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DIRETOR GEAN WAGNER DE SOUZA EDITOR MATEUS DIAS TIBÚRCIO DA SILVA PROJETO GRÁFICO E DIAGRAMAÇÃO DARLAN TOBIAS ALMEIDA DA SILVA COORDENADOR DE COLEÇÃO MATEUS DIAS TIBÚRCIO DA SILVA DIREITOS AUTORAIS É proibida a reprodução parcial ou total desta publicação, por qualquer forma ou meio, sem a prévia autorização da Fanex Rede de Ensino, com exceção do teor das questões de concursos públicos que, por serem atos sociais, não são protegidas como Direitos Autorais, na forma do Artigo 8º, IV, da Lei 9.610/1998. Referida vedação se estende às características gráficas da obra e sua editoração. A punição para a violação dos Direitos Autorais é crime previsto no Artigo 184 do Código Penal e as sanções civis às violações dos Direitos Autorais estão previstas nos Artigos 101 a 110 da Lei 9.610/1998. 2022 Todos os direitos reservados à Fanex Rede de Ensino CNPJ:18.722.419/0001-12 Rua Martins Ferreira, 245, Centro, Macau-RN CEP: 59500-000 www.fanex.com.br http://www.fanex.com.br/ 1 - INTRODUÇÃO À ADMINISTRAÇÃO DA PRODUÇÃO ................................. 4 1.1 Conceituação: ......................................................................................... 4 1.1.1 Empresa .................................................................................................. 4 1.1.2 Fatores de Produção ............................................................................. 4 1.1.3 Produtos e serviços ................................................................................ 5 1.1.4 O que é Administração da Produção? .............................................. 6 1.2 Produção na organização ...................................................................... 7 1.3 Sistemas de Produção ................................................................................ 8 1.3.1 Modelo de Transformação ..................................................................... 8 2. ESTRATÉGIA DE PRODUÇÃO E OPERAÇÕES ................................................ 9 2.1 Gestão Estratégica da Produção e Operações ................................... 11 2.2 Objetivos de desempenho da produção .............................................. 12 2.3 Conflito (TRADE –OFF) entre os objetivos de desempenho ................. 13 3. MEDIDA E AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO ................................................. 16 3.1 Medidas de Desempenho ....................................................................... 16 3.2 Padrões de Desempenho ........................................................................ 17 3.3 Índices de desempenho .................................................................... 17 4. REFERENCIAS .......................................................................................... ..... 20 1.1 Conceituação: 1.2.1 Empresa As empresas são exemplos de organizações. Na realidade, são organizações sociais porque são constituídas de pessoas que trabalham em conjunto em uma divisão de trabalho. Podemos então dizer que as empresas são organizações sociais que reúnem e utilizam recursos para atingir determinados objetivos. Em relação ao que produzem, as empresas podem ser classificadas da seguinte forma: - Empresas primárias ou extrativas – são aquelas que desenvolvem atividades extrativas como as agrícolas, pastoris, pesca, petróleo, etc. - Empresas secundárias ou de transformação – são aquelas que processam as matérias-primas e as transformam em produtos acabados como as indústrias em geral. - Empresas terciárias ou prestadoras de serviço – são aquelas que executam e prestam serviços especializados como os bancos, comércio em geral, hospitais, etc. - Empresas do terceiro setor – são as organizações não- governamentais (ONGs) que prestam serviços sem fim lucrativos. 1.1.2 Fatores de Produção Os economistas salientam que todo processo produtivo depende de três fatores de produção: natureza, capital e trabalho, integrados por um quarto fator denominado empresa. A natureza fornece os insumos necessários, a matéria-prima, a energia etc. O capital fornece o dinheiro necessário para comprar os insumos e pagar os empregados. O trabalho é realizado pela mão-de-obra que transforma, através de operações manuais ou através de máquinas e equipamentos, os insumos em produtos acabados ou serviços prestados. Hoje, na era da informação e na busca constante pela melhoria da produtividade e competitividade as empresas incorporam a esses três fatores tradicionais outros três importantes elementos: conhecimento, habilidade e competência. 1.1.3 Produtos e serviços Qualquer empresa trabalha para produzir um determinado produto ou prestar determinado serviço. O produto produzido ou o serviço prestado constitui o resultado de todas as operações da empresa. Podemos considerar que o fruto da produção de uma empresa é o produto, e que esse produto pode ser distinguido como bens (mercadorias) e serviços. Bens: são produtos físicos, tangíveis e visíveis. Bens de consumo – quando os bens são destinados direta ou indiretamente ao consumidor ou usuário final. (roupas, eletrodomésticos, etc.) Bens de produção: quando os bens são destinados à produção de outros bens ou serviços. Também são chamados de bens de capital e bens industriais. (máquinas e equipamentos de produção) Serviços: são atividades especializadas que as empresas oferecem ao mercado. Qual a diferença entre Organizações de manufatura e de serviços? As Organizações de manufatura atuam em atividades industriais, cujo objetivo principal é a fabricação de um bem físico, tangível, tal como uma geladeira, um automóvel, um sabonete, etc. Como exemplo podemos citar as fábricas, montadoras, etc. As Organizações de serviços atuam predominantemente na prestação de serviços, que consistem em uma ação que tenha alguma utilidade para os consumidores. Como exemplo podemos citar os hospitais, teatros, salões de beleza, colégios, etc. Os dois tipos de organizações, apesar de parecerem muito diferentes, apresentam várias interseções entre si. Muitas empresas de manufatura oferecem serviços como parte das ofertas para a compra do seu produto como muitas empresas de serviço produzem produtos que são utilizados para a realização do serviço. BENS SERVIÇOS Tangíveis Pode ser estocado Produção precede o consumo Baixo nível de contato com o consumidor Pode ser transportado A qualidade é evidente Intangível Não pode ser estocado A produção e o consumo são simultâneos Alto nível de contato com o consumidor Não pode ser transportado É difícil julgar a qualidade 1.1.4 O que é Administração da Produção? A Gestão da Produção e Operações é a função empresarial que planeja, coordena e controla todos os recursos necessários para que sejam produzidos os bens e serviços de uma organização. Isso significa gerenciar pessoas, equipamentos, tecnologia, informações e demais recursos necessários para a produção dos bens e serviços. 1.2 Produção na organização A gestão de Operações e Produção é a principal função de qualquer empresa. Isso ocorre seja a empresa grande ou pequena, de manufatura ou serviços, tenha ou não fins lucrativos. A função produção é responsável em tornar viável a razão de ser da organização que é o fornecimento e a comercialização de um bem ou de um serviço. As outras funções da empresa existem principalmente para apoiar a função de produção e operações. De forma geral, essas funções podem ser agrupadas em três funções básicas: Finanças, Produção e Marketing. O sucesso de um sistema produtivo depende da forma como essas três funções se relacionam. . A figura 1.1 mostra as três principais funções de uma organização empresarial. Figura 1.1 As principaisfunções empresariais Fonte: Adaptado de Reid (2005) A função produção é central para a organização porque produz os bens e serviços que são a razão da sua existência, mas não é a única PRESIDENTE OU CEO (Chief executive officer) MARKETING Vendas dos bens e serviços PRODUÇÃO Produção dos bens e serviços FINANÇAS Investimentos de capitais nem, necessariamente, a mais importante. Todas as organizações possuem outras funções com suas responsabilidades específicas. Na prática, diferentes organizações adotarão estruturas organizacionais e definirão funções também diferentes. Figura 1.2 Representação da função produção dentro da organização. Fonte: Slack(1997) 1.3 Sistemas de Produção 1.3.1 Modelo de Transformação Figura 1.3 Representação de um Sistema de Produção Fonte: Adaptado de Slack(2002) (INPUT) Entrada de recursos. PROCESSO DE TRANSFORMAÇÃO (OUTPUT) Saídas de produtos e serviços CONSU - MIDORES Meio Ambiente Meio Ambiente RECURSOS A SEREM TRANSFORMADOS -Materiais ( matéria prima) -Informações -Consumidores RECURSOS DE TRANSFORMAÇÃO Instalações Máquinas Equipamentos Mão-de-obra ELEMENTOS DO PROCESSO DE TRANSFORMAÇÃO 1 - INPUT Os inputs do processo de transformação são os insumos ou recursos necessários para a obtenção dos produtos. Segundo Slack (2002) os Inputs podem ser classificados em recursos transformados e recursos de transformação. a) Recursos a serem transformados São aqueles elementos que elementos que serão transformados, tratados ou convertidos, de alguma forma, para a obtenção dos outputs (bens e serviços). Podem ser materiais, informações ou consumidores. b) Recursos de transformação São aqueles utilizados para realizar a transformação dos recursos transformados em bens e serviços. É composto pela mão-de-obra (funcionários) e instalações (equipamentos, prédio, terreno, processo, etc.). São as operações realizadas para a obtenção dos outputs. É a execução das atividades produtivas da organização. 3. OUTPUT É a saída do sistema. São os bens e serviços gerados pela transformação dos recursos. Tabela 1.3 Algumas operações descritas em termos dos processos de input-transformação-output Operação Recursos de Input Processo de transformação Outputs Linha aérea Aeronave Pilotos e equipe de bordo Equipe de terra Passageiros e cargas Movimentação de passageiros e cargas ao redor do mundo Passageiros e cargas transportados. Fábrica de eletrodomésticos Matérias-primas Componentes Equipamentos Instalações Mão-de-obra Montagem Inspeção Armazenagem Expedição Liquidificadores Batedeiras Torradeiras Dentista Cirurgiões dentistas Equipamento dentário Enfermeiras Pacientes Exame de tratamento dentário Orientação preventiva Pacientes com dentes e gengivas saudáveis Contabilidade Funcionários Informações Sistema de computador Escrituração de contas Orientação contábil Contas e demonstrativos publicados e certificados Hospital Instalações Equipamentos Recepção Exame Terapia Medicação Pacientes curados Médicos, enfermeiros, ajudantes. Medicamentos Laboratórios Cirurgia Fonte: Adaptado de Slack (2002) e Tubino (2000) Para Corrêa (2004), a estratégia de operações preocupa-se com o desenvolvimento de longo prazo dos processos e recursos e com a criação de competências para que a organização possa ter níveis sustentáveis de vantagens competitivas. As decisões tomadas como parte da estratégia de operações de uma empresa são consideradas estratégicas porque: - Têm efeito abrangente e por isso são significativas na parte da organização à qual a estratégia se refere; - Definem a posição da organização relativamente a seu ambiente; - Aproximam a organização de seus objetivos de longo prazo. Logo, pode-se definir a "estratégia de produção” de acordo com Slack (2002) como; o padrão global de decisões e ações, que define o papel, os objetivos e as atividades da produção de forma que estes apoiem e contribuam para a estratégia de negócios da organização”. 2.1 Gestão Estratégica da Produção e Operações A gestão estratégica de operações baseia-se na atuação da gestão de operações tendo sempre atenção com os impactos estratégicos das decisões tomadas. Como existem vários aspectos que possivelmente são levados em conta pelos clientes, Corrêa (2004) afirma que “não há uma melhor forma de se gerenciar operações”. Por isso, é necessário definir bem os objetivos a perseguir, isso porque há situações em que gestor deve optar por renunciar a níveis de desempenho superiores em alguns critérios para favorecer outros. 2.2 Objetivos de desempenho da produção Segundo Slack (2002), para qualquer organização que deseja ser bem sucedida a longo prazo, a contribuição de sua função produção é vital. São definidos então “cinco objetivos de desempenho” básicos que podem direcionar o gerente de produção na busca de vantagens competitivas. I - QUALIDADE – Significa fazer certo as coisas. Seja numa empresa de bens ou de serviços é necessário obter a satisfação do cliente atuando sem erros em todos os aspectos que poderão ser julgados pelo cliente de acordo com a natureza do negócio (conformidade, bom atendimento, higiene, etc.) II - RAPIDEZ – Significa fazer as coisas com velocidade. Atender os clientes no menor tempo possível. III - CONFIABILIDADE – Significa cumprir os compromissos assumidos. As coisas devem ser feitas em tempo, ou seja, uma entrega deve ser estimada dentro das condições da empresa, comunicar ao cliente e cumprir o prazo estabelecido. Da mesma forma qualquer vantagem ou promoção oferecida deve ser rigorosamente cumprida. IV - FLEXIBILIDADE – Significa estar preparado para mudar o que faz. Isto é, estar em condições de mudar ou de adaptar as atividades de produção para enfrentar circunstâncias inesperadas (um consumidor mudando de ideia ou talvez, consumidores além do esperado exigindo seus serviços) ou porque os consumidores exigem tratamento exclusivo, de maneira que a variedade dos bens e serviços produzidos precisa ser ampla o suficiente para satisfazer a todos eles. V - CUSTO – Significa fazer as coisas o mais barato possível, isto é, produzir bens e serviços a custo que possibilite fixar preços apropriados ao mercado e ainda permitir retorno para a organização. Todos esses objetivos de desempenho têm efeitos externos e internos. Os efeitos internos de alta qualidade, rapidez, confiabilidade e flexibilidade têm, geralmente, como objetivo reduzir os custos de produção. Tabela 2.1. Detalhamento dos objetivos de desempenho de uma operação Objetivos Subobjetivos Descrição Preço/custo Custo de produzir Custo de produzir o produto Custo de servir Custo de entregar e servir o cliente Rapidez Acesso Tempo e facilidade para ganhar acesso à operação (Velocidade) Atendimento Tempo para iniciar o atendimento Cotação Tempo para cotar preço, prazo, especificação Entrega Tempo para entregar o produto Confiabilidade Pontualidade Cumprimento de prazos acordados Integridade Cumprimento de promessas feitas Segurança Segurança pessoal ou de bens do cliente Robustez Manutenção do atendimento mesmo que algo dê errado Qualidade Desempenho Características primárias do produto Conformidade Produto conforme as especificações Consistência Produto sempre conforme especificações Recursos Características acessóriasdo produto Durabilidade Tempo de vida útil do produto Confiabilidade Probabilidade de falha do produto no tempo Limpeza Asseio das instalações da operação Conforto Conforto físico do cliente oferecido pelas instalações Estética Características (das instalações e produtos) que afetam os sentidos Comunicação Clareza, riqueza, precisão e frequência da informação Competência Grau de capacitação técnica da operação Simpatia Educação e cortesia no atendimento Atenção Atendimento atento Flexibilidade Produtos Habilidade de introduzir/modificar produtos economicamente Mix Habilidade de modificar o mix produzido economicamente Entregas Habilidade de mudar datas de entrega economicamente Volume Habilidade de alterar volumes agregados de produção Horários Amplitude de horários de atendimento Área Amplitude de área geográfica na qual o atendimento pode ocorrer Fonte: Correa (2004. p.60) 2.3 Conflito (TRADE –OFF) entre os objetivos de desempenho O termo trade-off é utilizado indicando uma opção de escolha (conflito) entre duas situações. Algumas vezes para melhorar um dos objetivos de desempenho é necessário prejudicar um dos outros objetivos. Em algumas situações, por exemplo, melhorar a qualidade do atendimento ao cliente com equipamentos mais sofisticados pode gerar um aumento do custo do serviço. Nesse caso dizemos que há um trade-off entre qualidade e custo. A rede McDonald’s opera com um alto nível de padronização o que garante a qualidade e consistência dos produtos/ serviços. Em compensação não é permitido ao cliente personalizar os seus sanduíches de acordo com suas preferências, ou seja, não há flexibilidade de escolha. Uma analogia que descreve os trade-offs em operações é a “gangorra” de Slack. Figura 2.1 Representação dos trade-offs através da gangorra de Slack. Fonte: Corrêa (2004.p.67) 3.1 Medidas de Desempenho Não basta para o gerente de operações identificar e priorizar os objetivos de desempenho. É necessário estabelecer os padrões a serem alcançados e planejar as ações necessárias para atingi-los. Ao se colocar em prática as ações planejadas é imprescindível realizar um controle periódico para verificar se o desempenho está alcançando o padrão desejado. Esse controle ou monitoração do desempenho é realizado através das medições. Slack (2002) define “Medida de desempenho” como sendo o processo de quantificar a ação, no qual medida significa o processo de quantificação, e o desempenho da produção é presumido como derivado de ações tomadas por sua administração. O desempenho aqui é definido como o grau em que a produção preenche os cinco objetivos de desempenho em qualquer momento, de modo a satisfazer seus consumidores. Cada um dos cinco objetivos de desempenho – qualidade, velocidade, confiabilidade, flexibilidade e custo - é composto de várias medidas menores. Objetivo de Desempenho 2 Objetivo de Desempenho 1 3.2 Padrões de Desempenho Depois que a operação realizou um conjunto de medidas parciais, ela precisa fazer um julgamento se seu desempenho é bom ou mau ou se está atingindo as metas traçadas. É necessário então utilizar um padrão como referência para realizar as comparações necessárias. Quatro tipos de padrões são comumente utilizados. Padrões históricos – comparar o desempenho atual com desempenhos anteriores. Meta de desempenho – comparar com as metas estabelecidas. Padrões da concorrência – comparar com desempenho dos concorrentes. Padrões absolutos - são padrões teóricos tipo “zero defeito”, “estoque zero”, que na realidade nunca são atingidos, mas obriga à operação buscar uma melhoria constante. 3.3 Índices de desempenho Os índices de desempenho são indicadores calculados a partir das medições efetuadas, e podem ser determinados de acordo com os objetivos de cada empresa. Vários são os indicadores calculados pelas empresas, mas vamos exemplificar dois deles imprescindíveis em qualquer operação que são a Qualidade e a Produtividade. Índice de Qualidade A medida da qualidade na produção de bens geralmente está relacionada com o atendimento às especificações do produto. Na produção de serviços geralmente se refere ao nível de satisfação do cliente. Qualidade ( % ) = Produtos aprovados (clientes satisfeitos) x 100 Total de produtos trabalhados (total de clientes atendidos) Exercícios: 1) Uma empresa atende, em média, 60 clientes por dia. Uma pesquisa revelou que apenas 48 clientes ficaram satisfeitos com os serviços. Qual o índice de qualidade da empresa? 2) Linha de montagem de uma fábrica recebe diariamente, em média, 650 unidades para serem montadas. Após a montagem as unidades são submetidas à inspeção de qualidade onde, em média, são reprovadas diariamente 38 unidades. a) Qual a produção diária da empresa? b) Qual o índice de qualidade da fábrica? Índice de Produtividade Um dos principais objetivos de um gerente de operações é alcançar a máxima produtividade, ou seja, a utilização mais produtiva dos recursos de uma organização. O índice de produtividade é determinado pela relação entre o output gerado (a quantidade de bens produzidos e/ ou serviços oferecidos) e os inputs utilizados (mão-de-obra, materiais, etc) na produção e é expresso como a razão entre o input e o output. A produtividade, portanto, será obtida dividindo-se a quantidade ou o custo dos bens e serviços pela quantidade ou o custo dos recursos utilizados na produção. Dessa forma, a produtividade pode ser medida por apenas um recurso de entrada, por uma combinação de todos os recursos utilizados. a) Produtividade em relação à mão-de-obra O fator de entrada individual mais utilizado para medição da produtividade é a mão-de-obra que geralmente é representada das seguintes formas: 1. Número de funcionários A produtividade é determinada dividindo-se a quantidade ou o custo dos bens e serviços obtidos (output) pelo número de funcionários utilizados. Exemplo: Uma empresa trabalhando com 50 funcionários produz 1000 unidades por dia de um determinado produto. A produtividade diária será: 2. Homem.hora (Hh) A produtividade é determinada dividindo-se a quantidade ou o custo dos bens e serviços obtidos (output) pela quantidade de Homens.horas trabalhados. Exemplo: Uma empresa trabalhando com 50 funcionários, em um turno de 8 horas por dia, produz 1000 unidades diariamente. A produtividade será: 3. Custo da mão-de-obra A produtividade é determinada dividindo-se a quantidade ou o custo dos bens e serviços obtidos (output) pelo custo da mão-de-obra. Exemplo: Uma empresa trabalhando com 50 funcionários, em um turno de 8 horas por dia, a um custo médio de R$ 5 por cada hora/ homem, produz 1000 unidades diariamente. A produtividade será: b) Produtividade Total A produtividade total é determinada dividindo-se a quantidade ou o custo dos bens e serviços obtidos (output) pelo custo de todos os recursos de entrada. É a relação entre a saída gerada e a soma de todos os fatores de entrada. Assim reflete o impacto conjunto de todos os fatores de entrada na produção da saída. CORRÊA, H. L. Administração de Produção e Operações. Manufatura e serviços: uma abordagem estratégica. São Paulo: Atlas, 2004. DAVIS, M. Administração da Produção. Porto Alegre: Bookman, 2001. HEIZER, J. Administração de Operações. 5. ed. Rio de Janeiro: LTC, 2001 MAYER, R. Administração da Produção. São Paulo: Atlas, 1990. MARTINS, Petrônio. Administração da Produção. São Paulo: Saraiva, 1998. MOREIRA, D. A. Administração da Produção e Operações. São Paulo: Pioneira,1995. ROCHA, Duílio. Fundamentos Técnicos da Produção. São Paulo: Makron Books, 1995. RUSSOMANO, V. H. Planejamento e Controle da Produção. São Paulo: Pioneira, 1995. SLACK, Nigel.Administração da Produção.2.ed. São Paulo: Atlas, 2002. STEVENSON, W. J. Administração das Operações de Produção. 2. ed. Rio de Janeiro: LTC, 2001. TUBINO, D. F. Manual de Planejamento e Controle da Produção. São Paulo: Atlas, 2000.