Prévia do material em texto
Desenvolvendo a visão sistêmica dos negócios: a relação com os setores que o compõem Etapa 01: Ambiente de negócios Prof. Júlio Araújo Gestão na dinâmica de negócios Habilidade 01: 03 46 83 48 26 06 8 46 83 48 26 06 8 46 83 48 26 06 8 46 83 48 26 06 8 46 83 48 26 06 8 46 83 48 26 06 8 46 83 48 26 06 8 46 83 48 26 06 8 46 83 48 26 06 8 46 83 48 26 06 8 46 83 48 26 06 8 46 83 48 26 06 8 46 83 48 26 06 8 46 83 48 26 06 8 46 83 48 26 06 8 46 83 48 26 06 8 As mudanças estimuladas pelo modelo econômico praticado globalmente, tem demandado das organizações respostas cada vez mais rápidas e eficientes frente os desafios relacionados ao ambiente de negócios. Esses desafios em termos de ambiente interno e externo das empresas, e da diversidade da natureza dos seus campos de atuação, ajudam a tornar mais complexo o cenário em que se defrontam os gestores e administradores dessas organizações inseridas no ambiente competitivo. Esse cenário multifacetado, onde os fatores de risco e sucesso se apresentam de forma sinérgica, tem colocado à prova essas organizações em relação a sua capacidade de diferenciar-se frente à concorrência, e reinventar-se diante das novas oportunidades e riscos apresentados nesse mercado. Diante disso a visão sistêmica dos negócios, juntamente com a gestão estratégica empresarial permite identificar das capacidades da organização, maximizando o desenvolvimento de soluções inovadoras e respostas mais eficientes frente os desafios apresentados. Para isso, as empresas necessitam monitorar o ambiente em que atuam, ou seja, identificar e conhecer de forma profunda quais os principais fatores que influenciam o resultado dos seus negócios, bem como seus impactos. E essa observação do ambiente competitivo envolve questões de ordem estratégica, tática e operacional, que se apresentam enquanto questionamentos tais como: Como as organizações podem identificar de forma ágil e precisa os desafios e oportunidades relativas ao mercado? Como as empresas podem alcançar, manter ou ampliar a sua vantagem competitiva? Qual o papel da inovação no atual cenário produtivo e de negócios? Como ser inovador em um mundo de inovação constante? Quais as competências necessárias para que o time da organização seja eficiente e eficaz? 46 83 48 26 06 8 46 83 48 26 06 8 46 83 48 26 06 8 46 83 48 26 06 8 46 83 48 26 06 8 46 83 48 26 06 8 46 83 48 26 06 8 46 83 48 26 06 8 46 83 48 26 06 8 46 83 48 26 06 8 46 83 48 26 06 8 46 83 48 26 06 8 46 83 48 26 06 8 46 83 48 26 06 8 46 83 48 26 06 8 46 83 48 26 06 8 Qual o papel da gestão do conhecimento nessa nova relação com o mercado, que é pautada principalmente pela capacidade de inovação e gestão das tecnologias digitais? São muitas perguntas que demandam respostas fundamentais e estratégicas, e também apresentam a amplitude da necessidade em termos de estratégias precisas e flexíveis nas organizações, visando principalmente propiciar o alcance de resultados sustentáveis. Para se prevenirem das ameaças e avistarem novas oportunidades de mercado, as empresas deverão desenvolver um completo conhecimento de seu ambiente externo e interno. Drucker (1988) observou que as empresas deverão lastrear todas as atividades na informação. Já para Krizan (2010), a funcionalidade essencial da inteligência competitiva é resultado de seis valores que constituem a base fundamental da sua proposta competitiva e inovadora, que os produtores e clientes de inteligência podem usar para avaliar se as suas necessidades foram traduzidas em requisitos capazes de resultar em utilidade: Precisão: as fontes e os dados devem ser avaliados para evitar erros e percepções equivocadas. Objetividade: significa evitar distorções deliberadas e manipulação. Usabilidade: as informações de inteligência devem ter clareza, aplicação imediata e compatibilidade com a capacidade do consumidor para receber, manipular, proteger e armazenar o produto. Relevância: as informações devem atender aos propósitos da organização. Prontidão: disponibilidade de atender às necessidades de informação de clientes em todos os níveis organizacionais. Oportunidade: a inteligência deve ser entregue no momento certo, quando o conteúdo ainda é acionável. 46 83 48 26 06 8 46 83 48 26 06 8 46 83 48 26 06 8 46 83 48 26 06 8 46 83 48 26 06 8 46 83 48 26 06 8 46 83 48 26 06 8 46 83 48 26 06 8 46 83 48 26 06 8 46 83 48 26 06 8 46 83 48 26 06 8 46 83 48 26 06 8 46 83 48 26 06 8 46 83 48 26 06 8 46 83 48 26 06 8 46 83 48 26 06 8 Na visão de Rodrigues e Riccardi (2007), para que um dado e informação tenha valor para a inteligência competitiva deve ter as seguintes características: Fidedigna: significa que a informação é fiel à sua origem, não foi manipulada, alterada ou desvirtuada. Confiável: além de fidedigna a informação é confiável porque a fonte informativa produz informação verdadeira, não mal interpretada ou inventada. Precisa: a informação do SCI permite que esta chegue intacta (íntegra) na forma fidedigna, confiável e no momento certo. Útil: a informação serve realmente e interessa aos propósitos organizacionais. Ao mesmo tempo em que existe um grande número de possibilidades e formatos relacionados às fontes, existe um desafio em organizá-los no sentido de buscar adequadamente os dados e transformá-los em conhecimento aplicável. A diversidade do ambiente externo em relação à necessidade informacional pode ser observada na figura 1, conforme a seguir: Figura 1 - Necessidade geral de informação ambiental na empresa. Fonte: CORNELLA, A.. Los recursos de información. Madrid: McGraw- Hill, 1994. 46 83 48 26 06 8 46 83 48 26 06 8 46 83 48 26 06 8 46 83 48 26 06 8 46 83 48 26 06 8 46 83 48 26 06 8 46 83 48 26 06 8 46 83 48 26 06 8 46 83 48 26 06 8 46 83 48 26 06 8 46 83 48 26 06 8 46 83 48 26 06 8 46 83 48 26 06 8 46 83 48 26 06 8 46 83 48 26 06 8 46 83 48 26 06 8 Segundo Degent (1986), a avaliação do ambiente de negócios passa pela avaliação do ambiente externo e das principais variáveis, conforme apresentado no quadro a seguir: Quadro 1 - Avaliação do ambiente e negócios. AMBIENTE EXTERNO PRINCIPAIS VARIÁVEIS Competidores Participação no mercado (segmentos e clientes); estratégia de marketing; atividades de pesquisa e desenvolvimento; novos projetos, expansões, alienações e aquisições; composição de custos e preços; resultados financeiros, tendências e posição relativa; capacidade gerencial. Clientes Razões por que são clientes; processo de escolha e de compra; utilização dos produtos e serviços; segmentação do mercado; perfil socioeconômicos por segmento; distribuição geográfica por segmento. Fornecedores Número de fornecedores no mercado; capacidade de produção e de entrega; condição tecnológica; compradores atendidos; acesso a recursos estratégicos; capacidade gerencial e de trabalho; parcerias estratégicas realizadas ou intencionadas. Tecnologia Evolução de tecnologia dos produtos ou serviços; possíveis tendências e substituição; tendências ecológicas; incentivos governamentais à pesquisa; mudanças socioeconômicas; projetos de pesquisa. Políticas governamentais Prioridades governamentais; política energética e ecológica; política econômica; política de investimento e financiamento. Situação geopolítica Evolução política e econômica dos principais países; fontes de energia e de matérias-primas; tendências dos grandes mercados consumidores. Fatores sócio- econômicos. Evolução dos preços e do poder aquisitivo; mudanças nos hábitos de consumo; indicadores de conjuntura; tendência da inflação; orçamento monetário e balanço de pagamentos; deslocamentos urbanos; tendência dos custos de mão-de-obrae das matérias-primas; ação sindical. Fonte: Adaptado de DEGENT (1986, p.77). 46 83 48 26 06 8 46 83 48 26 06 8 46 83 48 26 06 8 46 83 48 26 06 8 46 83 48 26 06 8 46 83 48 26 06 8 46 83 48 26 06 8 46 83 48 26 06 8 46 83 48 26 06 8 46 83 48 26 06 8 46 83 48 26 06 8 46 83 48 26 06 8 46 83 48 26 06 8 46 83 48 26 06 8 46 83 48 26 06 8 46 83 48 26 06 8 Atualmente as organizações dispõem de uma grande quantidade de fontes de informação disponíveis para esse tipo de processo de vigília, como revistas especializadas, jornais, associações profissionais, publicações empresariais, bases de dados governamentais, sistemas digitais de pesquisa, pesquisas dirigidas, bibliotecas – públicas, universitárias e institucionais. Fica evidente que a gestão eficiente e eficaz de negócios passa pelo planejamento estratégico, tático e operacional da organização, e pela sua capacidade de mapear as oportunidades e desafios do ambiente de negócios. 46 83 48 26 06 8 46 83 48 26 06 8 46 83 48 26 06 8 46 83 48 26 06 8 46 83 48 26 06 8 46 83 48 26 06 8 46 83 48 26 06 8 46 83 48 26 06 8 46 83 48 26 06 8 46 83 48 26 06 8 46 83 48 26 06 8 46 83 48 26 06 8 46 83 48 26 06 8 46 83 48 26 06 8 46 83 48 26 06 8 46 83 48 26 06 8 Bibliografia: PORTER, M. Como as forças competitivas moldam a estratégia. In: MINTZBERG, H.; LAMPEL, J.; QUINN, J. B.; GHOSHAL, S. O processo da estratégia. 3. ed., Porto Alegre: Bookman, 2003. DRUCKER, P. F. The coming of the new organization. Harvard business Review, v. 88, n. 1, p. 45-53, 1998. RODRIGUES, L. C.; RICCARDI, R. Inteligência competitiva: nos negócios e nas organizações. Maringá: Unicorpore, 2007. DEGENT, R. J. A importância estratégica e o funcionamento do serviço de inteligência empresarial. Revista de Administração de Empresas, Rio de Janeiro, v. 26, n. 1, p. 77-83, 1986. CORNELLA, A.. Los recursos de información. Madrid: McGraw-Hill, 1994. 46 83 48 26 06 8 46 83 48 26 06 8 46 83 48 26 06 8 46 83 48 26 06 8 46 83 48 26 06 8 46 83 48 26 06 8 46 83 48 26 06 8 46 83 48 26 06 8 46 83 48 26 06 8 46 83 48 26 06 8 46 83 48 26 06 8 46 83 48 26 06 8 46 83 48 26 06 8 46 83 48 26 06 8 46 83 48 26 06 8 46 83 48 26 06 8