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O Pensamento Ético de Kant

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O PENSAMENTO ÉTICO DE KANT
Immanuel Kant (1724-1804)
IMMANUEL KANT (1724-1804)
• Nasceu em Königsberg, na Prússia (hoje, Rússia).
• Foi tutor privado e professor do Ensino Superior.
• Reza a lenda que levava uma vida tão rotineira e era tão pontual 
que as pessoas acertavam o relógio pela hora que ele passava.
• Nunca saiu de Königsberg.
• Certa vez, foi pedido em casamento, mas ignorou o pedido e 
nunca deu uma resposta.
• Muitos acreditaram que ele era taciturno e antissocial, mas hoje em 
dia sabe-se que, na verdade, Kant tinha uma vida social ativa, 
tendo apreciado banquetear-se com os mercadores de sua época.
Kant sobre a ética
As idéias mais influentes de Kant sobre 
a ética estão na Fundamentação da 
Metafísica dos Costumes (1785), obra 
em que ele tenta estabelecer o princípio 
fundacional da moralidade.
Immanuel Kant (1724-1804)
Fundamentação da Metafísica dos Costumes (1785)
Kant sobre a ética
Outras idéias de Kant sobre a ética 
podem ser encontradas na Crítica da
Razão Prática (1787), A Metafísica dos 
Costumes, Antropologia de um Ponto 
de Vista Pragmático, A Religião Nos 
Limites da Simples Razão e inúmeros 
textos menores. Immanuel Kant (1724-
1804)
O objetivo da Fundamentação é…
encontrar o princípio fundacional da moralidade, que Kant 
entende como um sistema de princípios morais a priori que 
seriam imperativos para todas as pessoas em todas as 
épocas e culturas. 
O projeto da Fundamentação
• Esse é o projeto de Kant nos dois primeiros capítulos da 
Fundamentação. Ele procede ao analisar e elucidar 
idéias de senso comum sobre a moralidade, incluindo as 
idéias de “vontade boa” e “dever”. 
• O ponto desse primeiro projeto é oferecer uma 
formulação precisa do princípio em que nossos juízos 
morais se baseiam.
O projeto da Fundamentação
• Esse é o projeto de Kant nos dois primeiros capítulos da 
Fundamentação. Ele procede ao analisar e elucidar 
idéias de senso comum sobre a moralidade, incluindo as 
idéias de “vontade boa” e “dever”. 
• O ponto desse primeiro projeto é oferecer uma 
formulação precisa do princípio em que nossos juízos 
morais se baseiam.
Uma vontade movida pelo dever
• Kant defende que o dever, não a felicidade, é o supremo 
objetivo da moralidade. 
• A função da razão prática é produzir uma vontade que é 
boa em si, e uma vontade somente é boa em si se for 
motivada pelo dever. 
Uma vontade movida pelo dever
• Kant defende que o dever, não a felicidade, é o supremo 
objetivo da moralidade. 
• A função da razão prática é produzir uma vontade que é 
boa em si, e uma vontade somente é boa em si se for 
movida pelo dever. 
A vontade boa é o bem último
• Fortuna, poder, inteligência, coragem e todas as virtudes 
tradicionais podem ser usadas para fins maus. Mesmo a 
felicidade em si pode ser corruptora. 
• A vontade boa é a única coisa que é boa sem
qualificação. Ela é o bem mais elevado e a causa de
todos os outros bens, inclusive a felicidade.
PODER
Por que a Rússia invadiu a Ucrânia?
Entre as principais razões apontadas, estão: a expansão
da Otan pelo Leste Europeu, a possibilidade de adesão
da Ucrânia à aliança militar, a contestação ao direito da
Ucrânia à soberania independente da Rússia e o desejo
de Vladimir Putin de restabelecer a zona de influência da
União Soviética.
Fonte: https://www.bbc.com/portuguese/internacional-
60606340
INTELIGÊNCIA
Richard Feynman (1918-1988)
“Parecia que tudo tinha perdido o sentido…”
CORAGEM
https://www.youtube.com/watch?v=H1Xd2K8BSgU
FELICIDADE
Sansa Stark – Game of Thrones 
“My beloved Joffrey…”
A vontade boa é o bem último
• Uma vontade boa é boa em si e independe do seu 
relacionamento com outras coisas, como a felicidade ou 
bem-estar do próprio agente moral. 
• “A vontade é boa pelo seu querer”. O “querer” da
vontade boa é cumprir o dever.
O que é agir por dever
• Se uma vontade é boa somente quando é 
motivada pelo dever, devemos perguntar o 
que é agir por dever. 
• Não basta agir conforme o dever, é 
preciso agir pelo dever. 
Agir conforme o dever…
• Roberto é um comerciante honesto. Ele nunca 
engana seus fregueses. Quando questionado 
sobre a razão de sua honestidade, ele 
responde que, se ele for desonesto, perderá 
credibilidade no mercado e seus clientes não 
voltarão à sua loja para comprar mercadorias.
Agir por dever (em reverência ao dever) 
• Leandro é um comerciante honesto. Ele nunca 
engana seus fregueses. Quando questionado 
sobre a razão de sua honestidade, ele 
responde que ser honesto é a coisa certa a 
fazer em todas as circunstâncias.
Bill & Melinda Gates Foundation
• Motivos:
• Senso de dever?
• Prazer em ajudar o próximo?
• Autopromoção?
• Tédio?
O que é agir por dever
• As ações conforme o dever não têm valor moral. O valor 
do caráter é demonstrado somente quando alguém faz o 
bem não a partir de uma inclinação para tal, mas por 
dever. 
• De acordo com Kant, um homem que está totalmente 
desalentado e deseja morrer, mas preserva sua própria 
vida apenas por um senso de dever é o paradigma da boa 
vontade. 
A tentação
• Para Kant, a pessoa que exerce seu dever mesmo sendo 
fortemente tentada a agir de modo contrário a este 
demonstra mais seu compromisso com o dever do que a 
que o cumpre sem qualquer tentação.
Quem tem mais mérito?
• Juliano é um homem casado. Ele tem uma atraente colega de 
trabalho. Esta colega faz constantes investidas sexuais contra 
ele, o qual resiste fortemente a tais tentações por acreditar 
que a fidelidade é a postura que todo homem casado deve 
adotar.
• André é um homem casado. Ao longo de seu casamento, 
nunca foi tentado por outra mulher a trair a esposa. Ele nunca 
cometeu adultério e acredita que a fidelidade é a postura que 
todo homem casado deve adotar.
Máximas
• A maneira de testar se alguém está agindo por um
sentimento de dever é perguntar sob que máxima, ou
princípio, esse alguém age, isto é, qual é o imperativo que
orienta a ação de alguém.
• Um comerciante que não engana os clientes pode agir
segundo a máxima “Devemos ser honestos”, mas também
pode agir segundo a máxima “Não engane os outros se
não quiser perder clientes”.
Imperativos Hipotéticos
Um imperativo pode assumir um forma hipotética: “Se você 
quiser obter isso ou aquilo, aja desse modo”. Tal imperativo 
implica uma ação como um meio para um fim particular, 
seja esse fim qual for. Exemplos: 
• Se você quiser entrar na universidade, estude!
• Se você quer ter um computador novo, trabalhe!
Imperativos Categóricos
• Uma pessoa que age por dever, contudo, obedece não a um 
imperativo hipotético, mas a um imperativo categórico, que 
ordena: “Não importa o que você deseja obter, aja desse 
modo”.
• As regras morais são categóricas na sua forma. Um ato que é 
errado, é errado — ponto final. As regras morais dizem “Não 
faça x” (”Não minta”). Não dizem “Não faça x se o seu fim é G”
(Não minta se seu objetivo é manter a ordem na sociedade)”.
Imperativos categóricos são comandos incondicionais
• O imperativo categórico é um imperativo, pois é um
comando dirigido aos agentes morais que o podem
seguir, mas poderiam não segui-lo. Exemplo de
comando: “Feche a porta!”.
• O imperativo categórico é categórico em virtude de 
aplicar-se a nós incondicionalmente, sem referência a 
quaisquer fins que podemos ou não ter e sendo algo que
não podemos deixar de realizar.
1 formulação do imperativo categórico
“Aja sempre de maneira que você possa querer também 
que a sua máxima se torne uma lei universal”. 
O exemplo da promessa mentirosa
• Suponha que eu seja tentado a sair de uma dificuldade 
utilizando o expediente de fazer uma promessa que eu não 
tenha a intenção de cumprir, e que eu então me pergunte 
se esse tipo de promessa mentirosa pode ser reconciliada 
com o dever. 
• Essa máxima viciosa não pode ser universalizada porque 
sua universalização leva a uma contradição: se ninguém 
cumpre promessas, ninguém acreditaria em promessas. 
Umamáxima que não é universalizável
Essa máxima viciosa não pode ser universalizada porque 
sua universalização leva a uma contradição: se ninguém 
cumpre promessas, ninguém acreditaria em promessas. 
Uma contradição?
• Não há qualquer contradição explícita na máxima “Eu 
farei promessas mentirosas quando isso me permite 
conseguir o que quero”. 
• Uma ação imoral não envolve uma contradição como, 
por exemplo, a máxima de encontrar um solteiro casado. 
Uma contradição na sua universalização
• A posição de Kant é que é irracional realizar uma ação se 
a máxima dessa ação contradiz a si mesma uma vez que 
é tornada em uma lei universal da natureza.
• Isso implicaria um mundo em que nenhuma prática de 
fazer promessas existe, mas também, ao mesmo tempo, 
um mundo em que essa prática existe para que eu 
possa fazer uso da minha máxima. 
O dever da caridade
Outro exemplo é o seguinte: uma pessoa que vive na 
prosperidade é instada a ajudar outras que lutam contra 
grandes dificuldades. Ela é tentada a responder: “Que é 
que isso me importa? Que cada qual goze da felicidade 
que o céu lhe concede ou que ele mesmo pode arranjar; 
eu nada lhe tirarei, [mas também não o ajudarei]”. 
O dever da caridade
Mas ao considerar o imperativo categórico passa a 
percebe que não poderá desejar “nada lhe tirar, mas 
também não ajudar” como uma máxima universal, pois em 
muitas situações ela própria precisará da ajuda e simpatia 
de outros.
O dever da caridade
Essa máxima é autocontraditória no sentido de que 
ninguém poderia racionalmente querer estabelecer tal 
situação. 
Leis morais devem ser universais e impessoais
• Uma diferença entre leis morais e científicas é que as 
primeiras são normativas, enquanto as últimas são 
descritivas. 
• Contudo, ambas as leis têm em comum o fato de serem 
universais — envolvem todos os fenômenos de um tipo 
específico — e impessoais, pois não fazem menção a 
qualquer pessoa, lugar ou coisa particular.
Leis morais devem ser universais e impessoais
• Uma diferença entre leis morais e científicas é que as 
primeiras são normativas, enquanto as últimas são 
descritivas. 
• Contudo, ambas as leis têm em comum o fato de serem 
universais — envolvem todos os fenômenos de um tipo 
específico — e impessoais, pois não fazem menção a 
qualquer pessoa, lugar ou coisa particular.
Leis morais devem ser imparciais
• Se está certo que eu faça uma determinada coisa, então 
está certo para qualquer pessoa nas mesmas 
circunstâncias fazer a mesma coisa. 
• Não é possível que Napoleão tenha o direito de fazer 
alguma coisa simplesmente por ser quem é. Tal como as 
leis científicas, as leis morais não mencionam pessoas 
específicas.
O critério da universalizabilidade
• Se a lei moral tiver de ser universal, a ação moral terá de 
incorporar uma máxima universalizável. 
• Para decidirmos se será correto realizar uma ação 
particular, devemos nos perguntar se queremos que a 
máxima da ação se torne uma lei universal. 
A base de todas as prescrições morais
A universalizabilidade é a base de todos os imperativos 
categóricos — de todas as prescrições morais. Os atos 
morais podem ser universalizados; os atos imorais não.
O que este critério implica
• É um erro pensar que Kant diz que devemos nos 
perguntar se seria bom ou mau que todos realizassem a 
ação que temos em mente. 
• A idéia acerca das ações imorais é que é impossível que 
todos as realizem ou que é impossível para um agente 
racional desejar ela que fosse universal.
2 formulação do imperativo categórico
“Age de modo a tratar todo ser racional, seja você 
mesmo ou outra pessoa, nunca apenas como meio, mas 
sempre também como fim”.
As pessoas são fins em si mesmas
Um ser racional é obrigado pela razão a não usar os outros 
para seus próprios fins, a não escravizá-los, degradá-los ou 
explorá-los, mas sempre a reconhecer que eles contêm em 
si a justificação de sua própria existência, bem como o 
direito à própria autonomia.
As pessoas não são simples meios
• Note-se que, segundo a fórmula do fim em si, não é errado 
tratar as pessoas como meios – é errado tratá-las como 
simples meios. 
• Por exemplo, quando vamos um restaurante tratamos o 
cozinheiro como um meio para obter uma refeição, mas 
isso nada tem de errado. Desde que esteja a trabalhar 
porque é essa sua vontade, beneficiar do seu trabalho não 
desrespeita a sua autonomia.
3 formulação do imperativo categórico
• “Assim, o terceiro princípio prático se segue [dos dois 
primeiros] como a condição última de sua harmonia com 
a razão prática: a ideia da vontade de cada ser racional 
como uma vontade universalmente [auto] legisladora.”
Autonomia e heteronomia
• Autonomia: capacidade de se autogovernar
• Heteronomia: ser governado por algo ou alguém 
(inclinações ou vontade alheia)
4º formulação do imperativo categórico?
“Aja como se a máxima de tua ação tivesse de converter-
se por tua vontade numa lei natural em um Reino dos
Fins”.
O Reino dos Fins
• Segundo esta fórmula, devemos agir apenas segundo
princípios que pudessem ser aceites numa comunidade
ideal: uma comunidade de agentes plenamente racionais
na qual cada um contribuiria igualmente para legislar.
O Reino dos Fins
Essa formulação do imperativo categórico implica que ao 
formular um princípio de conduta, um ser racional é 
obrigado a postular um ideal, o Reino dos Fins.
Ninguém tem prerrogativas morais especiais
Ao postular esse domínio, e a si mesmo como parte dele, o 
agente moral, considera-se um entre muitos agentes 
racionais, tão importante quanto os outros, merecendo ser 
acatado e respeitando-os, baseado apenas na razão, e não 
nas condições empíricas que criam distinções entre 
homens. 
Tipos de deveres
• Kant defendeu que temos deveres morais em relação a 
nós mesmos e em relação aos outros. 
• Ele também faz uma distinção entre deveres perfeitos e 
imperfeitos. 
Deveres perfeitos e imperfeitos
• Os deveres perfeitos são válidos para todas as pessoas 
e deve ser sempre respeitados (e.g, o dever de não 
matar). A maioria dos direitos pertence a esse grupo. 
• Os deveres imperfeitos não estão associados a pessoas 
específicas ou a um instante determinado (e.g., o dever 
de caridade). 
O dever imperfeito de fazer caridade
• Por exemplo, teríamos o dever de fazer a caridade, mas 
podemos escolher a quem ajudar e em qual ocasião 
ajudaremos. 
Exemplos de cada tipo de dever
• Dever perfeito em relação a si mesmo: abster-se de 
suicidar.
• Dever perfeito em relação aos outros: abster-se de 
fazer promessas que você não tem intenção de cumprir. 
• Dever imperfeito em relação a si mesmo: desenvolver 
os seus talentos. 
• Dever imperfeito em relação aos outros: contribuir 
para a felicidade dos outros. 
Um método puro, inteiramente a priori
Um tema recorrente na obra de Kant é que os problemas 
fundamentais da moralidade devem ser analisados a priori, 
isto é, sem depender de observações dos seres humanos 
e do seu comportamento.
Um método puro, inteiramente a priori
Daí a sua insistência na idéia de que o imperativo 
categórico é obtido ao abstrair todas as “determinações 
empíricas” de todas as necessidades e desejos, 
representando o agente moral limitado apenas por sua 
natureza racional.
O caráter incondicional da moral
• Kant pensa que o caráter incondicional das exigências 
morais exige que esse tópico fosse abordado de modo a 
priori. 
• Um método a posteriori resultaria em uma concepção 
manchada da moral, pois poderia demostrar o que 
atualmente fazemos, mas seria incapaz de demonstrar o 
que devemos fazer. 
Objeções à “Fundamentação da Metafísica dos 
Costumes”
Um problema no critério de universalizabilidade
Kant pressupõe que cada ação incorpora apenas uma 
máxima, de maneira que podemos testar a moralidade de 
um ato universalizando a sua máxima, mas há várias 
máximas que podem conduzir a uma determinada ação; 
algumas podem ser universalizadas,enquanto outras não.
Um problema no critério de universalizabilidade
Vejamos este problema no exemplo da promessa. Uma 
maneira de descrever esta ação decorre da máxima “Faz 
uma promessa mesmo que tenhas a intenção de a 
quebrar”. 
Kant afirma que universalizar essa máxima é impossível, 
pois isso levaria a uma contradição.
Um problema no critério de universalizabilidade
Todavia, também podemos descrever a ação do agente 
moral como decorrendo de uma máxima bastante diferente: 
“Não faças promessas a menos que tenhas a intenção de 
as cumprir, exceto se estiveres numa situação de vida ou 
de morte e se a tua intenção de quebrar a promessa não 
for evidente para os outros”. 
Universalizar essa máxima não leva a uma contradição.
O direito de mentir
• Suponha que estamos em casa com um amigo e alguém 
bate à porta. É um homem armado que está procurando 
nosso amigo, aparentemente com a intenção de o 
matar, e que nos pergunta se ele está em casa. 
• Kant diria que não devemos mentir; quando muito, 
podemos abster-nos de lhe dizer a verdade, o que é 
diferente.
O direito de mentir
Em casos como esse, a ética kantiana parece dar 
respostas erradas. Não mentir em caso algum parece 
produzir resultados eticamente inaceitáveis.
Conflitos de deveres 
• Kant defende uma ética deontológica em que se 
propõem certos deveres absolutos. Em seu entender, 
nunca é permissível fazer aquilo que esses deveres 
proíbem. 
• Por isso, fica-se sem saber como agir quando esses 
deveres entram em conflito.
Conflitos de deveres 
• Considere a seguinte situação: a Joana prometeu a um 
amigo cumprir a sua última vontade, que ele exprimiu 
numa carta para ser lida após a sua morte. 
• Contudo, a sua vontade, como a Joana descobre depois 
de ler a carta, é que ela assassine o João, o seu maior 
inimigo. 
Conflitos de deveres 
• Se a Joana nunca deve quebrar promessas, então 
deverá cumprir a última vontade do seu amigo. 
• Porém, se ela também nunca deve assassinar alguém, 
então não deverá cumpri-la. 
• Sob a ética kantiana, a Joana, faça o que fizer, 
procederá mal. 
Um único princípio fundamental?
Kant defendeu que o imperativo categórico é o supremo 
princípio de moralidade, mas a idéia de que todas as 
formulações do imperativo categórico são equivalentes é 
suspeita.
A importância moral da parcialidade
Kant defendeu uma ética impessoal. Muitos podem objetar 
que não pensamos que ações realizadas pelo dever são 
melhores do que ações realizadas em função de 
preocupação emocional ou da simpatia por outros, o que 
inclui a atenção especial que damos a amigos e família.
Deveres imperfeitos?
Há razões para duvidar que tenhamos deveres imperfeitos. 
Os exemplos oferecidos de deveres imperfeitos como o 
dever de ajudar os mais necessitados geram problemas. 
Atos supererrogatórios
• É implausível pensar que temos obrigações morais que 
devemos satisfazer de acordo com a nossa conveniência 
e arbítrio individual. 
• Seria mais plausível pensar que esses atos podem ser 
considerados louváveis, supererrogatórios, i.e., atos que 
vão além do dever. 
Um círculo moral estreito
Kant sustenta que a nossa única obrigação fundamental é 
respeitar as pessoas entendidas enquanto agentes 
racionais. Essa perspectiva, no entanto, parece implausível. 
Um círculo moral estreito
• Afinal, os recém-nascidos humanos, os deficientes 
mentais profundos e os animais não humanos não são 
agentes racionais. 
• Porém, julgamos ter obrigações morais para com eles, o 
que significa que não é permissível tratá-los de qualquer 
forma.

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