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TEORIAS HUMANISTAS - AULAS 2 SEMESTRE (2)

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06.05.2024 
 
TEORIAS HUMANISTAS 
CRONOGRAMA DO 2B – 2F 
Unidade 5: Psicologia da Gestalt e entrega de provas do 1B 06/05/2024 
Unidade 5: Psicologia da Gestalt 13/05/2024 
Unidade 6: Gestalt-Terapia 20/05/2024 
Unidade 6: Gestalt-Terapia 27/05/2024 
Unidade 7: Abordagem Centrada na Pessoa 03/06/2024 
Unidade 7: Abordagem Centrada na Pessoa e Entrega de Trabalho 10/06/2024 
Unidade 7: Abordagem Centrada na Pessoa e Revisão 17/06/2024 
Prova 24/06/2024 
Entrega da Prova 01/07/2024 
Encerramento e Plantão Docente 08/07/2024 
Prova Substitutiva 15/07/2024 
Prova Final 22/07/2024 
 
REFERÊNCIAS 
• HOLANDA A.F. Princípios da Gestalt e a Teoria da Forma. In: Carlos Tourinho; Renato 
Sampaio. (Org.). Estudos em Psicologia. Uma Introdução (p. 57 – 82). Rio de Janeiro: 
Proclama, 2009 
• PONCIANO, Jorge. Gestalt-Terapia: Refazendo um caminho. São Paulo: Summus, 1985. 
 
 
GESTALT 
 
1. Forma 
2. Entidade concreta que possui entre os seus vários atributos o atributo da forma. 
Compreendendo FORMA como referente às estruturas da consciência e dos seus fenômenos, os 
seus atos psíquicos e conteúdos vividos ou pensados. 
 
 
GESTALT 
 
A Gestalt seria uma entidade concreta. Com uma essência, com características. Uma entidade 
que teria como um dos seus atributos a forma. Seria a maneira como as coisas são percebidas. 
 
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GESTALT 
• Uma palavra alemã sem tradução, pode ser entendida como forma, todo, inteiro e 
configuração. 
 
 
 
GESTALT 
• Uma entidade organizada ou como um todo em que suas partes são indistinguíveis, 
cujas partes tem certas características decorrentes de sua inclusão no todo, e o todo 
tem certas características que não pertencem a nenhuma das partes. 
• Melodia 
 
 
 
GESTALT 
• A Gestalt emerge da configuração entre as partes, da relação, mas não é soma das 
partes do todo, pois a cada mudança de parte mudamos a forma como essas partes se 
relacionam e assim mudamos também a configuração. 
• Gestalt é um todo que é composto por partes e cada parte é uma Gestalt (outros 
elementos). Por exemplo, se eu pegar o desenho, ele por si em sua totalidade é uma 
Gestalt, e se eu pegar somente a casa, a casa se torna uma Gestalt onde uma mudança 
nos seus elementos reconfigura toda a estrutura da casa. 
 
3 
• Está completamente errada a sentença, atribuída falsamente aos gestaltistas, de que “o 
todo é mais do que a soma dos elementos”. 
• A psicologia da Gestalt é diferente daqueles que falam em soma de elementos. 
• A Gestalt, de início, vai ser dividida em partes. A Gestalt é anterior à existência das 
partes, que são sempre partes da Gestalt formadora. 
13.05.2024 
 
 
 
GESTALT 
• A Gestalt é uma teoria do conhecimento que corresponde a um ponto de vista crítico e 
realista, que afirma o primado do fenômeno, para a qual a única realidade dada são as 
experiências vividas. É a interpretação do indivíduo num campo dinâmico que define o 
organismo, e o sujeito humano é compreendido como um sistema aberto, em contínua 
e ativa interação com o meio-ambiente. 
 
 
GESTALT E A FENOMENOLOGIA 
• Se observa uma aproximação da concepção de “forma” da Gestalt com a “essência” da 
Fenomenologia: a “essência” é entendida como aquela invariante que persiste diante 
de todas as variações e que se submete um modelo, da mesma maneira a “forma” é 
uma totalidade estruturada e definida em si mesma. 
• “A Gestalt é uma psicologia onde tudo tem sentido; não há fenômeno psíquico que não 
seja orientado para uma significação. Neste sentido, é uma psicologia fundada sobre a 
ideia de intencionalidade”. Merleau-Ponty. 
 
 
ESCOLA DE BERLIM 
• Escola Gestaltista; 
• Estudos sobre percepção; 
• É a interação do indivíduo num campo dinâmico que define o organismo e o sujeito 
humano é compreendido como um sistema aberto em interação com o ambiente. 
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• A tarefa da psicologia é lidar com a percepção tal qual esta é experenciada por cada 
um, dado que a experiência perceptiva não é aleatória ou simplesmente cumulativa, 
mas marcada por relações de sentido e valor. 
• A ordem é experimentada numa relação inerente ao percebido, sem que seja necessário 
recorrer a qualquer atividade intelectual para produzi-la. 
• Dedicou-se ao estudo da percepção, da aprendizagem e solução de problemas. 
• Contrários a visão mecanicista do cérebro humano. 
• Campo de pesquisa que se propõe a estudar os fenômenos perceptuais humanos 
trazendo, assim, novas perspectivas para entender a maneira com o qual o homem se 
relaciona com o mundo. 
 
 
ANTECEDENTES DA PSICOLOGIA DA FORMA 
• Aristóteles (384-322 a.C.): O todo é diferente e é anterior à parte. 
• Kant (1724 – 1804): Enfatiza a unidade do ato perceptivo de forma ativa. 
• Wundt (1832 – 1920): A mente não é apenas um receptáculo passivo do mundo externo, 
mas é ativo. 
• John Stuart Mill (1806 – 1873): Emergência de novas características da combinação de 
elementos. 
• Ernest Mach (1838 – 1916): Afirma que as sensações são a base de todo ciência. 
• Christian Von Ehrenfels (1859 – 1932): A expectativa é descrita a partir das relações. 
• Edgar Rubin (1886 – 1951): Diferenciação entre figura e fundo. 
 
 
FORMA 
• Como uma entidade organizada ou como um todo em que suas partes são 
indistinguíveis, cujas partes possuem certas características decorrentes de sua inclusão 
no todo e o todo tem certas características que não pertencem a nenhuma das partes. 
• Na psicologia, o conceito de forma refere-se às estruturas da consciência e dos seus 
fenômenos: atos psíquicos e conteúdos vividos e pensados. 
 
 
PRINCÍPIO DA PSICOLOGIA DA FORMA 
• Partindo do princípio da integralidade do homem como um todo que se relaciona com 
o universo no qual se encontra, igualmente imerso. 
• Podemos afirmar que o modo como as pessoas veem fisicamente a realidade externa, 
geográfica, tem muito a ver com o modo como elas se relacionam com o seu meio 
comportamental e psicológico. 
• Princípios da percepção e organização. 
• As qualidades do todo determinam as características das partes. Uma parte será 
determinada pelo seu lugar, papel, função dentro do todo. 
• Portanto, está errado afirmar que os gestaltistas defendem uma posição equivalente ao 
somatório de elementos. Dito de outra forma, a “soma” de um conjunto de elementos 
não forma um “todo”, daí a afirmativa correta ser a de que o “todo é diferente da soma 
de suas partes”. 
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FUNDADORES DA PSICOLOGIA DA FORMA 
• Max Wertheimer (1880 – 1943): Tcheco, trabalhando em Berlim, onde em 1912 publica 
“Estudos Experimentais sobre a Percepção Visual do Movimento”. 
• “A propriedade das partes depende da relação entre as partes e o todo, as qualidades 
das partes dependem do lugar, papel e função que tem no todo. Todos afirmaram que, 
na maior parte das configurações, o todo não é igual à soma de suas partes”. 
• Kurt Koffka (1886 – 1941): Alemão, e em 1936 publica “Princípios da Psicologia da 
Gestalt”. 
• Compreende o meio e o organismo. 
• Wolfgang Kohler (1887 – 1967): Estoniano, se estabeleceu em Berlim e depois migrou 
para os EUA. 
• O objeto experenciado é parte da experiência consciente. 
 
 
PRINCÍPIOS DE ORGANIZAÇÃO DA PERCEPÇÃO 
• Lei da proximidade 
• Lei da similaridade 
• Lei da direção 
• Lei da disposição objetiva 
• Lei do destino comum 
• Lei da pregnância 
 
 
PRINCÍPIO DA PROXIMIDADE 
• Elementos próximos no tempo e no espaço tendem a ser percebidos juntos, a se 
agrupar, constituindo uma unidade. 
... ... ... ... ... 
 
• Um cliente que relata sentir-se sobrecarregado por diversas responsabilidades pode 
estar agrupando todas as suas preocupações em um único bloco, dificultando a 
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identificação e o manejo de cada uma delas em decorrência à proximidade promovida 
na sua experiência. 
 
 
PRINCÍPIO DA SIMILARIDADE 
• Dita que os objetos similares se agrupam entre si. Os elementos semelhantes tendem a 
ser vistos como pertencentes a mesma estrutura. 
 
• Um clienteque relata sentir-se ansioso em situações sociais pode estar focando nas 
diferenças entre si e os outros, agrupando todas as pessoas como ameaças potenciais, 
dificultando a construção de relações autênticas. 
 
 
PRINCÍPIO DA DIREÇÃO 
• Direção os continuidade é a tendência a visualizar as figuras de maneira com que a 
direção continue de modo fluído, é a impressão de que as partes sucessivas se seguem 
às outras. 
. . 
. . 
. . 
. . 
. . 
• Um cliente que relata sentir-se pressionado por diversas responsabilidades pode estar 
percebendo suas tarefas como uma linha interminável de obrigações, sem um caminho 
claro para o futuro. 
• Um cliente pode estar vivendo um momento de ver todas as suas experiências de forma 
negativa, acreditando que tudo caminha para essa direção. 
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20.05.2024 
 
 
PRINCÍPIO DA DISPOSIÇÃO OBJETIVA 
• Quando os estímulos originais da percepção encontram-se ausentes, mas a sua 
organização nos permite continuar a vê-los. 
 
 
 
• Um cliente que relata sentir-se sobrecarregado por diversas responsabilidades pode 
estar percebendo suas tarefas como figuras complexas e ameaçadoras, dificultando a 
ação e a organização, pois mesmo em sua ausência o cliente continua a ver a ameaça e 
a complexidade das tarefas. 
 
PRINCÍPIO DO DESTINO COMUM 
 
• Os elementos deslocados, de um grupo maior que são semelhantes, tendem eles 
próprios a serem agrupados. 
 
 
 
 
• Um cliente que relata sentir-se ansioso em situações sociais pode estar percebendo os 
aspectos negativos da interação, construindo uma figura mental de perigo e ameaça que 
o impede de aproveitar o momento e se conectar com as pessoas ao seu redor. E 
começa a compreender a sua ansiedade frente essa situação social e passa organizar e 
a fechar a sua percepção sobre esta situação. 
 
 
PRINCÍPIO DA PREGNÂNCIA 
 
• Refere-se ao princípio do “fechamento” ou do equilíbrio, designando que a organização 
psicológica seria de forma “tão boa” quanto as condições permitissem. 
• As figuras são vistas de um modo tão “bom” quanto forem possíveis as condições de 
estímulo. A figura significante, quando emerge, é vista como totalidade e não 
fragmentariamente. 
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• Todas as experiências tendem a completar-se e a tornar-se “tão boas” quanto possível. 
Quando uma “nova” figura salta à vista, diz-se que se deu um “fechamento”. 
 
PRINCÍPIO DA PREGNÂNCIA 
 
• As figuras são vistas de um modo tão bom quanto possível, sobre as condições de 
estímulo. A boa figura é uma figura estável. Tendemos a fechar a figura, mesmo que 
incompleta, e assim encontrar o equilíbrio. 
 
 
 
CONCEITOS 
 
• Realidade; 
• Todo e parte; 
• Figura e fundo; 
• Campo perceptual; 
• Aqui – agora; 
• Insight; 
• Comportamento molar e molecular; 
• Meio geográfico e meio comportamental. 
 
REALIDADE 
 
• Experiência imediata, subjetiva e dinâmica, moldada pela percepção individual e pela 
interação constante com o ambiente. 
• Realidade do fenômeno. 
 
TODO E PARTE 
 
• Nossa percepção capta um objeto como um todo e a seguir percebemos suas partes. 
• O todo é anterior às suas partes e embora feito de partes, o todo como ente atualiza sua 
essência no momento em que ele está de fato inteiro e completo. 
• Na verdade, o todo perde muito de seu significado quando é separado de suas partes. 
• É através do todo, enquanto um fato fenomenológico global atravessado por essa 
globalidade, que os fenômenos podem ser compreendidos. 
• O todo é mais, é diferente da soma das partes. 
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TODO E PARTE 
 
• No que se refere à percepção, qualquer elemento introduzido nos leva à uma nova 
estrutura. A experiência só chega a nós de modo completo, quando ela é experimentada 
como um todo, ainda que este todo seja apenas um esboço da realidade do ser como 
tal. 
• Todo humano chega devagar. 
• Todas as partes do campo desempenham algum papel na estruturação perceptual. 
Assim, o problema não é tanto como o dado e solucionado, mas como é estruturado. 
 
TODO E PARTE 
 
• Quando o cliente chega em terapia com uma determinada queixa ele traz consigo uma 
parte de si. Mas, essa parte só tem sentido quando considerada a partir de um todo, o 
todo que é o cliente. 
• E todas as partes estão em interação. 
• Como a pessoa ficou fóbica? Como foi e está estruturada a sua fobia? 
 
 
FIGURA E FUNDO 
 
• Toda Gestalt tem uma relação de uma figura que se destaca sobre um fundo mais geral. 
• Estamos falando de forma ou formação de realidade ou daquilo que se chama 
“formação duo”: uma figura “sobre” ou “dentro” de “outra”. 
• A figura não é parte isolada do fundo. Ela EXISTE no fundo. 
 
 
 
FIGURA E FUNDO 
 
• O que o cliente diz jamais pode ser entendido em separado, pois a figura tem um fundo 
que lhe permite revelar-se e do qual ela procede. 
• Dessa forma, a figura está no todo e o que o cliente traz como figura é parte de seu todo, 
também do fundo. 
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FIGURA E FUNDO 
 
• O cliente como figura e/ou fundo? 
• O terapeuta como figura e/ou fundo? 
 
FIGURA E FUNDO 
 
• 1º O cliente é um todo 
• 2º Deve-se prestar atenção a este todo, mesmo quando ele só fala de uma parte sua 
• 3º As duas partes, ele todo e ele parte, continuam presente “por baixo” ou “por detrás” 
• 4º Ele como um todo se identifica também com a parte que está sendo localizada, ou 
seja, sua parte pequena coincide com a sua parte grande 
• 5º Sua parte grande coincide com a sua parte menor 
27.05.2024 
AQUI - AGORA 
• Momento presente e imediato. 
• Estar no aqui e agora significa que este aqui e agora falam da minha relação com a 
realidade como um todo, ou seja, o que eu vejo, percebo, sinto e experencio agora 
podem ser compreendidos pelo agora, sem a necessidade de recorrer a experiências 
passadas de percepção. 
• É uma experiência concreta e viva. O vivido. 
 
 
AQUI - AGORA 
• E o passado? 
• Gestalt enfatiza que a experiência passada deve ter modificado a condições presentes 
do organismo, antes que possa exercer qualquer efeito. 
• Enquanto que um estudo do passado seria prejudicado pelas distorções causadas por 
eventos anteriores ou ulteriores, e assim como pelas complexidades introduzidas pela 
participação do efeito histórico no campo presente. 
 
 
AQUI - AGORA 
• Ajudar Facilitar o cliente a experenciar, viver o seu presente a fim de que possa se 
comprometer com a realidade como um todo, fazendo as transformações necessárias e 
reestruturando seu campo perceptivo. 
• É preciso presentificar a experiência passada ou a ansiedade futura, no aqui e agora. A 
Gestalt só pode ser fechada no presente. À medida que o cliente trabalha o passado ou 
o futuro no presente está trabalhando o todo na sua própria experiência perceptiva. 
Substituir a 
palavra AJUDAR 
por FACILITAR 
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CAMPO PERCEPTUAL 
• A noção de campo tem a ver com o que emerge no aqui-agora. O que acontece no exato 
momento que está se vivenciando. 
• Se refere ao espaço psicológico que o indivíduo experencia em um determinado 
momento. Ele não se limita ao campo visual, mas inclui todos os estímulos que estão 
presentes no ambiente, tanto físicos quanto psicológicos. O campo perceptual é 
dinâmico e está em constante mudança, à medida que novos estímulos surgem e outros 
desaparecem. 
CAMPO PERCEPTUAL 
• A ação terapêutica. Campo total = campo do cliente + campo do terapeuta + cliente + 
terapeuta. 
 
 
INSIGHT 
• O conceito de insight se refere a uma compreensão súbita (um flash) e profunda de uma 
situação ou problema. É um momento de “despertar” em que a solução se torna clara 
e evidente (óbvia), muitas vezes após um período de reflexão ou impasse. O que leva a 
uma mudança significativa na percepção que se tem da realidade e das experiências 
vividas. 
COMPORTAMENTO MOLAR 
• O comportamento molar é o que ocorre no meio ambiente, no contexto externo, ele 
ocorre sob influência de um contexto externo à pessoa. 
• Sendo assim o comportamento molar se refere aocomportamento como um todo, em 
sua totalidade, e não como a soma de partes menores. É a maneira como o indivíduo se 
comporta de forma consciente em relação ao seu ambiente como um todo, levando em 
consideração seus objetivos, necessidades e motivações. 
• Ex.: comer, dirigir, conversar 
COMPORTAMENTO MOLECULAR 
• O comportamento molecular se refere às unidades básicas do comportamento, como 
reflexos, hábitos e reações automáticas. São ações que não são necessariamente 
direcionadas a um objetivo e que podem ser repetitivas e inconscientes. 
• Ex.: piscar os olhos, salivar, respirar, as emoções, fantasias. São processos internos, 
físicos ou não, consciente ou não. 
 
COMPORTAMENTO MOLAR E MOLECULAR 
• Em termos práticos, o que é diretamente observável em nossos clientes é o 
comportamento molar, não só enquanto é consciente para ele, como para nós. A todo 
comportamento molar, no entanto, subjaz um comportamento molecular. Dependendo 
da intensidade ou complexidade do comportamento molar, o molecular se intensifica e 
se expressa até fisicamente. 
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• Alguém faz uma exposição com aparente controle sobre a sua comunicação 
(comportamento molar) e o seu corpo apresenta uma intensa sudoração 
(comportamento molecular). 
 
COMPORTAMENTO MOLAR E MOLECULAR 
• O comportamento molar (o conteúdo da fala – aquilo que é externo) pode ser 
observado pelo terapeuta, e da mesma forma é preciso ficar atento ao comportamento 
molecular subjacente (o corpo, a respiração, suas sensações e ecos internos). 
• Compreendendo que: ao passo que temos “facilidade” para acessar o comportamento 
molar, precisamos facilitar o processo de uma tomada de consciência do cliente ao 
comportamento molecular. 
 
MEIO GEOGRÁFICO E COMPORTAMENTAL 
• O meio, sem o organismo, é geográfico. Um ambiente físico, objetivo e mensurável. 
• O meio comportamental se refere ao ambiente psicológico do indivíduo, que é 
composto, de forma dinâmica, subjetiva e interativa, por todos os elementos que 
influenciam seu comportamento. Isso inclui não apenas o ambiente físico, mas também 
os fatores sociais, culturais e psicológicos. 
• As condições do meio geográfico mais as condições do organismo geram o meio 
comportamental no qual ocorre o comportamento. 
• Assim, podemos dizer que o comportamento ocorre no meio geográfico, ou seja, o meio 
comportamental depende do geográfico. 
 
MEIO GEOGRÁFICO E COMPORTAMENTAL 
• Identificar como o cliente (organismo) se relaciona com seu meio geográfico (real) para 
se compreender o meio comportamental. 
• Qual o significado que o cliente atribui a sua realidade, percepção do fato em si, e assim 
compreender o fenômeno. 
• Compreender, uma pessoa que vive em um ambiente estressante pode desenvolver 
ansiedade. Logo, compreender a interação entre o indivíduo e o meio como forma de 
possibilitar mudanças ao comportamento. 
 
 
MEIO GEOGRÁFICO E COMPORTAMENTAL 
• Atribuir ao meio geográfico seu real sentido, a fim de lidar com o que é e não o que 
pensa que é, através de uma percepção distorcida e idealizada da sua realidade. 
• Meio comportamental é como eu percebo a realidade. O que importa não é a realidade 
em si, mas os significados que atribuo a essa realidade. 
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UNIDADE 6 : GESTALT–TERAPIA 
 
Prof. Rodrigo Passos 
rpassos2023@gmail.com 
 
REFERÊNCIA 
 
• Jorge Ponciano: “Gestalt-Terapia: Refazendo um caminho” 
• Gladys D’Acri e Patrícia Lima: “Dicionário de Gestalt-Terapia” 
 
FRIEDRICH FRITZ PERLS (1893 – 1970) 
 
• Perls representa um movimento importante dentro de uma prática psicoterapêutica, 
mais do que dentro de uma teoria da personalidade. 
• Perls buscava direcionar a psicologia a uma visão do ser humano e da psicologia de 
forma holística e produtiva em um movimento de desintelectualização. 
• Compreende que o indivíduo e o meio são partes de um único campo em constante 
interação no presente. 
• O que importa é o como e não o porquê. 
 
DIFERENÇAS PSICOLOGIA DA GESTALT E GESTALT-TERAPIA 
• Busca estudar, compreender e explorar como o indivíduo percebe, organiza e interpreta 
o mundo a seu redor. 
• Tem objetivo de compreender os princípios da percepção humana, investigando como 
organizamos os elementos em um todo coerente. 
• Principais expoentes: Wertheimer, Kohler e Koffka. 
• Conceitos: Leis e Princípios; Todo e Parte; Figura e Fundo; Aqui e Agora; Conceitos 
Descritivos (molar/molecular, geográfico/comportamental). 
 
 
DIFERENÇAS PSICOLOGIA DA GESTALT E GESTALT-TERAPIA 
• Uma abordagem psicoterapêutica que visa auxiliar o indivíduo a lidar com questões 
emocionais e comportamentais no presente. 
• Busca promover o crescimento pessoal, a autorresponsabilidade e autoaceitação, 
através da percepção consciente das experiências do aqui-agora. 
• Expoentes: Perls, Laura Perls 
• Conceitos: Ajustamento criativo, Fronteiras de contato, Autossuporte e heterossuporte, 
Awareness, Mecanismos neuróticos, Autorregulação. 
 
 
DIFERENÇAS PSICOLOGIA DA GESTALT E GESTALT-TERAPIA 
• Foco: A Psicologia da Gestalt se concentra na compreensão da percepção, enquanto a 
Gestalt-Terapia se concentra na aplicação desses princípios para o bem-estar individual. 
• Objetivo: A Psicologia da Gestalt busca explicar como percebemos o mundo, enquanto 
a Gestalt-Terapia visa promover o crescimento pessoa e a resolução de problemas. 
mailto:rpassos2023@gmail.com
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• Métodos: A Psicologia da Gestalt utiliza métodos de pesquisa experimentais, enquanto 
a Gestalt-Terapia utiliza técnicas terapêuticas vivenciais. 
• Ambas dão ênfase na percepção holística, na importância do presente e na 
responsabilidade individual. 
 
INFLUÊNCIAS: TEORIA DE CAMPO DE KURT LEWIN 
• A Gestalt-Terapia afirma que a pessoa deve ser vista como um todo, ou seja, seu 
comportamento só se torna compreensível a partir de sua visão dentro de um 
determinado campo com o qual ela se encontra em relação. 
• Um cliente é um campo perceptivo. Sua roupa, idade, sapatos, perfume são suas fontes 
de forças ou pontos diversos dentro de uma rede que são compreendidos quando vistos 
na sua relação total com o meio que o cerca, assim o cliente só se faz compreensível e 
percebido no contexto total em que se encontra. 
 
 
INFLUÊNCIAS: TEORIA DE CAMPO DE KURT LEWIN 
• Espaço vital é onde o comportamento ocorre, é o somatório entre o meio geográfico 
e o meio comportamental. A pessoa, portanto, ao mesmo tempo em que se 
individualiza, enquanto separada do resto do mundo, se “comuniza” incluída num 
universo mais amplo. 
• Espaço vital é a sua própria expressão e revela a relação estabelecida entre sua realidade 
espacial e existencial. 
• Cidade 
 
03.06.2024 
 
 
REFERÊNCIA 
 
• Jorge Ponciano: “Gestalt-Terapia: Refazendo um caminho” 
• Gladys D’Acri e Patrícia Lima: “Dicionário de Gestalt-Terapia” 
 
REFERÊNCIA 
 
• Fadiman e Fagner. “Teorias da Personalidade” – Cap. 8 (Rogers e a Perspectiva 
Centrada no Cliente) 
• Elias Boainain. “Tornar-se Transpessoal: Transcedência e Espiritualidadena Obra de 
Carl Rogers” – Cap. 3 
• John Wood. “Abordagem Centrada na Pessoa” – Parte 1 – Cap. 5 e 6 
 
 
 
 
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INFLUÊNCIAS: TEORIA ORGANÍSMICA DE KURT GOLDSTEIN 
• “O organismo é uma só unidade; o que ocorre em uma parte, afeta o todo”; 
• A pessoa é uma, integrada e consistente com o seu todo; 
• O organismo é um sistema organizado, com o todo diferenciado em suas partes; 
• O homem possui um impulso dominante de autorregulação pela qual é 
permanentemente motivado; 
• O homem tem dentro de si as potencialidades que regulam seu próprio crescimento. 
• Influência da Psicologia da Gestalt. 
 
CONCEPÇÃO DE HOMEM 
• Visão holística de homem; 
• Unidade indivisível entrte corpo e mente; 
• Um ser no mundo, e em/de relação; 
• Potencialidade a um ativo e constante ajustamento criativo. 
 
CONCEPÇÃO DE HOMEM 
• O homem realizado para a Gestalt-terapia é o homem aberto, em constante processo 
de atualização, transformaçãoe realização criativa, capaz de unir-se e de separar-se 
ritmicamente, de tocar e de ser tocado pelo mundo. 
• É o homem singular, que cresce de modo contínuo, responsável pela própria existência 
e consciente de seu lugar e de sua participação no mundo que o cerca. 
 
MÉTODO FENOMENOLÓGICO 
• Terapia vivencial e experencial no momento presente; 
• Que e Como são mais importantes do que o Porquê; 
• Possibilita transformação; 
• Aplicabilidade de experimentos para compreender ou entrar em contato com processos 
desorganizados e de difícil acesso (cadeira vazia, sonhos, viagem à fantasia, ...). 
 
CONCEITOS CHAVES 
• Todo e parte (Psicologia da Gestalt) 
• Figura e Fundo (Psicologia da Gestalt) 
• Aqui e agora (Psicologia da Gestalt) 
• Ajustamento criativo 
• Fronteiras de contato 
• Autossuporte e heterossuporte 
• Awareness 
• Mecanismos neuróticos 
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• Autorregulação 
 
TODO E PARTE 
 
• Nossa percepção capta um objeto como um todo e a seguir percebemos suas partes. 
• O todo é anterior às suas partes e embora feito de partes, o todo como ente atualiza 
sua essência no momento em que ele está de fato inteiro e completo. 
• O todo perde muito de seu significado quando, para ser analisado, é separado de suas 
partes. 
• É através do todo, enquanto um fato fenomenológico global atravessado por 
essa globalidade, que os fenômenos podem ser compreendidos. 
• O todo é mais, é diferente da soma das partes. O todo é a relação entre as partes. 
 
TODO E PARTE 
• Cliente chega com uma queixa, trazendo uma parte do seu todo, mas essa parte trazida 
por ele só possui sentido quando considerada como e a partir de um todo, o todo que é 
o cliente que se desvela em partes e aos pouco na relação com o (um fundo) 
psicoterapeuta. 
• A Gestalt-Terapia sabe que é a totalidade que encerra o significado, como sabe também 
que a intencionalidade está na totalidade. O discurso psicoterapêutico não desconhece 
a parte, pois o organismo como, um todo “escolhe” uma de suas partes para revelar-se 
todo. O olhar clínico trabalha em duas direções, na parte e no todo, à espera de que a 
relação revele a totalidade, onde o discurso psicoterapêutico se completa e se plenifica. 
 
FIGURA E FUNDO 
 
• Toda Gestalt tem uma relação de uma figura que se destaca sobre um fundo que 
contem a figura. 
• Estamos falando de forma ou formação de realidade ou daquilo que se chama 
 “formação duo”: uma figura “sobre” ou “dentro” de “outra”. 
• A figura não é parte isolada do fundo. Ela EXISTE no fundo. 
 
EXEMPLO CLÍNICO 
• O que o cliente diz jamais pode ser entendido como separação, pois a figura tem um 
fundo que lhe permite revelar-se e do qual ele procede. Dessa forma, a figura está no 
todo. E o que o cliente traz como figura é a parte do seut todo, também como fundo. 
• Cl é Fg e o T é Fd na SsT (cliente é figura e o terapeuta é fundo no setting terapêutico) 
 
AQUI - AGORA 
• Momento presente. 
• Estar no aqui e agora significa que este aqui e agora contem e explica minha relação 
com a realidade como um todo, ou seja, o que eu vejo e o que eu percebo o percebo 
no espaço do aqui, e o tempo no tempo do agora. E assim eles podem ser explicados, 
sem a necessidade de recorrer a experiências passadas de percepção. 
 
 
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EXEMPLO CLÍNICO 
• Ajudar Facilitar o cliente a experenciar, viver o seu presente a fim de que possa se 
comprometer com a realidade como um todo, fazendo as transformações necessárias 
e reestruturando seu campo perceptivo. É necessário presentificar a experiência 
passada, no aqui e agora. A Gestalt só pode ser fechada no presente. A medida que o 
cliente trabalhar o passado no presente o está trabalhando no todo e não em partes. 
 
AWARENESS 
• Traduzido par ao português como “Consciência Plena”, “Percepção Aguçada” ou 
“Atenção Plena”. 
• Se configura como um conceito central e fundamental para o processo terapêutico. 
• Representa a capacidade (consciente) do indivíduo de se dar conta, no aqui e agora, 
de tudo o que está acontecendo consigo mesmo e no seu entorno, tanto internamente 
(pensamentos, emoções, sensações físicas, quanto externamente (relações 
interpessoais, ambiente físico0 de forma direta e sem julgamentos. 
 
AWARENESS 
• Awareness como “conhecimento imediato e implícito do campo”, algo que remete a 
ideia de “consciência”, como saber da experiência ocorrida de modo pré-reflexivo. 
• O processo de awareness não pode produzir um tipo de saber explícito, reflexivo, visto 
que a consciência reflexiva pressupõe interrupção e interpretação do fluxo da 
experiência. 
• “Reflexão” é flexão para trás, voltar-se para o que já passou, para aquilo que já 
desapareceu como dado no horizonte temporal do campo. Implica a cisão dessa 
totalidade organismo/ambiente. 
 
AWARENESS 
• Concebemos awareness como o fluxo da experiência aqui-agora que, a partir do sentir 
e do que se encontra presente no campo, orienta a formação de Gestalten (ato de 
processo de organização da percepção em gestalts significativas). 
• É a capacidade de perceber o que se passa dentro e fora de si no momento presente, 
tanto a nível corporal como a nível mental e emocional, de forma fluída e contínua. 
• É uma tomada de consciência de si e da realidade percebida e assim estar em contato 
com a própria existência e a experiência. 
 
AWARENESS 
• Nível Interno: É uma autopercepção, uma tomada de consciência referenre aos 
processos internos. 
• Nível Externo: É uma percepção ao meio no aqui agora, uma tomada de consciência 
referente a processos relacionais com o mundo e com o outro. 
• Nível de Mediação: É uma percepção fantasiosa e projetiva no contato com a 
realidade. Ou seja, o Eu deixa de ver o Outro como ele é, e percebe a realidade de 
outra forma, de acordo com o que se imagina e não de acordo com o que realmente 
é. 
 
18 
AWARENESS 
• Aumento da autoconsciência através da tomada de consciência do indivíduo sobr suas 
motivações, necessidades, desejos, valores e medos de forma mais profunda. 
• Desenvolvimento emocional, ao facilitar o reconhecimento e a regulação das emoções, 
possibilitando que o indivíduo lide com situações desafiadoras de forma mais assertiva 
e resiliente. 
• Aprimoramento das relações, ao facilitar o aprimoramento da comunicação 
interpessoal através de uma conexão mais autêntica, empática e profunda. 
• Maior plenitude, com o desenvolvimento de um estado de maior plenitude e bem-
estar ao viver o presente. 
 
CONTATO 
• A palavra “cotato” tem sido utilizada para definir o intercâmbio dinâmico, consciente 
e seletivo entre o indivíduo e o ambiente que o circunda dentro de uma visão de 
totalidade, visto que organismo e meio são um todo indivisível. 
• Uma interação consciente e autêntica entre o indivíduo e o seu ambiente, tanto 
interno quanto externo. 
 
CONTATO 
Fases: 
• Pré-contato: A figura não se encontra definida e o self afastado de si. 
• Contato ou Contatando: O self se aproxima, avalia, acolha ou rejeita as possibilidades 
ofertadas pelo meio. 
• Contato Final: O fundo quase não existe mais e a figura toma todo o interesse do self. 
• Pós-contato: A consequência do contato, a assimilação da novidade, sua mudança, é o 
momento em que a Gestalt se completa. 
 
FRONTEIRA DE CONTATO 
• Contato é o processo de reconhecer a si mesmo e ao outro em um duplo movimento 
dentro do Aqui-Agora na totalidade. 
• Fronteira de contato é a percepçao consciente do eu e do “não-eu”. 
• De acordo co Perls, nem todo contato (conectar) é “saudável”, e nem toda fuga 
(afastamento) é manifestação de uma “doença”. 
• O contato saudável represente um intercâmbio entre o que se encontra fora e dentro 
do Ser. O entre entre o indivíduo e meio, ou seja, um intercâmbio saudável 
conscientemente presente tanto por parte do indivíduo quanto do meio. 
 
FRONTEIRA DE CONTATO 
• Uma das funções da fronteira é lidar com as diferenças, com a novidade. Ela age efetiva 
e ativamenteem nossos movimentos de aproximação ou afastamento, de aceitação 
ou rejeição, de seleção e relação com o mundo, visando ao bom funcionamento da 
pessoa – seja por meio da preservação ou da mudança – e promovendo seu 
crescimento. 
• É na fronteira que pode ocorrer mudança, transformação. 
19 
10.06.2024 
AUTORREGULAÇÃO ORGANÍSMICA 
 
• É o princípio natural que rege o funcionamnto do organismo no qual ocorre contínuos 
processos de interrelação entre as suas partes e que se encontra em permanente 
relação com o meio. 
• Os organismos vivem em estado permanente de tensão entre ordem e desordem, 
entre equilíbrio e desequilíbrio. Segundo Goldstein, até a busca do equilíbrio seria o 
que nos move para encontrar maior desenvolvimento e autorregulação. 
• Uma forma de reconhecermos o que somos e confiar que, soltando o controle, 
chegaremos a ser quem somos , em relação. 
 
AUTORREGULAÇÃO ORGANÍSMICA 
 
• O indivíduos possuem dentro de si mesmos amplos recursos para a autocompreensão 
e para modificação de seus autoconceitos, de suas atitudes e de seu comportamento 
autônomo. Esses recursos podem ser ativados se houver um clima, passível de 
definição e de atitudes psicológicas facilitadoras. 
• De acordo com a teoria organísmica, é a autorregulação que permite que o organismo 
se organize para buscar modos eficientes de se satisfazer em meio à suas 
necessidades. 
 
AUTORREGULAÇÃO ORGANÍSMICA 
 
• Na Gestalt-Terapia, atos diversos são igualmente pensados como atos 
autorregulativos que visam resgatar um estado harmônico do organismo. 
• Ex.: Como comprar um saco de pipoca no caminho para casa quando se sente que a 
fome é tanta que não seria razoável esperar chegar lá para fazer uma refeição 
adequada, um telefonema dado a um amigo no meio da tarde só para dizer que sente 
saudades ou quando a pessoa se sente sozinha e busca modos de se reaproximar dos 
outros. 
 
AJUSTAMENTO CRIATIVO 
 
• O conceito de “ajustamento criativo” foi usado por Perl para descrever a natureza do 
contato que o indivíduo mantém na fronteira do campo organismo/ambiente, visando 
à sua autorregulação sob condições diversas. 
• O qualificativo de “criativo” refere-se ao ajustamento resultante do sistema de 
contatos intencionais que o indivíduo mantém com seu ambiente, diferenciando-o do 
sistema de ajustamentos conservativos desenvolvidos dentro do organismo, o qual 
constitui a maioria ds funções reguladoras da homeostase fisiológica. 
 
 
 
 
20 
 
AJUSTAMENTO CRIATIVO 
 
• Processo pelo qual a pessoa mantém sua sobrevivência e seu crescimento, operando 
seu meio sem cessar ativa e responsavelmente, provendo seu próprio 
desenvolvimento e suas necessidades físicas e psicossociais. 
• Diante de condições alteráveis, o mero ajustamento do organismo ao meio é 
insuficiente, requerendo respostas criativas, justamente nesse encontro específico e 
singular no campo por meio da identificação da novidade e assimilação ou rejeição do 
novo na fronteira de contato. 
• É criativo na medida em que “não se trata de adaptação a algo que já existe e sim 
transformar o ambiente e, enquanto este se transforma, o indivíduo também se 
transforma e é transformado”. 
 
AUTOSSUPORTE E HETEROSSUPORTE 
 
• Autossuporte: potencial e independência pessoal frente ao próprio amadurecimento. 
• Hetorossuporte: apoio que vem do meio/outro. 
• O ser humano possui a capacidade de buscar os recursos e de se conduzir para a 
autorrealização, porém pode não saber que tem e não saber desenvolver suas próprias 
potencialidades. 
• Isso acontece proque o significado que ele dá para suas experiências e que vão se 
concretizando dentro de si fazem com que ele se distancie de si mesmo e se aproxime 
do que lhe vêm do outro e do meio. 
 
AUTOSSUPORTE E HETEROSSUPORTE 
 
• Objetivo da terapia: Possibilitar o self-suporte do cliente, facilitar a ativação e o 
fortalecimento de tendências positivas do indivíduo, facilitando os meios com os quais 
possa resolver problemas atuais e futuros. 
• Segundo Perls “o objetivo da terapia é fazer com que o paciente não dependa dos 
outros e descubra desde o primeiro momento que ele pode fazer muito mais do que 
ele acha que pode”, ou seja, acreditar nele mesmo, no que ele percebe, gosta, 
concorda, e no que de fato acredita. Enfim, usar seu potencial e arriscar ser amado 
como a pessoa que ele realmente é. 
 
INDICADOR DE FUNCIONAMENTO SAUDÁVEL 
 
• Comportamento integrado e holístico baseado na ideia de autossuporte. 
• Possibilidade de criação e destruição satisfatória de Gestalten. 
• Autenticidade e espontaneidade (não se trata simplesmente de fazer o que queremos, 
e sim de estarmos centrados – em contato pleno conosco de com o meio). 
• Conhecimento de nossas necessidades que estão imersas em nossa existência no aqui 
e agora, para o que se fazem necessários o conhecimento e a aceitação do que somos. 
 
21 
 
INDICADOR DE FUNCIONAMENTO SAUDÁVEL 
 
• Integração: que implica não apenas conhecimento e aceitação de nossos desejos, 
necessidades, comportamentos e habilidades, mas também de nossa realidade. 
• Awareness: capacidade de aprender o mundo fenomênico, como ocorre no 
momento presente, com o escopo total de nossos sentidos. 
• Contato de boa qualidade: engajamento pleno no processo de forma que propicie 
absorção completa e satisfatória daquilo com que estamos em contato. 
 
REFERÊNCIA 
 
• Fadiman e Fagner. “Teorias da Personalidade” – Cap. 8 (Rogers e a Perspectiva 
Centrada no Cliente) 
• Elias Boainain. “Tornar-se Transpessoal: Transcedência e Espiritualidadena Obra de 
Carl Rogers” – Cap. 3 
• John Wood. “Abordagem Centrada na Pessoa” – Parte 1 – Cap. 5 e 6 
 
CARL RANSOM ROGERS (1902 – 1987) 
 
Se eu deixar de interferir nas pessoas, elas se encarregarão de si mesmas, 
 Se eu deixar de comandar as pessoas, elas se comportam por si mesmas, 
 Se eu deixar de pregar às pessoas, elas se aperfeiçoam por si mesmas, 
 Se eu deixar de me impor às pessoas, elas se tornam elas mesmas. 
 
INFLUÊNCIAS 
 
• Experiências pessoais (na infância e com clientes) 
• Adler, Otto Rank e Goldstein (ser humano integrado em busca de realização) 
• Fenomenologia (experiência subjetiva) 
• Jung (inconsciente e a importância da individualidade) 
• Martin Buber (relação Eu-Tu/Eu-Isso) 
• Zen-budismo (presença, aceitação incondicional, autoconhecimento e autoaceitação, 
ser autêntico, confiança na natureza humana) 
 
 
PROPOSTA 
 
• Uma troca de experiêncais vivenciais 
• Valorização dos aspectos subjetivos e intersubjetivos do/no relacionamento Cl-T 
(cliente-terapeuta) 
• A proposta rogeriana é facilitar a pessoa a “tornar-se pessoa”, encontrar a sua 
interioridade e assumir o que é em verdade e, ao mesmo tempo, aceite as outras 
como são. 
• O importante é a dinâmica vivencial que o indivíduo estabelece consigo e com o outro. 
O que predomina no ser humano é a sua subjetividade vivencial. 
 
 
22 
 
VISÃO DO HOMEM 
 
“... Rogers não concebe o homem como fundamentalmente hostil, destrutor, ele não o 
considera tampouco como um ser cuja natureza seja de nada possuir, uma “tábula rasa” 
maleável de onde tudo pode ser extraído: Rogers não concebe entretanto a natureza do homem 
como sendo a de um ser cuja essência seja perfeitamente boa (...). A hipótese de Rogers, é que 
o homem possui sua natureza, e que esta natureza é digna de confiança. (...) Visto deste ângulo, 
o homem não é nem uma máquina nem um ser sujeito a seus influxos inconscientes, mas uma 
pessoa em vias de auto-criação, uma pessoa que cria significação na vida, e que exprime a 
dimensão da liberdade subjetiva”. 
 
DESENVOLVIMENTO DA ACP 
 
• 1ª Fase: Não-Diretiva (Ohio) 
• 2ª Fase: Terapia Centrada no Cliente (Chicago) 
• 3ª Fase: Experiencial (Wisconsin) 
• 4ª Fase: Grupo de Encontro (Califórnia) 
• 5ª Fase: Grandes Grupos ou Workshop 
 
 
TERAPIA NÃO-DIRETIVA (40-50) 
 
• Abordagem não centrada na expertise e na atuaçãointrusiva e direcional do Terapêuta 
(T). Ou seja, na não intervenção no processo de significação do cliente (Cl) através da 
abstenção de juízos de valores diretivos do terapeuta (T). 
• Potencial da mudança residia na capacidade do cliente (Cl) para reogarnizar sua própria 
experiência através de insights (intelectualizados) propiciados pela estrutura permissiva 
da consulta (“passiva”). 
• O caminho para se chegar a esse processo é a confiança que o terapeuta (T) possui em 
e com o cliente (Cl), no potencial inato presente nesse cliente (Cl). 
• Livro: “Psicoterapia e consulta Psicológica”. 
 
 
TERAPIA NÃO-DIRETIVA (40-50) 
 
• Atitudes técnicas sobre o reflexo de sentimentos somado a uma postura neutra e 
permissiva do terapeuta (T) que busca clarificar e aceitar o comportamento do cliente 
(Cl). 
• Enfatiza a própria relação terapêutica como uma experiência de crescimento para o 
cliente (Cl). Afirma ainda que esse tipo de terapia não é uma preparação para a 
mudança, ela é a própria mudança. 
• A questão é a presença e não o problema em si. Assim, buscamos ajudar o indivíduo a 
crescer ao invés de resolver as sua pendências. 
 
 
TERAPIA CENTRADA NO CLIENTE OU REFLEXIVA (50 – 60) 
 
• Uma fase mrcada por uma busca formulacional da terapia de forma mais teórica e 
sistémica. 
• Mudança de nome e de postura terapêutica. Pois, ao centrar-se no cliente (Cl) 
23 
afirmamos um papel mais ativo do terapeuta (T) e tornarmos o cliente (Cl) o foco da 
nossa atenção. 
• A função do terapeuta é a de evitar ameaça ao cliente, além de promover o 
desenvolvimento da congruência do seu conceito de self e do campo fenomenológico. 
• O reflexo de sintimentos ainda é muito usado, mas agora surgem, na postura do 
terapeuta, as condições consideradas “necessárias e suficientes” ao crescimento e à 
mudança: a empatia, a autenticidade e a consideração positiva incondicional. 
 
 
 
TERAPIA CENTRADA NO CLIENTE OU REFLEXIVA (50 – 60) 
 
• Há uma amadurecimento das perpectivas não-diretivas, com atitudes como o abandono 
pelo interesse ao diagnóstico, voltando-se para a capacidade inerente do cliente (Cl). 
Neste momento, Rogers privilegia a ação facilitadora e a presença do terapeuta (T). 
• Presença mais presente da Tendência Atualizante. 
• Livro: “Terapia Centrada no Cliente”. 
 17.06.2024 
TERAPIA EXPERIMENTAL OU ACP (60 -70) 
 
• Se não há conteúdo para refletir, o que refletir? 
• Houve maior foco na relação terapêutica de forma que o cerne da intervenção estivesse 
voltado para a experiência do Cliente (Cl) e também na experiência do Terapeuta (T). 
• Sendo assim, essa fase foi caracterizada como sendo bi-centrada. 
• Livro desta fase: “Tornar-se pessoa”. 
 
 
 
TERAPIA EXPERIMENTAL OU ACP (60 -70) 
 
• O objetivo nesta fase é ajudar o Cliente (Cl) a usar plenamente sua experiência, 
promovendo uma maior congruência do self e desenvolvimento relacional. 
• A ênfase do processo recai aqui na vida inter e intrapessoal do indivíduo, onde se 
percebe mais consideração em termos de totalidade da própria existência. 
• Maior ênfase na relação terapêutica através de um encontro existencial caracterizado 
pelo abandono da técnica, e com a presença da focalização na experiência do Cliente 
(Cl) e na expressão das experienciações do Terapeuta (T). 
 
GRUPO DE ENCONTRO (60) 
 
• Trabalha a potência transformadora produzida e promovida no grupo. 
• Não diretivo e técnico. 
• Presença da teoria relacional proposta por Buber, no estabelecimento de um encontro 
verdadeiro e transformador. 
• Livros: “Liberdade para Aprender”, “Grupo de Encontro”. 
 
 
GRANDES GRUPOS (70 - 80) 
 
• Trabalho com grandes grupos em uma vivência sem uma liderança formal, sem 
organização ou direção de autoridade preestabelecidada, mas baseando-se nas 
possibilidades abertas pelo poder pessoal de cada participante, a capacidade de cada 
24 
pessoa para exercer a autodeterminação. 
• Seria uma fase considerada a transcendência da existência humana. 
• Nessa época, Rogers se dedicou às terapias de grupo e as questões que integram a 
coletividade, além de se aproximar de uma visão Transpessoal. 
• Abandona o Cliente (Cl). 
• Livro: “Sobre o Poder Pessoal”. 
 
CONCEITOS 
 
• Não-diretividade 
• Campo da Experiência 
• Self e Self Ideal 
• Tendência Atualizante 
• Poder Pessoal 
• Congruência e Incongruência 
• Consideração Positiva e Incondicional 
• Compreensão Empática 
 
CAMPO DA EXPERIÊNCIA 
 
• Há um campo de experiência único para cada indivíduo; este campo de experiência ou 
“campo fenomenal” contém tudo o que se passa no organismo em qualquer momento, 
e que está potencialmente disponível à consciência (intencionalidade). 
• Inclui eventos, percepções, sensações e impactos dos quais a pessoa não toma 
consciência, mas poderia tormar se focalizasse a atenção nesses estímulos. É um mundo 
privativo e pessoal que pode ou não corresponder à realidade objetiva. 
• O campo da experiência é nosso mundo real – que é diferente do mundo do outro ou 
da realidade comum. 
 
SELF 
 
• O self ou autoconceito é a visão que uma pessoa tem de si própria, baseada em 
experiências passadas, estimulações presentes e expectativas futuras. 
• Está dentro do campo de experiência. O self não é uma entidade estável, imutável, 
embora em certos momentos seja. 
• O self é uma gestalt organizada e consistente num processo constante de formar-se e 
reformar-se à medida que as situações mudam. 
• É um processo, um sistema capaz de um crescimento e desenvolvimento pessoal. 
 
 
SELF IDEAL 
 
• Conjunto das caracterísitcas que o indivíduo mais gostaria de poder reclamar como 
descritivas de si mesmo. 
• É uma estrutura móvel e variável, que passa por redefinição constante. 
 
 
 
 
 
25 
SELF REAL E SELF IDEAL 
 
• A extensão da diferença entre o Real e o Ideal é o indicador de desconforto ou 
insatisfação. 
• O Self Real é como a pessoa se vê a partir do seu campo da experiência. 
• O Self Ideal é o autoconceito que a pessoa gostaria de ter, aquilo que tem maior valor 
para pessoa. 
• Aceitar-se como se é na realidade, e não como se quer ser, é um sinal de saúde mental. 
Aceitar-se não é resignar-se ou abdicar de si mesmo; é uma forma de estar mais perto 
da realidade, de seu estado atual. 
 
SELF REAL E SELF IDEAL 
 
• Quando do Self Ideal está em incongruência com o Self Real, o indivíduo pode 
experimentar sofrimento psicológico. Essa discrepância pode gerar sentimentos de 
inadequação, frustração, baixa autoestima e culpa. 
• O indivíduo pode se sentir incapaz de alcançar seus objetivos ou de viver de acordo com 
seus valores, o que pode levar a comportamentos disfuncionais e a busca por 
mecanismos de defesa para lidar com essa incongruência. 
• Objetivo da psicoterapia: fazer com que o Self Real e Ideal sejam congruentes, e assim 
experencie um senso de satisfação e bem-estar. 
 
PODER PESSOAL 
 
• Se configura como centro da compreensão (interna e subjetiva) do potencial humano, 
na capacidade do que o indivíduo tem para desenvolver/amadurecer na tomada de suas 
próprias decisões/escolhas e se responsabilizar pelas consequências que delas ecoarem. 
 
TENDÊNCIA ATUALIZANTE 
 
• Ela representa uma força intrínseca/inata presente em todos os organismos vivos que 
os impulsionam o crescimento, desenvolvimento a fim de alcançar seu pleno potencial, 
amadurecimento e ativação das suas capacidades de crescimento pessoal. 
• A existência da tendência, segundo Rogers, é inerente à vida e independe de fatores 
externos ou influências sociais. E sua atuação? 
• Qual o papel da Tendência Atualizante na ACP? 
 
TENDÊNCIA ATUALIZANTE 
 
• Confiança no Potencial do Cliente: Terapeuta (T) acredita no potencial do Cliente (Cl) 
para crescer e se desenvolver, guiado pela tendência atualizante. 
• Facilitação do Crescimento Pessoal: Terapeuta (T) atua como um facilitador do processo 
de crescimento pessoal do Cliente (Cl) ao se conectar com sua tendência atualizante. 
• Remoçãode Obstáculos: Terapeuta (T) auxilia o Cliente (Cl) a identificar e remover os 
obstáculos que podem estar impedindo o seu desenvolvimento. Isso pode incluir 
crenças limitantes, experiências traumáticas, padrões comportamentais disfuncionais 
ou ambientes desfavoráveis. Ao remover esses obstáculos, o Cliente (Cl) cria espaço 
para que sua tendência atualizante possa se manifestar livremente. 
 
 
26 
CONGRUÊNCIA 
 
• Ela se configura como a coesão interna entre o self real e o self ideal do indivíduo, 
traduzindo-se na harmonia entre a percepção que o indivíduo tem de si mesmo e a 
forma como ele se apresenta ao mundo externo. Quando há congruência, o indivíduo 
experimenta um senso de paz interior, autenticidade e satisfação consigo mesmo, 
vivendo de forma alinhada com seus valores, sentimentos e pensamentos. 
• Há um grau de exatidão entre o que é comunicado, experenciado e consciente. Ou seja, 
entre o que estamos expressando, o que está acontecendo, o que estamos percebendo. 
 
 
 
INCONGRUÊNCIA 
 
• Dissonância entre o self real e o self ideal do indivíduo, traduzindo-se em uma 
desarmonia entre a percepção que o indivíduo tem de si mesmo e a forma como ele se 
apresenta ao mundo externo. 
• Essa incongruência, segundo Rogers, é a raiz de diversos problemas psicológicos, como 
ansiedade, depressão, baixa autoestima e dificuldades interpessoais, no momento em 
que há uma discrepância/incapacidade entre o perceber e expressar o que é 
comunicado, experenciado e consciente. 
• Exemplo: pessoa claramente triste que diz que não sente essa tristeza. 
 
CONGRUÊNCIA E INCONGRUÊNCIA 
 
• Experiência: 
Incongruência (In) e Congruência (Con) = Fechado e Aberto à experiência 
 
• Comunicação: 
Incongruência (In) x Congruência (Con) = Inautêntico e Autêntico na 
 comunicação 
• Na terapia? 
 
 
 
CONSIDERAÇÃO POSITIVA E INCONDICIONAL 
 
REFÚGIO 
 
Quando todos parecem conspirar contra você, quando o mundo 
parece desabar ao seu redor, haverá ainda um lugar par ir. 
Lá você pode sentir e chorar e falar da dor e esvaziar o peito 
cheio de mágoa. 
Lá é trégua de guerra, é refúgio tranquilo, é porto seguro. 
Vem e ancora aqui seu coração. 
Clara Feldman de Miranda 
 
 
 
 
27 
 
CONSIDERAÇÃO POSITIVA E INCONDICIONAL 
 
• Na medida em que o Terapeuta (T) se encontra experenciando uma aceitação calorosa 
de cada aspecto da experiência do Cliente (Cl) como sendo uma parte daquele Cliente 
(Cl), ele estará experenciando consideração positiva incondicional. 
• Não há condições para a aeitação. 
• Implica numa forma de apreciar o Cliente (Cl) como uma pessoa individualizada, a quem 
se permite ter os próprios sentimentos, sua próprias experiências. 
 
COMPREENSÃO EMPÁTICA 
 
• Sentir o mundo privado do Cliente (Cl) como se fosse o seu, mas sem perder a qualidade 
“como se”. 
• Sentir a raiva do Cliente (Cl), seu medo ou confusão, como se fossem seus, e ainda assim 
sem sentir a sua própria raiva, medo, ou confusão sendo envolvidas nisto. 
• Quando o mundo do Cliente (Cl) é suficientemente claro para o Terapeuta (T) e este 
move-se nele livremente, então pode tanto comunicar sua compreensão daquilo que é 
claramente conhecido pelo Cliente (Cl), como também pode expressar significados da 
experiência do Cliente (Cl), dos quais o Cliente (Cl) está apenas vagamente consciente. 
 
COMPREENSÃO EMPÁTICA 
 
• O Terapeuta (T) é perfeitamente capaz de compreender os sentimentos do Cliente (Cl). 
• O Terapeuta (T) não tem qualquer dúvida sobre o significado do que o Cliente (Cl) quer 
dizer. 
• Os comentários do Terapeuta (T) adequam-se perfeitamente ao estado de espírito e 
conteúdo do Cliente (Cl). 
• O tom de voz do Terapeuta (T) contém a habilidade completa para compartilhar os 
sentimentos do Cliente (Cl). 
 
CONDIÇÕES NECESSÁRIAS E SUFICIENTES 
 
1. Que duas pessoas estejam em contato psicológico; 
2. Que a primeira, a quem chamaremos cliente, esteja num estado de incongruência, 
estando vulnerável ou ansiosa; 
3. Que a segunda pessoa, a quem chamaremos de terapeuta, esteja congruente ou 
integrada na relação; 
4. Que o terapeuta experiencie consideração positiva incondicional pelo cliente; 
5. Que o terapeuta experiencie uma compreensão empática do esquema de referência 
interno do cliente e se esforce por comunicar essa experiência ao cliente; 
6. Que a comunicação ao cliente da compreensão empática do terapeuta e da 
consideração positiva incondicional seja afetiva, pelo menos num grau mínimo. 
 
 
 
 
 
 
 
28 
 
 
 
 
 
 
 
REFERÊNCIAS 
 
• HOLANDA A.F. Princípios da Gestalt e a Teoria da Forma. 
Introdução, Ideia de Forma, Sobre as relações da Gestalt com a Fenomenologia, 
Fundadores, Princípios, Relação Figura-Fundo, Princípios de Oragnização da Percepção. 
• PONCIANO, Jorge. Gestalt-Terapia: Refazendo um caminho. 
Cap 3: Psicologia da Gestalt, Todo e Parte, Figura e Fundo, Aqui e Agora, Comportamento 
Molar e Molecular, Meio Comportamental e Geográfico. 
• Lilian Frazão e Karina Fukumistu: Coleção Gestalt-Terapia: Fundamentos e Práticas – 
Vol. 2 
Awareness, Fronteira e Contato, Ajustamento Criativo, Autossuporte e Heterossuporte 
• Gladys D’Acri e Patricia Lima: Dicionário da Gestal-Terapia 
• Fadiman e Frager: Teoria da Personalidade – Cap 8 
Histórico Pessoal, Campo de Experiência, Self, Self Ideal, Congrência e Incongruência, 
Tendência e Auto-Atualização 
• Elias Boainain: Tornar-se Transpessoal – Cap 3 (ACP) até a página 92 
• John Wood: Abordagem Centrada na Pessoa 
Condições Necessárias e Suficientes para a mudança terapêutica na personalidade (até 
o tópico da Empatia). 
 
 
 
 
 
 
 
AVALIAÇÃO BIMESTRAL