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Guia Preparatório CCNA 200-301

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CERTIFICAÇÃO 
CCNA 
GUIA PREPARATÓRIO 
PARA O EXAME 200 301 
ALEXANDRE VIEIRA DE OLIVEIRA 
CCIE #24499 
JEFFERSON LISBOA MELO 
 
Copyright©2021 – Todos os direitos reservados a: 
Alexandre Vieira de Oliveira e Jefferson Lisboa Melo 
De acordo com a Lei 9.610/1998 que consolida a legislação de direitos autorais no Brasil esta obra 
tem direitos autorais reservados à editora. 
Nenhuma parte desta obra poderá ser reproduzida ou transmitida por qualquer forma e/ou quaisquer 
meios (eletrônicos ou mecânico, incluindo fotocópias e gravação) ou arquivada em qualquer sistema 
ou banco de dados sem permissão escrita dos autores. 
Editor: Carlos Sá 
Projeto gráfico: SF Editorial 
Ilustrações de Miolo: Eduardo Alves Moura 
Capa: FK Estudio.com 
Os conceitos emitidos neste livro são de inteira responsabilidade dos Autores. 
Apesar de toda a atenção, erros de digitação e/ou de impressão não são descartados. Em caso de 
alguma dúvida, entre em contato conosco pelo e-mail contato@academiati.com.br para que possamos 
ajudá-lo. 
Os Autores, Alexandre Vieira de Oliveira e Jefferson Lisboa Melo, excluem-se de quaisquer 
responsabilidades por eventuais perdas ou danos a pessoas ou bens por uso deste livro. 
mailto:contato@academiati.com.br
 
Sumário 
 
 
Alexandre Vieira de Oliveira 
Jefferson Lisboa Melo 
01 - Introdução às Certificações Cisco 
02 - Conceitos de Redes de Computadores 
03 - Arquitetura TCP/IP 
04 - Fundamentos de Redes e Ethernet 
05 - Redes Locais Ethernet (Ethernet LAN) 
06 - Conceito e Operação de LANs Virtuais (VLAN) 
07 - Endereçamento IPv4 
08 - Endereçamento IPv6 
09 - Gerenciamento de Comandos Usando o IOS Cisco 
10 - Conceitos e Implementação de Redes WAN 
11 - Roteamento IP 
12 - Protocolos de Roteamento Dinâmico OSPF e BGP 
13 - Tópicos Avançados em Switching 
14 - Listas de Controle de Acesso IP – ACL 
15 - Serviços IP 
16 - Serviços de Alta Disponibilidade 
17 - Segurança da Infraestrutura de Rede 
18 - Qualidade de Serviço – Quality of Service (QoS) 
19 - Automação e Programação para Redes 
20 - Redes Wireless LAN 
Nossas Redes Sociais 
Bibliografia 
Apêndice A 
Apêndice B 
 
Alexandre Vieira de Oliveira 
 
Agradecimentos 
Agradeço a Deus, minha esposa Erika, nossos pais, irmãos, sobrinhos, 
toda nossa família. O apoio e força deles são essenciais para que eu possa 
seguir escrevendo e trabalhando. 
Ao amigo de longa data neste e em outros projetos: Jefferson Melo, mais 
uma vez obrigado pela parceria de sempre e estimada contribuição para 
composição deste trabalho. 
Também aos alunos, amigos e leitores que nos acompanham nessa e em 
outras publicações, nosso editor Carlos Sá que sempre têm acolhido nossos 
projetos com paciência. 
Dedicatória 
Dedico esta obra à minha esposa Erika que buscou incentivar a 
completude deste livro e tem estado ao meu lado garantindo que eu 
mantenha o foco, persistência e perseverança para trazer o meu melhor em 
cada linha que compõe esta obra. 
 
Jefferson Lisboa Melo 
 
Agradecimentos 
Agradeço a Deus, minha esposa Christiane e aos meus amigos 
acadêmicos e profissionais que colaboraram para a construção do meu 
conhecimento. O apoio e força deles são essenciais para que eu possa seguir 
escrevendo e trabalhando. 
Ao Alexandre Oliveira que participa do projeto CCNA e de outros livros 
a mais de 10 anos em uma parceria de sucesso. Ao Carlos Sá que é nosso 
parceiro na edição dos livros desde o início. 
Dedicatória 
Dedico esta obra à minha esposa Christiane pelo apoio, paciência, 
companheirismo e por compartilhar os momentos bons e difíceis. 
 
01 - Introdução às Certificações Cisco 
 
Introdução – Edição Comemorativa de 10 anos 
Há 10 anos iniciamos uma jornada épica. Não esperávamos que, um dia, iríamos escrever um livro, nem que ele teria a longevidade que teve. Nosso 
maior motivador era: criar um conteúdo diferenciado, atualizado e com uma linguagem leve, que permitisse o leitor passear pelo mundo Cisco de 
certificações, mais especificamente o CCNA. 
Nosso amigo Yuri Diógenes acatou a ideia e foi um grande contribuidor, fornecendo a base do antigo livro CCNA que ele escrevera anos antes e, 
então, nasceu o livro preparatório para o exame 640-802. Levava o mesmo título que o atual e foi evoluindo na medida em que a Cisco modificava os 
códigos e ampliava o exame. Foram três edições antes desta, todas com muito sucesso. 
Nosso propósito, desde o primeiro livro, bem como todos os outros que escrevemos, como os preparatórios para certificações ITIL 2017, Prince2 
Foundation e, mais recentemente, o Gerenciamento Ágil de Projetos, foi de trazer conteúdos que fizessem sentido para as pessoas se tornarem 
protagonistas de suas carreiras. 
Uma rápida pesquisa nos principais portais de carreiras vai te mostrar uma série de certificações técnicas importantes e que podem impulsionar a 
carreira do profissional de TI. A Cisco é uma delas e o CCNA é uma das mais relevantes para o que inicia no mundo de redes ou quer consolidar seu 
conhecimento. 
Entretanto, se certificar começa com o primeiro passo: decidir tomar as rédeas de sua carreira. Sei que você pode pensar neste momento “mas como 
assim, eu não sou o dono da minha vida ou da minha carreira?” Se você começou a ler este livro, se interessou pelo tema ou pretende aprimorar os 
conhecimentos e, quem sabe, se certificar, sim, você é o dono. 
Porém, muitos não pensam assim e deixam que as organizações, ou chefes, ou o mercado comande o que a pessoa deve ou não fazer. Ficar passivo 
esperando algo acontecer, ou que lhe entreguem algum conteúdo que lhe faça sentido (ou não) para que você comece a estudar, pode tardar tanto que a 
pessoa pode passar uma vida inteira sem ter estudado e ter ficado na mesmice de sua profissão. 
O primeiro passo é esse, caro leitor, e você o deu a partir do momento que escolheu ESTUDAR. Nós vamos levá-lo à sua jornada épica pessoal, que é 
compreender esse mundo de redes Cisco ou aperfeiçoá-lo, caso você o conheça e queria aprender mais, ou consolidar aquilo que você sabe através de 
uma certificação. 
Não será fácil. Apresentamos um material de mais de 400 páginas, 20 capítulos, centenas de imagens e exemplos de textos, comandos e siglas de 
tecnologias para assimilar. Vai exigir disciplina, vai exigir dedicação e horas vagas ocupadas com estudos, práticas, exercícios e busca por informações 
complementares que podem estar além deste livro. 
A certificação para o Cisco CCIE, por exemplo, é a mais alta patente em redes, mas em nosso entendimento, não é a mais difícil. Muitos se espantam 
quando dizemos isso, já que o exame prático dela exige oito horas em frente a uma rede complexa para provisionamento do zero e diagnóstico. 
Para nós o CCNA é a mais difícil, por alguns motivos: geralmente é a primeira certificação que as pessoas fazem em redes. Desse modo, a 
inexperiência com um exame desse tipo, feito em um centro de treinamento especializado, a preparação, o formato da prova, tudo é novo. O CCNA 
exige dezenas de tecnologias diferentes, enquanto o CCIE é específico em uma área. Para alcançar o CCIE, muitos passaram por diversas provas e estão 
cientes como é o ambiente de exames, diferente do CCNA que não teve pré-requisito. 
Mas se é assim, por que não vamos direto para o Cisco CCIE? Embora isso seja possível, do ponto de vista de critérios Cisco para certificação, não é 
um caminho recomendado. Ninguém projeta um prédio sem um Engenheiro, que passou por anos em uma faculdade se preparando. Astronautas não 
entram em um foguete espacial para missões no espaço sem que tenham tido anos de preparo e estudo. O CCIE é a consolidação de uma carreira em 
Redes, mas o CCNA é o começo de tudo, é onde você vai escolher em que se aprofundar, o que você pretende seguir dentro do mundo Cisco a partir do 
que ele apresenta, justamente por ser multidisciplinar. Se o CCIE é seu doutorado, o CCNA será sua graduação. E com uma ótima base, você poderá 
trilhar uma carreira brilhanteem Tecnologia da Informação. 
Como dissemos, não vai ser fácil. O que diferencia os bem-sucedidos dos demais é a determinação, disciplina, foco e resiliência em seguir estudando. 
Encorajamos você, leitor, a virar protagonista em sua vida, em sua carreira e buscar sempre ser diferenciado. Não pare no primeiro tropeço, não 
desanime se algum tópico lhe parecer difícil, se algum conceito não fizer sentido. Não pare se alguém lhe disser “para que se certificar, bobagem isso!” 
ou “não gaste dinheiro com isso, o retorno não vem”, ou pior “está cheio de profissional certificado ganhando pouco”. Além de serem inverdades, ideias 
invejosas ou de fracassados, seu pensamento deve ser: se certificar para ser um profissional melhor. 
Ainda assim pode passar na sua cabeça: “meu empregador/chefe/cliente não reconhece esse meu esforço”. Não importa, o importante é você estudar 
por VOCÊ, para você ser o melhor. Toda consequência virá com o tempo. Comece a incomodar as pessoas da seguinte forma: entregue de tempos em 
tempos uma cópia de um certificado que você alcançou. Vá estudando, se certificando e “incomodando” as pessoas (no bom sentido) com vários 
certificados. Inevitavelmente o resultado vem. 
Para isso, portanto, é preciso repetir uma coisa: comece com o primeiro passo. Estamos certos de que você vai conseguir e estamos à disposição para 
ajudá-lo através de nossas redes sociais. Será um prazer ouvi-lo e saber os logros que essa leitura trouxe em sua vida. 
Há 10 anos começamos a nossa trilha como escritores, desenvolvendo o primeiro CCNA. Agora é sua vez, mas de escrever uma nova história na 
carreira em TI. Boa jornada! 
Por que ser um Profissional Certificado? 
Diversos profissionais se questionam sobre qual a melhor estratégia de carreira a seguir, ou seja, se optam por uma pós-graduação ou por uma 
certificação técnica. Na verdade, o ideal é cada um buscar aquilo com que tem maior afinidade e, a partir daí, ver qual a melhor opção, com o retorno no 
tempo esperado, diante da perspectiva profissional desejada. 
Por outro lado, para entendermos o que é ser certificado em alguma tecnologia, entendamos primeiro um conceito básico: o que é certificação. 
Conforme a definição do dicionário Houaiss, é a “afirmação de certeza ou verdade de; atestado; prova”. Em linhas gerais, é um documento que 
comprova ou atesta que o profissional conhece a tecnologia estudada. Esse credenciamento é feito pelo fabricante ou pelo provedor da certificação e, 
sendo este reconhecido no mercado, faz com que o título tenha um peso considerável. 
Um bom motivo para se buscar uma certificação é que, com ela, o profissional tenha sustentação para inspirar a confiança do gerente contratante, sua 
equipe ou dele próprio. Outra consideração importante é a velocidade da evolução tecnológica, a qual demanda uma rápida atualização que pode ser 
obtida através das certificações. Seria bastante complicado se tivéssemos sempre que voltar à faculdade para obter a atualização sobre as novas técnicas 
 
exigidas pelo mercado. O tempo e o custo seriam maiores e é bem possível que, ao término do curso, a tecnologia tenha se alterado de maneira 
substancial. 
Em momento algum se retiram os méritos do ensino fundamental e acadêmico de um profissional; pelo contrário, a formação superior foi e sempre 
será o maior alicerce para uma formação técnica de alto nível. Mas, diferentemente de outras áreas, a tecnologia da informação sofre atualizações em 
uma maior velocidade e as tendências de hoje podem ser superadas por outras tecnologias mais promissoras. Para o empresário, o profissional 
certificado é muito mais que um candidato com mais um diploma de uma empresa; para ele, que é o maior interessado na contratação de mão de obra 
qualificada, o profissional certificado é uma garantia mínima de que aquele candidato conhece as tecnologias do fabricante que se está adotando como 
plataforma principal da sua empresa. 
Alguns podem dizer também que o profissional certificado vale mais que um graduado. Percebem-se de fato exemplos nesse sentido, onde o 
contratante prefere e paga mais por um “certificado” do que por um “graduado”. No entanto, esses exemplos são casos muito pontuais, até porque não 
estão alinhados com as tendências do mercado, que pede profissionais versáteis, que tenham a capacidade de atuar em diversas áreas e que tenham um 
conjunto mínimo de requisitos, como uma boa graduação e conhecimentos de outros idiomas. A graduação e demais níveis acadêmicos que uma 
universidade oferece permitem que o profissional tenha um conjunto de ferramentas e técnicas fundamentais, criando um alicerce firme para o raciocínio 
lógico e analítico. 
O certificado, além de um filtro, é um elemento que possibilita a diferenciação do profissional. Se pensarmos em quando um estudante termina a 
faculdade, perceberemos que ele se lança ao mercado com a mesma formação de outros tantos que, como ele, concluíram o mesmo curso. As empresas 
optarão pelos profissionais diferenciados, que se sobressaiam na massa de formandos do mesmo nível. Acerca dessa tendência, muitos já buscam a 
certificação com esse propósito de avanço na carreira e pesquisas salariais têm apontado isso. 
Pesquisas do Escritório de Estatísticas do Trabalho (BLS) nos Estados Unidos indicam que as carreiras em TI estão crescendo mais que de outras áreas 
e que a média salarial por lá, desse setor, é maior que as demais. A Global Knowledge publicou em 2020 um relatório indicando que 10% dos 
profissionais em TI tiveram aumento salarial devido às certificações técnicas. No mesmo relatório ainda constam que 12% atribuem o aumento ao 
desenvolvimento de novas habilidades de valor agregado e 37% ao desempenho na atividade desempenhada, algo que pode ser alcançado também 
através do aprimoramento através das certificações. 
Além de todos estes aspectos acerca do tema certificação, há ainda um aspecto muito simples: estudar para se certificar traz conhecimentos sobre uma 
tecnologia e, como dizia o filósofo inglês Francis Bacon, “conhecimento é poder”, quanto mais poder melhor, mesmo que este seja cultural. Então, por 
que não se certificar? Porque você jamais sairá perdendo se tornando um profissional certificado. No mínimo ganhará um reconhecimento pelas horas de 
estudo e trabalho por ter conseguido alcançar este objetivo. E é nítido que o profissional que se certifica está comprometido com o desenvolvimento e 
aprimoramento contínuo. 
Por que Cisco? 
É muito comum escutarmos os questionamentos das pessoas sobre as certificações da Cisco. Muitos perguntam: por que deveria obter uma certificação 
da Cisco Systems, se existem outros fabricantes no mercado? De fato, podemos afirmar com toda certeza que as certificações Cisco estão entre as mais 
valorizadas do mercado de TI. Mas por quê? 
Simplesmente porque a Internet gira em torno da Cisco, ou seja, mais da metade do tráfego da Internet passa por equipamentos com sua marca. O 
crescimento acelerado da Internet e a dependência da nossa atual sociedade pela tecnologia fazem com que a Cisco Systems se consolide como líder 
global do mercado de Internetworking e conectividade, com mais de 50% da fatia de mercado. 
Dessa forma, o conhecimento da tecnologia dos equipamentos Cisco cria muitas oportunidades de trabalho. Existem milhares de vagas e poucas 
pessoas com conhecimentos e certificadas na área. Existem outros fabricantes no mercado, porém os produtos da Cisco são reconhecidos entre os 
profissionais da área pela qualidade e inovação. 
A certificação CCNA (Cisco Certified Network Associate) é a porta de entrada para a carreira em redes, sendo a segunda certificação mais realizada 
pelos profissionais no mundo todo, apenas ficando atrás da certificação ITIL, cujo livro preparatório escrito por nós também está disponível no mercado. 
Os conceitos abordados e cobrados no exame vão além do conhecimento sobre o sistema IOS e hardware Cisco, dando uma visão geral e bastante 
completa sobre os conceitos de redes, roteamento eoutras habilidades que nem sempre são abordadas em outras certificações. 
CCNA – Implementing and Administering Cisco Solutions (200-301) e o que muda nesta edição 
do livro 
Como autores, nosso grande desafio é criar um material que permita o profissional atingir o objetivo da certificação, mas também ter um livro de 
consulta que o auxilie no dia a dia, quando estiver atuando efetivamente com equipamentos Cisco. Desde a primeira edição, com o exame CCNA 640- 
802, buscamos ampliar o conteúdo exigido pela Cisco na prova de certificação com conceitos e práticas que agregam conhecimento até mesmo para 
aqueles que não prestarão o exame, embora fosse recomendado fazê-lo. 
As tecnologias de redes de computadores evoluíram muito; conceitos como VoIP, Automação, Cloud, IPv6 e Wi-Fi eram completamente 
desconhecidos pouco tempo atrás. Dessa forma, a Cisco tem procurado continuamente atualizar o portfólio de certificações e isso também tem ocorrido 
com a carreira CCNA, que agora se chama Implementando e Administrando Soluções Cisco. 
Alguns protocolos, que outrora eram abordados nos antigos exames, foram descontinuados por não serem mais usados nos sistemas atuais. O exame 
anterior 200-125 focava nos tópicos relativos a Routing and Switching e seus protocolos, dava uma visão geral e uma aplicabilidade imediata dos 
conceitos utilizados, mas o recém-lançado 200-301 ajusta o conteúdo sobre infraestrutura de roteadores e switches para deixá-lo ainda mais aderente à 
Conectividade com foco em Serviços que correm sobre a rede, sua operação, gerenciamento, segurança e a automação. 
O candidato à certificação deve conhecer as seguintes áreas, conforme descreve a própria Cisco em seu site no syllabus da prova, que é o conjunto de 
temas abordados no exame: 
1. Fundamentos de Rede. 
2. Acesso à Rede. 
3. Conectividade IP. 
4. Serviços IP. 
5. Fundamentos de Segurança. 
6. Automação e Programação. 
Essas áreas são cobradas no exame e muitas vezes combinadas na mesma questão. Por isso, o candidato deve estar bastante atento e deve compreender 
tais assuntos de uma maneira estruturada e organizada, de modo que possa ser aplicado na prática. 
Esta nova edição do livro, agora voltada ao novo exame 200-301, traz um conteúdo aderente a essa atualização do syllabus e suas áreas cobertas. A 
estrutura de capítulos, no entanto, segue uma ordem lógica para o aprendizado em redes e conectividade, iniciando pelos fundamentos de redes e vai 
 
ampliando até os tópicos mais avançados. É uma sequência que montamos com base nos feedbacks dos leitores, de nossa experiência com ensino, 
atuação no mercado de redes e telecomunicações e pesquisas sobre o tema. 
Toda busca na Internet sobre essa versão do CCNA leva a artigos ou sites que trazem informações sobre a prova e materiais de preparação e algumas 
formas de aprendizado podem ser utilizadas, como um treinamento a distância, muito comum hoje em dia, treinamentos em empresas sérias e 
especializadas e materiais para autoestudo de referência no mercado, como este livro. O importante é o candidato buscar as formas que o auxiliem na 
compreensão do que será exigido no exame. 
As versões anteriores do exame permitiam segmentar o estudo em certificações introdutórias que, somadas, levavam igualmente ao título CCNA. Isso 
mudou para a atual versão 200-301, com a Cisco reforçando o conceito “um curso, um exame”, simplificando a carreira como veremos mais adiante. 
Portanto, este livro se mantém como um guia preparatório imprescindível para alcançar esse objetivo, além de ser o material de consulta permanente dos 
profissionais de redes. 
Como é a Prova? 
O assunto central do nosso livro é a prova da certificação Cisco CCNA exame 200-301. Esta prova trouxe uma série de mudanças importantes em 
relação às anteriores. Ela agora tem uma duração de até 120 minutos (2 horas) para responder de 100 a 120 questões, um considerável aumento em 
relação às 55 a 60 questões de antigamente. O conjunto de questões tem múltiplos formatos: 
 
Múltipla escolha com apenas uma correta. 
 
Múltipla escolha com mais de uma correta. 
Questões Drag and Drop (arraste e solte). 
 
Questões Fill-in-the-blanks (preencher lacunas). 
Testlet com cenários para múltiplas questões sobre o mesmo. 
 
Cenários que perguntam saídas (outputs) de comandos. 
Simulações de Configuração. 
As questões geralmente são bem objetivas, com cenários propostos. Normalmente não são longos, mas buscam testar o conhecimento do candidato no 
conjunto de temas essenciais. Mesmo com duas horas é importante administrar o tempo, pois cada questão não deve ser respondida em mais de um 
minuto, em média. Pode parecer assustador, mas se você se deparar com uma questão complexa, que demande tempo, esteja certo de que aparecerão 
também questões bem objetivas que não levarão mais do que trinta segundos para serem respondidas. 
As questões vêm em forma de estudos de caso, onde é apresentado um cenário e, a partir de um conjunto de dados, o candidato deve eleger a melhor 
opção que atende o que é requisitado. Não espere por perguntas do tipo “o que significa a sigla WAN?”. Elas até podem existir, mas o que realmente se 
cobra é a capacidade de o candidato saber o que fazer quando um problema acontece em uma rede e como resolvê-lo, apresentando as soluções mais 
apropriadas. 
A recomendação é que os assuntos estejam bem estudados para que se guarde tempo para as questões mais complexas e simulações presentes no 
exame. Outra recomendação é que não se gaste mais do que dez minutos para essas simulações, por isso administrar o tempo e estar bastante ‘afiado’ 
nos estudos é essencial e permite ganhar tempo em questões simples. 
Uma das características desta prova, que causa certo calafrio no candidato, é o fato de não ser permitido voltar à questão anterior, ou seja, se você 
respondeu e clicou no botão Next (Próximo), não haverá a possibilidade de revisá-la, como acontece em outros exames na área de tecnologia. Essa 
característica pode mudar e permitir o retorno às questões anteriores, mas é melhor considerar que não será possível e responder com exatidão. Por isso é 
necessária uma atenção redobrada neste aspecto e, em último caso, “chutar” uma opção qualquer antes de avançar, caso você não saiba a resposta, e 
jamais deixar alguma em branco e perder preciosos pontos. 
Existem também questões em que mais de uma alternativa está correta. Na maioria das vezes ele termina o enunciado da pergunta dizendo: “Escolha 
duas”. Com isso melhora a chance de acerto, pois você poderá trabalhar na eliminação das erradas, caso esteja em dúvida. 
 
 
Figura 1.1 – Exemplo de uma questão em que é necessário digitar o comando. 
A Cisco, preocupada em formar profissionais cada vez mais qualificados, adota questões práticas no exame, com simulações de configuração 
que possibilitam a entrada de comandos e a execução de tarefas apresentadas em um cenário. Estas questões envolvem situações em que você 
deverá clicar em um determinado roteador para acessar sua console, através do Putty, por exemplo. Ao chegar nele, você deverá digitar o 
comando de acordo com a tarefa que foi requisitada, como na Figura 1.1. 
No cenário da Figura 1.2 temos uma rede com os devidos números de interfaces. A tarefa seria configurar a interface Ethernet do roteador 
LAB_A. Quando você clicar no Host D, aparecerá a interface do terminal ou console, possibilitando a entrada dos comandos necessários para 
completar o que é solicitado. 
 
 
 
 
Figura 1.2 – Exemplo de um cenário para configuração de uma interface Ethernet de um roteador, com acesso feito através do host 
D. 
Os Testlets, como definidos anteriormente, são questões que envolvem cenários e questões sobre eles. Normalmente possuem de três a cinco 
questões (podendo variar), todas envolvidas com o mesmo contexto, sendo essas do tipo múltipla escolha com uma correta ou com múltiplas 
corretas, como na Figura 1.3: 
 
 
Figura 1.3 – Exemplo de Testlet com cenário para 4 questões.Fonte: https://learningnetwork.cisco.com/s/certification-exam-tutorials. 
 
Verifique no site da Cisco uma demonstração dos tipos de questões adotadas no exame. Esse tutorial auxilia o candidato a se 
familiarizar com a plataforma do exame, inclusive dando a possibilidade de experimentar e clicar nas opções apresentadas: 
https://learningnetwork.cisco.com/s/certification-exam-tutorials 
 
As Carreiras de Certificações da Cisco 
A Cisco revisou todo o conjunto de certificações em 2020 e trouxe mudanças radicais em como elas estão interligadas. A segmentação ainda se 
dá pelo nível de prova que se faz, como apresentado na Figura 1.4: 
 
 
 
 
Figura 1.4 – Níveis de Certificação Cisco. 
São quatro níveis principais quando se trata da carreira de redes (network) 
e projetos (design). Adicionalmente, existe a carreira de especialista 
(specialist) que capacita o profissional em tecnologias ou sistemas 
específicos, a qual será detalhada adiante, mas que não está dentro da 
pirâmide. Cada nível vai aprofundando em determinadas tecnologias, mas 
não são mais requisitos para o nível acima, como antigamente. As 
certificações CCIE e CCDE são os níveis mais altos em redes e projetos 
respectivamente e a antiga CCAr (Architecture) foi descontinuada. 
A tabela abaixo resume todas as carreiras da Cisco disponíveis até a data 
de fechamento dessa edição. Eles frequentemente revisam essas carreiras e, 
de acordo com a demanda do mercado ou tendências tecnológicas, realizam 
mudanças incluindo ou retirando algumas. 
 
 
 
Nível Entry (Inicial) 
É o nível mais básico, de entrada (entry), das certificações da Cisco e não 
representa um pré-requisito para o Nível Associate. Quem opta por obter esse 
nível de certificação tem o objetivo de se iniciar nas tecnologias de 
conectividade e redes, cobrindo os fundamentos destas. Dessa forma, 
geralmente aconselhamos os alunos e profissionais a considerar diretamente 
o nível superior se já tiverem algum conhecimento básico sobre os principais 
conceitos. É composto pela certificação CCT: 
 
Cisco Certified Technicians (CCT) 
Os profissionais que possuem esse nível de certificação são preparados 
para interagir com os Centros de Assistência Técnica da Cisco (TACs), sendo 
capazes de identificar interfaces e dispositivos de hardware Cisco. O escopo 
dessa certificação limita-se aos conhecimentos técnicos mais básicos de 
operação de redes, não habilitando o profissional em conhecimentos 
específicos sobre protocolos de roteamento e implementação de redes. De 
forma geral, possui um foco mais voltado para hardware de redes. 
As certificações CCT estão disponíveis nas seguintes carreiras: 
 
CCT Collaboration: 100-890 Supporting Cisco Collaboration System 
Devices (CLTECH). 
 
CCT Data Center: 010-151 Supporting Cisco Data Center System 
Devices (DCTECH). 
 
CCT Routing & Switching: 100-490 Supporting Cisco Routing & 
Switching Network Devices (RSTECH). 
 
Renovação: Esse nível de certificação tem validade de três anos e pode 
ser renovado refazendo a mesma prova. No caso do CCT renova-se 
fazendo a mesma ou fazendo a prova de um nível superior. 
Nível Associate (Associado) 
Como mencionamos, a Cisco revolucionou o conjunto de certificações 
disponíveis e como as carreiras se desenham. As divisões anteriores de 
CCNA com vários “sabores” (wireless, cloud, industrial, etc.) não vingaram 
e eles voltaram ao modelo original com apenas uma prova, porém mais 
longa, com mais questões e um grupo de tecnologias mais abrangentes para 
ser a base de qualquer outra certificação do fabricante, no entanto sem ser 
obrigatória para níveis superiores. Também agregaram duas outras 
certificações Associate, mas que não são relacionadas ao CCNA, pois têm 
foco distinto a ser visto adiante. 
 
 
 
Todas as certificações passaram a ter validade de três anos e podem 
ser renovadas através da aprovação em qualquer prova de mesmo 
nível ou de nível superior, seja da carreira Associate, Professional ou 
Expert, ou ainda realizando créditos educacionais autorizados, que 
são cursos online ou presenciais Cisco. 
Cisco Certified Network Associate (CCNA) 
Esta é a prova de que este livro trata. Podemos considerar o CCNA como a 
base para todas as certificações da Cisco, embora não seja mais pré-requisito 
para as carreiras superiores. Essa certificação é considerada uma das mais 
difíceis no segmento de redes, devido à grande quantidade de assuntos e 
informações que precisam ser estudadas. Assim, o objetivo deste livro é 
detalhar os pormenores sobre essa certificação e auxiliá-lo no conteúdo 
completo para obter sucesso no exame oficial. 
 
200-301: Implementing and Administering Cisco Solutions (CCNA). 
Cisco Certified DevNet Associate 
Essa certificação engloba conhecimentos em desenvolvimento e 
programação de automação para redes baseadas em equipamentos Cisco. Ela 
aborda as APIs, desenvolvimento de plataformas Cisco, desenvolvimento de 
aplicações e segurança e automação da infraestrutura. É uma tendência de 
mercado a automação e a SDN (software-defined network) que são redes 
definidas por software para implantação, configuração e monitoramento. 
Assim, a DevNet Associate vem trazer opção no mercado de certificações 
para habilitar profissionais que possam desenvolver sobre plataformas Cisco. 
 
200-901: Developing Applications and Automating Workflows using 
Cisco Platforms (DEVASC). 
Cisco Certified CyberOps Associate 
Com ênfase em segurança da informação, outro tema em contínua 
expansão e demanda no mercado de redes, essa certificação visa dar ao 
candidato os conceitos de segurança de redes, monitoramento da segurança, 
 
análise de vulnerabilidades e intrusão, políticas e procedimentos de 
segurança. Aborda também temas de firewalls, antivírus e detecções de 
ataques, bem como avaliação de risco. 
 
200-201: Understanding Cisco Cybersecurity Operations Fundamentals 
(CBROPS). 
Nível Professional 
Após se qualificar com o nível Associate, o profissional poderá dar 
continuidade aos estudos e subir um degrau na pirâmide. As carreiras de 
nível Professional são bastante diferentes das carreiras do Associate, 
primeiro porque o profissional precisa fazer duas provas para se certificar. 
Segundo porque as provas são mais direcionadas ao conteúdo. Nesse nível, 
há distintas divisões que permitem focar em assuntos diferentes e levar a 
níveis Expert relacionados, se desejável. Não há pré-requisitos para alcançar 
nenhuma certificação. O candidato pode ir direto ao nível Expert, ou 
Professional sem passar pelo Associate. No entanto, é coerente seguir uma 
sequência pois o conhecimento se acumula e vai apoiando-o em atingir níveis 
mais altos ao longo dos estudos. Salvo condição em que o profissional seja 
muito experimentado em redes e deseje ir logo para o topo, o que é mais 
difícil de ocorrer. 
 
A certificação tem validade de 03 (três) anos e pode ser renovada 
através da aprovação em qualquer prova de Nível Professional, um 
exame teórico ou prático do Nível Expert ou créditos de educação. 
Vale conferir as políticas para cada nível em: 
https://www.cisco.com/c/en/us/training-events/training- 
certifications/ 
recertification-policy.html#~requirements 
Cisco Certified Network Professional (CCNP) Enterprise 
Essa é a certificação de nível Professional que permite o candidato atuar na 
resolução de problemas para ambientes LAN e WAN, e também instalação, 
configuração, técnicas de incremento da largura de banda, melhoria de 
desempenho, melhoria de segurança, entre outras funções de redes 
http://www.cisco.com/c/en/us/training-events/training-
 
corporativas. 
Para o nível CCNP deve-se ter aprovação em um exame Core obrigatório e 
outro elegível, a escolher, que permitirá o enfoque em determinada 
tecnologia. O exame Core é: 
 
350-401: Implementing Cisco Enterprise Network Core Technologies 
(ENCOR). 
Já os elegíveis são (deve-se escolher um): 
 
300-410:Implementing Cisco Enterprise Advanced Routing and 
Services (ENARSI). 
 
300-415: Implementing Cisco SD-WAN Solutions (SDWAN300). 
 
300-420: Designing Cisco Enterprise Networks (ENSLD). 
 
300-425: Designing Cisco Enterprise Wireless Networks (ENWLSD). 
 
300-430: Implementing Cisco Enterprise Wireless Networks 
(ENWLSI). 
 
300-435: Implementing Automation for Cisco Enterprise Solutions 
(ENAUI). 
O interessante desse novo arcabouço de certificações Cisco é que os 
caminhos foram bastante encurtados, como já mencionamos. A evidência 
dessa mudança é que o exame 350-401, além de ser obrigatório para o CCNP 
Enterprise, já habilita o candidato para a certificação CCIE Enterprise 
Infrastructure e CCIE Enterprise Wireless. Isso mesmo, esse exame agora é o 
CCIE teórico, pré-requisito ao CCIE Lab, que é a prova prática final. Vamos 
detalhar mais adiante. 
CCNP Collaboration 
Profissionais de rede que precisam avançar nos conhecimentos e 
habilidades de colaboração e comunicação unificada, esse é o nível adequado 
para se aprofundar no desenho, implementação e manutenção desses 
 
serviços. O CCNP Collaboration requer a prova Core e uma Elegível: 
 
350-801: CLCOR Implementing and Operating Cisco Collaboration 
Core Technologies (CLCOR). 
Elegíveis (um destes): 
 
300-810: Implementing Cisco Collaboration Applications (CLICA). 
 
300-815: Implementing Cisco Advanced Call Control and Mobility 
Services (CLACCM). 
 
300-820: Implementing Cisco Collaboration Cloud and Edge Solutions 
(CLCEI). 
 
300-825: Implementing Cisco Collaboration Conferencing (CLCNF). 
 
300-835: Implementing Automation for Cisco Collaboration Solutions 
(CLAUI). 
CCNP Datacenter 
O CCNP Datacenter envolve os conceitos de designer, implementação, 
configuração, troubleshooting e gerenciamento para datacenters com 
equipamentos Cisco. Essa certificação habilita os profissionais da área a 
trabalharem com equipamentos de porte que são utilizados em datacenters, 
além da integração com as redes SAN (Storage Area Network). É preciso 
fazer os seguintes exames: 
 
350-601 DCCOR: Implementing and Operating Cisco Data Center 
Core Technologies (DCCOR). 
Elegíveis (um destes): 
 
300-610: Designing Cisco Data Center Infrastructure (DCID). 
 
300-615: Troubleshooting Cisco Data Center Infrastructure (DCIT). 
 
 
300-620: Implementing Cisco Application Centric Infrastructure 
(DCACI). 
 
300-625: Configuring Cisco MDS 9000 Series Switches (DCMDS). 
 
300-635: Implementing Automation for Cisco Data Center Solutions 
(DCAUI). 
CCNP Security 
Devido ao grande investimento feito anualmente pelas empresas em 
Segurança de TI, a Cisco possui a carreira Professional voltada à Segurança 
(Security). Esta carreira tem como finalidade homologar os conhecimentos 
do candidato na área de segurança da informação com foco na infraestrutura 
de segurança. Na mesma linha da carreira CCNP, há o exame Core: 
 
350-701: Implementing and Operating Cisco Security Core 
Technologies (SCOR). 
E os elegíveis (um destes): 
 
300-710: Securing Networks with Cisco Firepower Next Generation 
Firewall (SSNGFW) & Securing Networks with Cisco Firepower Next- 
Generation IPS (SSFIPS). 
 
300-715: Implementing and Configuring Cisco Identity Services Engine 
(SISE). 
 
300-720: Securing Email with Cisco Email Security Appliance (SESA). 
 
300-725: Securing the Web with Cisco Web Security Appliance 
(SWSA). 
 
300-730: Implementing Secure Solutions with Virtual Private Networks 
(SVPN). 
 
300-735: Implementing Automation for Cisco Security Solutions 
(SAUI). 
 
CCNP Service Provider 
Pensando na migração que está havendo dos profissionais de TI para a área 
de telecomunicações, assim como a grande massa de produtos Cisco voltados 
a esse setor, foi criada uma certificação que pudesse suprir esta necessidade. 
A certificação CCNP Service Provider fornece subsídios para que o 
profissional conceba soluções fim a fim usando produtos Cisco. Nesta 
carreira é necessário que o candidato tenha entendimento detalhado sobre 
uma gama de tecnologias de telecomunicação, que inclui entre outros temas: 
roteamento IP, multicast IP, IPVPNs, MPLS, BGP, entre outros. 
Exame Core: 
 
350-501: Implementing and Operating Cisco Service Provider Network 
Core Technologies (SPCOR). 
Elegíveis (um destes): 
 
300-510: Implementing Cisco Service Provider Advanced Routing 
Solutions (SPRI). 
 
300-515: Implementing Cisco Service Provider VPN Services (SPVI). 
 
300-535: Implementing Automation for Cisco Service Provider 
Solutions (SPAUI). 
Cisco Certified CyberOps Professional 
Essa certificação em nível professional é uma das novidades da Cisco para 
esse novo grupo de carreiras. Diferentemente do CCNP Security, o CyberOps 
Professional tem foco mais em serviços, habilita o profissional numa função 
de Analista de Segurança da Informação com olhar mais estratégico das 
soluções Cisco voltadas à segurança em nuvem, defesa ativa, resposta a 
incidentes e intrusão, análise forense e contenção de ciberataques. 
Igualmente, adota o esquema de duas provas, sendo uma Core: 
 
350-201: Performing CyberOps Using Cisco Security Technologies 
(CBRCOR). 
 
e a elegível (por hora apenas uma opção): 
 
300-215: Conducting Forensic Analysis and Incident Response Using 
Cisco Technologies for CyberOps (CBRFIR). 
Cisco Certified DevNet Professional 
Outra certificação novidade é a DevNet Professional. Explicamos a 
equivalente em DevNet Associate anteriormente e no nível Professional há 
um aprofundamento daqueles conhecimentos com um conjunto de provas 
eletivas que mergulham em cada especialização. O profissional é levado a 
desenvolver e manter aplicações baseadas nas plataformas Cisco para 
melhorar a segurança e, através de APIs, criar soluções de automação. O 
interessante desta certificação é que ela ainda reconhece o candidato a cada 
eletiva que ele realiza, dando um título de Especialista, embora para a 
DevNet Professional apenas a Core e uma Eletiva são exigidas. 
Considerando que há eletivas para Internet das Coisas (IoT), conferências 
Webex, soluções para Datacenter ou Colaboração, o desenvolvedor ficará 
tentado a realizar mais de uma a fim de ampliar o escopo de atuação. 
 
350-901: Developing Applications Using Cisco Core Platforms and 
APIs (DEVCOR). 
Elegíveis (uma destas): 
 
300-435: Implementing Automation for Cisco Enterprise Solutions 
(ENAUI). 
 
300-835: Implementing Automation for Cisco Collaboration Solutions 
(CLAUI). 
 
300-635: Implementing Automation for Cisco Data Center Solutions 
(DCAUI). 
 
300-535: Implementing Automation for Cisco Service Provider 
Solutions (SPAUI). 
 
300-735: Implementing Automation for Cisco Security Solutions 
 
(SAUI). 
 
300-910: Implementing DevOps Solutions and Practices using Cisco 
Platforms (DEVOPS). 
 
300-915: Developing Solutions using Cisco IoT and Edge Platforms 
(DEVIOT). 
 
300-920: Developing Applications for Cisco Webex and Webex 
Devices (DEVWBX). 
Nível Expert 
Depois de avançar por um longo caminho técnico, o candidato finalmente 
chega ao nível Expert, que é muito conhecido devido ao nível de dificuldade. 
De fato, como circula entre os profissionais da área, essa certificação é “a 
que separa os meninos dos homens”. É o “doutorado” em Redes, um título 
que o coloca entre os mais raros profissionais do mercado, como 
detalharemos a seguir. 
A prova é dividida em duas fases, uma teórica e outra prática. A segunda 
fase é bastante complexa: o profissional faz a implementação prática de uma 
rede e ainda deve solucionar problemas dentro do ambiente que ele montou. 
A prova tem 8 horas de duração e só pode ser feita nas instalações da Cisco 
Systems. 
 
 
A certificação tem validade de três anos e pode ser renovada ao 
passar na prova teórica da carreira Expert, passar em outra prova 
prática de laboratório, passar em três provas elegíveis da carreira 
professional, ou passarem uma prova Core e uma elegível qualquer, 
mas que se for da mesma linha poderá obter outro título CCNP 
(recomendável), além de participar do programa oficial de 
treinamentos, que concede os créditos educacionais. Qualquer uma 
dessas opções renovará o CCIE. 
Cisco Certified Internetwork Expert (CCIE) 
 
A certificação CCIE é uma certificação bem conhecida e muito respeitada. 
Ela existe desde 1993 e caracteriza-se por ser muito difícil. Foi a primeira 
certificação da Cisco, antes mesmo do CCNA, por incrível que pareça. 
Há pouquíssimas localidades em todo o mundo que dispõem dos 
laboratórios necessários para o exame prático, de maneira que, além de 
difícil, também seja muito concorrido e custoso. Pode-se ficar até um ano 
esperando uma vaga para o exame, mas felizmente as novas carreiras Cisco 
aumentaram a validade do exame teórico para três anos. Mas isso não alivia a 
situação, pois devido ao grau de dificuldade, diz-se que o índice de 
aprovação na primeira tentativa é de apenas 10%, embora a Cisco não revele 
essa informação. 
E como se não bastassem as dificuldades, há alguns anos a Cisco removeu 
os laboratórios do Brasil e agora só é possível realizar a prova no exterior, ou 
em alguns poucos momentos em que eles trazem um Lab móvel para cá, que 
acaba sendo concorrido. Acabou fazendo com que tivéssemos uma redução 
no número de CCIEs novos no país, infelizmente. 
O norte-americano Scott Morris, muito conhecido no segmento de 
certificações e detentor de quatro títulos CCIE, comentou em seu artigo pela 
CertCities.com sobre uma pesquisa indicando a vontade dos profissionais de 
tecnologia de redes em obter a certificação CCIE. O resultado apontava que a 
maioria preferia alcançar o nível CCIE a ser eleito presidente do país. Apesar 
de ser uma pesquisa um tanto bizarra, o próprio Morris questionou seus 
colegas e, de cinco pessoas, apenas uma desejava o cargo na Casa Branca. 
No Brasil, pouco mais de 300 pessoas possuem esse título. Essas 
estatísticas já não figuram mais no site da Cisco, mas fontes não-oficiais 
indicam alguns dados demográficos da carreira CCIE, como o 
www.cciehof.com, que é o Hall da Fama de CCIEs. Uma rápida pesquisa nos 
sites de busca pode dar um panorama destes números. De qualquer forma, 
ainda que não-oficial, esses dados ilustram o grau de dificuldade dessa 
carreira, mas obviamente não a torna inalcançável. Aqui, o leitor tem em 
mãos uma fonte importante de estudos que, iniciando com o CCNA, deve 
também levá-lo a atingir esse objetivo. Este livro tem também o grande 
diferencial de contar com um CCIE como coautor, o que sustenta e 
credibiliza ainda mais o conteúdo aqui desenvolvido e vos escreve com a 
propriedade de quem chegou lá e sabe o caminho para tal. 
A carreira CCIE é formada por seis áreas técnicas de atuação, conforme 
http://www.cciehof.com/
 
mostra a Figura 1.5. Basicamente, cada uma aprofunda o conhecimento do 
respectivo nível Professional e o preparo do candidato normalmente não é 
baseado em um livro específico. O candidato deve buscar a bibliografia mais 
ampla recomendada pela Cisco em seu site, antes de iniciar a preparação. 
 
 
 
Figura 1.5 – Áreas técnicas do CCIE. 
É válido mencionar também que a certificação CCIE não obriga você a ter um certificado de um nível inferior. Parte da justificativa se dá pelo 
fato de a Cisco ter lançado essa carreira como sua primeira certificação técnica, como mencionado anteriormente. Além disso, como a prova 
requer duas etapas, prova teórica e prova prática, subentende-se que, ao passar por cada uma delas, o candidato pode demonstrar o conhecimento e 
a experiência fortemente exigidos em ambas as fases. 
Relembrando, o novo conjunto de certificações Professional possui suas respectivas provas Core. Esse exame já é considerado o exame teórico 
obrigatório para o CCNP que somado ao exame eletivo ou área de concentração, certifica com esse título. O CCIE considera o exame Core do 
CCNP como o exame teórico exigido, ou seja, quem é aprovado tem a opção de realizar uma outra teórica eletiva da carreira ou realizar o lab 
prático do CCIE dentro do prazo de validade da prova, três anos. Isso permite o candidato ter dois caminhos: certificar-se CCNP e aproveitar o 
prazo para ir em seguida ao CCIE prático. Vai da estratégia de cada um. 
Nossa recomendação ao caro leitor é justamente buscar cada etapa da carreira de certificações desejada e ir se aprofundando passo a passo, 
tirando o CCNA, CCNP e depois o CCIE. O conjunto de conhecimentos adquiridos ao longo do tempo certamente contribuirá para alcançar o 
objetivo final. Reiteramos: a certificação CCIE não é impossível, o que vale é seguir estudando. 
Cisco Certified Design Expert (CCDE) 
Essa certificação está no mesmo nível que o CCIE, porém é direcionada apenas para profissionais de design e projetos de redes. Espera-se que 
esse profissional conheça profundamente os princípios de infraestrutura de redes e possua uma experiência de no mínimo sete anos na área. Essa 
certificação consiste em uma prova teórica e uma prova prática, nos moldes do CCIE. A prova teórica terá mudanças em novembro de 2021, 
quando entrará um novo exame: 
 
352-001: CCDE Written (até ١º/nov/2021) 
 
400-007: CCDE Written (de 2/nov/2021 em diante) 
Nível Specialist (Especialista) 
Além das certificações e carreiras citadas, a Cisco tem um programa de especialização em diversas áreas, com títulos diferentes. Estas provas 
têm como finalidade complementar os conhecimentos adquiridos no decorrer de toda a certificação padrão, formando assim um profissional com 
um excelente embasamento teórico e especializado em uma determinada área. Para as provas de especialização não há pré-requisitos e toda prova 
de nível Professional concede um título de Especialista, como reconhecimento ao esforço nessa aprovação. A estratégia em buscar alguma 
especialização desse nível está em agregar um conhecimento complementar ou já obter benefícios de ter uma certificação preliminar enquanto não 
conclui determinada carreira. Caso o leitor, ao término deste livro, obtenha o CCNA (estamos convictos que você conseguirá), a especialização 
trará conhecimentos adicionais, seja para atender uma necessidade pontual do empregador ou do cliente. 
 
 
 
A certificação tem validade de três anos e pode ser renovada refazendo as provas específicas para o nível Specialist ou obtendo-se 
aprovação em qualquer prova teórica do nível Professional. 
As áreas que possuem especializações atualmente são as seguintes: 
 
Customer Success, Collaboration, Data Center, Internet of Things (Internet das Coisas), DevNet, CyberOps, Network Programmability, 
Security, Service Provider. É recomendado a consulta ao site Cisco.com para verificar quais as carreiras e provas disponíveis para esse 
nível, já que varia bastante de acordo com a evolução e as tendências tecnológicas. 
Onde Fazer a Prova 
Todas as provas da Cisco são oferecidas no mundo inteiro através dos centros autorizados Pearson/Vue. Esses centros são credenciados por 
oferecerem a infraestrutura necessária, segurança e confidencialidade dos exames e, muitas vezes, contam com treinamentos especializados, 
englobando diversas certificações de diversos fabricantes. 
A Pearson/Vue (ou só Vue) possui centros em diversas cidades no Brasil e, tanto em sua página da Internet, quanto em alguns centros, as provas 
podem ser agendadas e pagas. O método mais simples é via Internet, através do endereço www.pearsonvue.com. O candidato deve se registrar 
para obter uma conta que será vinculada por toda a carreira de certificações Cisco. 
 
Ao se registrar, o candidato tem um número identificador que será registrado, no caso da Cisco, no portfólio de certificações obtidas. 
É muito importante manter guardado o cadastro, tanto do usuário quanto da senha, para que sempre se possa vincular o identificador 
às certificações obtidas ao longo da carreira profissional. 
Após o cadastro, o usuário tem aopção de agendar uma prova, localizar o centro de exames mais próximo e efetuar o pagamento diretamente 
pelo site, através de um sistema seguro. O pagamento é feito através de cartões de crédito internacionais. Uma vez agendado e pago, o exame 
pode ser livremente reagendado, caso o candidato não tenha estudado em tempo, desde que respeitado o prazo, normalmente até 24 horas antes do 
horário marcado anteriormente. 
Quando o candidato não aparece no dia e hora marcados, também chamado “no-show”, perde direito ao exame, sendo necessária uma nova 
compra, sem direito ao reembolso do exame perdido. A Figura 1.6 mostra a página inicial da Pearson/Vue e a Figura 1.7 apresenta a tela após 
optar por Cisco Systems na busca de organizações (testing organizations). Aqui é que o candidato cria suas credenciais para iniciar nas carreiras 
Cisco e onde agendará todos os exames que for realizar deste fabricante. A Cisco, em conjunto com a Pearson/Vue, também oferece certificações 
via OnVue, sistema de provas que podem ser feitas sem sair de casa, com supervisores (proctors) online que monitoram você durante o exame. É 
uma opção para quem está longe de um centro de testes presencial. Vale conferir as condições e pré-requisitos de equipamento e ambiente. 
 
 
Figura 1.6 – Página inicial Pearson Vue (www.pearsonvue.com), com destaque para Take a Test ou busca por Cisco. 
O valor do exame deve ser consultado no momento de selecionar o exame, através da Pearson/Vue. Em 2021 custava US$ 300,00 dólares 
americanos. 
http://www.pearsonvue.com/
 
 
 
 
Figura 1.7 – Tela inicial da organização Cisco Systems para cadastro inicial ou agendamentos. 
 
Como se Preparar para o Exame e Como este Livro 
Está Dividido 
No Apêndice-A colocamos o Syllabus completo do exame com a 
referência de capítulos onde você pode obter o conhecimento de cada tema 
cobrado. A Cisco, embora indique esses temas, muitos materiais 
preparatórios não colocam os capítulos na sequência exata, até porque há 
temas que são abordados em tecnologias introdutórias, outros terão mais 
sentido quando surgir assuntos específicos. 
Como dissemos, este livro cobre o todo o CCNA e possui uma estrutura 
didática organizada por assuntos sequenciados que fazem mais sentido para o 
ensino de redes. Adicionalmente, deixamos alguns poucos tópicos extras das 
provas passadas que foram descontinuados pela Cisco para o CCNA, mas 
que fazem total sentido para o profissional de Redes. Isso será esclarecido 
quando um tópico extra surgir. 
Podemos dividir o livro em 4 categorias de objetivos para orientar o 
leitor: certificação, noções de redes, roteadores e switches. A ideia é 
permitir que você se oriente pensando em qual objetivo deseja: 
 
Certificação: obter a certificação CCNA, seja pela primeira vez ou 
renovando uma antiga. 
 
Noções de Redes: para o profissional de TI ou de outras áreas que 
queiram começar em Redes, ou apenas ter noções a fim de preparação 
para algum concurso público ou área que exija noções de redes e suas 
tecnologias. 
 
 
Roteadores e Roteamento: para o profissional que queira se 
aprofundar ou conhecer mais sobre roteamento especificamente, tanto 
em IPv4 quanto IPv6, sem switching. 
 
Switches e Switching: para o professional que queira se aprofundar ou 
conhecer mais sobre switching especificamente, sem necessidade de 
roteamento, focado em equipamentos de Camada 2. 
A tabela a seguir relaciona as categorias de objetivos com os capítulos do 
livro, de modo que o leitor possa, então, eleger a ordem ou amplitude da 
leitura: 
 
 
OBJETIVO 
S 
 
CERTIFICAÇÃ 
O 
NOÇÕE 
S 
DE 
REDES 
 
ROTEADORES/ROTEAMENT 
O 
 
SWITCHES/SWITCHIN 
G 
Estudar Todos 1, 2, 3, 1, 2, 3, 4, 7, 8, 9, 10, 11, 12, 14, 1, 2, 3, 4, 5, 6, 9, 13, 17 
capítulos # 4, 5, 7, 18 
 8, 10, 
 15, 16, 
 17, 20 
Claro que encorajamos todos a lerem o livro por completo, com intuito de 
obter esse diferencial na carreira, certificando-se. No entanto, sabemos como 
os dias de hoje são turbulentos e, de repente, alguma necessidade pontual 
precisa ser atendida em curto prazo. Como o estudo para certificação é o 
mais exigente, ou seja, demanda mais densidade no estudo, retenção de 
temas e conceitos e na hora da prova não há como consultar livros, vamos 
comentar mais sobre formas de se preparar para ela. 
Como Estudar para a Certificação? 
Cada um tem seu método para estudar um conteúdo. Ler um livro técnico, 
ou guia preparatório para uma certificação, é diferente de um Romance, 
Autoajuda, Poesias etc. Cada um tem particularidades que exigem atenção do 
leitor. No caso de um livro técnico como este, é preciso tomar muitas notas, 
praticar em simuladores/emuladores (falaremos ao longo do livro), criar seu 
mapa mental de temas, bem como de siglas ou acrônimos relevantes, como 
nomes de protocolos (TCP = Transmission Control Protocol, por exemplo). 
Aliás, essa é uma preocupação que tivemos ao longo de todo o livro: você 
verá as traduções desses acrônimos, mas muitas vezes manteremos sua 
versão original em inglês. Até a data de fechamento do livro, o CCNA ainda 
não era oferecido em português, logo, é importante manter os nomes 
 
originais a fim de guiar o leitor, caso apareçam no exame, mas as traduções 
permitem compreender a ideia deles. 
Inglês tampouco deve ser sua barreira para realizar uma prova de 
certificação. O CCNA é intuitivo em várias questões, o inglês técnico é 
conhecido pela maioria dos profissionais, até porque, sem você se dar conta, 
já aprendeu como se fala “janelas” naquele idioma: “Windows”. A própria 
profissão em TI exige uma certa base, pois praticamente tudo se escreve em 
inglês: comandos, nomes de tecnologias, protocolos, entidades, organizações. 
Então não há como fugir. Barreira, portanto, está fora de seu vocabulário, 
pois você está empenhado em estudar e crescer profissionalmente. 
Assim, é válido organizar seus estudos também com: terminologias em 
inglês, expressões comuns das provas, siglas e significados. Faça uma tabela, 
seja em um editor de planilhas eletrônicas (Excel, Calc, Google Sheets) que 
permita correlacionar o nome, a sigla, o que é e pra que serve. Será um bom 
mapa de temas que pode lhe auxiliar. 
Faça a leitura deste livro ao menos três vezes, na íntegra. Depois de 
terminar a primeira leitura, muita coisa ficou pra trás, afinal, mencionamos o 
vasto conteúdo que o livro possui para atender à exigência da certificação. 
Portanto, reler é imprescindível para retenção. 
Estudar requer disciplina e, junto dela, todo um “aparato” que deve protegê-
la, como um bom ambiente, iluminação, espaço, silêncio e a regra de ouro: 
deixar o material sempre pronto para retomar os estudos. Seu cérebro vai 
tentar te sabotar, ou seja, vai colocar empecilhos para iniciar ou retomá- los. 
Caso você deixe o material no jeito, à vista, você visualmente verá que tem 
uma obrigação consigo mesmo. 
Haverá, também, sempre “atrativos” sabotadores como: me leve à escola, 
venha me buscar, preciso ir ao mercado, está passando um filme legal, 
começou uma nova série no streaming, um novo jogo de vídeo-game, e por aí 
vai. Embora algumas obrigações familiares sejam importantes, o estudo deve 
ser coordenado com todos, do contrário, sempre haverá um motivo para 
interrompê-lo. Alinhe as tarefas familiares com todos e deixe-os cientes do 
seu plano de estudos. O combinado não sai caro. 
Outras distrações no ambiente de estudo: celular, e-mails, redes sociais. 
Uma pesquisa da Deloitte e outra publicada no portal Exame indicam que as 
pessoas olham e desbloqueiam o celular mais de 70 vezes ao dia. Contenha- 
se para evitar isso no momento do estudo, preferencialmente deixando o 
 
aparelho longe, em modo avião ou desligado. 
O tempo de estudo certamente vai variar de pessoa para pessoa. Há quem 
fique horas a fio estudando, outros não conseguem se concentrar por mais de 
uma ou duas horas. O importante é administrar o ritmo,isto é, garantir que 
sempre haja um momento para estudar. O recomendável é estudar ao menos 
uma hora por dia, todos os dias. Além de promover um hábito, você mantém 
bom ritmo e retenção, pois todos os dias estará em contato com o assunto. 
Vai render mais que estudar uma vez por semana, num bloco de quatro a oito 
horas direto, pois isto gerará um cansaço que prejudicará a compreensão no 
final do período. E dias depois a memória “descarta” informações, algo 
cientificamente comprovado. 
Uma pausa para descansar é ótimo. Mas um estudo da Universidade da 
California Irvine afirma que interrupções não programadas são prejudiciais, 
pois para retomar o foco, após a quebra de concentração, uma pessoa leva 
pouco mais de 23 minutos! Se você alocou uma hora por dia e no meio for 
interrompido, poderá ser tarde para voltar a render. 
Algumas ferramentas para apoiar seus estudos: 
 
Freemind: software de mapa mental gratuito que permite criar árvores 
de conteúdos correlacionados. 
 
Flash cards: há apps gratuitos para smartphones ou PC que permitem 
criar flash cards, que são como cartas de baralho virtuais, que um lado 
mostra um conceito ou pergunta, e do outro a resposta. Assim você 
“sorteia” diariamente algumas e vai resgatando anotações ou trechos do 
material a fim de reter mais e se testar. É um recurso que você vai 
preenchendo e depois vai usando ao longo do estudo. Parte da prova 
tem a ver com decorar alguns conceitos, então vale usar algo do tipo. 
Um exemplo é o AnkiApp Flashcards e seus derivados. 
 
Pomodoro (Focus To-Do): outro app para smartphone que gera timers 
(contagem regressiva) de tarefas, blocos de tempo, inclusive com 
intervalos de descanso. Ajuda a organizar a agenda de modo que você 
aloque sempre o mesmo horário para estudo, o que é recomendável. 
 
Caderno, lápis e caneta: mesmo em tempos de alta tecnologia, o bom 
 
e velho lápis e papel segue sendo essencial. Separe esse material 
exclusivamente para seu estudo, deixando-os na mesa de estudos à 
mostra. 
O celular poderá ficar próximo, com o uso desses apps. Neste caso, é 
recomendável deixar em modo avião/offline, para evitar e-mails, ligações ou 
mensagens. 
Como dissemos, as técnicas de estudo variam, mas vale você adequar e 
administrar sua rotina de modo a andar um passo todo dia. Não é à toa que 
dizem “devagar se vai ao longe”. Se você se programar ler 10 páginas por 
dia, em menos de dois meses terá completado nosso livro. 
E a coisa mais importante de tudo: divirta-se! Claro, estudar também 
pode e DEVE ser divertido. Afinal, é algo que é para você, conhecimento 
que vai enriquecer você (em vários aspectos). Então tem que ser prazeroso, 
com objetivo e propósito. Algo que vai mudar sua vida, da sua família e 
outros ao seu redor. Curta cada página, ótima leitura e vamos aos estudos. 
 
02 - Conceitos de Redes de 
Computadores 
 
Introdução 
É de suma importância para você, leitor, ter o real entendimento sobre as 
redes de computadores em um breve histórico. Podemos resumi-lo em 
algumas palavras, mas o que se espera é que você termine de ler este 
capítulo e tenha, não só uma visão geral sobre redes, mas também um 
aprofundamento em algumas áreas específicas para o teste do CCNA 200- 
301. 
No início as redes tinham a finalidade de conectar computadores para 
compartilhar informações, dados e recursos. Sem sombra de dúvidas, este 
princípio inicial das redes foi tímido para o que temos hoje. Mas isto é 
absolutamente normal, até mesmo porque nem os grandes precursores das 
redes de computadores imaginavam que ela chegaria aonde chegou. 
O que é muito interessante nesta história toda é que bem antes das redes 
se tornarem de fato um componente de interconexão para troca de 
informações, os grandes computadores de 1950 eram máquinas que já 
pregavam uma ideia de conectividade, porém ainda não se tinha o conceito 
de redes, como conhecemos hoje. 
Entre 1950 e 1970 várias descobertas e inovações foram feitas neste vasto 
campo que é a informática, os mainframes dominavam o mercado 
corporativo, mas com o passar do tempo o sistema de compartilhamento do 
tempo usado entre eles já não era autossuficiente para as necessidades que o 
mercado impunha. Foi assim que a tecnologia SNA (Systems Network 
Architecture) surgiu para ligação destes mainframes. 
Mas aí vieram as LANs (Local Area Network) que tinham como carro- 
chefe os PC (Personal Computer), que eram a revolução da época. Isso era 
fantástico, pois se deixava de ter agora um processamento centralizado em 
 
um único elemento e passava-se a utilizar um modelo onde cada nó da rede 
era de fato um dispositivo ativo, com seus reais recursos de hardware, 
trabalhando em conjunto para garantir o funcionamento adequado de toda a 
rede. Neste momento, se faz necessário salientar que a ideia inicial de 
compartilhamento de recursos realmente aconteceu neste tipo de rede, até 
mesmo porque os recursos estavam distribuídos e aí teria mais sentido a 
necessidade de compartilhamento. 
Podemos categorizar a rede local (LAN) como uma rede que conecta seus 
equipamentos em uma área relativamente próxima (não geograficamente 
dispersa), com enlaces de alta velocidade. Quando falamos alta velocidade, 
nos referimos às conexões em uma base mínima de 10 Megabits por 
segundo (10 Mbps). Claro, atualmente dentro das residências temos 
conexões de 100Mbps e além. No 4G/5G do celular, muito mais. Aqui fala- 
se apenas de definições básicas, até porque é muito difícil uma 
categorização fechada do que é uma LAN, pois a evolução dos 
equipamentos de conectividade derrubou muitos limites e superam dia a dia 
a velocidade de transmissão conceitual. Porém, podemos considerar como 
definição de regra geral. 
Depois houve a necessidade de interconectar os computadores 
geograficamente dispersos. Surgiu então a WAN (Wide Area Network), que 
seria uma rede com finalidade de conectar computadores dispersos em uma 
grande área de alcance. Embora essas definições sejam regras gerais, o 
importante é entender o conceito que rege cada uma delas. Atualmente, as 
LANs podem inclusive ser metropolitanas, ou seja, interligando bairros ou 
até cidades, como se cada localidade fosse parte do mesmo contexto físico 
(ou rede local). Por outro lado, as WANs eram definidas por enlaces de 
baixa velocidade, o que já não se aplica mais, tendo em vista que temos 
redes da ordem de Gigabits interligando países ou até mesmo empresas 
privadas individuais. 
Além da categorização acima, ao longo deste livro será possível perceber 
outras fontes de diferenciação, como, por exemplo, os protocolos de 
comunicação (nas camadas de enlace, por exemplo). 
É importante mencionar também que, dentro desse modelo, temos outras 
redes que são caracterizadas pelo seu alcance ou aplicabilidade. Na 
 
verdade, são extensões dos conceitos de LAN, aplicados em cenários 
distintos que o mercado reconhece como um padrão: 
 
 
CAN (Campus Area Network): Refere-se a redes Campus, usadas 
para fins acadêmicos, dentro de uma instituição de ensino (uma 
grande universidade, por exemplo). 
 
PAN (Personal Area Network): Redes de uso pessoal, que têm um 
alcance limitado, seja pela tecnologia ou pela intensidade do sinal 
(bluetooth, infravermelho). 
 
SAN (Storage Area Network): Redes que interligam sistemas de 
armazenamento de dados em massa, ou Storage. 
 
MAN (Metropolitan Area Network): As redes metropolitanas 
basicamente são caracterizadas pela extensão regional, normalmente 
dentro de uma cidade, utilizando o padrão Ethernet (mais conhecido 
como MetroEthernet), provendo alta capacidade e transparência na 
interligação de redes LAN, por ser de camada 2. 
 
Enterprise Network: redes corporativas que, em geral, são criadas 
para comunicação de escritórios e funcionários de uma empresa ou 
organização tem essa definição. 
 
SOHO (Small Office/Home Office): são redes menores, em geral 
domésticas,mas com intuito de trabalho ou negócios. 
Alguns autores ainda definem esses tipos de redes com outras aplicações, 
como por exemplo SAN, cujo “S” pode referenciar a Server ou até Small 
Area Network. No entanto, independentemente de como se defina, é valido 
lembrar que todas partiram de um princípio comum (LAN e WAN), 
adaptados apenas para aplicações ou protocolos específicos; o importante é 
ter essas duas bem entendidas e que o conceito geral é levar dados de um 
ponto ou dispositivo a outro. 
 
Modelo OSI 
O exame do CCNA, apesar de atualizado para as novas tecnologias, ainda 
possui referência ao modelo de camadas, tanto TCP/IP, quanto o OSI. Este 
último, apesar de ser relativamente antigo, esclarece bastante como 
funciona a estrutura de redes e, por esse motivo, temos mantido a 
explicação detalhada para que sirva também ao profissional da área de 
Redes como referência, independentemente de aplicar-se ou não à prova, e 
que serve de alicerce didático para tudo que virá nos próximos capítulos. 
No início, as redes eram ilhas, onde só havia a comunicação dentro de 
uma mesma plataforma. Redes proprietárias necessitavam de que toda 
infraestrutura pertencesse a um só fabricante, como placas de rede, cabos, 
conectores etc. Com isso você não podia ter uma opção de escolha na 
compra dos equipamentos necessários para implementação da rede e tinha 
que obter o pacote fechado, a solução completa. 
No final dos anos 70, a ISO (International Organization for 
Standardization) concluiu um trabalho árduo, de vários anos de pesquisa, a 
fim de descrever como estas redes poderiam, de forma padronizada, 
comunicar-se umas com as outras. Assim, foi publicado um modelo de 
referência com intuito de descrever a forma em que estes dados seriam 
tramitados. O trabalho ficou a contento e passou a se chamar de 
“International Standard #7498”, que em seguida foi redigido pela ITU 
(International Telecommunication Union) e batizado como ITU-T X.200. 
Mas o nome com o qual ficou conhecido internacionalmente foi: Modelo de 
Referência OSI (Open Systems Interconnect). 
 
 
 
 
 
Figura 2.1 – As sete camadas do modelo OSI. 
Ao contrário do que muitos pensam, o modelo 
OSI não é um protocolo, nem um conjunto deles. 
Na realidade ele é um conjunto de normas para 
permitir que fabricantes diferentes possam criar 
produtos interoperáveis que “conversam” entre si. 
A arquitetura do modelo OSI está dividida em 
sete camadas, com suas funções extremamente 
bem definidas. Na Figura 2.1 você tem uma 
ilustração dessa hierarquia. 
As camadas são numeradas de baixo para cima, 
partindo da camada 1, Física, até a camada 7, 
Aplicação. As camadas do modelo OSI podem ser 
mapeadas ainda em três classes de funções, 
apresentadas na Figura 2.2. 
 
Cada camada tem a capacidade de se comunicar 
com a mesma camada no computador de destino, 
ou seja, não é possível para a camada 2 ler dados 
que foram gerados na camada 3. Isto origina uma 
comunicação virtual entre as camadas em hosts 
diferentes. As camadas precisam apenas ser 
capazes de comunicar com as camadas 
imediatamente superior e inferior. 
 
 
 
 
Figura 2.2 – As sete camadas, mapeadas em três funções 
globais. 
Uma analogia interessante, para ajudar a fixar o 
conceito, é o processo de comunicação via cartas. 
Quando enviamos uma carta a alguém, 
simplesmente esperamos que esta chegue a seu 
destino. Como usuários, temos apenas que 
 
entregar a carta em uma agência dos Correios 
com um conjunto mínimo de informações, como 
seu endereço e o do destinatário. A agência por 
sua vez pega sua carta e coloca em uma caixa, 
destinada à cidade de destino. Esta caixa, junto 
com outras, entra em um carro que as leva até a 
agência central. Chegando lá, cada caixa é 
retirada, separada por bairros e colocada nas 
sacolas de cada carteiro, para levar até a casa do 
destinatário. 
A identificação em cada nível é distinta, ou 
seja, você coloca a cidade de destino, a agência de 
sua cidade informa o código da agência central. O 
carro é o meio físico que transporta as cartas de 
uma cidade a outra. Perceba que, para o 
motorista, não importa o que há ali dentro, mas 
sim a sua responsabilidade de chegar até onde lhe 
foi designado. O processo reverso acontece 
quando, da central, a correspondência vai até o 
destinatário. Nas pontas, efetivamente quem 
conhece a mensagem são aqueles que escreveram 
e leram o texto. Os carteiros só tratam do correio 
no nível de endereço e as agências, no nível de 
CEP. 
 
Para que possamos entender como a 
comunicação de dados ocorre entre dois hosts, 
devemos entender como funciona cada camada. 
Entender as funções de cada camada é de suma 
importância para o exame, tendo em vista que 
muitas questões irão abordar esse assunto através 
de cenários que implicitamente estejam 
relacionados ao modelo OSI. 
Camada de Aplicação 
A camada de Aplicação é de onde os dados em 
um host de origem começam a ser formados. Esta 
camada é responsável pela comunicação direta 
entre o usuário do computador e a rede. Nesta 
camada é comum termos tarefas rotineiras da rede 
como, por exemplo, aplicações que usam correio 
eletrônico (protocolo SMTP) e serviços de Web 
Browser (HTTP). São também exemplos: 
 
 
Acesso remoto a arquivos: Aplicações 
locais podem ter acesso a arquivos remotos. 
 
 
Serviços de transação financeira: 
Aplicações que coletam e trocam 
 
informações com parceiros em rede. 
 
Serviços de diretório: A rede pode oferecer 
um diretório de recurso de rede que inclui 
nomes lógicos para um nó de rede, entre 
outros. 
A camada de Aplicação, por ser a janela final 
com o usuário, é de suma importância para a 
correta funcionalidade do processo como um 
todo. Isso porque, na perspectiva do usuário, o 
acesso a um compartilhamento na rede, uma 
página na Internet etc., é feito através de uma 
aplicação. 
Dar suporte para um bom funcionamento da 
aplicação é, sem sombra de dúvidas, um dos 
maiores motivos para que empresários invistam 
em infraestrutura. De nada adiantaria termos todo 
um aparato de interligação de dispositivos se a 
aplicação não está funcionando bem no cenário 
proposto. 
Camada de Apresentação 
A camada de Apresentação é responsável por 
apresentar dados para a camada de Aplicação, 
 
através de uma semântica inteligível. Sua função 
é a de realizar modificações adequadas nos dados 
e estas modificações devem ser realizadas antes 
do envio para a camada de sessão. Podemos citar 
como exemplo de uma transformação que pode 
ocorrer em um determinado dado: a criptografia 
ou até mesmo a compressão. 
Com isso em mente podemos concluir que o 
nível de apresentação precisa ser conhecedor de 
padrões de sintaxe do ambiente local e do 
ambiente remoto. Na maioria das vezes esta 
camada é denominada de “camada tradutora”, isto 
porque ela é responsável por traduzir dados de um 
formato para outro, como por exemplo: 
mainframes usam um esquema de codificação 
chamado EBCDIC (Extended Binary Coded 
Decimal Interchange Code), enquanto os 
computadores pessoais usam ASCII (American 
Standard Code for Information Interchange); 
quando há uma transferência de dados entre estes 
sistemas, a camada de apresentação se 
responsabiliza por traduzir esta codificação. 
O padrão de sintaxe de dados ASN.1 (Abstract 
Syntax Representation, Revision #1) é usado pela 
 
camada de apresentação. Com este tipo de 
padronização é possível representar uma grande 
variedade de sistemas de arquitetura 
computacional. 
Esta camada caracteriza-se também por dizer 
como os dados devem ser formatados; desta 
forma, tarefas de compressão, descompressão, 
criptografia e descriptografia são feitas também 
por ela. 
A camada de Apresentação está relacionada a 
algumas operações multimídias, como 
apresentação de imagens do tipo: 
 
 
TIFF (Tagged Image File Format): Padrão 
gráficopara imagens de alta resolução do 
tipo CMYK (Ciano Magenta Yellow and 
Green). 
 
JPEG (Join Photographic Experts 
Group): Um padrão de imagens de alta 
resolução e tamanho físico de arquivo 
reduzido. 
 
PICT: Formato usado pelo Macintosh ou 
 
Power PC para construção de imagens. 
Padrões de arquivos de áudio e vídeo 
também são considerados. 
 
MIDI (Musical Instrument Digital 
Interface): Padrão usado para músicas 
digitalizadas .mid. 
 
MPEG (Moving Picture Experts Groups): 
Padrão para vídeos comprimidos. 
Camada de Sessão 
A camada de Sessão tem um papel fundamental 
no mecanismo de comunicação entre dois hosts 
em uma rede. Esta camada oferece o suporte 
necessário para estruturar os circuitos que são 
disponibilizados pelo nível de transporte. 
Podemos então dizer que a camada de sessão 
oferece serviços de gerenciamento de atividades e 
controle de diálogo. 
Ela é responsável pelo controle de diálogo entre 
os hosts e este diálogo, por sua vez, é uma forma 
de comunicação para troca de dados. Com isso, a 
camada de Sessão se torna responsável por: 
 
 
 
 
Estabelecer a conexão: O host de origem 
requisita que uma conexão seja aberta; neste 
momento há uma troca de regras de 
comunicação que, entre outras coisas, inclui 
o protocolo a ser usado. 
 
Transferência de dados: Usando o canal 
aberto entre os dois hosts, a troca de dados é 
iniciada. 
 
Finalização da sessão: Quando todos os 
dados já foram transmitidos, é iniciado o 
fechamento da conexão. 
Neste âmbito de comunicação, a forma com que 
elas podem ser feitas varia em três modos 
diferentes, como mostra a Figura 2.3: 
 
Simplex: Um host transmite de forma 
exclusiva enquanto o outro recebe também 
de forma exclusiva. 
 
Half Duplex: Somente um host pode enviar 
por vez. 
 
 
 
 
Full Duplex: Todos os hosts podem 
transmitir e receber simultaneamente. Neste 
modo é necessário um controle de fluxo de 
forma que seja assegurado que nenhum host 
vai transmitir mais rápido do que outro pode 
receber. 
 
 
 
Figura 2.3 – Modos de diálogo. 
É importante salientar que a utilização desses métodos deve ser 
acordada entre os dispositivos, ou seja, caso uma estação esteja 
utilizando Full Duplex, o elemento intermediário de comunicação 
(switch, por exemplo) entre a estação de origem e a de destino deverá 
também trabalhar no modo Full Duplex. O padrão para a maioria dos 
dispositivos é usar um método de autodetecção (Auto), que tenta 
equalizar o método em comum acordo, porém é normal termos 
problemas de transmissões devido à discordância na hora de negociar 
o método de transferência. Por este motivo, a própria Cisco recomenda 
que, quando o DTE for um servidor, por exemplo, seja regulado 
manualmente o método de transmissão entre ele e o switch para que 
não se tenha maiores problemas no desempenho do dispositivo. Esse é 
um defeito muito comum nas redes de transmissão e quando um 
usuário ou cliente reclama de desempenho ou perdas de pacotes, 
 
recomenda-se observar a negociação da porta como primeira etapa de 
investigação. 
Podemos resumir estes três métodos através de analogias: a via de 
entrada de um Shopping Center, na qual os carros só podem entrar por 
ali, em um único sentido ou Simplex. Uma ponte estreita, aonde só se 
pode ir ou vir em um sentido por vez ou Half-Duplex. Uma 
autoestrada, com vias múltiplas trafegando simultaneamente nos dois 
sentidos ou Full-Duplex. 
De acordo com a documentação Cisco, os exemplos abaixo se 
enquadram na camada de Sessão: 
 
NFS (Network File System): Desenvolvido pela Sun 
Microsystems e usado juntamente com o TCP/IP no UNIX, 
permite acesso a recursos remotos. 
 
SQL (Structured Query Language): Desenvolvido pela IBM 
com intuito de fornecer ao usuário uma forma simplificada de 
consultar dados locais ou remotos. 
 
RPC (Remote Procedure Call): Desenvolvido pela Sun 
Microsystems, trata-se de uma ferramenta de redirecionamento 
de chamadas para procedimentos que originalmente estão em 
hosts remotos. Várias plataformas de Sistemas Operacionais 
utilizam o RPC como um serviço de rede mandatório para o 
bom funcionamento do ambiente, como é o caso do Windows. 
 
X Window: Usado por terminais para comunicação com hosts 
Unix remoto. E outros. 
Camada de Transporte 
A camada de Transporte é responsável por garantir a comunicação 
fim a fim e também por segmentar e reagrupar segmentos de dados. 
Esta camada divide as mensagens em fragmentos que se encaixam na 
tecnologia física de rede, a qual está sendo usada, ou seja, pacotes 
 
Ethernet são bem maiores que células ATM e com isso a fragmentação 
e o reagrupamento podem variar de acordo com a tecnologia usada, 
como é mostrado na Figura 2.4. 
 
 
 
Figura 2.4 – Fragmentação dos dados. 
Quando os dados são divididos em múltiplos 
fragmentos, a possibilidade de alguns segmentos 
não serem recebidos no host de destino aumenta 
sensivelmente; com isso é necessário que exista 
um mecanismo que retransmita os dados perdidos 
durante o processo de transferência de dados. 
O controle de fluxo é uma característica da 
camada de transporte que oferece uma 
confiabilidade mais apurada na transferência de 
dados. Com esta característica fica assegurado 
que não haja um transbordamento de dados entre 
dois hosts, ou seja, um enviar mais do que o outro 
possa receber. A seguir temos um resumo de 
algumas características da camada de transporte: 
 
 
 
 
Confiável com garantia de entrega. 
 
Controle de erro. 
Controle de Fluxo. 
Sequenciamento. 
 
Aceitação. 
Estabelecimento e finalização de conexão. 
Retransmissão. 
Camada de Rede 
Trata-se de uma camada que oferece serviços de 
datagrama que por sua vez não é orientado a 
conexão e com isso não garante a entrega do 
pacote. Esta garantia deve ser dada pelo protocolo 
da camada superior (Transporte). A camada de 
Rede é responsável pelo roteamento de pacotes, 
ou seja, a capacidade de poder utilizar múltiplos 
caminhos em uma rede de longa distância. O 
 
equipamento mais relevante que opera nesta 
camada é o roteador que pode determinar os 
caminhos mais otimizados em dado momento. 
Veja na Figura 2.5 um exemplo de como a 
comunicação entre hosts de redes remotas 
acontece no nível da camada de Rede. 
Este formato topológico de rede é chamado de 
“internetworking”. Para que os dados possam ser 
entregues nesta inter-rede, cada porção da rede 
precisa ser identificada por um endereço. É neste 
âmbito que entra o IP, para endereçar hosts de um 
trecho da topologia. 
Quando a camada de Rede recebe a mensagem 
da camada superior, ela adiciona um cabeçalho 
que contém, entre outras coisas, os endereços de 
origem e destino. A passagem de dados entre 
redes é feita usando a técnica de roteamento. Na 
Figura 2.5 é possível distinguir entre o host final 
(neste caso, um computador) e um roteador. 
O roteador é responsável por interligar redes, 
cujo endereçamento IP (que será visto mais a 
frente) não esteja na mesma faixa. Ou seja, ele 
trabalha na camada 3 (Rede) e promove o 
roteamento entre uma rede A e uma rede C, onde 
 
os hosts não conseguem falar diretamente entre si. 
Portanto, uma máquina que esteja com IP da 
Rede-A não consegue falar com outra na Rede-C. 
Para que essa “conversa” seja possível, deve 
haver um, dispositivo que as interligue: o 
roteador. 
 
 
 
 
Figura 2.5 – Processo de transmissão de mensagens. 
Para que esses dados possam transitar entre as 
redes, os roteadores precisam ser capazes de 
encaminhar a informação para a localização 
correta com base na tabela de roteamento. Veja na 
Figura 2.6 um exemplo fictício de uma tabela de 
roteamento em uma inter-rede, com as redes 
locais e remotas, que tomam interfaces de destino 
para alcançá-las. 
 
Podemos resumir as funções da camada de 
Rede como: 
 
 
Não orientada a conexão. 
Sem garantia de entrega. 
Endereçamento lógico