começaram a seguir esse caminho para vender seus produtos ou serviços. O e-commerce ou comércio eletrônico tem como conceito o processo de compra, venda e troca de produtos, serviços e informações por redes de computadores, geralmenteefetuados através da internet (TURBAN; KING, 2003). TÓPICO 2 | MARKETING DIGITAL 189 Comércio eletrônico (e-commerce) é a realização de comunicações e transações de negócios através de redes de computadores, mais especificamente a compra e venda de produtos e serviços, e a transferência de fundos por meio de comunicações digitais (REEDY; SCHULLO; ZIMMERMAN, 2001, p. 26). O comércio eletrônico, ou seja, o e-commerce permitiu que as empresas que, muitas vezes não tinham alcance para determinado ponto de um país, tivessem a oportunidade de vender naquele local. Imagina uma empresa nos EUA que possui sua fábrica em Nova York e um consumidor em Los Angeles deseja comprar um produto. No passado apesar de não ser impossível, era um procedimento muito demorado. Com o uso de catálogos o consumidor poderia fazer a compra por telefone, ou enviar a correspondência com o pedido, e depois de 45 dias recebia o produto. Imagine para quem deseja comprar um presente para uma pessoa, o tempo da demora ou quanto tempo irá demorar para receber. Kalakota e Robinson (2002, p. 50-51) afirmam que: A internet é um canal de vendas e de distribuição e está facilitando o comércio eletrônico, a capacidade de fazer negócios na web [...] a tecnologia está deslocando poder para os compradores. O comércio eletrônico está mudando os canais pelos quais os consumidores e as empresas têm tradicionalmente comprado e vendido bens e serviços [...] o canal eletrônico proporciona aos vendedores acesso a uma audiência global, a capacidade de operar com uma infraestrutura mínima, a redução de despesas e maiores economias de escala; aos consumidores, uma seleção maior, conveniência e preço competitivo. Consequentemente um número crescente de consumidores está adotando a web, adquirindo produtos, negociando segurança, pagando contas e comprando passagens aéreas [...] o e-commerce está na sua infância. Com a internet outras empresas começaram a crescer, ou seja, como iria ser levado esse produto comprado pela internet até o outro lado do país? A empresa FedEx resolveu esse problema, com o crescimento de pedidos on-line foi necessário criar uma estrutura de entregas, com isso se pode perceber que não apenas as empresas que vendem o produto conseguiram crescer, mas toda rede de transporte, distribuição e até a entrega na residência do consumidor. Comparando com o Brasil, apesar do monopólio dos Correios, o serviço tem uma qualidade satisfatória, dependendo da localidade em que você está, o tempo da entrega geralmente está entre 15 a 20 dias, no entanto, um exemplo: havia comprado um produto em Blumenau – SC para ser entregue em Jaraguá do Sul – SC uma distância de 45 km de uma cidade para outra, o produto demorou cerca de 10 dias para ser entregue, ou seja, onde estava o problema? A situação é que os produtos vão até um centro de distribuição em Palhoça – SC e depois retornam para a cidade em que o pedido foi feito, portanto, é necessário rever o modelo de distribuição da empresa. O comércio eletrônico, ou seja, o e-commerce possui algumas possibilidades e incontáveis oportunidades para o profissional de marketing e assim conquistar seus consumidores. Pode-se observar no quadro a seguir, apresentados por Boone (2011), os benefícios que podem ser usados para o comércio eletrônico. 190 UNIDADE 3 | O PERFIL ATUAL DO MARKETING E O NOVO PERFIL DO MARKETING QUADRO 29 – POSSIBILIDADES DO COMÉRCIO ELETRÔNICO Possibilidades Descrição Exemplo Alcance global Alcançar qualquer pessoa que tenha acesso a um notebook, PC, smartphone em qualquer canto do planeta. eBay – Site de leilão que liga todos os compradores e vendedores do planeta. No Brasil temos como exemplo o Mercado Livre. Marketing one- to-one Produtos específicos e/ou personalizados para satisfazer os clientes. Land’s End, empresa americana que oferece aos consumidores, camisetas, calças e jeans conforme o gosto do cliente. No Brasil não temos uma empresa com um nome forte que faz esse atendimento, mas existem diversos microempreendedores que atendem a esse segmento. Marketing interativo Comunicações comprador- vendedor por meio de canais como a internet ou quiosques interativos. Best Buy, loja de informática que oferece para o cliente a personalização de um equipamento de informática. Aqui no Brasil temos a Dell e a Positivo que oferecem esse tipo de vendas personalizadas. Right-time marketing A habilidade de fornecer um produto na mesma hora em que o consumidor necessita. No Brasil, a maioria das empresas que oferecem produtos on-line possui esse serviço, em que é permitido o cliente rastrear o produto que adquiriu. Marketing integrado Coordenação de todas as atividades promocionais para produzir uma mensagem promocional unificada e orientada ao consumidor. Nesse modelo, as empresas usam um slogan para atrair os consumidores, como o exemplo da Redbull: “Redbull te dá asas”. FONTE: Adaptado de Bonne (2011) 1 Alcance global: esse modelo elimina qualquer obstáculo geográfico que protege os negócios locais. O exemplo mais comum nos EUA é o eBay, que é maior vendedor de carros usados daquele país, e que gira em torno de U$ 7 bilhões ao ano. 2 Marketing one-to-one: produtos personalizados para os consumidores, esse modelo minimiza os estoques na organização e o cliente recebe aquilo que deseja, é o caso da Dell. 3 Marketing interativo: compradores e vendedores fazem o negócio on-line, praticamente da mesma forma em um "mercado de pulgas local" ou em uma revendedora de veículos. Com isso o resultado é satisfatório para ambos os lados, com preços justos. Lembrando que a garantia é sempre do vendedor, e que isso é levado ao “pé da letra” em países como EUA. 4 Rigth-time marketing: os produtos e serviços são oferecidos onde e quando os consumidores quiserem. 5 Marketing integrado: a internet oferece a oportunidade de uma coordenação de todos os canais de comunicações, para as atividades de promoção geralmente orientada para o cliente. Como é observado nos benefícios anteriores, é evidente o crescimento e desempenho nas operações tradicionais. Em um estudo realizado nos EUA pela Jupiter Media Metrix, a maioria dos clientes possui um modelo para realizar a compra, ou seja, mesmo que ele faça a compra em uma loja física, ele irá fazer uma pesquisa on-line para comparar os preços (BONNE, 2011). TÓPICO 2 | MARKETING DIGITAL 191 3 ESTRATÉGIAS NO MARKETING DIGITAL Quanto às estratégias de Marketing digital, é importante para o profissional de marketing buscar criatividade de quais procedimentos o levarão a alcançar o sucesso para uma propaganda ou publicidade que chame atenção das pessoas, a seguir são apresentadas algumas estratégias dos canais de comunicação. 3.1 ESTRATÉGIAS DE MARKETING DE INBOUND E CONTENT Cada vez mais o profissional de marketing deve estar preparado para as tendências que estão moldando novas fases dos consumidores quando estes buscam produtos e serviços que os satisfaçam através do meio digital, eis que surge em 2005 o termo Inbound marketing, que possui como principal objetivo transformar a marca que seja atrativa ao consumidor. Esse termo surgiu através do grande aumento de mensagens promocionais nas mídias tradicionais, com isso os excessos de mensagens começaram a incomodar, fazendo que o consumidor se afastasse desse tipo de publicação, considerado como Outbound Marketing (HALLIGAN; SHAH, 2009). As pessoas ultimamente sentem-se cansadas e entediadas de receberem a todo momento mensagens que as interrompem com essas mensagens tradicionais Outbound Marketing, adicionando ao spam, bloqueando assim a empresa que encaminha esse tipo de anúncio. (HALLIGAN; SHAH, 2009). Segundo Varanda (2010), a implementação do Inbound marketing é para realizar de forma eficaz que as mensagens sejam recebidas positivamente, permitindo ao consumidor receber as informações quando está disposto e atraído pela marca ou pela organização. Em 2005, Brian Halligan,CEO da HubSpot, cunhou o termo “Inbound Marketing”. O marketing “direcionado para dentro” é um conceito que se opõe ao “Outbound Marketing”, que é o marketing tradicional - alcançar o cliente com mensagens que chegam aonde ele estiver. Em vez disso, o Inbound Marketing busca produzir conteúdo útil ao consumidor, para que ele o encontre quando quiser resolver um problema ou atender a uma necessidade. O Inbound Marketing e o “marketing de permissão” partem da mesma premissa: o poder está cada vez mais com o consumidor e menos com o anunciante. Cabe ao consumidor escolher qual conteúdo consumir, e não ao anunciante interromper seu cotidiano com ofertas. Em 2015, faz mais sentido produzir um excelente blog sobre “como trocar uma lâmpada” (que é o que as pessoas vão digitar no Google) do que produzir banners “linda lâmpada espiral R$ 10,60” [...] (ROCKCONTENT, 2014, p. 10). Outra estratégia muito usada no marketing digital é o chamado marketing de conteúdo, que possui a finalidade de levar informações aos clientes, sendo que esse canal de comunicação compartilha conteúdo de qualidade e interesses dos consumidores, gerando grande audiência. Segundo Strutzel: Ao contrário do que possa parecer, produzir conteúdo não é tarefa das mais fáceis. Além do próprio conhecimento em si e da disciplina, é imprescindível elaborar um planejamento para esta atividade, com 192 UNIDADE 3 | O PERFIL ATUAL DO MARKETING E O NOVO PERFIL DO MARKETING objetivos bem claros e definidos. A importância deste tema é tão grande que existe até uma área do marketing com foco dedicado, é o marketing de conteúdo, que nada mais é que uma estratégia estruturada para elaborar e disseminar conteúdo relevante com o objetivo de atrair e reter clientes, fortalecendo a presença digital da marca. Em resumo, o marketing de conteúdo sustenta-se na premissa de que, ao fornecer algo de valor para o público, você está desenvolvendo um relacionamento saudável, baseado na confiança (STRUTZEL, 2015, p. 55-56). A internet tem o poder de proliferar mensagens em grandes escalas quase ou tão igual como um vírus se prolifera nos equipamentos eletrônicos ligados à rede, pois as mensagens, sejam elas verdadeiras, proporcionam relacionamentos comerciais, sociais, sendo equiparado e considerado ao tradicional marketing boca a boca no mundo real. As redes sociais têm um incrível poder de comunicação, espalhando mensagens em questão de segundos, disseminando como um efeito viral. Para Torres (2009, p. 76-77), “na internet, esse efeito de espalhar uma mensagem por meio do boca a boca, com o envio de uma mensagem de uma pessoa a outra, cria uma corrente que espalha a comunicação por milhares ou milhões de pessoas sem muito esforço”. NOTA Quando são usadas essas estratégias de marketing, ou seja, o Inbound e o Content para alcançar os consumidores, deve-se ficar atento e ter cuidados com o conteúdo enviado e minimizar o possível excesso de quantidade de e-mails. 3.2 A PUBLICIDADE EM MÍDIAS DIGITAIS No marketing digital, a publicidade e propaganda vão muito além do que apenas banner piscando no desktop, notebook ou smartphone, ou seja, existem muitos outros canais de comunicação criativos que podem ser usados. O uso da internet se tornou tão constante na busca por consumidores pela infinidade de possibilidades que podem ser organizadas por regiões, culturas, línguas, entre outras ferramentas que identificam o usuário (TORRES, 2009). Logo no início da internet, o profissional de marketing restringiu-se apenas aos banners, a criatividade estava aquém do que era possível realizar, e com uma quantidade exagerada de banners, muitas vezes o conteúdo tornava-se difícil à leitura, e consequentemente os usuários deixavam de acessar aquele site pela poluição visual. Em seguida surgiu o “pop-up”, ou seja, são aquelas telas que no momento em que se acessa aos sites, abrem-se várias janelas com avisos ou propaganda ou publicidades, isso se tornou tão chato que muitos navegadores criaram ferramentas “antipop-ups” para bloqueá-los, com isso o mercado foi obrigado a TÓPICO 2 | MARKETING DIGITAL 193 retirar os excessos e disciplinar o seu uso (TORRES, 2009). Nos dias atuais, muitos sites ainda utilizam esse modelo de “pop-up”, no entanto de uma forma mais disciplinada, mas que trazem um retorno considerável de visualizações, sendo menor a probabilidade de o usuário não retornar para o site. O banner ainda é muito usado, mas com ferramentas muito melhores do que no passado e, consequentemente, diminuindo as aberrações que só visualizamos em sites muito ruins, aqueles que são feitos com ferramentas diretas do navegador e que não possuem qualidade. Mesmo que sejam ferramentas para utilização e criação de sites e estejam com seus dias contados, pois já existem outras ferramentas muito melhores, o Java Script e o Flash Players ainda auxiliam na criatividade do profissional de marketing na criação de propagandas e publicidades nos mais variados modelos de sites. A tecnologia já está além do desktop e notebook, tendo evoluído hoje para os tabletes e smartphones, e seu alcance é muito maior que no passado, portanto novas tecnologias foram necessárias para atender a essas pessoas que estão cada vez mais conectadas, pois cada vez mais a informação tem rápida proliferação, seja uma informação verdadeira ou falsa (TORRES, 2009). UNI Na década de 90 a internet era exclusiva para poucas pessoas, empresas e instituições de Ensino Superior, e as informações, apesar de estarem mais acessíveis aos usuários, ainda eram restritas. Nos dias atuais, a partir de novas tecnologias, como os tabletes e o mais importante, o smartphone, fizeram com que as informações sejam trocadas quase que instantaneamente, não importando se são verdadeiras ou falsas. Com o aumento das bandas largas e velocidade da internet, outros canais de comunicação, como o Youtube, tornaram muito eficaz o modo de fazer propaganda e publicidade, pois as pessoas, com o tempo, foram perdendo o tempo para assistir a mídia na televisão, sendo assim, muitas vezes no horário do almoço, do jantar, ou até mesmo aquele café da tarde, aquela rápida olhada nas mais diversas tecnologias ligadas à internet, podiam assistir aos vídeos, no entanto não se restringe apenas a essa ferramenta. Torres (2009) apresenta outras mídias que auxiliam na publicidade e propaganda para alcançarem o usuário final: • Portais: Geralmente ocorrem com milhões de visitantes acessando conforme o que estão pesquisando, o UOL, Terra, Globo são chamados de portais e, como podemos perceber, são usados e controlados por grandes corporações que usam proliferação da comunicação. • Sites especializados: esses tipos de site são usados por empresas ou instituições com um fim específico, ou seja, publicidade, gastronomia, oceanografia, mecânica, sustentabilidade, educação, entre outros, e geralmente utilizam banners. • Blogs profissionais: são pessoas chamadas de blogueiros que administram esses blogs que geralmente possuem um tema específico, como política, culinária, 194 UNIDADE 3 | O PERFIL ATUAL DO MARKETING E O NOVO PERFIL DO MARKETING tecnologia, ou seja, apresentam suas ideias e respondem às dúvidas dos visitantes. • Mídias sociais: voltadas para um determinado fim e coletivas, são muitos usadas para apresentação de vídeos e imagens virais, como o Youtube e Flickr. • Redes sociais: controladas por uma empresa, são muito usadas para criar amizades, apresentação de produtos, visualização de vídeos, trocas de informações. Banners, aplicativos e widgets são muitos usados para a propagação de publicidade e propaganda. Os mais acessados no Brasil são o Facebook e Linkedin, no passado era muito usado o Orkut, que nos dias atuais foi desativado. • Aplicações de comunicação: os mais comuns modelos de comunicação usados no Brasil são o WhatsApp, Skype e o Telegram, no passado o MSN da Microsoft era um dos mais utilizados como meio de comunicação, mas, como a culturamuda, muitos desses apps em algum momento podem chegar ao fim do seu ciclo como um produto ou serviço qualquer. Nesse tipo de aplicativo são muito usados os banners que aparecem nas laterais, ou superior e inferior, uma propaganda ou publicidade. • Portais de Jogos: similares às redes sociais, esse tipo de site tem a especialidade com jogos on-line, que são atraídos geralmente pelo público jovem. • Celulares e Smartphones: em qualquer campanha publicitária, o profissional de marketing não pode, em hipótese alguma, deixar de lado esse tipo de ferramenta para comunicação. Após a invasão da internet nesses aparelhos, as pessoas estão cada vez mais conectadas e o seu maior uso para as mídias são os vídeos, banners, widgets virais e aplicativos. NOTA Widgets são, em geral, botões, ícones, menus, barras de rolagem e outras funcionalidades com atalhos que fazem parte da interface gráfica e que permitem adicionar ao sistema operacional uma tarefa específica, e os mais comuns são os widgets de previsão do tempo, relógio, atualização de redes sociais, e-mails etc. FONTE: Disponível em: <https://canaltech.com.br/o-que-e/o-que-e/O-que-e-widget/ acesso em 13 jun. 2017>. Acesso em: 21 nov. 2017. O profissional de marketing poderá usar da sua criatividade com os mais variados tipos de tecnologia para criar uma publicidade ou propaganda que atinja o usuário final, e com a possibilidade da especificidade, ou seja, qual o segmento, população, idade, sexo, entre outras divisões que poderá focalizar o produto ou serviço on-line que deseja ser apresentado, e minimizando o incômodo com quem não tem interesse naquele assunto. Por mais que apareçam banners, pop-ups, entre outros modelos de propaganda e publicidade, atualmente está muito mais controlado que no passado, isso deixava os usuários insatisfeitos, fazendo muitas vezes desistirem de adquirir o produto ou serviço daquela marca, pois consideravam um incômodo e em protesto deixavam de acessar o site ou o portal. TÓPICO 2 | MARKETING DIGITAL 195 É importante para o profissional de marketing estar ciente do que está no mercado, para isso é preciso ter o conhecimento dos mais variados canais de comunicação que a internet possa apresentar na forma de apps, mídias e redes sociais e assim criar estratégias para apresentação de uma propaganda ou publicidade que atinja o usuário final de acordo com o que ele está procurando. As mídias sociais possuem um grande poder de geração de opinião, pode-se perceber quantos novos blogueiros estão no Youtube apresentando suas opiniões e, consequentemente, com um grande número de seguidores. As empresas observaram esse hábito entre os consumidores e passam a contratar esses blogueiros para fazer propaganda dos seus produtos. Outras mídias, como o Facebook e o Twitter, no momento são os mais acessados, tanto pelos consumidores, como muitos são seguidos como no caso de esportistas, cantores, atores e organizações que sempre possuem sua legião de fãs. Na internet da atualidade esses modelos utilizados são uma porta de entrada para vender produtos ou serviços para o consumidor virtual, pois se está recebendo muitas informações sobre o assunto que está sendo pesquisado, os compradores (usuários) procuram saber mais sobre o produto com pessoas que acreditam ser éticas na apresentação de suas opiniões. Torres (2009) apresenta um exemplo muito comum que ocorre com o crescimento da internet e das redes sociais: um determinado profissional de marketing recebe do diretor geral a informação de que desejam aumentar as vendas e para isso é necessário realizar um marketing de vendas que esteja ao alcance do sucesso, mas em um canal de mídia ou em uma rede social, um cliente que teve uma experiência ruim escreve em um blog os problemas apresentados naquela ocasião. Vamos levar em consideração que seja verdadeiro o ocorrido, essas mensagens negativas podem enfraquecer a imagem da organização e assim dificultar as vendas, ou a tendência de aumentar essas vendas. Já foram apresentados anteriormente muitos exemplos de problemas de imagens das empresas que no momento estão com muitas dificuldades de fazer o consumidor voltar a ter credibilidade na marca. NOTA Muitas mídias sociais e pessoas querem difamar uma empresa ou pessoa e a internet é o meio mais fácil de fazer isso, pois muitas vezes é difícil a identificação de quem fez a ação. Uma marca não se constrói sozinha em apenas uma única mídia, pois o consumidor que acessa o Facebook não acessa o Twitter, e muitas vezes não acessa nenhum dos dois. A empresa deverá estar preparada para que tenha uma 196 UNIDADE 3 | O PERFIL ATUAL DO MARKETING E O NOVO PERFIL DO MARKETING NOTA As organizações devem utilizar as mídias sociais para identificar os clientes, apresentar seus produtos e serviços e também obter dados do que está sendo comentado da marca, nos dias atuais é indiscutível a empresa estar ligada nesse tipo de ambiente. 3.3 MARKETING DE BUSCA Essa modalidade, muito utilizada por sites de busca como o Google, Yahoo, Bing e MSN, tem a função de melhorar a procura dos itens que os usuários, ou seja, os consumidores, estão desejando. Segundo Gabriel (2010), existem dois tipos de resultados apresentados pelos sites de procura, ou seja, existe o resultado de procura natural (orgânica) e o de resultados de busca paga (links dos patrocinadores). equipe de pessoas que ficam pesquisando o que estão falando da empresa, sejam postagens boas ou ruins, é obrigação da empresa ter esses dados (TORRES, 2009). É importante que a empresa permita que seus clientes tenham experiências positivas com sua marca e produto, e evitar ao máximo que passem mensagens negativas e, portanto, o profissional de marketing deverá estar à frente para que isso não ocorra. Não existem ferramentas que possam bloquear uma má opinião na internet, por ser tratar de um mundo sem leis ainda, ou pelo menos os não detectáveis, qualquer um poderá difamar uma marca ou produto, e consequentemente, manchar a imagem da organização. Retirar uma má impressão de um produto é muito difícil, um exemplo de um produto que ainda patina em vendas é a montadora de veículos da Peugeot, por mais que seus produtos não sejam iguais aos da década de 1990, a reputação ainda persiste nos dias atuais, visto que a manutenção desses veículos é muito elevada. Outro exemplo são os veículos chineses, posto que as pessoas têm a impressão de que são feitos de materiais baratos, e o motivo é único: a China sempre fez produtos do tipo “bugigangas” sem qualidade. No caso da Peugeot, os veículos foram importados sem nova calibragem da suspensão para as estradas brasileiras, ocorreram muitas quebras, e por serem importadas as peças de reposição, os preços eram muito elevados. Quando ocorre esse tipo de situação, as organizações gastam fortunas para melhorar a imagem da empresa, muitas vezes dá certo, outras nem tanto, é difícil fazer com que o consumidor mude seus conceitos, culturas e, principalmente, uma má percepção. TÓPICO 2 | MARKETING DIGITAL 197 NOTA Para aumentar o conhecimento sobre o modelo de Marketing de busca, faça uma leitura do livro de Martha Gabriel - Marketing de Busca – Conceitos e Estratégias. Esse tipo de marketing está cada vez aumentado a sua utilização, pois, através de dados das empresas que gerenciam o sistema de procura, pode auxiliar as empresas a aumentar o seu potencial de vendas através de pesquisas, identificando o que o consumidor deseja. Um exemplo muito comum é quando procuramos por algo na internet e aos poucos aparecem mensagens e links sobre o que estávamos procurando, no entanto, em um momento isso se torna cansativo e muitas vezes desagrada o consumidor. 3.4 MARKETING VIRAL Um dos grandes efeitos do marketing viral é a propagação de uma informação, e a internet é uma das formas mais rápidas que existe para a proliferação, que é quase igual ou pior que um vírus, seja ele bom ou ruim, seja uma mensagem verdadeira oufalsa (fake). Pode-se dizer que o marketing viral é o famoso “boca a boca”, ou seja, as informações são passadas entre as pessoas sejam elas boas ou ruins, podendo ser por grupos de relacionamentos ou em uma conversa no bar da esquina. Independentemente de como ocorre, esse modelo de marketing é um dos que mais ficam marcados na cabeça do consumidor (TORRES, 2009; FERREIRA JÚNIOR, 2012). O marketing viral usa a internet de um modo que cada vez mais a apresentação da empresa seja feita, certamente reforçando suas qualidades, produtos e serviços, essa mídia se espalha por milhões de pessoas e tem a capacidade de criar uma corrente sem muito esforço (TORRES, 2009). O modelo orgânico disponibiliza os resultados de busca natural levando em consideração a relevância do site pesquisado por uma palavra-chave. Já no modelo de pesquisa por links patrocinados, geralmente pagos, a relevância da palavra-chave é oferecida por um anunciante, ou seja, ele tem a preferência na ordem da pesquisa realizada pelo consumidor (GABRIEL, 2010). Gabriel (2010, p. 348) ainda afirma que “mecanismo de busca ou buscador é usado para designar um sistema de recuperação de informações que tem a finalidade específica de auxiliar na busca de informações armazenadas em ambientes computacionais”. 198 UNIDADE 3 | O PERFIL ATUAL DO MARKETING E O NOVO PERFIL DO MARKETING É importante para o marketing viral seguir algumas regras, mesmo que tenha algumas exceções, é o requisito básico para que se possa abranger o maior número de usuários on-line. Uma má apresentação poderá prejudicar a imagem da organização, portanto, é imprescindível criar uma propaganda ou publicidade correta, pois, como é sabido, o marketing viral se propaga como um vírus pela internet. Torres (2009) apresenta algumas características básicas que devem ser consideradas quando se utiliza a internet para o marketing viral como estratégia, e a comunicação deverá conter o seguinte: distribuir produtos e serviços gratuitamente; é importante para a empresa apresentar seus produtos ou serviços, e, muitas vezes, é necessário fazer as pessoas provar, principalmente, se for do gênero alimentício. É necessário fazer o consumidor provar o que está sendo oferecido, desde um produto ou um serviço; oferecer um meio do envio sem esforços para os outros; a partir do momento que a empresa oferece algo gratuito, ela deverá ter uma estratégia para que esse produto chegue até o consumidor, ou seja, uma distribuição eficaz. O que importa nesse momento é saber como o cliente recebeu o produto, assim é que passará adiante para outras pessoas do seu grupo social, de uma forma fácil e sem esforço; ter acessibilidade do pequeno ao grande cliente; pode-se dizer que nesse caso é crescer do pequeno ao grande sem muito investimento ou grande empenho. É importante a organização, nesse caso, estar ciente do alcance dos seus produtos, é muito mais interessante fazer uma distribuição para algumas centenas de pessoas do que milhares de pessoas, o fato é que os custos dessa distribuição gratuita talvez não sejam o ideal e, portanto, poderá criar um problema financeiro. Nesse caso é interessante para o profissional de marketing atingir uma escala pequena de pessoas, mas atingir grandes proporções como marketing viral; identificar o comportamento e a motivação em comum; é necessário que a organização identifique o comportamento do seu público-alvo e crie uma motivação para que as pessoas passem adiante a mensagem; usufruir dos mecanismos já existentes na internet; o uso das redes sociais e os meios de comunicações devem ter o foco principal da estratégia. O produto precisa ser adequado para cada ferramenta que vai usar, ou seja, para o e-mail um tipo de mensagem, redes sociais como Facebook, Twitter, YouTube, blogs, entre outros modelos e assim sucessivamente. A estratégia é você criar produtos e serviços que possam ser oferecidos na rede; aproveitar os recursos de terceiros; é importante para a organização minimizar os custos o máximo possível, portanto, é fundamental usar o que já existe no mercado, pois quando se trata de algo gratuito, é importante conter os custos. Dessa forma, a internet auxilia muito as empresas com o baixo custo, e a proliferação é muito grande. Abuse de todos os modelos de comunicação gratuitos da internet para promover seu produto ou serviço. Como se pode perceber, a internet é uma ferramenta muito importante para a organização que deseja usar do marketing viral, ela é gratuita, se propaga de forma rápida como um vírus, mas deve-se ter o cuidado para que a propagação seja para a construção da imagem da organização e não o contrário. TÓPICO 2 | MARKETING DIGITAL 199 LEITURA COMPLEMENTAR COMO FAZER MARKETING DE CONTEÚDO PARA LANÇAR UM APLICATIVO O mercado para os aplicativos mobile está aquecido no Brasil. Hoje mais de 73 milhões de brasileiros usam diariamente seus smartphones, e segundo o G1, 86% do tempo que os brasileiros passam no smartphones é usando algum tipo de aplicativo. Diante de um cenário tão promissor como este é compreensível que muitos empreendedores pensem em lançar aplicativo para gerar bons lucros ou aumentar a visibilidade de sua empresa. E o marketing de conteúdo pode ser um excelente aliado para lançar um aplicativo com sucesso, pois é capaz de gerar tráfego para a página de seu aplicativo e atrair a atenção do público para baixarem sua solução. Para ajudá-lo nesta tarefa, iremos ensiná-lo neste post como usar o marketing de conteúdo para lançar aplicativo com sucesso. Comece sua campanha de marketing antes de efetivamente lançar aplicativo. Você não precisa esperar seu aplicativo estar pronto para iniciar sua estratégia de marketing de conteúdo e, com isso, gerar oportunidades de negócio para sua empresa. Pense que o seu trabalho promocional começa no momento em que você inicia o desenvolvimento de seu aplicativo. Isso irá garantir que você construa a imagem de sua marca e se posicione como um especialista do mercado, antes mesmo de comercializar sua solução. E para esta estratégia alcançar os resultados esperados o ideal é que você comece pelo básico. Comece o trabalho de criação de seu blog corporativo. Ele será sua principal ferramenta em sua estratégia de marketing de conteúdo. Depois disso, é hora de desenvolver sua Buyer Persona e compreender quais são os problemas que ela enfrenta no seu dia a dia, assim como os objetivos que ela quer alcançar. Com estas informações você poderá iniciar a produção de conteúdo de topo de funil, focada apenas na atração de público para sua página. Este tráfego será muito importante para a geração de leads, que são as oportunidades de negócio a serem exploradas após o lançamento do aplicativo. Além de posts tirando as dúvidas de sua persona, é interessante que você publique informações sobre o trabalho de desenvolvimento de seu aplicativo, compartilhando experiências e as funcionalidades que você está desenvolvendo. Com isso você irá atiçar a curiosidade do mercado sobre o produto que você irá lançar, gerando certa ansiedade em público, que será satisfeita quando você lançar o aplicativo. 200 UNIDADE 3 | O PERFIL ATUAL DO MARKETING E O NOVO PERFIL DO MARKETING Promoção através de e-mail marketing E para a sua estratégia de marketing de conteúdo para lançar aplicativo conquistar resultados positivos ao lançar aplicativo de sua empresa, é essencial que você invista no e-mail marketing para promover o conteúdo criado por você. Montar uma lista de e-mail O primeiro passo para montar sua estratégia de e-mail marketing é montar sua lista de e-mails. Uma boa prática para gerar uma lista de e-mails é convidando os visitantes de sua página a assinar sua newsletter. Pode parecer besteira, mas só de oferecer esta opção para os visitantes de seu site você pode conquistar vários contatos para divulgar seu aplicativo. Outra alternativa é a oferta de materiais ricos, como e-books e webinars sobre o temade seu aplicativo. Estas são excelentes ferramentas para ajudá-lo na montagem de sua lista de e-mails. Criar um fluxo de nutrição Depois de montar sua lista de e-mail é hora de criar o fluxo de nutrição de suas leads, de forma a prepará-las a baixar seu aplicativo quando ele for lançado. E o processo de envio de suas mensagens é bem simples: comece divulgando os conteúdos de topo de funil que você produziu, demonstrando para seus assinantes que você está preocupado em tirar suas dúvidas e dar dicas sobre como otimizar seu dia. Em cada e-mail enviado é essencial que você convide seus assinantes a acessarem um outro tipo de conteúdo para tirarem mais de suas dúvidas, seja novos artigos de seu blog ou mesmo outros e-books. E após um período do envio de mensagens com dicas gerais, é hora de você começar a enviar conteúdo de meio de funil. Neste momento você começa a demonstrar os benefícios que um aplicativo como o que você está desenvolvendo pode oferecer para seus usuários. Esta ação ajuda a desenvolver o interesse do público em seu aplicativo, pensando em todos os benefícios que ele teria ao baixá-lo. À medida que sua lead continuar demonstrando interesse e buscando mais informações sobre as vantagens que um aplicativo como o seu ofereceriam a ela, é hora de começar a produzir o conteúdo de fundo de funil, em que você irá abordar diretamente as características e funcionalidades de seu aplicativo. E ao contrário do que você pode pensar, não é preciso esperar as vésperas do lançamento para começar a produção de conteúdo de fundo de funil. Você pode fazer isso tão logo seu público demonstre interesse por seu aplicativo. Como conteúdo de fundo de funil você pode produzir um diário de criação de seu aplicativo, compartilhando um pouco de suas experiências. Você poderá também escolher alguns usuários a testarem versões beta de seu aplicativo, o que pode ajudar ainda mais a promover seu aplicativo antes TÓPICO 2 | MARKETING DIGITAL 201 mesmo do lançamento. Você poderá, também, promover conteúdo mostrando o uso prático de seu aplicativo antes de seu lançamento, fator extremamente importante para convencer o cliente no fundo de funil. Com uma campanha de e-mail marketing como esta, você reforça sua marca e mantém o público na expectativa do lançamento de seu aplicativo. Assim, quando você finalmente lançar o aplicativo, já terá um grande número de pessoas esperando por conhecer sua solução, pois você já gerou a expectativa destas pessoas. A estratégia de conteúdo após lançar aplicativo Depois que você preparou o terreno para o lançamento de seu aplicativo e interagiu com seu público através do conteúdo criado por você, chega o tão esperado lançamento. Isso pode e deve gerar uma sensação de dever cumprido, principalmente se houve um grande trabalho no desenvolvimento do aplicativo. Porém você precisa estar ciente de que sua estratégia de promoção não para por aí. Você pode e deve continuar investindo no marketing de conteúdo para gerar mais clientes para sua empresa. A começar pela produção e divulgação de releases sobre o aplicativo que você acabou de lançar. Por mais que este não seja um conteúdo consumido diretamente pelo público de seu aplicativo, este é o tipo de conteúdo ideal para aumentar ainda mais o alcance e o conhecimento de seu aplicativo. Divulgue o lançamento de seu aplicativo para influenciadores do mercado como a mídia especializada, jornalistas, portais e blogs do segmento, todo o histórico de criação do aplicativo que você registrou em seu blog, e incentive o compartilhamento entre o público destes canais. Além de promover o lançamento de seu aplicativo, isso ajuda você a conquistar outros links para o seu blog, o que é essencial para uma estratégia de link building e SEO que gera resultados. Promova as atualizações de seu aplicativo As atualizações de seu aplicativo também podem ser exploradas para torná-lo ainda mais conhecido. Isso porque os usuários de seu aplicativo precisam continuar empolgados com sua solução, e o lançamento de cada atualização é apenas mais um motivo para eles continuarem usando sua solução. E assim como na estratégia para lançar aplicativo, descreva as funcionalidades que foram adicionadas nesta nova versão e aproveite para divulgar o processo de criação das novas funcionalidades, além de explicar o que motivou estas modificações. Incentive os visitantes de sua página e os assinantes de sua newsletter a continuar consumindo os conteúdos divulgados por você, em troca das informações de primeira mão sobre o seu aplicativo. 202 UNIDADE 3 | O PERFIL ATUAL DO MARKETING E O NOVO PERFIL DO MARKETING Promova as primeiras impressões de seu aplicativo As análises, reviews e as impressões de seu aplicativo também podem ser exploradas em sua estratégia de conteúdo após lançar o aplicativo. E a divulgação destas análises de terceiros sobre seu aplicativo podem ir além do envio dos links através de e-mail, mas também, na criação de um compilado de todas as menções a seu aplicativo. E mesmo que você receba alguns feedbacks negativos, vale a pena citar estas análises, demonstrando que sua empresa é aberta a críticas e que se preocupa em oferecer a melhor experiência possível para os usuários de seu aplicativo. Você pode até mesmo promover as atualizações do aplicativo para atender as críticas, estratégia que pode ajudá-lo a atrair ainda mais atenção a você ao lançar o aplicativo. Avalie os resultados de sua estratégia E assim como em qualquer estratégia de marketing digital, é indispensável que você acompanhe de perto os resultados alcançados por sua estratégia. Key Performance Indicators (KPI) como o número de visitas em seu blog, o número de leads gerados por sua estratégia e a taxa de conversão de suas campanhas de e-mail marketing são excelentes dados para medir os resultados do marketing de conteúdo para lançar um aplicativo. Avaliando cada um destes dados você poderá dizer claramente quais ações realizadas por você geraram bons resultados e precisam ser exploradas novamente, e quais ações promocionais não tiveram a performance esperada. E é importante lembrar que a análise destes resultados não deve acontecer apenas no fim de sua estratégia de marketing de conteúdo. Na verdade, o ideal é que este acompanhamento aconteça desde o início da estratégia, o que irá permitir ajustes na estratégia antes que seja tarde demais. Estes testes serão muito úteis para otimizar suas conversões e ajudar você a ter melhores resultados ao lançar aplicativo. Agora que você já aprendeu como utilizar o marketing de conteúdo para lançar aplicativo, conheça as 28 métricas de marketing de conteúdo para avaliar o sucesso de sua estratégia. Desse modo você será mais eficiente e terá resultados ainda melhores para o seu aplicativo fazer sucesso! FONTE: Disponível em: <http://marketingdeconteudo.com/lancar-um-aplicativo/>. Acesso em 13 jun. 2017.