Relações Internacionais no Período Joanino

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8o
História
2o bimestre – Aula 09
Ensino Fundamental: Anos Finais
Relações Internacionais durante o Período Joanino
ANO
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(EF08HI12) Caracterizar a organização política e social no Brasil desde a chegada da Corte portuguesa, em 1808, até 1822 e seus desdobramentos para a história política brasileira.
Diplomacia durante o período Joanino;
Relações internacionais e defesa de fronteiras do Reino do Brasil.
Compreender as relações internacionais durante o período Joanino; 
Relacionar a política externa do período Joanino com o processo que culminou com a Independência do Brasil.
Conteúdo
Objetivos
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Observe a fonte e os comentários sobre ela com atenção.
Virem e conversem 
Fachada do Ministério das Relações Exteriores
Para iniciar sua análise, parta da seguinte reflexão: qual o papel político do órgão público que ocupa essa edificação?
5 MINUTOS
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O Ministério das Relações Exteriores, também conhecido como Itamaraty, é responsável pela política externa e relações internacionais do Brasil;
Compete a esse órgão assessorar o Presidente da República na formulação da política exterior e na execução das relações diplomáticas;
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Possui uma rede de 117 representações no mundo para promover os interesses do país, prestar assistência aos cidadãos brasileiros e apoiar empresas brasileiras;
É responsável, também, por organizar as visitas oficiais ao Brasil de Chefes de Estado e de Governo, além de preparar e operacionalizar visitas do Presidente, Vice-Presidente e Ministro das Relações Exteriores a outros países.​
Adaptado de: Ministério das Relações Exteriores – MRE. Dados Abertos. 
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Tendo realizado a sua observação, responda:
a) Explique qual é a função do Ministério das Relações Exteriores.
b) A política externa é uma política pública que representa um conjunto de medidas, decisões e programas utilizados pelo governo de um país com o objetivo de orientar suas relações com outros países e organizações internacionais. Acerca disso, pesquise em livros didáticos ou internet e identifique alguma política externa atual do Brasil. Em que ela consiste? Quais seus objetivos? De que maneira ela beneficia ou não nosso país? Argumente.
Para saber mais sobre a história das relações internacionais brasileiras, assista: Resumão de História: 200 anos de política externa brasileira (youtube.com) 
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Correção
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Tendo realizado a sua observação, responda:
a) Explique qual é a função do Ministério das Relações exteriores.
Resposta: O Ministério das Relações Exteriores (ou Itamaraty) é o órgão do Poder Executivo responsável pela política externa e pelas relações internacionais do Brasil, nos planos bilateral, regional e multilateral. O Itamaraty assessora o Presidente da República na formulação da política exterior do Brasil e na execução das relações diplomáticas com Estados e organismos internacionais. 
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b) A política externa é uma política pública que representa um conjunto de medidas, decisões e programas utilizados pelo governo de um país com o objetivo de orientar suas relações com outros países e organizações internacionais. Acerca disso, pesquise em livros didáticos ou internet e identifique alguma política externa atual do Brasil. Em que ela consiste? Quais seus objetivos? De que maneira ela beneficia ou não nosso país? Argumente.
Resposta: Pessoal. Deve refletir o resultado da sua pesquisa.
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Estudante, você acabou de ver que, atualmente, as relações internacionais do nosso país são realizadas por um órgão público próprio: o Ministério das Relações Exteriores. Mas nem sempre foi assim. Durante o tempo em que a família real esteve por aqui, no séc. XIX, D. João ditou as regras e, diretamente, determinou ações que alteraram a relação diplomática de Portugal e Brasil no cenário internacional, o que foi um dos fatores que fortaleceram o movimento de emancipação política do nosso país. Vamos viajar na história e compreender como isso se deu. Para tanto, observe os mapas mentais em sequência.
Foco no conteúdo
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Anexação da Guiana Francesa (1809-1815)
Realizada dentro dos “muros” do Brasil e voltada contra a França napoleônica, em retaliação à invasão das tropas francesas em Portugal.
Política externa no Período Joanino
Anexação da Cisplatina (atual Uruguai), na época dominada pela França por força da invasão ocorrida contra a Espanha. 
1ª Tentativa: 1811
2ª Tentativa: 1816
1821: A região foi anexada.
Resultados: Aumento de impostos, insatisfação popular, revoltas.
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A política externa de Dom João refletiu as complexidades e desafios da época e teve um impacto duradouro nas relações internacionais do Brasil e de Portugal.
Em 1o de maio de 1808, já instalada no Brasil a sede do Reino, que pretendia ser "um império poderoso, cheio de prestígio e que garantisse a segurança de seus súditos," D. João declarou guerra a Napoleão e aos franceses e considerou nulos os tratados assinados anteriormente com aquele país. Com o objetivo de ampliar seu Império na América, eliminar a ameaça francesa e, ao mesmo tempo, vingar-se da invasão napoleônica em Portugal, D. João resolveu ocupar a Guiana Francesa, incorporando-a aos seus domínios.
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De acordo com as explicações do seu professor acerca do mapa mental observado, você e seus colegas formarão grupos para aprofundar seus conhecimentos sobre a política externa durante o período joanino. Para tanto, cada grupo deverá pesquisar em sites da internet e/ou livros didáticos sobre um dos seguintes temas:
a) Política externa joanina: Questão de Caiena.
b) Política externa joanina: Questão do Prata.
A partir dos dados levantados, os grupos produzirão um mapa mental contemplando os resultados da pesquisa. Depois de produzidos, exponha-os para comunidade escolar em local destinado para esse fim.
15 MINUTOS
Indicações para realização da pesquisa:
Questão Caiena: Política externa joanina: Questão de Caiena (rio.rj.gov.br)
Questão do Prata: Política externa joanina: Questão do Prata (rio.rj.gov.br)
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Na prática
Com a chegada da Família Real portuguesa em 1808, no Rio de Janeiro, a velha ordem entre centro e periferia foi profundamente alterada e, ao longo do tempo, invertida (GERHARD, 2016, p. 2)
[…] deve ser realçada a importância substancial do período híbrido luso-brasileiro, a chamada Era Joanina (1808-1821), para a instauração de uma política externa brasileira. Naquele capítulo pouco conhecido da história brasileira, não eram erguidos só os pilares de estruturas estatais. 
A respeito das mudanças ocorridas nas relações internacionais durante o período joanino, Philipp Roman Ludwig Gerhard apresentou um artigo no 3o Seminário de Relações Internacionais, e destacou:
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O Brasil, similarmente, dava seus primeiros passos no palco internacional com o soberano português residindo no Rio de Janeiro. [...] a elevação do Brasil em categoria de reino fez com que a ex-colônia fosse igual em direitos como a ex-metrópole Portugal, mas permanecia parte integral do Império Luso. (GERHARD, 2016, p. 5).
[...] A elevação do Brasil à categoria de reino resultou no processo emancipatório que tinha se iniciado com a chegada da Corte 
portuguesa ao Rio de Janeiro em 1808. A decisão do Príncipe Regente de ficar no Brasil e seguir seu espírito criador erguendo um novo império nos trópicos inebriava seus vassalos brasileiros e arrepiava as jovens repúblicas das Américas, mas acima de tudo era um terremoto para as relações intra-imperiais (GERHARD, 2016, p. 12)
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A política externa Joanina buscou a diversificação do comércio do Brasil, que antes era dependente de Portugal, devido ao pacto colonial;
O príncipe regente iniciou relações comerciais com outras nações, abrindo novos mercados e ajudando a desenvolver a economia do territóriobrasileiro;
Portanto, a política externa desempenhou um papel crucial no processo de emancipação do Brasil, pois o príncipe regente, ao manter e ampliar relações diplomáticas com outras nações estando em solo brasileiro, preparou, mesmo que sem intenção, o terreno para que o Brasil fosse reconhecido como um Estado soberano após a proclamação da independência.
Política externa Joanina e a Independência do Brasil
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Acabamos de estudar como se deram as relações internacionais durante o período joanino. Agora, vocês serão testados em seus conhecimentos por meio de um jogo de passa ou repassa.
Passo a passo:
1o A turma será dividida em dois grupos;
2o Tirar par ou ímpar para ver qual grupo começa respondendo;
3o O professor fará a pergunta. Em sequência, o grupo poderá conversar entre si por até 10 segundos para decidir se responde ou passa. Se passar, o outro grupo também terá 10 segundos para decidir se responde a pergunta ou se repassa. Caso repasse, serão dados mais 10 segundos para tentar responder à questão; 
Mostre-me
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10 MINUTOS
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4o Pontuará o grupo que, em alguma das etapas anteriores, decidir responder e responder corretamente. Caso decidam responder e responderem errado, quem pontua é o grupo opositor;
5o Valores da pontuação:
a) O grupo responde de primeira e corretamente: 2 pontos. Se errar, os dois pontos irão para o grupo adversário.
b) O grupo responde na passada ou repassada: 1 ponto. Se errar, o ponto irá para o grupo adversário.
Continua...
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Aplicando
1. Qual monarca elevou o Brasil à condição de Reino e abriu os portos às nações amigas:
a) D. Maria I; b) D. Pedro II; c) D. João; d) D. Pedro II.
2. O órgão público que cuida atualmente das relações internacionais, é o:
a) Ministério da Cultura; b) Ministério da Fazenda; c) Ministério das Cidades; d) Ministério das Relações Exteriores;
3. Logo que chegou ao Brasil, em retaliação à França, D. João determinou a invasão:
a) do Suriname; b) da Guiana Francesa; c) das províncias do Rio do Prata; d) de nenhum território.
Perguntas:
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4. De acordo com Philipp Roman Ludwig Gerhard, a elevação do Brasil à categoria de reino fez com que a ex-colônia fosse:
a) igual em direitos como a ex-metrópole Portugal; b) igual em direitos como a ex-metrópole Inglaterra; c) igual em direitos como a ex-metrópole Espanha; d) se mantivesse nessa condição;
5. Durante o período em que Portugal invadiu a Guiana Francesa, D. João considerou: 
a) reatar laços diplomáticos com a França; b) nulos os tratados assinados anteriormente com a França; c) fazer seu filho, D. Pedro I, rei da França; d) fazer de sua esposa, Carlota Joaquina, imperatriz daquela região.
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6. Desde o estabelecimento da corte no Rio de Janeiro, o governo português demonstrou interesse em conquistar:
a) a margem esquerda do Rio da Prata; 
b) a margem esquerda do Rio Paranapanema; 
c) a margem esquerda do Uruguai; 
d) a margem esquerda do Rio Tietê.
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Aplicando
7. Por que a política externa do Período Joanino desempenhou um papel fundamental para o processo que culminou com a Independência do Brasil?​
a) porque isso garantia a volta de relações diplomáticas com a França; b) porque isso garantiu o rompimento de relações diplomáticas com a Inglaterra; 
c) porque preparou o terreno para que o Brasil fosse reconhecido como um Estado soberano após a proclamação da independência; 
d) porque isso garantiu o apoio da Igreja Católica ao processo de Independência.
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Aplicando
1 – C: D. João.
2 – D: Ministério das Relações Exteriores.
3 – B: Guiana Francesa.
4 – A: Igual em direitos como a ex-metrópole Portugal.
5 – B: Nulos os tratados assinados anteriormente com a França.
6 – A: A margem esquerda do Rio da Prata.
7 – C: Porque preparou o terreno para que o Brasil fosse reconhecido como um Estado soberano após a proclamação da independência.
Correção: gabarito do passa ou repassa
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Aplicando
Compreendemos como se deram as relações internacionais durante o período Joanino; 
Relacionamos a política externa do período Joanino com o processo que culminou com a Independência do Brasil.
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O que aprendemos hoje?
FAUSTO, B. História do Brasil. São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo, 1996.
GERHARD, P. R. L. Quando se iniciou uma política externa brasileira? (Artigo). In: 3º Seminário de Relações Internacionais: Repensando interesses e desafios para a inserção internacional do Brasil no século XXI. História das Relações Internacionais e História da Política Externa – O Brasil e o Mundo até o Século XIX.UFSC. Florianópolis, 2016. Disponível em: 1478015894_ARQUIVO_PhilippGerhard-QuandoseiniciouumaPoliticaExternaBrasileira.pdf (abri.org.br). Acesso em: 26 de fev. 2024.
HERMANN, J.: O rei da América: notas sobre a aclamação tardia de d. João VI no Brasil. Topoi, Rio de Janeiro, v. 8, n. 15, p. 124-158, jul/dez 2007.
LEMOV, D. Aula Nota 10 2.0: 63 técnicas para melhorar a gestão da sala de aula. Porto Alegre: Penso, 2023. 
LIMA, O.: Dom João VI no Brasil (1808-1821), (v. 1). Rio de Janeiro: Typographia do Jornal do Commercio. De Rodrigues & C., 1908. 
MENDONÇA, R.: História da política exterior do Brasil: do período colonial ao reconhecimento do Império (1500-1825). Brasília: FUNAG, 2013.
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Referências
MEIRELLES, J. G. A família real no Brasil: política e cotidiano (1808-1821). São Bernardo do Campo: Editora UFABC, 2015. Disponível em: http://books.scielo.org/id/j56gd/pdf/meirelles-9788568576960.pdf. Acesso em: 19 fev. 2024.
NEVES, L. M. B. P. das: Guerra aos Franceses – a Política externa de Dom João VI e a Ocupação de Caiena. Navigator, v. 6, n. 11, pp. 70-82, 2010.
SCHWARCZ, L. M. Paisagem e identidade: a construção de um modelo de nacionalidade herdado do período joanino. Acervo – Revista do Arquivo Nacional, v. 22, n. 1, p. 19-52, [????]. Disponível em: http://hdl.handle.net/20.500.11959/brapci/41773. Acesso em: 19 fev. 2024.
SCHWARCZ, L. M.; STARLING, H. M. Brasil: uma biografia. São Paulo: Companhia das Letras, 2015.
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Referências
Lista de imagens e vídeos
Slide 3 – Fachada do Ministério das Relações Exteriores. https://www.tripadvisor.com.br/Attraction_Review-g303322-d2349423-Reviews-Itamaraty_Palace-Brasilia_Federal_District.html. Acesso em 26 fev. 2024.
Slide 11 – Mapa: A questão Caiena. Disponível em: https://www.multirio.rj.gov.br/historia/modulo02/caiena.html. Acesso em: 26 fev. 2024.
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Referências
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