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AULA 10

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DISCIPLINA: FUNDAMENTOS DE ENFERMAGEM I
AULA 10: 
MANUSEIO DE MATERIAL ESTÉRIL
RETIRADA DE PONTOS
PUNÇÃO VENOSA PERIFÉRICA
Professora Adriana Grecio
Maio/ 2023
O QUE É MATERIAL ESTÉRIL?
Um artigo é considerado estéril quando a probabilidade de sobrevivência dos microorganismos que o contaminavam é menor do que 1:1.000.000.
ESTERILIZAÇÃO: É o processo de destruição de microrganismos patogênicos ou não, na forma vegetativa, que possam existir nos artigos e nas áreas, através do uso de substâncias desinfetantes.
CUIDADOS AO MANIPULAR O MATERIAL ESTÉRIL
CRITÉRIOS PARA MANUSEIO SEGURO DO MATERIAL ESTÉRIL
TÉCNICA DE ABERTURA DE PACOTE ESTÉRIL
RETIRADA DE PONTOS
Os pontos são fios cirúrgicos que são colocados em uma ferida operatória, ou em um machucado, para unir as bordas da pele e promover a cicatrização do local.
TIPOS DE SUTURAS X FIOS CIRÚRGICOS
PERÍODO PARA RETIRADA DE PONTOS
De modo geral, os pontos podem ser retirados entre 7 ou 14 dias após a cirurgia. Porém, a depender do caso e da saúde do paciente a cicatrização pode demorar até 21 dias, de acordo com o processo de cicatrização.
Esse período pode variar dependendo da profundidade, extensão da ferida e também das características de cada pessoa como idade, obesidade, diabetes, alimentação adequada ou o uso de medicamentos como quimioterápicos, anti-inflamatórios e corticoide.
A sensação de coceira na região afetada é um dos sinais de que a lesão está evoluindo positivamente. Outros fatores que indicam a cicatrização da ferida são: diminuição da dor, redução do tamanho da lesão e surgimento do tecido de granulação (tecido mais firme e avermelhado que se forma sobre a área exposta da lesão.
PONTOS DE ATENÇÃO!!!
O procedimento para retirada dos pontos normalmente é realizado da seguinte forma:
O profissional de saúde utiliza técnica asséptica com o uso de luvas, soro, pinças, tesouras e/ lâminas para cortar os fios;
Os pontos são retirados em sua totalidade ou de forma alternada dependendo da condição da ferida ou do machucado;
O fio é cortado abaixo do nó da sutura e a outra extremidade é puxada lentamente para ser totalmente retirado da pele.
Caso ocorra uma abertura na ferida, o procedimento deverá ser interrompido e solicitada avaliação do médico cirurgião. Mas nos casos em que a pele esteja com a cicatrização adequada serão retirados todos os pontos e não é necessário colocar gaze na ferida.
Após retirada de todos os pontos, a limpeza da ferida pode ser feita normalmente durante o banho com água e sabão. É necessário manter o local hidratado e pode-se utilizar pomadas cicatrizantes conforme orientação do médico ou enfermeiro. 
POSSÍVEIS COMPLICAÇÕES
É indicado procurar por um serviço de saúde antes do dia indicado para retirada dos pontos caso observe sinais de infecção na ferida, como:
Vermelhidão;
Inchaço;
Dor no local;
Saída de secreção com pus.
Caso um ponto se desfaça antes do período indicado para retirada e se observar abertura da pele entre os pontos também e necessário procurar pelo médico.
MATERIAIS NECESSÁRIOS
Tesoura de Íris; 
Gazes (estéril); 
 Pinça Kelly ou anatômica ou dente de rato ou Kocker (pacote de retirada de pontos); 
Luvas para Procedimento; 
Soro Fisiológico 0,9%;
 Antisséptico do tipo clorexidina aquosa a 2%; 
Avental. 
TÉCNICA DE RETIRADA DOS PONTOS
1. Orientar o usuário sobre o procedimento; 
2. Higienizar as mãos;
 3. Preparar o material (abrir pacote de retirada de ponto usando técnica asséptica e colocar o cabo das pinças voltadas para a borda proximal do campo); 
4. Expor a área; 
5. Realizar antissepsia do local de retirada dos pontos (umedecer a gaze com Clorexidina, fazer a limpeza do local a partir da incisão cirúrgica - área menos contaminada e após umedecer outra gaze com SF 0,9% promovendo a limpeza da forma como explicada anteriormente), se a ferida estiver limpa, deverá ser iniciada a limpeza no sentido de dentro para fora; 
6. Segurar com a mão dominante o ponto cirúrgico, cortando-o com a mão não dominante;
 7. Tracionar o ponto pelo nó e cortá-lo, com a tesoura de Íris, em um dos lados junto à pele; 
8. Colocar os pontos, já cortados, sobre uma gaze e desprezá-los na bandeja auxiliar ou saco de lixo branco leitoso; 
9. Fazer leve compressão no local com gaze seca 
10. Desprezar o material utilizado em local apropriado; 
11. Retirar EPI e Higienizar as mãos;
PUNÇÃO VENOSA
PERIFÉRICA
O QUE É?
A punção venosa periférica trata-se de um procedimento invasivo comumente realizada por profissionais de enfermagem, sendo muito utilizada na assistência à pacientes submetidos à terapia endovenosa. Consiste na introdução de um cateter venoso na luz de uma veia superficial, de preferência de grande calibre.
Coleta de exame laboratorial
Terapia medicamentosa por via endovenosa 
INDICAÇÕES
CONTRA-INDICAÇÕES
Braço ou mão edemaciados
Comprometimento em membros
Queimaduras ou outras lesões de continuidade em locais de punção
Plegia em membro a ser puncionado
CONTRA INDICAÇÃO ABSOLUTA
Fístula arteriovenosa
Esvaziamento ganglionar (mastectomia)
Veia esclerosada
ESCOLHENDO O DISPOSITIVO E O LOCAL DA PUNÇÃO
Do tipo de solução a ser utilizada
Da frequência e duração da infusão
Da localização de veias acessíveis
Da idade e do estado do paciente
TIPOS DE CATETERES PERIFÉRICOS
JELCO
ÍNTIMA
SCALP
ESTABILIZADORES DOS DISPOSITIVOS VENOSOS
RECOMENDAÇÃO: COBERTURA PARA ACESSO VENOSO PERIFÉRICO ESTÉRIL
ESTABILIZADOR NÃO ESTÉRIL
ACESSÓRIOS DOS DISPOSITIVOS VENOSOS
POLIFIX
CONECTOR VALVULADO
PERMEABILIZAÇÃO DOS ACESSOS VENOSOS PERIFÉRICOS
O QUE É ?
A terapia intravenosa é um importante recurso terapêutico, sendo indicada para a maioria dos pacientes hospitalizados, sendo condição prioritária para o seu atendimento. E um evento frequentemente observado é a obstrução dos cateteres venosos devido à formação de coágulos ou a precipitação de fármacos.
Segundo os mais recentes estudos [...], o uso do SF 0,9% para salinização dos cateteres venosos periféricos tem sido muito recomendado para manutenção da permeabilidade e prevenção de complicações decorrentes de associação medicamentosa.
COMO É?
Preenchimento do circuito do dispositivo intermediário de 2 ou 4 vias e do cateter intravenoso com solução salina a 0,9% (Soro Fisiológico a 0,9%) para manutenção de permeabilidade. 
QUANDO REALIZAR?
Antes e após a cada administração de medicamentos;
Após a administração de sangue e derivados;
Quando converter de infusão continua para intermitente;
A cada 12 horas quando o dispositivo não for usado.
TÉCNICA DE TURBILHONAMENTO
VISUALIZADOR DE VEIAS
GARROTEAMENTO PARA PUNÇÃO
O tempo de garroteamento não pode ultrapassar 1 minuto pois, além do risco de hemólise, ocorre também o aumento da pressão intravascular, resultando no extravasamento de água e eletrólitos do plasma para o espaço extravascular levando ao aumento da concentração de células, enzimas, proteínas e outros elementos.
O garrote deve ser colocado no braço do paciente próximo ao local da punção (4 a 5 dedos ou 10 cm acima do local de punção), sendo que o fluxo arterial não poderá ser interrompido. 
Para tal, basta verificar a pulsação do paciente. Mesmo garroteado, o pulso deverá continuar palpável.
MATERIAIS PARA PUNÇÃO VENOSA
TÉCNICA DE PUNÇÃO VENOSA
PERIODICIDADE DE TROCA DOS DISPOSITIVOS VENOSOS
As diretrizes do Centro de Controle de Doenças dos Estados Unidos recomendam a substituição de cateteres intravenosos (IV) periféricos não mais frequentemente do que a cada 72 a 96 horas. 
Considera-se que substituição de rotina reduza o risco de flebite e infecção de corrente sanguínea.
CUIDADOS COM O CATETER VENOSO PERIFÉRICO
Avaliar a permeabilidade e funcionalidade do cateter ao passo que utilizando as seringas de diâmetro de 10 ml para gerar baixa pressão no lúmen do cateter e registrar qualquer tipo de resistência. 
Não forçar o flushing utilizando qualquer tamanho de seringa.
 Em caso de resistência, avaliar possíveis fatores (como,por exemplo, clamps fechados ou extensores e linhas de infusão dobrados). 
Não utilizar seringas preenchidas para diluição de medicamentos.
Utilizar a técnica da pressão positiva visto que minimiza o retorno de sangue para o lúmen do cateter. 
O refluxo de sangue que ocorre durante a desconexão da seringa, dessa forma é reduzido com a sequência flushing, fechar o clamp e desconectar a seringa. Solicitar orientações do fabricante de acordo com o tipo de conector valvulado utilizado. Considerar o uso da técnica do flushing pulsátil (push pause). 
A principio realizar o flushing e lock de cateteres periféricos imediatamente após cada uso.
Dessa forma avaliar o sítio de inserção do cateter periférico e áreas adjacentes quanto à presença de rubor, edema e drenagem de secreções por inspeção visual e palpação sobre o curativo intacto e valorizar as queixas do paciente em relação a qualquer sinal de desconforto, como dor e parestesia. 
A frequência ideal de avaliação do sítio de inserção é a cada quatro horas ou conforme a criticidade do paciente. 				Pacientes de qualquer idade em terapia intensiva, por exemplo, sedados ou com déficit cognitivo: avaliar a cada 1 – 2 horas. 
	Pacientes pediátricos: avaliar no mínimo duas vezes por turno. Pacientes em unidades de internação: avaliar uma vez por turno.
REMOÇÃO DO CATETER VENOSO PERIFÉRICO
A avaliação de necessidade de permanência do cateter deve ser diária.
Remover o cateter periférico tão logo não haja medicamentos endovenosos prescritos se caso nesse meio tempo o mesmo não tenha sido utilizado nas últimas 24 horas.
O cateter periférico instalado em situação de emergência com comprometimento da técnica asséptica deve ser trocado por conseguinte tão logo quanto possível.
Remover por fim, o cateter periférico na suspeita de contaminação, complicações ou mau funcionamento.
Rotineiramente o cateter periférico não deve ser trocado logo após um período inferior a 96 h.
 A decisão de estender a frequência de troca para prazos superiores ou quando clinicamente indicado dependerá da adesão da instituição às boas práticas recomendadas nesse documento, em conclusão: avaliação rotineira e frequente das condições do paciente, sítio de inserção, integridade da pele e do vaso, duração e tipo de terapia prescrita, local de atendimento, integridade e permeabilidade do dispositivo, integridade da cobertura estéril e estabilização estéril.
Em contraste com pacientes neonatais e pediátricos, não trocar o cateter rotineiramente. Além disso, é imprescindível que os serviços garantam as boas práticas recomendadas neste documento, tais como: avaliação rotineira e frequente das condições do paciente, sítio de inserção, integridade da pele e do vaso, duração e tipo de terapia prescrita, local de atendimento, integridade e permeabilidade do dispositivo, integridade da cobertura estéril e por fim estabilização estéril.
FLEBITE: COMO IDENTIFICAR?
A flebite é uma das complicações mais frequentes no uso de cateteres venosos periféricos (CVP) e caracteriza-se por uma inflamação aguda da veia, que causa edema, dor, desconforto, eritema ao redor da punção e um "cordão" palpável ao longo do trajeto.
O processo inflamatório ocorre na camada interna da parede vascular e segue associada a sinais flogísticos:
Dor
Edema
Vermelhidão 
Calor
ATIVIDADE AVALIATIVA 03
Cite 4 critérios de segurança para manipulação do material estéril:
Descreva 5 cuidados de enfermagem com cateter venoso periférico:
Descreva 3 complicações que podem ocorrer com a retirada dos pontos:
O que é flebite? Como identificá-la?
Descreva os cuidados de enfermagem que devemos nos a tentar durante o garroteamento do membro para realizar a punção venosa periférica:
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