Tanatologia e Enfrentamento do Luto

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Tanatologia & 
Enfrentamento do Luto
Luiz Wilson Neto –CRP 15/4151 
Tanatologia & Enfrentamento do Luto
AULA 14: Possibilidades interventivas
Tanatologia & Enfrentamento do Luto
TAREFAS DO LUTO
Worden (2013)
Tanatologia & Enfrentamento do Luto
AS QUATRO TAREFAS DO LUTO
Tarefa I: Aceitar a realidade da perda
Aceitação intelectual e emocional da perda.
Evitação da dor deve ser bloqueada.
Ressignificar a perda e direcionar um lugar apropriado para ela no contexto 
da vida emocional.
O termo é empregado por indicar o papel ativo do enlutado no 
processo.
Tarefa II: Processar a dor do luto
Tarefa III: Ajustar-se a um mundo sem a pessoa morta
Tarefa IV: Encontrar conexão duradoura com a pessoa morta em 
meio ao início de uma nova vida
Desenvolvimento de ajustes externos, internos e espirituais.
Tanatologia & Enfrentamento do Luto
TAREFA I:
ACEITAR A 
REALIDADE DA 
PERDA
Audiência Não Punitiva
A conduta do(a) terapeuta deve ser constituída 
com audiência não punitiva, acolhendo o 
paciente.
Aceitação intelectual emocional da perda
Evocar constatações em relação à perda. 
Contemplação da perda.
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TAREFA II:
PROCESSAR A 
DOR DO LUTO
Ansiedade medo e tristeza
Essas repostas são comuns na vida do enlutado. 
Logo. Tornam-se previsível comportamentos de fuga 
e esquiva diante de estímulos que evocam 
lembranças
Diminuição da sensibilidade
O papel do (a) terapeuta é tornar cada vez mais 
sensível às contingências atuais em sua vida, 
diminuindo a sua sensibilidade em relação à perda. 
Emitir incentivos graduais: aproximar o paciente de 
estímulos representativos indiretos sem falar da 
morte em si.
Exemplos: Destacar assuntos que envolvam o(a) 
falecido(a) sem falar da sua morte; ver fotografias 
ou visitar lugares que eram frequentados junto a 
pessoa falecida.
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Mudança de papeis
Após uma morte, os papeis exercidos pelo falecidos 
terão de ser compensados pelo enlutado.
Exemplo: se um cônjuge falecidos era responsável 
pela organização financeira da casa, o outro deverá 
desenvolver um repertório para lidar com as 
despesas de forma satisfatória, a fim de evitar 
contingências ou estímulos aversivos (juros, 
reclamações e cobranças).
Como sente-se em relação a sim mesma
A forma como a pessoa percebe-se tem grande 
relação com as contingências em que ele está 
envolvida. Favorecer experiências que possam 
progressivamente permitir o desenvolvimento de um 
repertório de enfrentamento maior. Com a morte de 
uma pessoa importante muitos aspectos vinculados 
a motivação autoestima diminuem.
TAREFA III:
AJUSTAR-SE A 
UM MUNDO 
SEM A PESSOA 
MORTA
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TAREFA III:
AJUSTAR-SE A 
UM MUNDO 
SEM A PESSOA 
MORTA
Atenção às regras
Importante estar atento a possíveis regras que 
possam governar o comportamento: “o mundo é 
um lugar perigoso”, “não mereço coisas boas”.
Ativação comportamental
É preciso se informar sobre a história de vida, a 
queixa e demais informações necessárias a respeito 
do paciente. Programar atividades a serem 
realizadas pelo enlutado. A medida em que a 
pessoa progride, as atividades propostas 
aumentam em complexibilidade, até que ela 
consiga levar uma vida funcional, retomando 
atividades como trabalhar, estudar, manter 
amizades, entre outras.
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TAREFA IV:
ENCONTRAR 
CONEXÃO 
DURADOURA 
COM A PESSOA 
MORTA EM 
MEIO AO INÍCIO 
DE UMA NOVA 
VIDA
Não é esquecer, é seguir
O objetivo do processo terapêutico para 
aconselhamento do luto”[...] não tem como 
finalidade esquecer aquele que lhe foi importante; 
e sim, tão apenas aprender a viver apesar da 
perda” (TORRES, p. 388).
A saudade, continuará a ser experenciada, porém 
o enlutado deve aprender a conviver com essa 
ausência e retomas a trajetória de sua vida.
Planejamento de vida
Estabelecer novos projetos de vida e executa-los.
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MAIS ALGUMAS CONSIDERAÇÕES 
CLINICAMENTE RELEVANTES
Arantes (2019)
Tanatologia & Enfrentamento do Luto
Acentuar a perpetuação de uma história de 
vida compartilhada.
É por meio do amor que a gente se 
reconstrói.
Medo, ódio, mágoa ou culpa: sentimentos 
aversivos tornam mais difícil o 
enfrentamento do processo de luto!
Tanatologia & Enfrentamento do Luto
Tensionar a “ilusão de controle” diante da 
vida.
A ausência do olhar do outro sobre nós: 
precisamos do outro como referência de 
quem somos.
Tanatologia & Enfrentamento do Luto
Para sair do luto é preciso “cavar” a própria 
saída!
A saída do luto demanda ação e esforço.
No tempo de luto, a gente precisa se dedicar à 
cura da dor pela perda.
Tanatologia & Enfrentamento do Luto
A maioria das pessoas não sabem lidar com o 
sofrimento de quem perdeu alguém.
O uso indevido de medicação psiquiátrica para o 
alívio das manifestações do luto podem ser 
devastadoras.
Movimentos culturais que fortalecem padrões de 
culpa do enlutado.