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História do Brasil: Períodos e Questões

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2 
HISTÓRIA DO BRASIL – INTRODUÇÃO, PERÍODO 
PRÉ CABRALINO E PERÍODO PRÉ-COLONIAL 
 
QUESTÃO 01 
(Unicamp 2020) 
 
Na América Portuguesa do século XVI, a 
política europeia para os indígenas 
pressupunha também a existência de uma 
política indígena frente aos europeus, já que os 
Tamoios e os Tupiniquins tinham seus próprios 
motivos para se aliarem aos franceses ou aos 
portugueses. 
(Adaptado de Manuela Carneiro da Cunha, 
Introdução a uma história indígena. São Paulo: 
Companhia das Letras/Fapesp, 1992, p. 18.) 
 
Com base no excerto e nos seus 
conhecimentos sobre os primeiros contatos 
entre europeus e indígenas no Brasil, assinale a 
alternativa correta. 
 
A) A população ameríndia era heterogênea e os 
conflitos entre diferentes grupos étnicos 
ajudaram a definir, de acordo com suas 
próprias lógicas e interesses, a dinâmica dos 
seus contatos com os europeus. 
B) O fato de Tamoios e Tupiniquins serem 
grupos aliados contribuiu para neutralizar as 
disputas entre franceses e portugueses pelo 
controle do Brasil, pelo papel mediador que 
os nativos exerciam. 
C) Os indígenas, agentes de sua história, desde 
cedo souberam explorar as rivalidades entre 
os europeus e mantê-los afastados dos seus 
conflitos interétnicos, anulando o impacto da 
presença portuguesa. 
D) As etnias indígenas viviam em harmonia 
umas com as outras e em equilíbrio com a 
natureza. Esse quadro foi alterado com a 
chegada dos europeus, que passaram a 
incentivar os conflitos interétnicos para 
estabelecer o domínio colonial. 
 
 
 
 
 QUESTÃO 02 
(Unesp 2019) 
O dia em que o capitão-mor Pedro Álvares 
Cabral levantou a cruz [...] era a 3 de maio, 
quando se celebra a invenção da Santa Cruz em 
que Cristo Nosso Redentor morreu por nós, e 
por esta causa pôs nome à terra que se 
encontrava descoberta de Santa Cruz e por este 
nome foi conhecida muitos anos. Porém, como 
o demônio com o sinal da cruz perdeu todo o 
domínio que tinha sobre os homens, receando 
perder também o muito que tinha em os desta 
terra, trabalhou que se esquecesse o primeiro 
nome e lhe ficasse o de Brasil, por causa de um 
pau assim chamado de cor abrasada e vermelha 
com que tingem panos [...]. 
(Frei Vicente do Salvador, 1627. Apud Laura de Mello 
e Souza. O Diabo e a Terra de Santa Cruz , 1986) 
O texto revela que 
A) a Igreja católica defendeu a prática do 
extrativismo durante o processo de conquista 
e colonização do Brasil. 
B) um esforço amplo de salvação dos povos 
nativos do Brasil orientou as ações dos 
mercadores portugueses. 
C) os nomes atribuídos pelos colonizadores às 
terras do Novo Mundo sempre respeitaram 
motivações e princípios religiosos. 
D) o objetivo primordial da colonização 
portuguesa do Brasil foi impedir o avanço do 
protestantismo nas terras do Novo Mundo. 
E) uma visão mística da colonização 
acompanhou a exploração dos recursos 
naturais existentes nas terras conquistadas. 
 
QUESTÃO 03 
(Fac. Albert Einstein 2019) 
Mil anos antes da “descoberta” do Brasil pelos 
europeus, um grande movimento de migração 
parece ter se iniciado no sul da floresta 
amazônica. Os povos que se moviam falavam 
línguas aparentadas, de uma grande família de 
línguas que denominamos tupi-guarani. 
Praticavam a coivara e eram bons caçadores e 
pescadores. 
(Norberto Luiz Guarinello. Os primeiros habitantes do Brasil , 2009. 
Adaptado.) 
A partir do texto e de seus conhecimentos, 
pode-se afirmar que os referidos povos 
 
 
 
 
 
 
3 
A) limitavam-se ao extrativismo e alimentavam-
se principalmente de moluscos, daí serem 
também chamados de povos dos sambaquis. 
B) eram pacíficos e estabeleceram relações 
amistosas com outros grupos nativos e, 
posteriormente, com os colonizadores 
portugueses. 
C) eram originários da Ilha de Marajó e 
dominavam a cerâmica, o que permitia a 
conservação de mantimentos e a produção 
de urnas funerárias. 
D) foram dizimados por grupos indígenas 
procedentes do litoral pacífico do continente, 
daí sua cultura ter sido extinta antes da 
conquista portuguesa. 
E) praticavam a agricultura e tinham bom 
domínio da navegação, o que contribuiu para 
sua expansão pelas terras posteriormente 
chamadas de Brasil. 
 
QUESTÃO 04 
(Ufrgs 2018) 
Leia o segmento abaixo, do escritor indígena 
Ailton Krenak. 
Os fatos e a história recente dos últimos 500 
anos têm indicado que o tempo desse encontro 
entre as nossas culturas é um tempo que 
acontece e se repete todo dia. Não houve um 
encontro entre as culturas dos povos do 
Ocidente e a cultura do continente americano 
numa data e num tempo demarcado que 
pudéssemos chamar de 1500 ou de 1800. 
Estamos convivendo com esse contato desde 
sempre. 
KRENAK, Ailton. O eterno retorno do encontro . In: 
NOVAES, Adauto (org.). A outra margem do Ocidente. 
São Paulo: Funarte, Companhia das Letras, 1999. p. 25. 
Considerando a história indígena no Brasil, a 
principal ideia contida no segmento é 
 
A) negação da conquista europeia na América, 
em 1500. 
B) ausência de transformação social nas 
sociedades ameríndias. 
C) exclusão dos povos americanos da história 
ocidental. 
D) estagnação social do continente sul-
americano após a chegada dos europeus. 
E) continuidade histórica do contato cultural 
entre ocidentais e indígenas. 
QUESTÃO 05 
(Mackenzie 2018) 
“(...) Neste dia, a horas de véspera, 
houvemos vista de terra! Primeiramente dum 
monte, mui alto e redondo; e doutras serras 
mais baixas ao sul dele; e de terra chã, com 
grandes arvoredos: ao monte alto o capitão pôs 
o nome – o Monte Pascoal, e à terra – a Terra 
de Vera Cruz.” 
CAMINHA, Pero Vaz de. “Carta. In: Freitas a el -rei D. 
Manuel”.In FREITAS, Gustavo de. 900 textos e documentos de 
história. Lisboa: Plátano, 1986. V. II, p. 99-100. 
 
O texto acima é parte da carta do escrivão, 
Pero Vaz de Caminha, tripulante a bordo da 
armada de Pedro Álvarez Cabral, ao rei 
português D. Manuel, narrando o 
descobrimento do Brasil. Essa expedição 
marítima pode ser entendida no contexto 
socioeconômico da época, como uma 
 
A) tentativa de obtenção de novas terras, no 
continente europeu, para ceder aos nobres 
portugueses, empobrecidos pelo declínio do 
feudalismo, verificado durante todo o século 
XIV. 
B) consolidação do poder da Igreja junto às 
Monarquias ibéricas, interessada tanto em 
reprimir o avanço mulçumano no 
Mediterrâneo, quanto em cristianizar os 
indígenas do Novo Continente. 
C) busca por ouro e prata no litoral americano, 
para suprir a escassez de metais preciosos na 
Europa, o que prejudicava a continuidade do 
comércio com o Oriente. 
D) conquista do litoral brasileiro e sua 
ocupação, garantindo que a coroa 
portuguesa tomasse posse dos territórios a 
ela concedidos, pelo Tratado de Tordesilhas, 
em 1494. 
E) tomada oficial das terras garantidas a 
Portugal, pelo acordo de Tordesilhas, e o 
controle exclusivo português da rota 
atlântica, dando-lhes acesso ao lucrativo 
comércio de especiarias. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4 
QUESTÃO 06 
(Udesc 2018) 
 
É prática comum nos programas escolares a 
delimitação de datas que marcam o início e, 
muitas vezes, o fim de processos históricos. No 
caso da História do Brasil, o ano de 1500 recebe 
bastante atenção. 
 
A respeito do ano de 1500 como início oficial 
da História do Brasil, analise as proposições. 
 
I. A definição de datas como marcos históricos 
tem implicações políticas, uma vez que elege 
certos eventos como fundamentais. No caso 
da História do Brasil, a ênfase no ano de 1500 
ressalta a importância atribuída à chegada 
dos europeus para a constituição da história 
brasileira. 
II. Ao definir o ano de 1500 como marco inicial 
para a História do Brasil, corre-se o risco de 
desconsiderar a importância da história, as 
características e os costumes dos vários 
grupos indígenas que já habitavam o 
território, que seria posteriormente 
conhecido como Brasil. 
III. A definição do ano de1500, como marco 
para o início oficial da História do Brasil, foi 
resultado de uma série de demandas 
populares que reivindicavam a possibilidade 
de opinar a respeito da oficialização da 
História Nacional. 
 
Assinale a alternativa correta. 
 
A) Somente as afirmativas I e II são verdadeiras. 
B) Somente as afirmativas II e III são 
verdadeiras. 
C) Somente as afirmativas I e III são verdadeiras. 
D) Somente a afirmativa I é verdadeira. 
E) Somente a afirmativa II é verdadeira. 
 
 
 
 
 
 
 
 
QUESTÃO 07 
(Unesp 2018) 
 
Em 1500, fazia oito anos que havia presença 
europeia no Caribe: uma primeira tentativa de 
colonização que ninguém na época podia 
imaginar que seria o prelúdio da conquista e da 
ocidentalização de todo um continente e até, na 
realidade, uma das primeiras etapas da 
globalização. 
 
A aventura das ilhas foi exemplar para toda 
a América, espanhola, inglesa ou portuguesa, 
pois ali se desenvolveu um roteiro que se 
reproduziu em várias outras regiões do 
continente americano: caos e esbanjamento, 
incompetência e desperdício, indiferença, 
massacres e epidemias. A experiência serviu 
pelo menos de lição à coroa espanhola, que 
tentou praticar no resto de suas possessões 
americanas uma política mais racional de 
dominação e de exploração dos vencidos: a 
instalação de uma Igreja poderosa, dominadora 
e próxima dos autóctones, assim como a 
instalação de uma rede administrativa densa e 
o envio de funcionários zelosos, que evitaram a 
repetição da catástrofe antilhana. 
(Serge Gruzinski. A passagem do século: 1480-1520: 
as origens da globalização, 1999. Adaptado.) 
 
As epidemias provocadas pelos contatos 
entre europeus e povos autóctones da América 
 
A) demonstraram o risco da expansão territorial 
para áreas distantes e determinaram o 
imediato desenvolvimento de vacinas. 
B) representaram uma espécie de guerra 
biológica que afetou, ainda que de forma 
desigual, conquistadores e conquistados. 
C) provocaram a interdição, pelas cortes 
europeias, da circulação de mulheres 
grávidas entre os dois continentes. 
D) foram utilizadas pelos nativos para impedir o 
avanço dos europeus, que contraíram 
doenças tropicais, como a febre amarela e a 
malária. 
E) levaram à proibição, pelas cortes europeias, 
do contato sexual entre europeus e nativos, 
para impedir a propagação da sífilis. 
 
 
 
 
 
 
5 
QUESTÃO 08 
(Unesp 2018) 
 
Os problemas ocorridos na colonização das ilhas 
do Caribe podem ser considerados “exemplares 
para toda a América”, pois geraram 
 
A) a identificação de uma grande oportunidade, 
para nativos e europeus, de conviver com 
outros povos e desenvolver a tolerância e o 
respeito a valores morais e culturais 
diferentes. 
B) o temor, nos indígenas, diante da ambição 
europeia e a percepção, pelos europeus, da 
dificuldade de estruturar o empreendimento 
colonial e manter o controle de terras e 
povos tão distantes. 
C) o início de um longo conflito entre os 
europeus e as populações nativas, que 
provocou perdas humanas e financeiras nos 
dois lados, inviabilizando a exploração 
comercial da América. 
D) a formação de uma elite colonial que 
recusava submeter-se às ordens das coroas 
europeias e dispunha de plena autonomia na 
produção e comercialização das mercadorias. 
E) o reconhecimento, pelos europeus, da 
necessidade de instalação de feitorias no 
litoral para a segurança dos viajantes e a 
aceitação, pelos nativos, da hegemonia dos 
conquistadores. 
 
QUESTÃO 09 
(Uefs 2018) 
 
O “coração” econômico da época, Veneza, tem 
cada vez mais dificuldades em assegurar a 
competitividade de seus produtos. Em 1504, os 
navios venezianos já quase não encontram 
pimenta em Alexandria. As especiarias desta 
proveniência se revelam muito mais caras do 
que as que são encaminhadas da Índia 
portuguesa: a pimenta embarcada pelos 
portugueses em Calicute é quarenta vezes 
menos onerosa do que a que transita por 
Alexandria. 
(Jacques Attali. 1492, 1991. Adaptado.) 
 
 
O início da colonização efetiva do Brasil por 
Portugal, historicamente condicionado pelos 
fatos referidos pelo excerto, 
 
A) teve início assim que os navegadores 
chegaram às novas terras. 
B) projetou a hegemonia portuguesa no 
comércio atlântico. 
C) enriqueceu a Metrópole com a descoberta de 
metais preciosos. 
D) atardou-se devido aos lucros auferidos com 
o comércio oriental. 
E) foi financiado pelos lucros gerados pelo 
comércio de especiarias. 
 
QUESTÃO 10 
(Pucpr 2017) 
 
A primeira missa no Brasil é um momento 
emblemático do início da colonização 
portuguesa na América, celebrada poucos dias 
após a chegada e desembarque dos 
portugueses na costa brasileira, imortalizada 
pela narrativa na Carta de Pero Vaz de Caminha 
e no óleo sobre tela de Victor Meirelles. A 
ocupação de fato demorou um pouco mais a 
acontecer, dentre as razões para seu início, 
temos 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
6 
A) o aumento do comércio de especiarias com o 
Oriente, levando à maior necessidade de 
mercados consumidores. 
B) a descoberta de metais preciosos na colônia 
portuguesa, acelerando o interesse da 
metrópole na exploração de sua colônia. 
C) a probabilidade da tomada das terras por 
corsários ingleses que vinham atrás do 
contrabando de escravos indígenas para 
outras colônias. 
D) a necessidade de tomar posse e defender 
suas terras para evitar a vinda de 
exploradores sem o conhecimento da coroa 
portuguesa. 
E) a construção das feitorias para armazenar 
pau-brasil e carregar navios, promovendo a 
migração de um grande contingente de 
portugueses para povoar e cuidar das novas 
vilas. 
 
QUESTÃO 11 
(Ufu 2017) 
Refiro-me à destruição que pudemos fazer da 
grande (20 40 metros) e velha maloca taracuá 
[...] Sabe V. Rvma. que para o índio a maloca é 
cozinha, dormitório, refeitório, tenda de 
trabalho, lugar de reunião na estação de chuvas 
e sala de dança nas grandes solenidades. [...] A 
maloca é também, como costumava dizer o 
zeloso dom Bazola, a “casa do diabo”, pois que 
ali se fazem as orgias infernais, maquinam-se as 
mais atrozes vinganças contra os brancos e 
contra outros índios... 
Monsenhor Pedro Massa, início século XX. In: 
ZENUN, K. H. e ADISSI, V. M. A. Ser índio hoje: a tensão 
territorial. 2. ed. São Paulo: Loyola, 1999, p. 70. 
(Adaptado). 
 
Com a chegada dos europeus ao continente 
americano, teve início a subjetivação da figura 
do índio, delineando-se, gradativamente, a 
imagem do nativo ocioso, preguiçoso, 
indisciplinado e desorganizado. Esse ponto de 
vista atravessou séculos e sobrevive em nossos 
dias. 
 
Dessa maneira, de acordo com a citação, 
derrubar a maloca seria uma ação necessária, 
pois a moradia indígena representava o(a) 
 
A) tradição da cultura pagã que contrariava os 
planos de conversão e domínio espiritual. 
B) baluarte de expressão da organização tribal, 
influência do contato com a cultura africana. 
C) símbolo de superioridade da cultura 
indígena, quando comparada à europeia. 
D) obstáculo que impedia o trabalho de 
catequese no espaço conhecido como 
reduções. 
 
QUESTÃO 12 
(Puccamp 2017) 
 
A chegada dos colonizadores portugueses ao 
Brasil foi narrada na carta de Pero Vaz de 
Caminha, à qual se seguiram as seguintes 
expressões culturais nos primeiros momentos 
de nossa história: 
 
A) Formação de academias literárias e 
propagação de um ideário nacionalista. 
B) Maturação de um autêntico sistema literário 
e formação de grêmios republicanos. 
C) Correspondência de viajantes e 
documentação das riquezas naturais. 
D) Abertura dos portos às nações amigas e 
consolidação da imprensa. 
E) Catequese promovida pelos jesuítas e 
consolidação dos ideais emancipacionistas. 
 
QUESTÃO 13 
(Upe-ssa 2017) 
 
Na bacia do Rio São Francisco, nas paleolagoas 
conhecidas hoje como tanques, foram achados 
ossos de animais extintosda fauna 
pleistocênica, que conviveram com o homem 
em diversas áreas da região, como Salgueiro e 
Alagoinha, em Pernambuco. Pesquisas mais 
recentes assinalaram, também, a presença de 
megafauna, como o mastodonte e a preguiça-
gigante, como é o caso da Lagoa Uri de Cima em 
Salgueiro. 
MARTIN, Gabriela; PESSIS, Anne-Marie. Breve 
Panorama da Pré-História do Vale do São Francisco no 
Nordeste do Brasil. Revista FUMDHAMentos, Volume 1 – 
Número 10 – Ano 2013, p. 14, adaptado. 
 
 
 
 
 
 
 
7 
O trecho acima propõe uma leitura da 
História do Brasil, que se caracteriza pela 
 
A) presença essencial dos europeus no 
continente americano. 
B) inexistência de exemplares da megafauna em 
território brasileiro. 
C) carência de estudos paleoantropológicos e 
sítios arqueológicos no Nordeste. 
D) antiguidade da presença humana no país, 
anterior à chegada dos portugueses. 
E) existência de répteis de porte avantajado, 
popularmente conhecidos como dinossauros. 
 
QUESTÃO 14 
(Enem 2016) 
Texto I 
 
Documentos do século XVI algumas vezes se 
referem aos habitantes indígenas como “os 
brasis”, ou “gente brasília” e, ocasionalmente 
no século XVII, o termo “brasileiro” era a eles 
aplicado, mas as referências ao status 
econômico e jurídico desses eram muito mais 
populares. Assim, os termos “negro da terra” e 
“índios” eram utilizados com mais frequência 
do que qualquer outro. 
SCHWARTZ, S. B. Gente da terra braziliense da nação. 
Pensando o Brasil: a construção de um povo. In: MOTA, 
C. G. (Org.). Viagem Incompleta: a experiência brasileira 
(1500-2000). São Paulo: Senac, 2000 (adaptado). 
 
Texto II 
 
Índio é um conceito construído no processo 
de conquista da América pelos europeus. 
Desinteressados pela diversidade cultural, 
imbuídos de forte preconceito para com o 
outro, o indivíduo de outras culturas, 
espanhóis, portugueses, franceses e anglo-
saxões terminaram por denominar da mesma 
forma povos tão díspares quanto os tupinambás 
e os astecas. 
SILVA, K. V.; SILVA, M. H. Dicionário de conceitos 
históricos. São Paulo: Contexto, 2005. 
 
Ao comparar os textos, as formas de 
designação dos grupos nativos pelos europeus, 
durante o período analisado, são reveladoras da 
 
A) concepção idealizada do território, 
entendido como geograficamente 
indiferenciado. 
B) percepção corrente de uma ancestralidade 
comum às populações ameríndias. 
C) compreensão etnocêntrica acerca das 
populações dos territórios conquistados. 
D) transposição direta das categorias originadas 
no imaginário medieval. 
E) visão utópica configurada a partir de 
fantasias de riqueza. 
 
QUESTÃO 15 
(G1 – Ifsul 2016) 
De 1500 a 1530, os portugueses não 
desenvolveram um grande projeto de 
colonização para a sua colônia na América 
(Brasil). Nesse período, ocorreram as 
expedições de reconhecimentos e as 
expedições guarda-costas. 
 
A economia, nesse período, 
 
A) deteve-se ao cultivo de café na região do Vale 
do rio Paraíba. 
B) limitou-se ao cultivo de cana-de-açúcar no 
nordeste com o trabalho escravo. 
C) dedicou-se à extração de metais preciosos, 
sobretudo prata, nas Gerais. 
D) baseou-se na extração do pau-brasil através 
do escambo com os nativos. 
 
QUESTÃO 16 
(Enem Libras 2017) 
 
Os cartógrafos portugueses teriam falseado 
as representações do Brasil nas cartas 
geográficas, fazendo concordar o meridiano 
com os acidentes geográficos de forma a 
ressaltar uma suposta fronteira natural dos 
domínios lusos. O delineamento de uma grande 
lagoa que conectava a bacia platina com a 
amazônica já era visível nas primeiras 
descrições geográficas e mapas produzidos por 
Gaspar Viegas, no Atlas de Lopo Homem (1519), 
nas cartas de Diogo Ribeiro (1525-27), no 
planisfério de André Homen (1559), nos mapas 
de Bartolomeu Velho (1561). 
KANTOR, Í. Usos diplomáticos da ilha-Brasil: polêmicas 
cartográficas e historiográficas. Varia Historia, n. 37, 2007 (adaptado). 
 
 
 
 
 
 
 
8 
De acordo com a argumentação exposta no 
texto, um dos objetivos das representações 
cartográficas mencionadas era 
 
A) garantir o domínio da Metrópole sobre o 
território cobiçado. 
B) demarcar os limites precisos do Tratado de 
Tordesilhas. 
C) afastar as populações nativas do espaço 
demarcado. 
D) respeitar a conquista espanhola sobre o 
Império Inca. 
E) demonstrar a viabilidade comercial do 
empreendimento colonial. 
 
QUESTÃO 17 
(G1 – Ifsul 2016) 
 
A língua de que usam, por toda a costa, 
carece de três letras; convém a saber, não se 
acha nela F, nem L, nem R, coisa digna de 
espanto, porque assim não têm Fé, nem Lei, 
nem Rei, e dessa maneira vivem 
desordenadamente, sem terem além disto 
conta, nem peso, nem medida. 
GÂNDAVO, P M. A primeira historia do Brasil: história 
da província de Santa Cruz a que vulgarmente chamamos 
Brasil. Rio de Janeiro: Zahar, 2004 (adaptado). 
 
A observação do cronista português Pero de 
Magalhães de Gândavo, em 1576, sobre a 
ausência das letras F, L e R na língua 
mencionada, demonstra a 
 
A) simplicidade da organização social das tribos 
brasileiras. 
B) dominação portuguesa imposta aos índios no 
início da colonização. 
C) superioridade da sociedade europeia em 
relação à sociedade indígena. 
D) incompreensão dos valores socioculturais 
indígenas pelos portugueses. 
E) dificuldade experimentada pelos 
portugueses no aprendizado da língua nativa. 
 
 
 
 
QUESTÃO 18 
(Udesc 2015) 
 
Leia com atenção o fragmento retirado da Carta 
de Pero Vaz de Caminha. 
 
“E quando veio ao Evangelho, que nos 
erguemos todos em pé, com as mãos 
levantadas, eles [os índios] se levantaram 
conosco e alçaram as mãos, ficando assim, até 
ser acabado; e então tornaram-se a assentar 
como nós. E quando levantaram a Deus, que nos 
pusemos de joelhos, eles se puseram assim 
todos, como nós estávamos com as mãos 
levantadas, e em tal maneira sossegados, que, 
certifico a Vossa Alteza, nos fez muita devoção.” 
Pero Vaz de Caminha. In: OLIVIERI, A. C. e VILLA, M. 
A. Crônicas do descobrimento. São Paulo: Ática, 1999, p. 
23. 
 
Em relação à Carta de Caminha para o Rei de 
Portugal, pode-se dizer que é: 
 
A) Uma narrativa que projeta sobre as 
populações nativas uma visão de mundo 
cristão, como se o Brasil fosse uma espécie 
de paraíso edênico. 
B) Um relato imparcial sobre as populações 
indígenas, porque o autor narra exatamente 
o que viu e viveu no Brasil. 
C) Uma narrativa capaz de identificar a 
verdadeira essência das populações 
indígenas brasileiras que já conheciam o 
cristianismo, e traziam no seu íntimo um 
conhecimento prévio dos ensinamentos 
pregados por Cristo a seus discípulos. 
D) Um relato que expressa total ignorância e 
despreparo do cronista sobre o caráter 
dissimulado e estratégico das populações 
indígenas, que desejavam tão somente 
ganhar a confiança dos viajantes europeus 
para obter lucros e fazer alianças políticas 
para derrotar seus inimigos. 
E) Um relato sem valor histórico, pois está 
marcado por uma perspectiva eurocêntrica e 
preconceituosa sobre os habitantes nativos 
do Brasil. 
 
 
 
 
 
 
 
 
9 
QUESTÃO 19 
(Espcex Aman 2015) 
 
“Os primeiros trinta anos da História do 
Brasil são conhecidos como período Pré-
Colonial. Nesse período, a coroa portuguesa 
iniciou a dominação das terras brasileiras, sem, 
no entanto, traçar um plano de ocupação 
efetiva. […] A atenção da burguesia 
metropolitana e do governo português estavam 
voltados para o comércio com o Oriente, que 
desde a viagem de Vasco da Gama, no final do 
século XV, havia sido monopolizado pelo Estado 
português. […] O desinteresse português em 
relação ao Brasil estava em conformidade com 
os interesses mercantilistas da época, como 
observou o navegante Américo Vespúcio, após 
a exploração do litoral brasileiro, pode-se dizer 
que não encontramos nada de proveito”. 
Berutti, 2004. 
 
Sobre o período retratado no texto,pode-se 
afirmar que o(a) 
 
A) desinteresse português pelo Brasil nos 
primeiros anos de colonização, deu-se em 
decorrência dos tratados comerciais 
assinados com a Espanha, que tinha 
prioridade pela exploração de terras situadas 
a oeste de Greenwich. 
B) maior distância marítima era a maior 
desvantagem brasileira em relação ao 
comércio com as Índias. 
C) desinteresse português pode ser melhor 
explicado pela resistência oferecida pelos 
indígenas que dificultavam o desembarque e 
o reconhecimento das novas terras. 
D) abertura de um novo mercado na América do 
Sul, ampliava as possibilidades de lucro da 
burguesia metropolitana portuguesa. 
E) relativo descaso português pelo Brasil, nos 
primeiros trinta anos de História, explica-se 
pela aparente inexistência de artigos (ou 
produtos) que atendiam aos interesses 
daqueles que patrocinavam as expedições. 
 
 
 
 
 
QUESTÃO 20 
(G1 – Ifsc 2014) 
 
A imagem abaixo apresenta um ritual 
antropofágico de um povo indígena do 
território onde hoje é o Brasil. 
 
 
 
Sobre os povos indígenas do Brasil, assinale 
a alternativa CORRETA. 
 
A) Os povos indígenas não foram escravizados 
pelos portugueses, pois praticavam o 
escambo. 
B) A imagem acima é falsa, pois os indígenas 
brasileiros não praticavam a antropofagia. 
C) Todos os povos indígenas brasileiros eram 
amistosos, o que facilitou a colonização 
portuguesa. 
D) Os povos indígenas brasileiros apresentavam 
muitas diferenças entre si, possuíam línguas 
diferentes, alguns praticavam a antropofagia, 
outros eram nômades, enquanto outros, 
sedentários. 
E) Os portugueses só tiveram contato com os 
povos indígenas após a chegada do primeiro 
Governador Geral. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
10 
 RESOLUÇÕES 
 
RESPOSTA DA QUESTÃO 01: 
[A] 
 
A princípio, em especial durante o ciclo do 
pau-brasil, o contato entre indígenas e 
portugueses foi amistoso. Porém, a partir da 
adoção da agromanufatura do açúcar, os 
portugueses passaram a tratar os indígenas 
como possível mão de obra nos engenhos, o que 
levou as diferentes tribos brasileiras a usar as 
rivalidades entre os países europeus (como 
França e Portugal) em benefício próprio. 
 
RESPOSTA DA QUESTÃO 02: 
[E] 
 
O historiador Frei Vicente de Salvador afirma 
que a terra “descoberta” por Cabral recebeu um 
nome de viés religioso, Terra de Santa Cruz, 
porém o aspecto econômico comercial ligado 
ao demônio se sobrepôs e a terra recém-
descoberta mudou seu nome para “Brasil, ou 
seja, foi a vitória do profano sobre o sagrado. 
 
RESPOSTA DA QUESTÃO 03: 
[E] 
 
É necessário que os vestibulandos utilizem o 
raciocínio lógico associando a prática da 
agricultura com o emprego da coivara. A 
alternativa correta é a [E]. Coivara é um regime 
agrícola bastante rudimentar de comunidades 
indígenas e quilombolas. Inicia-se a plantação 
através da derrubada da mata nativa, queima a 
vegetação, há uma plantação intercalada de 
várias culturas num sistema de rotação de 
culturas como arroz, milho, feijão, etc. 
 
 
 
 
 
 
RESPOSTA DA QUESTÃO 04: 
[E] 
 
A explanação do escritor indígena é bastante 
clara: desde o primeiro momento de contato, 
nunca mais a relação cultural entre indígenas e 
brancos deixou de acontecer no Brasil, sempre 
trazendo consequências para os dois lados. 
 
RESPOSTA DA QUESTÃO 05: 
[E] 
 
A viagem de Pedro Álvarez Cabral ao Brasil 
em 1500 está vinculada ao Tratado de 
Tordesilhas de 1494 no qual Portugal pretendia 
garantir suas posses de terras bem como ter o 
acesso a rota do Atlântico para atingir o 
lucrativo comércio das especiarias. 
 
RESPOSTA DA QUESTÃO 06: 
[A] 
 
A afirmativa [III] está incorreta porque a 
definição de 1500 como marco inicial da nossa 
História não passou pelo crivo popular do país, 
tendo sido definida de maneira elitista pelos 
intelectuais do país. 
 
RESPOSTA DA QUESTÃO 07: 
[B] 
 
A guerra biológica ou bacteriológica foi uma 
das estratégias, principalmente de espanhóis, 
para enfraquecer e dominar as populações 
ameríndias. 
 
RESPOSTA DA QUESTÃO 08: 
[B] 
O texto sugere que o fracasso de colonização 
das Ilhas do Caribe indicou aos colonizadores 
europeus que caminhos seguir na tentativa de 
tornar o continente americano lucrativo. Além 
disso, do primeiro contato entre europeus e 
indígenas surgiu a percepção, para os últimos, 
que os primeiros seriam capazes de tudo para 
dominar os territórios da América. 
 
 
 
 
 
 
11 
RESPOSTA DA QUESTÃO 09: 
[D] 
 
Devido aos lucros obtidos no comércio de 
especiarias (cerca de 500% ao ano), Portugal 
ficou, entre 1500 e 1530, sem efetivar a 
colonização do Brasil. 
 
RESPOSTA DA QUESTÃO 10: 
[D] 
 
A questão remete ao período denominado Pré-
Colonial, 1500-1530, entre a viagem de Cabral 
em 1500 à viagem de Martim Afonso de Souza 
em 1530. Neste período não ocorreu ocupação 
portuguesa no Brasil, pois o país ibérico 
priorizou o comércio das especiarias no oriente 
deixando o Brasil em segundo plano. Na viagem 
de Cabral em 1500 havia uma preocupação em 
defender as terras lusitanas demarcadas pelo 
Tratado de Tordesilhas diante da possibilidade 
de invasões. 
 
RESPOSTA DA QUESTÃO 11: 
[A] 
 
A questão aponta para o etnocentrismo. Com a 
chegada à América do europeu, homem branco 
e cristão, a cultura ameríndia foi concebida a 
partir do olhar europeu e, desta forma, os 
índios foram rotulados de selvagens, bárbaros, 
vagabundos, indisciplinados, sem fé e sem 
valores, etc. Daí a necessidade da catequese, 
converter estes homens á civilização cristã 
ocidental, trabalho desempenhado pelos 
padres jesuítas. 
 
RESPOSTA DA QUESTÃO 12: 
[C] 
 
Com a chegada dos portugueses ao Brasil a 
partir do ano de 1500, os cronistas, viajantes 
europeus, escreveram os primeiros 
documentos sobre a colônia com um forte viés 
etnocêntrico. Naquele contexto Absolutista-
Mercantilista, no continente Europeu existiam 
os Estados Modernos que necessitavam de 
muitos recursos para manter a máquina estatal, 
daí a importância da colonização da América 
para alavancar estas riquezas. Neste sentido, os 
cronistas em seus relatos faziam um 
mapeamento das riquezas naturais, em especial 
os metais preciosos, para facilitar a exploração. 
Um grande exemplo foi a carta de Pero Vaz de 
Caminha. 
 
RESPOSTA DA QUESTÃO 13: 
[D] 
 
O texto mostra a existência de vestígios que 
indicam a presença de animais do chamado 
“período pré-histórico” em terras brasileiras, 
evidenciando que a História brasileira é anterior 
a presença europeia no país. 
 
RESPOSTA DA QUESTÃO 14: 
[C] 
 
Ao desprezarem a diversidade cultural 
indígena, os europeus que chegaram ao 
continente americano demonstram seu 
etnocentrismo, que se manifesta tanto na 
linguagem que utilizam, quanto nas atitudes 
que tomam nesses novos territórios. 
 
RESPOSTA DA QUESTÃO 15: 
[D] 
 
A questão está vinculada ao período Pré-
Colonial, 1500-1530, entre a viagem de Cabral 
em 1500 até a viagem de Martim Afonso de 
Souza em 1530. Neste contexto Portugal 
priorizou o comércio das especiarias no oriente 
deixando o Brasil em segundo plano uma vez 
que não foi encontrada riqueza fácil nas novas 
terras. Restringindo-se, basicamente, à 
extração do pau-brasil através da exploração do 
trabalho indígena denominada escambo, como 
aponta a alternativa. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
12 
RESPOSTA DA QUESTÃO 16: 
[A] 
 
O texto explica que os primeiros mapas 
feitos para descrever o Brasil foram 
manipulados pelos cartógrafos, que mudavam a 
localização do meridiano que dividia o 
continente entre Portugal e Espanha para que o 
mesmo coincidisse com acidentes geográficos 
que interessavam a Portugal explorar, como a 
Bacia Platina. 
 
RESPOSTA DA QUESTÃO 17: 
[D] 
 
Os portugueses enxergaram os indígenas de 
maneira etnocêntrica, medindo o povo indígena 
a partir dos seus próprios valores. Por isso, a 
crítica à falta de fé, lei e rei. 
 
RESPOSTA DAQUESTÃO 18: 
[A] 
 
A questão remete ao importante documento 
histórico, a “Carta de Caminha”. Esta questão 
pode ser respondida a partir das alternativas 
incorretas. Pero Vaz de Caminha narrou o 
indígena dentro de sua concepção de mundo, a 
cultura cristã ocidental. Sua narrativa não 
identificou a verdadeira essência das 
populações indígenas brasileiras. Não podemos 
concordar com a ideia de que os indígenas eram 
dissimulados e estratégicos e que possuíam 
interesses em obter lucros. O documento tem 
um grande valor histórico. 
 
RESPOSTA DA QUESTÃO 19: 
[E] 
 
A questão remete ao período Pré-Colonial que 
ocorreu no Brasil entre 1500-1530. As Grandes 
Navegações que ocorreram ao longo do século 
XV foram importantes para angariar recursos 
para os Estados Modernos. Desta forma, já 
havia dentro destas navegações ideias 
mercantilistas, ou seja, buscar metais preciosos 
e especiarias para a Europa. A viagem de Vasco 
da Gama que chegou às Índias em 1498 foi 
coroada de êxito dando um lucro exorbitante 
para Portugal. Assim, foi criada a mesma 
expectativa quanto a viagem de Cabral ao Brasil 
em 1500. Conforme relata a Carta de Caminha 
não havia riqueza no Brasil, ou seja, metais 
preciosos e especiarias e que o melhor a fazer é 
a catequese dos índios. O sucesso da viagem de 
Vasco da Gama e o fracasso da viagem de Cabral 
explicam o relativo descaso de Portugal em 
relação ao Brasil priorizando, então, o comércio 
das especarias no oriente. Daí o período Pré-
Colonial. 
 
RESPOSTA DA QUESTÃO 20: 
[D] 
 
As populações indígenas brasileiras não 
eram homogêneas: algumas viviam sob as bases 
paleolíticas – sendo nômades e coletoras – 
outras viviam sob as bases neolíticas – sendo 
sedentárias e agricultoras – e outras, ainda, 
praticavam a antropofagia – como mostra a 
imagem. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
13 
HISTÓRIA DO BRASIL – COLÔNIA: ASPECTOS 
POLÍTICOS, ECONOMIA AÇUCAREIRA E 
ATIVIDADES COMPLEMENTARES 
 
QUESTÃO 01 
(Espcex Aman 2019) 
 
Do ponto de vista econômico, o sistema de 
capitanias, implantado em 1534, não alcançou 
os resultados esperados pelos portugueses. 
Entre as poucas capitanias que progrediram e 
obtiveram lucros, principalmente com a 
produção de açúcar, estavam as de 
 
A) Rio Grande e Itamaracá. 
B) São Vicente e Rio Grande. 
C) Santana e Ilhéus. 
D) Maranhão e Pernambuco. 
E) São Vicente e Pernambuco. 
 
QUESTÃO 02 
(Famerp 2019) 
 
O sistema de plantation, predominante na 
colonização portuguesa do Brasil, baseou-se na 
 
A) produção agrícola voltada à subsistência e ao 
comércio local. 
B) exportação dos excedentes agrícolas não 
consumidos internamente. 
C) aplicação de moderna tecnologia europeia à 
agricultura. 
D) rotação de culturas em pequenas 
propriedades rurais. 
E) monocultura extensiva com emprego de 
trabalho compulsório. 
 
QUESTÃO 03 
(Uepg 2018) 
 
Diferente da versão romantizada que mostra 
uma chegada pacífica dos europeus ao Brasil no 
século XVI, a colonização portuguesa se deu a 
partir do uso sistemático da violência e do 
extermínio dos habitantes originais da terra (os 
indígenas). A exploração e o povoamento da 
colônia só foi possível após a sobreposição 
bélica dos europeus sobre os nativos. 
 
A respeito da colonização brasileira no 
século XVI, assinale o que for correto. 
 
01) No século XVI, as mulheres tiveram 
destacada atuação na vida social e política 
colonial. Não são raros os casos de mulheres 
que administraram engenhos de açúcar e 
ocuparam cargos nas câmaras coloniais. 
Esse quadro muda gradualmente nos dois 
últimos séculos coloniais. 
02) É possível afirmar que a ocupação efetiva da 
colônia pelos portugueses se deu a partir de 
1530. Antes disso, ocorrem algumas 
expedições, nomeiam-se algumas 
localidades litorâneas e se constroem 
poucas feitorias. Somente com a produção 
do açúcar no litoral nordestino é que, de 
fato, os portugueses trazem contingentes 
humanos e montam uma estrutura 
produtiva na colônia. 
04) Martin Afonso de Souza fundou as vilas de 
Piratininga e São Vicente (ambas no litoral 
de São Paulo) e ali desenvolveu o plantio de 
cana-de-açúcar, cultura com a qual os 
portugueses tomaram contato durante as 
Cruzadas medievais. 
08) A atividade açucareira no século XVI teve 
seu auge no litoral nordestino. Naquela 
região, os engenhos reais contavam com 
centenas de escravos (predominantemente 
africanos) e produziam em larga escala, uma 
vez que o principal objetivo era abastecer os 
mercados europeus. 
16) Na medida em que já existiam habitantes no 
território brasileiro antes da chegada dos 
europeus é, no mínimo, questionável, o uso 
do termo "descobrimento do Brasil" pelos 
portugueses. O que houve, de fato, foi um 
processo de dominação dos europeus sobre 
os nativos americanos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
14 
QUESTÃO 04 
(Espm 2018) 
 
Em 1549 o rei D. João III decidiu, sem abolir 
o sistema de capitanias hereditárias, instituir 
um novo regime. 
Acompanhado por quatrocentos soldados, 
seiscentos degredados, seis jesuítas e muitos 
mecânicos, partiu de Lisboa o primeiro 
governador-geral, Tomé de Souza, que aportou 
à baía de Todos-os-Santos em fins de março de 
1549. 
Com o governador chegaram também o 
ouvidor-geral, Pero Borges e o provedor-mor, 
Antônio Caridoso de Barros. 
(Capistrano de Abreu. Capítulos de História Colonial) 
 
O ouvidor-geral e o provedor-mor 
desempenhavam, respectivamente, funções de: 
 
A) defesa – administração civil; 
B) justiça – fazenda; 
C) fazenda – defesa; 
D) administração militar – justiça; 
E) administração da capital – vereança. 
 
QUESTÃO 05 
(Fuvest 2016) 
 
Eu por vezes tenho dito a V. A. aquilo que me 
parecia acerca dos negócios da França, e isto 
por ver por conjecturas e aparências grandes 
aquilo que podia suceder dos pontos mais 
aparentes, que consigo traziam muito prejuízo 
ao estado e aumento dos senhorios de V. A. E 
tudo se encerrava em vós, Senhor, trabalhardes 
com modos honestos de fazer que esta gente 
não houvesse de entrar nem possuir coisa de 
vossas navegações, pelo grandíssimo dano que 
daí se podia seguir. 
Serafim Leite. Cartas dos primeiros jesuítas do Brasil , 
1954. 
 
O trecho acima foi extraído de uma carta 
dirigida pelo padre jesuíta Diogo de Gouveia ao 
Rei de Portugal D. João III, escrita em Paris, em 
17/02/1538. Seu conteúdo mostra 
 
A) a persistência dos ataques franceses contra a 
América, que Portugal vinha tentando 
colonizar de modo efetivo desde a adoção do 
sistema de capitanias hereditárias. 
B) os primórdios da aliança que logo se 
estabeleceria entre as Coroas de Portugal e 
da França e que visava a combater as 
pretensões expansionistas da Espanha na 
América. 
C) a preocupação dos jesuítas portugueses com 
a expansão de jesuítas franceses, que, no 
Brasil, vinham exercendo grande influência 
sobre as populações nativas. 
D) o projeto de expansão territorial português 
na Europa, o qual, na época da carta, visava à 
dominação de territórios franceses tanto na 
Europa quanto na América. 
E) a manifestação de um conflito entre a recém-
criada ordem jesuíta e a Coroa portuguesa 
em torno do combate à pirataria francesa. 
 
QUESTÃO 06 
(Ucs 2016) 
 
Considere as seguintes afirmativas sobre o 
Período Colonial brasileiro. 
 
I. Os núcleos de povoamento, depois 
transformados em cidades, desde a expedição 
de Martim Afonso de Souza, em 1531, 
tornaram-se valiosos instrumentos do sistema 
administrativo brasileiro. 
II. Três características básicas se 
complementaram na exploração colonial do 
Brasil: economia voltada para o mercado 
externo, latifúndio e escravidão. 
III. A exploração econômica preferida pelos 
portugueses no Brasil foi a produção 
manufatureira, em função da abundância de 
matéria-prima. 
 
Das proposições acima, 
 
A) apenas I está correta. 
B) apenas II está correta. 
C) apenas Ie II estão corretas. 
D) apenas II e III estão corretas. 
E) I, II e III estão corretas. 
 
 
 
 
 
 
 
15 
QUESTÃO 07 
(Espm 2016) 
 
Quem vir na escuridade da noite aquelas 
fornalhas tremendas perpetuamente ardentes, 
o ruído das rodas, das cadeias, da gente toda da 
cor da mesma noite, trabalhando vivamente, e 
gemendo tudo ao mesmo tempo sem momento 
de tréguas, nem de descanso; quem vir enfim 
toda a máquina e aparato confuso e estrondoso 
daquela Babilônia, não poderá duvidar, ainda 
que tenha visto Etnas e Vesúvios, que é uma 
semelhança de inferno. 
(Padre Antonio Vieira. Citado por Lilia Schwarcz e 
Heloisa Starling in Brasil uma Biografia) 
A leitura do trecho deve ser relacionada 
com: 
 
A) o trabalho indígena na extração do pau-
brasil; 
B) o trabalho indígena na lavoura da cana-de-
açúcar; 
C) o trabalho de escravos negros africanos no 
engenho de cana-de-açúcar; 
D) o trabalho de escravos negros africanos no 
garimpo, na mineração; 
E) o trabalho de imigrantes italianos na lavoura 
cafeeira. 
 
QUESTÃO 08 
(Pucsp 2016) 
 
As observações do donatário de Pernambuco 
sobre suas atividades à frente da Capitania 
expõem a 
 
A) exclusividade da produção açucareira e a 
inexistência de outras atividades produtivas 
no Brasil colonial. 
B) destinação externa de toda a produção 
agrícola da colônia e a necessidade de 
importação de alimentos para abastecer a 
população que vivia na colônia. 
C) centralidade da produção açucareira e o 
esforço de obtenção de mão de obra 
qualificada e de articulação da empresa 
agrícola com outros setores da economia. 
D) carência de mercado interno para os 
produtos agrícolas e a necessidade de 
rigoroso controle sobre os escravos. 
QUESTÃO 09 
(Uem 2015) 
 
Nos dois primeiros séculos da colonização 
portuguesa na América, o número de vilas e de 
cidades oficialmente constituídas era pequeno 
e não atingia duas centenas. A respeito das 
vilas, das cidades e da vida urbana na América 
Portuguesa, assinale a(s) alternativa(s) 
correta(s). 
 
01) O pequeno número de vilas existentes nos 
séculos XVI e XVII relaciona-se às 
características socioeconômicas da 
colonização portuguesa do Brasil naquele 
período. 
02) A administração pública das vilas era 
exercida pela câmara municipal (ou Senado 
da Câmara). A câmara era composta por 
vereadores eleitos entre os chamados 
“homens bons” e gozava de uma certa 
autonomia em relação ao poder central. 
04) Relacionado à mineração, no século XVIII 
ocorreu um crescimento da vida urbana, 
principalmente na região de Minas Gerais, e 
as vilas tornaram-se efetivamente centros 
econômicos e polos de sociabilidades. 
08) Até o final do século XVII os papéis político 
e econômico das vilas foram, em geral, 
pouco expressivos; os engenhos, além de 
centralizarem as atividades econômicas, 
eram também polos da vida social. 
16) As principais cidades brasileiras dos dois 
primeiros séculos da colonização 
portuguesa, como Salvador, Rio de Janeiro e 
Recife, surgiram ao redor de Missões dos 
jesuítas, a partir das necessidades de 
abastecimento desses centros de 
catequese. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
16 
QUESTÃO 10 
(G1 - ifsc 2015) 
 
Seiscentas peças barganhei 
– Que pechincha – no Senegal 
A carne é rija, os músculos de aço, 
Boa liga do melhor metal. 
Em troca dei só aguardente, 
Contas, latão – um peso morto! 
Eu ganho oitocentos por cento 
Se a metade chegar ao porto. 
Fonte: Heinrich Heine, apud Alfredo Bosi. Dialética 
da colonização: São Paulo: Companhia das Letras, 1992. 
 
Assinale a alternativa CORRETA. 
 
A) Com o verso “Boa liga do melhor metal”, o 
autor está elogiando a qualidade dos metais 
preciosos encontrados no Senegal, colônia 
que Portugal estava explorando. 
B) Os versos do poeta referem-se a uma 
atividade do tempo do Brasil colônia, 
relacionada à origem da mão de obra 
utilizada na produção de açúcar nos 
engenhos ali instalados. 
C) Do trecho do poema se conclui que o tráfico 
negreiro era uma atividade que não 
recompensava economicamente aos 
traficantes, pois só a metade da carga 
chegava em condições ao porto de destino. 
D) O poema não se refere à colonização 
portuguesa no Brasil, porque a mão de obra 
escravizada foi só do índio, portanto, não 
havia transporte de longa distância em 
navios. 
E) O Estado português e a Igreja Católica foram 
radicalmente contra a escravização dos 
africanos, combatendo o tráfico de pessoas 
em qualquer parte do mundo. 
 
QUESTÃO 11 
(G1 - ifsc 2015) 
 
O Brasil colonial não nasceu do açúcar, mas do 
pau-brasil. Foi a famosa madeira, da qual se 
extrai um corante, que primeiro deu motivos aos 
portugueses para se estabelecer e explorar a 
terra a que tinham chegado em 1500. Porém, foi 
a introdução da cana-de-açúcar e a dos 
engenhos, com sua tecnologia para a produção 
de açúcar, as verdadeiras responsáveis por 
transformar a colônia três décadas depois desse 
primeiro contato. O açúcar foi a madrasta da 
colonização, que por quase dois séculos regeu a 
história econômica, social e política do Brasil. E, 
em algumas regiões, continua a dominar. 
Fonte: SCHWARTZ, Stuart B. Doce Lucro. Revista de 
História. n. 94, jul. 2013. Disponível 
em:http://www.revistadehistoria.com.br/secao/capa/do
ce-lucro. Acesso: 13 ago. 2014. 
 
Durante grande parte do período colonial 
brasileiro, o açúcar foi o principal produto de 
exportação da colônia. Sobre a produção de 
açúcar no Brasil, leia e analise as seguintes 
afirmações: 
 
I. A cana-de-açúcar era plantada em latifúndios, 
estrutura fundiária ainda presente no Brasil. 
II. A principal região produtora de açúcar no 
Brasil é a Sul. 
III. A produção de açúcar foi uma das 
responsáveis pela desigualdade social no 
Brasil colonial, pois utilizava mão de obra 
escrava. 
IV. Da cana-de-açúcar, além do açúcar, pode-se 
produzir combustível e aguardente. 
 
Assinale a alternativa CORRETA. 
 
A) Apenas as afirmações I e II são verdadeiras. 
B) Apenas as afirmações I e IV são verdadeiras. 
C) Apenas as afirmações II, III e IV são 
verdadeiras. 
D) Apenas as afirmações I, III e IV são 
verdadeiras. 
E) Todas as afirmações são verdadeiras. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
17 
QUESTÃO 12 
(Espm 2011) 
 
As primeiras atividades econômicas praticadas 
pela colonização portuguesa no Brasil tiveram 
por cenário apenas o litoral do leste-nordeste 
brasileiros, sem que de modo sensível 
penetrassem no vago e misterioso sertão, ainda 
ocupado por tribos selvagens. Determinava 
essa situação o desinteresse econômico por 
qualquer tentativa de fixação de povoadores 
em regiões mais afastadas do mar. Assim 
enquanto sob os Reis Filipes penetravam os 
Vicentinos pelo sul na caça ao índio, ao mesmo 
tempo em que se sucediam as conquistas 
litorâneas em todo o nordeste, a solução 
encontrada para o povoamento do sertão 
forneceu-a (.......), atividade econômica 
essencialmente fixadora de população, mesmo 
escassas. 
(Hélio Viana. História do Brasil) 
 
 
 
O texto e o mapa referem-se a: 
 
A) criação de gado; 
B) busca de drogas do sertão; 
C) produção de algodão; 
D) extração de borracha; 
E) cultivo de tabaco. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
QUESTÃO 13 
(Uem 2018) 
 
Sobre a sociedade que se construiu em torno da 
produção de açúcar na América portuguesa, 
assinale a(s) alternativa(s) correta(s). 
 
01) O termo engenho se referia ao local em que 
se produzia o açúcar, com suas moendas, 
fornalhas e casas de purgar, bem como às 
demais instalações e construções que o 
cercavam, como as moradias, a casa grande 
e a senzala, a Igreja e os canaviais. 
02) Na sociedade açucareira havia grande 
dinamismo e mobilidade social. Essa 
mobilidade permitia a ascensão social dos 
escravos, que decorria da importância de 
seus conhecimentos sobre o processo 
produtivo, pois as funções que 
desempenhavam requeriam sólidos 
conhecimentos técnicos. 
04) Além dostrapiches, engenhos movidos por 
tração animal e com uma capacidade 
produtiva menor, havia também os 
engenhos reais, movidos por rodas d’água e 
com uma maior capacidade produtiva. 
08) Essa sociedade foi classificada como 
patriarcal, pois era centrada no poder do 
patriarca, que era ao mesmo tempo dono da 
terra, autoridade local e senhor dos 
destinos dos seus dependentes 
(empregados, parentes, agregados e 
escravos). 
16) De forma distinta de outras regiões da 
América portuguesa, na sociedade que se 
organizou em torno da produção de açúcar 
nunca foram utilizados escravos nativos, 
isto é, os índios. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
18 
QUESTÃO 14 
(Famema 2018) 
 
Havia muito capital e muita riqueza entre os 
lavradores de cana, alguns ligados por laços de 
sangue ou matrimônio aos senhores de 
engenho. Havia também um bom número de 
mulheres, não raro viúvas, participando da 
economia açucareira. Digno de nota até o fim 
do século XVIII, contudo, era o fato de os 
lavradores de cana serem quase 
invariavelmente brancos. Os negros e mulatos 
livres simplesmente não dispunham de créditos 
ou capital para assumir os encargos desse tipo 
de agricultura. 
(Stuart Schwartz. “O Nordeste açucareiro no Brasil 
Colonial”. In: João Luis R. Fragoso e Maria de Fátima 
Gouvêa (orgs). O Brasil Colonial, vol 2, 2014.) 
 
O excerto indica que a sociedade colonial 
açucareira foi 
 
A) organizada em classes, cuja posição 
dependia de bens móveis. 
B) apoiada no trabalho escravo, principalmente 
o dos lavradores de cana. 
C) baseada na “limpeza de sangue”, portanto se 
proibia a miscigenação. 
D) determinada pelos recursos financeiros, o 
que impedia a mobilidade. 
E) hierarquizada por critérios diversos, tais 
como a etnia e riqueza. 
 
QUESTÃO 15 
(Uepg 2017) 
 
As capitanias hereditárias foram instaladas no 
Brasil em 1534. Lotes que mediam entre 150 e 
600 quilômetros de terras e que iam do litoral 
brasileiro até a linha imaginária do Tratado de 
Tordesilhas, as capitanias corresponderam às 
primeiras divisões administrativas na colônia e 
marcaram o modelo de colonização lusitano ao 
longo do século XVI. A respeito desse tema, 
assinale o que for correto. 
 
 
 
 
01) O donatário, ou seja, aquele que recebia a 
posse da terra das mãos do rei de Portugal, 
tinha a obrigação de torná-la produtiva. 
Cabia ao donatário a doação de terras 
(sesmarias), a fundação de vilas e a 
organização da defesa territorial da 
capitania. 
02) O meridiano de Tordesilhas, linha 
imaginária que cortava a América de norte a 
sul, tinha como função delimitar os espaços 
continentais vinculados à colonização 
ibérica, inglesa e francesa sobre esse 
território. 
04) Cartas de doação eram os documentos 
cartográficos que indicavam o tamanho e os 
limites das capitanias de acordo com a 
concessão real aos donatários. 
08) Qualquer súdito português que 
demonstrasse interesse em vir para a 
colônia poderia receber a concessão de uma 
capitania. Isso explica o fato de fidalgos, 
pequenos comerciantes e até mesmo 
trabalhadores despossuídos terem se 
tornado donatários no Brasil do século XVI. 
 
 RESOLUÇÕES 
 
RESPOSTA DA QUESTÃO 01: 
[E] 
Devido a vários problemas – grande distância 
entre Metrópole e Colônia, grande extensão das 
Capitanias, conflitos com os indígenas, 
desinteresse dos Capitães-Donatários – o 
sistema de Capitanias Hereditárias não 
funcionou no Brasil, tendo obtido sucesso 
apenas as Capitanias de São Vicente e 
Pernambuco. 
 
RESPOSTA DA QUESTÃO 02: 
[E] 
Com exceção do Norte das Treze Colônias, 
toda a América foi colonizada pelo modelo de 
Plantation, ou seja, latifúndio, escravidão, 
monocultura e a economia visava o mercado 
externo. Um bom exemplo de Plantation foi a 
sociedade açucareira colonial. 
 
 
 
 
 
 
 
19 
RESPOSTA DA QUESTÃO 03: 
[02+04+08+16 = 30] 
 
A afirmativa [01] está incorreta porque a 
sociedade colonial brasileira era patriarcal e, 
por isso, as mulheres não ocupavam cargos 
relevantes. 
 
RESPOSTA DA QUESTÃO 04: 
[B] 
 
Criado para auxiliar as Capitanias 
Hereditárias e para centralizar a administração 
colonial, o sistema de Governo-Geral contava 
com cargos de diferentes funções, dentre os 
quais o de ouvidor (responsável pela aplicação 
da justiça na Colônia) e o de provedor 
(responsável pela arrecadação de impostos na 
Colônia). 
 
RESPOSTA DA QUESTÃO 05: 
[A] 
 
Como o texto afirma no trecho “eu por vezes 
tenho dito a V. A. aquilo que me parecia acerca 
dos negócios da França, e isto por ver por 
conjecturas e aparências grandes aquilo que 
podia suceder dos pontos mais aparentes, que 
consigo traziam muito prejuízo ao estado”, as 
tentativas de invasão da França na América 
Portuguesa constituíam fator de preocupação 
para o governo português. 
 
RESPOSTA DA QUESTÃO 06: 
[C] 
 
A assertiva [III] está incorreta. No período 
colonial, Portugal não priorizou a produção 
manufatureira, prevaleceu o “Plantation”, isto 
é, latifúndio, escravidão, monocultura e a 
economia visava o mercado externo, modelo 
exógeno. 
 
 
 
 
 
 
RESPOSTA DA QUESTÃO 07: 
[C] 
 
A partir do autor do texto e de algumas 
informações nele contidas, podemos identificar 
que o trabalho citado é o do negro escravo nos 
engenhos de açúcar do Brasil. 
 
RESPOSTA DA QUESTÃO 08: 
[C] 
A proposição [C] é a que melhor expressa o 
conteúdo da carta de Duarte Coelho, donatário 
da capitania de Pernambuco. A essência da 
colonização era a cana-de-açúcar, porém havia 
outras atividades importantes como o algodão 
e a produção de mantimentos que estavam 
conectados com a cultura canavieira. Outras 
funções eram desenvolvidas pelos 
trabalhadores como “mestres de engenhos, 
outros mestres de açúcares, carpinteiros, 
ferreiros, oleiros e oficiais de fôrmas e sinos 
para os açúcares e outros oficiais”. 
 
RESPOSTA DA QUESTÃO 09: 
[01+02+04+08 = 15] 
 
A afirmativa [16] é incorreta, porque as 
primeira vilas e cidades da Colônia surgiram em 
torno dos principais centros comerciais ou 
produtores, sejam de açúcar ou de ouro 
 
RESPOSTA DA QUESTÃO 10: 
[B] 
A questão remete ao tráfico de Africanos que 
foram vendidos como escravos na América no 
contexto colonial. O tráfico de africanos 
durante a colonização da América e mesmo no 
século XIX gerou muito lucro para a Europa 
contribuindo para a acumulação de capital. Não 
foi a escravidão que gerou o tráfico, mas o 
tráfico e seu exorbitante lucro que gerou a 
escravidão colonial. Os traficantes europeus 
levavam tabaco e aguardente para trocar por 
africanos. Mesmo morrendo boa parte durante 
a viagem, ainda assim o lucro era muito grande 
conforme aponta a poesia, “Eu ganho 
oitocentos por cento / Se a metade chegar ao 
porto”. 
 
 
 
 
 
 
 
20 
RESPOSTA DA QUESTÃO 11: 
[D] 
 
A questão remete ao período colonial brasileiro. 
Segundo o texto de Schwartz, a colonização do 
Brasil começou em 1500 com o pau-brasil e foi 
até 1822 com a independência do Brasil. Vale 
dizer que é bastante discutível afirmar que a 
colonização do Brasil começou em 1500 com a 
exploração do pau brasil. Para muitos 
historiadores, a colonização começou a partir 
de 1534 com a implantação das Capitanias 
Hereditárias e a produção de açúcar. Neste 
período, o produto mais importante foi o açúcar 
produzido principalmente no nordeste 
brasileiro. Mesmo no século XVIII com o auge da 
mineração, o açúcar gerou mais recursos que a 
própria mineração. O Engenho Colonial 
consistia em toda a estrutura, ou seja, a roça, a 
capela, a senzala, a casa grande, a moenda, etc. 
A cana de açúcar foi produzida dentro do 
Plantation, isto é, latifúndio, escravidão e a 
monocultura exportadora. 
 
RESPOSTA DA QUESTÃO 12: 
[A] 
 
A atividade econômica que se desenvolveu 
no interior da região norte – nas áreas marcadas 
no mapa acima – foi a pecuária, apesar de o 
autor afirmar que tal atividade fixava a 
população na região. Durante décadas,a 
pecuária se desenvolveu com o gado solto, ou 
seja, não existiam fazendas pecuaristas; o 
rebanho se deslocava a partir da necessidade de 
água e gêneros para sobrevivência de seus 
proprietários. Tal atividade necessitava de 
pequena mão de obra, que era livre. O gado 
dessa região abastecia as fazendas canavieiras 
que ficavam mais próximas ao litoral. 
 
RESPOSTA DA QUESTÃO 13: 
[01+04+08 = 13] 
 
Correção a partir das incorretas, [02] e [16]. 
Não havia mobilidade social no contexto da 
atividade canavieira nordestina desenvolvida 
nos séculos XVI e XVII. Na atividade da cana de 
açúcar prevaleceu o trabalho escravo africano, 
mas também ocorreu a escravidão indígena, 
sobretudo no século XVI. 
 
RESPOSTA DA QUESTÃO 14: 
[E] 
 
O período colonial brasileiro foi 
caracterizado pelo sistema de Plantation 
(latifúndio, escravidão, monocultura e a 
economia visava o mercado externo), por uma 
economia rural, uma sociedade patriarcal com 
o poder nas mãos dos “homens bons”. A cor da 
pele e a posse de terras e escravos fizeram toda 
a diferença no período colonial conforme 
aponta o excerto. Gabarito [E]. 
 
RESPOSTA DA QUESTÃO 15: 
[01 + 04 =05] 
 
A afirmativa [02] está incorreta porque o 
Tratado de Tordesilhas era um acordo apenas 
entre Portugal e Espanha; 
A afirmativa [08] está incorreta porque 
apenas a nobreza recebia do Rei português a 
posse de uma Capitania Hereditária. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
21 
HISTÓRIA DO BRASIL – COLÔNIA: IMPACTOS DA 
UNIÃO IBÉRICA E INVASÕES ESTRANGEIRAS 
 
QUESTÃO 01 
(Espm 2018) 
 
A colonização levou à exploração do trabalho 
indígena e foi responsável por muita 
dizimação. É ainda na conta da colonização 
que se deve pôr o recrudescimento das 
guerras indígenas, que, se já existiam 
internamente, eram agora provocadas 
também pelos colonos, os quais faziam 
aliados na mesma velocidade com que 
criavam inimigos. Havia nesse contexto índios 
aldeados e aliados dos portugueses, e índios 
inimigos. 
Uma das atribuições dos índios aldea-
dos era tomar parte nas guerras promovidas 
pelos portugueses contra índios hostis e servir 
como povos estratégicos para impedir a 
entrada de estrangeiros. 
Os índios aldeados e aliados foram 
mobilizados para expulsar os franceses de 
Villegagnon, o qual, por sua vez se uniu a 
índios amigos que apoiaram a incursão fran-
cesa na baía da Guanabara. 
(Lilia Moritz Schwarcz. Brasil uma Biografia) 
 
A respeito do texto é correto assinalar que: 
 
A) os indígenas aldeados e aliados dos por-
tugueses, na guerra contra os franceses de 
Villegagnon, eram os Tupinambás; 
B) os indígenas aldeados e aliados dos por-
tugueses, na guerra contra os franceses de 
Villegagnon, eram os Araucanos; 
C) os indígenas que apoiaram os franceses de 
Villegagnon foram os Tapuias; 
D) os indígenas que apoiaram os franceses de 
Villegagnon foram os Tupinambás; 
E) os indígenas que apoiaram os franceses de 
Villegagnon foram os Charruas. 
 
 
 
 
 
 
QUESTÃO 02 
(Uece 2017) 
 
No período de 1580 a 1640, Portugal foi 
governado pelo Rei Felipe II, que era também 
rei da Espanha. Isto se deveu ao fato de o rei 
português, D. Sebastião, ter morrido, em 1578, 
na batalha de Alcácer-Quibir, sem deixar 
herdeiro; e seu sucessor, o Cardeal D. Henrique, 
que tinha 70 anos, veio a falecer em janeiro de 
1580, ocasionando a crise dinástica e a disputa 
que levaria o rei espanhol ao trono português. 
Essa época é conhecida como 
 
A) Período Pré-colonial. 
B) Período Regencial. 
C) União Ibérica. 
D) Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves. 
 
QUESTÃO 03 
(Uece 2018) 
 
Sobre a presença de europeus, durante os 
séculos XVI, XVII e XVIII, no território que hoje 
pertence ao Brasil, é correto afirmar que 
 
A) se restringiu aos portugueses que, desde o 
Tratado de Tordesilhas, eram os únicos com 
direito sobre esta terra plenamente 
reconhecido pelas demais nações europeias. 
B) diferentemente de outras regiões da 
América, nenhuma das cidades do Brasil 
sofreu ataques de piratas ou corsários de 
origem europeia. 
C) devido ao Tratado de Tordesilhas, apenas 
portugueses e espanhóis estiveram pelas 
terras brasileiras durante os séculos de nossa 
colonização. 
D) além dos portugueses, em diversas regiões 
do atual território brasileiro, nos primeiros 
séculos da colônia, houve presenças de 
espanhóis, franceses e holandeses. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
22 
QUESTÃO 04 
(Uece 2018) 
 
O governo de Felipe I à frente do reino 
português (1581-1598) marcou o início da 
União Ibérica, período em que os dois reinos 
ibéricos foram governados pelo mesmo 
soberano, após a guerra de sucessão 
portuguesa. Este mesmo monarca, chamado 
Felipe II, na Espanha, originou a dinastia filipina. 
 
Em relação ao Brasil, a chegada do rei 
espanhol ao trono português teve como 
consequência 
 
A) a elevação do Brasil a vice-reino, tal qual os 
demais vice-reinos que a coroa espanhola 
possuía na América. 
B) a ocupação do litoral brasileiro da região 
Sudeste, no Rio de Janeiro e em São Paulo, 
por espanhóis. 
C) a elevação do Brasil à categoria de Reino 
Unido à Portugal e à Espanha, o que apressou 
a independência da colônia. 
D) a ocupação do litoral nordeste do Brasil pelos 
holandeses, que pretendiam retomar o 
comércio do açúcar. 
 
QUESTÃO 05 
(Enem 2018) 
 
A rebelião luso-brasileira em Pernambuco 
começou a ser urdida em 1644 e explodiu em 
13 de junho de 1645, dia de Santo Antônio. Uma 
das primeiras medidas de João Fernandes foi 
decretar nulas as dívidas que os rebeldes 
tinham com os holandeses. Houve grande 
adesão da “nobreza da terra”, entusiasmada 
com esta proclamação heroica. 
VAINFAS. R Guerra declarada e paz fingida na 
restauração portuguesa. Tempo, n. 27, 2009. 
 
O desencadeamento dessa revolta na 
América portuguesa seiscentista foi o resultado 
do(a) 
 
 
 
 
A) fraqueza bélica dos protestantes batavos. 
B) comércio transatlântico da África ocidental. 
C) auxílio financeiro dos negociantes flamengos. 
D) diplomacia internacional dos Estados 
ibéricos. 
E) interesse econômico dos senhores de 
engenho. 
 
QUESTÃO 06 
(Acafe 2018) 
 
“É verdade que antes da união das monarquias 
ibéricas, em 1580,ao manter uma boa relação 
com os portugueses, os flamengos 
frequentavam os portos brasileiros e a cidade 
de Lisboa carregando açúcar em suas urcas, 
levando-o a refinar em Flandres e distribuindo-
o por via terrestre e fluvial por toda a Europa 
central. De sua embarcação tão características, 
ficou a lembrança na toponímia carioca, através 
do morro que evoca a sua forma.” 
PRIORI, Mary del. Histórias da gente brasileira: 
volume 1: colônia. São Paulo: Editora LeYa, 2016. Página 
69. 
 
Com base no texto e nos conhecimentos 
sobre o período colonial da história do Brasil é 
correto afirmar, EXCETO: 
 
A) Durante a União Ibérica, holandeses e 
espanhóis formaram a Companhia das Índias 
Ocidentais e dividiram os lucros da 
comercialização do açúcar produzido no 
Brasil e levado para a Europa. 
B) Com a União Ibérica acirraram-se os conflitos 
entre a Espanha e a Holanda. Com a proibição 
espanhola da parceria comercial entre 
holandeses e produtores de açúcar no Brasil, 
os flamengos invadiram o Nordeste. 
C) Maurício de Nassau, administrador holandês 
em Pernambuco, promoveu reformas 
urbanas e manteve uma boa relação com os 
senhores de engenho. 
D) A revolta conhecida como Insurreição 
Pernambucana acabou determinando a saída 
dos holandeses do nordeste brasileiro e teve 
como consequência uma crise na empresa 
açucareira brasileira. 
 
 
 
 
 
 
 
23 
QUESTÃO 07 
(Uece 2017) 
 
Atente ao seguinte enunciado: “Em seu 
governo, Maurício de Nassau incentivou a 
produção de açúcar, que havia decaído durante 
a conquista, com a concessão de 
financiamentos; também estimulou a 
agricultura de subsistência, sobretudo da 
mandioca,para que não faltassem alimentos 
aos mais pobres. Homem culto e amante das 
artes, seu governo foi um período de tolerância 
religiosa entre católicos e protestantes. Seu 
retorno à Europa e sua substituição por um 
‘triunvirato’ – que alterou suas práticas 
administrativas – fez surgir reações e 
insurreições por parte dos senhores de 
engenho”. 
 
O enunciado se refere ao período histórico 
marcado 
 
A) pela implantação do Governo-Geral, em 
1548, como forma de resolver o fracasso 
administrativo das Capitanias Hereditárias e 
garantir a posse e a pacificação da Colônia. 
B) pelo domínio francês no Maranhão, no qual 
o governo do Conde Nassau trouxe grandes 
avanços à cultura canavieira daquela região e 
o desenvolvimento da cidade de São Luís. 
C) pelo domínio francês no Rio de Janeiro, que 
teve na figura de Maurício de Nassau seu 
grande nome, responsável por desenvolver a 
economia e a cidade de São Sebastião do Rio 
de Janeiro. 
D) pelo domínio holandês no Nordeste do Brasil, 
que se estendeu desde a Bahia até o 
Maranhão e que teve na administração de 
Nassau seu período de maior 
desenvolvimento. 
 
 
 
 
 
 
 
 
QUESTÃO 08 
(Upf 2017) 
 
“As invasões holandesas que ocorreram no 
século XVII foram o maior conflito político-
militar da Colônia brasileira. Embora 
concentradas no Nordeste, elas não se 
resumiram a um simples episódio regional. Ao 
contrário, fizeram parte do quadro das relações 
internacionais entre os países europeus, 
revelando a dimensão da luta pelo controle do 
açúcar e das fontes de suprimento de escravos” 
(Boris Fausto, História do Brasil, 1996, p. 84) 
 
Sobre o tema destacado no texto acima, é 
CORRETO afirmar que 
 
A) Domingos Fernandes Calabar foi o 
personagem principal das forças luso-
brasileiras, lutando heroicamente até o final 
ao lado de Portugal, que lhe deu o título de 
príncipe. 
B) a ocupação das zonas de produção açucareira 
na América portuguesa e o controle do 
suprimento de escravos teve como principal 
interessada a maior companhia de comércio 
da época, a Companhia Holandesa das Índias 
Ocidentais, financiada com capitais do Estado 
e de financistas particulares. 
C) o despotismo de Maurício de Nassau em 
Pernambuco levou a sociedade local a se 
levantar contra o período de pobreza 
imposto por ele, em 1630. 
D) o projeto holandês de colônias de 
povoamento, similar ao dos Estados Unidos, 
poderia ter estimulado um desenvolvimento 
autônomo à colônia brasileira, com base na 
industrialização. 
E) as Batalhas de Guararapes (1648 e 1649) 
marcaram a tomada de Recife pelo exército 
luso-brasileiro, formado majoritariamente 
por índios tapuias que, com sua técnica de 
guerra avançada, foram decisivos para a 
derrota dos holandeses. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
24 
QUESTÃO 09 
(Fgv 2017) 
Leia o excerto de uma peça teatral, de 1973. 
 
Nassau 
Como Governador-Geral do 
Pernambuco, a minha maior preocupação é 
fazer felizes os seus moradores. Mesmo porque 
eles são mais da metade da população do Brasil, 
e esta região, com a concentração dos seus 
quase 350 engenhos de açúcar, domina a 
produção mundial de açúcar. Além do mais, 
nessa disputa entre a Holanda, Portugal e 
Espanha, quero provar que a colonização 
holandesa é a mais benéfica. Minha intenção é 
fazê-los felizes… sejam portugueses, 
holandeses ou os da terra, ricos ou pobres, 
protestantes ou católicos romanos e até mesmo 
judeus. 
Senhores, a Companhia das Índias 
Ocidentais, que financiou a campanha das 
Américas, fecha agora o balanço dos últimos 
quinze anos com um saldo devedor aos seus 
acionistas da ordem de dezoito milhões de 
florins. 
 
Moradores 
Viva! Já ganhou! (...) Viva ele! Viva! 
 
Chico Buarque de Holanda e Ruy Guerra. 
Calabar: o elogio da traição, 1976. Adaptado. 
 
Sobre o fato histórico ao qual a obra teatral 
faz referência, é correto afirmar que 
 
A) as bases religiosas da colonização holandesa 
no nordeste brasileiro produziram uma 
organização administrativa que privilegiava a 
elite luso-brasileira, ao oferecer 
financiamento com juros subsidiados e 
parcelas importantes do poder político aos 
grandes proprietários católicos. 
B) a grande distância entre as promessas de 
tolerância religiosa e a realidade presente no 
cotidiano dos moradores da capitania de 
Pernambuco deu-se porque os dirigentes da 
companhia holandesa impuseram o 
calvinismo como religião oficial e 
perseguiram as demais religiões. 
C) a presença da Companhia das Índias 
Ocidentais no nordeste da América 
portuguesa trouxe benefícios aos 
proprietários luso-brasileiros, como o 
financiamento da produção, mas reproduziu 
a lógica do colonialismo, ao concentrar a 
riqueza no setor mercantil e não no 
produtivo. 
D) a felicidade prometida pelos invasores 
holandeses não pôde ser efetivada em função 
da lógica diplomática presente na relação 
entre Portugal e Holanda, pois se tratava de 
nações inimigas desde o século XV, em 
virtude da disputa pelo comércio oriental. 
E) as promessas dos invasores holandeses se 
confirmaram, e a elite ligada à produção 
açucareira e ao comércio colonial foi 
amplamente beneficiada, principalmente 
pelo livre comércio, o que explica a 
resistência desses setores sociais ao 
interesse português em retomar a região 
invadida pela Holanda. 
 
QUESTÃO 10 
(Espm 2017) 
 
A expansão da agroindústria açucareira atingiu 
proporções assombrosas. O negócio da 
produção e comercialização do açúcar formava 
uma complexa rede de interesses que atraiu 
ataques estrangeiros. Em 1624 membros do 
exército da Companhia das Índias Ocidentais 
atacaram e ocuparam a sede do governo-geral 
em Salvador, e lá ficaram durante quase um 
ano. Em 1630, o ataque a Recife iniciou uma 
longa guerra de ocupação e reconquista, na 
qual todos os recursos materiais e humanos da 
colônia foram mobilizados para expulsar os 
invasores. 
Adriana Lopez e Carlos Guilherme Mota. História do 
Brasil. 
O texto deve ser relacionado com: 
 
A) invasões francesas; 
B) ataques de corsários ingleses; 
C) confrontos com espanhóis; 
D) invasões holandesas; 
E) ataques de corsários franceses. 
 
 
 
 
 
 
 
25 
QUESTÃO 11 
(Espcex Aman 2017) 
Em 1578, dom Sebastião, rei de Portugal, morre 
na batalha de Alcácer-Quibir. Sem 
descendentes, o trono foi entregue a seu tio 
dom Henrique, que viria a falecer dois anos 
depois, sem deixar herdeiro. Depois de acirrada 
disputa, a Coroa portuguesa acabou nas mãos 
de Filipe II, rei espanhol, dando início à 
chamada União Ibérica. Com esta união, um 
tradicional inimigo da Espanha torna-se inimigo 
de Portugal. 
 
Das opções abaixo, assinale aquele que se 
tornou inimigo de Portugal. 
 
A) Holanda. 
B) Alemanha. 
C) Itália. 
D) Inglaterra. 
E) EUA. 
 
QUESTÃO 12 
(Fmp 2016) 
Ao longo do período colonial da História do 
Brasil, o Império Português foi vítima de assédio 
e de tentativas de invasão de seus territórios 
ultramarinos por parte de diversas potências 
rivais. Alguns exemplos de invasões 
estrangeiras na América Portuguesa estão 
listados a seguir: 
 
1612 - Estabelecimento da França Equinocial 
1624 - Tentativa derrotada da invasão 
holandesa a Salvador 
1630 - Tomada de Recife e Olinda por 
invasores holandeses 
 
A interpretação dos dados acima permite 
identificar que uma causa direta de todas essas 
invasões estrangeiras foi a 
 
A) fuga da Corte portuguesa para a América. 
B) vitória francesa na Guerra dos Sete Anos. 
C) conclusão da Reconquista da Península 
Ibérica. 
D) guerra de Restauração Portuguesa contra a 
Espanha. 
E) criação da União das Coroas Ibéricas 
QUESTÃO 13 
(Upe-ssa 1 2016) 
 
Os holandeses ocuparam, durante 24 anos, o 
Nordeste brasileiro: Pernambuco, Paraíba, Rio 
Grande do Norte e Itamaracá (1630-1654). 
Nesse período, Pernambuco se transformou 
numa verdadeira metrópole, com uma vida 
cultural intensa, onde poetas, cientistas e 
filósofos tornaram o Brasil um centrointelectual único na América do Sul. Nesse 
contexto, os judeus puderam constituir uma 
comunidade com escolas, sinagogas e 
cemitério, dando sua contribuição ao 
enriquecimento da vida cultural da região. 
LEVY, Daniela Tonello. Judeus e Marranos no Brasil 
Holandês. Pioneiros na colonização de Nova York. Século 
XVII. São Paulo: USP, 2008. (Adaptado) 
 
Uma característica sociopolítica da ocupação 
holandesa no contexto mencionado foi 
 
A) a retração da produção de açúcar. 
B) o florescimento de um movimento 
antimodernizador. 
C) o estabelecimento da tolerância e da 
liberdade religiosa. 
D) a preocupação apenas em explorar 
comercialmente o território. 
E) a manutenção de boas relações comerciais 
com o mundo ibérico. 
 
QUESTÃO 14 
(Upf 2016) 
 
As invasões holandesas que ocorreram no 
século XVII foram o maior conflito militar da 
Colônia. Embora concentradas no Nordeste, 
elas não se resumiram a um simples episódio 
regional. Ao contrário, fizeram parte do quadro 
das relações internacionais entre os países 
europeus, revelando a dimensão da luta pelo 
controle do açúcar e das fontes de suprimento 
de escravos. 
(FAUSTO, Boris. História do Brasil. São Paulo: Edusp, 
1996, p. 84.) 
 
Tendo em vista o quadro histórico descrito 
acima, considere o seguinte: 
 
 
 
 
 
 
 
 
26 
I. A Companhia Holandesa das Índias Ocidentais 
teve como alvo principal a ocupação das zonas 
de produção açucareira na América 
portuguesa. 
II. Domingos Fernandes Calabar, alagoano, 
tornou-se colaborador das forças invasoras, 
até ser preso e executado. 
III. Durante o governo do príncipe Maurício de 
Nassau, ocorreu a vinda de artistas, 
naturalistas e letrados para Pernambuco, e o 
Recife conheceu vários melhoramentos 
urbanos. 
IV. Os holandeses defendiam o trabalho livre e 
postulavam pelo fim da escravidão. 
V. A reconquista ocorreu porque os brasileiros 
uniram os brancos, os negros escravos e os 
índios em prol de Portugal num acordo que 
ficou conhecido como a “união das três 
raças”. 
 
Está correto apenas o que se afirma em: 
A) I e II. 
B) II e III. 
C) I, II e III. 
D) III, IV e V. 
E) III e V. 
 
QUESTÃO 15 
(G1 - ifsc 2016) 
Os holandeses estão entre os diversos povos 
que invadiram ou tentaram invadir o território 
que hoje corresponde ao Brasil, durante o 
período colonial, no século XVII. 
 
Sobre a presença holandesa no Brasil, 
assinale a alternativa CORRETA. 
 
A) Os holandeses estabeleceram suas colônias 
no Sudeste brasileiro. 
B) Os holandeses eram parceiros comerciais dos 
portugueses na atividade açucareira. 
C) O principal interesse dos holandeses era a 
crescente economia cafeeira. 
D) Os portugueses estabeleceram uma política 
de cordialidade com os holandeses quando 
estes invadiram sua colônia. 
E) Os holandeses saíram do Brasil por meio de 
um processo chamado “União Ibérica”. 
 
QUESTÃO 16 
(Famerp 2018) 
 
A Bahia é cidade d’El-Rei, e a corte do Brasil; 
nela residem os Srs. Bispo, Governador, 
Ouvidor-Geral, com outros oficiais e justiça de 
Sua Majestade; [...]. É terra farta de 
mantimentos, carnes de vaca, porco, galinha, 
ovelhas, e outras criações; tem 36 engenhos, 
neles se faz o melhor açúcar de toda a costa; 
[...] terá a cidade com seu termo passante de 
três mil vizinhos Portugueses, oito mil Índios 
cristãos, e três ou quatro mil escravos da Guiné. 
(Fernão Cardim. Tratados da terra e gente do Brasil , 
1997.) 
 
O padre Fernão Cardim foi testemunha da 
colonização portuguesa do Brasil de 1583 a 
1601. O excerto faz uma descrição de Salvador, 
sede do Governo-Geral, referindo-se, entre 
outros aspectos, à 
 
A) incorporação pelos colonizadores dos 
padrões culturais indígenas. 
B) ligação da atividade produtiva local com o 
comércio internacional. 
C) miscigenação crescente dos grupos étnicos 
presentes na cidade. 
D) existência luxuosa da nobreza portuguesa na 
capital da colônia. 
E) dependência da população em relação à 
importação de produtos de sobrevivência. 
 
QUESTÃO 17 
(Unesp 2018) 
 
Na colônia, a justiça era exercida por toda 
uma gama de funcionários a serviço do rei. A 
violência, a coerção e a arbitrariedade foram 
suas principais características. [...] Nas regiões 
em que a presença da Coroa era mais distante, 
os grandes proprietários de terras exerciam 
considerável autoridade administrativa e 
judicial. No sertão, os potentados impunham 
seus interesses à população livre. 
(Adriana Lopez e Carlos Guilherme Mota. História do 
Brasil: uma interpretação, 2008.) 
 
 
 
 
 
 
 
27 
Ao analisar o aparato judiciário no Brasil 
Colonial, o texto 
 
A) identifica a isonomia e a impessoalidade na 
administração da justiça e seu embasamento 
no direito romano. 
B) explicita a burocratização do sistema jurídico 
nacional e reconhece sua eficácia no controle 
interno. 
C) indica o descompasso entre as 
determinações da Coroa portuguesa e os 
interesses pessoais dos governadores-gerais. 
D) distingue o sistema oficial da dinâmica local 
e atesta o prevalecimento de ações 
autoritárias em ambas. 
E) diferencia as funções do Poder Judiciário e do 
Poder Executivo e caracteriza a ação 
autônoma e independente de ambos. 
 
QUESTÃO 18 
(G1 – col. naval 2018) 
 
Leia o texto abaixo e responda a pergunta a 
seguir. 
 
[...] Além da capitania, em 1541 foi instalada 
a vila de Olinda, com a repetição de todas as 
formalidades de São Vicente: títulos de 
sesmarias, lista de homens bons aptos a votar, 
eleição de vereadores, alternância no poder. 
[...] Em Pernambuco passou a funcionar de 
maneira efetiva a autoridade do donatário, em 
dois sentidos. No das receitas, implantou 
cobrança de impostos, inclusive com repasses 
ao rei, e tais recursos financiavam serviços 
delegados ao donatário, como o de atuar como 
instância mais alta que o Judiciário da vila e o 
de controlar a vida civil. 
(CALDEIRA, Jorge. História da Riqueza no Brasil . Rio 
de Janeiro: Estação Brasil, 2017.) 
 
De acordo com o texto é correto afirmar que 
o autor buscou descrever as medidas que: 
 
 
 
 
 
 
A) levaram à capitania de Pernambuco a 
prosperar. 
B) causaram o impasse político responsável pela 
Guerra dos Mascates. 
C) levaram o sistema de capitanias hereditárias 
a fracassar. 
D) causaram o impasse político gerados da 
Insurreição Pernambucana. 
E) transformaram as capitanias hereditárias em 
governo-geral. 
 
QUESTÃO 19 
(Espm 2019) 
 
A primeira vez que se mencionou o açúcar e a 
intenção de implantar uma produção desse 
gênero no Brasil foi em 1516, quando o rei D. 
Manuel ordenou que se distribuíssem 
machados, enxadas e demais ferramentas às 
pessoas que fossem povoar o Brasil e que se 
procurasse um homem prático e capaz de ali dar 
princípio a um engenho de açúcar. Os primeiros 
engenhos começaram a funcionar em 
Pernambuco no ano de 1535, sob a direção de 
Duarte Coelho. A partir daí os registros não 
parariam de crescer: quatro estabelecimentos 
em 1550; trinta em 1570, e 140 no fim do século 
XVI. A produção de cana alastrava-se não só nu-
mericamente como espacialmente, chegando à 
Paraíba, ao Rio Grande do Norte, à Bahia e até 
mesmo ao Pará. Mas foi em Pernambuco e na 
Bahia, sobretudo na região do recôncavo 
baiano, que a economia açucareira de fato 
prosperou. Tiveram início, então, os anos 
dourados do Brasil da cana, a produção 
alcançando 350 mil arrobas no final do século 
XVI. 
(Lilia M. Schwarcz. Brasil: uma Biografia) 
 
A partir do texto e considerando a economia 
açucareira e a civilização do açúcar, é correto 
assinalar: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
28 
A) a cana de açúcar era um produto autóctone, 
ou seja, nativo do Brasil e gradativamente foi 
caindo no gosto dos portugueses e dos 
europeus, a partir do século XVI; 
B) a produção e comercialização do açúcar 
ocorreram sob a influência do livre-cam-
bismo em que se baseou o empreendimento 
colonial português;