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Este material didático do Curso Técnico em Transações Imobiliárias, modalidade 
EaD foi elaborado especialmente por professores do Centro Paula Souza para as 
Escolas Técnicas Estaduais – ETECs.
O material foi elaborado para servir de apoio aos estudos dos discentes para 
que estes atinjam as competências e as habilidades profissionais necessárias 
para a sua plena formação como Técnicos em Transações Imobiliárias.
Esperamos que este livro possa contribuir para uma melhor formação 
e apefeiçoamento dos futuros Técnicos.
APRESENTAÇÃO
REPRESENTAÇÃO DO OBJETO E NORMAS E CONVENÇÕES DO PROJETO ARQUITETÔNICO
GEEaD - Grupo de Estudo
de Educação a Distância
Centro Paula Souza
São Paulo – SP, 2020
Expediente
GEEaD – CETEC
GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO
EIXO TECNOLÓGICO DE GESTÃO E NEGÓCIO
CURSO TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS
Autora: Luciana Palermo dos Reis
Revisão Gramatical:
Juçara Maria Montenegro Simonsen Santos
Editoração e Diagramação:
Flávio Biazim
AGENDA 1
REPRESENTAÇÃO
DO OBJETO E
NORMAS E
CONVENÇÕES
DO PROJETO
ARQUITETÔNICO
REPRESENTAÇÃO DO OBJETO E NORMAS E CONVENÇÕES DO PROJETO ARQUITETÔNICO
5
Legislação Urbana - uma necessidade 
Com o crescimento e evolução das cidades, a necessidade de ordenar, orientar e planejar 
o espaço urbano torna-se cada vez mais evidente. O objetivo não é meramente a organi-
zação ou embelezamento, mas também a salubridade e a higiene das cidades.
É importante destacar que, a Constituição Federal de 1988 foi a primeira Constituição 
brasileira a dispor sobre questões urbanísticas, inserindo um Capítulo exclusivo para o 
tema, o qual foi intitulado “Da Política Urbana”. 
Já o Estatuto da Cidade visa consolidar a gestão do desenvolvimento urbano e a política 
habitacional como políticas públicas destinadas a assegurar o direito à cidade e à mora-
dia como direitos universais, definindo as ferramentas que o Poder Público deve utilizar 
para enfrentar os problemas e conflitos gerados pela desigualdade social e territorial nas 
cidades.
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O Plano Diretor é uma lei municipal que descreve como queremos que a nossa cidade seja organizada e se 
desenvolva nos próximos anos po meio de metas e planos de ações. O objetivo é melhorar a qualidade de vida 
dos moradores. O Plano Diretor deve ser regulamentado por meio de lei municipal e conforme disposição do 
Estatuto da Cidade tendo a Prefeitura, juntamente com toda a comunidade, a responsabilidade de seguir tudo 
o que foi aprovado.
A obrigatoriedade do Plano Diretor passou a vigorar com a vigência do Estatuto da Cidade, porém a grande 
maioria dos Municípios escapa dessa obrigatoriedade, pois não se encaixa em nenhuma das hipóteses do artigo 
41 do Estatuto da Cidade. O plano diretor é obrigatório para cidades:
 I – com mais de vinte mil habitantes; 
II – integrantes de regiões metropolitanas e aglomerações urbanas; 
III – onde o Poder Público municipal pretenda utilizar os instrumentos previstos
 no § 4º do art. 182 da Constituição Federal; 
IV – integrantes de áreas de especial interesse turístico; 
V – inseridas na área de influência de empreendimentos ou atividades com significativo
 impacto ambiental de âmbito regional ou nacional. 
VI - incluídas no cadastro nacional de Municípios com áreas suscetíveis à ocorrência de deslizamentos
 de grande impacto, inundações bruscas ou processos geológicos ou hidrológicos correlatos.
 (Lei nº 10.257, de 10 de julho de 2001 - Estatuto da Cidade)
O conteúdo mínimo do Plano Diretor foi estabelecido pelo artigo 42 do Estatuto da Cidade e especificado 
através da Resolução nº 34 do Conselho Nacional das Cidades. O plano diretor deverá conter no mínimo: 
I – a delimitação das áreas urbanas onde poderá ser aplicado o parcelamento, edificação ou utilização
 compulsórios, considerando a existência de infraestrutura e de demanda para utilização, na forma
 do art. 5º desta Lei; 
II – disposições requeridas pelos arts. 25, 28, 29, 32 e 35 desta Lei (macrozoneamento e índices urbanísticos
 relativos às áreas mínimas e máximas de lotes, taxa de ocupação, recuos frontais, laterais e de fundos 
 para edificações, faixas não edificáveis, delimitação das áreas verdes, traçado do sistema viário existente
 e projetado, entre outros);
III – sistema de acompanhamento e controle.
Mas por que o Técnico em Transações Imobiliárias deve conhecer esse tipo de legislação? 
Isso será utilizado na sua vida profissional?
No plano diretor, a cidade é dividi-
da em zonas que se diferenciam pelo 
uso e ocupações por elas permitidos.
Por exemplo, somente residencial, re-
sidencial e comércio local, estritamente comercial. Assim, se tem como garantir o desenvolvimento do 
munícipio conforme objetivos previamente estabelecidos.
PLANO DIRETOR E SUA IMPLANTAÇÃO NOS MUNICÍPIOS
A resposta é
REPRESENTAÇÃO DO OBJETO E NORMAS E CONVENÇÕES DO PROJETO ARQUITETÔNICO
7
A consulta a toda legislação urbana é pública.
Hoje, a maioria das prefeituras disponibili-
zam toda a Legislação Urbana em seus sites ou 
de forma física na própria prefeitura, onde não 
só a legislação pode ser consultada como, tam-
bém, os mapas e anexos que a acompanham.
No Plano Diretor, há uma lei complementar 
que disciplina o ordenamento do uso, da ocupação e do parcelamento do solo. Nela, encontramos os 
Índices Urbanísticos que indicam o tamanho mínimo e máximo de lote de cada zona, os recuos permi-
tidos, as alturas máximas das edificações e vários outros indicativos que norteiam, principalmente, a 
forma de construir nas cidades.
Vamos mostrar um exemplo de Plano Diretor e sua aplicação:
O Acesso é públi
co
Onde podemos
consultar essa legislação
Todo Plano Diretor vem com um anexo do 
mapa do município, onde identificamos a divisão 
e localização de cada zona que é representada 
por cores. Cada cor representa a atividade prin-
cipal permitida na zona e sua leitura pode ser fei-
ta por meio da legenda, conforme mostrado no 
detalhe.
O mapa de zoneamento, por exemplo, é uma 
representação adotada para as cidades. É um 
desenho técnico que segue normas da ABNT 
(Associação Brasileira de Normas Técnicas). As 
representações para as construções seguem os 
mesmos parâmetros. 
Interpretar tecnicamente as principais normas 
e convenções do desenho técnico e arquitetôni-
co será o tema abordado em nossa próxima aula. 
Até lá!
REPRESENTAÇÃO DO OBJETO E NORMAS E CONVENÇÕES DO PROJETO ARQUITETÔNICO
AGENDA 2
DESENHO
ARQUITETÔNICO
9
As principais categorias do desenho de arquitetura ou arquitetônico são: as plantas, os cortes ou se-
ções e as elevações ou fachadas.
LINHAS
As linhas de um desenho normatizado devem ser regulares, legíveis (visíveis) e devem possuir con-
traste umas com as outras.
I . Espessura
Linha grossa
Linha média (metade da anterior)
Linha fina (metade da anterior)
II .Tipos de linhas
A - Linhas auxiliares (finas: cota, ladrilhos, etc.) 
B - Linhas gerais (média)
C - Linhas principais (grossa)
D - Partes invisíveis 
E - Eixos de simetria 
F- Seções ou cortes
G- Interrupções
Pesos e categorias de linhas
Normalmente, ocorre uma hierarquização das linhas, obtida por meio do diâmetro da pena (ou do grafite) 
utilizados para executá-la. Tradicionalmente, usam-se quatro pesos de pena:
1. Linhas complementares - Pena 0,1. Usada, basicamente, para registrar elementos complementares do 
desenho, como linhas de cota, setas, linhas indicativas, linhas de projeção, etc. 
Linha fina - Pena 0,2 (ou 0,3). Usada para representar os elementos em vista. 
Linha média - Pena 0.4 (ou 0,5). Usada para representar os elementos que se encontram
 imediatamente à frente da linha de corte. 
Linha grossa - Pena 0.6 (ou 0,7). Usada para representar elementos especiais, como as linhas
 indicativas de corte (eventualmente é usada para representar também elementos
 em corte, comoa pena anterior).
No Autocad, as espessuras das linhas também são definidas seguindo o mesmo padrão das penas. 
Um projeto arquitetônico completo é composto por:
• PLANTA: é o desenho do objeto visto na sua projeção horizontal, cujo corte é feito acima do piso, a uma 
altura de 1,50 metros, tendo por objetivo mostrar, no desenho, todos os componentes do pavimento, como 
paredes, vãos de portas e janelas, equipamentos fixos e móveis (opcionais), de modo a dar numa escala ade-
quada e devidamente cotada, uma perfeita compreensão das divisões, circulação, iluminação e ventilação 
ELEMENTOS DO DESENHO
DESENHO ARQUITETÔNICO
10
do pavimento, na escala adequada, devidamente cotada, com as dimensões dos ambientes, sua desti-
nação e área, além da indicação dos níveis dos pisos.
Para representação gráfica 
de um projeto, cada tipo de 
linha vai representar um item 
a ser construído:
• Representação das paredes (altas 
com traço grosso contínuo, e paredes 
baixas com traço médio contínuo com 
a altura correspondente);
• Indicar as portas e janelas com suas 
medidas correspondentes (base x altura 
x peitoril) de acordo com a simbologia 
adotada. Note que no desenho abaixo a 
indicação de porta é P1 e de janela é J1.
• Colocar todas as cotas (medidas) necessárias a cada pa-
vimento, telhado, dependências a construir ou modificar e 
sofrer acréscimo. As cotas constantes dos projetos deverão 
ser escritas em caracteres claros e facilmente legíveis
• Indicar os destinos e as áreas correspondentes de 
cada compartimento em m2;
DESENHO ARQUITETÔNICO
11
• Com linha 
pontilhada, 
indicar o beiral 
(linha invisível);
• Indicar por onde pas-
sam os cortes longitu-
dinal e transversal (Tra-
cejado) e o sentido de 
observação, colocando 
letras ou números que 
correspondem aos cor-
tes.
• Representar todas as pe-
ças sanitárias, tanque,
pia de cozinha (obrigatório). 
Em marrom temos
exemplos de peças
sanitárias do banheiro e , 
em vermelho, pias e tanque. 
beiral
• Representar piso cerâmico ou 
similar com quadrículas (linha fina);
Linha Tracejada 
que indica o 
corte.
Sentido da
observação
Fo
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e:
 A
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DESENHO ARQUITETÔNICO
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• ELEVAÇÃO / FACHADA: é o desenho do objeto visto na sua projeção sobre um plano vertical. Sempre 
olhando para o imóvel que queremos descrever, temos: Fachada (ou vista frontal), Vista lateral esquerda, Vis-
ta Lateral Direita, Vista Posterior (ou fundos) e Vista superior (ou cobertura). Num lote localizado no meio de 
quadra é obrigatória a representação de pelo menos uma fachada. No caso de lote de esquina é obrigatória 
a representação de pelo menos duas fachadas com a respectiva indicação dos materiais a serem utilizados.
Obs.: as projeções ortogonais da Geometria Descritiva são usadas no desenho arquitetônico apenas mu-
dando os termos técnicos.
Para descrever os recuos de um imóvel, o 
mesmo princípio é utilizado. Veja a figura ao 
lado:
A seguir, temos a disposição das quatro fa-
chadas de uma construção, relacionando-as 
com a planta. Notar a aplicação da convenção 
para os traços nas fachadas. As partes mais 
próximas do observador são desenhadas com 
traço grosso. Devemos reduzir a espessura 
dos traços na medida em que eles estão mais 
distantes.
• CORTES: São obtidos por planos verticais que 
interceptam paredes, janelas, portas e lajes, com a 
finalidade de fornecer esclarecimentos que facili-
tam a execução da obra, pois teremos um desenho 
demonstrando as diferentes alturas de peitoris, ja-
nelas, portas, vergas e das espessuras das lajes do 
piso, do forro, dos detalhes de cobertura e dos ali-
cerces. As linhas indicando onde devem ser feitos 
os cortes são traçadas SEMPRE nas plantas do projeto.
O corte vertical corta a edificação desde a sua funda-
ção até a sua cobertura, como mostra a figura:
Fonte: Apostila de Desenho Arquitetônico – Curso de Edificações - ETEC Dra 
Ruth Cardoso – Fev/2008
Fonte: Acervo pessoal
Fonte: Apostila de Desenho Arquitetônico - Curso de Edificações - ETEC 
Dra Ruth Cardoso – Fev/2008
DESENHO ARQUITETÔNICO
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Quase sempre uma única seção não é suficiente para demonstrar todos os detalhes do interior de um 
edifício, portanto são necessários, no mínimo, dois cortes. Por esse motivo, sempre que se apresenta um 
projeto, representamos duas seções: LONGITUDINAL e TRANSVERSAL.
• PLANTA DE SITUAÇÃO: É a representação do lote dentro da quadra. 
a - É necessário indicar e numerar todos os lotes da quadra, ressaltando-se o lote em questão,
 assim como o seu número e o número da quadra;
b - Colocar os nomes de todas as ruas que circundam a quadra;
c - Indicar também o norte magnético.
• COBERTURA: A planta de cobertura é uma vista superior da obra ne-
cessitando assim a representação de todos os detalhes relativos à cober-
ta, como:
a - Tipo de telha;
b - Inclinação correspondente ao tipo de telha, 
c - Se houver, indicar beiral, platibanda, rufos, marquises...
d - Determinar as cotas parciais e totais da edificação.
Deve-se sempre passar um dos cortes por um dos 
compartimentos ladrilhados, cujas paredes sejam 
revestidas por azulejos. Indicamos as seções nas 
plantas por traços grossos interrompidos por pontos 
e terminados por setas que indicam a situação do 
observador em relação ao plano da seção. Assina-
lamos os cortes por letras maiúsculas. As paredes 
secionadas devem ser representadas tal como apa-
recem nas plantas
Fonte: Apostila de Desenho Arquitetônico - Curso de Edificações - ETEC Dra Ruth Cardoso – Fev/2008
Fonte: Apostila de Desenho Arquitetônico - Curso de Edificações - 
ETEC Dra Ruth Cardoso – Fev/2008
VISTA EM CORTE PERSPECTIVADO DA RESIDÊNCIA (sem escala)
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DESENHO ARQUITETÔNICO
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• FOLHAS: As folhas mais usadas para o desenho técnico são do tipo sulfite. Anteriormente à popu-
larização do CAD, desenvolviam-se os desenhos em papel manteiga (desenhados à grafite) e eles eram 
arte-finalizados em papel vegetal (desenhados à nanquim). 
Tamanhos de folhas (mm)
A4 210 x 297
A3 297 x 420
A2 420 x 594
A1 594 x 841
A0 841 x 1189
As folhas devem seguir os mesmos padrões do desenho 
técnico. No Brasil, a ABNT adota o padrão ISO: usa-se um 
módulo de 1 m² (um metro quadrado) cujas dimensões 
seguem uma proporção equivalente à raiz quadrada de 2 
(841 x 1189 mm). Esta é a chamada folha A0 (a-zero). A 
partir desta, obtém-se múltiplos e submúltiplos (a folha 
A1 corresponde à metade da A0, assim como a A3 corres-
ponde ao dobro daquela).
A maioria dos escritórios utiliza predominantemente os 
formatos A1 e A0, devido à escala dos desenhos e à quan-
tidade de informação. Os formatos menores em geral são 
destinados a desenhos ilustrativos, catálogos, etc. Apesar da normatização incentivar o uso das folhas 
padronizadas, é muito comum que os desenhistas considerem que o módulo básico seja a folha A4 ao 
invés da A0. Isto se deve ao fato de que qualquer folha obtida a partir desde módulo pode ser dobrada 
e encaixada em uma pasta neste tamanho, normalmente exigida pelos órgãos públicos de aprovação 
de projetos.
• LEGENDAS: a legenda ou identificação, na gíria profissional chama-se Carimbo, cuja finalidade é uni-
formizar as informações que devem acompanhar os desenhos. Os tamanhos e formatos dos carimbos 
obedecem à tabela dos formatos A. Recomenda-se que o carimbo seja usado junto à margem, no canto 
inferior direito. Esta colocação é necessária para que haja boa visibilidade quando os desenhos são ar-
quivados. O carimbo deve possuir as seguintes informações principais, ficando, no entanto, a critério do 
escritório, o acréscimo ou a supressão de outros dados: 
a - Nome do escritório , Companhia etc. 
b - Título do projeto.
c - Nome do arquiteto ou engenheiro.
d - Nome do desenhista e data.
e - Escalas.
f - Número de folhas e número da folha.
g - Assinatura do responsável técnico pelo projeto.
 e execução da obra.
h - Nome e assinatura do cliente.
i - Local para nomenclatura necessáriaao arquivamento
 do desenho.
j- Conteúdo da prancha.
A4 A4
A3
A2
A1
A0
Fonte: Apostila de Desenho Arquitetônico - Curso de 
Edificações - ETEC Dra Ruth Cardoso – Fev/2008
DESENHO ARQUITETÔNICO
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• ESCALAS NUMÉRICA: como é possível representar um prédio de 25 pavimentos, por exemplo, em uma 
folha de papel, mesmo que essa folha seja muito grande? Para que isso seja possível, todo desenho é feito em 
ESCALA, pois, uma construção não pode ser representada em desenho no seu tamanho real.
No desenho de arquitetura geralmente só se usam escalas de redução, a não ser em detalhes, onde apare-
ce, algumas vezes, a escala real.
A escolha de uma escala deve ter em vista:
1. O tamanho do objeto a representar
2. As dimensões do papel
3. A clareza do desenho
As escalas devem ser lidas 1:50 (um por cinquenta), 1:10 (um por dez), 1:25 (um por vinte e cinco), 10:1 (dez 
por um), etc. Traduzindo, quando falamos que a escala do desenho está 1:50, queremos dizer que o objeto 
representado no desenho está 50 (cinquenta) vezes menor que o seu tamanho real. 
Para solucionarmos problemas de escalas, as medidas devem estar na mesma unidade. Transforme-as, se 
necessário!
Ex.: Um canteiro de 2 metros foi desenhado com 4 cm. Qual é a escala do desenho?
Transforme metros em centímetros, temos então: 2 m = 200 cm
Efetue a operação: 4 cm = 1 e 200 cm = x
Aplicamos a regra de três:
4.x = 200 . 1 x = 200 x = 50 
 4 
Resposta: A escala do desenho é de 1: 50. 
Vamos detalhar a representação gráfica utilizada nos desenhos arquitetônicos.
Escala é a relação entre cada medida do
desenho e a sua dimensão real no objeto. 
A escala é uma razão: 
Medida do desenho
Medida real correspondente
Mas o que é isso 
Tamanho real
1 : 50
Número de vezes em 
que o objeto foi reduzido
DESENHO ARQUITETÔNICO
16
• SÍMBOLOS GRÁFICOS: o desenho arquitetônico, por ser feito em escala reduzida e por abranger áreas 
relativamente grandes, é obrigado a recorrer a símbolos gráficos. Assim utilizaremos as simbologias para 
representar as paredes, portas, janelas, louças sanitárias, telhas, concreto...
I. PAREDES
Normalmente, as paredes internas são repre-
sentadas com espessura de 15 cm, mesmo que 
na realidade a parede tenha 14 cm ou até me-
nos. Nas paredes externas o uso de paredes de 
20 cm de espessura é o recomendado, mas não 
obrigatório. É, no entanto, obrigatório o uso de 
paredes de 20 cm de espessura quando esta se 
situa entre dois vizinhos (de apartamento, salas 
comerciais, etc).
Convenciona-se para paredes altas (que vão 
do piso ao teto) traço grosso contínuo. Para pa-
redes a meia altura, traço médio contínuo, indi-
cando a altura correspondente.
II. PORTAS
Porta interna - Geralmente, a comunicação entre dois ambientes não há diferença de nível, ou seja, estão 
no mesmo plano, ou ainda, possuem a mesma cota.
Porta externa - A comunicação entre os dois 
ambientes (externo e interno) possui cotas dife-
rentes, ou seja, o piso externo é mais baixo. Nos 
banheiros, a água alcança a parte inferior da porta 
ou passa para o ambiente vizinho; os dois incon-
venientes são evitados quando há uma diferença 
de cota nos pisos de 1 a 2 cm pelo menos. Por esta 
razão, portas de sanitários são desenhadas como 
as externas.
III. JANELAS: o plano horizontal da planta corta 
as janelas com altura do peitoril até 1.50m , sen-
do estas representadas conforme a figura abai-
xo, sempre tendo como a primeira dimensão, a 
largura da janela pela sua altura e peitoril cor-
respondente. Para janelas em que o plano hori-
zontal não as corta, como por exemplo as janelas 
de banheiros, a representação é feita com linhas 
invisíveis. 
PAREDESPAREDES
Fonte: Apostila desenho de projetos de edificações 
– Desenho Técnico II – UFRGS – Junho/2007
Fonte: Apostila de Desenho Arquitetônico – Curso de Edificações - ETEC Dra 
Ruth Cardoso – Fev/2008
DESENHO ARQUITETÔNICO
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Fonte: Apostila de Desenho Arquitetônico – Curso de Edificações - ETEC Dra Ruth Cardoso – Fev/2008
Fonte: Acervo Pessoal
As Cotas representam sempre dimensões reais do objeto e não dependem, portanto, da escala em que o 
desenho está executado. São os números que correspondem às medidas. 
As cotas devem ser escritas na posição horizontal, de modo que sejam lidas com o desenho em posição 
normal, colocando-se o leitor do lado direito da prancha. Para localizar exatamente uma cota e indicar qual 
a parte ou elemento do objeto a que ela se refere é necessário recorrer a dois tipos de linhas que são: 
a) linhas de chamada (ou de extensão ou, ainda linha de referência)
b) linhas de cota (ou de medida). 
As cotas também podem ser descritas no próprio ambiente, internamente. Em geral, é utilizada essa forma 
de grafia das cotas em projetos de planta destinadas à aprovação na prefeitura. Observe no exemplo abaixo, 
as portas e janelas estão cotadas com as linhas de chamada, já as medidas de cada ambiente, ou alvenaria do 
imóvel, estão com cotas internas.
ESPECIFICAÇÕES DE MEDIDAS - COTAS
Vejamos um exemplo que reúne todas as simbologias abordadas:
DESENHO ARQUITETÔNICO
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Fonte: Apostila desenho de projetos de edificações – Desenho Técnico II – UFRGS – Junho/2007
Com essas informações, você está apto a ler um desenho técnico de arquitetura. Agora é só praticar.
DESENHO ARQUITETÔNICO
AGENDA 3
TOPOGRAFIA
20
O topógrafo se utiliza de instrumentos para efetuar este levantamento no local solicitado. São instru-
mentos de precisão. Vamos conhecer alguns deles.
Quando o levantamento topográfico é realizado, o autor do projeto da construção que se pretende im-
plantar no local estudado tem parâmetros precisos sobre o terreno, não só das suas dimensões totais, mas 
também de seus aclives, declives, determinados pelas curvas de nível e etc. O que facilita prever as alterações 
necessárias de movimentações de terra (cortes ou aterros) para o início das obras.
Curvas de nível? Do que se trata isso? O método mais comum de representar o relevo de uma área em par-
ticular é fazendo uso de curvas de nível.
Observe a figura ao lado. Podemos visualizar um mor-
ro com seus vários níveis (altura) identificados: 10 me-
tros, 20 metros, 30 metros e assim sucessivamente. 
Abaixo vemos esse mesmo morro representando em 
planta, note que o formato das curvas de nível está 
expresso exatamente como são, no mesmo formato e 
extensão que foram levantadas in loco, mas suas al-
turas estão expressas em números, afinal trata-se de 
uma representação gráfica em planta. 
Somente com essa representação em planta conse-
guimos identificar a extensão, formato e a altura de 
cada nível deste morro.
TOPOGRAFIA
Tripé
Teodolito
Estação Total
Balizas
Nível apoiado
Trenas
Tripé Estação Total Nível apoiado
Teodolito Balizas Trenas
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21
Perceba que as curvas de nível é como se cortássemos esse morro em várias camadas seguindo o 
mesmo intervalo de altura, que, neste caso, são 10 metros. 
Observe que nenhuma curva de nível cruza sobre a outra, na verdade elas nunca devem se cruzar. 
Vejamos outro exemplo com sua representação:
Outro detalhe que podemos observar neste desenho é que onde as curvas são mais espaçadas o terreno 
e plano, e onde elas são mais próximas o terreno tem o desnível mais acentuado.
Vamos avançar um pouco mais nos conceitos topográficos. Vimos que através de um estudo topográfico 
podemos determinar com exatidão as extensões e as alturas de um determinado terreno. Mas, como pode-
mos localizar esse terreno de forma também exata no munícipio a que ele pertence? Através do Georrefe-
renciamento com coordenadas geográficas. Elas são referências precisas e únicas.
Com o Sistema de Coordenadas, podemos transportar com exatidão o Posicionamento ou para Sistema 
de Posicionamento Global (GPS): Através do sistemade coordenadas é possível o transporte dessas coor-
denadas no campo (área de levantamento) para obtenção do posicionamento exato da área levantada para 
a implantação de um empreendimento, por exemplo. 
Todo o levantamento topográfico é registrado no Memorial Descritivo do lote/gleba. O memorial descriti-
vo topográfico é a descrição dos dados levantados, como, coordenadas, distâncias, ângulos e confrontações
As das fotos aéreas, que temos disponível hoje nos aplicativos de navegação, são georreferenciadas atra-
vés do levantamento digitalizado e auxiliam na elaboração de levantamentos, identificação do local e como 
histórico de registro das alterações antrópicas.
Vejamos o exemplo da localização da ETEC de Praia Grande/SP. Note que as coordenadas são informa-
GEORREFERENCIAMENTO
GEO - Prefixo que indica ou pertence a Terra
REFERENCIAMENTO - Referir/Localizar/Atribuir/Orientar/Referenciar
“Referir-se a uma posição geográfica”
Localizar espacialmente no Globo terrestre uma entidade geográfica através de um sistema
de posicionamento conhecido.
TOPOGRAFIA
Vemos o morro onde cada linha pontilhada 
mostra a altura da curva de nível. Na curva 
de 20 metros está localizada uma construção, 
que neste caso aparece porque o corte de re-
presentação foi feito no sentido Norte e Sul.
Abaixo a representação da Planta Planialti-
métrica
22
TOPOGRAFIA
das em números decimais (-24.032219, -46.506790) neste caso, mas pode também ser grafadas em graus, 
minutos e segundos (24°01’56.2”S 46°30’24.2”W). Essas coordenadas são obtidas através da Projeção Uni-
versal Transversa de Mercator (UTM), cada região do globo é dividida em coordenada geográficas, por isso, 
com essas informações, podemos localizar com exatidão o nosso exemplo acima - a escola.
Nem sempre o terreno está adequado para receber a construção que se deseja realizar ali, por isso ele 
precisa ser preparado – nivelado, aterrado, cortado, etc. Esse “preparo” recebe o nome de MOVIMENTAÇÃO 
DE TERRA.
Vamos dar um exemplo: para construção de uma estrada a superfície natural deve ser substituída por uma 
superfície projetada, considerando a segurança, o conforto e o desempenho dos veículos e acessibilidade. 
A infraestrutura de uma estrada é constituída via de regra, de cortes e aterros. Em situações específicas os 
cortes são substituídos por túneis e os aterros por viadutos.
CORTE - escavação do terreno natural ao longo do eixo e no interior dos limites das seções de projeto.
ATERRO - parte acima do terreno natural que requer depósito e compactação controlada de materiais.
O corte e o aterro também podem ocorrer ao mesmo tempo na mesma superfície para possibilitar a 
execução da construção projetada. Veja o exemplo abaixo. A plataforma foi formada após retirar (cortar) 
parte da encosta de um morro e aterrar outra parte, possibilitando assim que a construção da estrada que 
exemplificamos anteriormente.
Vamos avançar
no assunto? 
23
TOPOGRAFIA
Vimos então que o conhecimento de topogra-
fia se torna imprescindível nas construções, seja 
para abertura de estradas, construções de pré-
dios ou residências em terrenos que não sejam 
planos, demarcação e medição de áreas, enfim, 
o trabalho do topógrafo auxilia em muito na exe-
cução de construções civis.
Glossário:
Antrópicas - Ação antrópica diz respeito a uma ação realizada pelo homem. Essa expressão fi-
cou conhecida em virtude dos impactos causados no meio ambiente pelas alterações humanas.
AGENDA 4
PROCESSOS
CONSTRUTIVOS I - 
FUNDAÇÕES
25
Toda a construção tem fundações, que são elementos estruturais que têm a função de receber todo o 
peso de uma edificação e transmiti-las ao solo. Sem fundação nenhuma construção ficaria de pé.
Os tipos de fundações podem ser divididos em fundações rasas e fundações profundas. Para a escolha 
de qual fundação será a mais adequada para a edificação a ser construída, alguns itens são levados em 
consideração:
• Escolha do tipo de fundação em função da geologia do solo
• Pesquisa de subsolo adequada (sondagem)
• Fundação adequada ao tipo de solo e suas consequências (cálculo das cargas e recalques)
• Equipamentos e mão-de-obra disponíveis
• Custo de execução
O tipo de solo de um terreno é identificado através da Sondagem, que é o estudo das camadas de solo. 
Com um ensaio de sondagem nas mãos, um engenheiro civil é capaz de dizer o tipo de solo e qual o me-
lhor tipo de fundação a ser utilizado, levando em consideração os fatores de segurança e escolher o tipo 
de fundação mais viável economicamente.
É importante salientar que a qualidade do solo e o por-
te da edificação que será construída são dois fatores que 
norteará a escolha correta, pois quem irá receber toda a 
carga (peso) da construção será o solo e ele deverá supor-
tá-la sem que entre em colapso. 
Quanto aos tipos de fundação temos: 
• Fundações rasas ou diretas: são aquelas em que a 
carga é transmitida ao solo por meio de elementos su-
perficiais, sem a necessidade de equipamentos de grande 
porte para a cravação ou escavação. As fundações diretas são executadas nas primeiras camadas do 
solo, geralmente a uma profundidade de até duas vezes a sua menor dimensão em planta ou no máxi-
mo 3 metros de altura. São exemplos de tipos de fundações rasas as sapatas, blocos e radier.
A FUNDAÇÃO não é vista em uma construção porque 
sempre está localizada dentro do solo, enterrada, mas 
é uma parte importante na estabilidade da edificação.
PROCESSOS CONSTRUTIVOS I – FUNDAÇÕES
Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Funda%C3%A7%C3%A3o_
(constru%C3%A7%C3%A3o)
Sondagem SPT - Fonte: Estudo de Caso - FUNDAÇÕES SUPERFI-
CIAIS – UNAERP, 2013
26
• Fundações profundas ou indiretas: são aquelas executadas nas camadas mais profundas do solo e, 
em sua grande maioria, são realizadas com o auxílio de um equipamento de escavação ou cravação. São 
exemplos de tipos de fundações profundas as estacas e tubulões (a céu aberto ou a ar comprimido). A 
estacas podem ser moldadas in loco ou pré fabricadas. Na figura abaixo vemos um exemplo de estaca 
moldada in loco tipo Frank. O material mais comumente usado nas estacas é o concreto armado, mas 
também ser de madeira ou metálica.
Sapata Radier
estudo junto aos proprietários dos lotes adjacentes. Assim, a pre-
sença de construções vizinhas pode influenciar na escolha do tipo 
de fundação. O engenheiro prevê a interferência da construção vizi-
nha e calcula o bulbo de pressão individual da construção para que 
não haja danos à nova construção e também a construção vizinha. 
Aprendemos hoje que toda a construção tem uma fundação es-
pecífica quanto ao seu porte e ao solo onde será implantada. Na 
próxima aula continuaremos a nossa construção falando de outros 
sistemas igualmente importantes.
Existem tipos de fundações que produzem barulhos, sujeiras e 
grandes vibrações e outras não. Se houver construções próximas 
ao terreno onde será construído, a vibração do solo pode acarre-
tar em danos às estruturas vizinhas e por isso deve ser feito um 
PROCESSOS CONSTRUTIVOS I – FUNDAÇÕES
Fonte: www.unaerp.br/revista-cientifica-integrada/edicoes-ante-
riores/volume3/2170-fundacoes-superficiais/file
Exemplo de Estaca tipo Frank
Fonte: https://www.pinterest.es/pin/576320083558628465?lp=true – Stefany Cunha
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Fonte: : https://www.escolaengenharia.com.br/radier/
Estaca pré moldada de concreto
Fonte: https://foa.com.br/obras/galeria-de-fotos/
AGENDA 5
PROCESSOS
CONSTRUTIVOS
II – ESTRUTURA
28
• PILAR - é um elemento estrutural vertical usado para receber os esforços verticais de uma edifica-
ção. Os pilares recolhem as cargas das vigas e as transmitem às fundações.
• VIGA - é um elemento estrutural horizontal das edificações. A viga é usada no sistema laje-viga-pilar 
para transferir os esforços verticais recebidosda laje para o pilar. Tipos de vigas:
• Viga em balanço viga de edificação com um só apoio.
• Viga bi apoiada: vigas de edificações com dois apoios.
• Viga continua: vigas de edificações com múltiplos apoios
• LAJE - São placas de concreto armado, de pequena espessura em relação as suas outras dimensões 
e tem por finalidade suportar cargas perpendiculares pelas suas maiores dimensões. Tipos de lajes:
• Maciça
•Pré moldada comum
PROCESSOS CONSTRUTIVOS II – ESTRUTURA
Estádio Mané Garrincha – Brasília
https://fotos.habitissimo.com.br/foto/detalhe-dos-pila-
res-externos-e-da-laje-de-concreto_866365
https://www.meiacolher.com/2014/07/saiba-qual-diferenca-
de-coluna-pilar.html
29
• Pré moldada com vigotas protendidas
• Pré moldada treliçada
• Nervurada
PROCESSOS CONSTRUTIVOS II – ESTRUTURA
30
PROCESSOS CONSTRUTIVOS II – ESTRUTURA
• Pré moldada alveolar
• Prédio Comercial em estrutura metálica
• Arquitetos Telles Arquitetura
- Localização -Loteamento Caminhos de San Conrado (Sousas), Brasil
- Autor Bernardo Telles
- Área 318.0 m2
- Ano do projeto 2015
- Fotografias André Scarpa
O sistema de pilar, laje e viga mais utilizado no Brasil é do de concreto armado. Os exemplos acima são 
todos deste material, mas isso não significa que outros materiais também não possam ser utilizados no 
sistema de maneira tão eficiente.
Vejamos alguns exemplos:
• Residência em estrutura metálica
	
http://wwwo.metalica.com.br/construcoes-metali-
cas-o-uso-do-aco-na-construcao-civil
31
PROCESSOS CONSTRUTIVOS II – ESTRUTURA
• Cobertura em estrutura de madeira
PLAZA METROPOL PARASOL – Sevilha – Espanha
EDIFÍCIO COMERCIAL TAMEDIA - SHIGERU BAN - ZURIQUE, NA SUÍÇA 
Imagem 1 - Vista do prédio
Imagem 2 - Detalhes da Estrutura
Imagens 3 e 4 - Vista interna
Ao todo são sete andares e dois pavimentos de subsolo onde funciona como sede de um grupo de mídia.
Arquiteto - Shigeru Ban Architects
· Localização - Zurique, Suíça
· Arquiteto Responsável - Shigeru Ban
· Área – 10.120,00m2
· Ano do projeto - 2013
https://pt.wikipedia.org/wiki/Metropol_Parasol#/media/File:MetropolParasol4.JPG
Imagem 1
Imagem 3
Imagem 2
Imagem 4
AGENDA 6
PROCESSOS
CONSTRUTIVOS III 
- VEDAÇÃO,
INSTALAÇÃO E 
ACABAMENTOS
33
A alvenaria deve ser levantada e ao mesmo tempo a execução das instalações hidrossanitárias e 
elétricas também são realizadas, para não haver desperdício de material com quebra de alvenaria para 
passar as tubulações posteriormente.
As instalações hidráulicas compreendem subsistemas de uma edificação para captação, transporte 
e armazenagem de fluidos. Constituem o sistema de uma instalação hidráulica as instalações de água 
fria, instalações de água quente, instalações de esgoto sanitário, instalações de água pluvial e combate 
a incêndio.
A rede de distribuição das instalações de água fria é o conjunto de tubulações que interligam os reser-
vatórios de água aos pontos de utilização, por exemplo as torneiras e vasos sanitários.
A rede de distribuição é basicamente formada por:
• Barrilete: o barrilete é o conjunto de tubulações que se originam no reservatório
e abastecem as colunas de distribuição.
• Colunas de distribuição: derivam-se do barrilete e alimentam os ramais.
• Ramais: recebem a água das colunas e a distribui para os sub-ramais nos pavimentos.
• Sub-ramais: são as tubulações que alimentam diretamente as peças de utilização.
http://construcaomercado17.pini.com.br/negocios-incorporacao-construcao/123/instalacoes-hidraulicas--299543-1.aspx
PROCESSOS CONSTRUTIVOS III – VEDAÇÃO, INSTALAÇÃO E ACABAMENTOS
INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS
instala��es de �gua fria
https://www.escolaengenharia.com.br/instalacoes-hidraulicas/#fria
https://www.escolaengenharia.com.br/instalacoes-hidraulicas/#fria
https://www.escolaengenharia.com.br/barrilete/
34
PROCESSOS CONSTRUTIVOS III – VEDAÇÃO, INSTALAÇÃO E ACABAMENTOS
Para execução das instalações elétricas em qualquer tipo de edificação, é necessário que se faça um 
projeto elétrico, pois é a representação gráfica e escrita da futura instalação elétrica na edificação e 
onde serão definidos e indicados os pontos de iluminação, as tomadas, os interruptores, os circuitos 
elétricos, a posição do quadro de distribuição e dos dispositivos de proteção, levando em conta os equi-
pamentos e aparelhos a serem usados pelos moradores de uma casa. O projeto é muito importante 
para garantir segurança, evitando acidentes e promovendo a economia do sistema elétrico, assim como 
o funcionamento adequado dos aparelhos.
 O projeto elétrico leva em consideração o ambiente e as suas necessidades, ou seja, quantos equi-
pamentos serão ligados naquele cômodo e quais são os seus tipos. Além disso, também considera o 
número de pessoas que usarão os ambientes e as atividades a serem desempenhadas por elas.
A placa cerâmica pode ser utilizada para os revestimentos de pisos, paredes, na forma de azulejos, 
ladrilhos e pastilhas, tanto em ambientes residenciais, públicos e comerciais como em industriais. O 
desempenho técnico do material explica suas vantagens de uso:
• Proteção contra infiltrações externas, 
• Maior conforto térmico no interior das edificações, 
• Boa resistência às intempéries e à maresia, 
• Proteção mecânica de grande durabilidade, 
• Longa vida útil e 
• Fácil limpeza e manutenção. 
INSTALAÇÕES ELÉTRICAS
REVESTIMENTO CERÂMICO
http://angolapowerservices.blogspot.com/2013/11/manual-de-instalacoes-electricas.html
instala��es de �gua fria
https://www.triider.com.br/blog/conserto-de-eletrodomesticos/
https://www.triider.com.br/blog/conserto-de-eletrodomesticos/
35
O assentamento se encontra hoje fora do controle da indústria, estando mais ligado aos prestadores 
de serviços independentes. No entanto, quaisquer falhas no assentamento, refletem-se negativamente 
na indústria e na imagem geral do produto cerâmico.
Além de pisos e revestimento podem ser de outros materiais além do cerâmico, como Vinílico, madei-
ra, laminado, pedras, mármores ou granitos.
A cobertura constitui a parte superior da construção que tem como função desviar e coletar as águas 
pluviais, bem como proteger a construção da incidência dos raios solares, de modo a propiciar conforto 
térmico adequado no interior da edificação. 
A cobertura se compõe, normalmente, das seguintes partes: 
• uma parte resistente (estrutural), que pode ser uma laje de concreto armado, uma estrutura
de madeira, uma estrutura metálica (aço ou alumínio) ou uma estrutura pré-moldada de concreto; 
• elementos de vedação ou revestimento que podem ser constituídos pelos mais diversos tipos
de telhas (cerâmicas, de cimento-amianto, de argamassa de cimento, de alumínio, de aço galvanizado,
de vidro, de madeira, de pedra, palha, etc.); 
• elementos de proteção que possibilitam a obtenção de adequado isolamento térmico e acústico. 
 Uma cobertura bem projetada deve apresentar as seguintes características: 
• leveza, durabilidade, resistência estrutural e estabilidade geométrica; 
• impermeabilidade e secagem rápida após as chuvas; 
• bom isolamento térmico e acústico, bem como acomodação às dilatações térmicas, 
• facilidade de construção, de inspeção e manutenção; 
• custo econômico. 
PROCESSOS CONSTRUTIVOS III – VEDAÇÃO, INSTALAÇÃO E ACABAMENTOS
COBERTURAS
Imagem 3
Imagem 1
Imagem 4
Imagem 2
instala��es de �gua fria
instala��es de �gua fria
36
PROCESSOS CONSTRUTIVOS III – VEDAÇÃO, INSTALAÇÃO E ACABAMENTOS
Exemplos de coberturas com diversos tipos de materiais: 
Imagem 1: Telha cerâmica, 
Imagem 2: ondulada de cimento amianto, 
Imagem 3: palha 
Imagem 4: pré-moldada de concreto.
Fonte das imagens: RODRIGUES, Edmundo. Técnica das Construções
https://www.ceramicacity.com.br/bloco_ceramico/verga-e-contra-verga/
Glossário
Graute - é um tipo específico de concreto, indicado para preenchimento de espaços vazios dos blocos e 
canaletas, com o objetivo de solidarização da armadura e aumentar a capacidade portante.
Verga/ contraverga - Vergas e Contra Vergas são elementos estruturaispresentes na alvenaria que fun-
cionam como pequenas vigas para a distribuição de cargas e tensões em vãos como portas e janelas.
bitola - peça ou instrumento cuja medida serve para determinar a medida de outras peças, obras etc., a 
serem feitas; modelo, padrão.
AGENDA 7
PATOLOGIAS DAS 
EDIFICAÇÕES
38
• Recalque - Diminuição do volume da ca-
mada de solo mole – as estruturas ou aterros 
que estiverem apoiadas no solo compressível 
sofrerão recalques; sobrecarga nas fundações 
causando recalques diferenciais na estrutura.
O recalque pode ser causado também por 
assentamento da construção no solo que na 
verdade é a finalização da compactação do 
solo sob a construção. Diferente do recalque 
diferencial, em que somente um dos pontos 
da contrução tende a afundar causando trin-
cas, o recalque se dá por igual, não causando 
danos à construção.
O concreto é utilizado em alguns sistemas como fundação, pilares, vigas e lajes, pisos e contrapisos. De-
pendendo do local onde o concreto é utilizado, a patologia terá características próprias. Por exemplo, nos 
pilares, vigas e lajes, a forma como o lançamento do concreto é realizado, pode ocasionar bicheiras, má 
distribuição da brita, fazendo com que a peça estrutural não trabalhe de forma adequada, podendo pos-
teriormente surgir fissuras, trincas, rachaduras ou desplacamento. Com o desplacamento a armadura da 
peça fica exposta, deixando sujeita à corrosão, o que poderá gerar outros problemas, que se não tratado 
levará a peça ao colapso.
• Bulbo de tensão: Interseção dos bulbos 
de pressões significa que as tensões causadas 
no solo pela edificação maior influenciam as 
tensões sob a outra edificação. Tal influên-
cia aumenta o carregamento nas fundações 
da edificação menor, causando recalques 
diferenciais; incompatibilização do distancia-
mento e altura entre fundações vizinhas de 
acordo com o solo da camada de apoio, não 
respeitando as condições sugeridas pela nor-
ma brasileira NBR 6122.
Imagem 1 - Recalque diferencial ocasionado por vazios no solo. Fonte: 
Oliveira (2012)
Imagem 2 - Fonte: Lozano, Eng° Mauro Hernandez. Artigo. Dynamis Enge-
nharia Geotécnica
CONCRETO: 
FUNDAÇÕES:
PATOLOGIAS DAS EDIFICAÇÕES
instala��es de �gua fria
instala��es de �gua fria
39
A água é identificada como o agente de deterioração que mais afeta os materiais de alvenaria. A sua 
presença no interior do poro da estrutura, do revestimento ou da parede, pode causar destruição, se o 
material estiver submetido a ciclos de molhagem/secagem.
Entende-se por fenômeno patológico umidade o aparecimento de um teor de água superior ao 
desejado num revestimento, seja na sua superfície (acabamento), seja na sua própria massa (reboco), 
manifestando-se sob a forma de manchas. 
• Bolor - Manchas esverdeadas ou 
escuras, revestimento em desagre-
gação, causada por umidade cons-
tante em área não exposta ao sol.
• Descolamento com pulverulência - Película de tinta se descola 
arrastando o reboco que se desagrega com facilidade, revestimen-
to monocamada se desagrega com facilidade, reboco apresenta 
som cavo.
ARGAMASSA:
Imagem 3 - Fonte: TMCC I 
Profa. Eliane - Etec
Imagens 5 e 6 - Acervo próprio
PATOLOGIAS DAS EDIFICAÇÕES
40
PATOLOGIAS DAS EDIFICAÇÕES
Nas aberturas das alvenarias (vãos, portas e janelas), a inexistência ou subdimensionamento de verga 
e contraverga, pode ocasionar fissuras nos vértices das aberturas, em razão da concentração de tensão 
ao contorno dos vãos. 
• Destacamento - existência de “ocos”, apresentando som cavo ao ser percutido. Suas causas podem 
ser: argamassa de fixação com baixa, retenção de água, absorção excessiva do tardoz, ausência de jun-
tas ou muito estreitas, argamassa vencida, entre outros.
A cobertura, por estar sempre exposta às condições climáticas adversas, deve, como propósito princi-
pal, manter-se estanque, para impedir que alguns dos seus elementos entre em contato com as águas 
pluviais. Tratando-se de cobertura feita de estrutura de madeira, esse é um requisito básico para o bom 
desempenho de suas funcionalidades, já que a madeira, por ser um material que apresenta compor-
tamento higroscópico, isto é, suas dimensões e seu teor de umidade são altamente influenciáveis pela 
umidade do meio em que está inserido, poderá sofrer com o inchamento ou retração de suas peças. 
Outra causa é uma peça, treliça por exemplo, ao trabalhar num vão maior para o qual foi dimensiona-
da, sofreu com deformações (flechas) que, posteriormente, poderiam desencadear em outros proble-
mas, como a quebra de algumas peças.
ALVENARIA:
REVESTIMENTO CERÂMICO:
COBERTURA:
Imagem 7 - Fonte: MAYA, Victor. Edificações – Patologia das Edificações. Novembro/2018
Imagem 8 - Fonte: RODRIGUES, Mariana. Disciplina TMCC II, ETEC “Dra. Ruth Cardoso”, 2013.
instala��es de �gua fria
41
Uma consideração importante para evitar as pato-
logias nas edificações nos seus diversos sistemas, é 
reconhecer a importância da impermeabilização nos 
processos construtivos. 
A impermeabilização não se dá apenas pelas ques-
tões estéticas devido ao aparecimento de infiltrações, 
mas por ser uma questão de segurança, já que evita 
a deterioração da estrutura, minimiza a geração de 
resíduos provenientes de reformas precoces, impede 
os problemas de saúde relacionados a umidade e evita, 
em alguns casos, o colapso de estruturas.
Glossário
Tardoz - Face da placa cerâmica ou azulejo que fica em contato com a argamassa.
PATOLOGIAS DAS EDIFICAÇÕES
Imagem 9 - Peça da estrutura de madeira partida - FRAZÃO, Julie 
Cristie Faria. Patologias relacionadas às coberturas. Universidade 
Tecnológica Federal Do Paraná. Campo Mourão, 2015
AGENDA 8
MANUTENÇÃO 
PREVENTIVA E 
CORRETIVA
43
Vamos verificar quais os procedimentos necessários para prevenir e corrigir as patologias que estudamos 
no capítulo anterior.
FUNDAÇÔES - Os recalques diferenciais acontecem por algumas razões: falta de estudo correto do solo 
(Sondagem), fundações inadequadas ou mal dimensionadas, bulbos de tensão, para citar os principais 
motivos. Podemos considerar a manutenção preventiva da fundação inexistente, porque é um sistema 
construtivo enterrado, por isso, a fase de análise do solo, projeto das estruturas de fundação adequado às 
cargas da construção e ao solo, ser considerado e calculado os bulbos de tensão de construções vizinhas. 
Quando há dano na fundação do imóvel, sua correção é difícil e onerosa, em alguns casos até inviável 
economicamente. Por isso a importância de um projeto e execução corretos, evitando assim, que haja a 
necessidade de correção de patologias nesse sistema.
CONCRETO - No caso de concretos utilizados em superestruturas, a correção preventiva é realizada com 
vistorias periódicas para identificar o aparecimento de fissuras, evitando o surgimento de trincas, rachadu-
ras ou desplacamento posteriormente.
Para correção de patologias no concreto temos:
Pilar com armadura expostas. Possíveis causas (imagem 1):
• Cobertura insuficiente das armaduras;
• Falhas de execução;
• Agressividade dos ambientes;
• Falhas de projeto.
Correção: 
1. corte da área afetada e a escarificação (série de arranhões
ou pequenas incisões) do concreto (imagem 2);
2. Limpeza do substrato com água potável e pulverizador
(imagem 3);
3. Aplicar uma argamassa cimentícia, modificada com polímeros
e, preferencialmente, reforçada com fibras, que recebe depois
o acabamento com desempenadeira de madeira (imagem 4);
4. Uma manta de cura molhada com água é aplicada sobre
a argamassa.
MANUTENÇÃO PREVENTIVA E CORRETIVA
	
Imagem 1
Imagem 4
Fonte: Imagens 1, 3 e 4 – apostila 
do Curso de Edificações - Disciplina 
TMCC I Profa. Eliane – ETEC Ruth 
Cardoso; Imagem 2. 
Imagem 2 Imagem 3
instala��es de �gua fria
44
MANUTENÇÃO PREVENTIVA E CORRETIVA
ARGAMASSA: 
• Bolor: essa patologia surge quando a edificação não é are-
jada e não recebe insolação suficiente. Para prevenir, deve ser 
garantida uma boa ventilação e insolação nos ambientesda 
edificação. Caso a patologia já esteja instalada, o bolor deve ser 
removido com limpeza do local, usando hipoclorito de sódio e 
removendo qualquer tipo de fonte de umidade ou infiltração, 
além de garantir a ventilação e insolação do local.
• Descolamento com pulverulência: deve ser detectado e removida qualquer tipo de fonte de umidade 
ou infiltração, retirada toda a parte de emboço (imagem 6) e reboco (imagem 7) que esteja solta, após a 
limpeza da alvenaria (imagem 8), refazer o chapisco (imagem 9) emboço (imagem 10) e reboco (imagem 
11) no local para receber o acabamento.
• Destacamento de revestimento cerâmico: retirar todo o emboço e reboco “soltos”, refazê-los com 
espessura adequada e assentar novo revestimento, essa seria a correção. Mas para evitar o destacamen-
to do revestimento o preparo da alvenaria que irá recebe-lo deve estra adequado, ou seja, as camadas 
de chapisco e emboço devem estar nos padrões indicadas pela Norma, assim como o espaçamento entre 
as peças de revestimento deve estar adequado conforme o material escolhido. Um espaçamento inade-
quado também provocará o descolamento das peças.
	
Imagem 5 - Fonte: “Bigstock”, Haus Imóveis, 2019, 
Gazeta do Povo.
		 	
	 	 	
Imagem 6
Imagem 9
Fonte: ECOLUST – Tecnologia em Argamassa, tintas e concretos - http://www.eccolust.com.br/eccotranspore-aplicacao.php
Imagem 7
Imagem 10
Imagem 8
Imagem 11
45
MANUTENÇÃO PREVENTIVA E CORRETIVA
A melhor forma de prevenir o aparecimento de patologias nas edificações e ter uma boa execução, após 
a construção terminada e sendo utilizada, a manutenção preventiva consiste na verificação periódica dos 
sistemas, a fim de detectar qualquer anormalidade logo no início, evitando complicações que irá onerar a 
correção do problema.
46
Glossário
hipoclorito de sódio - é um desinfetante usado para desinfetar frutas e legumes, purificar a água e mata 
larvas do mosquito da dengue. 
Pulverulência - Estado do que é pulverulento, isto é, coberto ou cheio de pó.
Emboço - a camada inicial de argamassa, ou de cal, na parede, e que serve de base ao reboco.
Bibliografia
REZENDE, Alexandre Sobral; GRANSOTTO, Larissa Rodrigues. DESENHO DE PROJETO DE EDIFICAÇÕES. 
Desenho Técnico II – UFRGS – Revisão Junho de 2007
RODRIGUES, Mariana; ARSENJO, Rodrigo - APOSTILA DE DESENHO ARQUITETÔNICO – Curso de Edifica-
ções - ETEC Dra Ruth Cardoso – Fev/2008
NBR 6492 – Representação de Projetos de Arquitetura - Associação Brasileira de Normas Técnicas. – Abril 
1994
Desenho Técnico. Gomes, Adriano Pinto, INSTITUTO FEDERAL DE MINAS GERAIS- EDUCAÇÃO A DISTÂN-
CIA, Ouro Preto – 2012 – AULA 7 - Desenho Técnico – Parte 1, p. 111 à 117 
MANUTENÇÃO PREVENTIVA E CORRETIVA