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Dentre as funções do Sistema Financeiro Nacional, destacam-se a da: 1) Intermediação Financeira e; 2) Prestação de serviços de Gerenciamento de recursos. Em relação à prestação de serviços de gerenciamento de recursos, está faz referência às facilidades que estão dispostas aos cidadãos graças à atuação das entidades que compõe o Sistema Financeiro Nacional, tais como as Instituições Financeiras (IF’s): • Da existência de um sistema de pagamentos para transferência de recursos e arrecadação de tributos; • O serviço de custódia (guarda) de valores, bens e títulos; • A disponibilização de meios de pagamento, tais como cartões de crédito e cheques; • A disponibilização de seguros para as mais diferentes finalidades (automóvel, viagem, saúde, entre outros). Sistema Financeiro Nacional (SFN) 7 O Sistema Financeiro Nacional do Brasil é formado por um conjunto de instituições, financeiras ou não, voltadas para a gestão da política monetária do governo federal. Composição do SFN e Intermediação Financeira 8 O Conselho Monetário Nacional (CMN) é um conselho, criado pela Lei nº 4.595, de 31 de dezembro de 1964 como poder deliberativo máximo do sistema financeiro do Brasil, sendo responsável por expedir normas e diretrizes gerais para seu bom funcionamento. Conselho Monetário Nacional (CMN) 9 Autoridades Monetárias • CMN • Banco Central Órgão do poder executivo. Autarquia (operacionaliza as diretrizes políticas do Governo Federal) • Orientar a aplicação dos recursos das instituições financeiras, quer públicas, quer privadas; • Propiciar o aperfeiçoamento das instituições e dos instrumentos financeiros; • Zelar pela liquidez e solvência das instituições financeiras; • Coordenar as políticas monetária, creditícia, orçamentária, fiscal e da dívida pública, interna e externa. Objetivos do CMN As reuniões do Conselho ocorrem 1 vez ao mês, e sua composição é dada por três membros, sendo eles: 1) Ministro de Estado da Fazenda (presidente do Conselho) 2) Ministro de Estado do Planejamento e Orçamento 3) Presidente do Banco Central do Brasil CMN BACEN Aprovar os orçamentos monetários, preparados pelo Banco Central, por meio dos quais se estimarão as necessidades globais de moeda e crédito; Emitir papel moeda; Fixar as diretrizes e normas da política cambial, inclusive quanto a compra e venda de ouro e quaisquer operações em Direitos Especiais de Saque e em moeda estrangeira; Executar os serviços do meio-circulante; Disciplinar o crédito em todas as suas modalidades e as operações creditícias em todas as suas formas, inclusive aceites, avais e prestações de quaisquer garantias por parte das instituições financeiras; Determinar o recolhimento de até 100% do total dos depósitos à vista e de até 60% de outros títulos contábeis das instituições financeiras; Regular a constituição, funcionamento e fiscalização dos que exercerem atividades subordinadas a esta lei, bem como a aplicação das penalidades previstas; Receber os recolhimentos compulsórios e os depósitos voluntários à vista das instituições financeiras; Limitar, sempre que necessário, as taxas de juros, descontos, comissões e qualquer outra forma de remuneração de operações e serviços bancários ou financeiros, Realizar operações de redesconto e empréstimo com instituições financeiras públicas e privadas; Determinar a percentagem máxima dos recursos que as instituições financeiras poderão emprestar a um mesmo cliente ou grupo de empresas; Efetuar, como instrumento de política monetária, operações de compra e venda de títulos públicos federais; Expedir normas gerais de contabilidade e estatística a serem observadas pelas instituições financeiras; Efetuar, como instrumento de política cambial, operações de compra e venda de moeda estrangeira e operações com instrumentos derivativos no mercado interno; Delimitar, com periodicidade não inferior a dois anos o capital mínimo das instituições financeiras privadas, levando em conta sua natureza, bem como a localização de suas sedes e agências ou filiais. Exercer o controle do crédito sob todas as suas formas; CMN BACEN Disciplinar as atividades das Bolsas de Valores e dos corretores de fundos públicos; Efetuar o controle dos capitais estrangeiros; Baixar normas que regulem as operações de câmbio, inclusive swaps, fixando limites, taxas, prazos e outras condições Exercer a fiscalização das instituições financeiras e aplicar as penalidades previstas; BACEN Conceder autorização às instituições financeiras, a fim de que possam: • funcionar no País; • instalar ou transferir suas sedes, ou dependências, inclusive no exterior; • ser transformadas, fundidas, incorporadas ou encampadas; • praticar operações de câmbio, crédito real e venda de títulos da dívida pública federal, estadual ou municipal, ações, Debêntures, letras hipotecárias e outros títulos de crédito ou mobiliários; • alterar seus estatutos. • alienar ou, por qualquer outra forma, transferir o seu controle acionário. Estabelecer condições para a posse e para o exercício de quaisquer cargos de administração de instituições financeiras privadas Atuar no sentido do funcionamento regular do mercado cambial, da estabilidade relativa das taxas de câmbio e do equilíbrio no balanço de pagamentos, podendo para esse fim comprar e vender ouro e moeda estrangeira, bem como realizar operações de crédito no exterior, inclusive os referentes aos Direitos Especiais de Saque, e separar os mercados de câmbio financeiro e comercial; As instituições financeiras somente poderão funcionar no País mediante prévia autorização do Banco Central ou decreto do poder executivo, quando forem estrangeiras. Política Monetária 12 Banco Central do Brasil (Bacen) 13 Banco central é uma entidade autárquica de natureza especial (sem vinculação com ministério) e com autonomia estabelecida pela Lei Complementar n° 179/2021, cuja função é gerir a política econômica, ou seja, garantir a estabilidade e o poder de compra da moeda do país e do sistema financeiro como um todo. Além disso tem como objetivo definir as políticas monetárias (taxa de juros e câmbio, entre outras) e aquelas que regulamentam o sistema financeiro local. Objetivo fundamental • Assegurar a estabilidade de preços. Outros objetivos • Zelar pela estabilidade e pela eficiência do Sistema Financeiro; • Suavizar as flutuações do nível de atividade econômica; • Fomentar o pleno emprego. CMN define metas de política monetária • Banco Central faz sua condução, exemplo: meta de inflação. 9 membros (1 Presidente + 8 Diretores) • Todos nomeados pelo Presidente da República, sujeito à aprovação no Senado. Lei Complementar n° 179/2021 Outros pontos importantes: • O cargo de Presidente do BCB deixade ter o status de Ministro; • O presidente do BCB deverá apresentar, no Senado Federal, em arguição pública, no primeiro e no segundo semestres de cada ano, relatório de inflação e relatório de estabilidade financeira, explicando as decisões tomadas no semestre anterior. • Dá ao BCB autonomia técnica, operacional, administrativa e financeira, mantendo as diretrizes do governo em aspectos relevantes 14 Mandato do Presidente • Duração de 4 anos, com início no dia 1° de Janeiro do terceiro ano de mandato do Presidente da República. Mandato dos Diretores • Duração de 4 anos, observando a seguinte escala: • 2 Diretores com início no primeiro ano de mandato do Presidente; • 2 Diretores com início no segundo ano de mandato do Presidente; • 2 Diretores com início no terceiro ano de mandato do Presidente; • 2 Diretores com início no quarto ano de mandato do Presidente. a) Como autoridade emissora da moeda, o BC cumpre um poder de monopólio concedido a ele pelo governo, de forma que o saldo de papel-moeda emitido conste no Passivo do balancete do BC; b) Como banqueiro do governo o BC guarda as reservas internacionais (consta no Ativo do balancete); c) Como banco dos bancos ele provê empréstimos e mantém depósitos (compulsórios e/ou voluntários) dos bancos comerciais. Tais empréstimos constituem um ativo, item Empréstimos ao setor privado, enquanto os depósitos compõem o passivo, item Reservas Bancárias, do balancete do BC. d) Como executor da política monetária o BC regula a taxa de juros de curto prazo e o volume de moeda em circulação. Para isso ele se utiliza da compra e venda de títulos públicos emitidos pelo MF, os quais constam no Ativo do balancete do BC. Tendo em vista o princípio contábil das partidas dobradas (a todo crédito corresponde um débito de igual valor e sinal contrário), será incluída a rubrica Demais Recursos no Passivo. Banco Central do Brasil 15 Algumas funções CNSP SUSEP Superintendência de seguros privados (SUSEP) 16 Principais atribuições da SUSEP A SUSEP é uma Autarquia vinculada ao Ministério da Economia, criada pelo Decreto-lei nº 73, de 21 de novembro de 1966, responsável pelo controle e fiscalização dos mercados de seguro, previdência privada aberta, capitalização e resseguro. A Autarquia é membro do Conselho Nacional de Seguros Privados – CNSP, órgão responsável por fixar as diretrizes e normas da política de seguros privados, juntamente com representantes do Ministério da Economia, do Ministério da Justiça, da Secretaria Especial de Previdência e Trabalho, do Banco Central e da Comissão de Valores Mobiliários. 1. Promover o desenvolvimento e concorrência dos mercados sob sua jurisdição; 2. Promover a estabilidade desses mercados; 3. Zelar pela liquidez e solvência das sociedades que integram o mercado; 4. Fiscalizar a constituição, organização, funcionamento e operação desse mercado, na qualidade de executora da política traçada pelo CNSP; 5. Atuar no sentido de proteger a captação de poupança popular que se efetua através das operações de seguro, previdência privada aberta, de capitalização e resseguro; 6. Zelar pela defesa dos interesses dos consumidores dos mercados supervisionados; 7. Promover o aperfeiçoamento das instituições. Superintendência nacional de previdência complementar (PREVIC) CNPC PREVIC 17 A Superintendência Nacional de Previdência Complementar - PREVIC, autarquia de natureza especial, dotada de autonomia administrativa e financeira e patrimônio próprio, vinculada ao Ministério do Trabalho e Previdência, é entidade de fiscalização e de supervisão das atividades das entidades fechadas de previdência complementar (EFPC – fundos de pensão) e de execução das políticas para o regime de previdência complementar fechado, o qual é operado pelas referidas entidades. Principais atribuições da PREVIC 1. proceder à fiscalização das atividades das EFPC e das suas operações; 2. Autorizar a constituição e o funcionamento das EFPC, e a aplicação dos respectivos estatutos e regulamentos de planos de benefícios; 3. harmonizar as atividades das EFPC com as normas e as políticas estabelecidas para o segmento; 4. decretar intervenção e liquidação extrajudicial das EFPC e nomear interventor ou liquidante; 5. nomear administrador especial de plano de benefícios de natureza previdenciária específico, administrado por EFPC, com poderes de intervenção e de liquidação extrajudicial; 6. promover a mediação, a conciliação e a arbitragem entre EFPC e entre elas e seus participantes, assistidos, patrocinadores ou instituidores; 7. enviar relatório anual de suas atividades ao Ministério do Trabalho e Previdência e, por seu intermédio, ao Presidente da República e ao Congresso Nacional; 8. submeter ao Ministério do Trabalho e Previdência sua proposta orçamentária; e 9. adotar as demais providências necessárias ao cumprimento de seus objetivos. Comissão de Valores Mobiliários (CVM) 18 A Comissão de Valores Mobiliários (CVM), é uma entidade autárquica em regime especial, vinculada ao Ministério da Economia, com personalidade jurídica e patrimônio próprios, dotada de autoridade administrativa independente, ausência de subordinação hierárquica, mandato fixo e estabilidade de seus dirigentes, e autonomia financeira e orçamentária. Finalidade 1. Estimular a formação de poupança e a sua aplicação em valores mobiliários; 2. promover a expansão e o funcionamento do mercado de ações, e estimular as aplicações permanentes em ações do capital social de companhias abertas sob controle de capitais privados nacionais; 3. assegurar o funcionamento dos mercados da bolsa e de balcão; 4. proteger os titulares de valores mobiliários e os investidores do mercado contra: a) emissões irregulares de valores mobiliários; b) atos ilegais de administradores e acionistas controladores das companhias abertas, ou de administradores de carteira de valores mobiliários; e c) o uso de informação relevante não divulgada no mercado de valores mobiliários; 5. evitar ou coibir modalidades de fraude ou manipulação destinadas a criar condições artificiais de demanda, oferta ou preço dos valores mobiliários negociados no mercado; 6. assegurar o acesso do público a informações sobre os valores mobiliários negociados e as companhias que os tenham emitido. 7. assegurar a observância de práticas comerciais equitativas no mercado de valores mobiliários;Companhias abertas, a Bolsa de Valores, os agentes do mercado de capitais e os Fundos de Investimento. Fiscaliza Para ser considerado um banco múltiplo, quais carteiras uma instituição financeira deve possuir? No mínimo duas, sendo uma delas ou a comercial ou de investimentos. Além disso, cada carteira necessita ter um CNPJ diferente, porém, no momento de publicação do balanço financeiro, a Instituição Financeira irá divulga-lo de forma agregada. Por que os bancos comerciais são considerados instituições monetárias? Por conta da criação de moeda através do efeito multiplicador do crédito. Banco Comercial (BC) Banco de Investimentos (BI) Banco de Desenvolvimento (BD) Sociedade de Crédito Imobiliário (SCI) Sociedade de Arrendamento Mercantil (SAM) Sociedade de Crédito, Financiamento e Investimento (SCFI) (Financeiras) 24Bancos Múltiplos 19 Banco Múltiplo Os bancos múltiplos são instituições financeiras com licença para fornecer uma ampla gama de serviços bancários comerciais, operações de câmbio, de investimento, financiamento ao consumidor e outros serviços, inclusive gerenciamento de fundos e financiamento de imóveis. Características Básicas do Bancos Comerciais e de Investimentos • são instituições financeiras privadas especializadas em operações de participação societária de caráter temporário, de financiamento da atividade produtiva para suprimento de capital fixo e de giro e de administração de recursos de terceiros. • Podem administrar Fundos de Investimentos (recursos de terceiros). • Podem fazer underwriting. • Captação de recursos atravésde depósitos a prazo (CDB) e venda de cotas de fundos. • Prestam assessoria financeira. • Concedem empréstimos de médio e longo prazo (capital de giro e capital fixo). • Podem intermediar operações de câmbio. • Captação de recursos através de depósito à vista (conta corrente) • Captação de recursos através de depósitos à prazo (CDB) • Concessão de crédito simples (cheque especial) • Arrecadação de tarifas e tributos públicos. • Concedem empréstimos de curto e médios prazos, a indústria, as empresas prestadoras de serviços e PF. • Somente BC, cooperativas de crédito e a Caixa Econômica Federal podem captar depósito à vista. • Atuam em operações de câmbio. 20 Banco Comercial (BC) Banco de Investimentos (BI) Observação: Crédito de curto prazo = capital de giro. Crédito de longo prazo = capital fixo. Características Básicas da SAM e SCI • Constituída na forma de sociedade anônima e Supervisionada pelo Banco Central. • Em sua denominação social deve constar a expressão “crédito imobiliário”. • O foco da SCI consiste no financiamento para construção de habitações, na abertura de crédito para compra ou construção de casa própria e no financiamento de capital de giro a empresas incorporadoras, produtoras e distribuidoras de material de construção. Essas são suas operações ativas. • Suas principais operações passivas são a Letra de Crédito Imobiliário (LCI), Letra Financeira (LF) e depósitos interfinanceiros; • Pessoas jurídicas que tenham como objeto principal a prática de operações de arrendamento mercantil (leasing) nas modalidades financeiras e operacional. • Podem ser objeto de arrendamento bens móveis e imóveis. • Suas fontes de captação de recursos são provenientes de empréstimos, colocação de debêntures e notas promissórias. 21 Sociedade de Arrendamento Mercantil (SAM) Sociedade de Crédito Imobiliário (SCI) SCFI - Financeiras • As sociedades de crédito, financiamento e investimento (SCFI), conhecidas como “financeiras”, são instituições privadas que fornecem empréstimo e financiamento para aquisição de bens, serviços e capital de giro. • Muitas das financeiras não ligadas a bancos fazem parte de conglomerados econômicos e operam como braço financeiro de grupos comerciais ou industriais. É o caso, por exemplo, de algumas lojas de departamento e montadoras de veículos que possuem suas próprias financeiras, concentrando suas operações no financiamento de seus próprios produtos. • Devem ser constituídas sob a forma de sociedade anônima, em cuja denominação social deve constar a expressão "Crédito, Financiamento e Investimento". São supervisionadas pelo Banco Central. • As Financeiras captam recursos por meio Letras de Câmbio (LC), Recibos de Depósitos Bancários (RDB), Depósitos Interfinanceiros (DI), operações de cessão de créditos, Depósitos a Prazo com Garantia Especial (DPGE) e Certificado de Depósitos Bancário (CDB). 22 Empréstimo Financiamento O dinheiro recebido não tem destinação obrigatória. O dinheiro recebido está vinculado à aquisição de determinado bem ou serviço como, por exemplo, a aquisição de um veículo ou equipamento. Corretora de Títulos e Valores Mobiliários (CTVM) e Distribuidora (DTVM) 1) Execução de ordens de compra e venda de ativos para seus clientes (Home Broker) 2) Disponibilização de informações de análise de investimentos; 3) Administração de carteiras (fundos de investimentos) 4) Realizar operações de Underwriting 23 Principais funções: As corretoras de títulos e valores mobiliários (CTVM) e as distribuidora de títulos e valores mobiliários (DTVM) atuam nos mercados financeiro e de capitais e no mercado cambial intermediando a negociação de títulos e valores mobiliários entre investidores e tomadores de recursos. A FISCALIZAÇÃO das Corretoras e distribuidoras, é feita tanto pelo Banco Central do Brasil quanto pela CVM. Módulo 02 – Mercado financeiro e seus desdobramentos (mercados monetário, de crédito, de capitais e cambial). Mercado Financeiro e seus desdobramentos (monetário, crédito, capitais e cambial) • Estabelecer o contato entre os agentes superavitários e deficitários; • Ser um mecanismo eficiente de fixação de preços para os ativos; • Proporcionar liquidez aos ativos; e • Reduzir os prazos e os custos da intermediação. Podemos definir os mercados financeiros como o mecanismo ou ambiente através do qual se produz um intercâmbio de ativos financeiros e se determinam seus preços. São mercados nos quais os recursos financeiros são transferidos desde unidades superavitárias, isto é, que têm um excesso de fundos, até aquelas deficitárias, ou seja, que têm necessidades de fundos. Dentro desse contexto, os mercados financeiros devem cumprir as seguintes funções: Características Institucionais Características de Oferta e Demanda • Transparência: possibilidade de obter informação relativa ao mercado de forma fácil, barata e rápida; e • Liberdade: trata-se da não existência de limitações de entrada ou saída de compradores e vendedores e da liberdade para negociar prazos e quantidades desejadas e formar preço. • Profundidade: existem ordens de compra e venda acima e abaixo do preço de equilíbrio, ou seja, existem curvas de oferta e demanda. • Amplitude: ordens de oferta e de demanda existem em quantidade suficiente, ou seja, existe elasticidade nas curvas de oferta e demanda. • Flexibilidade: diante de qualquer variação no preço de um ativo aparecem rapidamente novas ordens de compra e venda. 25 Classificação dos Mercados Financeiros MERCADO TIPOS EXEMPLOS DE OPERAÇÕES Monetário ou de Dinheiro Mercado de Crédito • Desconto comercial • Crédito comercial • Crédito bancário • Empréstimos a curto prazo Mercado de Títulos • Dívida pública a curto prazo • Ativos de empresas • Ativos bancários De capitais Crédito a longo prazo • Empréstimos • Operações de leasing • Operações de vendas a prazo • Operações de factoring* • Operações hipotecárias Mercado de valores • Bursátil • Balcão Ajudas oficiais • Operações do BNDES Com base nos tipos de Ativos 26 *Factoring (fomento mercantil) é uma atividade comercial caracterizada pela aquisição de direitos creditórios, por um valor à vista e mediante taxas de juros e de serviços, de contas a receber a prazo. Classificação dos Mercados Financeiros Com base nos clientes Mercado Características e tipos de operações De crédito Supre as necessidades de crédito de curto e médio prazos; por exemplo, capital de giro para empresas e consumo para as famílias. De capitais Supre as necessidades de financiamento de longo prazo; por exemplo, investimentos para empresas e aquisição de bens duráveis para as famílias. Monetário Supre as necessidades do governo de fazer política monetária e dos agentes e intermediários de caixa. Nesse segmento são realizadas operações de curto e curtíssimo prazo, e sua liquidez é regulada pelas autoridades monetárias. O Mercado monetário conta com dois grandes grupos de títulos: Cambial Supre as necessidades quanto à realização das operações de compra e venda de moeda estrangeira (fechamento de câmbio). Como exemplos dessas necessidades temos as importações (necessidade de compra e moeda estrangeira) e as exportações (necessidade de venda de moeda estrangeira) feitas pelas empresas. • Crédito consignado; • CDC; • Cheque especial; • Cartão de Crédito; • Leasing; Financiamento Imobiliário; • Financiamento de capital de giro; • financiamento de máquinas e equipamentos. • Títulos de renda fixa de longo prazo; • Debêntures; • Ações; • LF, CRI, CRA, FII; • Públicos. • Privados 27 Módulo 03 – Os bancos na Era Digital: Atualidade, tendências e desafios. Módulo 04 – Internet Banking. Módulo 05 – Mobile Banking. Módulo 13 – Transformação digital no Sistema Financeiro. Linha do Tempo 1945 Criação da Superintendência da Moeda e do Crédito (SUMOC) 1962 Início da era da automação bancária no Brasil, com a aquisição dos primeiros computadores pelos bancos1964 Lei 4.595/64 estabelece novas regras para o mercado bancário, criando o Conselho Monetário Nacional (CMN) e o Banco Central do Brasil (BACEN) 1967 Fundação da Federação Brasileira de Bancos (FEBRABAN) 1971 A FEBRABAN cria o Centro Nacional de Automação Bancária (CNAB), para apoiar os esforços tecnológicos do setor. 1975 A padronização chega aos boletos de cobrança, aumentando a eficiência do processamento e permitindo pagamento em qualquer agência bancária. 1979 O Banco Central e a ANDIMA criam o Sistema Especial de Liquidação e Custódia (SELIC), substituindo títulos físicos por lançamentos eletrônicos. 1983 Criação da Compensação Nacional e instalação do primeiro caixa eletrônico e da primeira Unidade de Resposta Audível (URA) do Brasil. 29 Linha do Tempo 1988 CMN altera a regulamentação do setor bancário, permitindo a operação de bancos Múltiplos. 1992 Surgimento do Débito Automático para algumas contas (água, luz, gás e telefone) e o sistema de pagamentos de aposentados e pensionistas por meio de cartão magnético. 1994 Itamar lança o Plano Real. Bancos ajustam-se à estabilidade da moeda. O Bacen passa a enquadrar os bancos brasileiros nas regras da Basileia. 1996 Lançamento do primeiro serviço de Internet Banking do Brasil. Criação do COPOM. 1999 Criação da Figura de correspondente bancário e da Cédula de Crédito Bancário (CCB). 2000 Lançamento do primeiro serviço de mobile banking do Brasil. 2001 Criação do Sistema de Pagamentos Brasileiro (SPB) e da Câmara Interbancária de Pagamentos (CIP). 2002 O SPB entra em operação, processando inicialmente TEDs com limite mínimo de R$ 5 milhões. 30 Linha do Tempo 2009 Implantação do Débito Direto Autorizado (DDA), sistema eletrônico que utiliza a estrutura do SPB para substituir por documentos digitais os boletos impressos. 2011 A compensação por imagem substitui em todo o território nacional a compensação física de cheques. 2013 A Lei 12.865/13 democratizou o acesso dos brasileiros a diversos serviços, viabilizando a inclusão financeira no país. Mesmo sem conta corrente, pessoas podem fazer pagamentos e transferências por meio de outras empresas, fazendo uso dos seus telefones celulares. 2014 Pagamento via NFC – Near Field Communication - pagamento por aproximação, que dependendo do valor da compra nem precisa de senha. 2010 Quebra da exclusividade das bandeiras de cartão de crédito. 31 Linha do Tempo Outras inovações Inteligência artificial, bigdata, a internet das coisas, computação em nuvens, robótica, cibersegurança, biometria, Webchat, chatbot (BIA), startups, fintechs, bitgtechs, innovation labs, coworking etc. 2020 Lançamento oficial do PIX – pagamento instantâneo – com funcionamento 24 horas por dia e sete dias por semana. 2021 Open Banking. É um conjunto de regras sobre o uso e compartilhamento de dados e informações financeiras entre instituições. Conceitos de ASG - 2023 Investimentos sustentáveis, títulos verdes etc. 32 Canais Tradicionais e Digitais • smartphones ou tablets, nominados de mobile banking; • computador pessoal, nominado de internet banking; • POS (Points of Sale) estão distribuídos nos mais diversos negócios e são popularmente chamados de “maquininha” de débito e crédito. Canais Tradicionais • agências bancárias com ponto fixo e de livre acesso dos clientes e usuários; • máquinas de autoatendimento (ATM - Automated Teller Machine); • centrais de atendimento telefônico (contact centers); e • correspondentes bancários* 33 *Correspondentes bancários é a atividade de execução de serviços acessórios às atividades dos bancos, por meio de empresas não- bancárias que são empregadas para este fim. Canais Digitais Bancos Digitais Bancos Digitalizados Não há agências físicas. Há agências físicas. Internet banking Mobile banking Acesso aos serviços bancários tanto no celular quanto em um desktop. Recurso bancário disponibilizado por meio de um aplicativo nos celulares e tablets. Real digital Moeda digital de banco central (da sigla em inglês CBDC, Central Bank Digital Currency) são denominadas na unidade de conta nacional que representam um passivo da instituição. Têm como objetivo ser o equivalente digital do dinheiro físico. 34 Moeda eletrônica Moedas virtuais (criptográficas) recursos em reais armazenados em dispositivo ou sistema eletrônico que permitem ao usuário final efetuar transação de pagamento. Emitida por Banco Central. Representação digital da moeda fiduciária. São representações digitais de valor, o qual decorre da confiança depositada nas suas regras de funcionamento e na cadeia de participantes. Não emitida por Banco Central. • Dada a intensa volatilidade de valor das moedas virtuais, sua incapacidade de agir como unidade de conta, meio de troca e reserva de valor, foram criadas as stablecoins, moedas virtuais que oferecem estabilidade através de uma paridade 1:1 com ativos seguros, inclusive moedas fiduciárias de curso legal como o dólar. • O surgimento de uma moeda virtual mais estável suscitou a possibilidade de competição com as moedas de curso legal, o que traria consequências indesejadas para as autoridades monetárias dos países. • O uso de um meio circulante não controlado pelo banco central poderia afetar as taxas de juros, o nível de preços, a política cambial e o sistema de pagamentos como um todo. • Vantagens do CBDC: aceleração da digitalização, inclusão financeira, inibição de moedas digitais privadas, pagamentos transfronteiriços, pagamentos programáveis e contratos inteligentes. Características do CBDC 35 1) Baseada em conta vs. Baseada em tokens • Baseada em conta – as contas são uma técnica bancária que representam uma relação jurídica contratual entre uma instituição financeira e um titular da conta. Ainda que o dinheiro creditado na conta seja chamado de “depósito”, a instituição financeira não é obrigada a guardar esse dinheiro, estando autorizada a utilizá-lo emprestando-o. Os saldos depositados em contas correntes são denominados “moeda escritural” e são transferidos por débitos e créditos entre tais contas. • Baseada em tokens – representa uma técnica contábil e não um conceito contratual. Não estabelecem uma relação jurídica entre a entidade financeira e um terceiro e não criam direitos e obrigações entre eles. Embora a CBDC baseada em token possa ser representada em registros contábeis gerenciados centralmente pelo banco central, não é um saldo credor em conta corrente. O dinheiro baseado em token depende da capacidade do beneficiário de verificar a validade do objeto de pagamento. • Para a moeda escritural: incluindo a CBDC baseada em conta, a identidade do titular da conta permite que este tenha acesso ao fundo: “Eu sou, então eu possuo”. • Para o dinheiro de forma física: a posse de notas e moedas permite ao titular dispor dos fundos: “eu tenho, portanto, possuo”. • Para tokens digitais: o conhecimento de uma senha (muitas vezes denominada de “chave privada” permite que o titular transfira os fundos: “eu sei, portanto, possuo”. Características do CBDC 36 2) Atacado vs. Varejo vs. De Propósito geral • CBDC de atacado: os bancos centrais já fornecem moeda digital na forma de reservas ou contas de liquidação mantidas por bancos comerciais e algumas outras instituições financeiras no próprio banco central. A configuração entre banco central e o sistema bancário é a CBDC do atacado. As reservas dos bancos comerciais podem ser consideradas uma CBDC do atacado. Elas são digitais, emitidas pelo banco central, restritas e baseadas em contas. • CBDC de varejo: são aquelas emitidas pelo banco central e disponibilizadas ao público, seja pelo próprio banco central, seja intermediada pelo sistema financeiro, através de bancos comerciais, por exemplo. É muito parecido com o Pix. A diferença está apenas no processo por trás do pagamento e que os consumidoresnão enxergam. Apesar do dinheiro sair de uma conta e chegar na outra em tempo real quando alguém usa o Pix, não necessariamente isso é verdade para a liquidação dos valores entre os bancos envolvidos. A diferença é portanto na infraestrutura. • De propósito geral: a CBDC estaria disponível tanto no atacado, quanto no varejo. Características do CBDC 37 3) Direto vs. Indireto vs. Híbrido • CBDC direto: os bancos centrais emitem a CBDC e administram, eles próprios a circulação. • CBDC indireto: a CBDC é emitida por um banco comercial, mas é totalmente garantida (100%) por passivos do banco central. • CBDC híbrido: emissão pelo banco central, com intermediários lidando com pagamentos. Preocupações com o modelo direto: • os BCs não possuem experiência em atendimento ao cliente e no estabelecimento de redes de pontos de contato físico ou digital; • Se os bancos começam a perder depósitos para o banco central, eles passam a depender mais do financiamento de atacado e isso possivelmente restringiria a oferta de crédito na economia com impacto potencial para o crescimento econômico; • Os bancos comerciais dependem do depósito dos clientes para realizar suas atividades de intermediação e criar moeda. Caso fosse permitido uma conta direta entre cidadãos e autoridade monetária, poderia resultar em desintermediação financeira e gerar corrida generalizada contra os bancos. Características do CBDC 38 4) Centralizadas vs. Descentralizadas • CBDC com rede centralizada: As redes centralizadas são aquelas em que todos os participantes são dependentes de um agente central que guarda o registro. Esse agente central tem poder sobre os dados e pode modifica-los sem conhecimento prévio de outros agentes. • CBDC com rede descentralizada: Nas redes descentralizadas, todos os participantes guardam uma cópia do registro, reduzindo o poder de cada agente sobre os dados e criando accountability sobre quem os modificou e quando. No mundo da DLT, essa autoridade central é substituída pela figura dos múltiplos membros da rende, todos com as mesmas informações, que exercem a mesma função de validação e liquidação através dos processos de comparação que são chamados de “mecanismos de consenso”. Em geral, as CBDCs baseadas em conta são caracterizadas como centralizadas, enquanto as baseadas e token podem ser centralizada ou descentralizada. Real digital – Perguntas e Respostas 39 Perguntas Respostas Será possível fazer Pix? Pagar contas com o Real digital? • As formas atuais de uso deverão ser também disponíveis. • Você poderá fazer pagamentos em lojas e também utilizar o Pix; • Poderá transferir Reais Digitais para outras pessoas; • transformar seus Reais Digitais que estarão em custódia de um banco em depósito bancário convencional; • sacar seus Reais Digitais passando para o formato físico. Como o usuário terá acesso ao Real digital? • Terá uma carteira virtual em custódia de um agente autoridade pelo BCB. O real digital estará sujeito às políticas monetárias? • O Real Digital será uma representação digital do Real físico hoje em circulação. E a política monetária será a base de sustentação de seu valor. Assim, quando o BC movimenta a liquidez da economia, em sua missão de garantir a estabilidade do valor de compra do Real, a quantidade de reais digitais em circulação será levada em conta. O real digital será um agregado monetário? • o Real Digital irá compor a medida de agregado monetário de maior liquidez disponível, similar a depósitos bancários e à moeda física em poder das pessoas. A moeda virtual do BC teria que tipo de lastro? • A moeda digital do BC é Real. É apenas uma forma diferente de representá-lo. Módulo 06 – Open finance Open Finance Informações sobre: 41 O Open Finance, ou sistema financeiro aberto, é a possibilidade de clientes de produtos e serviços financeiros permitirem o compartilhamento de suas informações entre diferentes instituições autorizadas pelo Banco Central e a movimentação de suas contas bancárias a partir de diferentes plataformas e não apenas pelo aplicativo ou site do banco. • Contas e operações de crédito; • Produtos e serviços de câmbio (em breve); • credenciamento; • Investimentos (em breve); • Seguros (em breve); • Previdência (em breve). • comparadores de tarifas bancárias, de tipos de contas, de cartões de crédito. • Usar informações financeiras que possui em um banco para contratar seguros ou planos de previdência com melhores condições em outros bancos. Exemplos de soluções que podem surgir do Open Finance É necessário obter consentimento do cliente. A solicitação deve ser efetuada exclusivamente por canais eletrônicos (autenticação e confirmação). O consentimento deve ter prazo de validade limitado a doze meses. • Incentivar a inovação; • Promover a concorrência; • Aumentar a eficiência do SFN e do SPB; • Promover a cidadania financeira. objetivos Open Finance 42 A assimetria da informação no mercado de crédito gera uma incerteza quanto à qualidade dos potenciais tomadores de empréstimos. Em um mundo ideal, as instituições teriam plena possibilidade de escolher entre os candidatos a empréstimos aqueles com maior probabilidade de pagar pontualmente suas dívidas. Enquanto algumas instituições escolheria os melhores riscos, outras, mais ousadas, escolheriam riscos não tão bons, por serem mais rentáveis. No mundo real, não é assim. Bons e maus pagadores se misturam em situações que tornam quase impossível distinguir uns dos outros. Como consequência, os credores acabam assumindo que a perda de crédito será maior do que seria se eles dispusessem de mais dados confiáveis e, com isso, sobem o preço dos empréstimos (os juros) para compensar o maior risco de crédito. Com preços mais caros, aqueles potenciais tomadores de crédito de melhor qualidade acabam se afastando do mercado para evitar pagar preços mais elevados (Oliveira, M. C., 2006, p. 100) Fases - Open Banking Característica 1ª fase (01/02/2021) • Compreende o intercâmbio de dados das instituições financeiras participantes sobre seus produtos e serviços, bem como canais de atendimento aos clientes. Com essa primeira fase já é possível efetuar a comparação entre produtos e serviços, bem como respectivos preços entre concorrentes. 2ª fase (13/08/2021) • Compartilhamento de dados cadastrais e transacionais dos clientes. 3ª fase (29/10/2021) • Compartilhamento da funcionalidade de iniciação de transação de pagamento. Essa fase inicialmente se limitava à possibilidade do participante iniciar um Pix em conta do cliente detida pelo outro. Logo após foram iniciados os procedimentos para permitir os serviços de encaminhamento de proposta eletrônica de crédito, por meio da qual os clientes poderão solicitar proposta de operações de crédito e de arrendamento mercantil a várias instituições financeiras. A tendência é que o serviço facilite a comparação de taxas, prazos e outras condições de contratação. 4ª fase (15/12/2021) – última fase, apelidada de Open Finance. • Compartilhamento de dados referentes a outros produtos e serviços financeiros prestados, como seguros, investimentos e câmbio. Open Finance A instituição participante é responsável pela confiabilidade, integridade, disponibilidade, segurança e sigilo em relação ao compartilhamento de dados e serviços em que esteja envolvida. Devem designar diretor responsável pelo compartilhamento dos dados. Deve elaborar relatório semestral referente ao compartilhamento de dados e serviços em que a instituição esteve envolvida. 43 Observação importantes: • O cliente deve solicitar o compartilhamento de dados à instituição que vai receber os dados (instituição de destino). • O consentimento dado pelo cliente deve discriminar os dados ou serviços que serão compartilhados (esse dado deverá ficar à disposição do BCB pelo prazo mínimo de 5 anos). Importante! As instituições participantes envolvidas no compartilhamento de dados ou serviços devem assegurar às pessoasa possibilidade de encerrar o compartilhamento a qualquer tempo. Estrutura de Governança • Conselho deliberativo: responsável por decidir sobre as questões necessárias para a implementação do Open Finance e propor ao BCB os padrões técnicos. • Secretariado: organiza e coordena os trabalhos. • Grupos técnicos: encarregados de elaborar estudos e propostas técnicas para a implementação do ecossistema. Módulo 07 – Novos modelos de negócios. Módulo 08 – Fintechs, startups e big techs. Novos Modelos de Negócios Instituição de pagamento é a pessoa jurídica que viabiliza transações comerciais ou financeiras e movimentação de recursos, no âmbito de um arranjo de pagamento*, contudo sem a possibilidade de conceder empréstimos e financiamentos a seus clientes. Tipos de Instituição de pagamento Emissor de moeda eletrônica Gerencia conta de pagamento do tipo pré-paga, na qual os recursos devem ser depositados previamente. Exemplo: emissores dos cartões de vale-refeição e cartões pré-pagos* em moeda nacional. Emissor de instrumento de pagamento pós- pago Gerencia conta de pagamento do tipo pós-paga, na qual os recursos são depositados para pagamento de débitos já assumidos. Exemplo: Instituições não financeiras emissoras de cartão de crédito (o cartão de crédito é o instrumento de pagamento). Credenciador Não gerencia conta de pagamento, mas habilita estabelecimentos comerciais para a aceitação de instrumento de pagamento. Exemplo: instituições que assinam contrato com o estabelecimento comercial para aceitação de cartão de pagamento. Uma mesma instituição de pagamento pode atuar em mais de uma modalidade. *Cartão pré-pago é um meio de pagamento que pode ser recarregado para fazer compras e pagamentos no débito. Geralmente, ele não é associado a nenhuma conta bancária e pode ser utilizado por qualquer pessoa. Ex: cartão pré-pago de bilhete de transporte. 45 *arranjo de pagamento são as regras para viabilizar transferências de recursos, aportes e saques e tudo o mais que puder ser definido como pagamento. O arranjo é supervisionado pelo BCB. Novos Modelos de Negócios 46 Modelos de Negócios de Instituições de Pagamentos Centralizadores financeiros busca-se agregar produtos ao serviço original de acordo com as necessidades de seus clientes. Entre as soluções oferecidas, estão a conta digital, a automatização de operações financeiras, a conciliação de pagamentos, a verificação de recebimentos e os serviços de transferência. O objetivo principal da instituição com esse modelo é se estabelecer como uma prestadora de serviços, soluções e plataformas, de maneira que ela possa se manter como gestora financeira central de seus clientes. Focados em nichos buscam direcionar seus produtos e serviços de acordo com delineamentos demográficos específicos. A viabilidade desses modelos se baseia no desenvolvimento de novas tecnologias e de configurações regulamentares favoráveis ao oferecimento de serviços em menor escala, tais como a interoperabilidade (possibilidade de qualquer entrante associar- se a qualquer arranjo de pagamentos, atendendo às regras estabelecidas). Agregação de valor ao serviço financeiro permitem a adição de serviços tipicamente bancários – como serviços de pagamento, cartões de crédito e aplicativos de gestão financeira – à prestação dos serviços principais de um determinado ramo econômico não financeiro, como aplicativos de transporte, comércios ou serviços de entrega. Fintechs Fintechs são empresas que introduzem inovações nos mercados financeiros por meio do uso intenso de tecnologia, com potencial para criar novos modelos de negócios. Atuam por meio de plataformas online e oferecem serviços digitais inovadores relacionados ao setor. Categorias de Fintechs • De crédito; • De pagamento; • Gestão financeira; • Empréstimo; • Investimento; • Financiamento; • Seguro; • Negociação de dívidas; • câmbio; e • multisserviços Sociedade de Crédito Direto (SCD) Sociedade de Empréstimo entre pessoas (SEP) Benefícios das fintechs • Aumento da eficiência e concorrência no mercado de crédito; • Rapidez e celeridade nas transações; • Diminuição da burocracia no acesso ao crédito; • Criação de condições para redução do custo do crédito; • Inovação; • Acesso ao Sistema Financeiro Nacional. 47 Sociedade de Empréstimo entre pessoas (SEP) A SEP realiza operações de crédito entre pessoas, conhecidas no mercado como peer-to-peer lending. Nessas operações eletrônicas, a fintech se interpõe na relação entre credor e devedor, realizando uma clássica operação de intermediação financeira, pelos quais podem cobrar tarifas. Ao contrário da SCD, a SEP pode fazer captação de recursos do público, desde que eles estejam inteira e exclusivamente vinculados à operação de empréstimo. 48 Sociedade de Crédito Direto (SCD) Caracteriza-se pela realização de operações de crédito, por meio de plataforma eletrônica, com recursos próprios. Ou seja, esse tipo de instituição não pode fazer captação de recursos do público. devem ser selecionados com base em critérios consistentes, verificáveis e transparentes, contemplando aspectos relevantes para avaliação do risco de crédito, como situação econômico- financeira, grau de endividamento, capacidade de geração de resultados ou de fluxos de caixa, pontualidade e atrasos nos pagamentos, setor de atividade econômica e limite de crédito. Seleção de clientes 49 Outros serviços que as SCDs podem prestar • Análise de crédito para terceiros; • Cobrança de crédito de terceiros; • Distribuição de seguro relacionado com as operações por ela concedidas. Importante! Para entrar em operação, as fintechs que quiserem operar como SCD ou SEP devem solicitar autorização ao Banco Central. Módulo 09 – Sistema de bancos-sombra (shadow banking). Shadow Banking 51 Shadow banking é um sistema de intermediação de crédito que envolve atividades e entidades fora do sistema bancário tradicional. Em outras palavras, shadow banking é a intermediação de crédito não-bancária. Inclui todos os agentes envolvidos em empréstimos alavancados que não têm acesso aos seguros de depósitos e/ou às operações de redesconto dos bancos centrais. Esses agentes tampouco estão sujeitos às normas dos Acordos de Basiléia. Riscos • para a estabilidade do sistema financeiro semelhantes aos colocados pelos bancos tradicionais (são fonte de risco sistêmico); • à medida que se engajam na transformação de maturidades e alavancagem e estreitam os laços entre as instituições financeiras, acaba torna-as mais vulneráveis ao contágio; • Reforçam o caráter pró-cíclico* do sistema a partir da amplificação do ritmo de concessão e retração do crédito; • Concessão de crédito de longo prazo tendo como contrapartida uma estrutura alavancada de funding, essencialmente, de curto prazo, é uma potencial vulnerabilidade que o shadow banking pode trazer ao sistema financeiro como um todo. *quando a sua orientação acompanha o ciclo econômico, geralmente exacerbando-o. Exemplo: em momentos de retração econômica, o caráter pró-cíclico amplifica ainda mais essa retração. Vantagens • Ampliam o acesso ao crédito; • Promovem fontes alternativas de investimento. Exemplos Fundos de investimento; veículos estruturados ou estruturas de securitização; FIDC; CRI, CRA, FII. Importante! As seguradoras, reguladas pela Susep, e os fundos de pensão, regulados pela Previc, não são incluídos no conceito de shadow banking, tendo em vista que não estão envolvidos em significativa transformação de maturidade ou de liquidez. Shadow banking estão sob regulação e supervisão da CMN, da CVM e do BCB, conforme sua área de atuação. Módulo 10 – O dinheiro na era digital: blockchain, bitcoin e demais criptomoedas. O dinheiro na era digital: blockchain, bitcoin e demais criptomoedas 53 Moedas Digitais Criptomoedas É uma Central Bank Digital Currency, ou seja, uma moeda desenvolvida e controlada pelo governo por meio de um banco central. Sua redeé centralizada. Toda criptomoeda é uma moeda digital, mas nem toda moeda digital é uma criptomoeda. As redes centralizadas são aquelas em que todos os participantes são dependentes de um agente central que guarda o registro. Esse agente central tem poder sobre os dados e pode modifica-los sem conhecimento prévio de outros agentes. O Bitcoin foi a primeira criptomoeda do mundo. Criado em 2008, por um usuário ou grupo de usuários de forma anônima e voluntária que atende sob o pseudônimo de Satoshi Nakamoto, mas que entrou em funcionamento somente em 03 de janeiro de 2009. Sua rede é descentralizada. Nas redes descentralizadas, todos os participantes guardam uma cópia do registro, reduzindo o poder de cada agente sobre os dados e criando accountability sobre quem os modificou e quando. No mundo da DLT, essa autoridade central é substituída pela figura dos múltiplos membros da rende, todos com as mesmas informações, que exercem a mesma função de validação e liquidação através dos processos de comparação que são chamados de “mecanismos de consenso”. O que é a tecnologia blockchain? A blockchain é um tipo específico de Distributed ledger technology* que se destaca no meio das moedas digitais, criptomoedas e stablecoins*. A base de dados é organizada na forma de blocos encadeados sequencialmente. Chama-se “mineração de dados” a atividade de tentar validar a transação dentro do blockchain (validar o bloco), através da resolução de uma hash (uma espécie de função ou enigma ou problema matemático) que pode ser solucionado via “mecanismos de consenso”, tais como o proof of work (modelo de competição entre os agentes para validação do bloco) ou proof of stake (o agente responsável pela validação do bloco é escolhido por algoritmo). O minerador que conseguir decifrar o enigma (resolver o problema ou hash) pode ser recompensado com criptomoeda. O minerador faz, assim, o papel que hoje é realizado pelos bancos de criar moeda. O dinheiro na era digital: blockchain, bitcoin e demais criptomoedas 54 Características do Bitcoin 1. Digital; 2. Neutra; (isenta de vínculo político) 3. Independente; 4. Criptografada - garante a privacidade, elemento fundamental para que o dinheiro seja livre de verdade; 5. Baseada na tecnologia conhecida como Blockchain; 6. Resistente à inflação inesperada. O sistema de consenso é o que garante a segurança da rede e a imutabilidade das informações. *Stablecoins: consideradas moedas virtuais ou criptomoedas que visam manter estabilidade de valor frente a algum ativo/grupo de ativos previamente definido. Assim como a criptomoeda, ambas são digitais, usam redes descentralizadas, fazem transações P2P (peer-to-peer), são baseadas em tokens ao invés de contas e não são emitidas pelos bancos centrais. *Distributed Ledger Tecnology: banco de dados compartilhado em uma rede para que cada participante tenha uma cópia idêntica. Deve ter mecanismo de consenso para validar novas entradas no livro de registro. O dinheiro na era digital: blockchain, bitcoin e demais criptomoedas 55 Token: No universo das criptomoedas, token é a prova eletrônica de propriedade de ativos físicos, ou seja, a representação digital de um ativo em uma blockchain. Na área de tecnologia, token refere-se a um dispositivo eletrônico/sistema gerador de senhas bastante utilizado por bancos. Características do Blockchain • Mais que 50% dos participantes precisam concordar e sincronizar a cadeia de blocos para que as informação armazenadas sejam validadas; • Cada novo bloco faz referência ao anterior, e, a cada nova entrada de dados, o último elo é verificado. • Utiliza criptografia em todas suas ligações, o que assegura que informações sigilosas possam ser armazenadas sem que nenhum ponto da rede tenha acesso ao conteúdo, que só se torna visível para quem possui a devida autorização. Big data: é o ambiente tecnológico que permite processar um grande volume de dados coletados ou produzidos para análises e finalidades variadas, que auxiliam na tomada de decisões. Seus atributos recorrentes denominados “4 Vs”, são: (i) volume – a capacidade computacional atual que permite processar grande quantidade de informações; (ii) velocidade – aumento da velocidade de processamento para tempo real ou quase; (iii) variedade – diversidade de estrutura, espécie e conjuntos de dados disponíveis; e (iv) valor – os dados são matéria-prima capaz de gerar valor, inclusive de monetização, para atividades empresárias ou não. A principal relevância da Big Data para a economia e para a sociedade é que ela fornece as condições necessárias para que, por meio do uso de modelos de IA, toda essa matéria- prima bruta informacional seja analisada mediante tratamento algorítmico, permitindo, por exemplo, a identificação de padrões de comportamento ou tendências econômicas, a exemplo das predições de risco e retorno realizadas pelas instituições financeiras e que se transformam em serviços financeiros, como crédito, seguro e investimento, mais eficientes e customizados. O dinheiro na era digital: blockchain, bitcoin e demais criptomoedas 56 chaves criptografadas Privada: dá acesso à moeda. Não deve ser compartilhada. Pública: servem como endereço da conta! pode ser compartilhada e permite que você envie ou receba recursos. A maior parte das carteiras, tanto de aplicativos quanto em carteiras físicas, convertem a chave privada em uma sequência de doze a 24 palavras que funcionam como um backup. São as chamadas “palavras-semente”. Se você perder o código, perdeu o Bitcoin. Chave pública Chave privada O dinheiro na era digital: blockchain, bitcoin e demais criptomoedas • Criação de novos bitcoins que serão inseridos na rede; • Necessário resolver um enigma criptográfico computacional; • O minerador que desvendar o enigma ganha o direito de inscrever um novo bloco na blockchain e as taxas das futuras transações que ocorrerem nesse bloco, assim como um montante em bitcoins; • Para minerar é necessário um hardware em específico, projetado especialmente para a resolução de enigmas computacionais. • Cada bloco contém uma recompensa de 50 moedas nos primeiros quatro anos de operação do Bitcoin, a ser reduzido pela metade depois em 25 moedas e depois a cada quatro anos dividindo pela metade (esse evento é chamado de halving) 57 Mineração: as transações são validadas e adicionadas à blockchain através de um processo chamado “mineração”, que também é o método pelo qual novos bitcoins são criados. O limite de Bitcoins é de cerca de 21 milhões. O que é uma carteira ou Wallet? Pode ser um aplicativo de celular, um pedaço de papel, um programa no computador ou até um hardware, semelhante a um pen-drive. Cold Wallet Carteiras Off-line. Exemplos são as carteiras em hardware (que são parecidos com um pen- drive, das marcas Trezor e Ledger, que você pode adquirir nos sites oficiais), ou carteiras em papel, que são as chaves pública e privada impressas em um papel. Hot Wallet Carteiras On-line. Possuem acesso à internet pelo dispositivo onde estão instaladas e são mais práticas para quem quer movimentar e usar suas criptomoedas com mais frequência. Geralmente são aplicativos no celular ou programas no computador e são mais aconselháveis para a manutenção de saldos menores. Também possuem backup das chaves privadas. O dinheiro na era digital: blockchain, bitcoin e demais criptomoedas 58 Módulo 11 – Correspondentes bancários. Correspondentes Bancários Os correspondentes bancários consistem em parcerias estabelecidas entre as Instituições Financeiras e empresas do setor do comércio, sobretudo varejista, assim como dos Correios, lotéricas, cartórios etc. Estas empresas comercializam produtos e serviços bancários e executam operações transacionais, sem a intermediação direta de um trabalhador bancário. A definição de correspondentes bancários segundo resoluções do CMN (Conselho Monetário Nacional) é a atividade de execução de serviços acessórios às atividades dos bancos, pormeio de empresas não-bancárias que são empregadas para este fim. 60 Importante! O correspondente não precisa de autorização do BC, apenas a instituição que o contrata! Vantagens • O banco consegue tirar os “não-clientes” das agências que avolumam filas dos caixas; • Inclusão financeira; • Aumenta a capacidade de alcance dos bancos. Desvantagens • O correspondente bancário não possui as mesmas condições de trabalho de um bancário; • Não possui a mesma remuneração. Correspondentes Bancários O contrato de correspondente pode ter por objeto as seguintes atividades de atendimento: • Recepção e encaminhamento de propostas de abertura de contas de depósitos e de pagamentos; • Realização de recebimentos, pagamentos e transferências eletrônicas; • Execução ativa e passiva de ordens de pagamento; • Recepção e encaminhamento de propostas de operações de crédito e de arrendamento mercantil; • Recebimentos e pagamentos relacionados a letras de câmbio; • Realização de operações de câmbio (exemplo: compra e venda de moeda estrangeira). 61 Resolução CMN 4935/2021 Limitação ao valor de US$3.000,00 (três mil dólares dos Estados Unidos), ou seu equivalente em outras moedas, por operação, e no caso de operação de compra ou de venda de moeda estrangeira em espécie com entrega do contravalor em moeda nacional também em espécie, limitação ao valor de US$1.000,00 (mil dólares dos Estados Unidos), ou seu equivalente em outras moedas; Módulo 12 – Sistema de pagamentos instantâneos (PIX). Sistema de pagamentos instantâneo (PIX) 63 Pix é o pagamento instantâneo brasileiro. O meio de pagamento criado pelo Banco Central (BC) em que os recursos são transferidos entre contas em poucos segundos, a qualquer hora ou dia. O Pix pode ser realizado a partir de uma conta corrente, conta poupança ou conta de pagamento pré-paga. • Com o Pix, não é necessário saber onde a outra pessoa tem conta; • O Pix funciona 24 horas, 7 dias por semana, entre quaisquer bancos, fintechs e Instituições de pagamento; • As transações de pagamento por meio de boleto exigem a leitura de QR Code; • Liquidação em tempo real; • Transações a partir de R$ 0,01; • Chave Pix: CPF, CNPJ, E-mail, número de celular ou chave aleatória. Características Importante! Em geral, não há limite máximo de valores. Entretanto, as instituições que ofertam o Pix poderão estabelecer limites máximos de valor baseados em critérios de mitigação de riscos de fraude e de critérios de prevenção à lavagem de dinheiro e ao financiamento do terrorismo. Os usuários podem solicitar ajustes nos limites estabelecidos, devendo a instituição acatar imediatamente a solicitação caso o pedido seja para redução de valor. Pessoas físicas possuem limites máximos pré-definidos, que podem ser alterados pelos clientes. A redução é imediata, mas o aumento depende de avaliação da instituição. O aumento é efetivado entre 24 e 48 horas após o pedido. • De PF para PF, de dia o limite é igual ao do TED; à noite: R$ 1.000,00; • De PF para PJ – de dia ou à noite: igual ao limite do TED. O correntista pode escolher se o período noturno começara às 22h, terminando às 6h. Sistema de pagamentos instantâneo (PIX) 64 Segurança Autenticação Rastreabilidade Tráfego seguro de informações Toda e qualquer transação, inclusive aquelas relacionadas ao gerenciamento das chaves Pix, só pode ser iniciada em ambiente seguro da instituição de relacionamento do usuário que seja acessado por meio de uma senha ou de outros dispositivos de segurança integrados ao telefone celular, como reconhecimento biométrico e reconhecimento facial ou uso de token; todas as operações com o Pix são totalmente rastreáveis, o que permite a identificação das contas recebedoras de recursos produtos de fraude/golpe/crime, permitindo a ação mais incisiva da polícia e da Justiça, o que não acontece com saques em caixas eletrônicos, por exemplo; O tráfego das informações das transações é feito de forma criptografada na Rede do Sistema Financeiro Nacional (RSFN), que é uma rede totalmente apartada da internet e na qual cursam as transações do Sistema de Pagamentos Brasileiro (SPB). Todos os participantes do Pix têm que emitir certificados de segurança para conseguir transacionar nessa rede. Além disso, todas as informações das transações e os dados pessoais vinculados às chaves Pix são armazenados de maneira criptografada em sistemas internos do BCB Sistema de pagamentos instantâneo (PIX) 65 Tanto no Pix Saque quanto no Pix troco, é possível retirar dinheiro em espécie onde esse serviço é oferecido, como lojas, lotéricas, caixas eletrônicos, etc. É só ler um QR Code e fazer um Pix da sua conta para a conta do local que está oferecendo o serviço. Pix Troco O valor é a diferença entre o valor total do Pix e o valor da compra que você fez. Pix Saque O dinheiro é o valor do Pix que você fez. O limite do saque é R$3.000,00 de dia, e R$1.000,00 à noite. Pessoas físicas podem fazer até 08 saques por mês, de graça. Sistema de pagamentos instantâneo (PIX) 66 Bloqueio cautelar O que fazer em caso de golpe, fraude ou um crime O bloqueio cautelar é um mecanismo exclusivo do Pix para aumentar a segurança dos seus usuários. Acontece quando existe uma suspeita de fraude. No momento do recebimento do Pix, os recursos são imediatamente bloqueados por até 72 horas pela instituição do recebedor para fazer uma avaliação mais detalhada. Se houver fraude: os recursos serão devolvidos ao pagador. Se não houver fraude: o bloqueio é encerrado e o recurso é devolvido ao recebedor. Com o registro do caso, sua instituição deve registrar uma notificação de infração por meio do BC, a instituição do suposto golpista irá bloquear os valores e ambas instituições terão um tempo para avaliar detalhadamente o caso. Após 7 dias, se for comprovado o golpe ou a fraude, o seu dinheiro será devolvido em até 96 horas. Caso não haja saldo suficiente para efetuar a devolução total dos valores, até o prazo máximo de 90 dias da transação original a instituição de relacionamento do recebedor deve monitorar a conta e, surgindo recursos na conta, deve efetuar devoluções parciais. Registre um BO na polícia. Registre uma reclamação na Instituição. Módulo 13 – Transformação digital no Sistema Financeiro (já abordado anteriormente). Módulo 14 – Moeda e política monetária: políticas monetárias convencionais e não-convencionais (quantitative easing). Moeda Moeda como Reserva de Valor: A separação entre os atos de compra e de venda em termos individuais permite a separação temporal, isto é, o indivíduo ao vender não precisa comprar imediatamente outra mercadoria. Para que o indivíduo possa escolher o momento de utilizar o poder de compra adquirido ao vender sua mercadoria, esta deve manter seu valor ao longo do tempo, isto é, a moeda deve, ao menos durante certo intervalo de tempo, ser reserva de valor. Como a moeda é reserva de valor e unidade de conta, abrimos, inclusive, a possibilidade de que as transações não sejam liquidadas imediatamente contra a entrega da moeda; a mercadoria pode circular com uma promessa futura de pagamento. Esta possibilidade de diferir o pagamento, a liquidação no tempo, é a origem do sistema de crédito. 69 Moeda I. Meio de trocas; II. Unidade de conta; e III. Reserva de valor. Monetização da Economia Inflação Poder de compra Desmonetização da Economia Inflação Poder de compra Compra de TPF Moeda como meio de troca: É consequência natural da evolução econômica e social a passagem das trocas diretas para as indiretas. Com isso, elimina-se a necessidade da dupla coincidência de desejos da troca direta. Moeda como Unidade de conta: A moeda desempenha a função de denominador comum de valor, isso é, fornece o padrão para que as demais mercadorias expressem seus valores. Ela desempenha a função de ser a expressão geral do valor, isto é, fornece o “referencial” para que as demais mercadorias cotemseus valores. Pode ser chamada de unidade de medida de valor. Políticas Monetárias convencionais LIQUIDEZ INFLAÇÃO PIB Aumentar Compulsório e Redesconto ou Vender T.P.F. Reduz Reduz Reduz Reduzir Compúlsório e Redesconto ou Comprar T.P.F Aumenta Aumenta Aumenta 70 COPOM e Políticas Monetárias convencionais • indústria e agricultura (Varejista); • Índice oficial de inflação do Brasil; • Calculado e divulgado pelo IBGE; • Utiliza uma cesta de mercado para cálculo do índice; • Pesquisa famílias que recebem de 1 a 40 salários mínimos; • A meta do IPCA é definida pelo CMN; • Divulgado aproximadamente no 8° dia útil do mês. 71 SELIC Meta O Comitê de Política Monetária (Copom) é o órgão do Banco Central, formado pelo seu Presidente e diretores, que define, a cada 45 dias, a taxa básica de juros da economia – a Selic. As decisões do Copom são tomadas visando com que a inflação medida pelo IPCA situe-se em linha com a meta definida pelo CMN. Uma vez definida a taxa Selic, o Banco Central atua diariamente por meio de operações de mercado aberto – comprando e vendendo títulos públicos federais – para manter a taxa de juros próxima ao valor definido na reunião. Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) Operações Compromissadas 72 Selic Over: é a taxa média das operações compromissadas lastreadas em título público federal praticadas no mercado interbancário com duração de 1 dia e compromisso de recompra. Esta taxa é determinada pela média ponderada do volume de negócios realizados durante o dia entre as instituições financeiras e o Banco Central, e é representada na forma anual. 72 Certificado de Depósito Interbancário (CDI) = taxa DI: é a taxa média das operações compromissadas lastreadas em títulos privados praticada no mercado interbancário com duração de 1 dia e compromisso de recompra. COPOM SELIC Meta SELIC-Over CDI Política monetária não-convencional (Quantitative Easing) 73 Características O Quantitative easing (QE), é uma forma de política monetária não convencional em que um banco central compra títulos de longo prazo no mercado aberto para aumentar a oferta de moeda e encorajar empréstimos e investimentos. • Ambiente de taxas de juros próximas a zero – que deixa a política monetária convencional impotente para evitar uma espiral deflacionária; • Aumento do ativo do balanço do Banco Central, ou seja, aumento da base monetária, por meio da compra de ativos financeiros públicos e privados; • A compra do QE é realizada à mercado; • A compra do QE faz com que suba os preços dos títulos de longo prazo e force a queda do juro de longo prazo; Agregados Monetários BM = PMPP + R M1 = PMPP + DV M2 = M1 + Poupança + Títulos privados M3 = M2 + Cotas de FIRF + Op. Comp. registradas no SELIC M4 = M3 + Títulos públicos federais • BM = É a moeda emitida pelo BCB (dinheiro com poder de multiplicação); • PMPP = Moeda em circulação – caixa dos bancos comerciais; • R = Reservas: R1(compulsórias), R2(voluntárias), R3(moeda corrente = caixa do banco); • M1 = meio de pagamento (é a oferta de moeda – ativos com liquidez absoluta). • Pode gerar inflação; • Pode desvalorizar a moeda doméstica.QE Módulo 15 – Orçamento público, títulos do Tesouro Nacional e dívida pública. Orçamento Público Planejamento 75 é um espaço político decisório no qual o governo decide, em resposta às demandas da sociedade, quais políticas públicas serão implementadas para enfrentar problemas e aproveitar oportunidades. Plano Plurianual (PPA) • define as diretrizes, objetivos e metas da administração pública federal para o horizonte de quatro anos - vigente do segundo ano do mandato atual do presidente até o primeiro ano do mandato do próximo presidente, quando é preparado um novo PPA. • Possui metas para cada área de atuação: saúde, educação, saneamento, transportes, energia etc.; • Também é incluído no PPA os gastos necessários para garantir a oferta permanente de determinado serviços público: exemplo, distribuição de cestas básicas para populações carentes; • Cada esfera do Governo tem um PPA (Federal) PPA (estadual) e PPA (municipal) porque eles possuem suas próprias responsabilidades. Define o que é mais importante e como o governo deve montar e aplicar o orçamento a cada ano. Ela traz as regras para elaborar e executar o orçamento para o ano seguinte, definindo também prioridades e metas do governo. Tanto a LDO quanto o orçamento seguem um plano maior, que é justamente o PPA. A LDO estabelece a ligação entre a LOA e a PPA. Aqui diz, por exemplo, quanto será o reajuste do salário mínimo e quanto o governo precisa poupar todo ano para pagar sua dívida. Aqui são definidas as “regras do jogo”. Antes de fazer o orçamento, o governo prepara a Lei de Diretrizes Orçamentária (LDO). A LOA estima as receitas e programa as despesas de cada ano de acordo com as prioridades do PPA e as regras estabelecidas pela LDO. Nenhuma despesa pública pode ser executada sem estar prevista na LOA. O orçamento federal inclui toda a programação de gastos da administração pública, desde o pagamento de pessoal, de aposentadorias, saúde, educação, até os investimentos das empresas estatais. O orçamento público na verdade é uma LEI, que é justamente a LOA. Orçamento Público 76 Lei Orçamentária Anual (LOA) Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) Regras Programação dos gastos Orçamento Público Receitas Despesas Vinculadas: só podem ser usadas para determinados fins, definidos em lei. Exemplo: salário educação – contribuição paga pelas empresas a UNIÃO que só pode ser usada para cobrir gastos com ensino fundamental. Outro exemplo é a contribuição chamada CIDE que vem embutida no preço da gasolina que só pode ser usada na construção e recuperação de estradas, em infraestrutura de transporte e em ações de proteção ambiental. Obrigatórias: pagamento da dívida pública; salários dos servidores; aposentadorias; benefícios como auxílio maternidade e auxílio doença; transferências que a constituição define para estados e municípios e etc. Acaba deixando pouca margem para a despesa discricionária. Não vinculada: de outro lado, é aquele em que o administrador público poderá escolher, utilizando-se dos critérios da conveniência e oportunidade, onde aplicar os valores arrecadados. Discricionárias: financiamento de pesquisas científicas; melhoria do ensino; modernização de hospitais; construção de estradas, infraestrutura e etc. 77 Títulos do Tesouro Nacional Os títulos públicos são títulos de renda fixa emitidos pelo governo. Os investidores de varejo atualmente conseguem investir diretamente em títulos públicos federais, emitidos pela União, pelo Programa do Tesouro Direto, desenvolvido pelo Tesouro Nacional em parceria com a B3. 78 Sem cupomCom cupom Juros compostos.Juros simples. Sigla Nome utilizado Rentabilidade Observações Títulos SEM Cupom LTN Tesouro Prefixado Deságio sobre o valor nominal (Prefixado) O valor de face é sempre R$ 1.000,00 por unidade de título. LFT Tesouro Selic SELIC (pós-fixado) Se a Selic aumentar a sua rentabilidade aumenta e vice-versa. Pode ser negociado ao par, com Deságio ou ágio. NTN-B (principal) Tesouro IPCA IPCA + juros (pós-fixado) Aumenta o poder de compra do dinheiro NTN-B1 Tesouro Renda + IPCA + juros (pós-fixado) O principal é pago em 240 parcelas (amortizações) mensais que iniciam na data de conversão. Títulos COM Cupom NTN-B (6% a.a. o cupom) Tesouro IPCA com Juros Semestrais IPCA + juros (pós-fixado) Aumenta o poder de compra do dinheiro NTN-F (10% a.a. o cupom) Tesouro Prefixado com Juros Semestrais Deságio sobre o valor nominal (Prefixado) O valor de face é sempre R$ 1.000,00 por unidade de título + ultimo pagamento de juros Semestrais. Títulos do Tesouro Nacional 79 Características • São tidos como títulos livres de risco de crédito; • Possuem liquidez diária; • pós-fixado é indicado para alta da SELIC; • Pré-fixado é indicado para queda da SELIC; • O imposto deRenda é conforme tabela de renda fixa; • O valor mínimo para comprar títulos é de R$30,00 ou 0,01 título; • O valor máximo de compra é R$ 1 milhão por mês; • O cupom é pago sobre o valor nominal (de face ou vencimento) do título, independente da taxa ou do preço de compra; • São escriturais, nominativos e negociáveis. Taxa de desconto Preço Unitário (PU) • No deságio: o investidor recebe SELIC + taxa%. Preço mais barato que ao par. Rentabilidade acima da SELIC. • No ágio: o investidor recebe SELIC – taxa%. Preço mais caro que ao par. Rentabilidade abaixo da SELIC. • Ao par: o investidor recebe SELIC + 0,00%. Rentabilidade igual da SELIC. LFT Títulos do Tesouro Nacional 80 Dívida Pública 81 Dívida Pública Federal (DPF) À forma À moeda Classificada quanto Emissão de títulos públicos Assinatura de contratos Dívida mobiliária Dívida contratual Pagamentos e recebimentos realizados na moeda corrente do país (Real) Pagamentos e recebimentos realizados em moeda estrangeira (usualmente o dólar). Dívida interna (DPMFi) Dívida externa (DPMFe) Rolagem da dívida (ou refinanciamento): na data de vencimento de um título que o governo emitiu, ele emite outro para substituir o anterior. Não é dinheiro novo entrando para os cofres do governo, o que significa que ele não poderá fazer novos gastos com esses recursos. O governo vai continuar pagando juros e uma parte do principal da dívida pública (amortização). Módulo 16 – Produtos Bancários: Programas sociais e benefícios do trabalhador; noções de cartões de crédito e débito, crédito direto ao consumidor, crédito rural, poupança, capitalização, previdência, consórcio, investimentos e seguros. Bolsa família 83 Bolsa família: É um programa de transferência direta e indireta de renda, destinado às famílias em situação de pobreza e extrema pobreza em todo o país, de modo que consigam superar a situação de vulnerabilidade social. O Programa é gerido pelo Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, responsável pela gestão do Programa e envio dos recursos paga pagamento dos benefícios. A Caixa é o Agente Operador do Programa, responsável pelo pagamento dos benefícios e disponibilização de canais de atendimento aos beneficiários que tenham dúvidas sobre o saque do benefício. 83 Elegíveis ao Programa Bolsa Família • Inscritas no CadÚnico; e • Cuja renda familiar per capita mensal seja igual ou inferior a R$ 218,00. O Bolsa família instituído pela MP n° 1.164/2023 substituiu o Programa Auxílio Brasil, instituído pela Lei n° 14.284/2021. Benefícios financeiros do programa • Benefício de Renda de Cidadania, no valor de R$ 142 por integrante; • Benefício complementar, destinado as famílias cuja soma dos valores relativos aos benefícios financeiros seja inferior a R$ 600; • Benefício Primeira infância, no valor de R$ 150 por criança, com idade entre 0 e 7 anos incompletos; • Benefício Variável Familiar, no valor de R$ 50,00 destinado às famílias que possuírem gestantes, crianças com idade entre 7 e 12 anos incompletos, ou adolescentes entre 12 e 18 anos incompletos; Auxílio Gás 84 Auxílio Gás: É um programa de auxílio à compra do gás de cozinha, destinado a famílias de baixa renda. O Programa é gerido pelo Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, responsável pelo envio dos recursos para pagamento. A CAIXA é responsável por realizar o pagamento do Auxílio Gás para as pessoas selecionadas. 84 Elegíveis ao Programa Auxílio Gás • Inscritas no CadÚnico com renda familiar mensal per capita menor ou igual a meio salário-mínimo; • O auxílio será concedido preferencialmente às famílias com mulheres vítimas de violência doméstica que estejam sob o monitoramento de medidas protetivas de urgência; Benefícios financeiros do programa • A cada bimestre, a família receberá valor monetário correspondente a uma parcela de, no mínimo, 50% da média do preço nacional de referência do botijão de 13kg; Benefícios do trabalhador 85 Benefícios Características FGTS • O Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) foi criado com o objetivo de proteger o trabalhador demitido sem justa causa, mediante a abertura de uma conta vinculada ao contrato de trabalho. • Os empregadores, depositam no início de cada mês, em nome dos empregados, o valor correspondente a 8% do salário de cada funcionário; • Todo trabalhador brasileiro com contrato formal, regido pela CLT, e, também, trabalhadores domésticos, rurais, temporários, intermitentes, avulsos, safreiros e atletas profissionais têm direito ao FTGTS; • O FGTS possui remuneração mensal da TR + 3,00% a.a. e pode distribuir resultados, com o objetivo de incrementar a rentabilidade; • Saque-aniversário do FGTS: Sistema opcional onde anualmente, no mês de aniversário, o trabalhador pode sacar parte do seu saldo do FGTS. Caso o trabalhador seja demitido, poderá sacar apenas o valor referente à múlta rescisória e não poderá sacar o valor integral da conta; • Condições para saque: demissão sem justa causa; aposentadoria; necessidade pessoal, urgente e grave, decorrente de desastre natural; falecimento do trabalhador; idade igual ou superior a 70 anos; portador de HIV; Neoplasia maligna; doenças graves etc. Abono Salarial • Equivale ao valor de, no máximo, um salário mínimo ao trabalhador que: a) esteja cadastrado no Programa de Integração Social (PIS) ou Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público (PASEP); b) Tenha recebido remuneração mensal media de até dois salários mínimos durante o ano- base; c) Ter exercido atividade remunerada para Pessoa Jurídica, durante pelo menos 30 dias, consecutives ou não, no ano-base; Benefícios Características INSS • O Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) é responsável pelo pagamento da aposentadoria e demais benefícios aos trabalhadores brasileiros, com exceção de servidores públicos. Para ter direito ao benefício, o trabalhador deverá pagar uma contribuição mensal durante um determinado período ao INSS, variando de acordo com o tipo de aposentadoria; • A CAIXA atua como Agente Pagador de Benefícios do INSS, sob gestão do Ministério do Trabalho e Previdência. A origem dos recursos para pagamento é da União; • A aposentadoria pode ser por idade ou tempo de contribuição. Seguro desemprego • Oferece auxílio em dinheiro por um período determinado ao trabalhador desemprego em virtude de dispensa sem justa causa. Ele é pago de três a cinco parcelas de forma continua ou alternada, de acordo com o tempo trabalhador; • A Caixa atua como agente pagador, cujos recursos são custeados pelo FAT. Benefícios do trabalhador 86 Cartão de débito e Crédito O cartão de débito é uma forma de pagamento eletrônica que permite a dedução do valor de uma compra diretamente na conta bancária do titular do cartão (conta corrente ou poupança). Para a efetivação de uma transação, o cliente deve utilizar uma senha para autorizar o acesso aos seus fundos bancários. A transação é feita por um terminal eletrônico chamado de POS (point of sale) instalado no estabelecimento comercial e este está conectado diretamente em rede bancária. Um comprovante é emitido ao final da transação, e todas as transações são listadas no extrato mensal da conta do cliente. 87 O Cartão de crédito é uma forma de pagamento eletrônico (dinheiro de plástico). É um cartão de plástico que pode conter ou não um chip e apresenta na frente o nome do portador, número do cartão e data de validade (pelo menos) e, no verso, um campo para assinatura do cliente, o número de segurança (CVV) e a tarja magnética (geralmente preta). O CVV é uma sigla para Card Verification Value, que significa “Valor de Verificação do Cartão”, ou, como é chamado popularmente, Código de Verificação do Cartão. O CVV é utilizado pelos sistemas de pagamento com o objetivo de garantir que a pessoa que está realizando o pagamento tenha o cartão fisicamente disponível no momento da compra. Ou seja, o CVV do cartão