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Inclusão de Pessoas com NEE

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Disciplina: A inclusão social e educacional de pessoas com Necessidades 
Educacionais Especiais 
Autores: Dra. Roberta Paye Bara 
Revisão de Conteúdos: Andrey Gabriel Ota Eshima 
Designer Instrucional: Andrey Gabriel Ota Eshima 
Revisão Ortográfica: Esp. Lucimara Ota Eshima 
Ano: 2023 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Copyright © - É expressamente proibida a reprodução do conteúdo deste material integral ou de suas 
páginas em qualquer meio de comunicação sem autorização escrita da equipe da Assessoria de 
Marketing da Faculdade UNINA. O não cumprimento destas solicitações poderá acarretar em cobrança 
de direitos autorais. 
 
 
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Roberta Paye Bara 
 
 
 
 
A Inclusão Social e Educacional de 
Pessoas com Necessidades 
Educacionais Especiais 
1ª Edição 
 
 
 
 
 
 
 
2023 
Curitiba, PR 
Faculdade UNINA 
 
 
3 
 
Faculdade UNINA 
Rua Cláudio Chatagnier, 112 
Curitiba – Paraná – 82520-590 
Fone: (41) 3123-9000 
 
 
Coordenador Técnico Editorial 
Rafael Vicentini 
 
Conselho Editorial 
Dr. Eduardo Soncini Miranda / Dra. Rosi Terezinha Ferrarini Gevaerd / 
Dra. Yara Rodrigues de La Iglesia 
 
Revisão de Conteúdos 
Andrey Gabriel Ota Eshima 
 
Designer Instrucional 
Andrey Gabriel Ota Eshima 
 
Revisão Ortográfica 
Lucimara Ota Eshima 
 
Desenvolvimento Iconográfico 
Juliana Emy Akiyoshi Eleutério 
 
Desenvolvimento da Capa 
Carolyne Eliz de Lima 
 
 
 
FICHA CATALOGRÁFICA 
 
 
BARA, Roberta Paye. 
A inclusão social e educacional de pessoas com Necessidades Educacionais 
Especiais / Roberta Paye Bara. – Curitiba: Faculdade UNINA, 2023. 
49 p. 
ISBN: 978-65-5944-430-4 
1.Acessibilidade. 2. Necessidades especiais. 3. Inclusão. 
Material didático da disciplina de A inclusão social e educacional de pessoas com 
Necessidades Educacionais Especiais – Faculdade UNINA, 2023. 
Natália Figueiredo Martins – CRB 9/1870 
 
 
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PALAVRA DA INSTITUIÇÃO 
 
Caro(a) aluno(a), 
Seja bem-vindo(a) à Faculdade UNINA! 
 
 Nossa faculdade está localizada em Curitiba, na Rua Cláudio Chatagnier, 
nº 112, no Bairro Bacacheri, criada e credenciada pela Portaria nº 299 de 27 de 
dezembro 2012, oferece cursos de Graduação, Pós-Graduação e Extensão 
Universitária. 
 A Faculdade assume o compromisso com seus alunos, professores e 
comunidade de estar sempre sintonizada no objetivo de participar do 
desenvolvimento do País e de formar não somente bons profissionais, mas 
também brasileiros conscientes de sua cidadania. 
 Nossos cursos são desenvolvidos por uma equipe multidisciplinar 
comprometida com a qualidade do conteúdo oferecido, assim como com as 
ferramentas de aprendizagem: interatividades pedagógicas, avaliações, plantão 
de dúvidas via telefone, atendimento via internet, emprego de redes sociais e 
grupos de estudos o que proporciona excelente integração entre professores e 
estudantes. 
 
 
 Bons estudos e conte sempre conosco! 
 Faculdade UNINA 
 
 
 
 
 
 
 
 
5 
 
Sumário 
Apresentação da disciplina ....................................................................... 7 
Aula 1 – As Necessidades Educacionais Especiais (NEE) e as 
contribuições das teorias do desenvolvimento humano ............................. 
8 
Apresentação da aula 1 ............................................................................. 8 
1.1 As Necessidades Educacionais Especiais (NEE) e as 
contribuições das teorias do desenvolvimento humano ................ 
8 
 1.1.1 As NEE e as contribuições das teorias do desenvolvimento 
humano ...................................................................................................... 
9 
 1.2 NEE ............................................................................................... 9 
 1.3 Teorias de desenvolvimento humano ............................................ 13 
 1.4 Contribuições das teorias do desenvolvimento humano às NEE 15 
Conclusão da aula 1 .................................................................................. 17 
Resumo da aula 1 ...................................................................................... 17 
Aula 2 – Habilidades sociais nas relações interpessoais e nas práticas 
pedagógicas inclusivas .............................................................................. 
18 
Apresentação da aula 2 ............................................................................. 18 
 2.1 Habilidades sociais nas relações interpessoais e nas práticas 
pedagógicas inclusivas .............................................................................. 
18 
 2.1.1 As habilidades sociais nas relações interpessoais e nas 
práticas pedagógicas inclusivas ................................................................. 
19 
 2.1.1.1 Habilidades sociais ................................................................. 19 
 2.1.1.2 As habilidades sociais nas relações interpessoais .................. 22 
 2.1.1.3 As habilidades sociais nas práticas pedagógicas inclusivas ... 22 
Conclusão da aula 2 .................................................................................. 24 
Resumo da aula 2 ...................................................................................... 24 
Aula 3 – Ética, professor e a Educação Inclusiva: fundamentos para uma 
educação na diversidade ........................................................................... 
26 
Apresentação da aula 3 ............................................................................. 26 
 3.1 A ética, professor e a Educação Inclusiva: fundamentos para uma 
educação na diversidade ........................................................................... 
26 
 3.1.1 Formação de professores para uma educação inclusiva ........... 27 
 3.2. Educação na diversidade ............................................................. 29 
 3.3 Exemplos de atividades ................................................................ 30 
Conclusão da aula 3 .................................................................................. 35 
 
 
6 
 
Resumo da aula 3 ...................................................................................... 35 
Aula 4 – A Anamnese e sua contribuição na identificação das NEE: 
fundamentos e conduta profissional ........................................................... 
37 
Apresentação da aula 4 ............................................................................. 37 
 4.1 A Anamnese e sua contribuição na identificação das NEE: 
fundamentos e conduta profissional ........................................................... 
37 
 4.1.1 Anamnese .................................................................................. 40 
 4.2 Contribuições na Identificação das NEE ....................................... 42 
Conclusão da aula 4 .................................................................................. 44 
Resumo da aula 4 ...................................................................................... 44 
Resumo da disciplina ................................................................................ 45 
Índice Remissivo ........................................................................................ 47 
Referências ............................................................................................... 49 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
7 
 
Apresentação da disciplina 
 
Esse material foi elaborado para contribuir na sua formação profissional. 
Para que você tenha mais conhecimento sobre a inclusão de pessoas com 
necessidades educacionais especiais, com a finalidade de proporcionar um 
ambiente escolar inclusivo. Desse modo, para que você tenha o completo 
aproveitamento docurso, é necessário que participe de todas as mídias que o 
curso disponibiliza em todas as disciplinas. É extremamente importante que 
acesse e realize as atividades disponíveis no ambiente virtual, aproveitando 
todos os recursos que irão contribuir para o domínio de todos os conteúdos 
abordados nas disciplinas deste curso. 
Nesta disciplina de “inclusão social e educacional de pessoas com 
necessidades educacionais especiais” serão evidenciadas algumas definições 
das necessidades educacionais especiais (NEE) e as contribuições das teorias 
do desenvolvimento humano que auxiliam no atendimento educacional. Também 
serão abordados aspectos relacionados com as habilidades sociais nas relações 
interpessoais e nas práticas pedagógicas inclusivas, com ênfase na relação 
ética, professor e a educação inclusiva como fundamentos para uma educação 
na diversidade. Por fim, será tratar da Anamnese e sua contribuição na 
identificação das NEE, bem como os fundamentos e conduta profissional. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
8 
 
Aula 1 – As Necessidades Educacionais Especiais (NEE) e as contribuições 
das teorias do desenvolvimento humano 
 
Apresentação da aula 1 
 
Nesta aula serão abordadas as informações sobre Necessidade 
Educacionais Especiais (NEE) e trataremos a respeito das teorias do 
desenvolvimento humano. 
 
1.1 As Necessidades Educacionais Especiais (NEE) e as contribuições das 
teorias do desenvolvimento humano 
 
Em 2015, foi promulgada a Lei Brasileira da Inclusão (Lei 13.146/2015), 
que define punições para atitudes discriminatórias e contempla mudanças em 
várias áreas, como na educação. Essa lei trata de questões sobre acessibilidade, 
educação, trabalho e combate à discriminação. No âmbito escolar, a Lei 
Brasileira da Inclusão, também conhecida como Estatuto da Inclusão, obriga as 
escolas privadas a acolher os estudantes com deficiências no ensino regular e a 
adotar medidas necessárias para facilitar a acessibilidade desses estudantes 
sem gerar custos financeiros adicionais aos responsáveis. As escolas públicas 
já acolhiam os estudantes com deficiências, inclusive realizando mudanças 
estruturais e disponibilizando professores auxiliares. 
 
Para Refletir 
Até os anos 2000 era comum, no Brasil, a existência de 
escolas especializadas em atendimento de estudantes com 
deficiências. Quando se iniciou o movimento de inserção 
desses estudantes no ensino regular, principalmente em 
escolas públicas, houve muita resistência por parte de pais e 
responsáveis. Reflita sobre quais foram os fatores que 
levaram os pais e responsáveis a resistirem na aceitação da 
inclusão no ensino regular. 
 
 
 
 
 
 
9 
 
1.1.1 As NEE e as contribuições das teorias do desenvolvimento humano 
 
O estudo sobre as necessidades educacionais especiais e as teorias do 
desenvolvimento humano norteiam a prática pedagógica inclusiva, pois as 
teorias do desenvolvimento humano dão suporte às ações que estimulam o 
desenvolvimento cognitivo. O estudo das necessidades educacionais especiais 
faz com que essas ações sejam adaptadas, a fim de respeitar as necessidades 
de cada estudante. As adaptações das atividades pedagógicas são importantes 
para criar uma escola inclusiva. A escola inclusiva proporciona educação para 
todos os estudantes em salas de aula regulares, garantindo oportunidades 
educacionais adequadas e desafiadoras, sempre ajustadas às deficiências e 
habilidades de cada um. Assim, estudantes com ou sem necessidades especiais 
terão oportunidades iguais. Além de aprenderem a conviver com as diferenças, 
aceitando e respeitando as limitações de cada um, cabe ao professor estimular 
o uso das habilidades individuais para superarem as dificuldades. 
 
Pesquise 
Com o avanço das pesquisas sobre práticas pedagógicas 
inclusivas ocorreram mudanças também nas nomenclaturas. 
Pesquise como eram nomeados antigamente os estudantes 
que hoje em dia são definidos como estudantes com 
Necessidades Educacionais Especiais, entre outros termos 
relacionados. 
 
 
 
1.2 NEE 
 
NEE é a sigla para Necessidades Educacionais Especiais ou 
Necessidade Educativa Especial. No geral, é a mesma coisa, o que muda é o 
emprego da concordância gramatical. Entre as NEE estão a deficiência auditiva, 
a física, a visual, a intelectual e as deficiências múltiplas (quando há presença 
de mais de uma deficiência). Entre outras possibilidades de fatores que limitam 
 
 
10 
 
o desenvolvimento social, cognitivo e físico dos estudantes temos o autismo, a 
partir de 2013 compreendido como Transtorno do Espectro Autista (TEA - 
conforme o DSM 5 - Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais - 
5ª edição), Paralisia Cerebral, Síndrome de Down e Síndrome de Williams. Além 
de outros fatores mais raros, como a Síndrome de Angelman, que se caracteriza 
por atraso no desenvolvimento intelectual, dificuldades na fala, movimentos 
desconexos e sorriso constante. Outro caso raro é a Osteogênese Imperfeita, 
também conhecida popularmente como Ossos de Vidro. É uma doença genética 
e hereditária cuja principal característica é que os ossos quebram facilmente. 
 
Vocabula rio 
Espectro - Aplicado em Espectro Autista, refere-se a graus 
de suporte, como níveis, em que é possível apresentar 
muitas características ou algumas. 
 
 
 
 
Curiosidade 
No documento DSM-5, há a descrição do transtorno do 
espectro autista como sendo um novo transtorno que 
engloba o transtorno autista (autismo), o transtorno de 
Asperger, o transtorno desintegrativo da infância, o 
transtorno de Rett e o transtorno global do desenvolvimento. 
Caracterizados por déficits de desenvolvimento em: 
comunicação social e interação social; padrões repetitivos e 
restritos de comportamento, interesses e atividades em vez 
de constituir transtornos distintos, como ocorria no passado. 
 
 
O Transtorno do Espectro Autista é uma síndrome comportamental de 
base biológica e possui classificação por nível e graus, que não é definido a partir 
da capacidade do paciente, e sim pela necessidade de suporte de que necessita. 
Porém, como o próprio nome diz, trata-se de um espectro e há pessoas que 
transitam nas fronteiras entre os graus a depender do momento da vida e do 
tratamento ao qual são submetidas. 
https://www.metropoles.com/saude/autismo-cadela-de-companhia-parto
 
 
11 
 
 
 
Fonte: Elaborado pela autora no Canva a partir de dados do DSM - 5 
 
 
Importante 
Com os avanços em pesquisa, nomenclaturas e definições 
podem mudar, por isso é importante buscar sempre 
acompanhar as atualizações das informações. A partir do 
Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais DSM 
5, alguns transtornos foram incluídos dentro do TEA, mas na 
versão anterior desse documento (no DSM 4) ainda existia o 
termo Asperger separado do Transtorno do Espectro Autista. 
 
 
Costuma se manifestar nos primeiros anos de vida, e como há uma gama 
de características que precisam ser avaliadas, necessita de profissionais 
especializados para diagnosticar. Algumas das características que podem ser 
identificadas (isoladas ou concomitantes): atraso no desenvolvimento, atraso no 
 
 
12 
 
desenvolvimento da fala, altas habilidades cognitivas, dificuldades na 
socialização, dificuldades na comunicação, dificuldade em manter o contato 
visual, podem demonstrar aversão ao toque de outros, podem estabelecer 
contato por meio de comportamentos não verbais, podem se isolar de atividades 
em grupo, podem ter um objeto ou tema de hiperfoco e podem ter dificuldade em 
lidar com imprevistos. 
Os indivíduos com Síndrome de Williams possuem uma desordem no 
cromossomo 7, apresentando, desde o primeiro ano de vida, uma irritabilidade, 
uma hipersensibilidade auditiva e dificuldade para se alimentar. Apresentam 
também problemas motores, falta de equilíbrio e incapacidade para realização 
de tarefas motoras, como cortar papel e amarrar o sapato. Contudo,apresentam 
boa memória auditiva e facilidade na comunicação. Essa síndrome acomete 
ambos os sexos. 
A Síndrome de Rett é um distúrbio genético e do neurodesenvolvimento 
que acomete, na maioria dos casos, crianças do sexo feminino. Ocorre o 
comprometimento progressivo das funções motora e intelectual, após um 
período inicial de desenvolvimento normal (entre 8 e 18 meses). As habilidades 
de fala, a capacidade de andar e o controle do uso das mãos começam a 
regredir. A comunicação se dá apenas pelo olhar. A partir dos 10 anos, o 
aparecimento de escolioses e de rigidez muscular fazem com que muitas 
crianças percam totalmente a mobilidade, além de apresentarem níveis de 
deficiência intelectual. O diagnóstico se baseia na observação por um médico do 
desenvolvimento e do crescimento inicial da criança e em exames genéticos. O 
tratamento envolve uma abordagem multidisciplinar com foco no controle dos 
sintomas e apoio educacional. 
Existe também a dislexia, que é um transtorno do neurodesenvolvimento, 
afetando habilidades básicas de leitura e linguagem. É considerada 
um transtorno específico da aprendizagem porque seus sintomas geralmente 
afetam o desempenho acadêmico dos estudantes, sem outras alterações 
(neurológica, sensorial ou motora). 
Com relação as limitações físicas, há diversas situações que podem 
acarretar uma deficiência ou limitação. Acidentes, sequelas de afogamento, 
genética, ou sequelas de doenças. Por exemplo, a mielomeningocele, que é uma 
má formação congênita da coluna vertebral do feto que ocorre no início da 
https://institutoabcd.org.br/transtorno-de-aprendizagem/
 
 
13 
 
gravidez. Isso faz com que os ossos da coluna do bebê não se desenvolvam 
adequadamente. Em alguns casos, é realizada cirurgia intrauterina, que 
combinada com terapias e acompanhamento reduzem as limitações físicas e 
disfunções ortopédicas (dentre outras possibilidades de sequelas). 
 Existem diversos fatores que podem contribuir para a existência de uma 
necessidade educacional especial, seja por fatores genéticos, ou adquirida por 
um acidente/trauma, ou por sequela de alguma doença. O importante é que 
sejam realizadas adaptações de materiais, de metodologias e postura do 
professor, a fim de atender todas as necessidades de todos os estudantes. 
 
1.3 Teorias de desenvolvimento humano 
 
O estudo do desenvolvimento humano analisa as mudanças ao longo da 
vida, busca descrever, explicar e prever o comportamento. Inicialmente, no 
século XIX, o foco era o desenvolvimento infantil, incluindo a adolescência. Essa 
só se tornou uma fase separada a partir do século XX. O estudo do 
desenvolvimento na vida adulta é denominado desenvolvimento no ciclo vital. O 
desenvolvimento tem três principais dimensões: 
 
➢ Física; 
➢ Cognitiva; 
➢ Psicossocial. 
 
O desenvolvimento dessas áreas não ocorre isoladamente, ou seja, uma 
interfere na outra. Vale reforçar a existência de vários fatores que influenciam o 
desenvolvimento humano, alguns de origem genética ou ambiental. Nos fatores 
de origem ambiental, destaca-se a influência familiar, seja a família nuclear (os 
que moram juntos e convivem diariamente) ou a família extensa (composta por 
amigos próximos e parentes que participam do cotidiano). 
Dentro dos fatores ambientais existe a condição socioeconômica (que 
define qualidade e manutenção das necessidades relacionadas à saúde), a 
cultura, o grupo social (tradições) e, em alguns casos, a origem étnica. 
 
 
14 
 
As influências que ocorrem no desenvolvimento das pessoas são 
categorizadas como normativas ou não normativas. Há as normativas etárias, 
que ocorrem com pessoas de mesma idade e as não normativas, as quais não 
seguem uma regra, geralmente são aleatórias. 
Há estudos que descrevem períodos críticos para o desenvolvimento 
físico inicial, enquanto que para o desenvolvimento cognitivo e psicossocial há 
maior flexibilidade. 
As Teorias do Desenvolvimento Humano consideram as seguintes 
questões básicas: a hereditariedade, o ambiente, o caráter ativo ou passivo no 
desenvolvimento e a existência de estágios de desenvolvimento. Há a teoria 
mecanicista e organísmica. 
Na teoria mecanicista, as pessoas reproduzem atividades repetidamente, 
como máquinas. Na organísmica, as pessoas são ativas no seu processo de 
ensino-aprendizagem, como organismos ativos em crescimento. 
A perspectiva psicanalítica defende que o desenvolvimento ocorre pelo 
estímulo de conflitos emocionais inconscientes, destacando a Teoria de Freud 
do Desenvolvimento Psicossexual e a Teoria de Erikson do Desenvolvimento 
Psicossocial. 
Na perspectiva da aprendizagem, o desenvolvimento é visto como 
resultante de um processo de ensino-aprendizagem, destacando a Teoria 
Behaviorista de Skinner (que defende que o comportamento pode ser 
condicionado por reforço ou punição) e a Teoria da Aprendizagem Social de 
Bandura (aprendizagem resultante da observação). 
Na perspectiva humanista, defende-se que os indivíduos decidem 
conscientemente seus objetivos de desenvolvimento, destacando a Teoria 
Hierárquica de Necessidade de Maslow. 
Na perspectiva cognitiva, considera-se que os indivíduos atingem os 
objetivos de desenvolvimento através de estímulos e faixa etária, destacando-se 
as Teorias sobre Estágios de Desenvolvimento Cognitivo Etário de Piaget e a 
abordagem na Neurociência Cognitiva. 
Na perspectiva etológica, o comportamento adaptativo é que define a 
sobrevivência do grupo social. Nesta linha destacam-se os trabalhos de Bowlby 
e Ainsworth. 
 
 
15 
 
Na perspectiva contextual, é considerado fortemente o papel do contexto 
social no desenvolvimento. Nessa vertente destacam-se a Teoria Bioecológica 
de Bronfenbrenner (influência ambiental dividida em 5 partes: microssistema, 
mesossistema, exossistema, macrossistema e cronossitema) e a Teoria 
Sociocultural de Vygotsky. 
 
1.4 Contribuições das teorias do desenvolvimento humano às NEE 
 
As teorias do desenvolvimento humano fornecem informações sobre 
vários fatores que contribuem para o desenvolvimento, conforme a visão de 
vários pesquisadores. Também é possível compreender como a falta desses 
pode contribuir para a falta de estímulo no desenvolvimento. 
Sabendo os fatores que contribuem para o desenvolvimento humano, é 
possível definir procedimentos que ajudem a estimular o desenvolvimento motor, 
social e cognitivo de pessoas que necessitam de atendimento especializado. Os 
terapeutas ocupacionais realizam trabalhos nessa área, atendendo todos os 
casos de necessidades especiais e todas as faixas etárias. 
Na educação básica, os professores precisam dominar informações sobre 
como estimular o desenvolvimento motor, social e cognitivo referentes às idades 
e conteúdos da educação básica, a fim de proporcionar um ambiente acolhedor 
em sala de aula, estimulando o respeito pelas diferenças e proporcionando 
estímulos ao desenvolvimento motor, psicossocial e cognitivo. 
Um exemplo de contribuição das teorias do desenvolvimento humano no 
atendimento de indivíduos que possuem deficiência são os centros de 
atendimento às crianças que nasceram com microcefalia. Nesses centros, os 
terapeutas ocupacionais, demais profissionais e a equipe médica realizam 
procedimentos específicos e orientam os responsáveis em como efetivar 
atividades que estimulem o desenvolvimento motor, cognitivo, fisioterápico, 
visual, entre outros. Uma atividade recorrente que estimula o desenvolvimento 
social, motor e cognitivo é a fisioterapia no mar. Grupos de mães e bebês são 
levados para praias da região, onde os bebês são estimulados através de 
atividades motoras, contato com texturas da natureza e no convívio social com 
outros bebês. 
 
 
 
16 
 
Saiba Mais 
Para saber mais a respeito da Educação Inclusiva em sua 
prática, acesse o site Diversa, no qual é possível consultar 
artigos, notícias, tirar dúvidas sobre inclusão, acompanharrelatos e estudos de caso. Link: http://diversa.org.br/ 
 
 
 
Há vários fatores que podem gerar uma dificuldade cognitiva, social ou 
motora. Independentemente da origem da dificuldade, há a necessidade de 
preparar aulas que atendam às necessidades de todos os estudantes, incluindo 
aqueles que possuem alguma deficiência. Conhecer o que interfere no 
desenvolvimento, seja de forma positiva ou negativa, irá contribuir para uma 
prática pedagógica inclusiva. Por isso, é importante compreender os fatores que 
influenciam no desenvolvimento humano e as teorias que descrevem o 
aprendizado. 
 
Ví deo 
Assista ao filme Teoria de Tudo (The Theory of Everything), 
dirigido por James Marsh (2015), no qual é possível ver parte 
da biografia de Stephen Hawking, um dos maiores cientistas de 
todos os tempos, apesar de suas limitações físicas. 
Link do trailler: 
https://www.youtube.com/watch?v=SbUVNHdPE4w 
 
 
Amplie Seus Estudos 
SUGESTÃO DE LEITURA 
 
 
Leia o livro Inclusão: um guia para 
educadores, de autoria de Susan Stainback e 
William Staimback. Na obra é possível 
encontrar sugestões para fazer com que haja 
 
 
17 
 
uma interação produtiva em sala de aula entre 
os estudantes. 
 
 
Conclusão da aula 1 
 
A primeira conclusão é que profissionais que atuam no atendimento de 
pessoas com necessidades especiais precisam sempre buscar atualizações, 
porque os termos, nomenclaturas e às vezes até as definições mudam, e isso 
influencia no trabalho realizado. Além disso, também podemos perceber a 
importância do estudo sobre as teorias do desenvolvimento humano, pois, a 
partir das teorias, é possível definir ações que estimulem o desenvolvimento 
social, cognitivo e psicomotor, os quais também influenciam diretamente na 
prática profissional diária. 
 
Resumo da aula 1 
 
Nesta aula vimos conteúdos referentes às NEE, considerando a 
importância de adaptações de materiais, metodologias e didáticas utilizadas em 
sala de aula com a finalidade de atender todos os estudantes de forma igualitária. 
Foram mencionadas algumas síndromes e suas características no 
desenvolvimento humano. Além disso, foram descritas, resumidamente, 
algumas teorias do desenvolvimento humano e suas contribuições ao estudo das 
necessidades educacionais especiais. 
 
Atividade de Aprendizagem 
1 - Considerando sua vivência, escreva um texto de 10 a 15 
linhas sobre o que você acredita ou supõe que é necessário 
adaptar no ambiente educacional, listando as principais 
necessidades educacionais especiais. Indique ações para 
atender cada um dos casos que listou. 
 
2 - Considerando as informações apresentadas nesta aula, crie 
uma apresentação de slides que resuma os principais tópicos 
desta aula. Por fim, compartilhe com colegas para troca de ideia 
sobre os resultados obtidos. 
 
 
 
18 
 
Aula 2 - Habilidades sociais nas relações interpessoais e nas práticas 
pedagógicas inclusivas 
 
Apresentação da aula 2 
 
Nesta aula serão abordadas as habilidades sociais, as quais são 
desenvolvidas nas relações interpessoais e durante as práticas pedagógicas 
inclusivas por parte dos profissionais. O foco dessa aula é as habilidades sociais, 
as quais podem ser estimuladas em sala de aula em processo inclusivo com os 
estudantes. 
 
2.1 Habilidades sociais nas relações interpessoais e nas práticas 
pedagógicas inclusivas 
 
O desenvolvimento humano na área social é importante para todos os 
estudantes, independentemente da presença de transtorno do desenvolvimento, 
síndrome ou deficiência. Mas, para os estudantes que possuem, é ainda mais 
importante, pelo papel de inclusão social, reduzindo preconceitos e estimulando 
um ambiente escolar acolhedor. Para os estudantes com necessidade 
educacionais especiais, esse tipo de habilidade por parte do profissional que 
realiza algum tipo de atendimento (seja como professor ou profissional que 
realiza algum tipo de terapia) é fundamental para facilitar a independência e o 
convívio em sociedade, mas é importante respeitar as limitações sem forçar 
situações constrangedoras ou conflituosas. 
 
Para Refletir 
Na última década, houve um aumento de casos de 
depressão em indivíduos menores de idades. Os estudantes 
com depressão geralmente apresentam dificuldades em se 
socializar. Pesquise sobre a estatística de casos de 
depressão na infância e na adolescência e reflita sobre quais 
podem ser os fatores que justificam esse aumento na 
ocorrência. 
 
 
 
 
19 
 
2.1.1 As habilidades sociais nas relações interpessoais e nas práticas 
pedagógicas inclusivas 
 
As práticas pedagógicas podem ser inclusivas através de atividades que 
incluam todos os estudantes, respeitando suas individualidades e necessidades, 
fomentando a colaboração social e a inclusão e, obviamente, contribuindo para 
o desenvolvimento humano. 
As relações interpessoais em sala de aula se referem à forma de 
socialização entre os estudantes, à convivência e a como se relacionam. Para 
proporcionar um ambiente acolhedor em sala de aula, é necessário fazer as 
devidas intervenções para reduzir conflitos e facilitar um bom relacionamento. 
Em turmas com estudantes que possuem deficiência ou algum transtorno 
do desenvolvimento, é fundamental propor atividades que estimulem o 
acolhimento, o respeito e a diversidade, facilitando, portanto, a socialização e a 
boa convivência. Assim, evitam-se futuros conflitos. 
 
Pesquise 
Pesquise sobre as relações interpessoais. Como eram 
abordadas no passado? O que estudos recentes 
descrevem? E como as relações interpessoais interferem no 
ambiente escolar e no trabalho? 
 
 
 
2.1.1.1 Habilidades sociais 
 
As habilidades sociais são um conjunto de competências 
comportamentais que são fundamentais para se viver em sociedade de forma 
respeitosa e harmoniosa. 
Os indivíduos que possuem habilidades sociais apresentam 
comportamento respeitoso em relação às adversidades: 
 
 
 
20 
 
➢ de opinião; 
➢ de crenças; 
➢ de sentimentos. 
 
Além disso, são indivíduos que apresentam empatia. A empatia é crucial 
para diminuir as distâncias sociais, pois, quando nos colocamos no lugar do 
outro, é possível perceber e analisar a pertinência de certas atitudes. 
Desenvolver a habilidade da empatia, facilita a compreensão das dificuldades 
apresentadas pelos colegas com deficiência, contribuindo para a inclusão e 
redução dos conflitos, como bullying. 
 
Vocabula rio 
Empatia: é a capacidade de se colocar no lugar do outro e 
perceber suas necessidades, entendendo a realidade desse 
outro. 
 
 
 
 
As atividades em duplas, dinâmicas, dança, música ou cantigas de roda 
facilitam a socialização entre os estudantes e estimulam o desenvolvimento de 
habilidades sociais. É importante associar a essas atividades a explanação 
sobre conduta social respeitosa, principalmente em casos em que há estudantes 
com Transtornos Globais de Desenvolvimento (TGD). Nesses casos, é 
importante lembrar que se deve evitar gritaria e contato físico ou, juntamente 
com a equipe pedagógica, planejar atividades que exijam contato físico 
gradativamente. 
As habilidades sociais se dividem em habilidade de comunicação, 
civilidade, enfrentamento, empática, habilidade de trabalhar em grupo e de 
expressão de sentimento positivo. 
A habilidade social da comunicação engloba todas as formas de 
comunicação (fala, escrita, Libras, olhar ou qualquer outra forma de 
comunicação alternativa). Trata-se da capacidade de se comunicar, manter um 
diálogo, perguntar e responder, elogiar, pedir e receber críticas. 
 
 
21 
 
As habilidades sociais de civilidade referem-se à capacidade de 
interações no cotidiano, aos denominados "bons modos": como pedir licença, 
pedir desculpas, agradecer e pedir por favor. 
As habilidades sociais referentes ao enfrentamento indicam 
comportamento de posicionamento, manifestação de opiniões, capacidade de 
admitir erros, desculpar-se, expressarsentimentos, aceitar e recusar 
solicitações. 
As habilidades sociais empáticas referem-se à capacidade de reconhecer 
sentimentos em si e nos outros, a se colocar no lugar do outro e compreender 
suas necessidades. 
No ambiente de trabalho são necessárias algumas posturas para boa 
convivência, como gerenciamento de pessoas, falar em público, atendimento ao 
público e resolver questões interpessoais com os colegas. Essas são as 
habilidades sociais de trabalho. 
As habilidades sociais de expressão de sentimento positivo tratam, no 
geral, de todas as capacidades relacionadas ao comportamento bondoso, como 
piedade, carinho, amor, capacidade de fazer amizade e se solidarizar. 
As habilidades sociais não correspondem às características pessoais, 
mas, sim, às comportamentais. Essas habilidades podem ser desenvolvidas, na 
maior parte dos casos. 
 
Pesquise 
Pesquise quais os casos em que não é possível desenvolver 
habilidades sociais, como casos comportamentais em que 
há a dificuldade em desenvolver as habilidades sociais, 
como pessoas diagnosticadas com psicopatias, que não 
conseguem ter empatia. 
 
 
 
 
 
 
 
 
22 
 
2.1.1.2 As habilidades sociais nas relações interpessoais 
 
As relações interpessoais, ou seja, a relação entre as pessoas, seja 
estudante-estudante, professor-estudante ou professor com seus colegas de 
trabalho, estão presentes no ambiente escolar. E um dos principais objetivos de 
usar o desenvolvimento das habilidades para atingir uma prática pedagógica 
inclusiva é facilitar e melhorar as relações interpessoais, reduzindo conflitos, 
estimulando as amizades e a camaradagem, fomentando o respeito e a 
tolerância (contribuindo para a realização de atividades em grupo), contribuindo 
para a redução do preconceito, trabalhando a tolerância com o diferente, que 
estimula o respeito e resulta em um ambiente agradável e estimulante. Quando 
as pessoas se sentem bem em um lugar, produzem melhor, seja nos estudos ou 
no trabalho. 
 
Ví deo 
Assista ao vídeo no qual o Psiquiatra reforça a importância do 
acesso a terapias e atividades inclusivas no desenvolvimento 
de habilidades, em crianças com suspeita de Transtorno do 
Espectro Autista. 
Link: https://www.youtube.com/watch?v=OvCyEbY7Mog 
 
 
O desenvolvimento das habilidades sociais no ambiente escolar irá 
facilitar as relações interpessoais futuras em outros ambientes, como no 
trabalho. Mas não há como viver em sociedade sem ter que lidar com as relações 
interpessoais, por isso é tão relevante aprender a usar as habilidades sociais 
para desenvolver a capacidade de lidar com as mesmas de forma positiva, 
evitando conflitos e problemas. 
 
2.1.1.3 As habilidades sociais nas práticas pedagógicas inclusivas 
 
O desenvolvimento ou domínio das habilidades sociais facilita as relações 
interpessoais em qualquer ambiente, mas no espaço escolar é fundamental para 
 
 
23 
 
construir um ambiente acolhedor e agradável. Boa parte dos estudantes em 
idade escolar passam mais tempo diário na escola do que com seus familiares 
e responsáveis. Por isso, é importante que sejam estimuladas boas práticas nas 
relações interpessoais, para proporcionar um ambiente escolar de inclusão, com 
respeito e tolerância às diferenças. 
Por exemplo, o desenvolvimento da empatia favorece que respeitem a 
diferença em um colega, sem rotular ou fazer bullying, pois irão se colocar no 
lugar do outro (a proposta é criar atividades que façam refletir sobre não fazer 
para o outro o que não gostaria que fizessem para si). 
Já o desenvolvimento da habilidade de responder e dizer que não aceita, 
facilita com que os estudantes não repitam uma atitude grosseira só para se 
enturmar. 
Nas práticas pedagógicas inclusivas, é fundamental estimular as 
habilidades sociais para contribuir para boas relações interpessoais. Alguns 
estudantes já possuem certas habilidades sociais, mas é importante que se 
tenha como objetivo criar práticas pedagógicas que estimulem o 
desenvolvimento das habilidades sociais e as boas práticas de relacionamento 
interpessoal. Para aqueles estudantes que já desenvolveram algumas 
habilidades, essas atividades terão um papel de reforço, o que é muito válido e 
enriquecedor. 
 
Saiba Mais 
Para saber mais sobre as o ensino inclusivo, acesse os sites 
indicados, os quais trazem considerações específicas para 
os estudantes com deficiência. 
- Laramara (Associação brasileira de assistência à pessoa 
com deficiência visual). 
Link: http://laramara.org.br/ 
- Movimento Down 
Link: http://www.movimentodown.org.br/ 
 
 
http://laramara.org.br/
 
 
24 
 
O desenvolvimento das habilidades sociais é fundamental para as relações 
interpessoais, para criar um ambiente agradável de convivência, seja na escola, 
no trabalho ou em qualquer outro ambiente. Como na maioria dos casos é 
possível desenvolver as habilidades sociais, a escola acaba tendo um papel 
fundamental para auxiliar os indivíduos na construção de suas características 
comportamentais. 
 
Ví deo 
Assista ao documentário Meu Olhar Diferente Sobre as Coisas 
(2012), o qual foi elaborado por um grupo de pessoas com 
Síndrome de Down, abordando o olhar desses perante suas 
vidas, falando sobre a relação com a Síndrome de Down, amor, 
felicidade, cidadania, casamento, filhos, trabalho, sonhos 
realizados e os que ainda realizarão. Link do trailler: 
https://www.youtube.com/watch?v=I47f-De0Tlg 
 
 
Amplie Seus Estudos 
SUGESTÃO DE LEITURA 
 
Leia o livro Caminhos para a inclusão, 
organizado por José Pacheco. A obra reúne 
experiências bem-sucedidas, realizadas na 
Áustria, Islândia, Espanha e em Portugal, 
direcionadas à Educação Inclusiva em 
escolas obrigatórias desses países, 
objetivando ofertar aos professores, pais e 
serviços de apoio informações sobre 
práticas de educação escolar inclusiva. 
 
 
 
 
Conclusão da aula 2 
 
Considerando tudo que foi apresentado, é possível concluir que seja qual 
for a necessidade educacional especial, quanto antes o indivíduo é atendido por 
 
 
25 
 
terapias e atividades inclusivas, melhores serão os resultados no 
desenvolvimento de habilidades nas mais diversas áreas. 
 
Resumo da aula 2 
 
Nesta aula vimos brevemente a explicação e definição de várias 
habilidades sociais, relacionando-as com as relações interpessoais e as práticas 
pedagógicas inclusivas, visando criar um espaço acolhedor e estimulante, com 
o foco na construção de um ambiente inclusivo. 
 
Atividade de Aprendizagem 
1 - Elabore um plano de aula (qualquer conteúdo), na qual se 
contemplem pedagogias inclusivas. Lembre-se de que é 
necessário ter em mente o desenvolvimento (ou reforço) de 
habilidades para boas relações interpessoais. Faça o plano de 
aula com toda a estrutura obrigatória, com a descrição dos 
objetivos, da metodologia, dos recursos e da avaliação. Pode 
direcionar para uma das necessidades educacionais que listou 
na Atividade de Aprendizagem da primeira aula. 
 
2 - Considerando as informações apresentadas nesta aula, crie 
um vídeo de curta duração sobre os principais tópicos desta 
aula. Você pode utilizar recursos online e gratuitos, como o 
“Canva” (https://www.canva.com/). O site possui recursos 
intuitivos de criação e modelos para serem adaptados, para 
conhecer melhor o recurso de vídeo acesse o vídeo: 
https://www.youtube.com/watch?v=vjOtOJZh2O4. Por fim, 
compartilhe com colegas para troca de ideia sobre os 
resultados obtidos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
26 
 
Aula 3 – Ética, professor e a Educação Inclusiva: fundamentos para uma 
educação na diversidade 
 
Apresentação da aula 3 
 
Nesta aula trataremos de alguns aspectos relacionados com a ética 
praticada pelo professor e profissionais que atendem crianças, jovens e adultos 
com necessidades educacionais especiais. Para proporcionar uma educação 
inclusiva, é importante realçar os fundamentos para proporcionar uma educação 
de respeitoe tolerância à diversidade. 
 
3.1 A ética, professor e a Educação Inclusiva: fundamentos para uma 
educação na diversidade 
 
Muitos professores ao terminar a graduação comentam que se sentem 
inseguros no atendimento educacional de pessoas com necessidades 
educacionais especiais. Como se a carga horária de formação durante a 
graduação fosse insuficiente. Contudo, essa sensação pode ser fruto da grande 
possibilidade de situações que podem ocorrer em sala de aula, pois o estágio 
não é sempre obrigatório, e nas outras atividades formativas podem não ter 
oportunidade de contato com alunos com necessidades educacionais/educativas 
especiais. Assim, muitos profissionais se formam só tendo a teoria sobre a 
prática inclusiva. 
Para acompanhar as demandas da sociedade, faz-se necessária a 
capacitação dos profissionais envolvidos, para facilitar a prática pedagógica e o 
processo de ensino e aprendizagem. Além da capacitação, é importante o 
diálogo entre todos os envolvidos: pais, professores, gestores e estudantes. 
Tudo isso para uma real consolidação de uma escola inclusiva, conforme 
definido legislativamente. 
Para a construção de um ambiente escolar acolhedor, com respeito às 
diferenças faz-se necessário um aprofundamento dos fundamentos para uma 
educação na diversidade. Isso engloba a postura do professor, a ética em sala 
de aula e as práticas pedagógicas inclusivas. A postura do professor trata não 
só das relações interpessoais, mas também da forma como realiza as 
 
 
27 
 
intervenções metodológicas nos momentos de conflitos e no estímulo do 
desenvolvimento das habilidades sociais. 
 
Pesquise 
Pesquise sobre ética profissional, em especial sobre ética do 
professor em sala de aula e com os colegas de trabalho. 
Analise as consequências da falta de ética. 
 
 
 
3.1.1 Formação de professores para uma educação inclusiva 
 
A concepção de inclusão abrange adaptações por parte da sociedade 
para criar um ambiente social inclusivo e, principalmente nas escolas, que são 
os locais de formação educacional. As adaptações necessárias englobam a 
formação de professores, adaptações do ambiente escolar, dos materiais e das 
atividades. 
 
Para Refletir 
Reflita sobre a frase de Alessandro Buzinari: "Tudo que é 
novo é um desafio que representa medo, receio, afinal é o 
‘DESCONHECIDO’”. E como podemos reduzir o 
desconhecido na prática profissional? 
 
 
 
A família é o primeiro meio social em que um indivíduo recebe 
informações e estímulos para o desenvolvimento de habilidades sociais. A 
escola reforça essas habilidades e ajuda a desenvolver outras competências. 
Obviamente, para a construção de uma escola inclusiva, tornam-se 
fundamentais as adaptações estruturais que garantam acessibilidade e a 
disponibilidade de materiais didáticos acessíveis, mas tudo isso só terá efeito se 
 
 
28 
 
for associado a uma prática pedagógica inclusiva, que resulte de uma formação 
de professores voltada para a inclusão de estudantes com deficiência, além da 
presença de uma estrutura familiar que incentive o desenvolvimento. 
Com a obrigatoriedade da inclusão de estudantes com deficiência, têm 
ocorrido muitas reflexões, principalmente, sobre como adaptar as atividades 
pedagógicas para estudantes com deficiência no ensino regular, atendendo 
também aos outros estudantes, aplicando uma rotina escolar, trabalhando o 
currículo e os conteúdos escolares. Esse é um dos aspectos que mais tem 
preocupado os professores (por esse motivo faz-se importante a discussão 
sobre o papel da formação de professores no processo de inclusão escolar). 
A formação de professores para uma educação inclusiva deve abranger 
o entendimento das origens das dificuldades que os estudantes com 
necessidades especiais possuem. Isso inclui o estudo das síndromes, das 
deficiências e de suas características, para compreender as limitações e as 
habilidades intrínsecas em cada caso. 
O professor, dominando as informações sobre as características e 
necessidades dos estudantes com deficiência, poderá planejar aulas com 
atividades que busquem fomentar o desenvolvimento cognitivo de todos os 
estudantes, incentivar o desenvolvimento das habilidades sociais e das relações 
interpessoais, com intervenções metodológicas e análise da prática docente. A 
análise da prática docente corresponde à busca pelo aperfeiçoamento das 
metodologias, da didática, da pesquisa sobre novas informações, contribuindo 
para a inclusão e para impulsionar os saberes necessários para que os 
estudantes possam transcender além de suas especificidades e compreendam 
as dificuldades dos outros, com respeito e tolerância. 
Além das alterações na prática docente, é importante ressaltar a ética do 
professor na escola. Não basta trabalhar com os estudantes o respeito às 
diversidades e não as respeitar. Não exponha os estudantes, seja os que 
possuem algum tipo de limitação ou os que possuem altas habilidades ou 
superdotação. Jamais use expressões que possam ridicularizar os estudantes e 
suas dificuldades. 
É necessário treinar o pensamento para análise de possíveis dificuldades 
que os estudantes possam enfrentar com as atividades, adiante-se e altere 
fazendo adaptações. Por exemplo, se houver uma gincana na escola na qual é 
 
 
29 
 
necessário correr e na turma há um estudante com deficiência física, que não 
consegue se deslocar rapidamente, proponha que, em vez de valorizar quem 
percorre rapidamente as estações da gincana, valorizar/pontuar os que 
concluíram com atenção e empatia. Ou ainda definir que todos deverão caminhar 
para que todos tenham as mesmas oportunidades de conclusão das atividades. 
Ou se houver um passeio, verifique anteriormente se o local de destino possui 
adaptações que permitem a acessibilidade. Como em casos de visita a museus 
com turmas com estudantes com deficiência visual, verifique se há 
audiodescrição. 
Lembre-se de que o processo de inclusão escolar é propiciar um ambiente 
coletivo de quebra de paradigmas sociais, que permita a equiparação de 
oportunidades para todos os estudantes, evitando atitudes assistencialistas. 
 
3.2 Educação na diversidade 
 
Atualmente, todos estão expostos a uma grande diversidade de pessoas, 
seja pela globalização, pela inclusão no ensino regular e pelos avanços das 
pesquisas em identificar casos que necessitam de tratamento especial, não só a 
diversidade que se refere aos indivíduos com limitações sociais, cognitivas, 
motoras, temos também diversidades étnicas, religiosas, diferenças sociais, 
entre outras. 
A diversidade compõe a sociedade em que vivemos. Para desmistificar e 
compreender do que se trata cada caso, é relevante destacar a importância da 
tolerância e o respeito, para propiciar um ambiente que facilite as discussões 
construtivas. 
 
Ví deo 
No filme “Trols 2” é abordada a temática de diversidade em uma 
sociedade, no que diz respeito às diferenças. Em um trecho 
específico, há o destaque para a importância de reconhecermos 
nossas diferenças, pois “negar nossas diferenças, é negar 
quem somos realmente”. 
Link: https://www.youtube.com/watch?v=6zJr6jp_LlE 
 
 
30 
 
 
Além dos indivíduos que possuem necessidades educacionais especiais 
devido a algum tipo de limitação (social, cognitiva ou motora), temos aqueles 
casos descritos como altas habilidades ou superdotação, que no passado eram 
denominados apenas como superdotados. É relevante evitar o sentimento de 
superioridade, isso afasta o estudante de seus colegas e atrapalha as relações 
interpessoais. 
Alguns dos indivíduos que possuem altas habilidades ou superdotação 
não apresentam bom rendimento escolar por não terem interesse em assuntos 
para eles considerados muito fáceis, resultando na falta de registro na 
participação de atividades de avaliação. Alguns ainda apresentam 
comportamento desafiador. 
 
3.3 Exemplos de atividades 
 
As práticas pedagógicas inclusivasfavorecem não só no processo de 
ensino-aprendizagem, mas também no desenvolvimento de habilidades sociais 
para boas relações interpessoais. É importante entender as necessidades de 
seus estudantes para adaptar as atividades e explorar suas habilidades e assim 
superar as dificuldades. 
Também é fundamental evitar conflitos internos (entre os estudantes); 
evite atividades que exponham a dificuldade e assim você evitará reações dos 
colegas que possam fomentar o bullying. Para a Educação Infantil e anos iniciais, 
há atividades de desenho impresso, desenho animado e revistas em quadrinhos 
que podem ser utilizadas em sala de aula para abordar o tema da inclusão. É 
possível utilizar as revistas em quadrinhos que abordem a temática para 
trabalhar assuntos referentes aos personagens que possuem deficiência ou 
pesquisar com os estudantes personagens em destaque da vida real, como 
artistas e atletas. 
Para atender estudantes com Transtorno do Espectro Autista (TEA), é 
aconselhado criar rotinas em grupo, pois a rotina transmite segurança e facilita 
a interação social e a comunicação. No atendimento de crianças e adolescentes 
com TEA, alguns dos métodos utilizados são o Análise do Comportamento 
 
 
31 
 
Aplicada (ABA) e o Tratamento em Educação para Autista e Crianças com 
Deficiências Relacionadas à Comunicação (TEACCH). 
 
Ví deo 
Para conhecer um pouco sobre os métodos ABA e TEACCH 
utilizados no atendimento de crianças com TEA, acesse o 
vídeo: 
https://www.youtube.com/watch?v=QqqR65IcHzM 
 
 
No ensino regular, proponha atividades que não estimulem o barulho 
excessivo nem o contato físico (ainda mais sem aviso prévio). Alguns casos, 
quando surpreendidos por contato físico, barulho alto ou atividades fora da rotina 
predefinida, apresentam atitudes agressivas ou se isolam, apresentando um 
comportamento físico de recolhimento (alguns se escondem ou ficam encolhidos 
se balançando ou ainda podem ficar repetindo uma mesma palavra/frase). Por 
esse motivo, faz-se necessário o entendimento de que se deve evitar a gritaria 
e o contato físico (sem aviso prévio) em turmas com estudantes com TEA, 
evitando assim que os mesmos apresentem um colapso emocional (o que 
também gera sofrimento). 
 
Saiba Mais 
Sejam por ruídos, luzes ou cheiros, autistas podem se sentir 
sobrecarregados e, consequentemente, entrarem em uma 
espécie de colapso emocional e psicológico. Ambientes 
barulhentos, dias movimentados ou quebra de rotina podem 
gerar respostas de "desligamento" ou "explosão" em 
pessoas diagnosticadas com TEA. Para saber mais sobre o 
tema, leia o artigo “Shutdown e meltdown: entenda as crises 
causadas por sobrecarga no autismo” disponível em: 
https://www.correiobraziliense.com.br/ciencia-e-
saude/2023/09/5121983-shutdown-e-meltdown-entenda-as-
crises-causadas-por-sobrecarga-no-autismo.html 
 
 
 
 
32 
 
Para atender estudantes com Síndrome de Williams, deve-se contemplar 
atividades sociais, musicais que não exijam coordenação motora. Lembre-se de 
que esses estudantes possuem ótima sensibilidade, memória auditiva e não 
possuem dificuldade de socialização. Então, explore atividades com música. 
Além de adaptar as atividades acadêmicas, é possível propor atividades 
para reflexão das limitações. Por exemplo, se existir algum estudante com 
deficiência visual na escola, proponha que os estudantes sejam vendados (pode 
usar tiras de tecido tipo TNT) e que realizem algumas tarefas, como abrir o 
caderno, vestir um casaco, deslocar-se pela sala ou tentar identificar um objeto 
pelo tato. Também é possível fornecer material em Braille para que os 
estudantes tentem identificar os padrões. Depois, sem a venda, você pode 
mostrar o que cada combinação representa. Podemos citar outras possibilidades 
de atividades que podem ajudar seus estudantes a desmistificar as 
necessidades educacionais especiais e respeitar as limitações do outro, tais 
como: 
 
➢ Desenhar e escrever com os pés, com o lápis embaixo do braço, com 
a mão contrária a que eles têm habilidade; 
➢ Pular corda com um pé só; 
➢ Ver um filme sem o som e depois descrever o que entendeu; 
➢ Ler um texto escrito de trás para frente; 
➢ Comunicar-se por meio de gestos, mímicas, etc. 
 
 O uso de histórias, sejam bibliográficas ou de construção coletiva, 
também contribui para o processo da inclusão. Pode-se reproduzir uma história 
através de painéis táteis com materiais texturizados. 
 
Ví deo 
Há filmes curta-metragem que abordam a temática da inclusão, 
o “Cuerdas” que aborda um pouco do cotidiano de uma criança 
com paralisia cerebral e “Fitas” que aborda a temática de 
criança com Transtorno do Espectro Autista. 
 
 
33 
 
- Cordas 
Link: https://www.youtube.com/watch?v=4INwx_tmTKw&t=4s 
- Fitas 
Link: https://www.youtube.com/watch?v=i5IPiYpANVs 
 
 
Em alguns casos de paralisia cerebral, forneça canetas e lápis mais 
grossos (pode envolve o lápis com espuma/E.V.A de forma a aumentar a 
espessura para que o estudante tenha mais facilidade em segurar). Use folhas 
avulsas e escreva com letras grandes e deixe o estudante mais perto do quadro. 
Em alguns casos é necessário o uso de uma placa de comunicação. Caso não 
tenha disponível, você pode criar com E.V.A, feltro ou papelão. Uma outra 
atividade é construir essa placa com a turma e até propor que eles se 
comuniquem usando a placa de comunicação. 
Nos casos de deficiências múltiplas, é importante estimular os sentidos 
que não foram totalmente afetados, seja pela manipulação de objetos ou por 
atividades de trabalho em grupo. Para atender os estudantes com deficiência 
auditiva, faz-se necessário o uso de recursos que facilitem a comunicação, como 
Libras. É possível que o professor trabalhe os movimentos orofaciais, que podem 
ser aprendidos com o auxílio de uma fonoaudióloga. 
 
Vocabula rio 
Orofacial: capacidade motora orofacial abrange a expressão 
facial, movimentando a musculatura do rosto. 
https://www.youtube.com/watch?v=4INwx_tmTKw&t=4s
 
 
34 
 
 
No atendimento dos estudantes com deficiência intelectual, construa um 
portfólio e guarde as atividades produzidas ao longo do período escolar. Isso 
facilita na análise da evolução, auxilia inclusive no desenvolvimento das 
atividades em períodos futuros. Também facilita a visualização da evolução por 
parte da família e do próprio estudante, que irá auxiliar na construção de 
continuidade. Quando a atividade escolar exigir um grau muito elevado de 
desenvolvimento cognitivo, procure fornecer opções de elementos que chamem 
a atenção, por exemplo, usando cores diferentes, figuras e outros materiais que 
se destaquem e que permitam uma opção de atividade com grau menor de 
desenvolvimento cognitivo, como se os estudantes fossem criar um cartaz com 
os dados de uma equação, incluindo gráfico e resolução. Estimule a participação 
na criação do cartaz, seja passando a limpo a resolução ou pintando o gráfico 
(tudo depende do grau de comprometimento do estudante). 
O objetivo da prática docente voltada para a inclusão é educar os 
estudantes em uma perspectiva de cidadania, prepará-los para viver e colaborar 
para a construção de uma sociedade mais justa e mais solidária. 
 
Saiba Mais 
Para saber mais a respeito da inclusão acesse os sites do 
Instituto Mara Gabrilli, da Fundação Dorina Nowill e da 
Escola de Gente, os quais trazem importantes questões 
relacionadas à temática inclusiva. 
- Instituto Mara Gabrilli, Link: http://img.org.br/ 
- Fundação Dorina Nowill, Link: 
https://www.fundacaodorina.org.br/ 
- Escola de Gente, Link: http://www.escoladegente.org.br/ 
 
 
 
 
 
 
http://img.org.br/
https://www.fundacaodorina.org.br/
 
 
35 
 
Amplie Seus Estudos 
SUGESTÃO DE LEITURA 
 
Leia o livro “Inclusão Escolar: Conjunto de 
práticas que governam”, de Maura Corcini 
Lopes e Morgana Domênica Hattge. A obra 
discute a inclusão escolar analisando práticas 
que se estabelecemna escola e no seu 
entorno, buscando olhar para essas questões 
que se articulam e constroem o cenário 
educacional inclusivo que vivenciamos no 
momento. 
 
 
 
Conclusão da aula 3 
 
Faz-se necessária a compreensão da importância da formação de 
profissionais, a qual deverá contemplar informações a respeito da inclusão, 
exemplos de atividades e entendimento das necessidades, sendo fator 
fundamental na construção de uma escola inclusiva (bem como de outros 
ambientes de atendimento de crianças e adolescentes). A formação deve 
contemplar o entendimento das diversidades e o desenvolvimento escolar 
respeitoso, cordial e tolerante. 
Além disso, ao longo desta disciplina foram apresentadas atividades com a 
inspiração histórico crítica, sendo a instrumentalização composta por todo o 
conteúdo apresentado nas aulas, incluindo vídeos, momentos de reflexão e 
saiba mais. A catarse ocorre na atividade de aprendizagem e a prática social 
ocorre nas atividades autoinstrutivas. 
 
Resumo da aula 3 
 
Nesta aula foram abordadas as questões que permeiam a formação de 
professores para a construção de uma escola inclusiva em uma sociedade com 
grande diversidade, com exemplos de atividades que podem ser realizadas na 
educação básica, fomentando reflexões sobre inclusão escolar e necessidades 
 
 
36 
 
educacionais especiais, considerando a ética docente e o trabalho educacional 
em meio à diversidade de nossa sociedade. Enfatizou-se também o papel de 
reforço da escola no estímulo do desenvolvimento das habilidades sociais, pois 
a família é o primeiro meio social. 
 
Atividade de Aprendizagem 
1 - Considerando o que foi apresentado até este momento, 
escolha uma das deficiências, síndromes ou limitações que 
foram citadas até agora. A partir dessa escolha, planeje uma 
aula com atividades que fomentem nos outros colegas o 
entendimento das dificuldades, empatia e o respeito as 
diferenças em uma turma do ensino fundamental regular. Seu 
texto deve ter entre 10 e 15 linhas. 
 
2 - Considerando as informações apresentadas nesta aula, crie 
uma planilha sobre sites, plataformas, canais do YouTube que 
compartilham informações pertinentes para a contínua 
atualização profissional no atendimento de crianças e 
adolescentes com necessidades educacionais especiais. Você 
pode utilizar Excel ou Planilhas Google (ou outro recurso que 
você tenha acesso). Organize por temas, deixando uma coluna 
para endereço eletrônico da informação e outra coluna para 
observações (onde você pode anotar suas percepções sobre o 
recurso). Por fim, compartilhe com colegas para troca de ideia 
sobre os resultados obtidos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
37 
 
Aula 4 – A Anamnese e sua contribuição na identificação das NEE: 
fundamentos e conduta profissional 
 
Apresentação da aula 4 
 
Nesta aula será abordada a Anamnese e sua contribuição na identificação 
das necessidades educacionais especiais, incluindo os fundamentos e a conduta 
profissional, destacando as características de uma Anamnese. 
 
4.1 A Anamnese e sua contribuição na identificação das NEE: fundamentos 
e conduta profissional 
 
Com a criação do Estatuto da Pessoa com Deficiência em 2015, ampliou-
se a necessidade de formalização da identificação dos estudantes com 
deficiência. Ao contrário das deficiências físicas, nas quais é clara a identificação 
da dificuldade motora, outros casos, como os que são resultantes de algumas 
síndromes, necessitam de uma avaliação. 
 
Para Refletir 
O que você viu ao longo da sua formação sobre diagnóstico 
de necessidades educacionais especiais? Por exemplo, 
muitos casos de deficiência visual, altas habilidades, ou 
superdotação, ou ainda deficiência auditiva leve são 
identificados na escola após os estudantes apresentarem 
alguma dificuldade de aprendizagem ou déficit no 
desenvolvimento. 
 
 
No setor público, o professor identifica uma dificuldade, avalia junto à 
equipe pedagógica que, caso haja a suspeita, encaminha o estudante para uma 
avaliação em um Centro Especializado. Neste centro (o nome varia conforme a 
localidade), o estudante é avaliado por psicopedagogos(as) e psicólogos(as). 
Em alguns casos, é necessária a participação de outros especialistas, 
como: neurologistas, oftalmologistas, otorrinolaringologistas, fisioterapeutas, 
fonoaudiólogos, entre outros. 
 
 
38 
 
 
 
LEI Nº 13.146, DE 06 DE JULHO DE 2015 
 
Dispõe sobre a Lei Brasileira de Inclusão da 
Pessoa com Deficiência (Estatuto da Pessoa com 
Deficiência). 
 
Dispõe sobre 
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA: Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu 
sanciono a seguinte Lei: 
 
[...] CAPÍTULO IV DO DIREITO À EDUCAÇÃO 
Art. 27. A educação constitui direito da pessoa com deficiência, assegurados sistema 
educacional inclusivo em todos os níveis e aprendizado ao longo de toda a vida, de forma a 
alcançar o máximo desenvolvimento possível de seus talentos e habilidades físicas, 
sensoriais, intelectuais e sociais, segundo suas características, interesses e necessidades de 
aprendizagem. 
Parágrafo único. É dever do Estado, da família, da comunidade escolar e da sociedade 
assegurar educação de qualidade à pessoa com deficiência, colocando-a a salvo de toda 
forma de violência, negligência e discriminação. 
Art. 28. Incumbe ao poder público assegurar, criar, desenvolver, implementar, 
incentivar, acompanhar e avaliar: 
I - sistema educacional inclusivo em todos os níveis e modalidades, bem como o 
aprendizado ao longo de toda a vida; 
II - aprimoramento dos sistemas educacionais, visando a garantir condições de acesso, 
permanência, participação e aprendizagem, por meio da oferta de serviços e de recursos de 
acessibilidade que eliminem as barreiras e promovam a inclusão plena; 
III - projeto pedagógico que institucionalize o atendimento educacional especializado, 
assim como os demais serviços e adaptações razoáveis, para atender às características dos 
estudantes com deficiência e garantir o seu pleno acesso ao currículo em condições de 
igualdade, promovendo a conquista e o exercício de sua autonomia; 
IV - oferta de educação bilíngue, em Libras como primeira língua e na modalidade 
escrita da língua portuguesa como segunda língua, em escolas e classes bilíngues e em 
escolas inclusivas; 
V - adoção de medidas individualizadas e coletivas em ambientes que maximizem o 
desenvolvimento acadêmico e social dos estudantes com deficiência, favorecendo o acesso, 
a permanência, a participação e a aprendizagem em instituições de ensino; 
 
 
39 
 
VI - pesquisas voltadas para o desenvolvimento de novos métodos e técnicas 
pedagógicas, de materiais didáticos, de equipamentos e de recursos de tecnologia assistiva; 
VII - planejamento de estudo de caso, de elaboração de plano de atendimento 
educacional especializado, de organização de recursos e serviços de acessibilidade e de 
disponibilização e usabilidade pedagógica de recursos de tecnologia assistiva; 
VIII - participação dos estudantes com deficiência e de suas famílias nas diversas 
instâncias de atuação da comunidade escolar; 
IX - adoção de medidas de apoio que favoreçam o desenvolvimento dos aspectos 
linguísticos, culturais, vocacionais e profissionais, levando-se em conta o talento, a 
criatividade, as habilidades e os interesses do estudante com deficiência; 
X - adoção de práticas pedagógicas inclusivas pelos programas de formação inicial e 
continuada de professores e oferta de formação continuada para o atendimento educacional 
especializado; 
XI - formação e disponibilização de professores para o atendimento educacional 
especializado, de tradutores e intérpretes da Libras, de guias intérpretes e de profissionais de 
apoio; 
XII - oferta de ensino da Libras, do Sistema Braille e de uso de recursos de tecnologia 
assistiva, de forma a ampliar habilidades funcionais dos estudantes, promovendo sua 
autonomia e participação; 
XIII - acessoà educação superior e à educação profissional e tecnológica em igualdade 
de oportunidades e condições com as demais pessoas; 
XIV - inclusão em conteúdos curriculares, em cursos de nível superior e de educação 
profissional técnica e tecnológica, de temas relacionados à pessoa com deficiência nos 
respectivos campos de conhecimento; 
XV - acesso da pessoa com deficiência, em igualdade de condições, a jogos e a 
atividades recreativas, esportivas e de lazer, no sistema escolar; 
XVI - acessibilidade para todos os estudantes, trabalhadores da educação e demais 
integrantes da comunidade escolar às edificações, aos ambientes e às atividades 
concernentes a todas as modalidades, etapas e níveis de ensino; 
XVII - oferta de profissionais de apoio escolar; XVIII - articulação intersetorial na 
implementação de políticas públicas. [...] 
 
Disponível na integra em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-
2018/2015/lei/l13146.htm 
 
 
 
 
 
40 
 
A Anamnese é uma ferramenta para início do diagnóstico de uma 
Necessidade Educacional Especial, pois, em alguns casos, é necessária a 
realização de exames. 
 
Pesquise 
Pesquise exemplos de anamnese para aplicação no 
ambiente escolar, com o objetivo inicial de avaliação 
psicopedagógica. 
 
 
Na escola há profissionais com experiência na percepção de alguma 
dificuldade de aprendizado que estejam à margem da normalidade. Por isso, 
muitas vezes são os professores, juntamente com a equipe pedagógica, que 
indicam a necessidade de uma avaliação com especialistas. Professores e 
pedagogos, pela experiência profissional e o conhecimento na área do 
desenvolvimento, acabam desenvolvendo essa percepção mais sensível, que 
auxilia no encaminhamento dos estudantes para avaliação. 
 
Pesquise 
Pesquise quais são os procedimentos para identificação de 
estudantes com Transtorno do Espectro Autista. Qual a 
idade em que se pode concluir um diagnóstico e quais 
profissionais participam do diagnóstico? 
 
 
4.1.1 Anamnese 
 
Anamnese de crianças e adolescentes é uma análise inicial de 
características do indivíduo que é realizada através de entrevista com o 
responsável, e pode ser aplicada com todos os estudantes, mesmo o que possui 
desenvolvimento considerado típico. Pode ser realizada em diversos contextos, 
 
 
41 
 
como no meio escolar, em uma primeira consulta médica de rotina ou no início 
de atividades extra curriculares. 
No contexto escolar, é uma avaliação psicopedagógica inicial, na qual são 
abordados assuntos sobre o histórico de saúde familiar, composição familiar, 
histórico de saúde do estudante, entre outras informações que possam ser 
pertinentes para compreender as necessidades e características de cada 
estudante. 
Há vários modelos de Anamnese, inclusive pode-se consultar na Internet 
alguns modelos prontos. Mas todos possuem alguns pontos em comum, os quais 
listarei a seguir. 
Inicialmente, as fichas de Anamnese contêm questionamentos sobre 
dados pessoais: nome do estudante, nome dos pais, dados de contato dos 
responsáveis, data de nascimento do estudante e dos pais. Em seguida iniciam-
se os questionamentos básicos sobre o histórico de saúde do estudante: como 
foi o nascimento (parto normal, natural, cesárea, uso de fórceps), qual o tempo 
de gestação (se nasceu antes das 36 semanas é considerado prematuro e, 
gestação a termo, refere-se ao nascimento no tempo previsto de 40 semanas), 
qual foram as notas Apgar, qual era o peso/perímetro encefálico/altura no 
nascimento, se tomou todas as vacinas, se possui alergia, se teve alguma 
doença ou se sofreu algum acidente. 
 
Vocabula rio 
Apgar: é uma nota dada ao recém-nascido. Esse teste foi 
criado em 1952 pela anestesista norte-americana Virginia 
Apgar, com o objetivo de avaliar a vitalidade do recém-
nascido. É realizado no primeiro e no quinto minuto de vida 
da criança. O teste baseia-se em cinco critérios de avaliação: 
frequência cardíaca, respiração, tônus muscular, prontidão 
reflexa e cor da pele, que, individualmente, podem receber 
notas de 0 a 2, somando um total de 10 pontos. 
 
Faz-se importante atentar-se a questões como com “qual idade começou 
a falar, engatinhar e andar?”, as quais se referem aos dados de desenvolvimento 
ou a questões como “qual foi a nota Apgar?”, as quais se referem aos dados do 
histórico de saúde. 
 
 
42 
 
Em uma avaliação psicopedagógica, são analisadas as características 
comportamentais e realizada uma avaliação das capacidades educacionais. 
Nesse contexto, são avaliadas a leitura, a escrita, a interpretação e a resolução 
de problemas na área da capacidade educacional. 
Faz-se necessário também o espaço para a análise do histórico de saúde 
familiar geralmente se inicia com a pergunta se os pais possuem algum problema 
de saúde, se alguém na família teve alguma doença, se há histórico de doenças 
mentais na família, se algum familiar foi usuário de entorpecentes, entre outras. 
Também são realizadas perguntas específicas sobre a saúde da mãe, se 
já teve abortos ou se apresentou algum problema na gestação. Nos casos de 
filho adotivo, são necessárias as informações sobre o histórico de saúde da 
família biológica (quando possível). Em seguida, são questionados os dados 
sobre o desenvolvimento do estudante: com qual idade começou a falar, 
engatinhar e andar. Se teve dificuldade em falar, como gagueira. 
Também são questionados dados do histórico escolar, quando começou 
a frequentar a escola, por quais escolas passou, se houve alguma reprovação 
ou dificuldade. 
Há espaço para os dados sociofamiliares (a posição na ficha varia, pode 
ser no meio ou no final). Os questionamentos se referem a com quem o 
estudante mora, quantos moram na mesma residência, se ele possui um quarto 
individual, qual é o tempo que moram nesse endereço, pode se questionar se os 
pais são oficialmente casados (ou união estável) e se já houve separações. Há 
algumas fichas nas quais o responsável que participa da anamnese pode 
descrever sua opinião sobre o estudante, o que espera da escola, o que deseja 
para o futuro e quais suas percepções sobre o estudante (características 
comportamentais, como se percebe o estudante mais sensível ou mais 
agressivo). A anamnese é um instrumento de avaliação psicopedagógica 
utilizado em escolas públicas e privadas do ensino básico. 
 
4.2 Contribuições na Identificação das NEE 
 
As avaliações psicopedagógicas como a Anamnese são essenciais para 
iniciar a identificação de estudantes com necessidades educacionais especiais. 
A partir dessas avaliações, serão fundamentadas as intervenções que serão 
 
 
43 
 
realizadas para fornecer recursos aos estudantes e contribuir para o 
desenvolvimento escolar, social, cognitivo e motor. 
As avaliações abrangem a identificação dos fatores que geram 
dificuldades nos estudantes, avaliação das capacidades educacionais (leitura, 
escrita, interpretação e resolução de problemas) e identificação das 
características comportamentais. 
É possível aplicar atividades lógico-matemáticas, desenhos, jogos e 
outros recursos durante a avaliação. Para identificar algumas Necessidades 
Educacionais Especiais é necessário complementar com a realização de 
exames médicos e consultas com especialistas. O importante é que após a 
identificação seja possível direcionar as ações pedagógicas para uma prática 
docente inclusiva, atendendo as necessidades dos estudantes e facilitando o 
processo de ensino-aprendizagem. 
Para que realmente seja construída uma escola inclusiva com práticas 
pedagógicas coerentes, é essencial que seja realizada a identificação das 
necessidades especiais. No passado, muitos indivíduos apresentaram 
dificuldades de aprendizagem, porque não havia a identificação adequada das 
necessidades educacionais especiais e assim não ocorreram as intervenções 
necessárias para criar um ambiente escolar adaptado, acolhedor e estimulante,o que dificultou no desenvolvimento de habilidades cognitivas e sociais. Para 
que esse tipo de coisa não se repita, precisamos compreender os fatores que 
limitam e/ou potencializam o desenvolvimento educacional, social, cognitivo e 
motor. 
 
Ví deo 
Para saber um pouco sobre Anamnese neuropsicológica, 
assista o vídeo “Entrevista de Anamnese”, disponível no link: 
https://www.youtube.com/watch?v=I9576v-VlWQ 
 
 
 
 
 
 
 
44 
 
Amplie Seus Estudos 
SUGESTÃO DE LEITURA 
 
Leia o “Manual Prático do Diagnóstico 
Psicopedagógico Clínico”, de autoria de 
Simaia Sampaio. A obra traz de maneira 
prática e objetiva os passos e a aplicação 
das técnicas usadas no diagnóstico 
psicopedagógico clínico baseado na 
Epistemologia Convergente, Outros Testes, 
Anamnese, Devolução e Informe 
Psicopedagógico. 
 
 
 
 
Conclusão da aula 4 
 
Considerando tudo que foi apresentado nesta aula, é possível concluir 
que a anamnese é o ponto-chave para a elaboração de práticas educacionais 
inclusivas e análise das necessidades de encaminhamento dos estudantes para 
atividades extras, como terapias. Tudo isso contribui para auxiliar no 
desenvolvimento dos estudantes, reduzindo sofrimento tanto do estudante 
quanto dos familiares, pois tendo um diagnóstico, fica mais fácil direcionar as 
ações de atendimento da criança e do adolescente, tanto no ambiente escolar 
como em outros ambientes da sociedade. 
 
Resumo da aula 4 
 
Nesta última aula vimos as características da Anamnese, quais são os 
assuntos analisados e como a anamnese pode contribuir na identificação das 
necessidades educacionais especiais. Evidenciou-se também que a anamnese 
trata-se de perguntas que abordam o histórico de saúde familiar, composição 
familiar, histórico de saúde do estudante, entre outras informações pessoais. 
 
 
 
 
45 
 
Atividade de Aprendizagem 
1 - Escreva um texto entre 10 e 15 linhas sobre Anamnese. 
Citando exemplos de questões que devem estar presentes. 
 
2 - Considerando as informações apresentadas nesta aula, crie 
um infográfico que represente os principais tópicos. Você pode 
utilizar recursos online e gratuitos, como o “Canva” 
(https://www.canva.com/). O site possui recursos intuitivos de 
criação e modelos para serem adaptados, para conhecer 
melhor o recurso acesse o vídeo: 
https://www.youtube.com/watch?v=zB4PwLWcfok. Por fim, 
compartilhe com colegas para troca de ideia sobre os 
resultados obtidos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
https://www.youtube.com/watch?v=zB4PwLWcfok
 
 
46 
 
Resumo da disciplina 
 
Nesta disciplina apresentaram-se vários aspectos referentes à inclusão 
social e educacional de pessoas com Necessidades Educacionais Especiais, 
como a formação de profissionais para a construção de uma escola inclusiva em 
uma sociedade com grande diversidade. Também foi apresentada a explicação 
e definição de várias habilidades sociais, relacionando essas habilidades com as 
relações interpessoais, as práticas pedagógicas inclusivas e o papel da 
Anamnese na identificação de necessidades educacionais especiais. Também 
foram tratados os assuntos sobre a importância de adaptações de materiais, 
metodologias e didáticas utilizadas em sala de aula, com a finalidade de atender 
todos os estudantes de forma igualitária. 
Evidenciou-se a importância de conhecer as características de cada NEE 
para se adiantar e alterar uma atividade já planejada, evitando assim o 
constrangimento do estudante. Na prática pedagógica inclusiva, deve-se evitar 
o assistencialismo, buscando auxiliar os estudantes no desenvolvimento da 
autonomia. Nas atividades inclusivas, é importante o propósito de desenvolver a 
empatia e a tolerância com as diferenças, propondo atividades nas quais os 
estudantes experimentem se colocar no lugar do colega com NEE, vivenciando 
diferentes situações. As reflexões a respeito da educação na diversidade, 
referem-se à diversidade cognitiva, motora, étnica, religiosa e social. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
47 
 
Índice Remissivo 
A Anamnese e sua contribuição na identificação das NEE: fundamentos 
e conduta profissional ................................................................................ 
(Anamnese; NEE; identificação) 
37 
A Anamnese e sua contribuição na identificação das NEE: fundamentos 
e conduta profissional ................................................................................ 
(Centro Especializado; Anamnese; psicopedagogos) 
37 
A ética, professor e a Educação Inclusiva: fundamentos para uma 
educação na diversidade ........................................................................... 
(Formação de professores; ambiente escolar; relações interpessoais) 
26 
Anamnese ................................................................................................. 
(Saúde; Apgar; sociofamiliares) 
40 
As habilidades sociais nas práticas pedagógicas inclusivas ...................... 
(Tolerância; desenvolvimento; habilidades sociais) 
22 
As habilidades sociais nas relações interpessoais ..................................... 
(Ambiente escolar; prática pedagógica; tolerância) 
22 
As habilidades sociais nas relações interpessoais e nas práticas 
pedagógicas inclusivas .............................................................................. 
(Habilidades sociais; desenvolvimento humano; relações interpessoais) 
19 
As Necessidades Educacionais Especiais (NEE) e as contribuições das 
teorias do desenvolvimento humano .......................................................... 
(NEE; desenvolvimento humano; contribuições) 
8 
As Necessidades Educacionais Especiais (NEE) e as contribuições das 
teorias do desenvolvimento humano .......................................................... 
(NEE; Estatuto da Inclusão; escolar) 
8 
As NEE e as contribuições das teorias do desenvolvimento humano ......... 
(Pedagogia; necessidades educacionais; deficiências) 
9 
Contribuições das teorias do desenvolvimento humano às NEE ................ 
(Necessidades especiais; desenvolvimento; terapeuta ocupacional) 
15 
Contribuições na Identificação das NEE .................................................... 
(Anamnese; práticas pedagógicas; desenvolvimento educacional) 
42 
Educação na diversidade ........................................................................... 
(Globalização; ensino regular; superdotação) 
29 
Ética, professor e a Educação Inclusiva: fundamentos para uma 
educação na diversidade ........................................................................... 
26 
 
 
48 
 
(Educação na diversidade; exemplos; fundamentos) 
Exemplos de atividades ............................................................................. 
(Práticas pedagógicas; educação infantil; TEA) 
30 
Formação de professores para uma educação inclusiva ........................... 
(Família; deficiência; habilidades sociais) 
27 
Habilidades sociais .................................................................................... 
(TGD; habilidades; comunicação) 
19 
Habilidades sociais nas relações interpessoais e nas práticas 
pedagógicas inclusivas .............................................................................. 
(Pedagogia inclusiva; habilidades sociais; relações interpessoais) 
18 
Habilidades sociais nas relações interpessoais e nas práticas 
pedagógicas inclusivas .............................................................................. 
(Desenvolvimento humano; inclusão social; independência) 
18 
NEE ........................................................................................................... 
(Desenvolvimento social; espectro autista; síndromes) 
9 
Teorias de desenvolvimento humano ........................................................ 
(Ciclo vital; normativas; organísmica) 
13 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
49