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GESTÃO DE COOPERATIVAS JUACIR JOÃO WISCHNESKI 11ª SEMANA INTERNACIONAL DA FRUTICULTURA, FLORICULTURA E AGROINDÚSTRIA 13 a 16 de setembro de 2004 – Centro de Convenções Fortaleza – Ceará – Brasil Copyright © FRUTAL 2004 Exemplares desta publicação podem ser solicitados à: Instituto de Desenvolvimento da Fruticultura e Agroindústria – Frutal Av. Barão de Studart, 2360 / sl: 1305 – Dionísio Torres Fortaleza – CE CEP: 60120-002 E-mail: geral@frutal.org.br Site: www.frutal.org.br Tiragem: 150 exemplares EDITOR INSTITUTO DE DESENVOLVIMENTO DA FRUTICULTURA E AGROINDÚSTRIA – FRUTAL DIAGRAMAÇÃO E MONTAGEM PEDRO MOTA RUA HENRIQUE CALS, 85 – BOM SUCESSO – FONE: 484.4328/9105.5093 Os conteúdos dos artigos científicos publicados nestes anais são de autorização e responsabilidade dos respectivos autores. Ficha Catalográfica Wischneski, Juacir João. Gestão de Cooperativas / Juacir João Wischneski – Fortaleza: Instituto Frutal, 2004. 90 p. 1.Cooperativas – Gerenciamento - Brasil. I. Título. CDD 334 11ª SEMANA INTERNACIONAL DA FRUTICULTURA, FLORICULTURA E AGROINDÚSTRIA 13 a 16 de setembro de 2004 – Centro de Convenções Fortaleza – Ceará – Brasil mailto:geral@frutal.org.br http://www.frutal.org.br/ APRESENTAÇÃO O crescimento atual do Agronegócio brasileiro se deve ao fato do alto grau de desenvolvimento tecnológico que o Brasil atravessa no campo e que o tem destacado, em nível mundial, com as maiores áreas plantadas e maiores produtividades para vários produtos agrícolas, além do significativo aumento das exportações o que tem contribuído para o saldo positivo da nossa balança comercial. Considerando estes fatos, o INSTITUTO FRUTAL tem procurado caminhar em paralelo na sua função de Entidade de fomento tecnológico aos produtores e realizado, a cada ano no EVENTO FRUTAL, cursos técnicos com temas de interesse da classe rural destacando as mais recentes informações de cada tema escolhido. Esta APOSTILA é fruto desta preocupação. Ela traz as informações mais recentes deste tema e corresponde ao conteúdo abordado no curso promovido por ocasião da FRUTAL 2004. Esperamos que as informações aqui contidas possam contribuir com o desenvolvimento de cada pessoa que tenha participado do curso ou que tenha adquirido estas informações para uso na melhoria de sua atividade rural. A seleção dos temas é fruto de avaliações que realizamos durante cada evento e que serve de parâmetro para a construção da programação da Frutal seguinte. Com isto estamos procurando atender os interesses da maioria dos participantes do evento o que nos deixa convicto do acerto tendo em vista, o aumento anual de visitantes ao Frutal. Toda a Programação Técnica da Frutal é referendada por uma Comissão Técnica Cientifica, formada por membros das diversas Instituições/Órgãos/Entidades federais e Estaduais ligadas ao setor, que tem sido decisivo na qualidade deste produto oferecido aos produtores rurais de todo o país. Vale destacar que a FRUTAL 2004 trouxe para reforçar seu aspecto tecnológico e sedimentá-lo como evento internacional e maior evento da fruticultura brasileira, dois eventos importantes internacionais: a AGRIFLOR BRASIL, que acontece pela primeira vez no Brasil e que vem acontecendo há 16 anos em 8 países e que é maior evento de Flores do mundo, promovido pela empresa holandesa HPP Worldwide que é o maior promotor de feiras de flores do mundo e o III Simpósio Internacional de Frutas Tropicais e Subtropicais com inscrição de mais de 240 trabalhos de pesquisas de pesquisadores de mais de 20 países e palestras de especialistas de 10 países. Desejamos então, que com a publicação desta APOSTILA estejamos contribuindo com a disseminação dos mais recentes avanços tecnológicos do Agronegócio brasileiro e que sirva de instrumento para a melhoria da qualidade de vida do homem do campo. Antonio Erildo Lemos Pontes Coordenador Técnico do Evento Frutal Diretor Técnico do Instituto Frutal 11ª SEMANA INTERNACIONAL DA FRUTICULTURA, FLORICULTURA E AGROINDÚSTRIA 13 a 16 de setembro de 2004 – Centro de Convenções Fortaleza – Ceará – Brasil COMISSÃO EXECUTIVA DA FRUTAL 2004 Euvaldo Bringel Olinda PRESIDENTE DA FRUTAL 2004 Idealizador da Frutal, e do SINDIFRUTA, produtor, Engenheiro Pós-Graduado em Administração e Negócios. Presidente do Instituto Frutal, Ex-diretor da PROFRUTAS – Associação dos Produtores e Exportadores de Frutas do Nordeste e do IBRAF – Instituto Brasileiro de Fruticultura e das Federações FAEC e FACIC. Afonso Batista de Aquino COORDENADOR GERAL DA FRUTAL 2004 Engenheiro Agrônomo, Pós-graduado em Nutrição de Plantas pela Universidade Complutense de Madrid-Espanha, com especialização em Fertilidade do Solo, Extensão Rural e Marketing em Israel e Espanha. Diretor Geral do Instituto Frutal em duas gestões Coordenador Geral da Frutal desde 1998. Antonio Erildo Lemos Pontes COORDENADOR TÉCNICO DA FRUTAL 2004 Engenheiro Agrônomo com vasta experiência de trabalho voltado para Fruticultura Irrigada, com especialização em Agricultura Irrigada por Sistema Pressurizado em Israel e Especialização em Gestão Ambiental pela Universidade de Fortaleza - UNIFOR, Membro Efetivo do IBGE/GCEA do Ceará, Consultor do SEBRAE-CE na Área de Agronegócio da Fruticultura, Coordenador Titular do Nordeste no Fórum Nacional de Conselhos de Consumidores de Energia Elétrica e Coordenador Técnico da Frutal desde sua primeira edição em 1994. 11ª SEMANA INTERNACIONAL DA FRUTICULTURA, FLORICULTURA E AGROINDÚSTRIA 13 a 16 de setembro de 2004 – Centro de Convenções Fortaleza – Ceará – Brasil COMISSÃO TÉCNICO-CIENTÍFICA DA FRUTAL 2004 Afonso Batista de Aquino INSTITUTO FRUTAL Almiro Tavares Medeiros UFC/CCA Anísio de Carvalho Júnior SENAR Antonio Erildo Lemos Pontes INSTITUTO FRUTAL Antonio Vieira de Moura SEBRAE/CE Aristides Braga Mendes INCRA César Augusto Monteiro Sobral AEAC César Bezerra de Sena AGRIPEC Cézar Wilson Martins da Rocha MAPA Daniele Souza Veras AGRIPEC Egberto Targino Bonfim EMATERCE Eleonora Silva Guazzelli DNOCS Enid Câmara PRÁTICA EVENTOS Euvaldo Bringel Olinda INSTITUTO FRUTAL Francisco Antônio Souza de Aragão EMBRAPA Francisco de Assis Bezerra Leite CREA-CE Francisco Eduardo Costa Magalhães BANCO DO BRASIL Francisco Ferrer Bezerra FIEC/INDI Francisco José Menezes Batista SRH Francisco Marcus Lima Bezerra UFC/CCA Francisco Zuza de Oliveira SEAGRI/CE Gerardo Newton de Oliveira INSTITUTO CENTEC Gilson Antônio de Souza Lima CONAB-CE Glória Ribeiro PRÁTICA EVENTOS Guido Colares Filho INSTITUTO AGROPÓLOS DO CEARÁ Jane Alves de Moraes SETUR João Nicédio Alves Nogueira OCEC/SESCOOP José de Souza Paz SEAGRI/CE José dos Santos Sobrinho FAEC/SENAR José Ferreira da Silva – Murilo CREA-CE José Ismar Girão Parente SECITECE José Luciano Sales COOPANEI José Maria Freire CHAVES S/A MINERAÇÃO E INDÚSTRIA José Maria Marques de Carvalho BANCO DO NORDESTE DO BRASIL S.A Josimar Landim INCRA-CE Joviniano Silva DFA/CE Marcelo Neiva Pereira DFA-CE Marcílio Freitas CEASA Raimundo Reginaldo Braga Lobo SEBRAE-CE Ronaldo Lima Moreira Borges AEAC Viviane de Avelar Cordeiro INSTITUTO CENTEC 11ª SEMANA INTERNACIONAL DA FRUTICULTURA, FLORICULTURA E AGROINDÚSTRIA 13 a 16 de setembro de 2004 – Centro de Convenções Fortaleza – Ceará – Brasil SUMÁRIO 1. AUTOGESTÃO........................................................................................................7 1.1 - O QUE É AUTOGESTÃO................................................................................................ 7 1.2 - A MISSÃO DA AUTOGESTÃO ....................................................................................... 7 1.3 - A OTIMIZAÇÃO DA AUTOGESTÃO............................................................................... 8 1.4 - OS OBJETIVOS A SEREM ALCANÇADOS................................................................... 9 1.5 - A CRIAÇÃO DO SESCOOP.......................................................................................... 11 1.6 - OPERACIONALIZAÇÃO DA AUTOGESTÃO ............................................................... 12 1.7 - O PROGRAMA DE AUTOGESTÃO.............................................................................. 13 1.8 - O AUTOCONTROLE E O MONITORAMENTO ............................................................ 13 1.9 - A AUDITORIA DE GESTÃO.......................................................................................... 15 1.10 - APOIO AO DESENVOLVIMENTO DA GESTÃO ...................................................... 20 1.11 - ACOMPANHAMENTO RECURSOS HUMANOS...................................................... 23 1.12 - ACOMPANHAMENTO DESEMPENHO DOS ASSOCIADOS .................................... 24 1.13 - CONSULTORIA ESPECIALIZADA ............................................................................. 25 1.14 - FORMAÇÃO E DESENVOLVIMENTO HUMANO....................................................... 26 2. CONTABILIDADE..................................................................................................31 2.1 - COOPERATIVA, CONCEITUAÇÃO E PRINCÍPIOS..................................................... 31 2.2 - USUÁRIOS DA CONTABILIDADE................................................................................ 33 2.3 - CONTABILIDADE ETIMOLOGIA .................................................................................. 33 2.4 - DO CONCEITO E CONTEÚDO .................................................................................... 34 2.5 - O ATIVO E O PASSIVO ................................................................................................ 36 2.6 - O PATRIMÔNIO LÍQUIDO ............................................................................................ 37 2.7 - AGRUPAMENTO DE CONTAS..................................................................................... 38 2.8 - ESTRUTURA PATRIMONIAL ....................................................................................... 40 2.9 - PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS DE CONTABILIDADE................................................. 46 3. ANÁLISE DE GESTÃO .........................................................................................54 3.1 CONCEITO DE ANÁLISE DE BALANÇO ....................................................................... 54 3.2 - OBJETIVOS DA ANÁLISE ............................................................................................ 55 3.3 - CONCEITO DE BALANÇO ........................................................................................... 58 3.4 - REQUISITOS DO BALANÇO........................................................................................ 60 3.5 - MÉTODOS DE ANÁLISE .............................................................................................. 61 3.6 - CUIDADO PRÉVIO PARA SE INICIAR A ANÁLISE ..................................................... 65 3.7 - O QUE EXTRAIR DOS RESULTADOS DOS INDICADORES...................................... 66 3.8 - GESTÃO COM UTILIZAÇÃO DE INDICADORES EM COOPERATIVAS ................... 67 3.9 - DETALHAMENTO EXPLICATIVO SOBRE INDICADORES MENSAIS....................... 71 3.10 - DETALHAMENTO EXPLICATIVO SOBRE INDICADORES ANUAIS........................ 78 3.10 - GLOBALIZAÇÃO......................................................................................................... 87 4. CURRÍCULO DO INSTRUTOR.............................................................................90 11ª SEMANA INTERNACIONAL DA FRUTICULTURA, FLORICULTURA E AGROINDÚSTRIA 13 a 16 de setembro de 2004 – Centro de Convenções Fortaleza – Ceará – Brasil 1. AUTOGESTÃO 1.1 O QUE É AUTOGESTÃO O COOPERATIVISMO BRASILEIRO E O PROCESSO AUTOGESTIONÁRIO AUTOGESTÃO das Cooperativas Brasileiras “É o processo pelo qual os próprios associados, assumem a total responsabilidade pela gerência da Cooperativa, sem a necessidade da interferência externa (do estado) em seu funcionamento” 1.2 A MISSÃO DA AUTOGESTÃO “Melhorar a qualidade de vida dos associados, funcionários e familiares das Cooperativas” O processo da Autogestão das Cooperativas Brasileiras, iniciou formalmente após a promulgação da nova Constituição Brasileira de 1988. A aplicação do processo de autogestão das cooperativas... FRUTAL’2004 GESTÃO DE COOPERATIVAS 7 1.3 A OTIMIZAÇÃO DA AUTOGESTÃO PARA OTIMIZAR A AUTOGESTÃO... • O X CONGRESSO BRASILEIRO DE COOPERATIVISMO ESTABELECEU UM “PROGRAMA DE AUTOGESTÃO” • POSTERIORMENTE REFERENDADO PELO XI E XII - C.B.C Objetivando a prática da autogestão nas cooperativas, com qualidade, respeito a Lei, aos valores e princípios do cooperativismo, o X congresso estabeleceu um”Programa”, onde se propôs a sistematização de serviços a serem estimulados pelas entidades do cooperativismo, para a melhoria da gerência das cooperativas fosse uma constante. Posteriormente, o “Programa de Autogestão” das Cooperativas Brasileiras, foi submetido e referendado pelos XI e XII Congressos Brasileiros de Cooperativismo. FRUTAL’2004 GESTÃO DE COOPERATIVAS 8 1.4 OS OBJETIVOS A SEREM ALCANÇADOS GERAIS a) Operacionalizar o monitoramento, a supervisão, a auditoria e o controle das cooperativas; b) Organizar, administrar e executar o ensino de formação profissional e a promoção social dos trabalhadores em cooperativas, dos associados e de seus familiares; c) Assistir as sociedades cooperativas empregadoras na elaboração e execução de programas de treinamento e na realização da aprendizagem metódica e contínua; d) Estabelecer e difundir metodologias adequadas à formação profissional em gestão de cooperativas e a promoção social do trabalhador, do associado e de seus familiares; e) Exercer a coordenação, supervisão e fiscalização da execução dos programas e projetos de formação profissional e de gestão em cooperativas, de trabalhadores em cooperativas e associados; f) Assessorar o Governo em assuntos relacionados à formação profissional, e gestão cooperativista, além de atividades assemelhadas. ESPECÍFICOS a) Ser, efetivamente, um instrumento de modernização das sociedades cooperativas e de melhoria empresarial para agregação de valores aos associados; b) Assegurar a transparência da administração da sociedade cooperativa aos seus associados; c) Propiciar a assunção, pelo sistema cooperativista, do processo de orientação quanto à constituição e registro de cooperativas; FRUTAL’2004 GESTÃO DE COOPERATIVAS 9 d) Favorecer a profissionalização dos associados por meio de programa de educação, formação, capacitação e reciclagem de dirigentes, associados e futuros associados, familiares e comunidade; e) Melhorar a profissionalização das cooperativas, tornando-as mais ágeis e competitivas no mercado em que atuam, através de, programas de capacitação e formação dos profissionais destas; f) Tornar o sistema cooperativista um referencial de modelo no mercado, espelhando qualidade e confiabilidade ao público em geral, por meio do monitoramento, supervisão, auditoria de gestão e o controle das cooperativas; OPERACIONALIZAÇÃO a) Coordenação nacional da Organização das Cooperativas Brasileiras - OCB, através de autorização específica em Assembléia Geral Extraordinária. b) Coordenação estadual da Organização das Cooperativas de cada Estado, através de autorização específica em Assembléia Geral Extraordinária. c) Execução Técnica pelo SESCOOP, com apoio e aprovação em Assembléia Geral Extraordinária da Organização das Cooperativas de cada Estado. d) Adesão das cooperativas através de aprovação em Assembléia Geral, com assinatura de Termo de Adesão. e) Alteração estatutária das cooperativas de forma a permitir a participaçãoda OCE nas Assembléias Gerais, podendo esta interferir quando for o caso, dentro dos objetivos do monitoramento, de forma a garantir a transparência da gestão. f) Alteração estatutária das cooperativas, tomadoras de recursos públicos, de forma a permitir, que o “sistema” possa monitorar, por delegação do Governo Federal, a aplicação destes no âmbito das cooperativas. FRUTAL’2004 GESTÃO DE COOPERATIVAS 10 1.5 A CRIAÇÃO DO SESCOOP SESCOOP - Surgimento RECOOP – MP 1.715 de 03/09/1998 - (Autoriza a criação do SESCOOP) Implementação do Plano de Desenvolvimento Cooperativo Implementação do monitoramento (autocontrole) Decreto 3.017 de 06/04/1999 – (Criou o SESCOOP) Operacionalização do Programa de Autogestão O Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo - SESCOOP reflete um desejo das cooperativas, como forma de viabilizar o Programa de Autogestão, manifesto por ocasião da realização do XI Congresso Brasileiro de Cooperativismo. O SESCOOP viabilizará a operacionalização do monitoramento, supervisão, auditoria e controle das cooperativas, bem como da formação e desenvolvimento profissional e da promoção social dos trabalhadores em cooperativas, dos associados e de seus familiares, que são os instrumentos preconizados no Programa de Autogestão. Desta forma, a Organização das Cooperativas Brasileiras - OCB, através de decisão em Assembléia Geral do dia 28 de abril de 2000, delegou ao SESCOOP, a operacionalização técnica do Programa de Autogestão. FRUTAL’2004 GESTÃO DE COOPERATIVAS 11 1.6 OPERACIONALIZAÇÃO DA AUTOGESTÃO Com a criação do Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo – SESCOOP, o Programa de Autogestão foi adaptado em seu ordenamento, para viabilizar a sua operacionalização. Atividades Autocontrole Apoio ao Desenvolvimento da Gestão Formação Profissional Promoção Social FRUTAL’2004 GESTÃO DE COOPERATIVAS 12 1.7 O PROGRAMA DE AUTOGESTÃO Visando a segregação de atividades relacionadas na operacionalização do Programa de autogestão, destacou-se : Autocontrole, compreendendo as atividades de monitoramento preventivo, de orientação e de autofiscalização; Apoio ao Desenvolvimento da Gestão, compreendendo o apoio e estímulo à utilização de indicadores de desempenho comparativo, como principal ferramenta de gestão; Formação Profissional, compreendendo o direcionamento dos esforços na melhoria da gestão pela profissionalização, destas; Promoção Social, utilizada como complemento as atividades de formação e intercooperação. 1.8 O AUTOCONTROLE E O MONITORAMENTO Autocontrole Orientação na Constituição e Registro Conselheiros Fiscais Auditoria Interna Auditoria Independente (*) (*)Cooperativas de pequeno porte (Plano de gestão) FRUTAL’2004 GESTÃO DE COOPERATIVAS 13 MONITORAMENTO/DESENVOLVIMENTO DAS COOPERATIVAS Visando manter a qualidade da gestão das empresas cooperativas, credibilidade perante terceiros, transparência perante o quadro social e principalmente a garantia da continuidade da cooperativa, cumprindo seus objetivos sociais, faz-se necessário o monitoramento da empresa cooperativa. Vários instrumentos combinados serão utilizados com este objetivo, segregando-os segundo a sua natureza e necessidade de especialização profissional, a fim de garantir que o trabalho surta os efeitos que se deseja, com maior resultado e menor dispêndio financeiro possível. O estabelecimento destes instrumentos de controle deve ser entendido como instrumento de administração e não como mera fiscalização. O que se deseja é proporcionar melhores condições para que a cooperativa possa de fato ser uma sociedade democrática e que atenda aos anseios de seus donos, sem perder de vista o mercado. Visando a otimização dos recursos, bem como a obtenção de melhores resultados no monitoramento, procurou-se estratificar a atuação, conforme segue: CONSTITUIÇÃO E REGISTRO Atuação voltada à orientação e acompanhamento na constituição e registro de novas cooperativas. Respeitando-se os princípios que norteiam o cooperativismo, a viabilidade do negócio a ser iniciado e o respeito à Lei, o que é considerado ação preventiva de monitoramento, mantida por estrutura própria, são suas atribuições principais: a) Orientação sobre cooperativismo, para grupos interessados em constituir cooperativas; b) Divulgação do cooperativismo (vídeos, publicações, material educativo, palestras , etc.); c) Projeto de viabilidade econômico/financeira (manual de elaboração); FRUTAL’2004 GESTÃO DE COOPERATIVAS 14 d) Orientação jurídica na constituição de cooperativas (legislação, estatuto, aspectos tributários, de encargos, etc.); e) Orientação para obtenção dos registros legais; f) Orientação operacional/controles para início de atividades(palestras); g) Estabelecimento de parcerias com Centrais, Federações, Universidades e outros; h) Definição de critérios para registro das cooperativas junto à OCE/OCB; i) Formalização de convênio com o Departamento Nacional de Registro do Comércio/Junta Comercial. 1.9 A AUDITORIA DE GESTÃO AUDITORIA DE GESTÃO (Conselho Fiscal, Auditoria Interna e Auditoria Independente): O negócio em comum de um grupo de cooperados formando uma cooperativa, ou de cooperativas singulares formando uma Central, Federação, ou de Federações formando uma Confederação, dentro dos objetivos a que se propõe deve estar bem gerido pelos seus mandatários. E, para acompanhar o desempenho deste negócio em todos os aspectos relevantes, existe um conjunto de controles, que determina a segurança e confiabilidade que o associado e o público externo (fornecedores, bancos, etc.) requerem, para operacionalizá-lo. Os executores da análise destes controles, que combinados atingem o que denomina-se de auditoria integral ou auditoria de gestão, são: O Conselho Fiscal, a Auditoria Interna e principalmente a Auditoria Independente. Com o aperfeiçoamento das relações de negócio, as cooperativas cada vez mais deparam-se com as dificuldades em se obter a “certificação” da qualidade empresarial. Neste ponto, a Auditoria Independente se constitui em importante instrumento de consolidação do cooperativismo autogestionado, pois a sua certificação possui a chamada “fé pública”. O salto de qualidade está diretamente ligado ao fato de se exigir no FRUTAL’2004 GESTÃO DE COOPERATIVAS 15 monitoramento das cooperativas pelo processo de autogestão, a certificação independente, não mais pela auditoria tradicional; mas sim pela auditoria integral ou auditoria de gestão. Considera-se a figura do Auditor Independe, como elemento imprescindível para a credibilidade do mercado e como instrumento de inestimável valor na proteção dos associados, à medida em que sua função é zelar pela fidedignidade e confiabilidade das demonstrações contábeis da cooperativa auditada. Cabendo a ele a responsabilidade da análise e do relato sobre os procedimentos da gestão do negócio como um todo, bem como, sobre a exatidão e a clareza das demonstrações contábeis, inclusive a divulgação em notas explicativas de informações indispensáveis à visualização da situação patrimonial e financeira e dos resultados da cooperativa auditada. Operacionalização da auditoria de gestão: a) Promoção de treinamento sobre auditoria de gestão ou auditoria integral, face à necessidade de que as cooperativas disponham de auditores independentes altamente capacitados e que, ao mesmo tempo, desfrutem de um elevado grau de independência no exercício de sua atividade; b) Análise técnica dos processos de registro e do exercício da atividade de auditoria independente no âmbito das cooperativas, conforme normas estabelecidas e aprovadas pela Organização das Cooperativas Brasileiras – OCB; c) Manutenção de cadastro atualizado dos profissionais, empresas de auditoria independente e responsáveis técnicos autorizadosa emitir e assinar parecer, credenciadas junto a OCB/OCE; d) A contratação, por parte da cooperativa de auditoria independente, devidamente credenciada pela OCB/OCE, deverá atender os critérios estabelecidos quanto ao porte e capacidade de atendimento destas; FRUTAL’2004 GESTÃO DE COOPERATIVAS 16 e) Como dever e responsabilidade, no exercício de suas atividades no âmbito das cooperativas, o auditor independente deverá, para satisfação das necessidades do acompanhamento da gestão, adicionalmente ao programa básico de trabalho: e1) Verificar: se os ativos apresentados, como de realização em até 360 dias, possuem condições reais de conversão em dinheiro neste prazo, independente do critério contábil passível de ser utilizado pelos usos e costumes, segregando-os em operacionais e extra operacionais, cronograma de realização real futura dos valores classificados como de longo prazo, segregando-os em operacionais e extra operacionais, os valores registrados em investimentos e como bens do ativo imobilizado considerados fora do foco de atividade da cooperativa, se os vencimentos do passivo de até 360 dias e de longo prazo estão compatíveis com a provável realização dos ativos, de forma clara e transparente, se a representatividade das receitas e resultados operacionais, somados ao processo de capitalização da cooperativa, estão compatíveis com a sua necessidade futura, se as ações e orçamentos propostos e aprovados em Assembléia Geral, foram executados, e caso contrário se estão devidamente justificados e relatados na prestação de contas da gestão, se as estruturas da cooperativa, estão sendo utilizadas em sua plenitude, e se os custos operacionais são compatíveis com a geração de receitas, se a administração financeira é praticada com segurança, em especial na cobrança e concessão de crédito, se os estoques mantidos são em volume estritamente necessários e se sua administração é conduzida de forma a minimizar custos e proporcionar melhores resultados aos associados, FRUTAL’2004 GESTÃO DE COOPERATIVAS 17 se as práticas e políticas de mercado, adotadas pela cooperativa, estão cumprindo satisfatoriamente os anseios dos associados, e em condições de normalidade, e2) Indicar com clareza, e em quanto, as contas ou subgrupos de contas do ativo, passivo, resultado e patrimônio líquido que estão afetados pela adoção de procedimentos contábeis conflitantes com os Princípios Fundamentais de Contabilidade, bem como os efeitos no resultado da cooperativa, sempre que emitir parecer e/ou relatório; e3) Os relatórios da Auditoria independente serão de conhecimento: das entidades coordenadoras e executora do monitoramento, da Diretoria da Cooperativa e/ou Conselho de Administração, do Conselho Fiscal, da Assembléia Geral f) Normatizar e estabelecer critérios para auditorias especiais de projetos específicos; g) Auditor Independente – Pessoa Física e o Auditor Independente – Pessoa Jurídica, não podem prestar serviços para uma mesma cooperativa, por prazo superior a quatro anos consecutivos, contados a partir de janeiro de 2000, exigindo-se um intervalo mínimo de dois anos para a sua recontratação; h) É considerado incompatível com os trabalhos de auditoria independente, caracterizando a perda da sua objetividade e independência, a prestação de serviços de consultoria para mesma cooperativa, pelo Auditor Independente – Pessoa Física ou Jurídica, os sócios e os demais integrantes do quadro técnico deste; i) A entidade executora, manterá controle de qualidade das auditorias, verificando e acompanhando sua atuação no âmbito das cooperativas; j) Auditor Independente – Pessoa Física, o Auditor Independente – Pessoa Jurídica e os seus responsáveis técnicos poderão ser advertidos, ou ter o seu registro na OCB/OCE, suspenso ou cancelado, sem prejuízo de outras sanções legais cabíveis, quando: FRUTAL’2004 GESTÃO DE COOPERATIVAS 18 Atuarem em desacordo com as normas legais e regulamentos que disciplinam a atuação das cooperativas, inclusive o descumprimento das disposições do Programa de Autogestão, Realizarem auditoria inepta ou fraudulenta, falsearem dados ou números, ou sonegarem informações que sejam de seu dever revelar, Induzirem as decisões de Assembléias Gerais a vícios ou erros por omissão, ou informações fraudulentas, Descumprirem as normas técnicas e legislação vigente que disciplinam o exercício da profissão. k) Inserção dos auditores internos das cooperativas, integrado com o trabalho desenvolvido pelo Conselho Fiscal, no conceito de auditoria de gestão; l) O trabalho executado pela auditoria interna da cooperativa, deverá estar perfeitamente integrado com o desenvolvimento das atividades executadas pela auditoria independente; m) As cooperativas de pequeno porte, conforme critérios da OCB/OCE, podem ser dispensadas da auditoria independente, desde que, após submetidas a um diagnóstico preliminar, seja desenvolvido projeto individual para acompanhamento do seu desenvolvimento e submetido à aprovação em assembléia geral, por maioria simples dos seus associados; FRUTAL’2004 GESTÃO DE COOPERATIVAS 19 1.10 APOIO AO DESENVOLVIMENTO DA GESTÃO Apoio ao Desenvolvimento da Gestão Ferramentas de apoio ao desenvolvimento • Indicadores econômicos / financeiros e sociais • Indicadores de gestão de pessoas • Indicadores de desenvolvimento dos associados Apoio às cooperativas de pequeno porte e Consultoria Especializada SISTEMA DE ACOMPANHAMENTO (Indicadores de Gestão): Atuação voltada ao acompanhamento da gestão das cooperativas, à distância, via processo de análise de dados: da empresa cooperativa, dos recursos humanos, e de viabilidade dos associados. Formação de cenários comparativos, para orientação dos rumos de condução dos negócios em cooperação, frente ao mercado e à concorrência. Utilização de parceria com as Centrais, Federações, Confederações e outros, para o acompanhamento da gestão das cooperativas, via processo eletrônico de dados FRUTAL’2004 GESTÃO DE COOPERATIVAS 20 Indicadores de Análise e Acompanhamento Econômico/Financeiro das Cooperativas: Processo de análise econômico/financeira, voltado à aferição mensal: da estrutura de capitais utilizada pela cooperativa, sua eficiência, riscos de solvabilidade, endividamento, ciclo financeiro, administração de capital de giro x necessidade de capital de giro, tesouraria, eficiência na utilização de recursos financeiros no empreendimento, de recursos de natureza permanente, resultados operacionais obtidos, estrutura de custos e despesas, e rentabilidade. Aferição anual: da participação dos associados na cooperativa, da redução do endividamento/capitalização através dos resultados do negócio cooperativo, da redução do endividamento/capitalização através de processo permanente via retenção de percentual da produção dos associados, dos riscos operacionais da concessão de crédito, da participação no mercado de abrangência, etc. As análises serão efetuadas segundo parâmetros pré estabelecidos na base de dados fornecidos pelas cooperativas, segundo cada ramo de atividade cooperativa, buscando- se espelhar a realidade do negócio, independente de critérios contábeis utilizados nas empresas cooperativas. Operacionalização do acompanhamento econômico/financeiro: a) Firmar termo de compromisso, entre cooperativa e OCE, prevendo a preservação das informações, e não cessão do sistema operacional para terceiros; b) Codificação de cada cooperativa visando preservar a sua individualidade, de acordo com o ramo, e cadastramento das informações de atividades desenvolvidas pela mesma; c) Implantação do sistema com padronização de critérios das informações em cada cooperativa; d) Estabelecimento em conjunto com os profissionais das cooperativas, dos padrões de qualidade das informações e dos limitesde prazos para a sistematização destas; e) Agrupamento das informações, formando cenários para análise comparativa, das cooperativas similares entre si segundo: o produto ou serviço predominante, o ramo cooperativo, região de atuação, situação de solvabilidade e outros; FRUTAL’2004 GESTÃO DE COOPERATIVAS 21 f) Formação de cenários comparativos através de banco de dados de outras empresas que atuam em negócios similares aos das cooperativas; g) Devolução das informações consolidadas, para as cooperativas procederem a sua auto-análise; h) Acompanhamento de cada cooperativa, verificando seu desempenho e tendências, comparativamente com as demais. Detectado processo que possa vir a oferecer risco em suas operações, deverá a cooperativa ser notificada, para realização de diagnóstico mais aprofundado. O apoio para realização de diagnósticos parciais e/ou completos terão normas próprias, e serão considerados serviços de Consultoria Especializada; i) Realização de reuniões periódicas de avaliação, individual, com o Conselho de Administração e Fiscal da cooperativa, com vistas à correção de rumos de possíveis falhas, detectadas através do processo de análise; j) Elaboração de cronograma, em conjunto com a cooperativa, prevendo ações para a correção das eventuais falhas detectadas; k) A não realização das ações previstas em cronograma, visando a correção das falhas apontadas, sem justificativa formal, implicará em comunicação ao Conselho Fiscal e Conselho de Administração e/ou Diretoria da cooperativa, solicitando providências imediatas; l) Permanecendo a falta de providências para correção das falhas detectadas, após decorrido prazo concedido para sua regularização , o caso será levado à OCE para comunicação à Assembléia Geral da Cooperativa; m) A persistência por parte da cooperativa na falta de providências para a correção das falhas, poderá determinar o cancelamento do seu registro perante a OCE/OCB. FRUTAL’2004 GESTÃO DE COOPERATIVAS 22 Indicadores de Análise e Acompanhamento de Recursos Humanos: Banco de dados e processo de análise específico dos recursos humanos das cooperativas, visando à maximização da utilização das estruturas de pessoal destas. Processo de acompanhamento das diversas funções segundo sua similaridade, aferindo remuneração, encargos, benefícios diretos e indiretos, padronização de funções e outros. O Acompanhamento dos Recursos Humanos, é derivado do processo de Acompanhamento Econômico/Financeiro das Cooperativas, e objetiva a racionalização dos custos de pessoal destas. 1.11 ACOMPANHAMENTO RECURSOS HUMANOS Operacionalização do acompanhamento dos recursos humanos: a) Estabelecimento de termo de compromisso, entre cooperativa e OCE, prevendo a preservação das informações, e não divulgação para terceiros; b) Descrição das funções básicas, de cada unidade das cooperativas, remuneração, benefícios, relação das pessoas e descrição por unidade; c) Formação do banco de dados, através das informações gerenciais padronizadas dos recursos humanos das cooperativas (total de colaboradores, treinados no período, faltas ao trabalho, valores de folha de pagamento, acidentes de trabalho, ações trabalhistas, rotação de mão-de-obra, benefícios diretos e indiretos concedidos, etc.), com classificação básica, por: estado, região, cooperativa, tipo de negócio, atividade principal, área de trabalho, departamento, função e outros; d) Atualização periódica dos dados pelas cooperativas, de acordo com a rotatividade do pessoal; e) Agrupamento das informações, formando médias e cenários comparativos para análise, a exemplo do Acompanhamento Econômico/Financeiro; FRUTAL’2004 GESTÃO DE COOPERATIVAS 23 f) Análise semestral das informações, nos Fóruns de Recursos Humanos, e comparação com os dados do Acompanhamento Econômico/Financeiro das Cooperativas, relativos a recursos humanos. 1.12 ACOMPANHAMENTO DESEMPENHO DOS ASSOCIADOS Indicadores de Análise e Acompanhamento da Viabilidade dos Associados: Banco de dados e processo de análise dos associados, visando acompanhar a viabilidade da sua atividade, através de indicadores de desempenho das operações destes. A base de sustentação das cooperativas está pautada na viabilização das atividades dos seus associados, os resultados obtidos com a produção em cooperação e poderá ser aferida e comparada através dos resultados individuais e coletivos, e a sua melhoria será orientada afim de minimizar os esforços a serem despendidos. A adaptação do acompanhamento, para os principais ramos, deverá seguir a orientação básica do desenvolvimento do negócio cooperativo, e as características dos associados. Operacionalização do acompanhamento de viabilidade dos associados: a) Firmar termo de compromisso, entre cooperativa e OCE, objetivando preservar o sistema de informações restrito ao uso da cooperativa e seus associados; b) Treinar os técnicos das cooperativas para utilização do sistema de análise em benefício da sociedade e dos associados, em: Cadastramento dos associados, estratificando-os por especialidade e/ou produto principal, técnicas utilizadas, etc.; Organização dos associados, segundo característica de sua atividade/produção, a fim de criar grupos de interesses objetivando a melhoria comum; Utilização das informações visando a melhoria da qualidade de produção dos associados, de acordo com as exigências do mercado; Organização de informações para o estabelecimento de padrões de qualidade de atuação dos associados a nível de cooperativa; FRUTAL’2004 GESTÃO DE COOPERATIVAS 24 Agrupamento das informações, formando cenários de análise comparativa, dos associados similares entre si, segundo o serviço ou produto predominante na sua atividade; Orientação profissional dos associados, por parte da cooperativa, visando o mercado de abrangência; Correção de rumo de atuação no negócio cooperativo, a partir das mudanças na atuação profissional dos associados; Realização de reuniões periódicas para avaliação de desempenho, atualização do sistema, e eventuais correções das informações básicas; Apuração periódica das necessidades de treinamentos dos associados, por cooperativa, segmento, região e estado. 1.13 CONSULTORIA ESPECIALIZADA Atuação voltada ao ordenamento e apoio das ações que se fizerem necessárias tanto a nível regional/ramos, como em cooperativas individualmente, objetivando a melhoria da gestão e a viabilidade das cooperativas no cumprimento da sua missão, compreendendo: a) Cadastramento de prestadores de serviço, identificadas segundo sua área especial de atuação, e acompanhamento da satisfação das cooperativas contratantes, quanto ao desenvolvimento de trabalhos pelas mesmas, formando um controle de qualidade; b) Direcionamento das consultorias a partir das necessidades detectadas pela análise dos resultados do acompanhamento das cooperativas e das recomendações efetuadas pela Auditoria Independente, ou por solicitação de iniciativa da própria cooperativa; c) Promoção de estudos especiais para os diversos ramos e/ou regiões, visando a melhoria do negócio cooperativo, de acordo com as necessidades e evolução do mercado; FRUTAL’2004 GESTÃO DE COOPERATIVAS 25 d) Elaboração de diagnósticos de situação e projetos contendo medidas de revitalização de cooperativas; e) Acompanhamento da realização dos programas e projetos especiais, com respectivas reformulações. 1.14 FORMAÇÃO E DESENVOLVIMENTO HUMANO Formação/Desenvolvimento Humano Formação e capacitação profissional Promoção social Visa organizar, administrar e executar o ensino de formação profissional dos trabalhadores em cooperativas e dos cooperados. Assistir as sociedades cooperativas empregadoras na elaboração e execução de programas de treinamento e na realização de aprendizagem metódica e contínua. Bem como, a promoçãosocial dos trabalhadores em cooperativas, dos cooperados e de seus familiares, objetivando o desenvolvimento humano em sua plenitude e conseqüentemente a melhoria da gestão do negócio cooperativo. FRUTAL’2004 GESTÃO DE COOPERATIVAS 26 Capacitação/Desenvolvimento Humano PÚBLICO ALVO • Funcionários Operacionais Executivos e Gerentes • Dirigentes e Conselheiros • Associados Jovens Líderes • Prestadores de Serviço Formação e Capacitação Profissional: Atuação voltada à formação e capacitação dos recursos humanos da entidade executora, recursos humanos das cooperativas, dirigentes e associados. As necessidades de treinamento serão apuradas e priorizadas em conjunto com o Monitoramento/Desenvolvimento das Cooperativas, através dos processos de acompanhamento e auditoria de gestão, ensejando em programas por cooperativa, por ramo e geral do Estado. Estes programas serão executados de forma centralizada ou descentralizada, de acordo com a demanda por especialidade; a duração dos treinamentos será determinada após a elaboração do planejamento global. Os programas de treinamento e capacitação, visam atender o público ligado às cooperativas: FRUTAL’2004 GESTÃO DE COOPERATIVAS 27 Operacionalização da Formação e Capacitação Profissional: a) Cursos e treinamentos profissionalizantes de curta e média duração, utilizando centros de treinamento das próprias cooperativas, ou sob a forma de cooperação com órgãos públicos ou privados ligados ao ensino, para colaboradores, empregados e trabalhadores das entidades coordenadoras e executora e das cooperativas em geral; b) Fóruns especializados: especialização dos profissionais das entidades coordenadoras e executora e das cooperativas, através de fóruns especializados de curta duração, e/ou treinamentos de médio prazo, viagens de estudos, inclusive através de cursos de pós- graduação, em especial para os profissionais ligados às áreas de: Recursos Humanos, Mercado, Financeira, Administrativa, Contabilidade, Auditoria, Cooperativismo, Jurídica, Comunicação, etc.; c) Conselheiros de Administração e Fiscal: elaboração de treinamentos em dois níveis: para candidatos ao cargo, visando a sua preparação, através de cursos de média duração; e de especialização em gestão para aqueles que já ocupam cargos eletivos nas cooperativas; d) Formação de Multiplicadores: a especialização de monitores, coordenadores e professores ligados ao cooperativismo, com o intuito de multiplicação do ensino, devendo ser priorizado nas áreas de: cooperativismo, líderes, familiares dos funcionários e associados, etc.; e) Jovens cooperativistas: ênfase especial deverá ser dada, ao treinamento dos jovens para a revitalização do cooperativismo do futuro, através de treinamentos, intercâmbios e, principalmente, buscando-se a inserção de cadeiras especializadas em cooperativismo no ensino fundamental e de especialização profissional; f) Atividades relacionadas ao Desenvolvimento Integrado de Gênero nas cooperativas, visando maior integração da família, composta por homens, mulheres e jovens na aplicação do cooperativismo integrado ao empreendimento, à comunidade, às questões sociais e ao meio ambiente; FRUTAL’2004 GESTÃO DE COOPERATIVAS 28 g) Produção de material auxiliar de ensino, através do apoio para a produção, reprodução e divulgação de: publicações, livros técnicos, folder’s, cartilhas, vídeos, etc.; h) Compromisso de modernização, através da difusão de novas metodologias, de ensino, como por exemplo: treinamento a distância, através de “vídeo conferência”, debates “on line”, etc. 2.2. Promoção Social: atuação voltada à integração e bem estar social dos trabalhadores em cooperativas, dos associados e de seus familiares. Buscar através da ação social a melhoria da atuação de todos os envolvidos direta e indiretamente na gestão das cooperativas, através da implementação de benefícios voltados à saúde, lazer, esportes, cultura e integração social da família na comunidade e intercooperativas. Operacionalização da Promoção Social: a) Apoio na formação de um sistema de seguro saúde do cooperativismo, através de convênios com Hospitais, cooperativas do ramo de saúde e cooperativas de usuários de serviços médicos e odontológicos; b) Apoio a programas e projetos específicos de prevenção à saúde, higiene e bem estar de associados e funcionários; c) Apoio e incentivo ao esporte no meio cooperativo, visando a integração entre funcionários e associados, através de olimpíadas e jogos abertos de cooperação; d) Apoio ao lazer dos trabalhadores, associados e seus familiares, utilizando estruturas das próprias cooperativas ou através de convênios com instituições públicas ou privadas, em especial com o sistema “S”; apoio às atividades de cunho social, depende de disponibilidade de recursos, e será realizado somente dentro da programação anual. FRUTAL’2004 GESTÃO DE COOPERATIVAS 29 e) Incentivo ao desenvolvimento da cultura da família cooperativista através do apoio à formação de bibliotecas, organização de exposições artísticas, realização de concursos e outros. FORMA DE ATUAÇÃO Unidade Nacional Coordena, dá suporte, motiva, desenvolve projetos piloto, monitora e cobra resultados Unidades Estaduais (Federações, Centrais, Singulares...) Operacionalizam as ações junto aos funcionários, associados e seus familiares FRUTAL’2004 GESTÃO DE COOPERATIVAS 30 2. CONTABILIDADE COMO FERRAMENTA DE APOIO À GESTÃO COOPERATIVA A C O O P E R A T I V A N E G Ó C I O E M C O M U M 2.1 - COOPERATIVA, CONCEITUAÇÃO E PRINCÍPIOS Cooperativa é toda associação de pessoas que tenham por fim a melhoria econômica e social de seus membros, através da exploração de uma empresa sobre a base da ajuda mútua e que observe os princípios. (ACI) Cooperativa é uma organização de pessoas unidas pela cooperação e ajuda mútua, gerida de forma democrática com objetivos econômicos e sociais comuns e cujos aspectos legais e doutrinários são distintos de outras sociedades. (X - CBC) FRUTAL’2004 GESTÃO DE COOPERATIVAS 31 Princípios: 1 - Adesão livre e voluntária 2 - Gestão democrática pelos sócios 3 - Participação econômica dos sócios 4 - Autonomia e independência 5 - Educação, formação e informação 6 - Cooperação entre cooperativas 7 - Interesse pela comunidade COOPERATIVA Recursos Utilizados Empresa/Atividade “Negócio” Administração FRUTAL’2004 GESTÃO DE COOPERATIVAS 32 2.2 USUÁRIOS DA CONTABILIDADE Os usuários são pessoas físicas ou jurídicas com interesse na entidade, que se utilizam das informações contábeis desta para seus próprios fins, de forma permanente ou transitória.(1) Os usuários incluem, entre outros, fornecedores e demais credores, clientes, financiadores de qualquer natureza, autoridades governamentais de diversos níveis, meios de comunicação, Entidades que agem em nome de outros, como associações e sindicatos, empregados, associados, administradores da própria entidade, além do público em geral.(1) (1) Resolução CFC no. 785/95 de 28/07/1995 2.3 CONTABILIDADE ETIMOLOGIA CONTABILIDADE? Luca Pacioli? Estrutura da Contabilidade? Classificação? Estrutura Patrimonial ? FRUTAL’2004 GESTÃO DE COOPERATIVAS 33 Luca Pacioli (pai da contabilidade) Matemático italiano, nasceu em Borgo San Lourenzo c. 1445 e morreu em Roma c. 1510. Seu nome é também grafado Paciolo ou Paciuolo, sendo ele ainda chamado de Luca di Borgo. Lecionou matemática em Nápoles, Perugia, Veneza, Milão e Roma. Foi amigo particular de Leonardo da Vinci. Publicou diversas obras, entre elas: Suma de aritmética, geometria, proporções e Proporcionalidade. 2.4 DO CONCEITO E CONTEÚDO A Contabilidade, na sua condição de ciência social, cujo objetoé o Patrimônio, busca, por meio da apreensão, da qualificação, da classificação, do registro, da eventual sumarização, da demonstração, da análise e relato das mutações sofridas pelo patrimônio da Entidade particularizada, a geração de informações quantitativas e qualitativas sobre ela, expressas tanto em termos físicos, quanto monetários. (2) As informações geradas pela Contabilidade devem propiciar aos seus usuários base segura às decisões, pela compreensão do estado em que se encontra a Entidade, seu desempenho, sua evolução, riscos e oportunidades que oferece. (2) A informação contábil se expressa por diferentes meios, como demonstrações contábeis, escrituração ou registros permanentes e sistemáticos, documentos, livros, planilhas, listagens, notas explicativas, mapas, pareceres, laudos, diagnósticos, prognósticos, descrições críticas ou quaisquer outros utilizados no exercício profissional ou previstos em legislação. (2) FRUTAL’2004 GESTÃO DE COOPERATIVAS 34 Estrutura da Contabilidade • A T I V O • P A S S I V O • Patrimônio Líquido Balanço Patrimonial é a demonstração contábil destinada a evidenciar, qualitativa e quantitativamente, numa determinada data, o Patrimônio e o Patrimônio Líquido da Entidade. (2) O Balanço Patrimonial é constituído pelo Ativo, pelo Passivo e pelo Patrimônio Líquido. (2) (2) Resolução CFC no. 686/90 de 14/12/1990 FRUTAL’2004 GESTÃO DE COOPERATIVAS 35 2.5 O ATIVO E O PASSIVO A T I V O • ATIVO do latim ACTIVU -que exerce ação -apto a agir, funcionar -conjunto de bens ou direitos de uma empresa ou pessoa • Apto a agir... Gerar mais riquezas. O Ativo compreende as aplicações de recursos representados por bens e direitos P A S S I V O • PASSIVO do latim PASSIVU -que sofre ou recebe ação -que espera, atitude passiva -conjunto de obrigações que uma pessoa jurídica ou natural deve satisfazer O Passivo compreende as origens de recursos representados pelas obrigações com terceiros. FRUTAL’2004 GESTÃO DE COOPERATIVAS 36 2.6 O PATRIMÔNIO LÍQUIDO PATRIMÔNIO LÍQUIDO • A T I V O (-) • P A S S I V O = • P A T R I M Ô N I O L Í Q U I D O O Patrimônio Líquido compreende os recursos próprios da Entidade e seu valor é a diferença entre o valor do Ativo e o valor do Passivo (Ativo menos Passivo). Portanto, o valor do Patrimônio Líquido, pode ser positivo, nulo ou negativo. No caso em que o valor do Patrimônio Líquido é negativo é também denominado de “Passivo a Descoberto”. (3) FRUTAL’2004 GESTÃO DE COOPERATIVAS 37 2.7 AGRUPAMETO DE CONTAS . AGRUPAMENTO DAS CONTAS • A T I V O – As contas do Ativo são agrupadas de acordo com a possibilidade mais rápida de conversão ou transformação, em dinheiro. AGRUPAMENTO DAS CONTAS • P A S S I V O – As contas do Passivo são agrupadas pela ordem de exigibilidade e/ou vencimento, ou seja, aquelas a serem liquidas com prioridade e mais rapidamente, serão destacadas daquelas a serem pagas num prazo mais longo. FRUTAL’2004 GESTÃO DE COOPERATIVAS 38 FRUTAL’2004 GESTÃO DE COOPERATIVAS 39 ESTRUTURA PATRIMONIAL A T I V O P A S S I V O CIRCULANTE REALIZAVEL A LONGO PRAZO PERMANENTE CIRCULANTE EXIGIVEL A LONGO PRAZO PATRIMONIO LÍQUIDO 360 360 + 360+ 360 (-) (+) = CONTAS DE RESULTADO • É o agrupamento de contas que representa de forma resumida as operações num determinado período de tempo, que alteram o Patrimônio Líquido da empresa, o qual representa o capital dos proprietários. • O resultado, Sobra / Perda, é a diferença entre o total dos ingressos / receitas e o total dos dispêndios / despesas incorridas pela empresa em um determinada período. 2.8 Estrutura Patrimonial As contas do Ativo são dispostas em ordem crescente dos prazos esper realização, e as contas do Passivo são dispostas em ordem crescente dos prazos de exigibilidade, estabelecidos ou esperados, observando-se iguais procedimentos para grupos e subgrupos da estrutura de capitais. (3) Os direitos e as obrigações são classificados em grupos do Circulante ados de , des os prazos esperados de realização dos direitos e os prazos das obrigações, idos ou esperados, situem-se no curso do exercício subseqüente à data do “Balanço Patrimonial” (a). (3) Os direitos e as obrigações são classificados, respectivamente, em grupos de zável e Exigív de que estabelec Reali zoel a Longo Pra , desde que os prazos esperados de realização dos direitos e os prazos das obrigações estabelecidas ou esperados, situem-se após o término do exercício subseqüente à data do “Balanço Patrimonial”(a). (3) Na Entidade em que o ciclo operacional tiver duração maior que o exercício social, a classificação no circulante ou Longo Prazo terá por base o prazo deste ciclo. (3) Os saldos devedores ou credores de todas as contas retificadoras deverão se origem. (3) odutos ou serviços ios futuros, denominados o Resultado de Exercícios Futuros, na Legislação, serão demonstrados com a dedução dos valores ativos a eles vinculados, como direitos ou obrigações, dentro do respectivo grupo do Ativo ou do Passivo. (3) Os saldos devedores e credores serão demonstrados separadamente, salvo nos casos em que a Entidade tiver direito ou obrigação de compensá-los. (3) Os elementos da mesma natureza e os p serão agrupados, desde que seja indicada a sua natureza e nunca ultrapassem, no total, um décimo do valor do respectivo grupo de contas, sendo vedada a utilização de títulos genéricos como “diversas contas”ou “contas-correntes”. (3) apresentados como valores redutores das contas ou grupo de contas que lhe deram Os valores recebidos como ingressos, receitas antecipadas por conta de pr a serem concluídos em exercíc com equenos saldos FRUTAL’2004 GESTÃO DE COOPERATIVAS 40 O Ativo Circulante compõe-se de: ATIVO CIRCULANTE es • Disponibilidades – Caixa – Bancos • Valores a receber – Operacionais – Extra operacionais – (-) Provisão para Créditos de Liquidação Duvidosa • Estoqu – Produtos acabados – Produtos em elaboração – Matéria prima – Materiais secundários • Despesas antecipadas – Seguros/Aluguéis antecipados, etc. Dispo os títulos de liquidez imediata. (3) a do em 360 dias ou um ano nível: São os grupos financeiros que se encontram à disposição imediata da Entidade, compreendendo os meios de pagamento em moeda e em outras espécies, os depósitos bancários à vista e ( ) Atualmente utiliza-se o Balanço Mensal, portanto o exercício passa a ser considera subseqüente (3) Resolução CFC no. 686/90 de 14/12/1990 FRUTAL’2004 GESTÃO DE COOPERATIVAS 41 Créditos Entidade. ( Estoques Desp a São as aplicações em gastos que tenham realização no curso de até 360 dias (01 ano) Realizável a Longo Prazo: São os ativos referidos no circulante, exceto disponibilidades, cujos prazos esperados de realização, conversão em “dinheiro”, situem-se após o término do período de 360 dias (01 ano). (4) (4) Resolução CFC No. 686/90 de 14/12/1990 São os títulos de crédito, quaisquer valores mobiliários e outros créditos operacionais. Outros valores e bens são os não relacionados às atividades-fins da 4) São os valores referentes às existências de produtos acabados, produtos em elaboração, matérias-primas, mercadorias, materiais de consumo, serviços em andamento e outros valores relacionados às atividades-fins da Entidade. (4) esas Antecip das Realizável a Longo Prazo Receber – Operacionais – Não operacionais – (-) Provisão para Créditos de Liquidação Duvidosa da • Valores a • Bens destinados para venda – Bens imóveis para ven FRUTAL’2004 GESTÃO DE COOPERATIVAS 42 Ativo Permanente • Investimentos eracional • Diferido – Despesas Pré-operacionais – (-) Amortização acumulada – Em Empresas Controladas – Demaissociedades • Imobilizado – Op – (-) Depreciação acumulada São os bens e direitos não destinados à transformação direta em meios de pagamento e, cuja perspectiva de permanência na Entidade ultrapasse 360 dias (01 ano). anente é co Permanente O Perm t Investimentos São as participações em sociedades além dos bens e direitos que não se destinem à manutenção das atividades-fins da Entidade, podendo ser complementares. (5) ns ituído pelos seguintes subgrupos: Imobilizado São os bens e direitos, tangíveis e intangíveis, utilizados na consecução das atividades- fins da Entidade. (5) FRUTAL’2004 GESTÃO DE COOPERATIVAS 43 Diferido Depr tões acumuladas calculadas com base na estimativa de sua utilidade econômica. ( ) Provisões para perdas no valor dos investimentos são constituídas com base em perdas potenciais. ( (5) Resolução CFC no. 686/90 de 14/12/1990 e 847/99 de 16/06/1999 (6) Resolução CFC N 1992 erados, situem-se no curso de até um ano (360 dias) após a data ase do balanço mensal. São as aplicações de recursos em despesas que contribuirão para a formação do resultado de mais de um exercício social. (5) eciações, amortizações e exaus 6 6) o. 732/92 de 22/10/ Passivo Circulante • Obrigações Sociais e Tributárias – Salários e Encargos – Tributos federais – Financiamentos de Giro – Financiamentos de Ativo Fixo – Fornecedores – Contas a Pagar – Tributos Estaduais e Municipais • Financiamentos e Empréstimos • Fornecedores e Contas a Pagar – Outras Obrigações Circulante: São as obrigações conhecidas e os encargos estimados, cujos prazos estabelecidos ou esp b FRUTAL’2004 GESTÃO DE COOPERATIVAS 44 As obrigações e encargos, conhecidos ou calculáveis, são computados pelo valor de obrigações trabalhistas, previdenciários, scais, contratuais, operacionais e de pleitos administrativos e judiciais, são a são convertidas em valor da moeda corrente acional, à taxa de câmbio da data presente da avaliação. nte. ( ) (7) Resolução CFC no. 732/92 de 22/10/1992 atualizado. Os passivos contingentes decorrentes fi provisionados pelo seu valor estimado. As obrigações em moeda estrangeir n As obrigações de financiamentos com valor prefixado são ajustadas a valor presente. As demais obrigações com valor nominalmente fixado e com prazo para 7pagamento são ajustadas a valor prese Passivo Exigível a Longo Prazo • Credores por Funcionamento – Tributos e/ou Encargos Parcelados – Compras de Longo Prazo – Renegociação de Dívidas • Credores por Financiamento Exigível a Longo Prazo São as obrigações conhecidas e os encargos estimados, cujos prazos estabelecidos ou esperados, situem-se após o período de 360 dias (01 ano) da data base do demonstrativo. FRUTAL’2004 GESTÃO DE COOPERATIVAS 45 Reservas etenção de sobras, de reavaliação de ativos e de outras circunstâncias. Patrimônio Líquido • Capital Social – Capital Subscrito – (-) Capital a Integralizar • Reservas de Capital – Doações e subvenções recebidas – Reservas Estatutárias • Sobras a Disposição da “A G O” – Resultado Apurado • Reservas de Sobras – Reservas Legais As contas que compõem o Patrimônio Líquido devem ser agrupadas, segundo sua expressão qualitativa em: 2.9 PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS DE CONTABILIDADE Capital Social: São os valores aportados pelos proprietários e os decorrentes de incorporação de reservas e sobras. : São os valores decorrentes de r FRUTAL’2004 GESTÃO DE COOPERATIVAS 46 Sobras ou Perdas: São as sobras obtidas ou ainda não destinadas e as perdas ainda não cobertas ou compensadas, estas apresentadas como parcela redutora do Patrimônio Líquido. As sobras do exercício, após as destinações legais e estatutárias, devem ser postas à disposição da Assembléia Geral para deliberação e, da mesma forma, as perdas líquidas, quando a reserva legal é insuficiente para sua cobertura, serão rateadas entre os associados da forma estabelecida no estatuto social, não devendo haver saldo ente ou acumulado de exercício anterior. (8) As Entidades Cooperativas devem distribuir as sobras líquidas aos associados de acordo com a produção de bens ou serviços por eles entregues, em função do volume de fornecimento de bens de consumo e insumos, dentro do exerc social, salvo deliberação em contrário da Assembléia Geral. (8) A responsabilidade do associado, para fins de rateio dos dispêndios, perdura para pend seus ício s de gamento. Em caso de sobras ou perdas, aplicam-se as mesmas condições. (8) O resu o, deve ser estinado para a Reserva de Assistência Técnica, Educacional e Social, não podendo ser entre os associados. Quando negativo, deve ser levado à Reserva Legal As perdas apuradas no exercício não-cobertas pela Reserva Legal serão rateadas ssociados, conforme disposições estatutárias e legais, e registradas Não havendo deliberação da Assembléia Geral pela reposição das perdas apuradas, estas devem ser debitadas no Patrimônio Líquido na conta de Perdas Não Cobertas pelos Cooperados. (8) o mitidos, eliminados ou excluídos, até quando aprovadas as contas do exercício social em que se deu o desli ltado líquido decorrente do ato não-cooperativo, quando positiv d objeto de rateio e, se insuficiente sua cobertura, será rateado entre os associados. (8) entre os a individualmente em contas do Ativo, após deliberação da Assembléia Geral. (8) FRUTAL’2004 GESTÃO DE COOPERATIVAS 47 Os ajustes de exercícios anteriores devem ser apresentados como conta (8) Res evidenciar, separadamente, a compos perativo, emonstrados segregadamente por produtos, serviços e atividades desen destacada no Patrimônio Líquido, que será submetida à deliberação da Assembléia Geral. (8) olução CFC no. 920/01 de 09/01/2002 Conta de Sobras ou Perdas: A demonstração da conta de Sobras ou Perdas, a qual deve Contas de Sobras ou Perdas • Ingressos, Receita Bruta de Vendas e • (-) Deduções dos Ingressos, Receita B Serviços ruta • Ingressos, Receita Líquida de Vendas e Serviços Dispêndios, Despesas administrativas o Líquido antes do Imposto de Renda • (-) Provisão para Imposto de Renda/Contribuições • Resultado Líquido do Período • (-) Dispêndios, Custo dos Produtos Vendidos e Serviços Prestados • Resultado Bruto (margem bruta) • (-) Dispêndios, Despesas Operacionais • Dispêndios, Despesas com pessoal • Dispêndios, Despesas comerciais • Dispêndios, Despesas tributárias • • Resultado Operacional Antes dos Efeitos Financeiros • (+) Ingressos, Receitas Financeiras • (-) Dispêndios, Despesas Financeiras • (+)Resultado não Operacional • Resultad ição do resultado de determinado período, considerando os ingressos diminuídos dos dispêndios do ato cooperativo, e das receitas, custos e despesas do ato não-coo d volvidas pela Entidade Cooperativa. (9) (9) Resolução CFC no. 920/01 de 09/01/2002 FRUTAL’2004 GESTÃO DE COOPERATIVAS 48 FRUTAL’2004 GESTÃO DE COOPERATIVAS 49 Princípios fundamentais de contabilidade • Da Entidade • Da Continuidade • Da Oportunidade • Do Registro pelo Valor Original • Da Prudência • Da Atualização Monetária • Da Competência (10) Os Princípios Fundamentais de Contabilidade representam a essência das doutrinas e teorias relativas à dade, consoante o entendimento predominante nos universos científico e profissional de nosso País, concernem, pois, a Contabilidade no seu sentido mais amplo de atrimônio das Entidades. O Princí pessoas, uma sociedade ou instituição de qualquer natureza ou finalidade, Ciência de Contabili ciência social, cujo objeto é o p pio da Entidade: O Princípio da Entidade reconhece o Patrimônio como objeto da Contabilidade e afirma a autonomia patrimonial, a necessidade da diferenciação de um Patrimônio particular no universo dos patrimônios existentes, independentementede pertencer a uma pessoa, um conjunto de com ou sem fins lucrativos. Por conseqüência, nesta acepção, o patrimônio não se confunde com aqueles dos seus sócios ou proprietários, no caso de sociedade ou instituição. O Patrimônio pertence à Entidade, mas a recíproca não é verdadeira. A soma ou agregação contábil de patrimônios autônomos não resulta em nova Entidade, mas numa unidade de natureza econômico-contábil. O cerne do Princípio da Entidade está na autonomia do patrimônio a ela pertencente. O Princípio da Continuidade: A Continuidade ou não da Entidade, bem como sua vida definida ou provável, devem ser consideradas quando da classificação e avaliação das mutações patrimoniais, quantitativas e qualitativas. influencia o valor econômico dos ativos e, em muitos casos, o valor ou o vencimento dos passivos, especialmente quando a extinç e de determinados tivos, com a perda, até mesmo integral, de seu valor. A queda no nível de vocar efeitos semelhantes. A Continuidade ão da Entidade tem prazo determinado, previsto ou previsível. O Princípio da Continuidade afirma que o patrimônio da Entidade, na sua composição qualitativa e quantitativa, depende das condições em que provavelmente se desenvolverão as operações da Entidade. A suspensão das suas atividades pode provocar efeitos na utilidad a ocupação pode também pro FRUTAL’2004 GESTÃO DE COOPERATIVAS 50 O Princípio da Oportunidade: O Princípio da Oportunidade refere-se, simultaneamente, à tempe e todas as variações sofridas pelo patrimônio de uma Entidade, no . O Pri egistrados pelos valores origin ões ou decom patrimônio. stividade e à integridade do registro do patrimônio e das suas mutações, determinando que este seja feito de imediato e com a extensão correta, independentemente das causas que as originaram. O Princípio da Oportunidade exige a apreensão, o registro e o relato d momento em que elas ocorreram ncípio do Registro pelo Valor Original: Os componentes do patrimônio devem ser r ais das transações com o mundo exterior, expressos em valor presente na moeda do País, que serão mantidos na avaliação das variações patrimoniais posteriores, inclusive quando configurarem agregaç posições no interior da Entidade. O Princípio do Registro pelo Valor Original ordena que os componentes do patrimônio tenham seu registro inicial efetuado pelos valores ocorridos na data das transações havidas com o mundo exterior à Entidade, estabelecendo, pois, a viga mestra da avaliação patrimonial: a determinação do valor monetário de um componente do FRUTAL’2004 GESTÃO DE COOPERATIVAS 51 O Princípio da Atualização Monetária: a de valor, não repre ios e despesas, devem ser cluídos na apuração do resultado do período (sobra ou perda) em que ocorre Os efeitos da alteração do poder aquisitivo da moeda nacional devem ser reconhecidos nos registros contábeis através do ajustamento da expressão formal dos valores dos componentes patrimoniais. A moeda, embora aceita universalmente como medid senta unidade constante em termos do poder aquisitivo. O Princípio da Competência: Os ingressos e receitas e os dispênd in ram, sempre simultaneamente quando se correlacionarem, independentemente de recebimento ou pagamento. Os ingressos e receitas consideram-se realizadas, principalmente: nas transações com terceiros, quando estes efetuarem o pagamento ou assumirem compromisso firme de efetivá-lo, quer pela investidura pela geração natural de novos ativos independentemente da intervenção de terceiros; no recebimento efetivo de doações e subvenções. da propriedade de bens anteriormente pertencentes à Entidade, quer pela fruição de serviços por esta prestados; quando da extinção, parcial ou total, de um passivo, qualquer que seja o motivo, sem o desaparecimento concomitante de um ativo de valor igual ou maior; FRUTAL’2004 GESTÃO DE COOPERATIVAS 52 Consideram-se incorridos os dispêndios e despesas: tivo; Princípio da Prudência: O Princípio da Prudência determina a adoção do menor valor para os comp hipótese de que resulte ualmente ace (10) Res quando deixar de existir o correspondente valor ativo, por transferência de sua propriedade para terceiros; pela diminuição ou extinção do valor econômico de um a pelo surgimento de um passivo, sem correspondente ativo. O onentes do Ativo e o maior para os Passivo, sempre que se apresentem alternativas igualmente válidas para a quantificação das mutações patrimoniais que alterem o Patrimônio Líquido. O Princípio da Prudência impõe a escolha da menor patrimônio líquido, quando se apresentarem opções ig itáveis diante dos demais Princípios Fundamentais de Contabilidade. (10) olução no. 750/93 de 29/12/1993 FRUTAL’2004 GESTÃO DE COOPERATIVAS 53 3. ANÁLISE DE GESTÃO 3.1 CONCEITO DE ANÁLISE DE BALANÇO presa, cooperativa, num banco ou numa ind ja mostrar ess Daí a rara importância que tem o estudo dos balanços como meio para terpretação de um estado de coisas. conjunto de conhecimentos – técnicos e científicos para ue se possa, com perfeição, realizar tal tarefa. posição; é extrair Por iss o estudo da situação de uma parte As transações que se operam em uma em ústria terminam por alcançar um estado determinado e, quando se dese a situação, é por meio do balanço que é possível fazê-lo. in Torna-se, todavia, necessário um q Quando procuramos, por meio desses conhecimentos, extrair determinados elementos pelos valores dos balanços, a fim de possibilitar um juízo certo e concreto de todo ou de partes deles, estamos analisando balanços. Analisar é tornar uma coisa simples mediante uma decom elementos de um todo, procurando conhecer as partes. o, analisar é conhecer uma coisa pelos elementos que a compõem. Buscamos o método analítico para conhecer o balanço em suas partes, procurando conhecer como se encontra a situação de uma empresa, cooperativa. Análise de Balanço é, pois, , de um sistema de partes ou do todo patrimonial de uma empresa, cooperativa, mediante a decomposição de elementos e levantamentos de dados que consistem em relações diversas que entre si possam ter tais elementos, visando-se conhecer a realidade de um estado ou ajuizar os efeitos de uma administração. Para que se analise, entretanto, é necessário considerar uma série de situações que deverão definir a forma pela qual se deve conduzir o analista em seu trabalho. A variedade dos organismos das empresas, cooperativas já nos possibilita, antes de qualquer outro raciocínio, admitir como são diferentes as condições que devemos ter em mente, daí possuirmos diversos métodos de análise. Quando nos empenhamos na tarefa de conhecer um balanço, examinando seus elementos, estamos, desde este momento, esboçando uma análise. Para que a concretizemos é necessário descobrir o caminho certo. FRUTAL’2004 GESTÃO DE COOPERATIVAS 54 Não é preciso argumen amos que não se pode tratar da mesma forma um balanço de grande inst rinquedos, da mesma forma de uma gr uária ou de uma equen Isto leva a uma prim Seja qual f de coleta de dados para a interpre sua utilidade, aplicável também para as cooperativas, dentificando as falhas, erros ou defeitos existentes, o analista fornece dados e sugestões para que tar muito para que compreend ituição de crédito e o de uma pequena loja de ande cooperativa agropecb p a cooperativa de artesões. eira imagem de quantos são os aspectos que podem definir os caminhos que devem conduzir o analista em sua tarefa. or o roteiro, entretanto, a análise deve ser conduzida sempre como um esforço tação de um estado ou situação. 3.2 OBJETIVOS DA ANÁLISE Vasto é o campo de ação da análise econômico-financeira das empresas, vulgarmente conhecida como análise de balanço, e ampla é a conforme destacamosa seguir. A análise econômico - financeira aplica-se nos seguintes campos: A) CAMPO MICROECONÔMICO Empresa, cooperativa, isolada, com a finalidade de verificar periodicamente se sua estrutura econômico-financeira é adequada ou não às suas operações, se existem defeitos em sua produtividade e rentabilidade, e se as tendências de sua expansão e crescimento são favoráveis. I a direção da empresa se habilite a tomar decisões hábeis e em tempo oportuno no sentido de reequilibrar o comportamento da empresa. FRUTAL’2004 GESTÃO DE COOPERATIVAS 55 Me -se relatório assinado por especialista, analisando e confeccionam relatórios para as. Financiamento e conc álise econômico-financeira eterminam-se limites de créditos e suas possibilidades de resgate. Os bancos e as institui anceiros. tivas, quando se exige estudo da viabilidade econômico-financeira tanto dos projetos como das empresas, o do grupo, a fim de analisar o comportamento patrimonial de todo o grupo, ou de estudar as influências recíprocas que cada sociedade isolada recebe ou contribui para o grupo. Seleção de empresas, cooperativas em concorrência pública, onde o balanço de cada concorrente é analisado no tocante ao vulto dos equipamentos e instalações, ou ao volume de capital de giro próprio, que, se suficiente, poderá tornar desnecessária a rcado de capitais, preliminarmente para atender às exigências da Comissão de Valores Mobiliários e das Bolsas de Valores nos pedidos de inscrição de empresas, respectivamente, para se transformarem em sociedades abertas e para terem suas ações negociadas. Nesses casos exige minuciosamente a situação econômico-financeira da empresa requerente. Por outro lado, empresas especializadas e consultores diversos divulgam investidores no sentido de orientá-los nas operações de compra e venda de ações e na determinação de seus ágios e deságios, não é o caso de cooperativ essão de crédito, onde pela an d ções financeiras mantêm especialistas para esse fim, quer para os atendimentos de pedidos de créditos feitos pelas empresas, cooperativas, quer para orientá-las quanto às reais possibilidades que têm para angariar novos recursos fin Projetos de instalação ou ampliação de empresas, coopera o cooperativas que irão executá-los. Fiscalização tributária, em que as repartições fiscais procuram verificar pela análise dos balanços e dos demonstrativos contábeis que o acompanham, se as empresas, cooperativas erram ou sonegam os impostos e tributos a que estão obrigadas. Grupo de empresas, cooperativas, cujo controle acionário ou associado é exercido por grupos econômicos ou grupos de pessoas, os quais necessitam obter um balanço consolidad FRUTAL’2004 GESTÃO DE COOPERATIVAS 56 existência de equipamentos próprios, substituindo-os pela facilidade de alugá-los; faz-se também uma análise quanto a sua solidez econômico-financeira demonstrada, que constituirá garantia acessória para a continuidade das obras ou serviços a contratar. B) CAMPO MACROECONÔMICO Mercados setoriais, com levantamentos de balanços consolidados de empresas, cooperativas que exercem a mesma atividade (balanço consolidado dos bancos ou do ercado bancário; balanço consolidado das companhias de seguros ou do mercado de essar o estudo omparativo da situação econômico-financeira de determinada empresa, cooperativa em Contabilidade estadual, nacional, ou contabilidade social, quando os balanços er capita”, tc. m seguros; balanço consolidado das cooperativas de transporte, das cooperativas de energia elétrica, das cooperativas agropecuárias etc.), para análise do estado em que se encontram tais atividades, de suas correlações com outros mercados setoriais, e das tendências de comportamento e expansão desses setores. Poderá se conjugar também a análise macroeconômica com a microeconômica quando se desejar proc c relação ao mercado setorial, isto é, em relação à situação das suas congêneres que operam no mesmo ramo. consolidados de mercados setoriais e os balanços das grandes empresas, cooperativas fornecem dados valiosos para a apuração das contas estaduais, nacionais e de seus parâmetros, tais como o produto bruto nacional, a renda nacional, a renda “p e FRUTAL’2004 GESTÃO DE COOPERATIVAS 57 3.3 CONCEITO DE BALANÇO Alguns estudiosos afirmam que a palavra balanço é de origem latina e que tualmente consiste numa corruptela de balança, isto porque deriva de bi (dois), lanx, De fato, a balança é composta de dois pratos às vezes côncavos, colocados em ício, por meio da representação de todos os valores que ompõem um patrimônio, num dado momento, temos o chamado balanço do exercício, es de uma riqueza administrada (patrimônio), em que se investiu o capital. O conjunto de saldos credores ganha o nome de passivo, representando a origem dos investimentos. É por ele que nos é dado saber de onde surgiram as aplicações – se de recursos próprios, se de recursos de crédito. O balanço é uma visão estática, não se pode duvidar, de um capital ou de um patrimônio. a lancis (pratos côncavos). posição oposta, servindo para demonstrar o princípio físico de equilíbrio, ou seja, aquele que nos ensina que duas forças iguais e de sentidos contrários se anulam, estabelecendo um equilíbrio. De acordo com grandes estudiosos da contabilidade, de fato o balanço é uma expressão de equilíbrio: um equilíbrio entre débito e crédito. O débito – como significação da aplicação dos valores, ou seja, a representação de onde se encontram as importâncias investidas no negócio. O crédito – como significação da origem dos valores, ou seja, a representação da fonte de onde saíram os investimentos. Quando apresentamos o conjunto dos débitos e dos créditos, pelos seus saldos, resultantes de um exerc c que é comumente conhecido apenas por balanço. O conjunto dos saldos devedores é portanto o significado das aplicações e ganha o nome de ativo. É, pois, por meio do ATIVO que vamos conhecer onde se encontram aplicados os valor FRUTAL’2004 GESTÃO DE COOPERATIVAS 58 Por ele nos é dado conhec o exercício e demonstra o o de valores que se encontram à disposição de uma entidade em dado momento, tal ou do patrimônio, torna-se a expressão da alanço do exercício comercial, ais claras de que o balanço é tido como er uma situação: se o balanço é d conjunt podemos concluir, sem sombra de dúvida que,em tal caso, ele é a própria expressão do capital ou do patrimônio. Se ele apresenta uma parte do capi própria parte, ou de um sistema de partes, conforme o caso. Esta é a razão pela qual é comum ouvirmos referencias a: a. balanço patrimonial b. balanço financeiro c. balanço de resultados, etc. E mesmo nestes é comum também ouvir dizer balanço das imobilizações, balanço de caixa, balanço de vendas, balanço do exercício industrial, b etc. Esta é uma das manifestações m demonstração, ou melhor, como expressão de equilíbrio de uma parte, de um sistema de partes ou do todo patrimonial, nas entidades. FRUTAL’2004 GESTÃO DE COOPERATIVAS 59 3.4 REQUISITOS DO BALANÇO Quando o balanço nos é apresentado, é necessário que, antes de tudo, especialmente do ponto de vista da sua análise, indaguemos sobre os seus requisitos r às possibilidades técnicas. ra que se possa realmente compreender o im foram abertas estas ou aquelas contas e que função ituração da empresa, cooperativa. Sem clareza torna-se difícil e às vezes impossível a trabalho de análise. amento dos trabalhos e as conclusões que se vão alcançar. ultado em face do capital. Se as provisões para créditos de liquidação duvidosa ou para pagamento de outros custos que se estimam e que são lançados no exercício são feitas indevidamente, vão ser alterados os resultados e, portanto, os dados da análise não poderão ser levados em conta para