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Cronologia da Educação no Brasil

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CRONOLOGIA
A LDB foi citada pela primeira vez na Constituição de 1934. A primeira LDB foi criada em 1961, seguida por uma versão em 1971, 
que vigorou até a promulgação da mais recente em 1996.
1988 - Constituição Federal/88
• 1961 - LDB 4024/61
• 1971 - LDB 5.692/71
• 1996 - LDB 9394/96
• 1996 – DIRETRIZES CURRICULARES NACIONAIS (DCN)
• 1997 – PARÂMETROS CURRICULARES NACIONAIS (PCN)
• 2003 - Lei 10639/03 – obrigatória a inclusão do ensino da História da África e da Cultura Afro-Brasileira nos currículos
dos estabelecimentos públicos e particulares da educação básica. Trata-se de uma alteração da Lei 9.394/96 (LDB)
• 2008 - Lei 11645/08 – obrigatória a inclusão do ensino da História da Cultura Afro-Brasileira e Indígena nos currículos dos
estabelecimentos públicos e particulares da educação básica. Altera a Lei 9.394/1996, modificada pela Lei 10.639/2003
• 2005 – CNE/CEB 22/2005 - designa a área de conhecimento “Educação Artística” pela designação: “Arte, com base na 
formação específica plena em uma das linguagens: Artes Visuais, Dança, Música e Teatro”.
• 2010 - Resolução CNE/CEB Nº 11\2010 de 07 de julho de 2010: ENSINO FUNDAMENTAL 9 ANOS
• 2017 – BASE NACIONAL CURRICULAR COMUM (BNCC) - EDUCAÇÃO INFANTIL E ENSINO FUNDAMENTAL
• 2018 – BASE NACIONAL CURRICULAR COMUM (BNCC) - ENSINO MÉDIO
DCN
As Diretrizes Curriculares Nacionais (DCN) são
normas obrigatórias para a Educação Básica que
têm como objetivo orientar o planejamento
curricular das escolas e dos sistemas de ensino,
norteando seus currículos e conteúdos mínimos.
Assim, as diretrizes asseguram a formação básica,
com base na Lei de Diretrizes e Bases da Educação
(LDB), definindo competências e diretrizes para a
Educação Infantil, o Ensino Fundamental e o Ensino
Médio.
PCN
Os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs) são
diretrizes separadas por disciplinas elaboradas
pelo governo federal e não obrigatórias por lei.
Elas visam subsidiar e orientar a elaboração ou
revisão curricular; a formação inicial e
continuada dos professores; as discussões
pedagógicas internas às escolas; a produção de
livros e outros materiais didáticos e a avaliação
do sistema de Educação.
BNCC
A Base Nacional Curricular Comum (BNCC) foi
elaborada à luz do que diz as DCN e, portanto,
um documento não exclui o outro. A função da
Base é especificar as habilidades que se espera
que os alunos aprendam ano a ano.
BNCC
A Base Nacional Comum Curricular é um
documento que determina os conhecimentos
essenciais que todos os alunos da Educação
Básica — ou seja, da Educação Infantil até o
Ensino Médio — devem aprender, ano a ano,
independentemente do lugar onde moram e
estudam. Todos os currículos de todas as redes
públicas e particulares do país deverão ser
adaptados para contemplar os conceitos e as
propostas da Base.
BNCC
O QUE MUDOU NO ENSINO DE ARTE
Em relação aos Parâmetros Curriculares
Nacionais, a BNCC amplia as possibilidades de
experiências com a Arte. Os PCNs trouxeram
uma reflexão importante sobre o significado da
Arte na educação e foram responsáveis pelo
reconhecimento da Dança, da Música e do
Teatro como linguagens que têm sua própria
gama de conhecimentos específicos.
A BNCC vai além e sugere caminhos para
ampliar o acesso dos alunos a experiências
estéticas nas aulas de Arte, colocando todas as
crianças e jovens como protagonistas, que
podem expressar seus sentimentos e sua
criatividade por meio do processo artístico.
No Ensino Fundamental, o componente
continua centrado nas linguagens das Artes
Visuais, da Dança, da Música e do Teatro. Além
dessas, uma última unidade temática, chamada
de Artes integradas, foi incorporada à Base.
Saiba mais sobre cada uma delas.
Artes visuais
Como ensinar
A ideia é de que os alunos conheçam culturas
visuais diversas e experimentem inúmeras
possibilidades de criar e se expressar
visualmente, explorando as transformações dos
materiais, os recursos tecnológicos, e
apropriando-se da cultura cotidiana.
Dança
Como ensinar
Nesta unidade temática, a proposta é de que os
alunos articulem processos cognitivos e envolvam-
se em investigações e produções artísticas da
dança, centrando-se no que acontece no corpo,
discutindo e dando significado às relações entre
corporeidade e produção estética. Pretende-se
também repensar estereótipos como
corpo versus mente, popular versus erudito,
teoria versus prática, favorecendo um conjunto
híbrido e dinâmico de práticas.
Música
Como ensinar
Aqui, o foco é o estudo da música, tanto em sua
perspectiva sensível e subjetiva — na percepção
e experimentação de sons e ritmos, por exemplo
— quanto como fio condutor de diversas
interaçõees sociais, circunscritas culturamente,
como uma forma de participar crítica e
ativamente da sociedade, por exemplo.
Teatro
Como ensinar
A unidade prevê a vivência de jogos, 
improvisações e encenações, que possibilitem a 
troca de experiências entre alunos e permitam 
aprimorar a percepção estética, a imaginação, a 
consciência corporal, a intuição, a memória, a 
reflexão e a emoção.
Artes Integradas
Como ensinar
As Artes integradas são uma novidade da BNCC. A
ideia é de que os alunos explorem as relações entre
as diferentes linguagens e suas práticas, permitindo
que em uma mesma proposta as corporalidades,
visualidades, musicalidades, espacialidades e
teatralidades estejam presentes de maneira
concomitante. Além de articular as diferentes
linguagens e suas práticas, possibilita também o uso
das novas tecnologias de informação e
comunicação.
BNCC
06 DIMENSÕES DO CONHECIMENTO 
PARA O ENSINO DE ARTE
Tão importante quanto contemplar todas as
unidades temáticas — de maneira integrada e até
simultânea — é articular esses saberes com as seis
dimensões do conhecimento propostas pela Base:
1. Criação
2. Crítica
3. Fruição
4. Estesia
5. Expressão
6. Reflexão
As três últimas — Estesia, Expressão e Reflexão —
são as novidades da Base, não apareciam nos PCNs.
“Essa articulação entre seis dimensões visa
promover uma construção de conhecimentos densa
e significativa, que possibilite aos sujeitos
conhecerem manifestações artísticas diversas,
contextualizadas no tempo e no espaço”, afirma
Priscilla Vilas Boas, mestre em Educação e
coordenadora da área de Dança da Escola Muncipal
de Iniciação Artística de São Paulo (EMIA). Entenda
o que cada dimensão contempla.
Criação
Prevê a produção artística, individual ou coletiva, como uma maneira de 
expressar sentimentos, ideias, desejos e representações.
Crítica
Contempla o estudo e a pesquisa de diversas experiências e 
manifestações artísticas, de modo a permitir a articulação e a formação de 
um pensamento próprio acerca de aspectos estéticos, políticos, históricos, 
filosóficos, sociais, econômicos e culturais relacionados a elas.
Estesia
Articula a sensibilidade e a percepção da Arte como uma forma de conhecer a 
si mesmo, o outro e o mundo. Traz o corpo como protagonista da experiência 
com a Arte, em sua totalidade, incluindo as emoções.
Expressão
Está ligada às oportunidades de exteriorizar criações subjetivas por meio de 
procedimentos artísticos, individual e coletivamente. Prevê experiências com 
elementos constitutivos de cada linguagem, seus vocabulários específicos e suas 
materialidades.
Fruição
Diz respeito à oportunidade de se sensibilizar ao participar de práticas artísticas e 
culturais das mais diversas épocas, lugares e grupos sociais. Essas experiências podem 
gerar prazer e estranhamento, entre outras tantas sensações.
Reflexão
Refere-se ao processo de construir um posicionamento sobre experiências e processos 
criativos, artísticos e culturais. Requer o desenvolvimento de habilidades para análise 
e interpretação das manifestações artísticas e culturais.
Vivência da arte
A Base também é clara ao afirmar que os processos
de criação precisam ser compreendidos como tão
relevantes quanto os eventuais produtos finais, o
que também deve impactar profundamente a
forma de se planejar as aulas do Componente na
escola. “O que o documento pede é que os
processosde aprendizagem artística sejam capazes
de ampliar as capacidades cognitivas, criativas e
expressivas dos alunos, constituídos a partir de
ações investigativas potencializadas por referências
estéticas, filosóficas, sociais, culturais e políticas”,
explica Priscilla.
As crianças e jovens devem ser estimulados a não apenas
reproduzir as formas artísticas já existentes, mas também
a criar as suas próprias obras a partir de sentimentos,
ideias e percepções sobre o mundo em que vivem. Outro
ponto importante é que as práticas artísticas não sejam
limitadas à capacidade de dominar determinados códigos
e técnicas. A vivência artística deve ser entendida como
uma prática social. “É fundamental que, ao longo dessa
vivência, os estudantes possam refletir sobre o modo
como afetam e são afetados pelos acontecimentos do
mundo”, complementa Priscilla Vilas Boas.
Articulação com as competências 
gerais
Da forma como está colocado na BNCC, o Componente
configura-se como um espaço privilegiado para o
desenvolvimento de competências gerais que o
documento descreve como essenciais para os estudantes
do Ensino Fundamental, relacionadas à empatia, à
criatividade, à criticidade diante da complexidade do
mundo etc. Isso porque as propostas de aprendizagem
artística possibilitam aos estudantes explorarem novas
formas de olhar para si, para o outro e para o mundo,
exercitando suas capacidades sensíveis. Dessa forma, eles
podem ampliar suas oportunidades de comunicação e
trabalhar o respeito e o acolhimento às diferenças,
importantes para o exercício da cidadania plena.
O impacto da tecnologia
No Componente, a tecnologia pode contribuir para a ampliação do
acesso às produções artísticas, de diferentes tempos e contextos, na
medida em que possibilita que elas sejam apreciadas de qualquer
lugar do mundo. Também oferece recursos para o desenvolvimento de
processos de pesquisa, o que a Base estimula e reforça no processo de
ensino e aprendizagem para o Componente, além de trazer novos
meios de compartilhamento do que foi criado. “Como exemplos de
produções artísticas desenvolvidas na interface entre Arte e
Tecnologia, temos a videoarte, a videodança, o cinema, entre outros”,
afirma Priscilla. A cultura digital e suas mídias – fotos, vídeos, músicas
e imagens que os estudantes consomem e também produzem na web
– ajudam, ainda, a construir o repertório imagético e sensível deles,
ampliando a compreensão sobre usos e sentidos dessas produções na
contemporaneidade.

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