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Estudo sugere que libélulas cerosos se adaptam melhor às mudanças climáticas

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Estudo sugere que libélulas cerosos se adaptam melhor às
mudanças climáticas
Crédito da imagem: Unsplash+
Biólogos da Universidade do Colorado descobriram uma estratégia de sobrevivência interessante entre as
libélulas em climas cada vez mais quentes e secos.
Sua pesquisa, apresentada no Proceedings of the National Academy of Sciences, mostra que as libélulas
com um revestimento ceroso, conhecido como pruinescência, têm uma melhor chance de prosperar sob
essas condições desafiadoras.
Michael Moore, Sarah Nalley e Dalal Hamadah lideraram este estudo inovador, investigando os
comportamentos e adaptações de libélulas em regiões secas da América do Norte.
As libéluvais, intrigantes por sua beleza e agilidade aérea, há muito fascinam os cientistas com suas táticas
de sobrevivência. Um foco particular tem sido a produção de uma substância cerosa espalhada por seus
corpos.
Esta cera desempenha um papel crítico na preservação da umidade do corpo e na prevenção do
superaquecimento, essencial para a sobrevivência em ambientes quentes e áridos.
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O estudo examinou meticulosamente os comportamentos de corte de 319 espécies de libélulas, revelando
duas estratégias distintas. Alguns machos adotam um comportamento “emprego”, posicionando-se em
locais ensolarados para atrair a atenção feminina, apesar do risco de aumento da temperatura corporal.
Outros preferem uma abordagem de “esperar e ver”, permanecendo em movimento e fazendo pausas
frequentes para esfriar e se hidratar. Curiosamente, os pesquisadores descobriram que a pruinescência é
mais comum entre as libélulas empoleiradas em comparação com suas contrapartes mais móveis.
Para explorar ainda mais a relação entre a pruinescência e a adaptabilidade ambiental, a equipe compilou
um banco de dados abrangente de 387 mil registros de libélulas, com foco na ocorrência desse revestimento
ceroso.
Sua análise confirmou que as libélulas com pruinescência são predominantemente encontradas em áreas
quentes e secas e parecem estar lidando melhor com as condições trazidas pelas mudanças climáticas do
que aquelas sem essa cera protetora.
Este estudo não só lança luz sobre as vantagens evolutivas da pruinescência em libélulas, mas também
sugere que adaptações semelhantes podem estar ajudando a sobrevivência em outros insetos que
enfrentam os desafios de um mundo em aquecimento.
As descobertas desafiam a teoria evolutiva convencional, que muitas vezes vê os comportamentos de
acasalamento como potenciais restrições de sobrevivência. Em vez disso, esses comportamentos,
entrelaçados com adaptações físicas como a pruinescência, podem desempenhar um papel crucial na
resiliência das espécies às mudanças ambientais.
Os resultados da pesquisa podem ser encontrados na PNAS.
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