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APOSTILA UNIDADE III - RELAT RIOS E CONTROLES

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DIRETOR 
GEAN WAGNER DE SOUZA 
EDITOR 
MATEUS DIAS TIBÚRCIO DA 
SILVA 
PROJETO GRÁFICO E 
DIAGRAMAÇÃO 
DARLAN TOBIAS ALMEIDA DA 
SILVA 
COORDENADOR DE COLEÇÃO 
MATEUS DIAS TIBÚRCIO DA 
SILVA 
 
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1. JUST IN TIME (JIT) e a PRODUÇÃO ENXUTA (lean production) …...……… 4 
1.1 Introdução ........................................................................................ 4 
1.2. Eliminação de desperdícios ........................................................... 4 
1.3 Metas do JIT ...................................................................................... 6 
1.4 Funcionamento de uma linha de montagem no Sistema JIT .... 6 
1.5 Técnicas do JIT .................................................................................. 8 
2. REFERÊNCIAS ............................................................................................... 10 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
1.1 Introdução 
 
O Just in Time (JIT) surgiu no Japão, nos meados da década de 70, 
sendo sua ideia básica e seu desenvolvimento creditados à Toyota Motor 
Company, levando a indústria japonesa à posição de destaque mundial 
em qualidade e produtividade. A competitividade do Japão no 
mercado internacional deflagrou amplo interesse pelo “JIT” que passou 
a ser adotado por várias empresas no ocidente. 
Just in Time significa produzir bens e serviços exatamente no 
momento em que são necessários - não antes para que não se 
transformem em estoque, e não depois para que os clientes não tenham 
que esperar. Embora digam que o sucesso do JIT está calcado nos 
aspectos culturais do povo japonês vários gerentes e estudiosos têm-se 
convencido que esta filosofia é composta de práticas gerenciais que 
podem ser aplicadas em qualquer parte do mundo. 
Basicamente o JIT procura reduzir as perdas à zero, concentrando-
se nas atividades que não agregam valor (desperdícios). 
Além da eliminação dos desperdícios a filosofia JIT baseia-se no 
envolvimento de todos os funcionários e na busca do aprimoramento 
contínuo. 
 
A produção enxuta (lean production) é um modelo mais recente 
desenvolvido no ocidente, mas que na verdade utiliza basicamente 
todas as técnicas do JIT. A produção enxuta refere-se à produção sem 
desperdícios. 
 
1.2. Eliminação de desperdícios 
Eliminar desperdícios significa analisar todas as atividades 
realizadas na fábrica e eliminar aquelas que não agregam valor à 
produção. As categorias de desperdício mais comuns são: 
- Superprodução – quando se produz mais do que é necessário 
para a próxima etapa de produção. 
- Espera – tempo de espera de máquinas, mão de obra, materiais, 
etc. 
- Transporte – movimentação de materiais dentro da fábrica. 
- Processamento – no próprio processo podem existir operações 
que podem ser eliminadas. 
- Movimentação – movimentação dos operadores dentro da 
fábrica. 
- Produção de defeitos – produção de produtos defeituosos. 
- Estoque – representa um desperdício de alto custo, além de 
esconder problemas da produção. 
 
A Questão dos Estoques 
 
Na abordagem tradicional os estoques são considerados úteis por 
proteger o sistema produtivo de problemas que podem interromper o 
fluxo de produção (quebras falta de peças, atraso de fornecedores entre 
outros). 
Na filosofia JIT os estoques são considerados nocivos, por 
ocuparem espaços e representarem altos investimentos em capital, mas, 
principalmente, por esconderem os problemas da produção que 
resultam em baixa qualidade e produtividade. 
Dessa forma, para reduzir os estoques é necessário primeiro 
estabelecer ações para a redução dos problemas de produção citados 
anteriormente. Se houver menos quebra de máquinas, por exemplo, 
haverá menos necessidade de estoques; se houver menos atrasos de 
fornecedores, haverá menos falta de materiais e consequentemente 
menos necessidade de estoques. 
 
1.3 Metas do JIT 
As metas do JIT baseiam-se na crença de que através do 
aprimoramento contínuo (Kaizen) é possível aproximar-se, ao longo do 
tempo, dos resultados ideais. As metas são estabelecidas em relação a 
ideais que algumas organizações podem nunca alcançar, porém o 
grande desafio está na maneira de como se aproximar cada vez mais 
desses ideais. Em resumo, as metas colocadas pelo JIT são as seguintes: 
 
- Zero defeitos 
- Tempo zero de preparação (setup) 
- Movimentação zero 
- Quebra zero 
- Lead time zero 
- Lote unitário (uma peça) 
- Estoques zero 
 
1.4 Funcionamento de uma linha de montagem no Sistema JIT. 
 
a) Abordagem tradicional (Produção empurrada) 
 
 
 
 
 
 
 
Na abordagem tradicional, como vimos anteriormente, a linha vai 
trabalhando dentro da capacidade máxima de cada posto de trabalho, 
ou seja: 
 
1- O posto de trabalho A, recebe a matéria prima, executa suas 
operações e envia o produto semiacabado para o estoque 
Setor A Setor B Setor C 
Saída de 
Produto acabado 
(PA) 
Entrada de 
Matéria-
prima 
(MP) 
amortecedor do posto B. Pega outra peça e vai repetindo o ciclo 
sucessivamente. 
 
2 - O posto B pega o produto no seu estoque, realiza as operações, 
e envia para o estoque amortecedor do posto C. Pega outra peça no 
seu estoque e vai repetindo o ciclo sucessivamente. 
 
3 – O posto C pega o produto no seu estoque, realiza as operações 
e fornece o Produto Acabado. E assim sucessivamente. 
 
Conclusão: Cada posto de trabalho envia produtos ao posto 
seguinte, na medida que vai concluindo sua operação, sem se importar 
com a situação dos postos seguintes. Dessa maneira, caso um posto seja 
mais rápido que o outro, o estoque dos postos mais lentos ficará com 
acúmulos de peças. Nesse caso, o custo do material em processo será 
bastante alto. É o que nós chamamos de “empurrar a produção”. 
 
 b) Abordagem JIT (Produção puxada) 
 
 
 
 
 
 
 Na abordagem JIT, cada posto só envia a peça ao posto seguinte, 
quando este solicitar, ou seja: 
 
1 – O posto A pega a matéria prima, executa as operações e fica 
aguardando o pedido do posto B. Quando chega o pedido, entrega o 
produto semiacabado ao posto B, e só aí inicia a preparação de outro 
produto. 
 
Posto C Posto B Posto A 
Pedidos Pedidos 
MP 
PA 
2 – O posto B, recebe o produto, realiza suas operações, faz um 
novo pedido ao posto A e fica aguardando o pedido do posto C. 
Quando chega o pedido, entrega o produto pronto ao posto C, e só aí 
inicia a preparação de outro produto. 
 
3 - O posto C, recebe o produto, realiza suas operações, faz um 
novo pedido ao postoB e fornece o Produto Acabado. 
 
Conclusão: Cada posto de trabalho inicia o trabalho em um novo 
produto, quando o posto seguinte pede. É o que nós chamamos de 
“puxar a produção”. Dessa maneira, não haverá estoques e nem excesso 
de produtos em processo. 
 
1.5 Técnicas do JIT 
 
“Kaizen” - melhoria contínua 
O melhoramento contínuo é a realização de sucessivos 
melhoramentos. Não importa se os melhoramentos são pequenos, o 
importante é que a cada período algum melhoramento tenha realmente 
ocorrido. 
 
Trabalhador multifuncional 
 Mão-de-obra polivalente e proativa. Os trabalhadores são 
habilitados à realizar várias funções. 
 
Autonomia para parar a linha 
A filosofia JIT admite que a linha deve parar sempre que ocorrer 
algum problema de qualidade. Qualquer operador na linha de 
montagem tem autonomia para parar a linha. 
 
Visibilidade 
A situação das operações nos postos de trabalho pode ser vista 
facilmente e entendida pelos funcionários. Luzes coloridas são utilizadas 
para sinalizar a ocorrência de problemas em algum posto. 
 
Arranjo Físico Celular 
Os arranjos são planejados de forma a simplificar o fluxo dos 
materiais e pessoas. Além da utilização do arranjo físico celular 
recomenda-se juntar o máximo possível os postos de trabalho de forma 
a diminuir a movimentação e utilizar linhas em forma de U. 
 
Simplificação das máquinas 
Procura-se usar equipamentos simples e pequenos, de fácil 
movimentação e flexibilidade. Muitos são desenvolvidos ou adaptados 
pela própria engenharia da empresa, proporcionando um custo mais 
baixo de manutenção e maior confiabilidade. 
 
Redução do tempo de preparação (setup) 
Através da redução do tempo de preparação é possível trabalhar 
com lotes menores. Para que isso ocorra deve-se separar as tarefas de 
preparação em internas e externas. 
As internas são aquelas que exigem paralisação da máquina 
(ajuste de ferramenta, remoção de rebarbas, etc.) e as externas são 
aquelas que podem ser realizadas com a máquina trabalhando 
(transporte de ferramentas, organização da área, etc.). 
“Kanban” - cartão 
É uma instrução para produção e transporte. O material em 
processo só vai de um setor para outro quando solicitado através do 
cartão. O kanban de produção dispara a produção de um pequeno 
lote de peças de determinado tipo, em um determinado centro de 
produção da fábrica. O kanban de transporte autoriza a movimentação 
do material pela fábrica, do centro de produção que produz um 
componente para o centro de produção que consome este 
componente. 
Nivelamento da produção “Heijunka” 
Procura viabilizar a produção simultânea de vários produtos. Busca-
se um ritmo homogêneo de produção. 
 
Fornecedores 
Os fornecedores na filosofia JIT são vistos como parceiros da 
empresa e procura-se estabelecer relacionamentos de parceria e 
confiança. 
 
 
CORRÊA, H. L. Administração de Produção e Operações. Manufatura e 
serviços: uma abordagem estratégica. São Paulo: Atlas, 2004. 
 
DAVIS, M. Administração da Produção. Porto Alegre: Bookman, 2001. 
 
HEIZER, J. Administração de Operações. 5. ed. Rio de Janeiro: LTC, 2001 
 
MAYER, R. Administração da Produção. São Paulo: Atlas, 1990. 
 
MARTINS, Petrônio. Administração da Produção. São Paulo: Saraiva, 1998. 
 
MOREIRA, D. A. Administração da Produção e Operações. São Paulo: 
Pioneira, 1995. 
 
ROCHA, Duílio. Fundamentos Técnicos da Produção. São Paulo: Makron 
Books, 1995. 
 
RUSSOMANO, V. H. Planejamento e Controle da Produção. São Paulo: 
Pioneira, 1995. 
 
SLACK, Nigel.Administração da Produção. 2. ed. São Paulo: Atlas, 2002. 
 
STEVENSON, W. J. Administração das Operações de Produção. 2. ed. Rio 
de Janeiro: LTC, 2001. 
 
TUBINO, D. F. Manual de Planejamento e Controle da Produção. São 
Paulo: Atlas, 2000.

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