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Desenvolvendo a visão sistêmica dos negócios: a 
relação com os setores que o compõem 
 
Etapa 01: 
Ambiente de negócios 
Prof. Júlio Araújo 
Gestão na dinâmica de 
negócios 
Habilidade 01: 
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As mudanças estimuladas pelo modelo econômico praticado 
globalmente, tem demandado das organizações respostas cada vez mais 
rápidas e eficientes frente os desafios relacionados ao ambiente de 
negócios. 
Esses desafios em termos de ambiente interno e externo das empresas, e 
da diversidade da natureza dos seus campos de atuação, ajudam a tornar 
mais complexo o cenário em que se defrontam os gestores e 
administradores dessas organizações inseridas no ambiente competitivo. 
Esse cenário multifacetado, onde os fatores de risco e sucesso se 
apresentam de forma sinérgica, tem colocado à prova essas organizações 
em relação a sua capacidade de diferenciar-se frente à concorrência, e 
reinventar-se diante das novas oportunidades e riscos apresentados nesse 
mercado. Diante disso a visão sistêmica dos negócios, juntamente com a 
gestão estratégica empresarial permite identificar das capacidades da 
organização, maximizando o desenvolvimento de soluções inovadoras e 
respostas mais eficientes frente os desafios apresentados. 
Para isso, as empresas necessitam monitorar o ambiente em que atuam, ou 
seja, identificar e conhecer de forma profunda quais os principais fatores 
que influenciam o resultado dos seus negócios, bem como seus impactos. 
E essa observação do ambiente competitivo envolve questões de ordem 
estratégica, tática e operacional, que se apresentam enquanto 
questionamentos tais como: 
 Como as organizações podem identificar de forma ágil e 
precisa os desafios e oportunidades relativas ao mercado? 
 Como as empresas podem alcançar, manter ou ampliar a sua 
vantagem competitiva? 
 Qual o papel da inovação no atual cenário produtivo e de 
negócios? 
 Como ser inovador em um mundo de inovação constante? 
 Quais as competências necessárias para que o time da 
organização seja eficiente e eficaz? 
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 Qual o papel da gestão do conhecimento nessa nova relação 
com o mercado, que é pautada principalmente pela capacidade 
de inovação e gestão das tecnologias digitais? 
São muitas perguntas que demandam respostas fundamentais e 
estratégicas, e também apresentam a amplitude da necessidade em termos 
de estratégias precisas e flexíveis nas organizações, visando principalmente 
propiciar o alcance de resultados sustentáveis. 
Para se prevenirem das ameaças e avistarem novas oportunidades de 
mercado, as empresas deverão desenvolver um completo conhecimento de 
seu ambiente externo e interno. Drucker (1988) observou que as empresas 
deverão lastrear todas as atividades na informação. 
Já para Krizan (2010), a funcionalidade essencial da inteligência competitiva 
é resultado de seis valores que constituem a base fundamental da sua 
proposta competitiva e inovadora, que os produtores e clientes de 
inteligência podem usar para avaliar se as suas necessidades foram 
traduzidas em requisitos capazes de resultar em utilidade: 
 
 Precisão: as fontes e os dados devem ser avaliados para evitar 
erros e percepções equivocadas. 
 Objetividade: significa evitar distorções deliberadas e 
manipulação. 
 Usabilidade: as informações de inteligência devem ter clareza, 
aplicação imediata e compatibilidade com a capacidade do 
consumidor para receber, manipular, proteger e armazenar o 
produto. 
 Relevância: as informações devem atender aos propósitos da 
organização. 
 Prontidão: disponibilidade de atender às necessidades de 
informação de clientes em todos os níveis organizacionais. 
 Oportunidade: a inteligência deve ser entregue no momento 
certo, quando o conteúdo ainda é acionável. 
 
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Na visão de Rodrigues e Riccardi (2007), para que um dado e informação 
tenha valor para a inteligência competitiva deve ter as seguintes 
características: 
 
 Fidedigna: significa que a informação é fiel à sua origem, não 
foi manipulada, alterada ou desvirtuada. 
 Confiável: além de fidedigna a informação é confiável porque a 
fonte informativa produz informação verdadeira, não mal 
interpretada ou inventada. 
 Precisa: a informação do SCI permite que esta chegue intacta 
(íntegra) na forma fidedigna, confiável e no momento certo. 
 Útil: a informação serve realmente e interessa aos propósitos 
organizacionais. 
Ao mesmo tempo em que existe um grande número de possibilidades e 
formatos relacionados às fontes, existe um desafio em organizá-los no 
sentido de buscar adequadamente os dados e transformá-los em 
conhecimento aplicável. 
A diversidade do ambiente externo em relação à necessidade informacional 
pode ser observada na figura 1, conforme a seguir: 
 
Figura 1 - Necessidade geral de informação ambiental na empresa. 
 
 
 
Fonte: CORNELLA, A.. Los recursos de información. Madrid: McGraw-
Hill, 1994. 
 
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Segundo Degent (1986), a avaliação do ambiente de negócios passa pela 
avaliação do ambiente externo e das principais variáveis, conforme 
apresentado no quadro a seguir: 
 
Quadro 1 - Avaliação do ambiente e negócios. 
AMBIENTE 
EXTERNO 
PRINCIPAIS VARIÁVEIS 
Competidores 
Participação no mercado (segmentos e clientes); 
estratégia de marketing; atividades de pesquisa e 
desenvolvimento; novos projetos, expansões, alienações 
e aquisições; composição de custos e preços; resultados 
financeiros, tendências e posição relativa; capacidade 
gerencial. 
Clientes 
Razões por que são clientes; processo de escolha e de 
compra; utilização dos produtos e serviços; segmentação 
do mercado; perfil socioeconômicos por segmento; 
distribuição geográfica por segmento. 
Fornecedores 
Número de fornecedores no mercado; capacidade de 
produção e de entrega; condição tecnológica; 
compradores atendidos; acesso a recursos estratégicos; 
capacidade gerencial e de trabalho; parcerias estratégicas 
realizadas ou intencionadas. 
Tecnologia 
Evolução de tecnologia dos produtos ou serviços; 
possíveis tendências e substituição; tendências 
ecológicas; incentivos governamentais à pesquisa; 
mudanças socioeconômicas; projetos de pesquisa. 
Políticas 
governamentais 
Prioridades governamentais; política energética e 
ecológica; política econômica; política de investimento e 
financiamento. 
Situação 
geopolítica 
Evolução política e econômica dos principais países; 
fontes de energia e de matérias-primas; tendências dos 
grandes mercados consumidores. 
Fatores sócio- 
econômicos. 
Evolução dos preços e do poder aquisitivo; mudanças nos 
hábitos de consumo; indicadores de conjuntura; 
tendência da inflação; orçamento monetário e balanço de 
pagamentos; deslocamentos urbanos; tendência dos 
custos de mão-de-obrae das matérias-primas; ação 
sindical. 
Fonte: Adaptado de DEGENT (1986, p.77). 
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Atualmente as organizações dispõem de uma grande quantidade de fontes 
de informação disponíveis para esse tipo de processo de vigília, como 
revistas especializadas, jornais, associações profissionais, publicações 
empresariais, bases de dados governamentais, sistemas digitais de 
pesquisa, pesquisas dirigidas, bibliotecas – públicas, universitárias e 
institucionais. 
Fica evidente que a gestão eficiente e eficaz de negócios passa pelo 
planejamento estratégico, tático e operacional da organização, e pela sua 
capacidade de mapear as oportunidades e desafios do ambiente de 
negócios. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Bibliografia: 
PORTER, M. Como as forças competitivas moldam a estratégia. In: 
MINTZBERG, H.; LAMPEL, J.; QUINN, J. B.; GHOSHAL, S. O processo da 
estratégia. 3. ed., Porto Alegre: Bookman, 2003. 
DRUCKER, P. F. The coming of the new organization. Harvard business 
Review, v. 88, n. 1, p. 45-53, 1998. 
RODRIGUES, L. C.; RICCARDI, R. Inteligência competitiva: nos negócios e 
nas organizações. Maringá: Unicorpore, 2007. 
DEGENT, R. J. A importância estratégica e o funcionamento do serviço de 
inteligência empresarial. Revista de Administração de Empresas, Rio de 
Janeiro, v. 26, n. 1, p. 77-83, 1986. 
CORNELLA, A.. Los recursos de información. Madrid: McGraw-Hill, 1994. 
 
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