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2 HISTÓRIA DO BRASIL – INTRODUÇÃO, PERÍODO PRÉ CABRALINO E PERÍODO PRÉ-COLONIAL QUESTÃO 01 (Unicamp 2020) Na América Portuguesa do século XVI, a política europeia para os indígenas pressupunha também a existência de uma política indígena frente aos europeus, já que os Tamoios e os Tupiniquins tinham seus próprios motivos para se aliarem aos franceses ou aos portugueses. (Adaptado de Manuela Carneiro da Cunha, Introdução a uma história indígena. São Paulo: Companhia das Letras/Fapesp, 1992, p. 18.) Com base no excerto e nos seus conhecimentos sobre os primeiros contatos entre europeus e indígenas no Brasil, assinale a alternativa correta. A) A população ameríndia era heterogênea e os conflitos entre diferentes grupos étnicos ajudaram a definir, de acordo com suas próprias lógicas e interesses, a dinâmica dos seus contatos com os europeus. B) O fato de Tamoios e Tupiniquins serem grupos aliados contribuiu para neutralizar as disputas entre franceses e portugueses pelo controle do Brasil, pelo papel mediador que os nativos exerciam. C) Os indígenas, agentes de sua história, desde cedo souberam explorar as rivalidades entre os europeus e mantê-los afastados dos seus conflitos interétnicos, anulando o impacto da presença portuguesa. D) As etnias indígenas viviam em harmonia umas com as outras e em equilíbrio com a natureza. Esse quadro foi alterado com a chegada dos europeus, que passaram a incentivar os conflitos interétnicos para estabelecer o domínio colonial. QUESTÃO 02 (Unesp 2019) O dia em que o capitão-mor Pedro Álvares Cabral levantou a cruz [...] era a 3 de maio, quando se celebra a invenção da Santa Cruz em que Cristo Nosso Redentor morreu por nós, e por esta causa pôs nome à terra que se encontrava descoberta de Santa Cruz e por este nome foi conhecida muitos anos. Porém, como o demônio com o sinal da cruz perdeu todo o domínio que tinha sobre os homens, receando perder também o muito que tinha em os desta terra, trabalhou que se esquecesse o primeiro nome e lhe ficasse o de Brasil, por causa de um pau assim chamado de cor abrasada e vermelha com que tingem panos [...]. (Frei Vicente do Salvador, 1627. Apud Laura de Mello e Souza. O Diabo e a Terra de Santa Cruz , 1986) O texto revela que A) a Igreja católica defendeu a prática do extrativismo durante o processo de conquista e colonização do Brasil. B) um esforço amplo de salvação dos povos nativos do Brasil orientou as ações dos mercadores portugueses. C) os nomes atribuídos pelos colonizadores às terras do Novo Mundo sempre respeitaram motivações e princípios religiosos. D) o objetivo primordial da colonização portuguesa do Brasil foi impedir o avanço do protestantismo nas terras do Novo Mundo. E) uma visão mística da colonização acompanhou a exploração dos recursos naturais existentes nas terras conquistadas. QUESTÃO 03 (Fac. Albert Einstein 2019) Mil anos antes da “descoberta” do Brasil pelos europeus, um grande movimento de migração parece ter se iniciado no sul da floresta amazônica. Os povos que se moviam falavam línguas aparentadas, de uma grande família de línguas que denominamos tupi-guarani. Praticavam a coivara e eram bons caçadores e pescadores. (Norberto Luiz Guarinello. Os primeiros habitantes do Brasil , 2009. Adaptado.) A partir do texto e de seus conhecimentos, pode-se afirmar que os referidos povos 3 A) limitavam-se ao extrativismo e alimentavam- se principalmente de moluscos, daí serem também chamados de povos dos sambaquis. B) eram pacíficos e estabeleceram relações amistosas com outros grupos nativos e, posteriormente, com os colonizadores portugueses. C) eram originários da Ilha de Marajó e dominavam a cerâmica, o que permitia a conservação de mantimentos e a produção de urnas funerárias. D) foram dizimados por grupos indígenas procedentes do litoral pacífico do continente, daí sua cultura ter sido extinta antes da conquista portuguesa. E) praticavam a agricultura e tinham bom domínio da navegação, o que contribuiu para sua expansão pelas terras posteriormente chamadas de Brasil. QUESTÃO 04 (Ufrgs 2018) Leia o segmento abaixo, do escritor indígena Ailton Krenak. Os fatos e a história recente dos últimos 500 anos têm indicado que o tempo desse encontro entre as nossas culturas é um tempo que acontece e se repete todo dia. Não houve um encontro entre as culturas dos povos do Ocidente e a cultura do continente americano numa data e num tempo demarcado que pudéssemos chamar de 1500 ou de 1800. Estamos convivendo com esse contato desde sempre. KRENAK, Ailton. O eterno retorno do encontro . In: NOVAES, Adauto (org.). A outra margem do Ocidente. São Paulo: Funarte, Companhia das Letras, 1999. p. 25. Considerando a história indígena no Brasil, a principal ideia contida no segmento é A) negação da conquista europeia na América, em 1500. B) ausência de transformação social nas sociedades ameríndias. C) exclusão dos povos americanos da história ocidental. D) estagnação social do continente sul- americano após a chegada dos europeus. E) continuidade histórica do contato cultural entre ocidentais e indígenas. QUESTÃO 05 (Mackenzie 2018) “(...) Neste dia, a horas de véspera, houvemos vista de terra! Primeiramente dum monte, mui alto e redondo; e doutras serras mais baixas ao sul dele; e de terra chã, com grandes arvoredos: ao monte alto o capitão pôs o nome – o Monte Pascoal, e à terra – a Terra de Vera Cruz.” CAMINHA, Pero Vaz de. “Carta. In: Freitas a el -rei D. Manuel”.In FREITAS, Gustavo de. 900 textos e documentos de história. Lisboa: Plátano, 1986. V. II, p. 99-100. O texto acima é parte da carta do escrivão, Pero Vaz de Caminha, tripulante a bordo da armada de Pedro Álvarez Cabral, ao rei português D. Manuel, narrando o descobrimento do Brasil. Essa expedição marítima pode ser entendida no contexto socioeconômico da época, como uma A) tentativa de obtenção de novas terras, no continente europeu, para ceder aos nobres portugueses, empobrecidos pelo declínio do feudalismo, verificado durante todo o século XIV. B) consolidação do poder da Igreja junto às Monarquias ibéricas, interessada tanto em reprimir o avanço mulçumano no Mediterrâneo, quanto em cristianizar os indígenas do Novo Continente. C) busca por ouro e prata no litoral americano, para suprir a escassez de metais preciosos na Europa, o que prejudicava a continuidade do comércio com o Oriente. D) conquista do litoral brasileiro e sua ocupação, garantindo que a coroa portuguesa tomasse posse dos territórios a ela concedidos, pelo Tratado de Tordesilhas, em 1494. E) tomada oficial das terras garantidas a Portugal, pelo acordo de Tordesilhas, e o controle exclusivo português da rota atlântica, dando-lhes acesso ao lucrativo comércio de especiarias. 4 QUESTÃO 06 (Udesc 2018) É prática comum nos programas escolares a delimitação de datas que marcam o início e, muitas vezes, o fim de processos históricos. No caso da História do Brasil, o ano de 1500 recebe bastante atenção. A respeito do ano de 1500 como início oficial da História do Brasil, analise as proposições. I. A definição de datas como marcos históricos tem implicações políticas, uma vez que elege certos eventos como fundamentais. No caso da História do Brasil, a ênfase no ano de 1500 ressalta a importância atribuída à chegada dos europeus para a constituição da história brasileira. II. Ao definir o ano de 1500 como marco inicial para a História do Brasil, corre-se o risco de desconsiderar a importância da história, as características e os costumes dos vários grupos indígenas que já habitavam o território, que seria posteriormente conhecido como Brasil. III. A definição do ano de1500, como marco para o início oficial da História do Brasil, foi resultado de uma série de demandas populares que reivindicavam a possibilidade de opinar a respeito da oficialização da História Nacional. Assinale a alternativa correta. A) Somente as afirmativas I e II são verdadeiras. B) Somente as afirmativas II e III são verdadeiras. C) Somente as afirmativas I e III são verdadeiras. D) Somente a afirmativa I é verdadeira. E) Somente a afirmativa II é verdadeira. QUESTÃO 07 (Unesp 2018) Em 1500, fazia oito anos que havia presença europeia no Caribe: uma primeira tentativa de colonização que ninguém na época podia imaginar que seria o prelúdio da conquista e da ocidentalização de todo um continente e até, na realidade, uma das primeiras etapas da globalização. A aventura das ilhas foi exemplar para toda a América, espanhola, inglesa ou portuguesa, pois ali se desenvolveu um roteiro que se reproduziu em várias outras regiões do continente americano: caos e esbanjamento, incompetência e desperdício, indiferença, massacres e epidemias. A experiência serviu pelo menos de lição à coroa espanhola, que tentou praticar no resto de suas possessões americanas uma política mais racional de dominação e de exploração dos vencidos: a instalação de uma Igreja poderosa, dominadora e próxima dos autóctones, assim como a instalação de uma rede administrativa densa e o envio de funcionários zelosos, que evitaram a repetição da catástrofe antilhana. (Serge Gruzinski. A passagem do século: 1480-1520: as origens da globalização, 1999. Adaptado.) As epidemias provocadas pelos contatos entre europeus e povos autóctones da América A) demonstraram o risco da expansão territorial para áreas distantes e determinaram o imediato desenvolvimento de vacinas. B) representaram uma espécie de guerra biológica que afetou, ainda que de forma desigual, conquistadores e conquistados. C) provocaram a interdição, pelas cortes europeias, da circulação de mulheres grávidas entre os dois continentes. D) foram utilizadas pelos nativos para impedir o avanço dos europeus, que contraíram doenças tropicais, como a febre amarela e a malária. E) levaram à proibição, pelas cortes europeias, do contato sexual entre europeus e nativos, para impedir a propagação da sífilis. 5 QUESTÃO 08 (Unesp 2018) Os problemas ocorridos na colonização das ilhas do Caribe podem ser considerados “exemplares para toda a América”, pois geraram A) a identificação de uma grande oportunidade, para nativos e europeus, de conviver com outros povos e desenvolver a tolerância e o respeito a valores morais e culturais diferentes. B) o temor, nos indígenas, diante da ambição europeia e a percepção, pelos europeus, da dificuldade de estruturar o empreendimento colonial e manter o controle de terras e povos tão distantes. C) o início de um longo conflito entre os europeus e as populações nativas, que provocou perdas humanas e financeiras nos dois lados, inviabilizando a exploração comercial da América. D) a formação de uma elite colonial que recusava submeter-se às ordens das coroas europeias e dispunha de plena autonomia na produção e comercialização das mercadorias. E) o reconhecimento, pelos europeus, da necessidade de instalação de feitorias no litoral para a segurança dos viajantes e a aceitação, pelos nativos, da hegemonia dos conquistadores. QUESTÃO 09 (Uefs 2018) O “coração” econômico da época, Veneza, tem cada vez mais dificuldades em assegurar a competitividade de seus produtos. Em 1504, os navios venezianos já quase não encontram pimenta em Alexandria. As especiarias desta proveniência se revelam muito mais caras do que as que são encaminhadas da Índia portuguesa: a pimenta embarcada pelos portugueses em Calicute é quarenta vezes menos onerosa do que a que transita por Alexandria. (Jacques Attali. 1492, 1991. Adaptado.) O início da colonização efetiva do Brasil por Portugal, historicamente condicionado pelos fatos referidos pelo excerto, A) teve início assim que os navegadores chegaram às novas terras. B) projetou a hegemonia portuguesa no comércio atlântico. C) enriqueceu a Metrópole com a descoberta de metais preciosos. D) atardou-se devido aos lucros auferidos com o comércio oriental. E) foi financiado pelos lucros gerados pelo comércio de especiarias. QUESTÃO 10 (Pucpr 2017) A primeira missa no Brasil é um momento emblemático do início da colonização portuguesa na América, celebrada poucos dias após a chegada e desembarque dos portugueses na costa brasileira, imortalizada pela narrativa na Carta de Pero Vaz de Caminha e no óleo sobre tela de Victor Meirelles. A ocupação de fato demorou um pouco mais a acontecer, dentre as razões para seu início, temos 6 A) o aumento do comércio de especiarias com o Oriente, levando à maior necessidade de mercados consumidores. B) a descoberta de metais preciosos na colônia portuguesa, acelerando o interesse da metrópole na exploração de sua colônia. C) a probabilidade da tomada das terras por corsários ingleses que vinham atrás do contrabando de escravos indígenas para outras colônias. D) a necessidade de tomar posse e defender suas terras para evitar a vinda de exploradores sem o conhecimento da coroa portuguesa. E) a construção das feitorias para armazenar pau-brasil e carregar navios, promovendo a migração de um grande contingente de portugueses para povoar e cuidar das novas vilas. QUESTÃO 11 (Ufu 2017) Refiro-me à destruição que pudemos fazer da grande (20 40 metros) e velha maloca taracuá [...] Sabe V. Rvma. que para o índio a maloca é cozinha, dormitório, refeitório, tenda de trabalho, lugar de reunião na estação de chuvas e sala de dança nas grandes solenidades. [...] A maloca é também, como costumava dizer o zeloso dom Bazola, a “casa do diabo”, pois que ali se fazem as orgias infernais, maquinam-se as mais atrozes vinganças contra os brancos e contra outros índios... Monsenhor Pedro Massa, início século XX. In: ZENUN, K. H. e ADISSI, V. M. A. Ser índio hoje: a tensão territorial. 2. ed. São Paulo: Loyola, 1999, p. 70. (Adaptado). Com a chegada dos europeus ao continente americano, teve início a subjetivação da figura do índio, delineando-se, gradativamente, a imagem do nativo ocioso, preguiçoso, indisciplinado e desorganizado. Esse ponto de vista atravessou séculos e sobrevive em nossos dias. Dessa maneira, de acordo com a citação, derrubar a maloca seria uma ação necessária, pois a moradia indígena representava o(a) A) tradição da cultura pagã que contrariava os planos de conversão e domínio espiritual. B) baluarte de expressão da organização tribal, influência do contato com a cultura africana. C) símbolo de superioridade da cultura indígena, quando comparada à europeia. D) obstáculo que impedia o trabalho de catequese no espaço conhecido como reduções. QUESTÃO 12 (Puccamp 2017) A chegada dos colonizadores portugueses ao Brasil foi narrada na carta de Pero Vaz de Caminha, à qual se seguiram as seguintes expressões culturais nos primeiros momentos de nossa história: A) Formação de academias literárias e propagação de um ideário nacionalista. B) Maturação de um autêntico sistema literário e formação de grêmios republicanos. C) Correspondência de viajantes e documentação das riquezas naturais. D) Abertura dos portos às nações amigas e consolidação da imprensa. E) Catequese promovida pelos jesuítas e consolidação dos ideais emancipacionistas. QUESTÃO 13 (Upe-ssa 2017) Na bacia do Rio São Francisco, nas paleolagoas conhecidas hoje como tanques, foram achados ossos de animais extintosda fauna pleistocênica, que conviveram com o homem em diversas áreas da região, como Salgueiro e Alagoinha, em Pernambuco. Pesquisas mais recentes assinalaram, também, a presença de megafauna, como o mastodonte e a preguiça- gigante, como é o caso da Lagoa Uri de Cima em Salgueiro. MARTIN, Gabriela; PESSIS, Anne-Marie. Breve Panorama da Pré-História do Vale do São Francisco no Nordeste do Brasil. Revista FUMDHAMentos, Volume 1 – Número 10 – Ano 2013, p. 14, adaptado. 7 O trecho acima propõe uma leitura da História do Brasil, que se caracteriza pela A) presença essencial dos europeus no continente americano. B) inexistência de exemplares da megafauna em território brasileiro. C) carência de estudos paleoantropológicos e sítios arqueológicos no Nordeste. D) antiguidade da presença humana no país, anterior à chegada dos portugueses. E) existência de répteis de porte avantajado, popularmente conhecidos como dinossauros. QUESTÃO 14 (Enem 2016) Texto I Documentos do século XVI algumas vezes se referem aos habitantes indígenas como “os brasis”, ou “gente brasília” e, ocasionalmente no século XVII, o termo “brasileiro” era a eles aplicado, mas as referências ao status econômico e jurídico desses eram muito mais populares. Assim, os termos “negro da terra” e “índios” eram utilizados com mais frequência do que qualquer outro. SCHWARTZ, S. B. Gente da terra braziliense da nação. Pensando o Brasil: a construção de um povo. In: MOTA, C. G. (Org.). Viagem Incompleta: a experiência brasileira (1500-2000). São Paulo: Senac, 2000 (adaptado). Texto II Índio é um conceito construído no processo de conquista da América pelos europeus. Desinteressados pela diversidade cultural, imbuídos de forte preconceito para com o outro, o indivíduo de outras culturas, espanhóis, portugueses, franceses e anglo- saxões terminaram por denominar da mesma forma povos tão díspares quanto os tupinambás e os astecas. SILVA, K. V.; SILVA, M. H. Dicionário de conceitos históricos. São Paulo: Contexto, 2005. Ao comparar os textos, as formas de designação dos grupos nativos pelos europeus, durante o período analisado, são reveladoras da A) concepção idealizada do território, entendido como geograficamente indiferenciado. B) percepção corrente de uma ancestralidade comum às populações ameríndias. C) compreensão etnocêntrica acerca das populações dos territórios conquistados. D) transposição direta das categorias originadas no imaginário medieval. E) visão utópica configurada a partir de fantasias de riqueza. QUESTÃO 15 (G1 – Ifsul 2016) De 1500 a 1530, os portugueses não desenvolveram um grande projeto de colonização para a sua colônia na América (Brasil). Nesse período, ocorreram as expedições de reconhecimentos e as expedições guarda-costas. A economia, nesse período, A) deteve-se ao cultivo de café na região do Vale do rio Paraíba. B) limitou-se ao cultivo de cana-de-açúcar no nordeste com o trabalho escravo. C) dedicou-se à extração de metais preciosos, sobretudo prata, nas Gerais. D) baseou-se na extração do pau-brasil através do escambo com os nativos. QUESTÃO 16 (Enem Libras 2017) Os cartógrafos portugueses teriam falseado as representações do Brasil nas cartas geográficas, fazendo concordar o meridiano com os acidentes geográficos de forma a ressaltar uma suposta fronteira natural dos domínios lusos. O delineamento de uma grande lagoa que conectava a bacia platina com a amazônica já era visível nas primeiras descrições geográficas e mapas produzidos por Gaspar Viegas, no Atlas de Lopo Homem (1519), nas cartas de Diogo Ribeiro (1525-27), no planisfério de André Homen (1559), nos mapas de Bartolomeu Velho (1561). KANTOR, Í. Usos diplomáticos da ilha-Brasil: polêmicas cartográficas e historiográficas. Varia Historia, n. 37, 2007 (adaptado). 8 De acordo com a argumentação exposta no texto, um dos objetivos das representações cartográficas mencionadas era A) garantir o domínio da Metrópole sobre o território cobiçado. B) demarcar os limites precisos do Tratado de Tordesilhas. C) afastar as populações nativas do espaço demarcado. D) respeitar a conquista espanhola sobre o Império Inca. E) demonstrar a viabilidade comercial do empreendimento colonial. QUESTÃO 17 (G1 – Ifsul 2016) A língua de que usam, por toda a costa, carece de três letras; convém a saber, não se acha nela F, nem L, nem R, coisa digna de espanto, porque assim não têm Fé, nem Lei, nem Rei, e dessa maneira vivem desordenadamente, sem terem além disto conta, nem peso, nem medida. GÂNDAVO, P M. A primeira historia do Brasil: história da província de Santa Cruz a que vulgarmente chamamos Brasil. Rio de Janeiro: Zahar, 2004 (adaptado). A observação do cronista português Pero de Magalhães de Gândavo, em 1576, sobre a ausência das letras F, L e R na língua mencionada, demonstra a A) simplicidade da organização social das tribos brasileiras. B) dominação portuguesa imposta aos índios no início da colonização. C) superioridade da sociedade europeia em relação à sociedade indígena. D) incompreensão dos valores socioculturais indígenas pelos portugueses. E) dificuldade experimentada pelos portugueses no aprendizado da língua nativa. QUESTÃO 18 (Udesc 2015) Leia com atenção o fragmento retirado da Carta de Pero Vaz de Caminha. “E quando veio ao Evangelho, que nos erguemos todos em pé, com as mãos levantadas, eles [os índios] se levantaram conosco e alçaram as mãos, ficando assim, até ser acabado; e então tornaram-se a assentar como nós. E quando levantaram a Deus, que nos pusemos de joelhos, eles se puseram assim todos, como nós estávamos com as mãos levantadas, e em tal maneira sossegados, que, certifico a Vossa Alteza, nos fez muita devoção.” Pero Vaz de Caminha. In: OLIVIERI, A. C. e VILLA, M. A. Crônicas do descobrimento. São Paulo: Ática, 1999, p. 23. Em relação à Carta de Caminha para o Rei de Portugal, pode-se dizer que é: A) Uma narrativa que projeta sobre as populações nativas uma visão de mundo cristão, como se o Brasil fosse uma espécie de paraíso edênico. B) Um relato imparcial sobre as populações indígenas, porque o autor narra exatamente o que viu e viveu no Brasil. C) Uma narrativa capaz de identificar a verdadeira essência das populações indígenas brasileiras que já conheciam o cristianismo, e traziam no seu íntimo um conhecimento prévio dos ensinamentos pregados por Cristo a seus discípulos. D) Um relato que expressa total ignorância e despreparo do cronista sobre o caráter dissimulado e estratégico das populações indígenas, que desejavam tão somente ganhar a confiança dos viajantes europeus para obter lucros e fazer alianças políticas para derrotar seus inimigos. E) Um relato sem valor histórico, pois está marcado por uma perspectiva eurocêntrica e preconceituosa sobre os habitantes nativos do Brasil. 9 QUESTÃO 19 (Espcex Aman 2015) “Os primeiros trinta anos da História do Brasil são conhecidos como período Pré- Colonial. Nesse período, a coroa portuguesa iniciou a dominação das terras brasileiras, sem, no entanto, traçar um plano de ocupação efetiva. […] A atenção da burguesia metropolitana e do governo português estavam voltados para o comércio com o Oriente, que desde a viagem de Vasco da Gama, no final do século XV, havia sido monopolizado pelo Estado português. […] O desinteresse português em relação ao Brasil estava em conformidade com os interesses mercantilistas da época, como observou o navegante Américo Vespúcio, após a exploração do litoral brasileiro, pode-se dizer que não encontramos nada de proveito”. Berutti, 2004. Sobre o período retratado no texto,pode-se afirmar que o(a) A) desinteresse português pelo Brasil nos primeiros anos de colonização, deu-se em decorrência dos tratados comerciais assinados com a Espanha, que tinha prioridade pela exploração de terras situadas a oeste de Greenwich. B) maior distância marítima era a maior desvantagem brasileira em relação ao comércio com as Índias. C) desinteresse português pode ser melhor explicado pela resistência oferecida pelos indígenas que dificultavam o desembarque e o reconhecimento das novas terras. D) abertura de um novo mercado na América do Sul, ampliava as possibilidades de lucro da burguesia metropolitana portuguesa. E) relativo descaso português pelo Brasil, nos primeiros trinta anos de História, explica-se pela aparente inexistência de artigos (ou produtos) que atendiam aos interesses daqueles que patrocinavam as expedições. QUESTÃO 20 (G1 – Ifsc 2014) A imagem abaixo apresenta um ritual antropofágico de um povo indígena do território onde hoje é o Brasil. Sobre os povos indígenas do Brasil, assinale a alternativa CORRETA. A) Os povos indígenas não foram escravizados pelos portugueses, pois praticavam o escambo. B) A imagem acima é falsa, pois os indígenas brasileiros não praticavam a antropofagia. C) Todos os povos indígenas brasileiros eram amistosos, o que facilitou a colonização portuguesa. D) Os povos indígenas brasileiros apresentavam muitas diferenças entre si, possuíam línguas diferentes, alguns praticavam a antropofagia, outros eram nômades, enquanto outros, sedentários. E) Os portugueses só tiveram contato com os povos indígenas após a chegada do primeiro Governador Geral. 10 RESOLUÇÕES RESPOSTA DA QUESTÃO 01: [A] A princípio, em especial durante o ciclo do pau-brasil, o contato entre indígenas e portugueses foi amistoso. Porém, a partir da adoção da agromanufatura do açúcar, os portugueses passaram a tratar os indígenas como possível mão de obra nos engenhos, o que levou as diferentes tribos brasileiras a usar as rivalidades entre os países europeus (como França e Portugal) em benefício próprio. RESPOSTA DA QUESTÃO 02: [E] O historiador Frei Vicente de Salvador afirma que a terra “descoberta” por Cabral recebeu um nome de viés religioso, Terra de Santa Cruz, porém o aspecto econômico comercial ligado ao demônio se sobrepôs e a terra recém- descoberta mudou seu nome para “Brasil, ou seja, foi a vitória do profano sobre o sagrado. RESPOSTA DA QUESTÃO 03: [E] É necessário que os vestibulandos utilizem o raciocínio lógico associando a prática da agricultura com o emprego da coivara. A alternativa correta é a [E]. Coivara é um regime agrícola bastante rudimentar de comunidades indígenas e quilombolas. Inicia-se a plantação através da derrubada da mata nativa, queima a vegetação, há uma plantação intercalada de várias culturas num sistema de rotação de culturas como arroz, milho, feijão, etc. RESPOSTA DA QUESTÃO 04: [E] A explanação do escritor indígena é bastante clara: desde o primeiro momento de contato, nunca mais a relação cultural entre indígenas e brancos deixou de acontecer no Brasil, sempre trazendo consequências para os dois lados. RESPOSTA DA QUESTÃO 05: [E] A viagem de Pedro Álvarez Cabral ao Brasil em 1500 está vinculada ao Tratado de Tordesilhas de 1494 no qual Portugal pretendia garantir suas posses de terras bem como ter o acesso a rota do Atlântico para atingir o lucrativo comércio das especiarias. RESPOSTA DA QUESTÃO 06: [A] A afirmativa [III] está incorreta porque a definição de 1500 como marco inicial da nossa História não passou pelo crivo popular do país, tendo sido definida de maneira elitista pelos intelectuais do país. RESPOSTA DA QUESTÃO 07: [B] A guerra biológica ou bacteriológica foi uma das estratégias, principalmente de espanhóis, para enfraquecer e dominar as populações ameríndias. RESPOSTA DA QUESTÃO 08: [B] O texto sugere que o fracasso de colonização das Ilhas do Caribe indicou aos colonizadores europeus que caminhos seguir na tentativa de tornar o continente americano lucrativo. Além disso, do primeiro contato entre europeus e indígenas surgiu a percepção, para os últimos, que os primeiros seriam capazes de tudo para dominar os territórios da América. 11 RESPOSTA DA QUESTÃO 09: [D] Devido aos lucros obtidos no comércio de especiarias (cerca de 500% ao ano), Portugal ficou, entre 1500 e 1530, sem efetivar a colonização do Brasil. RESPOSTA DA QUESTÃO 10: [D] A questão remete ao período denominado Pré- Colonial, 1500-1530, entre a viagem de Cabral em 1500 à viagem de Martim Afonso de Souza em 1530. Neste período não ocorreu ocupação portuguesa no Brasil, pois o país ibérico priorizou o comércio das especiarias no oriente deixando o Brasil em segundo plano. Na viagem de Cabral em 1500 havia uma preocupação em defender as terras lusitanas demarcadas pelo Tratado de Tordesilhas diante da possibilidade de invasões. RESPOSTA DA QUESTÃO 11: [A] A questão aponta para o etnocentrismo. Com a chegada à América do europeu, homem branco e cristão, a cultura ameríndia foi concebida a partir do olhar europeu e, desta forma, os índios foram rotulados de selvagens, bárbaros, vagabundos, indisciplinados, sem fé e sem valores, etc. Daí a necessidade da catequese, converter estes homens á civilização cristã ocidental, trabalho desempenhado pelos padres jesuítas. RESPOSTA DA QUESTÃO 12: [C] Com a chegada dos portugueses ao Brasil a partir do ano de 1500, os cronistas, viajantes europeus, escreveram os primeiros documentos sobre a colônia com um forte viés etnocêntrico. Naquele contexto Absolutista- Mercantilista, no continente Europeu existiam os Estados Modernos que necessitavam de muitos recursos para manter a máquina estatal, daí a importância da colonização da América para alavancar estas riquezas. Neste sentido, os cronistas em seus relatos faziam um mapeamento das riquezas naturais, em especial os metais preciosos, para facilitar a exploração. Um grande exemplo foi a carta de Pero Vaz de Caminha. RESPOSTA DA QUESTÃO 13: [D] O texto mostra a existência de vestígios que indicam a presença de animais do chamado “período pré-histórico” em terras brasileiras, evidenciando que a História brasileira é anterior a presença europeia no país. RESPOSTA DA QUESTÃO 14: [C] Ao desprezarem a diversidade cultural indígena, os europeus que chegaram ao continente americano demonstram seu etnocentrismo, que se manifesta tanto na linguagem que utilizam, quanto nas atitudes que tomam nesses novos territórios. RESPOSTA DA QUESTÃO 15: [D] A questão está vinculada ao período Pré- Colonial, 1500-1530, entre a viagem de Cabral em 1500 até a viagem de Martim Afonso de Souza em 1530. Neste contexto Portugal priorizou o comércio das especiarias no oriente deixando o Brasil em segundo plano uma vez que não foi encontrada riqueza fácil nas novas terras. Restringindo-se, basicamente, à extração do pau-brasil através da exploração do trabalho indígena denominada escambo, como aponta a alternativa. 12 RESPOSTA DA QUESTÃO 16: [A] O texto explica que os primeiros mapas feitos para descrever o Brasil foram manipulados pelos cartógrafos, que mudavam a localização do meridiano que dividia o continente entre Portugal e Espanha para que o mesmo coincidisse com acidentes geográficos que interessavam a Portugal explorar, como a Bacia Platina. RESPOSTA DA QUESTÃO 17: [D] Os portugueses enxergaram os indígenas de maneira etnocêntrica, medindo o povo indígena a partir dos seus próprios valores. Por isso, a crítica à falta de fé, lei e rei. RESPOSTA DAQUESTÃO 18: [A] A questão remete ao importante documento histórico, a “Carta de Caminha”. Esta questão pode ser respondida a partir das alternativas incorretas. Pero Vaz de Caminha narrou o indígena dentro de sua concepção de mundo, a cultura cristã ocidental. Sua narrativa não identificou a verdadeira essência das populações indígenas brasileiras. Não podemos concordar com a ideia de que os indígenas eram dissimulados e estratégicos e que possuíam interesses em obter lucros. O documento tem um grande valor histórico. RESPOSTA DA QUESTÃO 19: [E] A questão remete ao período Pré-Colonial que ocorreu no Brasil entre 1500-1530. As Grandes Navegações que ocorreram ao longo do século XV foram importantes para angariar recursos para os Estados Modernos. Desta forma, já havia dentro destas navegações ideias mercantilistas, ou seja, buscar metais preciosos e especiarias para a Europa. A viagem de Vasco da Gama que chegou às Índias em 1498 foi coroada de êxito dando um lucro exorbitante para Portugal. Assim, foi criada a mesma expectativa quanto a viagem de Cabral ao Brasil em 1500. Conforme relata a Carta de Caminha não havia riqueza no Brasil, ou seja, metais preciosos e especiarias e que o melhor a fazer é a catequese dos índios. O sucesso da viagem de Vasco da Gama e o fracasso da viagem de Cabral explicam o relativo descaso de Portugal em relação ao Brasil priorizando, então, o comércio das especarias no oriente. Daí o período Pré- Colonial. RESPOSTA DA QUESTÃO 20: [D] As populações indígenas brasileiras não eram homogêneas: algumas viviam sob as bases paleolíticas – sendo nômades e coletoras – outras viviam sob as bases neolíticas – sendo sedentárias e agricultoras – e outras, ainda, praticavam a antropofagia – como mostra a imagem. 13 HISTÓRIA DO BRASIL – COLÔNIA: ASPECTOS POLÍTICOS, ECONOMIA AÇUCAREIRA E ATIVIDADES COMPLEMENTARES QUESTÃO 01 (Espcex Aman 2019) Do ponto de vista econômico, o sistema de capitanias, implantado em 1534, não alcançou os resultados esperados pelos portugueses. Entre as poucas capitanias que progrediram e obtiveram lucros, principalmente com a produção de açúcar, estavam as de A) Rio Grande e Itamaracá. B) São Vicente e Rio Grande. C) Santana e Ilhéus. D) Maranhão e Pernambuco. E) São Vicente e Pernambuco. QUESTÃO 02 (Famerp 2019) O sistema de plantation, predominante na colonização portuguesa do Brasil, baseou-se na A) produção agrícola voltada à subsistência e ao comércio local. B) exportação dos excedentes agrícolas não consumidos internamente. C) aplicação de moderna tecnologia europeia à agricultura. D) rotação de culturas em pequenas propriedades rurais. E) monocultura extensiva com emprego de trabalho compulsório. QUESTÃO 03 (Uepg 2018) Diferente da versão romantizada que mostra uma chegada pacífica dos europeus ao Brasil no século XVI, a colonização portuguesa se deu a partir do uso sistemático da violência e do extermínio dos habitantes originais da terra (os indígenas). A exploração e o povoamento da colônia só foi possível após a sobreposição bélica dos europeus sobre os nativos. A respeito da colonização brasileira no século XVI, assinale o que for correto. 01) No século XVI, as mulheres tiveram destacada atuação na vida social e política colonial. Não são raros os casos de mulheres que administraram engenhos de açúcar e ocuparam cargos nas câmaras coloniais. Esse quadro muda gradualmente nos dois últimos séculos coloniais. 02) É possível afirmar que a ocupação efetiva da colônia pelos portugueses se deu a partir de 1530. Antes disso, ocorrem algumas expedições, nomeiam-se algumas localidades litorâneas e se constroem poucas feitorias. Somente com a produção do açúcar no litoral nordestino é que, de fato, os portugueses trazem contingentes humanos e montam uma estrutura produtiva na colônia. 04) Martin Afonso de Souza fundou as vilas de Piratininga e São Vicente (ambas no litoral de São Paulo) e ali desenvolveu o plantio de cana-de-açúcar, cultura com a qual os portugueses tomaram contato durante as Cruzadas medievais. 08) A atividade açucareira no século XVI teve seu auge no litoral nordestino. Naquela região, os engenhos reais contavam com centenas de escravos (predominantemente africanos) e produziam em larga escala, uma vez que o principal objetivo era abastecer os mercados europeus. 16) Na medida em que já existiam habitantes no território brasileiro antes da chegada dos europeus é, no mínimo, questionável, o uso do termo "descobrimento do Brasil" pelos portugueses. O que houve, de fato, foi um processo de dominação dos europeus sobre os nativos americanos. 14 QUESTÃO 04 (Espm 2018) Em 1549 o rei D. João III decidiu, sem abolir o sistema de capitanias hereditárias, instituir um novo regime. Acompanhado por quatrocentos soldados, seiscentos degredados, seis jesuítas e muitos mecânicos, partiu de Lisboa o primeiro governador-geral, Tomé de Souza, que aportou à baía de Todos-os-Santos em fins de março de 1549. Com o governador chegaram também o ouvidor-geral, Pero Borges e o provedor-mor, Antônio Caridoso de Barros. (Capistrano de Abreu. Capítulos de História Colonial) O ouvidor-geral e o provedor-mor desempenhavam, respectivamente, funções de: A) defesa – administração civil; B) justiça – fazenda; C) fazenda – defesa; D) administração militar – justiça; E) administração da capital – vereança. QUESTÃO 05 (Fuvest 2016) Eu por vezes tenho dito a V. A. aquilo que me parecia acerca dos negócios da França, e isto por ver por conjecturas e aparências grandes aquilo que podia suceder dos pontos mais aparentes, que consigo traziam muito prejuízo ao estado e aumento dos senhorios de V. A. E tudo se encerrava em vós, Senhor, trabalhardes com modos honestos de fazer que esta gente não houvesse de entrar nem possuir coisa de vossas navegações, pelo grandíssimo dano que daí se podia seguir. Serafim Leite. Cartas dos primeiros jesuítas do Brasil , 1954. O trecho acima foi extraído de uma carta dirigida pelo padre jesuíta Diogo de Gouveia ao Rei de Portugal D. João III, escrita em Paris, em 17/02/1538. Seu conteúdo mostra A) a persistência dos ataques franceses contra a América, que Portugal vinha tentando colonizar de modo efetivo desde a adoção do sistema de capitanias hereditárias. B) os primórdios da aliança que logo se estabeleceria entre as Coroas de Portugal e da França e que visava a combater as pretensões expansionistas da Espanha na América. C) a preocupação dos jesuítas portugueses com a expansão de jesuítas franceses, que, no Brasil, vinham exercendo grande influência sobre as populações nativas. D) o projeto de expansão territorial português na Europa, o qual, na época da carta, visava à dominação de territórios franceses tanto na Europa quanto na América. E) a manifestação de um conflito entre a recém- criada ordem jesuíta e a Coroa portuguesa em torno do combate à pirataria francesa. QUESTÃO 06 (Ucs 2016) Considere as seguintes afirmativas sobre o Período Colonial brasileiro. I. Os núcleos de povoamento, depois transformados em cidades, desde a expedição de Martim Afonso de Souza, em 1531, tornaram-se valiosos instrumentos do sistema administrativo brasileiro. II. Três características básicas se complementaram na exploração colonial do Brasil: economia voltada para o mercado externo, latifúndio e escravidão. III. A exploração econômica preferida pelos portugueses no Brasil foi a produção manufatureira, em função da abundância de matéria-prima. Das proposições acima, A) apenas I está correta. B) apenas II está correta. C) apenas Ie II estão corretas. D) apenas II e III estão corretas. E) I, II e III estão corretas. 15 QUESTÃO 07 (Espm 2016) Quem vir na escuridade da noite aquelas fornalhas tremendas perpetuamente ardentes, o ruído das rodas, das cadeias, da gente toda da cor da mesma noite, trabalhando vivamente, e gemendo tudo ao mesmo tempo sem momento de tréguas, nem de descanso; quem vir enfim toda a máquina e aparato confuso e estrondoso daquela Babilônia, não poderá duvidar, ainda que tenha visto Etnas e Vesúvios, que é uma semelhança de inferno. (Padre Antonio Vieira. Citado por Lilia Schwarcz e Heloisa Starling in Brasil uma Biografia) A leitura do trecho deve ser relacionada com: A) o trabalho indígena na extração do pau- brasil; B) o trabalho indígena na lavoura da cana-de- açúcar; C) o trabalho de escravos negros africanos no engenho de cana-de-açúcar; D) o trabalho de escravos negros africanos no garimpo, na mineração; E) o trabalho de imigrantes italianos na lavoura cafeeira. QUESTÃO 08 (Pucsp 2016) As observações do donatário de Pernambuco sobre suas atividades à frente da Capitania expõem a A) exclusividade da produção açucareira e a inexistência de outras atividades produtivas no Brasil colonial. B) destinação externa de toda a produção agrícola da colônia e a necessidade de importação de alimentos para abastecer a população que vivia na colônia. C) centralidade da produção açucareira e o esforço de obtenção de mão de obra qualificada e de articulação da empresa agrícola com outros setores da economia. D) carência de mercado interno para os produtos agrícolas e a necessidade de rigoroso controle sobre os escravos. QUESTÃO 09 (Uem 2015) Nos dois primeiros séculos da colonização portuguesa na América, o número de vilas e de cidades oficialmente constituídas era pequeno e não atingia duas centenas. A respeito das vilas, das cidades e da vida urbana na América Portuguesa, assinale a(s) alternativa(s) correta(s). 01) O pequeno número de vilas existentes nos séculos XVI e XVII relaciona-se às características socioeconômicas da colonização portuguesa do Brasil naquele período. 02) A administração pública das vilas era exercida pela câmara municipal (ou Senado da Câmara). A câmara era composta por vereadores eleitos entre os chamados “homens bons” e gozava de uma certa autonomia em relação ao poder central. 04) Relacionado à mineração, no século XVIII ocorreu um crescimento da vida urbana, principalmente na região de Minas Gerais, e as vilas tornaram-se efetivamente centros econômicos e polos de sociabilidades. 08) Até o final do século XVII os papéis político e econômico das vilas foram, em geral, pouco expressivos; os engenhos, além de centralizarem as atividades econômicas, eram também polos da vida social. 16) As principais cidades brasileiras dos dois primeiros séculos da colonização portuguesa, como Salvador, Rio de Janeiro e Recife, surgiram ao redor de Missões dos jesuítas, a partir das necessidades de abastecimento desses centros de catequese. 16 QUESTÃO 10 (G1 - ifsc 2015) Seiscentas peças barganhei – Que pechincha – no Senegal A carne é rija, os músculos de aço, Boa liga do melhor metal. Em troca dei só aguardente, Contas, latão – um peso morto! Eu ganho oitocentos por cento Se a metade chegar ao porto. Fonte: Heinrich Heine, apud Alfredo Bosi. Dialética da colonização: São Paulo: Companhia das Letras, 1992. Assinale a alternativa CORRETA. A) Com o verso “Boa liga do melhor metal”, o autor está elogiando a qualidade dos metais preciosos encontrados no Senegal, colônia que Portugal estava explorando. B) Os versos do poeta referem-se a uma atividade do tempo do Brasil colônia, relacionada à origem da mão de obra utilizada na produção de açúcar nos engenhos ali instalados. C) Do trecho do poema se conclui que o tráfico negreiro era uma atividade que não recompensava economicamente aos traficantes, pois só a metade da carga chegava em condições ao porto de destino. D) O poema não se refere à colonização portuguesa no Brasil, porque a mão de obra escravizada foi só do índio, portanto, não havia transporte de longa distância em navios. E) O Estado português e a Igreja Católica foram radicalmente contra a escravização dos africanos, combatendo o tráfico de pessoas em qualquer parte do mundo. QUESTÃO 11 (G1 - ifsc 2015) O Brasil colonial não nasceu do açúcar, mas do pau-brasil. Foi a famosa madeira, da qual se extrai um corante, que primeiro deu motivos aos portugueses para se estabelecer e explorar a terra a que tinham chegado em 1500. Porém, foi a introdução da cana-de-açúcar e a dos engenhos, com sua tecnologia para a produção de açúcar, as verdadeiras responsáveis por transformar a colônia três décadas depois desse primeiro contato. O açúcar foi a madrasta da colonização, que por quase dois séculos regeu a história econômica, social e política do Brasil. E, em algumas regiões, continua a dominar. Fonte: SCHWARTZ, Stuart B. Doce Lucro. Revista de História. n. 94, jul. 2013. Disponível em:http://www.revistadehistoria.com.br/secao/capa/do ce-lucro. Acesso: 13 ago. 2014. Durante grande parte do período colonial brasileiro, o açúcar foi o principal produto de exportação da colônia. Sobre a produção de açúcar no Brasil, leia e analise as seguintes afirmações: I. A cana-de-açúcar era plantada em latifúndios, estrutura fundiária ainda presente no Brasil. II. A principal região produtora de açúcar no Brasil é a Sul. III. A produção de açúcar foi uma das responsáveis pela desigualdade social no Brasil colonial, pois utilizava mão de obra escrava. IV. Da cana-de-açúcar, além do açúcar, pode-se produzir combustível e aguardente. Assinale a alternativa CORRETA. A) Apenas as afirmações I e II são verdadeiras. B) Apenas as afirmações I e IV são verdadeiras. C) Apenas as afirmações II, III e IV são verdadeiras. D) Apenas as afirmações I, III e IV são verdadeiras. E) Todas as afirmações são verdadeiras. 17 QUESTÃO 12 (Espm 2011) As primeiras atividades econômicas praticadas pela colonização portuguesa no Brasil tiveram por cenário apenas o litoral do leste-nordeste brasileiros, sem que de modo sensível penetrassem no vago e misterioso sertão, ainda ocupado por tribos selvagens. Determinava essa situação o desinteresse econômico por qualquer tentativa de fixação de povoadores em regiões mais afastadas do mar. Assim enquanto sob os Reis Filipes penetravam os Vicentinos pelo sul na caça ao índio, ao mesmo tempo em que se sucediam as conquistas litorâneas em todo o nordeste, a solução encontrada para o povoamento do sertão forneceu-a (.......), atividade econômica essencialmente fixadora de população, mesmo escassas. (Hélio Viana. História do Brasil) O texto e o mapa referem-se a: A) criação de gado; B) busca de drogas do sertão; C) produção de algodão; D) extração de borracha; E) cultivo de tabaco. QUESTÃO 13 (Uem 2018) Sobre a sociedade que se construiu em torno da produção de açúcar na América portuguesa, assinale a(s) alternativa(s) correta(s). 01) O termo engenho se referia ao local em que se produzia o açúcar, com suas moendas, fornalhas e casas de purgar, bem como às demais instalações e construções que o cercavam, como as moradias, a casa grande e a senzala, a Igreja e os canaviais. 02) Na sociedade açucareira havia grande dinamismo e mobilidade social. Essa mobilidade permitia a ascensão social dos escravos, que decorria da importância de seus conhecimentos sobre o processo produtivo, pois as funções que desempenhavam requeriam sólidos conhecimentos técnicos. 04) Além dostrapiches, engenhos movidos por tração animal e com uma capacidade produtiva menor, havia também os engenhos reais, movidos por rodas d’água e com uma maior capacidade produtiva. 08) Essa sociedade foi classificada como patriarcal, pois era centrada no poder do patriarca, que era ao mesmo tempo dono da terra, autoridade local e senhor dos destinos dos seus dependentes (empregados, parentes, agregados e escravos). 16) De forma distinta de outras regiões da América portuguesa, na sociedade que se organizou em torno da produção de açúcar nunca foram utilizados escravos nativos, isto é, os índios. 18 QUESTÃO 14 (Famema 2018) Havia muito capital e muita riqueza entre os lavradores de cana, alguns ligados por laços de sangue ou matrimônio aos senhores de engenho. Havia também um bom número de mulheres, não raro viúvas, participando da economia açucareira. Digno de nota até o fim do século XVIII, contudo, era o fato de os lavradores de cana serem quase invariavelmente brancos. Os negros e mulatos livres simplesmente não dispunham de créditos ou capital para assumir os encargos desse tipo de agricultura. (Stuart Schwartz. “O Nordeste açucareiro no Brasil Colonial”. In: João Luis R. Fragoso e Maria de Fátima Gouvêa (orgs). O Brasil Colonial, vol 2, 2014.) O excerto indica que a sociedade colonial açucareira foi A) organizada em classes, cuja posição dependia de bens móveis. B) apoiada no trabalho escravo, principalmente o dos lavradores de cana. C) baseada na “limpeza de sangue”, portanto se proibia a miscigenação. D) determinada pelos recursos financeiros, o que impedia a mobilidade. E) hierarquizada por critérios diversos, tais como a etnia e riqueza. QUESTÃO 15 (Uepg 2017) As capitanias hereditárias foram instaladas no Brasil em 1534. Lotes que mediam entre 150 e 600 quilômetros de terras e que iam do litoral brasileiro até a linha imaginária do Tratado de Tordesilhas, as capitanias corresponderam às primeiras divisões administrativas na colônia e marcaram o modelo de colonização lusitano ao longo do século XVI. A respeito desse tema, assinale o que for correto. 01) O donatário, ou seja, aquele que recebia a posse da terra das mãos do rei de Portugal, tinha a obrigação de torná-la produtiva. Cabia ao donatário a doação de terras (sesmarias), a fundação de vilas e a organização da defesa territorial da capitania. 02) O meridiano de Tordesilhas, linha imaginária que cortava a América de norte a sul, tinha como função delimitar os espaços continentais vinculados à colonização ibérica, inglesa e francesa sobre esse território. 04) Cartas de doação eram os documentos cartográficos que indicavam o tamanho e os limites das capitanias de acordo com a concessão real aos donatários. 08) Qualquer súdito português que demonstrasse interesse em vir para a colônia poderia receber a concessão de uma capitania. Isso explica o fato de fidalgos, pequenos comerciantes e até mesmo trabalhadores despossuídos terem se tornado donatários no Brasil do século XVI. RESOLUÇÕES RESPOSTA DA QUESTÃO 01: [E] Devido a vários problemas – grande distância entre Metrópole e Colônia, grande extensão das Capitanias, conflitos com os indígenas, desinteresse dos Capitães-Donatários – o sistema de Capitanias Hereditárias não funcionou no Brasil, tendo obtido sucesso apenas as Capitanias de São Vicente e Pernambuco. RESPOSTA DA QUESTÃO 02: [E] Com exceção do Norte das Treze Colônias, toda a América foi colonizada pelo modelo de Plantation, ou seja, latifúndio, escravidão, monocultura e a economia visava o mercado externo. Um bom exemplo de Plantation foi a sociedade açucareira colonial. 19 RESPOSTA DA QUESTÃO 03: [02+04+08+16 = 30] A afirmativa [01] está incorreta porque a sociedade colonial brasileira era patriarcal e, por isso, as mulheres não ocupavam cargos relevantes. RESPOSTA DA QUESTÃO 04: [B] Criado para auxiliar as Capitanias Hereditárias e para centralizar a administração colonial, o sistema de Governo-Geral contava com cargos de diferentes funções, dentre os quais o de ouvidor (responsável pela aplicação da justiça na Colônia) e o de provedor (responsável pela arrecadação de impostos na Colônia). RESPOSTA DA QUESTÃO 05: [A] Como o texto afirma no trecho “eu por vezes tenho dito a V. A. aquilo que me parecia acerca dos negócios da França, e isto por ver por conjecturas e aparências grandes aquilo que podia suceder dos pontos mais aparentes, que consigo traziam muito prejuízo ao estado”, as tentativas de invasão da França na América Portuguesa constituíam fator de preocupação para o governo português. RESPOSTA DA QUESTÃO 06: [C] A assertiva [III] está incorreta. No período colonial, Portugal não priorizou a produção manufatureira, prevaleceu o “Plantation”, isto é, latifúndio, escravidão, monocultura e a economia visava o mercado externo, modelo exógeno. RESPOSTA DA QUESTÃO 07: [C] A partir do autor do texto e de algumas informações nele contidas, podemos identificar que o trabalho citado é o do negro escravo nos engenhos de açúcar do Brasil. RESPOSTA DA QUESTÃO 08: [C] A proposição [C] é a que melhor expressa o conteúdo da carta de Duarte Coelho, donatário da capitania de Pernambuco. A essência da colonização era a cana-de-açúcar, porém havia outras atividades importantes como o algodão e a produção de mantimentos que estavam conectados com a cultura canavieira. Outras funções eram desenvolvidas pelos trabalhadores como “mestres de engenhos, outros mestres de açúcares, carpinteiros, ferreiros, oleiros e oficiais de fôrmas e sinos para os açúcares e outros oficiais”. RESPOSTA DA QUESTÃO 09: [01+02+04+08 = 15] A afirmativa [16] é incorreta, porque as primeira vilas e cidades da Colônia surgiram em torno dos principais centros comerciais ou produtores, sejam de açúcar ou de ouro RESPOSTA DA QUESTÃO 10: [B] A questão remete ao tráfico de Africanos que foram vendidos como escravos na América no contexto colonial. O tráfico de africanos durante a colonização da América e mesmo no século XIX gerou muito lucro para a Europa contribuindo para a acumulação de capital. Não foi a escravidão que gerou o tráfico, mas o tráfico e seu exorbitante lucro que gerou a escravidão colonial. Os traficantes europeus levavam tabaco e aguardente para trocar por africanos. Mesmo morrendo boa parte durante a viagem, ainda assim o lucro era muito grande conforme aponta a poesia, “Eu ganho oitocentos por cento / Se a metade chegar ao porto”. 20 RESPOSTA DA QUESTÃO 11: [D] A questão remete ao período colonial brasileiro. Segundo o texto de Schwartz, a colonização do Brasil começou em 1500 com o pau-brasil e foi até 1822 com a independência do Brasil. Vale dizer que é bastante discutível afirmar que a colonização do Brasil começou em 1500 com a exploração do pau brasil. Para muitos historiadores, a colonização começou a partir de 1534 com a implantação das Capitanias Hereditárias e a produção de açúcar. Neste período, o produto mais importante foi o açúcar produzido principalmente no nordeste brasileiro. Mesmo no século XVIII com o auge da mineração, o açúcar gerou mais recursos que a própria mineração. O Engenho Colonial consistia em toda a estrutura, ou seja, a roça, a capela, a senzala, a casa grande, a moenda, etc. A cana de açúcar foi produzida dentro do Plantation, isto é, latifúndio, escravidão e a monocultura exportadora. RESPOSTA DA QUESTÃO 12: [A] A atividade econômica que se desenvolveu no interior da região norte – nas áreas marcadas no mapa acima – foi a pecuária, apesar de o autor afirmar que tal atividade fixava a população na região. Durante décadas,a pecuária se desenvolveu com o gado solto, ou seja, não existiam fazendas pecuaristas; o rebanho se deslocava a partir da necessidade de água e gêneros para sobrevivência de seus proprietários. Tal atividade necessitava de pequena mão de obra, que era livre. O gado dessa região abastecia as fazendas canavieiras que ficavam mais próximas ao litoral. RESPOSTA DA QUESTÃO 13: [01+04+08 = 13] Correção a partir das incorretas, [02] e [16]. Não havia mobilidade social no contexto da atividade canavieira nordestina desenvolvida nos séculos XVI e XVII. Na atividade da cana de açúcar prevaleceu o trabalho escravo africano, mas também ocorreu a escravidão indígena, sobretudo no século XVI. RESPOSTA DA QUESTÃO 14: [E] O período colonial brasileiro foi caracterizado pelo sistema de Plantation (latifúndio, escravidão, monocultura e a economia visava o mercado externo), por uma economia rural, uma sociedade patriarcal com o poder nas mãos dos “homens bons”. A cor da pele e a posse de terras e escravos fizeram toda a diferença no período colonial conforme aponta o excerto. Gabarito [E]. RESPOSTA DA QUESTÃO 15: [01 + 04 =05] A afirmativa [02] está incorreta porque o Tratado de Tordesilhas era um acordo apenas entre Portugal e Espanha; A afirmativa [08] está incorreta porque apenas a nobreza recebia do Rei português a posse de uma Capitania Hereditária. 21 HISTÓRIA DO BRASIL – COLÔNIA: IMPACTOS DA UNIÃO IBÉRICA E INVASÕES ESTRANGEIRAS QUESTÃO 01 (Espm 2018) A colonização levou à exploração do trabalho indígena e foi responsável por muita dizimação. É ainda na conta da colonização que se deve pôr o recrudescimento das guerras indígenas, que, se já existiam internamente, eram agora provocadas também pelos colonos, os quais faziam aliados na mesma velocidade com que criavam inimigos. Havia nesse contexto índios aldeados e aliados dos portugueses, e índios inimigos. Uma das atribuições dos índios aldea- dos era tomar parte nas guerras promovidas pelos portugueses contra índios hostis e servir como povos estratégicos para impedir a entrada de estrangeiros. Os índios aldeados e aliados foram mobilizados para expulsar os franceses de Villegagnon, o qual, por sua vez se uniu a índios amigos que apoiaram a incursão fran- cesa na baía da Guanabara. (Lilia Moritz Schwarcz. Brasil uma Biografia) A respeito do texto é correto assinalar que: A) os indígenas aldeados e aliados dos por- tugueses, na guerra contra os franceses de Villegagnon, eram os Tupinambás; B) os indígenas aldeados e aliados dos por- tugueses, na guerra contra os franceses de Villegagnon, eram os Araucanos; C) os indígenas que apoiaram os franceses de Villegagnon foram os Tapuias; D) os indígenas que apoiaram os franceses de Villegagnon foram os Tupinambás; E) os indígenas que apoiaram os franceses de Villegagnon foram os Charruas. QUESTÃO 02 (Uece 2017) No período de 1580 a 1640, Portugal foi governado pelo Rei Felipe II, que era também rei da Espanha. Isto se deveu ao fato de o rei português, D. Sebastião, ter morrido, em 1578, na batalha de Alcácer-Quibir, sem deixar herdeiro; e seu sucessor, o Cardeal D. Henrique, que tinha 70 anos, veio a falecer em janeiro de 1580, ocasionando a crise dinástica e a disputa que levaria o rei espanhol ao trono português. Essa época é conhecida como A) Período Pré-colonial. B) Período Regencial. C) União Ibérica. D) Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves. QUESTÃO 03 (Uece 2018) Sobre a presença de europeus, durante os séculos XVI, XVII e XVIII, no território que hoje pertence ao Brasil, é correto afirmar que A) se restringiu aos portugueses que, desde o Tratado de Tordesilhas, eram os únicos com direito sobre esta terra plenamente reconhecido pelas demais nações europeias. B) diferentemente de outras regiões da América, nenhuma das cidades do Brasil sofreu ataques de piratas ou corsários de origem europeia. C) devido ao Tratado de Tordesilhas, apenas portugueses e espanhóis estiveram pelas terras brasileiras durante os séculos de nossa colonização. D) além dos portugueses, em diversas regiões do atual território brasileiro, nos primeiros séculos da colônia, houve presenças de espanhóis, franceses e holandeses. 22 QUESTÃO 04 (Uece 2018) O governo de Felipe I à frente do reino português (1581-1598) marcou o início da União Ibérica, período em que os dois reinos ibéricos foram governados pelo mesmo soberano, após a guerra de sucessão portuguesa. Este mesmo monarca, chamado Felipe II, na Espanha, originou a dinastia filipina. Em relação ao Brasil, a chegada do rei espanhol ao trono português teve como consequência A) a elevação do Brasil a vice-reino, tal qual os demais vice-reinos que a coroa espanhola possuía na América. B) a ocupação do litoral brasileiro da região Sudeste, no Rio de Janeiro e em São Paulo, por espanhóis. C) a elevação do Brasil à categoria de Reino Unido à Portugal e à Espanha, o que apressou a independência da colônia. D) a ocupação do litoral nordeste do Brasil pelos holandeses, que pretendiam retomar o comércio do açúcar. QUESTÃO 05 (Enem 2018) A rebelião luso-brasileira em Pernambuco começou a ser urdida em 1644 e explodiu em 13 de junho de 1645, dia de Santo Antônio. Uma das primeiras medidas de João Fernandes foi decretar nulas as dívidas que os rebeldes tinham com os holandeses. Houve grande adesão da “nobreza da terra”, entusiasmada com esta proclamação heroica. VAINFAS. R Guerra declarada e paz fingida na restauração portuguesa. Tempo, n. 27, 2009. O desencadeamento dessa revolta na América portuguesa seiscentista foi o resultado do(a) A) fraqueza bélica dos protestantes batavos. B) comércio transatlântico da África ocidental. C) auxílio financeiro dos negociantes flamengos. D) diplomacia internacional dos Estados ibéricos. E) interesse econômico dos senhores de engenho. QUESTÃO 06 (Acafe 2018) “É verdade que antes da união das monarquias ibéricas, em 1580,ao manter uma boa relação com os portugueses, os flamengos frequentavam os portos brasileiros e a cidade de Lisboa carregando açúcar em suas urcas, levando-o a refinar em Flandres e distribuindo- o por via terrestre e fluvial por toda a Europa central. De sua embarcação tão características, ficou a lembrança na toponímia carioca, através do morro que evoca a sua forma.” PRIORI, Mary del. Histórias da gente brasileira: volume 1: colônia. São Paulo: Editora LeYa, 2016. Página 69. Com base no texto e nos conhecimentos sobre o período colonial da história do Brasil é correto afirmar, EXCETO: A) Durante a União Ibérica, holandeses e espanhóis formaram a Companhia das Índias Ocidentais e dividiram os lucros da comercialização do açúcar produzido no Brasil e levado para a Europa. B) Com a União Ibérica acirraram-se os conflitos entre a Espanha e a Holanda. Com a proibição espanhola da parceria comercial entre holandeses e produtores de açúcar no Brasil, os flamengos invadiram o Nordeste. C) Maurício de Nassau, administrador holandês em Pernambuco, promoveu reformas urbanas e manteve uma boa relação com os senhores de engenho. D) A revolta conhecida como Insurreição Pernambucana acabou determinando a saída dos holandeses do nordeste brasileiro e teve como consequência uma crise na empresa açucareira brasileira. 23 QUESTÃO 07 (Uece 2017) Atente ao seguinte enunciado: “Em seu governo, Maurício de Nassau incentivou a produção de açúcar, que havia decaído durante a conquista, com a concessão de financiamentos; também estimulou a agricultura de subsistência, sobretudo da mandioca,para que não faltassem alimentos aos mais pobres. Homem culto e amante das artes, seu governo foi um período de tolerância religiosa entre católicos e protestantes. Seu retorno à Europa e sua substituição por um ‘triunvirato’ – que alterou suas práticas administrativas – fez surgir reações e insurreições por parte dos senhores de engenho”. O enunciado se refere ao período histórico marcado A) pela implantação do Governo-Geral, em 1548, como forma de resolver o fracasso administrativo das Capitanias Hereditárias e garantir a posse e a pacificação da Colônia. B) pelo domínio francês no Maranhão, no qual o governo do Conde Nassau trouxe grandes avanços à cultura canavieira daquela região e o desenvolvimento da cidade de São Luís. C) pelo domínio francês no Rio de Janeiro, que teve na figura de Maurício de Nassau seu grande nome, responsável por desenvolver a economia e a cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro. D) pelo domínio holandês no Nordeste do Brasil, que se estendeu desde a Bahia até o Maranhão e que teve na administração de Nassau seu período de maior desenvolvimento. QUESTÃO 08 (Upf 2017) “As invasões holandesas que ocorreram no século XVII foram o maior conflito político- militar da Colônia brasileira. Embora concentradas no Nordeste, elas não se resumiram a um simples episódio regional. Ao contrário, fizeram parte do quadro das relações internacionais entre os países europeus, revelando a dimensão da luta pelo controle do açúcar e das fontes de suprimento de escravos” (Boris Fausto, História do Brasil, 1996, p. 84) Sobre o tema destacado no texto acima, é CORRETO afirmar que A) Domingos Fernandes Calabar foi o personagem principal das forças luso- brasileiras, lutando heroicamente até o final ao lado de Portugal, que lhe deu o título de príncipe. B) a ocupação das zonas de produção açucareira na América portuguesa e o controle do suprimento de escravos teve como principal interessada a maior companhia de comércio da época, a Companhia Holandesa das Índias Ocidentais, financiada com capitais do Estado e de financistas particulares. C) o despotismo de Maurício de Nassau em Pernambuco levou a sociedade local a se levantar contra o período de pobreza imposto por ele, em 1630. D) o projeto holandês de colônias de povoamento, similar ao dos Estados Unidos, poderia ter estimulado um desenvolvimento autônomo à colônia brasileira, com base na industrialização. E) as Batalhas de Guararapes (1648 e 1649) marcaram a tomada de Recife pelo exército luso-brasileiro, formado majoritariamente por índios tapuias que, com sua técnica de guerra avançada, foram decisivos para a derrota dos holandeses. 24 QUESTÃO 09 (Fgv 2017) Leia o excerto de uma peça teatral, de 1973. Nassau Como Governador-Geral do Pernambuco, a minha maior preocupação é fazer felizes os seus moradores. Mesmo porque eles são mais da metade da população do Brasil, e esta região, com a concentração dos seus quase 350 engenhos de açúcar, domina a produção mundial de açúcar. Além do mais, nessa disputa entre a Holanda, Portugal e Espanha, quero provar que a colonização holandesa é a mais benéfica. Minha intenção é fazê-los felizes… sejam portugueses, holandeses ou os da terra, ricos ou pobres, protestantes ou católicos romanos e até mesmo judeus. Senhores, a Companhia das Índias Ocidentais, que financiou a campanha das Américas, fecha agora o balanço dos últimos quinze anos com um saldo devedor aos seus acionistas da ordem de dezoito milhões de florins. Moradores Viva! Já ganhou! (...) Viva ele! Viva! Chico Buarque de Holanda e Ruy Guerra. Calabar: o elogio da traição, 1976. Adaptado. Sobre o fato histórico ao qual a obra teatral faz referência, é correto afirmar que A) as bases religiosas da colonização holandesa no nordeste brasileiro produziram uma organização administrativa que privilegiava a elite luso-brasileira, ao oferecer financiamento com juros subsidiados e parcelas importantes do poder político aos grandes proprietários católicos. B) a grande distância entre as promessas de tolerância religiosa e a realidade presente no cotidiano dos moradores da capitania de Pernambuco deu-se porque os dirigentes da companhia holandesa impuseram o calvinismo como religião oficial e perseguiram as demais religiões. C) a presença da Companhia das Índias Ocidentais no nordeste da América portuguesa trouxe benefícios aos proprietários luso-brasileiros, como o financiamento da produção, mas reproduziu a lógica do colonialismo, ao concentrar a riqueza no setor mercantil e não no produtivo. D) a felicidade prometida pelos invasores holandeses não pôde ser efetivada em função da lógica diplomática presente na relação entre Portugal e Holanda, pois se tratava de nações inimigas desde o século XV, em virtude da disputa pelo comércio oriental. E) as promessas dos invasores holandeses se confirmaram, e a elite ligada à produção açucareira e ao comércio colonial foi amplamente beneficiada, principalmente pelo livre comércio, o que explica a resistência desses setores sociais ao interesse português em retomar a região invadida pela Holanda. QUESTÃO 10 (Espm 2017) A expansão da agroindústria açucareira atingiu proporções assombrosas. O negócio da produção e comercialização do açúcar formava uma complexa rede de interesses que atraiu ataques estrangeiros. Em 1624 membros do exército da Companhia das Índias Ocidentais atacaram e ocuparam a sede do governo-geral em Salvador, e lá ficaram durante quase um ano. Em 1630, o ataque a Recife iniciou uma longa guerra de ocupação e reconquista, na qual todos os recursos materiais e humanos da colônia foram mobilizados para expulsar os invasores. Adriana Lopez e Carlos Guilherme Mota. História do Brasil. O texto deve ser relacionado com: A) invasões francesas; B) ataques de corsários ingleses; C) confrontos com espanhóis; D) invasões holandesas; E) ataques de corsários franceses. 25 QUESTÃO 11 (Espcex Aman 2017) Em 1578, dom Sebastião, rei de Portugal, morre na batalha de Alcácer-Quibir. Sem descendentes, o trono foi entregue a seu tio dom Henrique, que viria a falecer dois anos depois, sem deixar herdeiro. Depois de acirrada disputa, a Coroa portuguesa acabou nas mãos de Filipe II, rei espanhol, dando início à chamada União Ibérica. Com esta união, um tradicional inimigo da Espanha torna-se inimigo de Portugal. Das opções abaixo, assinale aquele que se tornou inimigo de Portugal. A) Holanda. B) Alemanha. C) Itália. D) Inglaterra. E) EUA. QUESTÃO 12 (Fmp 2016) Ao longo do período colonial da História do Brasil, o Império Português foi vítima de assédio e de tentativas de invasão de seus territórios ultramarinos por parte de diversas potências rivais. Alguns exemplos de invasões estrangeiras na América Portuguesa estão listados a seguir: 1612 - Estabelecimento da França Equinocial 1624 - Tentativa derrotada da invasão holandesa a Salvador 1630 - Tomada de Recife e Olinda por invasores holandeses A interpretação dos dados acima permite identificar que uma causa direta de todas essas invasões estrangeiras foi a A) fuga da Corte portuguesa para a América. B) vitória francesa na Guerra dos Sete Anos. C) conclusão da Reconquista da Península Ibérica. D) guerra de Restauração Portuguesa contra a Espanha. E) criação da União das Coroas Ibéricas QUESTÃO 13 (Upe-ssa 1 2016) Os holandeses ocuparam, durante 24 anos, o Nordeste brasileiro: Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte e Itamaracá (1630-1654). Nesse período, Pernambuco se transformou numa verdadeira metrópole, com uma vida cultural intensa, onde poetas, cientistas e filósofos tornaram o Brasil um centrointelectual único na América do Sul. Nesse contexto, os judeus puderam constituir uma comunidade com escolas, sinagogas e cemitério, dando sua contribuição ao enriquecimento da vida cultural da região. LEVY, Daniela Tonello. Judeus e Marranos no Brasil Holandês. Pioneiros na colonização de Nova York. Século XVII. São Paulo: USP, 2008. (Adaptado) Uma característica sociopolítica da ocupação holandesa no contexto mencionado foi A) a retração da produção de açúcar. B) o florescimento de um movimento antimodernizador. C) o estabelecimento da tolerância e da liberdade religiosa. D) a preocupação apenas em explorar comercialmente o território. E) a manutenção de boas relações comerciais com o mundo ibérico. QUESTÃO 14 (Upf 2016) As invasões holandesas que ocorreram no século XVII foram o maior conflito militar da Colônia. Embora concentradas no Nordeste, elas não se resumiram a um simples episódio regional. Ao contrário, fizeram parte do quadro das relações internacionais entre os países europeus, revelando a dimensão da luta pelo controle do açúcar e das fontes de suprimento de escravos. (FAUSTO, Boris. História do Brasil. São Paulo: Edusp, 1996, p. 84.) Tendo em vista o quadro histórico descrito acima, considere o seguinte: 26 I. A Companhia Holandesa das Índias Ocidentais teve como alvo principal a ocupação das zonas de produção açucareira na América portuguesa. II. Domingos Fernandes Calabar, alagoano, tornou-se colaborador das forças invasoras, até ser preso e executado. III. Durante o governo do príncipe Maurício de Nassau, ocorreu a vinda de artistas, naturalistas e letrados para Pernambuco, e o Recife conheceu vários melhoramentos urbanos. IV. Os holandeses defendiam o trabalho livre e postulavam pelo fim da escravidão. V. A reconquista ocorreu porque os brasileiros uniram os brancos, os negros escravos e os índios em prol de Portugal num acordo que ficou conhecido como a “união das três raças”. Está correto apenas o que se afirma em: A) I e II. B) II e III. C) I, II e III. D) III, IV e V. E) III e V. QUESTÃO 15 (G1 - ifsc 2016) Os holandeses estão entre os diversos povos que invadiram ou tentaram invadir o território que hoje corresponde ao Brasil, durante o período colonial, no século XVII. Sobre a presença holandesa no Brasil, assinale a alternativa CORRETA. A) Os holandeses estabeleceram suas colônias no Sudeste brasileiro. B) Os holandeses eram parceiros comerciais dos portugueses na atividade açucareira. C) O principal interesse dos holandeses era a crescente economia cafeeira. D) Os portugueses estabeleceram uma política de cordialidade com os holandeses quando estes invadiram sua colônia. E) Os holandeses saíram do Brasil por meio de um processo chamado “União Ibérica”. QUESTÃO 16 (Famerp 2018) A Bahia é cidade d’El-Rei, e a corte do Brasil; nela residem os Srs. Bispo, Governador, Ouvidor-Geral, com outros oficiais e justiça de Sua Majestade; [...]. É terra farta de mantimentos, carnes de vaca, porco, galinha, ovelhas, e outras criações; tem 36 engenhos, neles se faz o melhor açúcar de toda a costa; [...] terá a cidade com seu termo passante de três mil vizinhos Portugueses, oito mil Índios cristãos, e três ou quatro mil escravos da Guiné. (Fernão Cardim. Tratados da terra e gente do Brasil , 1997.) O padre Fernão Cardim foi testemunha da colonização portuguesa do Brasil de 1583 a 1601. O excerto faz uma descrição de Salvador, sede do Governo-Geral, referindo-se, entre outros aspectos, à A) incorporação pelos colonizadores dos padrões culturais indígenas. B) ligação da atividade produtiva local com o comércio internacional. C) miscigenação crescente dos grupos étnicos presentes na cidade. D) existência luxuosa da nobreza portuguesa na capital da colônia. E) dependência da população em relação à importação de produtos de sobrevivência. QUESTÃO 17 (Unesp 2018) Na colônia, a justiça era exercida por toda uma gama de funcionários a serviço do rei. A violência, a coerção e a arbitrariedade foram suas principais características. [...] Nas regiões em que a presença da Coroa era mais distante, os grandes proprietários de terras exerciam considerável autoridade administrativa e judicial. No sertão, os potentados impunham seus interesses à população livre. (Adriana Lopez e Carlos Guilherme Mota. História do Brasil: uma interpretação, 2008.) 27 Ao analisar o aparato judiciário no Brasil Colonial, o texto A) identifica a isonomia e a impessoalidade na administração da justiça e seu embasamento no direito romano. B) explicita a burocratização do sistema jurídico nacional e reconhece sua eficácia no controle interno. C) indica o descompasso entre as determinações da Coroa portuguesa e os interesses pessoais dos governadores-gerais. D) distingue o sistema oficial da dinâmica local e atesta o prevalecimento de ações autoritárias em ambas. E) diferencia as funções do Poder Judiciário e do Poder Executivo e caracteriza a ação autônoma e independente de ambos. QUESTÃO 18 (G1 – col. naval 2018) Leia o texto abaixo e responda a pergunta a seguir. [...] Além da capitania, em 1541 foi instalada a vila de Olinda, com a repetição de todas as formalidades de São Vicente: títulos de sesmarias, lista de homens bons aptos a votar, eleição de vereadores, alternância no poder. [...] Em Pernambuco passou a funcionar de maneira efetiva a autoridade do donatário, em dois sentidos. No das receitas, implantou cobrança de impostos, inclusive com repasses ao rei, e tais recursos financiavam serviços delegados ao donatário, como o de atuar como instância mais alta que o Judiciário da vila e o de controlar a vida civil. (CALDEIRA, Jorge. História da Riqueza no Brasil . Rio de Janeiro: Estação Brasil, 2017.) De acordo com o texto é correto afirmar que o autor buscou descrever as medidas que: A) levaram à capitania de Pernambuco a prosperar. B) causaram o impasse político responsável pela Guerra dos Mascates. C) levaram o sistema de capitanias hereditárias a fracassar. D) causaram o impasse político gerados da Insurreição Pernambucana. E) transformaram as capitanias hereditárias em governo-geral. QUESTÃO 19 (Espm 2019) A primeira vez que se mencionou o açúcar e a intenção de implantar uma produção desse gênero no Brasil foi em 1516, quando o rei D. Manuel ordenou que se distribuíssem machados, enxadas e demais ferramentas às pessoas que fossem povoar o Brasil e que se procurasse um homem prático e capaz de ali dar princípio a um engenho de açúcar. Os primeiros engenhos começaram a funcionar em Pernambuco no ano de 1535, sob a direção de Duarte Coelho. A partir daí os registros não parariam de crescer: quatro estabelecimentos em 1550; trinta em 1570, e 140 no fim do século XVI. A produção de cana alastrava-se não só nu- mericamente como espacialmente, chegando à Paraíba, ao Rio Grande do Norte, à Bahia e até mesmo ao Pará. Mas foi em Pernambuco e na Bahia, sobretudo na região do recôncavo baiano, que a economia açucareira de fato prosperou. Tiveram início, então, os anos dourados do Brasil da cana, a produção alcançando 350 mil arrobas no final do século XVI. (Lilia M. Schwarcz. Brasil: uma Biografia) A partir do texto e considerando a economia açucareira e a civilização do açúcar, é correto assinalar: 28 A) a cana de açúcar era um produto autóctone, ou seja, nativo do Brasil e gradativamente foi caindo no gosto dos portugueses e dos europeus, a partir do século XVI; B) a produção e comercialização do açúcar ocorreram sob a influência do livre-cam- bismo em que se baseou o empreendimento colonial português;