Por que a obesidade dificulta a detecção e o tratamento de doenças cardíacas

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Por que a obesidade dificulta a detecção e o tratamento de
doenças cardíacas
Crédito da imagem: Unsplash+
Um novo artigo de revisão da Mayo Clinic publicado no Journal of the American College of Cardiology
discute como a obesidade afeta testes comuns usados para diagnosticar doenças cardíacas e impactar os
tratamentos.
A doença cardiovascular, a principal causa de morte nos EUA e globalmente, é em grande parte evitável,
com a obesidade sendo um fator de risco fundamental.
“O excesso de gordura atua como uma espécie de filtro e pode distorcer as leituras de teste para sub ou
sobrediagnóstico”, diz o autor sênior Francisco Lopez-Jimenez, MD, diretor de cardiologia preventiva da
Mayo Clinic.
“A obesidade afeta quase todos os testes de diagnóstico usados em cardiologia, como ECG, tomografia
computadorizada, ressonância magnética e ecocardiograma”.
Desafios do tratamento
A obesidade também afeta intervenções terapêuticas como a colocação de stent ou cirurgia cardíaca,
tornando esses procedimentos mais difíceis e aumentando o risco de complicações como infecção.
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Terapias medicamentosas comuns para tratar doenças cardiovasculares podem precisar de ajustes de
dosagem em pacientes com obesidade.
Alguns medicamentos, como beta-bloqueadores, podem impedir a perda de peso, levando o Dr. Lopez-
Jimenez para enfatizar a importância de abordagens alternativas para evitar o ganho de peso ou facilitar a
perda de peso.
Apesar dos desafios que os pacientes cardíacos podem enfrentar, como dificuldade em se mover ou
experimentar sintomas como falta de ar durante o exercício, Dr. Lopez-Jimenez enfatiza a importância da
atividade física para perda de peso e saúde do coração.
Abordagem abrangente
Um programa padrão de perda de peso geralmente envolve um terapeuta, nutricionista e, às vezes, um
psicólogo.
Quando essas medidas não são suficientes, outros recursos, como cirurgia bariátrica e medicamentos,
podem efetivamente ajudar na perda de peso.
A Mayo Clinic lançou recentemente um programa cardiometabólico multidisciplinar para tratar a obesidade,
reduzir as condições de doença relacionadas e melhorar a qualidade de vida dos pacientes.
Definir com precisão o nível de obesidade de uma pessoa é crucial. Embora o índice de massa corporal
(IMC) tenha sido tradicionalmente usado para avaliar a gravidade da obesidade, ele não leva em conta a
massa muscular.
Assim, medidas como a relação cintura-quadril e a circunferência da cintura oferecem uma reflexão mais
precisa do risco cardiovascular.
Em geral, pacientes com doenças cardíacas e um grau particularmente avançado de obesidade se
beneficiarão de tentar a modificação do estilo de vida.
E se isso não funcionar, ou se eles tentaram isso no passado, é razoável considerar a cirurgia bariátrica ou
medicamentos”, diz o Dr. Lopez-Jimenez (em inglês).
Se você se preocupa com a saúde do coração, leia os estudos sobre o melhor momento para tomar
vitaminas para prevenir doenças cardíacas e suplementos de cálcio podem prejudicar a saúde do coração.
Para mais informações sobre a saúde do coração, consulte estudos recentes sobre quando uma aspirina por
dia para prevenir ataques cardíacos é muito arriscada, e os resultados que mostram cochilos diurnos podem
ajudar a prevenir ataques cardíacos e derrames.
O estudo foi publicado no Journal of American College of Cardiology.
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https://dx.doi.org/10.1016/j.jacc.2022.11.031
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