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EXECUÇÃO DE TÍTULO EXTRAJUDICIAL

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EXECUÇÃO DE TÍTULO EXTRAJUDICIAL
A execução de título extrajudicial é um processo legal pelo qual um credor busca fazer valer seus direitos de cobrança de uma dívida reconhecida por meio de um documento executivo, como uma nota promissória, um cheque ou uma escritura pública. Esse procedimento é uma via alternativa à ação judicial, permitindo ao credor buscar a satisfação de seu crédito de forma mais rápida e eficiente.
Nesse tipo de execução, o credor pode se valer de instrumentos como o protesto do título, a penhora de bens do devedor e a venda judicial desses bens para satisfazer a dívida. Esse processo é regido por normas específicas do Código de Processo Civil, visando garantir a segurança jurídica e os direitos tanto do credor quanto do devedor.
Um aspecto desse tema é a necessidade de observar os Princípios do Contraditório e da Ampla Defesa, garantindo que o devedor tenha a oportunidade de se manifestar e contestar a execução caso entenda que há irregularidades ou injustiças. 
Além disso, a execução de título extrajudicial deve obedecer aos limites legais, evitando certos abusos por parte do credor. Os devedores, devem conhecer seus direitos e procuram sempre estar preparado para se defender em caso de execução injusta ou indevida.
Legislação Aplicável:
A legislação brasileira que rege a execução de título extrajudicial encontra-se à princípio no Código de Processo Civil (CPC). Esses dispositivos estabelecem as modalidades de títulos extrajudiciais passíveis de execução, os requisitos para a propositura da ação executiva e os meios de defesa do devedor.
Alguns artigos que podemos designar da Legislação aplicável são os seguintes:
1. Cédula hipotecária (art. 29 do Decreto-lei nº 70/1966);
1. Crédito de alienação fiduciária em garantia (art. 5º do Decreto-lei nº 911/1969);
1. Contrato escrito de honorários advocatícios (art. 24 da Lei nº 8.906/1994);
1. Crédito alimentar decorrente do “ajustamento dos interessados às exigências” 
1. Do Estatuto da Criança e do Adolescente (art. 211 do ECA);
1. Compromisso arbitral que fixa os honorários do árbitro (art. 11, parágrafo único, da Lei nº 9.307 /1996).
5. Artigos 244, 282, 461 §1 , 745- I, 585 a 587 , 614 a 616 , 621, 629, 632, 633, 652, 653, 654, 659 caput , 736, 738 , 745 do CPC.
5. Súmulas 196, 317 STJ
5. Além disso, é importante mencionar a Lei nº 9.492/97, que trata dos protestos extrajudiciais, e a Lei nº 10.931/04, que dispõe sobre a alienação fiduciária de bens imóveis.
Jurisprudência Pertinente:
Um exemplo emblemático é o entendimento firmado pelo STJ no Recurso Especial nº 1.004.567/SP, que consolidou o entendimento de que a impugnação à execução deve ser analisada com base nos documentos apresentados pelo credor, sem a necessidade de produção de provas pelo devedor.
Outro exemplo relevante é o julgamento do STF no Recurso Extraordinário nº 385.321/RS, que estabeleceu a constitucionalidade da penhora de percentual de salário para pagamento de dívidas alimentares.
1. Nós podemos mencionar os tipos de Títulos Extrajudiciais, nos quais são: Títulos executivos: definição e contextualização ; Execução provisória de título extrajudicial ; Execução por quantia certa de devedor solvente fundada em título extrajudicial ; Execução das obrigações de fazer; Execução das obrigações de não fazer ; Execução contra a Fazenda Pública por título extrajudicial; Execução das obrigações de fazer fundada em título extrajudicial, Execução das obrigações de não fazer fundadas em título judicial e extrajudicial , Execução para entrega de coisa certa fundada em título extrajudicial, Execução para entrega de coisa incerta fundada em título judicial e extrajudicial.
1. Além do mais temos : Embargos à Execução : Pressupostos iniciais ; Forma de oposição: requerimento e matéria dos embargos ; Legitimidade fora que temos o prazo que é de 15 dias contando a partir do momento da juntada , utilizamos a Carta precatória e aplica-se ou não o efeito suspensivo com base no artigo 739-A do CPC, § 1º. Embargos à arrematação, à alienação e à adjudicação.
Conclusão:
O constante diálogo entre esses três pilares do direito contribui para o aprimoramento e a efetividade desse importante instituto processual. Como citado anteriormente, não se trata de um prolongamento, ou fase, do processo de conhecimento, visto que não há, de fato, nenhum processo anterior à execução do título o que existe, efetivamente, é um novo procedimento, o que pode ser questionado pelo executado são as características peculiares do processo de execução, e o mérito do título que, por si só, é auto executável.
Em suma, a execução de título extrajudicial é considerado um instrumento jurídico de grande relevância, cujo funcionamento é balizado pela legislação, pela jurisprudência e pela doutrina. O que deve ser ressaltado é quanto à peculiaridade dos embargos à execução, o método designado pelo CPC para a oposição à execução de título extrajudicial. Este dispositivo, como se vê, não ataca aspectos relativos à obrigação contraída, mas às características do processo de execução já que, em tal procedimento, o mais importante não é discutir o mérito, mas o formato e as circunstâncias nas quais o exequente poderá ter efetivado o acesso à satisfação de seu interesse, e o executado, a garantia de que esse processo se dará em condições que lhe sejam favoráveis.

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