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AGENDA 1 - REPRESENTAÇÃO DO OBJETO E NORMAS E 
CONVENÇÕES DO PROJETO ARQUITETÔNICO 
 
Legislação Urbana - uma necessidade 
 
Com o crescimento e evolução das cidades, a necessidade de ordenar, orientar e 
planejar o espaço urbano torna-se cada vez mais evidente. O objetivo não é meramente 
a organização ou embelezamento, mas também a salubridade e higiene das cidades. 
 É importante destacar que, a Constituição Federal de 1988 foi a primeira Constituição 
brasileira a dispor sobre questões urbanísticas, inserindo um Capítulo exclusivo para o 
tema, o qual foi intitulado “Da Política Urbana”. 
Já o Estatuto da Cidade visa consolidar a gestão do desenvolvimento urbano e a 
política habitacional como políticas públicas destinadas a assegurar o direito à cidade e 
à moradia como direitos universais, definindo as ferramentas que o Poder Público deve 
utilizar para enfrentar os problemas e conflitos gerados pela desigualdade social e 
territorial nas cidades 
 
 
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PLANO DIRETOR E SUA IMPLANTAÇÃO NOS MUNICÍPIOS 
 
O Plano Diretor é uma lei municipal que descreve como queremos que a nossa 
cidade seja organizada e se desenvolva nos próximos anos através de metas e planos de 
ações. O objetivo é melhorar a qualidade de vida dos moradores. O Plano Diretor deve 
ser regulamentado por meio de lei municipal e conforme disposição do Estatuto da 
Cidade tendo a Prefeitura juntamente com toda a comunidade, a responsabilidade de 
seguir tudo o que foi aprovado. 
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A obrigatoriedade do Plano Diretor passou a vigorar com a vigência do Estatuto 
da Cidade, porém a grande maioria dos Municípios escapa a essa obrigatoriedade, pois 
não se encaixa em nenhuma das hipóteses do artigo 41 do Estatuto da Cidade. O plano 
diretor é obrigatório para cidades: 
 I – com mais de vinte mil habitantes; 
II – integrantes de regiões metropolitanas e aglomerações urbanas; 
III – onde o Poder Público municipal pretenda utilizar os instrumentos previstos 
no § 4º do art. 182 da Constituição Federal; 
IV – integrantes de áreas de especial interesse turístico; 
V – inseridas na área de influência de empreendimentos ou atividades com 
significativo impacto ambiental de âmbito regional ou nacional. 
VI - incluídas no cadastro nacional de Municípios com áreas suscetíveis à 
ocorrência de deslizamentos de grande impacto, inundações bruscas ou processos 
geológicos ou hidrológicos correlatos. 
(Lei nº 10.257, de 10 de julho de 2001 - Estatuto da Cidade) 
 
 
O conteúdo mínimo do Plano Diretor foi estabelecido pelo artigo 42 do Estatuto 
da Cidade e especificado através da Resolução nº 34 do Conselho Nacional das Cidades. 
O plano diretor deverá conter no mínimo: 
I – a delimitação das áreas urbanas onde poderá ser aplicado o parcelamento, 
edificação ou utilização compulsórios, considerando a existência de infraestrutura e de 
demanda para utilização, na forma do art. 5º desta Lei; 
II – disposições requeridas pelos arts. 25, 28, 29, 32 e 35 desta Lei 
(macrozoneamento e índices urbanísticos relativos as áreas mínimas e máximas de lotes, 
taxa de ocupação, recuos frontais, laterais e de fundos para edificações, faixas não 
edificáveis, delimitação das áreas verdes, traçado do sistema viário existente e projetado, 
entre outros); 
III – sistema de acompanhamento e controle. 
 
Mas por que o Técnico em Transações Imobiliárias deve conhecer esse tipo de 
legislação? Isso será utilizado na sua vida profissional? 
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A resposta é SIM 
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interrogacao-vermelho_976434.htm#term=ponto%20de%20interrogac%C3%A3o&page=1&position=3 
 
No Plano Diretor a cidade é dividida em Zonas, onde são diferenciadas pelos usos 
e ocupações por elas permitidos. A cada zona é atribuída atividades que são permitidas 
serem desenvolvidas, por exemplo, somente residencial, residencial e comércio local, 
estritamente comercial. Assim, se tem como garantir o desenvolvimento do munícipio 
conforme objetivos previamente estabelecidos. 
 
A consulta à toda legislação urbana é pública. 
Hoje a maioria das prefeituras disponibilizam toda a Legislação Urbana em seus 
sites ou de forma física na própria prefeitura, onde não só a legislação pode ser 
consultada como os mapas e anexos que a acompanha. 
No Plano Diretor tem uma lei complementar que disciplina o ordenamento do 
uso, da ocupação e do parcelamento do solo. Nela encontramos os Índices Urbanísticos 
que indica o tamanho mínimo e máximo de lote de cada zona, os recuos permitidos, as 
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alturas máximas das edificações e vários outros indicativos que norteiam, principalmente, 
a forma de construir nas cidades. 
Vamos mostrar um exemplo de Plano Diretor e sua aplicação: 
 
 
 
Todo Plano Diretor vem com um anexo do mapa do município, onde 
identificamos a divisão e localização de cada zona que é representada por cores. Cada 
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cor representa a atividade principal permitida na zona e sua leitura pode ser feita através 
da legenda, conforme mostrado no detalhe. 
 O mapa de zoneamento, por exemplo, é uma representação adotada 
para as cidades. É um desenho técnico que segue normas da ABNT (Associação Brasileira 
de Normas Técnicas). As representações para as construções seguem os mesmos 
parâmetros. 
 
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closeup_2104820.htm#term=planta%20construc%C3%A3o&page=2&position=0 
Interpretar tecnicamente as principais normas e convenções do desenho 
técnico e arquitetônico será o tema abordado em nossa próxima aula. 
 Até lá! 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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AGENDA 2 - DESENHO ARQUITETÔNICO 
 
ELEMENTOS DO DESENHO 
As principais categorias do desenho de arquitetura são: as plantas, os cortes ou 
seções e as elevações ou fachadas. 
LINHAS 
As linhas de um desenho normatizado devem ser regulares, legíveis (visíveis) e devem 
possuir constraste umas com as outras. 
 
I . ESPESSURA 
Linha grossa 
Linha média (metade da anterior) 
Linha fina (metade da anterior) 
 
II .TIPOS DE LINHA 
A- Linhas auxiliares (finas: cota, ladrilhos, etc.) 
B- Linhas gerais (média) 
C- Linhas principais (grossa) 
D- Partes invisíveis _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ 
E- Eixos de simetria 
F- Seções ou cortes 
G- Interrupções 
 
 
 
Pesos e categorias de linhas 
Normalmente ocorre uma hierarquização das linhas, obtida através do diâmetro da 
pena (ou do grafite) utilizados para executá-la. Tradicionalmente usam-se quatro pesos 
de pena: 
1. Linhas complementares - Pena 0,1. Usada basicamente para registrar elementos 
complementares do desenho, como linhas de cota, setas, linhas indicativas, 
linhas de projeção, etc. 
Linha fina - Pena 0,2 (ou 0,3). Usada para representar os elementos em vista. 
http://pt.wikipedia.org/wiki/Planta_%28geometria_descritiva%29
http://pt.wikipedia.org/wiki/Corte
http://pt.wikipedia.org/wiki/Se%C3%A7%C3%A3o
http://pt.wikipedia.org/wiki/Eleva%C3%A7%C3%A3o
http://pt.wikipedia.org/wiki/Fachada
http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Hierarquiza%C3%A7%C3%A3o&action=edit
http://pt.wikipedia.org/wiki/Pena
http://pt.wikipedia.org/wiki/Grafite
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Linha média - Pena 0.4 (ou 0,5). Usada para representar os elementos que se 
encontram imediatamente a frente da linha de corte. 
Linha grossa - Pena 0.6 (ou 0,7). Usada para representar elementos especiais, 
como as linhas indicativas de corte (eventualmente é usada para representar também 
elementos em corte, como a pena anterior). 
No Autocad as espessuras das linhas também são definidas seguinda o mesmo 
padrão das penas. 
Um projeto arquitetônico completo é composto por: 
• PLANTA: é o desenho do objeto visto na sua projeção sobre o plano horizontal, 
onde o corte horizontal feito acima do piso,a uma altura de 1,50 metros, a fim 
de mostrar no desenho, todos os componentes do pavimento, como paredes, 
vãos de portas e janelas, equipamentos fixos e móveis (opcionais), de modo a dar 
uma perfeita compreensão das divisões, circulação, iluminação e ventilação do 
pavimento, na escala adequada, devidamente cotada, com as dimensões dos 
ambientes, sua destinação e área, além da indicação dos níveis dos pisos. 
 
 
 
 
 
 
 
Para representação gráfica de um projeto, cada tipo de linha vai representar um item a 
ser construído: 
➢ Representação das paredes (altas com traço grosso contínuo, e paredes baixas 
com traço médio continuo com a altura correspondente); 
http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Linha_de_corte&action=edit
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Acervo Pessoal 
➢ Colocar todas as cotas (medidas) necessárias a cada pavimento, telhado, 
dependências a construir, modificar ou sofrer acréscimo. As cotas constantes dos 
projetos deverão ser escritas em caracteres claros e facilmente legíveis. 
 
Acervo pessoal 
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➢ Indicar os destinos e as áreas correspondentes de cada compartimento em m2; 
 
 
Acervo pessoal 
 
 
➢ Indicar as portas e janelas com suas medidas correspondentes (base x altura x 
peitoril) de acordo com a simbologia adotada. Note que no desenho abaixo a 
indicação de porta é P1 e de janela é J1. 
 
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Acervo pessoal 
 
 
 
➢ Representar piso cerâmico ou similar com quadrículas (linha fina) ; 
 
Acervo pessoal 
 
➢ Com linha pontilhada , indicar o beiral ( linha invisível ); 
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Acervo pessoal 
 
➢ Representar todas as peças sanitárias, tanque, pia de cozinha (obrigatório). Em 
vermelho temos exemplos de peças sanitárias do banheiro e pias e tanque em 
amarelo 
BEIRAL 
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➢ Indicar onde passam os cortes longitudinal e transversal (Tracejado) e o sentido 
de observação, colocando letras ou números que correspondem aos cortes. 
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 Sentido da observação 
 
• ELEVAÇÃO / FACHADA: é o desenho do objeto visto na sua projeção sobre um 
plano vertical. Sempre olhando para o imóvel que queremos descrever, temos: 
Fachada (ou vista frontal), Vista lateral esquerda, Vista Lateral Direita, Vista 
Posterior (ou fundos) e Vista superior (ou cobertura). Num lote de meio de 
quadra é obrigatória a representação de pelo menos uma fachada. No caso de 
lote de esquina é obrigatória a representação de pelo menos duas fachadas com 
a respectiva indicação dos materiais a serem utilizados. 
 
Linha Tracejada que 
indica o corte. 
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Obs.: as projeções ortogonais da Geometria Descritiva são usadas no desenho 
arquitetônico apenas mudando os termos técnicos. 
 
Fonte: Apostila de Desenho Arquitetônico – Curso de Edificações - ETEC Dra Ruth Cardoso – Fev/2008 
 
 
 Para descrever os recuos de um imóvel, o mesmo princípio é utilizado. Veja a 
figura abaixo: 
 
Acervo pessoal 
 
 
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A seguir, temos a disposição das quatro fachadas de uma construção, 
relacionando-as com a planta. Notar a aplicação da convenção para os traços nas 
fachadas. As partes mais próximas do observador são desenhadas com traço grosso. 
Devemos reduzir a espessura dos traços na medida em que eles estão mais distantes 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: Apostila de Desenho Arquitetônico - Curso de Edificações - ETEC Dra Ruth Cardoso – Fev/2008 
 
a. 
cozinha 
living dormitório 
 
FACHADA PRINCIPAL 
F
A
C
H
A
D
A
 L
A
T
E
R
A
L
 E
S
Q
U
E
R
D
A
 
F
A
C
H
A
D
A
 L
A
D
E
R
A
L
 D
IR
E
IT
A
 abrigo 
para 
auto 
banho 
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• CORTES: São obtidos por planos verticais que interceptam as paredes, janelas, 
portas e lajes, com a finalidade de permitir esclarecimentos que venham facilitar 
a execução da obra, pois, teremos um desenho demonstrando as diferentes 
alturas de peitoris, janelas, portas, vergas e das espessuras das lajes do piso, do 
forro, dos detalhes de cobertura e dos alicerces. As linhas indicando onde devem 
ser feitos os cortes são traçadas SEMPRE nas plantas do projeto. 
O corte vertical corta a edificação desde a sua fundação até a sua cobertura, como 
mostra a figura: 
Fonte: Apostila de Desenho Arquitetônico – Curso de Edificações - ETEC Dra Ruth Cardoso – Fev/2008 
 
Quase sempre uma única seção não é suficiente para demonstrar todos os detalhes 
do interior de um edifício, sendo necessários, no mínimo dois cortes. Por esse motivo, 
sempre que se apresenta um projeto, representamos duas seções: LONGITUDINAL E 
TRANSVERSAL. 
Fonte: Apostila de Desenho Arquitetônico – Curso de Edificações - ETEC Dra Ruth Cardoso – Fev/2008 
 
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Deve-se sempre passar um dos cortes por um dos compartimentos ladrilhados, cujas 
paredes sejam revestidas por azulejos. Indicamos as seções nas plantas por traços grossos 
interrompidos por pontos e terminados por setas que indicam a situação do observador 
em relação ao plano da seção. Assinalamos os cortes por letras maiúsculas. As paredes 
secionadas devem ser representadas tal como aparecem nas plantas. 
 
 
Fonte: Apostila de Desenho Arquitetônico – Curso de Edificações - ETEC Dra Ruth Cardoso – Fev/2008 
 
 
 
• PLANTA DE SITUAÇÃO: É a representação do lote dentro da quadra. 
a- É necessário indicar e numerar todos os lotes da quadra, ressaltando-se o lote em 
questão, assim como o seu número e o número da quadra; 
b- Colocar os nomes de todas as ruas que circundam a quadra; 
c- Indicar também o norte magnético. 
 
 
 
 Acervo pessoal 
VISTA EM CORTE PERSPECTIVADO 
DA RESIDÊNCIA (sem escala) 
 
COR
COA.S
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• COBERTURA: A planta de cobertura é uma vista superior da obra necessitando 
assim a representação de todos os detalhes relativos à coberta, como: 
a - tipo de telha; 
b - inclinação correspondente ao tipo de telha, 
c - se houver, indicar beiral, platibanda, rufos, marquises... 
d - Determinar as cotas parciais e totais da edificação. 
 
Acervo Pessoal 
FOLHAS 
Normalmemente, as folhas mais usadas para o desenho técnico são do tipo 
sulfite. Anteriormente à popularização do CAD, normalmente desenvolvia-se os 
desenhos em papel manteiga (desenhados à grafite) e eles eram arte-finalizados em 
papel vegetal (desenhados à nanquim). 
Tamanho das folhas 
Tamanhos de folhas (mm) 
A4 210 X 297 
A3 297 X 420 
A2 
A3 
A4 
A1 
A4 
A0 
http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Sulfite&action=edit
http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Papel_manteiga&action=edit
http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Papel_vegetal&action=edit
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As folhas devem seguir os mesmos padrões do desenho técnico. No Brasil, a 
ABNT adota o padrão ISO: usa-se um módulo de 1 m² (um metro quadrado) cujas 
dimensões seguem uma proporção equivalente a raiz quadrada de 2 (841 x 1189 mm). 
Esta é a chamada folha A0 (a-zero). A partir desta, obtém-se múltiplos e submúltiplos (a 
folha A1 corresponde à metade da A0, assim como a 2ª0 corresponde ao dobro daquela. 
A maioria dos escritórios utiliza predominantemente os formatos A1 e A0, devido 
à escala dos desenhos e à quantidade de informação. Os formatos menores em geral são 
destinados a desenhos ilustrativos, catálogos, etc. Apesar da normatização incentivar o 
uso das folhas padronizadas, é muito comum que os desenhistas considerem que o 
módulo básico seja a folha A4 ao invés da A0. Isto se deve ao fato de que qualquer folha 
obtida a partir desde módulo pode ser dobrada e encaixada em uma pasta neste 
tamanho, normalmente exigida pelos órgãos públicos de aprovação de projetos. 
 
LEGENDAS 
 
A legenda ou identificação, na gíria profissional chama-se Carimbo, que tem a 
finalidade de uniformizar as informações que devem acompanhar os desenhos. Os 
tamanhos e formatos dos carimbos obedecem à tabela dos formatos A. Recomenda-se 
que o carimbo seja usado junto à margem, no canto inferior direito. Esta colocação é 
necessária para que haja boa visibilidadequando os desenhos são arquivados. O 
carimbo deve possuir as seguintes informações principais, ficando, no entanto, a critério 
do escritório, o acréscimo ou a supressão de outros dados: 
a- Nome do escritório , Companhia etc. ; 
b- Título do projeto ; 
c- Nome do arquiteto ou engenheiro ; 
d- Nome do desenhista e data ; 
e- Escalas ; 
f- Número de folhas e número da folha ; 
g- Assinatura do responsável técnico pelo projeto e execução da obra ; 
h- Nome e assinatura do cliente ; 
i- Local para nomenclatura necessária ao arquivamento do desenho; 
A2 420 X 594 
A1 594 X 841 
A0 841 X 1189 
 
http://pt.wikipedia.org/wiki/Metro_quadrado
http://pt.wikipedia.org/wiki/Raiz_quadrada
http://pt.wikipedia.org/wiki/Escala_%28medidas%29
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j- Conteúdo da prancha 
 
Fonte: Apostila desenho de projetos de edificações – Desenho Técnico II – UFRGS – Junho/2007 
 
 
ESCALAS NUMÉRICA 
 
Como é possível que um prédio de 25 pavimentos, por exemplo, consiga ser 
representado em uma folha de papel, mesmo que essa folha seja muito grande? Para 
que isso seja possível, todo desenho é feito em ESCALA. 
Uma construção não pode ser representada em desenho no seu tamanho real, 
por isso, a representação deve ser feita usando a Escala. 
 
Mas o que é isso 
 
ESCALA: é a relação entre cada medida do desenho e a sua dimensão real no objeto. 
 A escala é uma razão: ____Medida do desenho___ 
 Medida real correspondente 
 
No desenho de arquitetura geralmente só se usam escalas de redução, a não ser em 
detalhes, onde aparece algumas vezes a escala real. 
A escolha de uma escala deve ter em vista: 
1. O tamanho do objeto a representar 
2. As dimensões do papel 
3. A clareza do desenho 
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As escalas devem ser lidas 1:50 (um por cinquenta), 1:10 (um por dez), 1:25 (um por 
vinte e cinco), 10:1 (dez por um), etc. Traduzindo, quando falamos que a escala do 
desenho está 1:50, queremos dizer que o objeto representado no desenho está 50 
(cinquenta) vezes menor que o seu tamanho real. 
 
1: 50 
 Tamanho real Número de vezes em que o 
 objeto foi reduzido 
 
Para solucionarmos problemas de escalas, as medidas devem estar na mesma unidade. 
Transforme-as, se necessário! 
 
Exp.: Um canteiro de 2 metros foi desenhado com 4 cm. Qual é a escala do desenho? 
Transforme metros em centímetros, temos então: 2 m = 200 cm 
Efetue a operação: 4 cm = 1 e 
 200 cm = x 
 
Aplicamos a regra de três: 
4.x = 200 . 1 x = 200 x = 50 
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Resposta: A escala do desenho é de 1: 50. 
 
Vamos detalhar a representação gráfica utilizada nos desenhos arquitetônicos. 
 
SÍMBOLOS GRÁFICOS 
O desenho arquitetônico, por ser feito em escala reduzida e por abranger áreas 
relativamente grandes, é obrigado a recorrer a símbolos gráficos. Assim utilizaremos as 
simbologias para representar as paredes, portas, janelas, louças sanitárias, telhas, 
concreto... 
I. PAREDES 
Normalmente as paredes internas são representadas com espessura de 15 cm, 
mesmo que na realidade a parede tenha 14 cm ou até menos. Nas paredes externas o 
uso de paredes de 20 cm de espessura é o recomendado, mas não obrigatório. É, no 
entanto, obrigatório o uso de paredes de 20 cm de espessura quando esta se situa entre 
dois vizinhos (de apartamento, salas comerciais, etc). 
Convenciona-se para paredes altas (que vão do piso ao teto) traço grosso contínuo, e 
para paredes a meia altura, com traço médio contínuo, indicando a altura 
correspondente. 
 
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Fonte: Apostila desenho de projetos de edificações – Desenho Técnico II – UFRGS – Junho/2007 
 
II. PORTAS 
 
 Porta interna - Geralmente a comunicação entre dois ambientes não há diferença 
de nível, ou seja, estão no mesmo plano, ou ainda, possuem a mesma cota. 
 
Fonte: Apostila de Desenho Arquitetônico – Curso de Edificações - ETEC Dra Ruth Cardoso – Fev/2008 
 
Porta externa - A comunicação entre os dois ambientes (externo e interno) possuem 
cotas diferentes, ou seja, o piso externo é mais baixo. Nos banheiros a água alcança a 
parte inferior da porta ou passa para o ambiente vizinho; os dois inconvenientes são 
PAREDES 
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evitados quando há uma diferença de cota nos pisos de 1 a 2 cm pelo menos. Por esta 
razão,. portas de sanitários desenham - se como as externas. 
 
 
Fonte: Apostila de Desenho Arquitetônico – Curso de Edificações - ETEC Dra Ruth Cardoso – Fev/2008 
 
III. JANELAS 
O plano horizontal da planta corta as janelas com altura do peitoril até 1.50m , sendo 
estas representadas conforme a figura abaixo , sempre tendo como a primeira dimensão 
a largura da janela pela sua altura e peitoril correspondente. Para janelas em que o plano 
horizontal não o corta, como por exemplo as janelas de banheiros, a representação é 
feita com linhas invisíveis. 
 
 
 
 
Fonte: Apostila de Desenho Arquitetônico – Curso de Edificações - ETEC Dra Ruth Cardoso – Fev/2008 
 
24 
 
 
Fonte: Apostila de Desenho Arquitetônico – Curso de Edificações - ETEC Dra Ruth Cardoso – Fev/2008 
 
ESPECIFICAÇÕES DE MEDIDAS - COTAS 
As Cotas representam sempre dimensões reais do objeto e não dependem, 
portanto, da escala em que o desenho está executado. São os números que 
correspondem às medidas. 
As cotas devem ser escritas na posição horizontal, de modo que sejam lidas com o 
desenho em posição normal, colocando-se o leitor do lado direito da prancha. Para 
localizar exatamente uma cota e indicar qual a parte ou elemento do objeto a que ela 
se refere é necessário recorrer a dois tipos de linhas que são: 
a) linhas de chamada (ou de extensão ou, ainda linha de referência) 
b) linhas de cota (ou de medida). 
 
 
Fonte: Apostila desenho de projetos de edificações – Desenho Técnico II – UFRGS – Junho/2007 
 
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As cotas também podem ser descritas no próprio ambiente, internamente. 
Normalmente são utilizadas essa forma de grafia das cotas em projetos em planta 
destinadas à aprovação na prefeitura. Observe no exemplo abaixo, as portas e janelas 
estão cotadas com as linhas de chamada, já as medidas de cada ambiente, ou alvenaria 
do imóvel, estão com cotas internas. 
 
 
Fonte: Acervo Pessoal 
 
Vejamos um exemplo que reúne todas as simbologias abordadas: 
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Fonte: Apostila desenho de projetos de edificações – Desenho Técnico II – UFRGS – Junho/2007 
 
Com essas informações, você está apto a ler um desenho técnico de arquitetura. 
Agora é só praticar. 
 
 
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https://br.freepik.com/vetores-gratis/vector-ilustracao-pop-art-de-um-homem-e-uma-mulher-sentada-em-
uma-mesa-de-negociacao-vista-superior_1265799.htm 
 
 
 
 
 
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AGENDA 3 – TOPOGRAFIA 
 
O topografo se utiliza de instrumentos para efetuar este levantamento no local 
solicitado. São instrumentos de precisão. Vamos conhecer alguns deles. 
 
No Tripé Estação Total Nível apoiado 
 
https://br.freepik.com/vetores-gratis/pesquisa-de-terras-e-engenheiro-civil-trabalhando_1311331.htm 
 
 
Fonte: Aula de estudos Topográficos. GANDRA, Profª Carla Vilar 
 
 
 
 Quando o levantamento topográfico é realizado, o autor do projeto da 
construção que se pretende implantar no local estudado tem parâmetros precisos sobre 
o terreno, não só das suas dimensões totais, mas também de seus aclives, declives, 
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determinadospelas curvas de nível e etc. O que facilita prever as alterações necessárias 
de movimentações de terra (cortes ou aterros) para o início das obras. 
Curvas de nível? Do que se trata isso? O método mais comum de representar o 
relevo de uma área em particular é fazendo uso de curvas de nível. 
 
 
 
 
 
Perceba que as curvas de nível é como se cortássemos esse morro em várias 
camadas seguindo o mesmo intervalo de altura, que, neste caso, são 10 metros. 
Observe que nenhuma curva de nível cruza sobre a outra, na verdade elas nunca 
devem se cruzar. 
 
Vejamos outro exemplo com sua representação: 
 
 
 
 
Abaixo vemos esse mesmo morro 
representando em planta, note que o formato 
das curvas de nível está expresso exatamente 
como são, no mesmo formato e extensão que 
foram levantadas in loco, mas suas alturas 
estão expressas em números, afinal trata-se de 
uma representação gráfica em planta. 
Somente com essa representação em planta 
conseguimos identificar a extensão, formato e a 
altura de cada nível deste morro. 
Observe a figura ao lado. Podemos visualizar 
um morro com seus vários níveis (altura) 
identificados: 10 metros, 20 metros, 30 
metros e assim sucessivamente. 
 
30 
 
 
 
Outro detalhe que podemos observar neste desenho é que onde as curvas são 
mais espaçadas o terreno e plano, e onde elas são mais próximas o terreno tem o desnível 
mais acentuado. 
Vamos avançar um pouco mais nos conceitos topográficos. Vimos que através de 
um estudo topográfico podemos determinar com exatidão as extensões e as alturas de 
um determinado terreno. Mas, como podemos localizar esse terreno de forma também 
exata no munícipio a que ele pertence? Através do Georreferenciamento com 
coordenadas geográficas. Elas são referências precisas e únicas. 
 
GEORREFERENCIAMENTO 
 
GEO - Prefixo que indica ou pertence a Terra 
Vemos o morro onde cada linha pontilhada 
mostra a altura da curva de nível. Na curva 
de 20 metros está localizada uma 
construção, que neste caso aparece porque 
o corte de representação foi feito no sentido 
Norte e Sul. 
 
Abaixo a representação da Planta 
Planialtimétrica 
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REFERENCIAMENTO - Referir/Localizar/Atribuir/Orientar/Referenciar 
“Referir-se a uma posição geográfica” 
Localizar espacialmente no Globo terrestre uma entidade geográfica através de 
um sistema de posicionamento conhecido. 
 
Com o Sistema de Coordenadas, podemos transportar com exatidão o Posicionamento 
ou para Sistema de Posicionamento Global (GPS): Através do sistema de coordenadas é 
possível o transporte dessas coordenadas no campo (área de levantamento) para 
obtenção do posicionamento exato da área levantada para a implantação de um 
empreendimento, por exemplo. 
Todo o levantamento topográfico é registrado no Memorial Descritivo do 
lote/gleba. O memorial descritivo topográfico é a descrição dos dados levantados, como, 
coordenadas, distâncias, ângulos e confrontações 
 As das fotos aéreas, que temos disponível hoje nos aplicativos de navegação, são 
georreferenciadas através do levantamento digitalizado e auxiliam na elaboração de 
levantamentos, identificação do local e como histórico de registro das alterações 
antrópicas. 
Vejamos o exemplo da localização da ETEC de Praia Grande/SP. Note que as 
coordenadas são informadas em números decimais (-24.032219, -46.506790) neste caso, 
mas pode também ser grafadas em graus, minutos e segundos (24°01'56.2"S 
46°30'24.2"W). Essas coordenadas são obtidas através da Projeção Universal Transversa 
de Mercator (UTM), cada região do globo é dividida em coordenada geográficas, por 
isso, com essas informações, podemos localizar com exatidão o nosso exemplo acima - a 
escola. 
32 
 
 
 
Vamos avançar no assunto? 
Nem sempre o terreno está adequado para receber a construção que se deseja 
realizar ali, por isso ele precisa ser preparado – nivelado, aterrado, cortado, etc. Esse 
“preparo” recebe o nome de MOVIMENTAÇÃO DE TERRA. 
Vamos dar um exemplo: para construção de uma estrada a superfície natural 
deve ser substituída por uma superfície projetada, considerando a segurança, o conforto 
e o desempenho dos veículos e acessibilidade. A infraestrutura de uma estrada é 
constituída via de regra, de cortes e aterros. Em situações específicas os cortes são 
substituídos por túneis e os aterros por viadutos. 
 
33 
 
 
 
CORTE - escavação do terreno natural ao longo do eixo e no interior dos limites das seções 
de projeto. 
ATERRO – parte acima do terreno natural que requer depósito e compactação controlada de 
materiais. 
O corte e o aterro também podem ocorrer ao mesmo tempo na mesma superfície 
para possibilitar a execução da construção projetada. Veja o exemplo abaixo. A 
plataforma foi formada após retirar (cortar) parte da encosta de um morro e aterrar outra 
parte, possibilitando assim que a construção da estrada que exemplificamos 
anteriormente. 
 
 
 
Vimos então que o conhecimento de topografia se torna imprescindível nas 
construções, seja para abertura de estradas, construções de prédios ou residências em 
34 
 
terrenos que não sejam planos, demarcação e medição de áreas, enfim, o trabalho do 
topógrafo auxilia em muito na execução de construções civis. 
 
Glossário: 
 
Antrópicas - Ação antrópica diz respeito a uma ação realizada pelo homem. Essa 
expressão ficou conhecida em virtude dos impactos causados no meio ambiente 
pelas alterações humanas. 
 
 
 
35 
 
AGENDA 4 - PROCESSOS CONSTRUTIVOS I – FUNDAÇÕES 
 
 
Toda a construção tem fundações, que são elementos estruturais que têm a 
função de receber todo o peso de uma edificação e transmiti-las ao solo. Sem fundação 
nenhuma construção ficaria de pé. 
 
 
Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Funda%C3%A7%C3%A3o_(constru%C3%A7%C3%A3o) 
 
Os tipos de fundações podem ser divididos em fundações rasas e fundações 
profundas. Para a escolha de qual fundação será a mais adequada para a edificação a 
ser construída, alguns itens são levados em consideração: 
• Escolha do tipo de fundação em função da geologia do solo 
• Pesquisa de subsolo adequada (sondagem) 
• Fundação adequada ao tipo de solo e suas consequências (cálculo das cargas e 
recalques) 
• Equipamentos e mão-de-obra disponíveis 
• Custo de execução 
 
O tipo de solo de um terreno é identificado através da Sondagem, que é o estudo 
das camadas de solo. Com um ensaio de sondagem nas mãos, um engenheiro civil é 
capaz de dizer o tipo de solo e qual o melhor tipo de fundação a ser utilizado, levando 
em consideração os fatores de segurança e escolher o tipo de fundação mais viável 
economicamente. 
 
A FUNDAÇÃO não é vista em uma 
construção porque sempre está 
localizada dentro do solo, 
enterrada, mas é uma parte 
importante na estabilidade da 
edificação. 
https://pt.wikipedia.org/wiki/Funda%C3%A7%C3%A3o_(constru%C3%A7%C3%A3o)
36 
 
 
Sondagem SPT 
Fonte: Estudo de Caso - FUNDAÇÕES SUPERFICIAIS – UNAERP, 2013 
 
 
É importante salientar que a qualidade do solo e o porte da edificação que será 
construída são dois fatores que norteará a escolha correta, pois quem irá receber toda a 
carga (peso) da construção será o solo e ele deverá suportá-la sem que entre em colapso. 
Quanto aos tipos de fundação temos: 
 
• Fundações rasas ou diretas: são aquelas em que a carga é transmitida ao solo por 
meio de elementos superficiais, sem a necessidade de equipamentos de grande 
porte para a cravação ou escavação. As fundações diretas são executadas nas 
primeiras camadas do solo, geralmente a uma profundidade de até duas vezes a 
sua menor dimensão em planta ou no máximo 3 metros de altura. São exemplos 
de tipos de fundações rasas as sapatas, blocos e radier. 
 
Sapata Radier 
Fonte: www.unaerp.br/revista-cientifica-integrada/edicoes-anteriores/volume3/2170-fundacoes-superficiais/file 
Fonte: https://www.escolaengenharia.com.br/radier/ 
 
 
• Fundaçõesprofundas ou indiretas: são aquelas executadas nas camadas mais 
profundas do solo e, em sua grande maioria, são realizadas com o auxílio de um 
equipamento de escavação ou cravação. São exemplos de tipos de fundações 
profundas as estacas e tubulões (a céu aberto ou a ar comprimido). A estacas 
podem ser moldadas in loco ou pré fabricadas. Na figura abaixo vemos um 
exemplo de estaca moldada in loco tipo Frank. O material mais comumente 
usado nas estacas é o concreto armado, mas também ser de madeira ou metálica. 
https://www.escolaengenharia.com.br/fundacoes-rasas/
https://www.escolaengenharia.com.br/sapatas-de-fundacao/
https://www.escolaengenharia.com.br/blocos-de-fundacao/
https://www.escolaengenharia.com.br/radier/
http://www.unaerp.br/revista-cientifica-integrada/edicoes-anteriores/volume3/2170-fundacoes-superficiais/file
https://www.escolaengenharia.com.br/radier/
https://www.escolaengenharia.com.br/fundacoes-profundas/
https://www.escolaengenharia.com.br/tipos-de-estacas-para-fundacao/
https://www.escolaengenharia.com.br/tubulao-a-ceu-aberto/
https://www.escolaengenharia.com.br/tubulao-a-ar-comprimido/
37 
 
 
Exemplo de Estaca tipo Frank 
Fonte: https://www.pinterest.es/pin/576320083558628465?lp=true – Stefany Cunha 
 
 
 
Estaca pré moldada de concreto 
https://www.pinterest.es/pin/576320083558628465?lp=true
38 
 
https://foa.com.br/obras/galeria-de-fotos/ 
 
Existem tipos de fundações que produzem barulhos, sujeiras e grandes vibrações 
e outras não. Se houver construções próximas ao terreno onde será construído, a 
vibração do solo pode acarretar em danos às estruturas vizinhas e por isso deve ser feito 
um estudo junto aos proprietários dos lotes adjacentes. Assim, a presença de construções 
vizinhas pode influenciar na escolha do tipo de fundação. O engenheiro prevê a 
interferência da construção vizinha e calcula o bulbo de pressão individual da construção 
para que não haja danos à nova construção e também a construção vizinha. 
 
 
 
 
Fonte: https://monografias.brasilescola.uol.com.br/engenharia/principais-manifestacoes-patologicas-encontradas-em-
uma-edificacao.htm# 
 
 
 Aprendemos hoje que toda a construção tem uma fundação específica quanto 
ao seu porte e ao solo onde será implantada. Na próxima aula continuaremos a nossa 
construção falando de outros sistemas igualmente importantes. 
 
 
 
https://foa.com.br/obras/galeria-de-fotos/
https://monografias.brasilescola.uol.com.br/engenharia/principais-manifestacoes-patologicas-encontradas-em-uma-edificacao.htm
https://monografias.brasilescola.uol.com.br/engenharia/principais-manifestacoes-patologicas-encontradas-em-uma-edificacao.htm
39 
 
AGENDA 5 - PROCESSOS CONSTRUTIVOS II – ESTRUTURA 
 
PILAR - é um elemento estrutural vertical usado para receber os esforços verticais de uma 
edificação. Os pilares recolhem as cargas das vigas e as transmitem às fundações. 
 
 
Estádio Mané Garrincha – Brasília 
https://fotos.habitissimo.com.br/foto/detalhe-dos-pilares-externos-e-da-laje-de-concreto_866365 
 
VIGA – é um elemento estrutural horizontal das edificações. A viga é usada no sistema 
laje-viga-pilar para transferir os esforços verticais recebidos da laje para o pilar. Tipos de 
vigas: 
• Viga em balanço viga de edificação com um só apoio. 
 
• Viga bi apoiada: vigas de edificações com dois apoios. 
 
• Viga continua: vigas de edificações com múltiplos apoios 
 
40 
 
 
https://www.meiacolher.com/2014/07/saiba-qual-diferenca-de-coluna-pilar.html 
 
 
LAJE – São placas de concreto armado, de pequena espessura em relação as suas outras 
dimensões e tem por finalidade suportar cargas perpendiculares pelas suas maiores 
dimensões. Tipos de lajes: 
• Maciça 
• Pré moldada comum 
 
 
 
 
• Pré moldada com vigotas protendidas 
41 
 
 
 
 
• Pré moldada treliçada 
 
 
• Nervurada 
42 
 
 
• Pré moldada alveolar 
 
 
 
 
 
 
O sistema de pilar, laje e viga mais utilizado no Brasil é do de concreto armado. 
Os exemplos acima são todos deste material, mas isso não significa que outros materiais 
também não possam ser utilizados no sistema de maneira tão eficiente. 
43 
 
Vejamos alguns exemplos: 
 
Residência em estrutura metálica 
 
 
• Arquitetos Telles Arquitetura 
• Localização -Loteamento Caminhos de San Conrado (Sousas), Brasil 
• Autor Bernardo Telles 
• Área 318.0 m2 
• Ano do projeto 2015 
• Fotografias André Scarpa 
 
Prédio Comercial em estrutura metálica 
 
 
http://wwwo.metalica.com.br/construcoes-metalicas-o-uso-do-aco-na-construcao-civil 
 
 
https://www.archdaily.com.br/br/office/telles-arquitetura
https://www.archdaily.com.br/br/search/projects/country/brasil
https://www.archdaily.com.br/br/photographer/andre-scarpa
http://wwwo.metalica.com.br/construcoes-metalicas-o-uso-do-aco-na-construcao-civil
44 
 
Cobertura em estrutura de madeira 
 
 
https://pt.wikipedia.org/wiki/Metropol_Parasol#/media/File:MetropolParasol4.JPG 
 
PLAZA METROPOL PARASOL – Sevilha – Espanha 
 1 
https://pt.wikipedia.org/wiki/Metropol_Parasol#/media/File:MetropolParasol4.JPG
45 
 
 2 
 3 4 
Arquiteto - Shigeru Ban Architects 
· Localização - Zurique, Suíça 
· Arquiteto Responsável - Shigeru Ban 
· Área – 10.120,00m2 
· Ano do projeto - 2013 
 
 
 
 
Edifício Comercial Tamedia - Shigeru 
Ban - Zurique, na Suíça 
Foto 1 – Vista do prédio 
Foto 2 e 3 – Vista interna 
Foto 4 - Detalhes da Estrutura 
Ao todo são sete andares e dois pavimentos de 
subsolo onde funciona como sede de um grupo 
de mídia. 
 
 
https://www.archdaily.com.br/br/office/shigeru-ban-architects
https://www.archdaily.com.br/br/office/shigeru-ban-architects
https://www.archdaily.com.br/br/office/shigeru-ban-architects
https://www.archdaily.com.br/br/search/projects/country/suica
46 
 
AGENDA 6 - PROCESSOS CONSTRUTIVOS III – VEDAÇÃO, INSTALAÇÃO E 
ACABAMENTOS 
A alvenaria deve ser levantada e ao mesmo tempo a execução das instalações 
hidrossanitárias e elétricas também são realizadas, para não haver desperdício de 
material com quebra de alvenaria para passar as tubulações posteriormente. 
 
INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS 
 
As instalações hidráulicas compreendem subsistemas de uma edificação para 
captação, transporte e armazenagem de fluidos. Constituem o sistema de uma instalação 
hidráulica as instalações de água fria, instalações de água quente, instalações de esgoto 
sanitário, instalações de água pluvial e combate a incêndio. 
A rede de distribuição das instalações de água fria é o conjunto de tubulações 
que interligam os reservatórios de água aos pontos de utilização, por exemplo as 
torneiras e vasos sanitários. 
 
A rede de distribuição é basicamente formada por: 
• Barrilete: o barrilete é o conjunto de tubulações que se originam no reservatório 
e abastecem as colunas de distribuição. 
• Colunas de distribuição: derivam-se do barrilete e alimentam os ramais. 
• Ramais: recebem a água das colunas e a distribui para os sub-ramais nos 
pavimentos. 
• Sub-ramais: são as tubulações que alimentam diretamente as peças de utilização. 
https://www.escolaengenharia.com.br/instalacoes-hidraulicas/#fria
https://www.escolaengenharia.com.br/barrilete/
47 
 
 
http://construcaomercado17.pini.com.br/negocios-incorporacao-construcao/123/instalacoes-hidraulicas--
299543-1.aspx 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
INSTALAÇÕES ELÉTRICAS 
 
http://construcaomercado17.pini.com.br/negocios-incorporacao-construcao/123/instalacoes-hidraulicas--299543-1.aspx
http://construcaomercado17.pini.com.br/negocios-incorporacao-construcao/123/instalacoes-hidraulicas--299543-1.aspx
48 
 
 
http://angolapowerservices.blogspot.com/2013/11/manual-de-instalacoes-electricas.html 
 
 Para execução das instalações elétricas em qualquer tipo de edificação, é 
necessário que se faça um projeto elétrico, pois é a representaçãográfica e escrita da 
futura instalação elétrica na edificação e onde serão definidos e indicados os pontos de 
iluminação, as tomadas, os interruptores, os circuitos elétricos, a posição do quadro de 
distribuição e dos dispositivos de proteção, levando em conta os equipamentos e 
aparelhos a serem usados pelos moradores de uma casa. O projeto é muito importante 
para garantir segurança, evitando acidentes e promovendo a economia do sistema 
elétrico, assim como o funcionamento adequado dos aparelhos. 
 O projeto elétrico leva em consideração o ambiente e as suas necessidades, ou 
seja, quantos equipamentos serão ligados naquele cômodo e quais são os seus tipos. 
Além disso, também considera o número de pessoas que usarão os ambientes e as 
atividades a serem desempenhadas por elas. 
 
 
 
http://angolapowerservices.blogspot.com/2013/11/manual-de-instalacoes-electricas.html
https://www.triider.com.br/blog/conserto-de-eletrodomesticos/
49 
 
REVESTIMENTO CERÂMICO 
 
A placa cerâmica pode ser utilizada para os revestimentos de pisos, paredes, na 
forma de azulejos, ladrilhos e pastilhas, tanto em ambientes residenciais, públicos e 
comerciais como em industriais. O desempenho técnico do material explica suas 
vantagens de uso: 
• Proteção contra infiltrações externas, 
• maior conforto térmico no interior das edificações, 
• Boa resistência às intempéries e à maresia, imagem de cerâmica 
• Proteção mecânica de grande durabilidade, 
• Longa vida útil e 
• Fácil limpeza e manutenção. 
O assentamento se encontra hoje fora do controle da indústria, estando mais 
ligado aos prestadores de serviços independentes. No entanto, quaisquer falhas no 
assentamento, refletem-se negativamente na indústria e na imagem geral do produto 
cerâmico. 
Além de pisos e revestimento podem ser de outros materiais além do cerâmico, 
como Vinílico, madeira, laminado, pedras, mármores ou granitos. 
 
COBERTURAS 
 
 A cobertura constitui a parte superior da construção que tem como função 
desviar e coletar as águas pluviais, bem como proteger a construção da incidência 
dos raios solares, de modo a propiciar conforto térmico adequado no interior da 
edificação. 
A cobertura se compõe, normalmente, das seguintes partes: 
• uma parte resistente (estrutural), que pode ser uma laje de concreto 
armado, uma estrutura de madeira, uma estrutura metálica (aço ou 
alumínio) ou uma estrutura pré-moldada de concreto; 
• elementos de vedação ou revestimento que podem ser constituídos pelos 
mais diversos tipos de telhas (cerâmicas, de cimento-amianto, de 
argamassa de cimento, de alumínio, de aço galvanizado, de vidro, de 
madeira, de pedra, palha, etc.); 
• elementos de proteção que possibilitam a obtenção de adequado 
isolamento térmico e acústico. 
 Uma cobertura bem projetada deve apresentar as seguintes características: 
50 
 
• leveza, durabilidade, resistência estrutural e estabilidade geométrica; 
• impermeabilidade e secagem rápida após as chuvas; 
• bom isolamento térmico e acústico, bem como acomodação às dilatações 
térmicas, 
• facilidade de construção, de inspeção e manutenção; 
• custo econômico. 
 
 
Figura 01 Figura 02 
 
 
Figura 03 Figura 04 
Fonte das imagens: RODRIGUES, Edmundo. Técnica das Construções 
Exemplos de coberturas com diversos tipos de materiais: Telha cerâmica (fig.01), ondulada 
de cimento amianto (fig.02), palha (fig.03) e pré-moldada de concreto (fig.04). 
 
Glossário 
51 
 
Graute - é um tipo específico de concreto, indicado para preenchimento de espaços 
vazios dos blocos e canaletas, com o objetivo de solidarização da armadura e aumentar 
a capacidade portante. 
Verga/ contraverga - Vergas e Contra Vergas são elementos estruturais presentes na 
alvenaria que funcionam como pequenas vigas para a distribuição de cargas e tensões 
em vãos como portas e janelas. 
 
https://www.ceramicacity.com.br/bloco_ceramico/verga-e-contra-verga/ 
 
bitola - peça ou instrumento cuja medida serve para determinar a medida de outras 
peças, obras etc., a serem feitas; modelo, padrão. 
 
52 
 
AGENDA 7 - PATOLOGIAS DAS EDIFICAÇÕES 
 
Fundações: 
• Recalque - Diminuição do volume da camada de solo mole – as estruturas ou 
aterros que estiverem apoiadas no solo compressível sofrerão recalques; 
sobrecarga nas fundações causando recalques diferenciais na estrutura. 
O recalque pode ser causado também por assentamento da construção no solo 
que na verdade é a finalização da compactação do solo sob a construção. 
Diferente do recalque diferencial, em que somente um dos pontos da contrução 
tende a afundar causando trincas, o recalque se dá por igual, não causando 
danos à construção. 
 
 
 
• Bulbo de tensão: Interseção dos bulbos de pressões significa que as tensões 
causadas no solo pela edificação maior influenciam as tensões sob a outra 
edificação. Tal influência aumenta o carregamento nas fundações da edificação 
menor, causando recalques diferenciais; incompatibilização do distanciamento e 
altura entre fundações vizinhas de acordo com o solo da camada de apoio, não 
respeitando as condições sugeridas pela norma brasileira NBR 6122. 
53 
 
 
Fonte: Lozano, Eng° Mauro Hernandez. Artigo. Dynamis Engenharia Geotécnica 
 
Concreto: 
 O concreto é utilizado em alguns sistemas como fundação, pilares, vigas e lajes, 
pisos e contrapisos. Dependendo do local onde o concreto é utilizado, a patologia terá 
características próprias. Por exemplo, nos pilares, vigas e lajes, a forma como o 
lançamento do concreto é realizado, pode ocasionar bicheiras, má distribuição da brita, 
fazendo com que a peça estrutural não trabalhe de forma adequada, podendo 
posteriormente surgir fissuras, trincas, rachaduras ou desplacamento. Com o 
desplacamento a armadura da peça fica exposta, deixando sujeita à corrosão, o que 
poderá gerar outros problemas, que se não tratado levará a peça ao colapso. 
54 
 
 
Fonte: TMCC I Profa. Eliane – Etec 
 
 
 
 
Argamassa: 
A água é identificada como o agente de deterioração que mais afeta os materiais 
de alvenaria. A sua presença no interior do poro da estrutura, do revestimento ou da 
parede, pode causar destruição, se o material estiver submetido a ciclos de 
molhagem/secagem. 
 Entende-se por fenômeno patológico umidade o aparecimento de um teor de 
água superior ao desejado num revestimento, seja na sua superfície (acabamento), seja 
na sua própria massa (reboco), manifestando-se sob a forma de manchas. 
▪ Bolor – Manchas esverdeadas ou escuras, revestimento em desagregação, 
causada por umidade constante em área não exposta ao sol. 
55 
 
 
Fonte: Acervo próprio 
 
• Descolamento com pulverulência – Película de tinta se descola arrastando o 
reboco que se desagrega com facilidade, revestimento monocamada se 
desagrega com facilidade, reboco apresenta som cavo. 
 
 
 
 
 
 
 
 Fonte: Acervo próprio 
 
Alvenaria: 
 Nas aberturas das alvenarias (vãos, portas e janelas), a inexistência ou 
subdimensionamento de verga e contraverga, pode ocasionar fissuras nos vértices das 
aberturas, em razão da concentração de tensão ao contorno dos vãos. 
56 
 
 
Fonte: MAYA, Victor. Edif icações – Patologia das Edif icações. Novembro/2018 
 
Revestimento cerâmico: 
• DESTACAMENTO - existência de “ocos”, apresentando som cavo ao ser 
percutido. Suas causas podem ser: argamassa de fixação com baixa, retenção de 
água, absorção excessiva do tardoz, ausência de juntas ou muito estreitas, 
argamassa vencida, entre outros. 
 
Fonte: RODRIGUES, Mariana. Disciplina TMCC II, ETEC “Dra. Ruth Cardoso”, 2013. 
Coberturas: 
A cobertura, por estar sempre exposta às condições climáticas adversas, deve, 
como propósito principal, manter-se estanque, para impedir que alguns dos seus 
elementos entre em contato com as águas pluviais. Tratando-se de cobertura feitade 
estrutura de madeira, esse é um requisito básico para o bom desempenho de suas 
funcionalidades, já que a madeira, por ser um material que apresenta comportamento 
higroscópico, isto é, suas dimensões e seu teor de umidade são altamente influenciáveis 
pela umidade do meio em que está inserido, poderá sofrer com o inchamento ou 
retração de suas peças. Outra causa é uma peça, treliça por exemplo, ao trabalhar num 
57 
 
vão maior para o qual foi dimensionada, sofreu com deformações (flechas) que, 
posteriormente, poderiam desencadear em outros problemas, como a quebra de 
algumas peças. 
 
Peça da estrutura de madeira partida 
 
Fonte: FRAZÃO, Julie Cristie Faria. Patologias relacionadas às coberturas. Universidade Tecnológica Federal Do 
Paraná. Campo Mourão, 2015 
 
 
Uma consideração importante para evitar as patologias nas edificações nos seus 
diversos sistemas, é reconhecer a importância da impermeabilização nos processos 
construtivos. 
A impermeabilização não se dá apenas pelas questões estéticas devido ao 
aparecimento de infiltrações, mas por ser uma questão de segurança, já que evita a 
deterioração da estrutura, minimiza a geração de resíduos provenientes de reformas 
precoces, impede os problemas de saúde relacionados a umidade e evita, em alguns 
casos, o colapso de estruturas. 
 
Glossário: 
Tardoz - Face da placa cerâmica ou azulejo que fica em contato com a argamassa. 
 
 
58 
 
AGENDA 8 - MANUTENÇÃO PREVENTIVA E CORRETIVA 
 
Vamos verificar quais os procedimentos necessários para prevenir e corrigir as 
patologias que estudamos no capítulo anterior. 
 
FUNDAÇÔES – Os recalques diferenciais acontecem por algumas razões: falta de 
estudo correto do solo (Sondagem), fundações inadequadas ou mal dimensionadas, 
bulbos de tensão, para citar os principais motivos. Podemos considerar a manutenção 
preventiva da fundação inexistente, porque é um sistema construtivo enterrado, por isso, 
a fase de análise do solo, projeto das estruturas de fundação adequado às cargas da 
construção e ao solo, ser considerado e calculado os bulbos de tensão de construções 
vizinhas. Quando há dano na fundação do imóvel, sua correção é difícil e onerosa, em 
alguns casos até inviável economicamente. Por isso a importância de um projeto e 
execução corretos, evitando assim, que haja a necessidade de correção de patologias 
nesse sistema. 
 
CONCRETO – No caso de concretos utilizados em superestruturas, a correção 
preventiva é realizada com vistorias periódicas para identificar o aparecimento de 
fissuras, evitando o surgimento de trincas, rachaduras ou desplacamento 
posteriormente. 
Para correção de patologias no concreto temos: 
 
 
Figura A 
 
Figura B 
 
Pilar com armadura expostas. Possíveis causas (fig. A): 
• Cobertura insuficiente das armaduras; 
• Falhas de execução; 
• Agressividade dos ambientes; 
• Falhas de projeto. 
 
Correção: 
1. corte da área afetada e a escarificação (série de 
arranhões ou pequenas incisões) do concreto 
(Fig. B); 
2. Limpeza do substrato com água potável e 
pulverizador (Fig. C); 
3. Aplicar uma argamassa cimentícia, modificada 
com polímeros e, preferencialmente, reforçada 
com fibras, que recebe depois o acabamento 
com desempenadeira de madeira (Fig. D); 
4. Uma manta de cura molhada com água é 
aplicada sobre a argamassa. 
 
59 
 
 
 
Figura C Figura D 
Fonte: Figuras a, c e d – apostila do Curso de Edificações - Disciplina TMCC I Profa. Eliane – ETEC Ruth Cardoso; Figura 
b 
 
ARGAMASSA – 
• Bolor: essa patologia surge quando a edificação não é arejada e não recebe 
insolação suficiente. Para prevenir, deve ser garantida uma boa ventilação e 
insolação nos ambientes da edificação. Caso a patologia já esteja instalada, o 
bolor deve ser removido com limpeza do local, usando hipoclorito de sódio e 
removendo qualquer tipo de fonte de umidade ou infiltração, além de garantir a 
ventilação e insolação do local. 
60 
 
 
Fonte: "Foto: Bigstock", Haus Imóveis, 2019, Gazeta do Povo. 
 
 
• Descolamento com pulverulência: deve ser detectado e removida qualquer tipo 
de fonte de umidade ou infiltração, retirada toda a parte de emboço (Fig. 1) e 
reboco (Fig 2) que esteja solta, após a limpeza da alvenaria (fig.3), refazer o 
chapisco (fig 4) emboço (fig.5) e reboco (fig.6) no local para receber o 
acabamento. 
 
 
 
Fig. 1 Fig. 2 
61 
 
 
 
Fig. 3 Fig. 4 
 
 
 
 Fig. 5 Fig. 6 
Fonte: ECOLUST – Tecnologia em Argamassa, tintas e concretos - http://www.eccolust.com.br/eccotranspore-
aplicacao.php 
 
 
 
• Destacamento de revestimento cerâmico: retirar todo o emboço e reboco 
“soltos”, refazê-los com espessura adequada e assentar novo revestimento, essa 
seria a correção. Mas para evitar o destacamento do revestimento o preparo da 
http://www.eccolust.com.br/eccotranspore-aplicacao.php
http://www.eccolust.com.br/eccotranspore-aplicacao.php
62 
 
alvenaria que irá recebe-lo deve estra adequado, ou seja, as camadas de chapisco 
e emboço devem estar nos padrões indicadas pela Norma, assim como o 
espaçamento entre as peças de revestimento deve estar adequado conforme o 
material escolhido. Um espaçamento inadequado também provocará o 
descolamento das peças. 
 
 
 
 
 A melhor forma de prevenir o aparecimento de patologias nas edificações e ter 
uma boa execução, após a construção terminada e sendo utilizada, a manutenção 
preventiva consiste na verificação periódica dos sistemas, a fim de detectar qualquer 
anormalidade logo no início, evitando complicações que irá onerar a correção do 
problema. 
 
Glossário 
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hipoclorito de sódio - é um desinfetante usado para desinfetar frutas e legumes, purificar 
a água e mata larvas do mosquito da dengue. 
Pulverulência - Estado do que é pulverulento, isto é, coberto ou cheio de pó. 
Emboço - a camada inicial de argamassa, ou de cal, na parede, e que serve de base ao 
reboco. 
 
Bibliografia 
 
REZENDE, Alexandre Sobral; GRANSOTTO, Larissa Rodrigues. DESENHO DE PROJETO 
DE EDIFICAÇÕES. Desenho Técnico II – UFRGS – Revisão Junho de 2007 
 
RODRIGUES, Mariana; ARSENJO, Rodrigo - APOSTILA DE DESENHO ARQUITETÔNICO – 
Curso de Edificações - ETEC Dra Ruth Cardoso – Fev/2008 
 
NBR 6492 – Representação de Projetos de Arquitetura - Associação Brasileira de Normas 
Técnicas. – Abril 1994 
 
Desenho Técnico. Gomes, Adriano Pinto, INSTITUTO FEDERAL DE MINAS GERAIS- 
EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA, Ouro Preto – 2012 – AULA 7 - Desenho Técnico – Parte 1, 
p. 111 à 117