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PROT 9 ano -Caderno do Professor

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Caderno do Professor 
Aulas de 
Protagonismo
Anos Finais do 
Ensino Fundamental 
9º ano
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Caderno do Professor • Protagonismo • Anos finais do Ensino Fundamental • 9º ano2
Realização
INSTITUTO DE CORRESPONSABILIDADE PELA EDUCAÇÃO
PRESIDENTE
Marcos Antônio Magalhães
CONSELHEIRO
Alberto Chinen
EQUIPE DE DIREÇÃO
Liane Muniz
Juliana Zimmerman
Thereza Barreto
CRÉDITOS DA PUBLICAÇÃO
Organização: Thereza Barreto
Coordenação: Johanna Faller e Solange Leal
Supervisão de Conteúdo: Thereza Barreto
Redação: Thereza Barreto
Leitura Crítica: Regina Lima
Revisão Ortográfica: : Cristiane Schmidt
Projeto Gráfico: Korá Design 
Diagramação: Instituto Qualidade no Ensino
INSTITUTO DE CORRESPONSABILIDADE PELA EDUCAÇÃO 
JCPM Trade Center
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CEP: 51010-000 | Recife, PE
Tel: +55 81 3327 8582
www.icebrasil.org.br
icebrasil@icebrasil.org.br
2ª Edição | 2021
© Copyright 2022 - Instituto de Corresponsabilidade pela Educação. “Todos os direitos reservados”
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Caderno do Professor • Protagonismo • Anos finais do Ensino Fundamental • 9º ano 3
Caro professor!
A democracia de uma nação pode ser medida pela participação dos seus cidadãos, particular-
mente, em relação à sua atuação na comunidade. Observa-se lentamente o crescimento das 
oportunidades de participação das crianças e adolescentes em suas comunidades naqueles 
países aspirantes ao regime democrático, em particular onde esse regime já está consolidado.
Com o aumento da valorização dos direitos das crianças e adolescentes começamos a ver um 
crescente conhecimento das suas capacidades de falarem por si próprias. Durante séculos 
as especificidades e necessidades das crianças não eram reconhecidas pelos adultos, e a 
literatura nos diz que foi uma longa caminhada histórica até as crianças serem percebidas em 
sua plenitude, na forma de ser e estar no mundo. Porém ainda hoje, lamentavelmente, a parti-
cipação de crianças e adolescentes muitas vezes é de natureza exploradora, manipuladora ou 
meramente decorativa, em diferentes graus ao redor do mundo.
Infância e adolescência são construções sociais e fatos biológicos. A maneira como são 
entendidas é determinada socialmente e são sempre contextualizadas em relação ao tempo, 
ao local e à cultura, e podem variar de acordo com a classe, o gênero e outras condições 
socioeconômicas.
As crianças e adolescentes são atores sociais que de muitas formas podem e devem participar 
da construção e determinar a própria vida, e também a vida daqueles que as cercam e das 
sociedades em que vivem. Assim, devem ser compreendidas como construtores, desde seu 
nascimento, do conhecimento, da cultura e da própria identidade. Para que atuem plenamente 
nesses aspectos, precisam desenvolver integralmente algumas competências.
Para serem dotadas de confiança e competência e assim participarem de maneira 
autêntica, a elas devem ser continuamente oferecidas condições para que se envolvam ativa-
mente e exercitem situações de tomada de decisão em diferentes níveis de temas que se refe-
rem a aspectos reais da vida. Essa participação implica, necessariamente, no desenvolvimento 
de habilidades que permitam às crianças e adolescentes influenciarem, através de palavras e 
atos, nos acontecimentos que afetam a sua vida e a vida de todos aqueles em relação aos quais 
eles assumiram uma atitude de não-indiferença, uma atitude de valoração positiva.
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Caderno do Professor • Protagonismo • Anos finais do Ensino Fundamental • 9º ano4
É pela experiência, pela atividade e pela iniciativa que a criança aprende, e, quando adulto, 
participa em níveis mais complexos da atividade humana nos seus diversos âmbitos. As 
crianças têm algo a dizer e é necessário aprofundar a reflexão sobre esse processo, sobretudo 
por aqueles que têm em seu poder a condição para ajudá-las a ter voz ativa, mas que, involun-
tariamente ou não, não potencializam essa condição ou mesmo banalizam o seu envolvimento.
O Ensino Fundamental tem como objetivo geral para a sua estruturação curricular a utilização 
de diferentes linguagens – verbal, matemática, gráfica, plástica, corporal – como meios para 
expressar e comunicar ideias, interpretar e usufruir das produções da cultura.
Assim, de acordo com os Parâmetros Curriculares Nacionais do Ensino Fundamental (1999), a 
escola, em cumprimento ao seu papel primordial, deve pensar num currículo como instrumen-
tação da cidadania democrática, contemplando conteúdos e estratégias de aprendizagem que 
capacitem o ser humano para a realização de atividades nos três domínios da ação humana: a 
experiência subjetiva (dimensão pessoal), a vida em sociedade (dimensão social) e a atividade 
produtiva (dimensão produtiva), e incorporar como diretrizes gerais e orientadoras as quatro 
premissas apontadas pela UNESCO para a educação na sociedade contemporânea:
• APRENDER A CONHECER - Saberes que permitem compreender o mundo;
• APRENDER A FAZER - Desenvolvimento de habilidades e o estímulo ao 
surgimento de novas aptidões;
• APRENDER A CONVIVER - Aprender a viver juntos, desenvolvendo o 
conhecimento do outro e a percepção das interdependências;
• APRENDER A SER - Preparar o indivíduo para elaborar pensamentos autô-
nomos e críticos; exercitar a liberdade de pensamento, discernimento, senti-
mento e imaginação.
A partir desses princípios gerais, o currículo deve ser articulado em torno de eixos básicos 
orientadores da seleção de conteúdos significativos, tendo em vista as competências e 
habilidades que se pretende desenvolver no Ensino Fundamental, considerando o contexto da 
sociedade em constante mudança e aprovada validade e de relevância social desse currículo 
para a vida do futuro do estudante que atuará no mundo que oferecerá cada vez mais e 
sempre, novos desafios.
Isso exigirá que a escola ofereça a condição para que esse estudante se enxergue atuando 
no mundo a partir daquilo que ele projetar para si como ser humano autônomo, solidário e 
competente e crie as condições, espaços e oportunidades para que ele participe ativamente 
da vida em seus distintos âmbitos.
O componente curricular Protagonismo foi introduzido neste Modelo na perspectiva de que 
a Escola ofereça as condições para que a exploração desse currículo ocorra de forma plena e 
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Caderno do Professor • Protagonismo • Anos finais do Ensino Fundamental • 9º ano 5
possa ser usufruído pelos estudantes de maneira significativa. Ao estudante devem ser ofere-
cidos espaços, condições e oportunidades para as suas aprendizagens e dentre elas, aquelas 
que o possibilite envolver-se em atividades direcionadas a empreender ele próprio a realização 
das suas potencialidades pessoais e sociais, atuando como fonte de iniciativa (porque atuará 
e não será expectador de sua aprendizagem), liberdade (porque exercitará a capacidade de 
analisar, avaliar e decidir) e compromisso (porque assumirá as responsabilidades sobre aquilo 
que decide).
Cada ser humano nasce com um potencial e necessita de certas condições e de um ambiente 
para se desenvolver, sobretudo onde possam expandir suas capacidades. Esse ambiente deve 
oportunizar que as futuras gerações ampliem suas possibilidades e exercitem a fruição do 
direito às oportunidades que lhe permitam melhor fazer uso de suas capacidades potenciais. A 
forma pela qual realmente são aproveitadas essas oportunidades e quais os resultados alcan-
çados, é assunto que tem a ver com as escolhas que cada um faz ao longo de sua vida.
Todo ser humano deve ter possibilidade de escolha e não meramente chances, agora e no 
futuro. Essas condições, no conjunto deoutras, deverão contribuir para a sua formação e para 
o seu projeto mais importante: o Projeto de Vida.
A adolescência é marcada pelo “segundo nascimento”. O momento em que começamos a nos 
perceber como indivíduos e, não só isso, passamos a ser cobrados, no melhor dos casos por 
nós mesmos, a participar de modo consciente, ativo e responsável da vida pública, seja no 
contexto mais próximo, como o entorno familiar, ou em âmbitos mais amplos.
Nenhum adolescente gosta de ser tratado como criança, pois espera ser visto e considerado 
como um indivíduo capaz de pensar e agir por conta própria, de tomar decisões e seguir. Logo, 
é preciso fazer jus a isso. Por aí se vê que a brincadeira de viver é séria. Que ser jovem não é 
apenas se divertir. Sempre chega o momento de agir, de escolher e responder pelas escolhas 
– o que enfim se espera de um protagonista.
São muitos os desafios. E o maior deles é a construção da identidade. Para tanto, é funda-
mental compreender e acompanhar o processo de construção do Projeto de Vida que neste 
momento acontece.
É nesse processo que por meio dos seus sonhos e ambições, o estudante será apoiado e 
começará a estabelecer metas, compreendendo que para alcançá-las deverá perceber as 
potências e os limites, as vontades e os desânimos, e aprender a lidar com tudo isso.
A escola é um lugar privilegiado para um primeiro exercício desse processo, sendo ela a 
primeira etapa do ingresso das crianças e adolescentes na dimensão da vida pública onde 
atuarão como protagonistas da própria história e de transformações efetivas que impactarão 
diversos campos de sua própria vida e de outros.
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Caderno do Professor • Protagonismo • Anos finais do Ensino Fundamental • 9º ano6
Esse exercício, praticado por muitos no âmbito da escola, não se constitui tarefa fácil, mas 
é uma tarefa possível e nos chama a todos ao compromisso inadiável de acolhermos os 
estudantes que diante de nós se apresentam, cheios de sonhos, expectativas e desejos, e que 
carecem do nosso trabalho dedicado para se tornarem planos.
As orientações aqui apresentadas fazem parte do processo de implantação das inovações em 
conteúdo, método e gestão da Escola da Escolha nos Anos Finais do Ensino Fundamental.
O Protagonismo é uma das inovações e compõe a parte diversificada do currículo. Ele é o 
exercício genuíno de participação ativa e autêntica dos adolescentes, apoiados pelos seus 
professores e tem base na filosofia da Pedagogia da Presença, no olhar atento ao desenvolvi-
mento acadêmico, pessoal e social que cada estudante merece ter dos professores de uma 
escola pensada para apoiá-lo na construção do seu Projeto de Vida.
Este material é constituído por um conjunto de aulas com foco no desenvolvimento de compe-
tências e habilidades para a formação do jovem protagonista. As aulas trazem temáticas que 
exploram os seguintes elementos:
• Identidade protagonista
• Comportamento pró-social
• Função Executiva
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Caderno do Professor • Protagonismo • Anos finais do Ensino Fundamental • 9º ano 7
Aulas de Protagonismo – O que você precisa 
saber
Os autores envolvidos no processo educativo das aulas 
não são apenas os estudantes.
Como as aulas abordam temáticas interdisciplinares e que se tornam significativas a partir 
das relações com o contexto real da vida dos estudantes, toda a equipe escolar prospera 
quando entende as possibilidades de trabalho junto a você, professor, e aos estudantes, 
atuando na consolidação dos conhecimentos existentes nessas relações, que vão muito 
além do que é estimulado em sala de aula. Portanto, é esperado que você, professor, ope-
re junto a sua equipe escolar nessa dimensão educativa, para que todos, não apenas os 
estudantes sejam envolvidos em ações educativas e práticas que estimulem ainda mais a 
participação, solidariedade e autonomia no ambiente escolar.
O Caderno está organizado em 62 aulas distribuídas 
ao longo dos 4 anos do Ensino Fundamental.
As aulas não obedecem rigorosamente à distribuição de tempo do horário escolar, ou seja, 
podem se estender para além do tempo de 50 minutos determinado por aula. Há também 
uma indicação de duração de cada atividade, contudo, serve apenas como parâmetro para 
planejamento do professor.
Para que você possa planejar e flexibilizar o tempo das aulas a partir das necessidades da 
sua turma consulte o GPS1 das aulas que se encontra ao final da introdução deste Caderno. 
Lá você encontrará o número mínimo de tempos previstos por aulas.
1 GPS (Sistema de Posicionamento Global traduzido do Inglês global positioning system) é um sistema 
de radionavegação por satélite que permite determinar a posição, velocidade e o fuso horário dos 
utilizadores em terra, mar e aerotransportados 24 horas por dia, em todas as condições climatéricas 
e em qualquer parte do mundo.
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Caderno do Professor • Protagonismo • Anos finais do Ensino Fundamental • 9º ano8
As aulas possuem uma ordem de ensino que precisa 
ser seguida.
A ordem a ser seguida por você ao desenvolver as aulas deve respeitar o seguinte itinerário 
formativo: identidade protagonista, participação social, atuação protagonista e suas 
competências e ação protagonista transformadora
Durante e após as aulas os estudantes são avaliados.
A ordem a ser seguida por você ao desenvolver as aulas deve respeitar o seguinte itinerário 
formativo: identidade protagonista, participação social, atuação protagonista e suas com-
petências e ação protagonista transformadora.
O conjunto de aulas está estruturado com focos 
diferentes entre os anos do Ensino Fundamental.
Nos 6º e 7º anos, são apresentados os fundamentos sobre a atuação protagonista como 
elemento de transformação social e liderança. Nesta etapa são introduzidos os primeiros 
exercícios de protagonismo por meio da Liderança de Turma e Acolhimento Diário. É também 
vivenciada a constituição de um Clube de Protagonismo como sendo uma das formas mais 
frequentes de atuação protagonista dos estudantes no âmbito da escola.
Nos 8º e 9º anos, aumenta-se gradualmente a complexidade dos temas explorados. As 
competências e habilidades produtivas ganham mais presença e o seu exercício leva os 
estudantes a atuarem de maneira mais evidente em outros âmbitos que não apenas nos 
Clubes de Protagonismo concebidos na escola. É quando as aulas de Protagonismo são espe-
cíficas para as demandas e vivências dos estudantes na constituição de seus projetos e orga-
nizações sociais, e você, professor, precisa estar preparado para orientá-los. Por este motivo, 
as aulas são essencialmente voltadas para a vivência prática. 
Ao final do 9º ano espera-se que os estudantes tenham explorado temas que estimulem o 
compromisso com a transformação da sociedade a partir da sua própria participação.
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Caderno do Professor • Protagonismo • Anos finais do Ensino Fundamental • 9º ano 9
As aulas devem ser conduzidas pelo professor na 
consideração que:
• A participação ativa é essencial ao desenvolvimento do protagonismo;
• O trabalho em grupo é a metodologia mais utilizada e deve favorecer o exercício 
do diálogo e escuta atenta;
• Além da capacidade de síntese e análise de situações, o mais importante 
é estimular o comprometimento social fundamentado na própria criação 
dos clubes.
Ao final do Ensino Fundamental, espera-se que os 
estudantes sejam capazes de:
• Criar novas perspectivas de futuro;
• Ressignificar suas ações e formas de estar no mundo;
• Buscar a transformação social por meio do comprometimento pessoal;
• Exercer uma atuação cidadã;
• Adaptar-se às mudanças e solucionar problemas;
• Planejar, organizar e empreenderprojetos de acordo com os interesses e 
necessidades coletivas.
A nossa equipe estará sempre à disposição para mais esclarecimentos sobre este mate-
rial. Assim, não hesite em solicitar da Equipe de Implantação do Programa de Educação 
Integral da Secretaria de Educação do seu Estado o esclarecimento de eventuais dúvidas 
e, por meio desse fluxo de comunicação, nos acionar para apoiá-los.
Contamos com a sua dedicação e estudo para o uso desse Caderno de Aulas.
Bom trabalho!
 
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Caderno do Professor • Protagonismo • Anos finais do Ensino Fundamental • 9º ano10
ESTRUTURA DAS AULAS DE PROTAGONISMO - 9º ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL
OBJETIVOS1
NÚCLEO 
FORMATIVO2
COMPE-
TÊNCIAS3
HABILIDADES 
e FORÇAS 
PESSOAIS4
CAPACIDADE5 AULAS VALORES6
OUTRAS 
HABILIDADES 
SOCIOEMO-
CIONAIS e 
VALORES7
NÚMEROS 
DE 
TEMPOS 
PREVISTOS
Formação 
do ser 
protagonista
Função 
executiva
Produtiva
Atitude 
empreende-
dora
Capacidade de 
compreender a 
atuação de um 
empreendedor 
social.
O mundo se 
organiza, co-
meçando pelas 
formigas. 
Resolutividade 
Foco 
Objetividade 
 Vigor 
Entusiasmo
Coragem 2
3XXW: um 
decodificador de 
possibilidades 
protagonistas. 
Curiosidade 
Gestão da 
informação e 
dados
Determinação
1
Capacidade de 
compreender a 
importância do 
planejamento 
para estruturação 
de um projeto 
social.
Oba! Eu sei 
gerar capital 
social: confian-
ça, respeito e 
conhecimento.
Inteligência 
social
1
Vamos lá, inco-
mode-se, mude 
o mundo!
Inteligência 
social
Compaixão 
Felicidade
A serem 
trabalhas 
ao longo 
dos 2º, 3º 
e 4º bi-
mestres
Capacidade de 
sistematizar o 
conhecimento a 
serviço da socie-
dade
ONG? Que tal 
uma organiza-
ção de gente 
que faz? Onde 
tem problema 
deve haver 
solução.
Determinação Coragem
E se os duendes 
de Gringotes 
fizessem parte 
da organização 
de gente que 
faz?
Capacidade de 
aplicar o conheci-
mento adquirido 
para atuar de 
maneira protago-
nista a serviço da 
sociedade.
Nada acontece 
antes de um 
sonho. De volta 
à Missão.
Definindo os 
objetivos e as 
metas de uma 
organização de 
gente que faz.
Determinação
Justiça
Prudência
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Caderno do Professor • Protagonismo • Anos finais do Ensino Fundamental • 9º ano 11
ESTRUTURA DAS AULAS DE PROTAGONISMO - 9º ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL
OBJETIVOS1
NÚCLEO 
FORMATI-
VO2
COMPE-
TÊNCIAS3
HABILIDADES 
e FORÇAS 
PESSOAIS4
CAPACIDADE5 AULAS VALORES6
OUTRAS 
HABILIDADES 
SOCIOEMO-
CIONAIS e 
VALORES7
NÚMEROS 
DE 
TEMPOS 
PREVISTOS
Formação 
do ser 
protagonista
Função 
executiva
Produtiva
Atitude em-
preendedora
Capacidade de 
aplicar o conheci-
mento adquirido 
para atuar de 
maneira protago-
nista a serviço da 
sociedade.
Definindo as 
estratégias e as 
funções de uma 
organização de 
gente que faz
Determinação
Gerenciamento 
e aplicação de 
informações
A serem 
trabalhas 
ao longo 
dos 2º, 
3º e 4º 
bimestres.
Planejamento 
financeiro 
não é coisa de 
economista! 
Organização de 
gente que faz e 
Projeto de Vida 
precisam dele.
Humildade
Parceiros, 
bem-vindos! O 
diálogo com os 
que não estão 
na organização 
de gente que faz 
mas se interes-
sam pelo que ela 
faz.
Gratidão 
Coragem
Estamos 
crescendo e 
influenciando 
positivamente 
todos que nos 
cercam. 
Empatia
Start Start da ONG - 
Organização de 
Gente que Faz.
Produtiva
Gerenciamento 
e aplicação de 
informações
A serem 
trabalhas 
ao longo 
do 4º 
bimestre
1. O que se espera como produto; 2. Eixos que indicam o percurso formativo para realizar o objetivo; 3. Como o conhecimento 
adquirido se aplica às atividades humanas; 4. O conteúdo da competência; 5. Desdobramento das habilidades em objetivos 
específicos; 6. Qualidades e convicções desejadas e valiosas que direcionam as atitudes; 7. Outras habilidades socioemocionais 
e valores presentes nesta aula.
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Caderno do Professor • Protagonismo • Anos finais do Ensino Fundamental • 9º ano12
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Caderno do Professor • Protagonismo • Anos finais do Ensino Fundamental • 9º ano 13
A Parte Que Vem Antes
Aula 50: O mundo se organiza, começando pelas formigas 15
Aula 51: 3XXW: um decodificador de possibilidades protagonistas 23
Aula 52: Oba! Eu sei gerar capital social: confiança, respeito e conhecimento 30
Aula 53: Vamos lá, incomode-se, mude o mundo! 35
Aula 54: ONG? Que tal uma organização de gente que faz? Onde tem problema deve 
haver solução 41
Aula 55: E se os duendes de Gringotes fizessem parte da organização de gente que faz? 47
Aula 56: Nada acontece antes de um sonho. De volta à missão 54
Aula 57: Definindo os objetivos e as metas de uma organização de gente que faz 59
Aula 58: Definindo as estratégias e as funções de uma organização de gente que faz 66
Aula 59: Planejamento financeiro não é coisa de economista! Organização de gente 
que faz e Projeto de Vida precisam dele 71
Aula 60: Parceiros, bem-vindos! O diálogo com os que não estão na organização de 
gente que faz, mas se interessam pelo que ela faz 77
Aula 61: Estamos crescendo e influenciando positivamente todos que nos cercam 84
Aula 62: Start da ONG – Organização de Gente que Faz 91
 
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Caderno do Professor • Protagonismo • Anos finais do Ensino Fundamental • 9º ano 15
Aula 50
O mundo se organiza, começando pelas formigas
Partindo do conhecimento que os estudantes vêm construindo sobre o funcionamento de 
uma ONG, o conteúdo desta aula se restringe a apresentar como é feita a gestão/adminis-
tração de uma ONG, mesmo que, em linhas gerais, as ONGs visitadas pelos estudantes na 
aula anterior, Os times que não são de futebol, não tenham estrutura administrativa orga-
nizada para servirem de exemplo.
Esta aula é, portanto, uma oportunidade para os estudantes compreenderem a estrutura 
organizacional de uma ONG do ponto de vista das exigências e responsabilidade frente às 
comunidades em que atuam. É preciso saber que não basta ter boas ideias, defender uma 
causa e/ou querer empreender, para ter sucesso. Ter compromisso com um gerencia-
mento eficiente e eficaz é fundamental.
Esta aula também funciona como base para que os estudantes possam aprender a gerenciar 
uma ONG, tendo em vista que esse desafio será proposto nas próximas aulas.
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Caderno do Professor • Protagonismo • Anos finais do Ensino Fundamental • 9º ano16
Para saber mais
Ser empreendedor: uma herança genética?
Hoje é consensual que não se nasce empreendedor. O que é certo é a 
herança de algumas características que ajudam nessa questão desde cedo, 
o que pode surgir muito precocemente (durante a infância e adolescência).
As características mais presentes nas pessoas empreendedoras são as 
habilidades de liderança, criatividade e competitividade. Contudo, está ao 
alcance de qualquer pessoa ser um empreendedor.
Objetivo Geral
• Conhecer como se faz a gestão ou administração de uma ONG.
Roteiro
ATIVIDADES 
PREVISTAS
DESCRIÇÃO
PREVISÃO DE 
DURAÇÃO
Atividade: 
Quem cuida e 
faz o quê?
Elaboração de planilha com informações sobre a 
gestão ou organização administrativa da ONG.
45 minutos
Avaliação. Observação do professor. 5 minutos
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Caderno do Professor • Protagonismo • Anos finais do Ensino Fundamental • 9º ano 17
Orientações para as atividades
ATIVIDADE:QUEM CUIDA E FAZ O QUÊ? 
Objetivo
• Identificar nas informações que possuem sobre a ONG pesquisada, a organi-
zação administrativa ou de gestão que uma ONG possui.
Desenvolvimento
Desde a aula É do terceiro setor, mas nós cuidamos de quê mesmo? os estudantes vêm 
aprendendo sobre a estrutura e organização de uma ONG. Assim, dando continuidade a 
esse processo, nesta atividade os estudantes aprenderão como se realiza a gestão de uma 
ONG. Para isso, o professor deve retomar os pontos sobre as atribuições e funções dos 
seus responsáveis, pois, por meio dessa retomada, será possível chegar aos fundadores da 
ONG, pessoas que compõem a sua estrutura de gestão ou administrativa e, assim, 
entender sobre o seu funcionamento.
Fazendo uso da planilha de informações gerais construída pelos estudantes na aula É do 
terceiro setor, mas nós cuidamos de quê mesmo? o professor deve, em Roda de Conversa, 
estimular os estudantes a fazerem as seguintes correlações:
1. a composição básica da ONG - retomar as informações colhidas pelos 
estudantes durante a ida à ONG para saber, dentre os seus responsáveis, 
quais são as pessoas fundadoras, colaboradoras, diretor, conselheiro fiscal 
da ONG, tendo em vista que elas fazem parte da composição básica da 
gestão da ONG;
2. funções e atribuições dos fundadores da ONG - é importante ajudar 
os estudantes a entenderem que existe uma relação entre a composição 
básica da ONG, com as atribuições e funções dos fundadores da ONG e 
membros, com a dinâmica geral de funcionamento da ONG. Geral-
mente, as ONGs são gerenciadas por um(a) presidente e um(a) vice, além 
de um(a) secretário(a). As decisões, por exemplo, são deliberadas de acordo 
com o poder de atuação desses membros. No caso de uma diretoria, é de 
sua responsabilidade aprovar modificações no Estatuto da ONG e firmar 
parcerias;
3. a atuação das ONGs - retomar as informações que os estudantes pos-
suem sobre as ações desenvolvidas pela ONG para discutir com eles o seu 
funcionamento. Esse ponto é importante para que os estudantes come-
cem a compreender a razão das ações da ONG e como seus fundadores se 
mobilizam para alcançar a sua visão de futuro;
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Caderno do Professor • Protagonismo • Anos finais do Ensino Fundamental • 9º ano18
4. beneficiários da ONG - as ações desenvolvidas pela ONG têm uma 
relação com os projetos e seus beneficiários. Isso inclui uma gestão que 
faça o levantamento dos beneficiários, se for o caso, frequência, um 
cronograma de atividades e controle de gastos e receitas, assim como um 
acompanhamento dos resultados. Para isso, o professor deve perguntar 
aos estudantes como eles acham que cada ONG acompanha tudo o que 
faz, de onde acham que vem a matéria-prima/objetos/recursos e se man-
tém a estrutura física de cada ONG, assim como perguntar aos estudan-
tes se eles visualizaram a existência de espaços específicos da ONG (sa-
las do(a) diretor(a) ou secretário(a)), de móveis e/ou objetos (arquivos, 
pastas, materiais) que demonstram, minimante, como é a sua organização 
administrativa. Todos esses pontos ajudam o professor a explicar sobre a 
importância de uma gestão, mesmo que os estudantes não tenham feito 
as correlações necessárias sobre este ponto durante a visita à ONG. É im-
portante que saibam que toda ONG tem, minimamente, que cumprir seme-
lhantes exigências.
Na Roda de Conversa, o professor deve fazer a mediação das falas dos estudantes sobre 
as informações que têm, direcionando-as para a estrutura de gestão e funcionamento que 
as ONGs possuem. À medida que forem apresentando as informações, o professor deve 
escrevê-las no quadro da sala de aula formando uma imensa planilha, organizada sobre 
cada ONG. É importante que os estudantes também tomem nota da planilha em seus ca-
dernos. Será por meio da retomada dessas informações que os estudantes consolidarão 
o que aprenderam e iniciarão os primeiros passos para a estruturação de uma ONG na 
próxima aula 3XXW: Um decodificador de possibilidades protagonistas.
Avaliação
Observar a percepção e conhecimento dos estudantes sobre como é feita a gerência da 
ONG e quais as relações, se eles são capazes de fazer esse contraponto com as informa-
ções que possuem sobre a ONG visitada/pesquisada.
Assim, é importante se certificar se os estudantes identificam a equipe de gestão ou admi-
nistrativa da ONG de acordo com as funções e atribuições dos seus fundadores/responsá-
veis. Quanto mais relações os estudantes fizerem sobre o que cada uma dessas pessoas 
faz, mais fácil será entender sua estrutura administrativa e dinâmica de funcionamento.
Sobre as ações da ONG, observar como os estudantes, por meio da mediação do professor, 
conseguem relacioná-las com a visão de futuro que cada ONG possui. A título de exemplo, 
será que os estudantes conseguem explicar porque cada ONG atua de forma diferente?
Por último, verificar se, nas discussões sobre gastos, observaram quem são as pessoas 
beneficiadas e como é a manutenção da estrutura física, ou seja, se os estudantes com-
preendem que existem pessoas para controlar tudo isso e que cada ONG realiza controles 
semelhantes, mesmo que atuem em áreas diferentes.
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Caderno do Professor • Protagonismo • Anos finais do Ensino Fundamental • 9º ano 19
Texto de apoio ao professor
DE UMA BOA IDEIA AO DESAFIO DE GERENCIAR E MANTER UMA ONG2
Guilherme Guerra
“É preciso ter planejamento para conciliar as causas sociais com a necessidade de cuidar 
dos recursos de uma instituição”.
Beatriz Martins descobriu que queria ajudar crianças – e isso quando ela própria tinha seis 
anos. Enquanto Amanda Novais, apaixonada por animais, leva cuidados a gatos de rua de 
São Paulo. Em comum, as duas têm mais que a clareza das causas que escolheram 
defender. Ambas criaram projetos aos quais dedicam tempo e recursos próprios, além das 
doações que recebem.
Com 18 anos, Beatriz ainda conta com alguns meses pela frente para decidir se vai cursar 
relações públicas ou jornalismo. Mas tem uma certeza: quer que a graduação ajude a 
aprimorar o trabalho da organização que montou Olhar de Bia. “A minha história e a da 
ONG são a mesma”, justifica. E não é exagero.
A iniciativa surgiu em 2006, quando Bia resolveu juntar balas para distribuir a meninos e 
meninas carentes de Guarulhos, onde mora. Com o incentivo da família, seguiu em frente. 
No Natal daquele ano, reuniu parentes e vizinhos para entregar alimentos e brinquedos 
para mais de 10 mil crianças! Ação que se repetiu na Páscoa seguinte, com mais de 2 mil 
pessoas beneficiadas.
As duas Bias (física e jurídica) cresceram juntas, bem como os desafios para manter a 
ONG. No sufoco para seguir com o projeto, a família dela já deixou de pagar as contas de 
luz e de água para manter o trabalho nos trilhos. “Todas as dificuldades que passamos 
serviram para formar meu caráter”, diz a jovem. Hoje, a organização se sustenta sozinha, 
com apoio das empresas GP Result e Vegus Construtora, e com doações recebidas pelo 
site da Olhar de Bia.
Algo que ainda é uma batalha para a estudante de veterinária Amanda Novais, de 20 anos. 
Ela é uma das fundadoras do projeto voluntário Castralinos, criado em março de 2018 para 
castrar gatos abandonados e diminuir a população dos animais nas ruas. E os custos são 
2 GUERRA, Guilherme. De uma boa ideia ao desafio de gerenciar e manter uma ONG. Disponível em: 
<www.icebrasil.org.br/surl/?b8994d>. Acesso em dezembro de 2018
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Caderno do Professor • Protagonismo • Anos finais do Ensino Fundamental • 9º ano20
altos: é preciso ter comida, carro com gasolina e veterinário profissional para realizar a 
cirurgia, além de gatoeira e caixa de transporte para os animais.
“A gente só conseguefazer isso com o dinheiro vindo de doações e rifas”, diz Amanda. 
Mas o valor levantado muitas vezes não é suficiente. Ela e as duas outras fundadoras do 
Castralinos tiram do próprio bolso para fazer as castrações, com preço fechado de R$ 70 
por gato. As dívidas já se acumulam.
“Chegamos a dever R$ 4 mil à clínica veterinária”, conta, referindo-se ao valor acumulado 
no período de maio a julho de 2018.
De acordo com a diretora-executiva da Associação Brasileira de Organizações Não Gover-
namentais (Abong), Adriana Ramos, arcar com os custos para manter um projeto ou uma 
ONG é justamente a parte mais difícil. O registro, em si, não é complicado: basta ter mais 
de 18 anos e registrar a entidade em um cartório.
Mas quem cria a organização deve ter muito clara a sua missão e o compromisso com a so-
ciedade civil. E também buscar legitimidade pública, algo que pode ajudar em uma possível 
vaquinha on-line para angariar financiamento, por exemplo. “Para trabalhar em uma ONG, 
é preciso estar realmente muito associado a uma motivação e ao compromisso social”, 
afirma Adriana, que também é coordenadora do Instituto Socioambiental (ISA).
O início requer perseverança. Organizações novatas precisam continuar vivas até comple-
tarem dois anos. Segundo Adriana, essa é a idade mágica para que a entidade consiga ser 
considerada pela maior parte dos editais para obtenção de recursos, vindos em boa parte 
de instituições privadas estrangeiras. “Muita gente acha que ONG dá dinheiro e é fácil de 
manter. Não é verdade”, afirma a diretora da Abong. “É custoso o processo de captação 
de recursos.”
De grão em grão
“Os jovens são mais preocupados com uma causa e mais propensos ao trabalho voluntário 
em relação às gerações anteriores”, afirma a coordenadora de comunicação do Instituto 
para o Desenvolvimento do Investimento Social (Idis), Andrea Wolffenbüttel. E, de acordo 
com ela, são os jovens de 18 a 24 anos que mais fazem doações em dinheiro, ainda que se 
trate de uma faixa etária sem muitos recursos financeiros.
Nos últimos 12 meses, 39% desses jovens patrocinaram uma causa ante 23% das pessoas 
com mais de 55 anos, segundo o estudo Country Giving Report, elaborado pelo Idis com a 
Charities Aid Foundation (CAF), entre 2016 e 2017. O estudo também aponta que 41% dos 
jovens nessa faixa etária fizeram trabalho voluntário nas últimas quatro semanas, contra 
25% daqueles com mais de 55.
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Caderno do Professor • Protagonismo • Anos finais do Ensino Fundamental • 9º ano 21
“O que é interessante nessa geração é essa noção de causa e que eles podem fazer a 
diferença. Existe muito empenho individual”, afirma a coordenadora de Comunicação do 
Idis. Entre eles, as causas mais incentivadas são em defesa dos direitos humanos, do meio 
ambiente e de combate à pobreza e ao desemprego.
São pessoas como a estudante Júlia Calçade, de 23, que todo mês doa para a ONG Action 
Aid R$ 52 dos R$ 400 da bolsa que recebe da Universidade de São Paulo. A universitária 
não pensa em parar de contribuir. “Eu me planejo bem e, se precisar, corto outras 
coisas”, conta.
Esporadicamente, Júlia também contribui com a Associação Bezerra de Menezes. E se 
pudesse, contribuiria muito mais vezes com outros projetos e não só financeiramente. 
“Sempre que posso gosto de ajudar. Faz parte da minha personalidade.”
Na estante
VALE A PENA LER
Livro: Empreendedorismo para jovens Autora: 
Autores: Jerônimo Mendes e Iussef Zaiden Filho 
Editora: Atlas Editora
Ano: 2012
Número de páginas: 160
Esse livro é indicado para o professor apoiar os estudantes no desenvolvi-
mento do espírito empreendedor. O livro apresenta ferramentas práticas, 
exemplos reais e exercícios que permitem aos jovens ter uma visão prática de como 
transformar suas ideias em um plano de negócios, destaca suas vantagens competitivas, 
como lidar com o mercado e definir suas estratégias.3
3 Disponível em: <www.icebrasil.org.br/surl/?a5fa8e>.
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Caderno do Professor • Protagonismo • Anos finais do Ensino Fundamental • 9º ano22
VALE A PENA LER
Livro: Brincadores de sonhos 
Autor: Jacinto Jardim 
Editora: Theya
Ano: 2016
Número de páginas: 126
A importância do empreendedorismo é bastante notória na sociedade 
atual. Daí o imperativo de uma educação que estimule a inovação e a 
criatividade nas gerações mais jovens. Tendo isso em vista, A Universidade de Aveiro, a 
Universidade Aberta e o Instituto Europeu de Ciências da Cultura Padre Manuel Antunes 
apresentam este roteiro infanto-juvenil ilustrado, Brincadores de Sonhos, com dez soft skills 
que constituem os pilares de uma cultura empreendedora.
Na viagem pelo Castelo dos Sonhos, o Dragão Botafogo partilha as suas experiências e 
competências com um grupo de amigos e faz uma visita guiada a todos os que quiserem 
sonhar na sua companhia. O fascínio do Programa Brincadores de Sonhos encontra-se na 
promoção de uma cultura empreendedora, estimulando de um modo evidente a capacidade 
de sonhar das gerações mais jovens.
Referência Iconográfica:
Disponível em: <www.icebrasil.org.br/surl/?427f4e>. Acesso em dezembro de 2021.
Disponível em: <www.icebrasil.org.br/surl/?2b1051>. Acesso em dezembro de 2021.
Disponível em: <www.icebrasil.org.br/surl/?f8da53>. Acesso em dezembro de 2021.
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Caderno do Professor • Protagonismo • Anos finais do Ensino Fundamental • 9º ano 23
Aula 51
3XXW: um decodificador de possibilidades 
 protagonistas
A trajetória protagonista foi iniciada desde as aulas do 6º ano, quando os estudantes se 
tornaram sujeitos de cada ação executada em seus Clubes e comunidades. Assim, dando 
continuidade a essa atuação, espera-se que o “decodificador de possibilidades protago-
nistas” traduza todo o entusiasmo dos estudantes diante das soluções encontradas para 
as problemáticas de suas comunidades na criação coletiva de uma ONG.
Considerando que a proposta de criar a ONG é uma forma também de compartilhar saberes 
e consolidar a consciência coletiva e de pertencimento dos estudantes nas suas comu-
nidades, antes disso, será feita uma retomada das experiências de atuação dos estudantes.
Objetivo Geral
• Aprender sobre os passos necessários para a criação de uma ONG.
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Caderno do Professor • Protagonismo • Anos finais do Ensino Fundamental • 9º ano24
Roteiro
ATIVIDADES 
PREVISTAS
DESCRIÇÃO
PREVISÃO 
DE DURAÇÃO
Atividade: 
Tudo o que sei.
Criação de um “Espaço Aberto” para comparti-
lhamento das experiências e conhecimento.
45 minutos
Avaliação. Observação do professor. 5 minutos
Orientações para as atividades
ATIVIDADE: TUDO O QUE SEI 
Objetivo
• Apresentação do passo a passo para estruturação de uma ONG.
Desenvolvimento
Para seguir os primeiros passos na construção de uma ONG é preciso retomar as 
experiências dos estudantes ao longo das aulas. Isso proporcionará sentido ao documento 
de construção da ONG e um olhar ampliado dos estudantes para novas possibilidades de 
atuação nessa perspectiva. Para isso, será proposta, mais uma vez, a criação de um 
“Espaço Aberto” como o primeiro passo na mobilização dos estudantes.
A atividade é, portanto, uma maneira de favorecer a interação dos estudantes, de gerar 
novos esquemas de conhecimento, de identidades e sentidos de pertencimento; assim 
como meio para o alinhamento de perspectivas diversas e complementares sobre a ONG 
que os estudantes precisam criar.
Dessa forma, o mais importante nesta aula é proporcionar um ambiente de trocas entre os 
estudantes, que devem ser mediadas pelos seguintes temas estratégicos: forma eficiente de 
promover mudanças; como criar uma ONG; valores, visão e missão da ONG; planejamento, 
avaliaçãoe gerenciamento da ONG; autonomia e participação da comunidade; parceria e 
financiadores da ONG. Sobre os temas propostos, é importante que o professor perceba 
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Caderno do Professor • Protagonismo • Anos finais do Ensino Fundamental • 9º ano 25
que as informações entre eles são complementares e não se esgotam nesta atividade, pois 
serão aprofundados no decorrer das próximas aulas. Dessa forma, cabe ao professor esti-
mular os estudantes a discutirem os temas de acordo com as suas experiências e capaci-
dade de estabelecer correlações entre o que sabem, e isso é mais importante.
Organizados em grupos, os estudantes devem discutir um dos temas estratégicos para 
que possam definir que tipo de ONG pretendem criar na aula: ONG? Que tal uma Organização 
de Gente que faz! Onde tem problema deve haver solução.
Abaixo seguem orientações para o professor mediar as discussões dos estudantes 
em grupo:
• Grupo 1 - Forma eficiente de promover mudanças - a principal discussão a 
ser realizada pelos estudantes desse grupo é sobre montar uma ONG como 
sendo uma forma eficaz de promover mudanças, ajudar a mediar conflitos 
ou a encontrar soluções para problemas comuns da sociedade. Para isso, os 
estudantes devem retomar os registros sobre as ONGs que visitaram e as 
anotações que fizeram nos cadernos de boas práticas (na aula: O cesto dos 
sentidos: dos dados e das decisões) com o intuito de fomentar as discussões. 
São válidas discussões sobre a área e escopo de atuação das ONGs, bem 
como ações desenvolvidas pelos estudantes em suas comunidades, desde a 
atuação em seus Clubes;
• Grupo 2 - Como criar uma ONG - o grupo desse tema deve direcionar as 
suas discussões sobre os tipos de suportes necessários para montar uma 
ONG, como: voluntários, pessoas que forneçam recursos e defensores que 
acreditam nos esforços da ONG, por exemplo. Os estudantes devem trocar 
informações também sobre o planejamento necessário. Vale lembrar que, 
como foi discutido em aulas anteriores, para criar uma ONG é preciso muito 
mais que paixão pela comunidade ou causa social;
• Grupo 3 - Valores, visão e missão da ONG - assim como todas as temá-
ticas discutidas anteriormente, esta será retomada de forma profunda numa 
aula específica. Assim, mais do que discutir esse tema em grupo a partir dos 
exemplos das ONGs visitadas e vivências nos Clubes, os estudantes são res-
ponsáveis por criar uma base de orientações necessárias para abordagem 
desse ponto durante a criação da ONG na aula: E se os duendes de Gringotes 
fizessem parte da Organização de Gente que Faz? Portanto, cabe a esse grupo 
pensar na importância da Missão e visão para uma ONG. Vale ressaltar que 
uma missão e visão mal definida faz com que uma ONG fique sem foco e 
direção. É a missão e visão que definem o “tom” do trabalho a ser desenvolvido 
pela ONG;
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Caderno do Professor • Protagonismo • Anos finais do Ensino Fundamental • 9º ano26
• Grupo 4 - Planejamento, avaliação e gerenciamento da ONG - os 
estudantes devem retomar pontos que acharam interessante sobre este 
tema na aula: O mundo se organiza começando pelas formigas. E os registros 
realizados na aula: O cesto dos sentidos, dos dados e das soluções, quando 
analisaram as ações e estratégias adotadas pelos Clubes para tomar novas 
decisões e resolver problemas com a aplicação do PDCA. Além disso, os 
estudantes devem discutir como uma gestão pode organizar o trabalho, 
responder às necessidades e desafios de uma ONG;
• Grupo 5 - Autonomia e participação da comunidade - os estudantes devem 
discutir formas conhecidas sobre autonomia e participação da comunidade 
nas ONGs que visitaram. Além disso, devem relembrar as experiências 
vividas nas Exposições que realizaram para a comunidade durante as aulas: 
Protagonismo ganha o mundo; O que é que eu tenho a ver com isso? Contigo? 
E nós com isso?, quando estabeleceram relações entre o que é pertencer à 
comunidade e como qualificar esse pertencimento;
• Grupo 6 - Parcerias e financiadores da ONG - assim como as parcerias 
firmadas nos Clubes, as parcerias da ONG também podem ser baseadas 
numa gama de partes interessadas – associações comerciais e profis-
sionais, organizações de doadores, instituições religiosas, coalizões e grupos 
informais da comunidade que permitem à ONG ter sucesso. As partes inte-
ressadas oferecem recursos à ONG, que não precisa se resumir apenas ao 
apoio financeiro, mas à prestação de um serviço voluntário, por exemplo. 
As discussões dos estudantes devem perpassar, portanto, a necessidade da 
ONG de buscar uma ampla variedade de fontes de fundos, incluindo fundações, 
empresas, governos e pessoas. Cabe ao professor mediar a discussão dos 
estudantes para que, além de fazer essas relações, os estudantes possam 
trazer suas próprias experiências com os Clubes também. Neste caso, são 
pertinentes perguntas, como: Será que algum Clube criou um comitê de 
arrecadação de fundos? Quanto tempo o Clube levou até conseguir uma 
parceria? Quando e como um Clube entrou numa nova parceria? Essas perguntas 
são alguns exemplos de experiências que os estudantes podem trazer para 
aumentar o conhecimento do grupo sobre o que está sendo discutido.
Para cada grupo temático deve ser entregue um papel pardo ou similar e canetas hidrográ-
ficas coloridas para que possam pontuar as questões de maior relevância sobre os temas 
discutidos. É importante destacar que essas anotações são “o motor” para início da próxima 
aula: Oba! Eu sei gerar capital social: confiança, respeito e conhecimento. Por este motivo, cabe 
ao educador avisar aos estudantes que as anotações devem marcar não apenas experiências, 
mas caminhos e possibilidades de atuações. A socialização das anotações, portanto, ocorre 
no próximo encontro. A atividade se consolida com o encerramento das trocas entre os 
estudantes de cada grupo temático e com as anotações do que validaram nessa perspectiva.
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Caderno do Professor • Protagonismo • Anos finais do Ensino Fundamental • 9º ano 27
Avaliação
Observar se durante o “Espaço Aberto” os estudantes trocaram informações e experiências 
sobre suas vivências em relação ao tema que foi proposto para o seu grupo. É importante 
destacar que a troca entre os estudantes é apenas o primeiro movimento para a construção 
da ONG. Assim sendo, nesta aula, cabe ao professor perceber a capacidade dos estudantes 
em relacionar os temas propostos com suas experiências desde os Clubes até agora. Isso 
porque a atividade favorece a consolidação do conhecimento e, assim, é esperado que 
durante as discussões eles percebam o quanto sabem sobre o conteúdo da aula.
A objetividade na abordagem do tema em grupo é outro ponto importante a observar, pois 
é exigido ao final da atividade o registro das informações mais relevantes sobre o que foi 
discutido. Dessa forma, cabe ao professor também verificar se todos os grupos concluíram 
essa etapa final da atividade.
Durante as discussões em grupo, o professor deve observar a participação dos estudantes, 
identificando quem está liderando as discussões junto ao grupo e registrando as informações, 
tendo em vista o que a atividade demanda. Nesse sentido, fatores como divisão de tarefas, 
gerenciamento do tempo e informações são fatores que precisam ser acompanhados pelo 
professor durante toda a atividade. Além disso, atitudes como respeito, tolerância e 
cooperação, atenção ao que está sendo discutido, qualidade na exposição de ideias e 
argumentos (consistência dos conteúdos, argumentação, clareza e precisão conceitual) 
são pontos que o professor deve observar para avaliar a participação.
Espera-se que, além de trocarem experiências, os estudantes tenham melhorado suashabilidades de pensamento crítico e argumentação. O professor percebe isso quando os 
estudantes sabem eleger, estruturar e dialogar sobre as informações pertinentes ao tema 
abordado por seu grupo ou quando fazem conexões lógicas entre suas experiências e o 
tema abordado, bem como, se foi aumentado o conhecimento sobre organização e as 
possibilidades de atuação de uma ONG. Isso se torna perceptível quando os estudantes 
levantam questões novas ou trazem uma nova perspectiva ao que aprenderam sobre uma ONG.
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Caderno do Professor • Protagonismo • Anos finais do Ensino Fundamental • 9º ano28
Na estante
VALE A PENA LER
Livro: Trem bala 
Autora: Ana Vilela 
Editora: Editora Voo 
Ano: 2017
Número de páginas: 62
Este livro recebe apoio da Fundação Playing For Change Brasil, parceira 
da Editora Voo. A fundação atende crianças no contraturno escolar, 
oferecendo aulas de música, canto, violão, percussão, inglês e educação ambiental. Na 
America Latina é a única Fundação nesse formato. A cada livro Trem Bala vendido, a 
Fundação gera uma contribuição para a escola que possui na comunidade do Cajuru, em 
Curitiba, onde viabiliza aula de música.
O livro é da cantora Ana Vilela, que transformou os versos da música Trem bala em um 
livro-presente, cheio de ilustrações.
VALE A PENA ASSISTIR
Filme: Quando tudo começa 
Direção: Bertrand Tavernier 
País de origem: França 
Ano: 1999
Duração: 105 minutos
A trama focaliza a história do professor Daniel Lefebvre (Philippe Torreton), 
que ensina crianças em Hernaing, uma pequena cidade que sofre com o fechamento das 
minas de carvão e enfrenta uma taxa alarmante de 34% de desemprego. Daniel e os outros 
professores são aconselhados a não se envolver com os problemas crônicos da comunidade, 
mas é impossível para Daniel permanecer imune à miséria, à falta de assistentes sociais, 
à indiferença do governo e aos sérios problemas domésticos que suas crianças enfrentam.
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Caderno do Professor • Protagonismo • Anos finais do Ensino Fundamental • 9º ano 29
Depois de um trágico incidente na escola, Lefebvre decide comandar uma campanha contra 
o governo local, reivindicando condições mínimas de vida e dignidade para a população. Além 
de dificuldades pessoais, como a doença do pai, um ex-mineiro que sofre de enfisema, ele irá 
enfrentar enormes dificuldades burocráticas e a maquinação das autoridades educacionais, 
que farão de tudo para colocar o professor na linha. O filme recebeu Menção Especial do Júri 
no Festival de Berlim de 1999.
Referência Iconográfica:
Disponível em: <www.icebrasil.org.br/surl/?91eb5e>. Acesso em dezembro de 2021.
Disponível em: <www.icebrasil.org.br/surl/?387968>. Acesso em novembro de 2021.
Disponível em: <www.icebrasil.org.br/surl/?f34dc4>. Acesso em novembro de 2021.
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Caderno do Professor • Protagonismo • Anos finais do Ensino Fundamental • 9º ano30
Aula 52
Oba! Eu sei gerar capital social: confiança, 
respeito e conhecimento
A gestão de conhecimento leva os estudantes a desenvolverem a capacidade de 
sistematizar novos conhecimentos e usá-los de maneira efetiva. É uma forma de expandir 
a curva de aprendizagem e potencializar as experiências.
Sendo assim, dando continuidade ao processo de retomada de experiências, esta aula tem 
como ponto de partida a socialização do conhecimento construído pelos estudantes desde 
as aulas anteriores, para que possam ordená-lo e estruturá-lo com base nos critérios 
necessários para a construção de uma ONG.
Objetivo Geral
• Valorizar o conhecimento adquirido como sendo mais um passo dado na 
construção da ONG.
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Caderno do Professor • Protagonismo • Anos finais do Ensino Fundamental • 9º ano 31
Roteiro
ATIVIDADES 
PREVISTAS
DESCRIÇÃO
PREVISÃO 
DE DURAÇÃO
Atividade: 
A integração do 
conhecimento.
Elaboração de documento orientativo para a 
criação da ONG.
45 minutos
Avaliação. Observação do professor. 5 minutos
Orientações para as atividades
ATIVIDADE: A INTEGRAÇÃO DO CONHECIMENTO 
Objetivo
• Socializar o que se aprendeu desde a criação de um documento integrador 
de conhecimentos.
Desenvolvimento
Tomando como ponto de partida os registros dos estudantes realizados na aula anterior 
3XXW: Um decodificador de possibilidades protagonistas, o professor deve abrir espaço 
para que os conhecimentos dos estudantes sejam sistematizados com toda a turma. A 
proposta não é medir qual grupo sabe mais sobre os temas trabalhados, mas permitir que, 
a partir das exposições orais, os estudantes possam se aprofundar na estrutura 
organizacional necessária para a construção de uma ONG. Vale lembrar que será, sempre, 
a partir de suas próprias vivências que os estudantes vão seguindo o passo a passo nessa 
construção.
A atividade propõe que à medida que os estudantes forem apresentando seus registros 
para os colegas, o professor vá juntando e ordenando os cartazes produzidos para apre-
ciação de todos. Será necessária, a partir disso, a criação de uma estrutura que facilite a 
utilização do conhecimento de forma efetiva nas próximas aulas. Isso implica, portanto, na 
produção de um documento que deve ter como base a seguinte questão:
Como extrair dos registros o que é mais importante para a criação de uma ONG?
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Caderno do Professor • Protagonismo • Anos finais do Ensino Fundamental • 9º ano32
A proposta é transformar o conhecimento explícito em tácito. Em síntese, dar estrutura ao 
conhecimento que os estudantes possuem para facilitar o processo de distribuição e sua 
posterior aplicação na aula: ONG? Que tal uma Organização de Gente que faz! Onde tem 
problema deve haver solução. Para isso, os estudantes devem ser informados previamente 
da proposta da atividade, antes mesmo do momento das socializações, para que possam 
se mobilizar nessa direção.
Além das informações que os estudantes forem apresentando, o professor deve questionar 
se existe algum conhecimento que gostariam de acrescentar às informações que trouxeram. 
O professor, portanto, deve estar voltado a todo tempo a mediar as colocações dos 
estudantes ao contexto específico de criação de uma ONG.
Em síntese, os estudantes têm como desafio realizar a gestão do próprio conhecimento 
para a geração de novos conhecimentos e a construção de uma ONG.
Avaliação
Observar se todos os estudantes participam do momento de socialização proposto pela 
atividade e se demonstram entusiasmo na elaboração do documento que tem como base 
o que é preciso para a criação de uma ONG. É neste momento que o professor percebe se 
os estudantes respondem satisfatoriamente ao desafio proposto pela atividade ao conse-
guirem organizar as informações e integrá-las na criação do documento.
Ao socializar os registros feitos na aula anterior, os estudantes determinam o que sabem 
e, por meio da mediação do professor, descobrem o que deveriam saber, o que, ao mesmo 
tempo, contribui para melhor organização das informações e a própria elaboração do 
documento proposto, sendo esta, uma estratégia de gestão do conhecimento a saber.
Assim, ao final da aula, o professor deve abrir espaço para uma Roda de Conversa com os 
estudantes para que eles possam falar sobre as informações que consolidaram e por que 
acreditam que elas são essenciais para serem seguidas na construção de uma ONG. Vale 
ressaltar que a atividade desta aula integra a aprendizagem dos estudantes numa única 
direção – formar a base necessária e definir os próximos passos na criação de uma ONG.
Ao escutar as falas dos estudantes, o professor deve estar atento às evidências que 
demonstrama integração do conhecimento pelos estudantes (orientada a garantir também 
novos conhecimentos). A forma como os estudantes selecionam as informações, 
relacionam entre si, abordam o que é mais importante, verbalizam o que é necessário 
são alguns exemplos disso. Por meio dessas evidências, o professor percebe também se 
os estudantes são capazes de valorizar o que aprenderam.
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Caderno do Professor • Protagonismo • Anos finais do Ensino Fundamental • 9º ano 33
Na estante
VALE A PENA LER
Livro: Genial! As invenções mais espantosas de todos os tempos 
Autora: Deborah Kespert
Editora: Círculo-Leitores
Ano: 2017
Número de Páginas: 98
O livro integra uma coleção chamada Saber para todos. Este 
volume (são quatro no total) recorda como foram inventados os 
objetos e criadas utilidades que fazem parte do cotidiano das 
pessoas. As invenções são organizadas por temas, como 
Pioneiros, Comunicação, Tecnologia, Transporte e Espaço. Para cada invenção são apre-
sentadas notas enciclopédicas, as histórias e os desafios sentidos pelo inventor. A autora 
promove ainda um desafio para que o leitor reaplique algumas invenções – como construir 
um telefone ou levar a água a subir uma encosta. O interessante é que o livro traz as invenções 
desde antes de Cristo até a modernidade, com muitas ilustrações e fotografias. Ao final do 
livro, há um espaço, para outros inventos, onde se incluem “inventos por engano”, 
“inventos de adolescentes”, “inventos femininos” – sem qualquer depreciação – e “inventos 
invulgares”, bem como um glossário e um índice remissivo. O livro é, portanto, indicado 
tanto para o professor como para os estudantes para que possam refletir como esses 
inventos impactaram positivamente a vida social das pessoas.
VALE A PENA NAVERGAR
ONG: Transforme Sorrisos 
País de origem: Brasil
Ano: 1999
Duração: 1h24min
A Transforme Sorrisos é uma ONG que tem como objetivo levar 
acesso à cultura para crianças e adolescentes em situação de 
vulnerabilidade social por meio da arte, do voluntariado e da prática de boas ações.
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Caderno do Professor • Protagonismo • Anos finais do Ensino Fundamental • 9º ano34
Hoje, atende mensalmente 55 crianças com oficinas culturais, e mais de 2 mil crianças por 
ano com oficinas e apresentações, com 400 voluntários cadastrados.
A sede administrativa da organização fica no bairro do Capão Raso, em Curitiba-PR. 
Contudo, crianças beneficiadas ficam em instituições parceiras no Paraná, em Curitiba e 
na Região Metropolitana.
É um exemplo de ONG para que os estudantes conheçam mais uma forma de organização 
administrativa/gestão nesse formato. O trabalho principal da ONG é inspirador, pois leva 
a Arte até onde as crianças e adolescentes estão abrigados, como estratégia para a 
transformação pessoal e social deles. A ONG começou com uma ideia simples de fazer do 
Natal uma data feliz para crianças de instituições sociais e chegou ao que a Transforme 
Sorrisos é hoje. No site da ONG os estudantes encontram a sua missão, visão e premissas, 
o que pode contribuir para expandir a compreensão sobre os passos necessários para a 
construção de uma ONG.4
Referência Iconográfica:
Disponível em: <www.icebrasil.org.br/surl/?f48cd5>. Acesso em novembro de 2021.
Disponível em: <www.icebrasil.org.br/surl/?730ee4>. Acesso em novembro de 2021.
Disponível em: <www.icebrasil.org.br/surl/?a0968b>. Acesso em novembro de 2021.
4 Disponível em: <www.icebrasil.org.br/surl/?c94eb0>. Acesso em janeiro de 2019.
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Caderno do Professor • Protagonismo • Anos finais do Ensino Fundamental • 9º ano 35
Aula 53
Vamos lá, incomode-se, mude o mundo!
É chegada a hora de pôr a “mão na massa”. Toda a aprendizagem construída até agora 
foi devidamente ordenada, estruturada para dar subsídios à escolha do tipo de ONG a ser 
criada pelos estudantes nesta aula e nas próximas.
Como se sabe, uma das propostas pedagógicas defendidas nas aulas de protagonismo é 
sempre: Faça você mesmo! É dessa forma que se valoriza o conhecimento e coloca o 
estudante no centro do aprendizado. Não se trata de algo novo, pois é assim que se aprende 
desde a infância. Contudo, ainda é preciso romper as barreiras de uma Educação que, ao 
longo da sua história, cedeu espaço para outras formas de conceber o currículo.
Assim sendo, o que se propõe de agora em diante é o resgate do “aprender fazendo”, algo 
que pode ser assustador para os mais céticos devido às inúmeras possibilidades de 
caminhos a se seguir nessa construção.
Assim, o que antes foi agrupado e organizado será utilizado pelos estudantes ao seu modo. 
A princípio, tudo se torna mais imprevisível, o que, aos olhos de quem está de fora, pode 
parecer sem lógica e sem solução. O que será! Mas só até o momento em que todos 
(professor e estudantes) buscarem dentro de si os seus recursos e se dispuserem a 
experimentar sem medo de errar.
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Caderno do Professor • Protagonismo • Anos finais do Ensino Fundamental • 9º ano36
Objetivo Geral
• Montar uma ONG de acordo com a estrutura necessária.
Materiais Necessários
• Folhas de papel ofício – para cada estudante sugerir nome da ONG;
• Folhas de papel ofício – para cada estudante definir os valores da ONG.
Roteiro
ATIVIDADES 
PREVISTAS
DESCRIÇÃO
PREVISÃO 
DE DURAÇÃO
Atividade: 
Juntos nessa!
1º Momento: Escolha do tipo de ONG a ser 
criada.
50 minutos
2º Momento: Definição dos valores da ONG. 45 minutos
Avaliação. Observação do professor. 5 minutos
Orientações para as atividades
ATIVIDADE: JUNTOS NESSA! 
Objetivo
• Mobilizar o conhecimento necessário para escolha do tipo de ONG a ser criada.
Desenvolvimento
1º Momento
Essa atividade propõe que os estudantes definam que tipo de ONG pretendem criar. Como 
ponto inicial, é preciso discutir com os estudantes os seus interesses, mediando a 
conversa para que todos possam convergir o que querem para o surgimento de uma única 
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Caderno do Professor • Protagonismo • Anos finais do Ensino Fundamental • 9º ano 37
ONG. A princípio parece estranho propor esse direcionamento e não possibilitar que cada 
estudante crie a sua ONG. Contudo, existe um propósito maior nisso. Primeiro, como o 
professor deve ter percebido, desde as aulas do 9º ano, os estudantes vêm fazendo a gestão 
do conhecimento em conjunto com os colegas, o que fortaleceu todas as trocas 
de informações necessárias para que pudessem pensar juntos sobre as problemáticas 
comuns das suas comunidades e soluções encontradas. Como segundo ponto, essa é 
uma forma de os estudantes perceberem, no conjunto das ações já empreendidas pelas 
ONGs que conheceram, quais os caminhos que ainda não foram propostos. E isso 
somente é possível por meio das discussões que vêm sendo proporcionadas nas aulas 
até aqui. Por último, a própria base para a criação de uma ONG exige uma mobilização 
conjunta de pessoas, que partem da convergência de interesses comuns, sempre unidas 
por uma mesma causa que acreditam.
Assim sendo, posto o desafio, cabe ao professor mobilizar os estudantes nessa direção. 
Não basta aguçar apenas o que viram, ouviram, aprenderam e socializaram até esta aula, 
também é importante estimular que todos busquem dentro de si uma vontade interna na 
defesa da causa escolhida. Isso porque, é preciso lembrar que toda ONG não parte só da 
necessidade de uma comunidade, mas, sobretudo, da realização individual das pessoas 
que descobrem que podem fazer algo para melhorar a vida de outras.
Abaixo seguem alguns pontos para mediar a escolha dos estudantes:
• Quais os problemas que integram a turma com interessescomuns na criação 
de uma ONG?
• Quais dos problemas identificados anteriormente podem ser solucionados 
total ou parcialmente por meio da ONG que pretendem criar?
• Qual é o tipo de ONG que pode criar mudanças mais duradoras para a comu-
nidade que pretendem atuar?
• É possível mobilizar outras pessoas e construir algo maior por meio da ONG 
que pretendem criar?
• A ONG que pretendem criar é de interesse também da comunidade?
• Uma vez escolhida a ONG, cada etapa de sua criação é sustentável?
Neste momento da atividade é pertinente abrir espaço para os estudantes que queiram 
falar sobre alguma ação ou atividades que já empreenderam em suas comunidades e que 
podem integrar o conjunto de ações da ONG a ser criada. O que, mais à frente, os ajudará 
a construir o próprio histórico da ONG.
É importante destacar que muitas ONGs partiram de um ou dois projetos que realizaram 
bem na sua comunidade. Muitas vezes, esses projetos definem a escolha do tipo do ONG a 
ser criada, funcionando como ponto de partida para a definição e até escolha do nome que 
a ONG leva. Um exemplo disso é uma ONG criada depois das oficinas de arte para filhos de 
trabalhadores de uma usina ou depois de uma campanha para arrecadação de donativos 
para uma comunidade carente do bairro.
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Caderno do Professor • Protagonismo • Anos finais do Ensino Fundamental • 9º ano38
Uma vez respondidas as questões iniciais da atividade, é chegada a etapa de definição do 
nome da ONG. A definição do nome deve ter relação direta com o público-alvo e os objetivos 
da ONG. Como os objetivos são assunto de uma aula mais à frente: Definindo os objetivos 
e as metas de uma Organização de Gente que Faz, cabe ao professor não querer que os 
estudantes aprofundem esse conteúdo agora. O importante é colocar as opções de nomes 
numa coluna e abrir votação para escolha. Se os estudantes preferirem, podem abrir a 
votação numa rede social para que a própria comunidade participe. Essa atitude representa 
uma forma de ir engajando o público-alvo da ONG.
 2º Momento
Ao escolherem que tipo de ONG vão criar, os estudantes devem incluir nessa etapa quais os 
valores fundamentais que compartilham. Os valores funcionam como princípios que uma 
ONG se compromete a manter em todos os aspectos do seu trabalho. A título de exemplo, 
responsabilidade e transparência são valores que todas as ONGs devem compartilhar. 
Isso ajudará os estudantes a definirem a missão e visão da ONG nas próximas aulas.
Essa etapa da atividade é tão importante que o professor deve pedir para cada estudante 
desenhar a sua mão numa folha de papel. Em cada dedo da mão desenhada devem colocar 
um valor que acreditam que deva orientar a ONG. Em seguida, colocar os estudantes em 
grupos para compartilharem as mãos com os valores. Cada integrante do grupo deve 
concordar sobre cinco valores mais importantes que têm em comum. Depois, cada grupo 
precisa escrever a sua lista e colocá-la exposta numa parede para apreciação de todos. 
Com o apoio do professor, os estudantes precisam encontrar um conjunto principal de 
valores que todos compartilharam.
Nessa etapa final é importante expor a lista de valores com o nome da ONG já definido 
no momento anterior. Esse material será um recurso valioso para os próximos passos na 
criação da ONG pelos estudantes.
Avaliação
Espera-se que os estudantes tenham mobilizado todo o conhecimento para escolha do 
tipo de ONG a ser criada. Ao definirem o nome da ONG e os valores, que eles tenham res-
significado a aprendizagem construída até esta aula e tenham se sentido representados 
nas escolhas que fizeram. Para isso, é importante que o professor realize uma Roda de 
Conversa com os estudantes para que eles possam falar sobre isso.
Na sequência abaixo seguem alguns pontos para apoiar a avaliação dos estudantes. Cabe 
ao professor constatar:
- a identificação dos estudantes com o tipo de ONG escolhida - deve estar 
presente na fala dos estudantes uma satisfação pela área de atuação da 
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Caderno do Professor • Protagonismo • Anos finais do Ensino Fundamental • 9º ano 39
ONG. Precisa existir uma validação por parte de todos ao enxergarem como 
necessária a criação da ONG para resolver um problema trazido por eles ou 
como forma de atender um interesse comum de suas comunidades. 
Assim sendo, as falas dos estudantes devem se complementar nesse sentido, 
como forma também de gerar um primeiro movimento de comprometimento, 
responsabilidade, solidariedade, compaixão sobre a causa social que estão 
procurando defender;
- a identificação com o nome da ONG - além de representar todas as ques-
tões pontuadas anteriormente, representa o desejo comum de todos, a ca-
pacidade de síntese, objetividade e criatividade. Por trás do nome deve exis-
tir um reconhecimento pessoal pelo que ele representa para cada um;
- a definição dos valores da ONG - a princípio essa etapa apresenta-se como 
sendo a mais desafiante da atividade, pois traz um universo muito subjetivo 
e distinto de representações. Contudo, se torna mais simples quando surge 
um movimento de votação para a definição. É nesta etapa que o professor 
deve observar e saber dos estudantes como foi chegar à lista final. A definição 
se torna complexa quando entendem o quanto devem estar comprometidos 
com os valores identificados. Então, é pertinente perguntar aos estudantes 
o quanto eles se sentem confortáveis com as escolhas que fizeram. 
Na estante
VALE A PENA LER
Livro: : SOS ONG: Guia de gestão para organizações do terceiro 
setor 
Autor: José Alberto Tozzi
Editora: Gente
Ano: 2015
Número de páginas: 160
O livro é indicado para apoiar os estudos do professor sobre ONGs. O 
autor do livro aborda tudo o que é preciso saber para fazer das ONGs modelos de negócio 
sustentáveis. Temas como planejamento eficiente, objetivos da ONG, captação de 
recursos e projetos são abordados. Além disso, o livro traz dez passos para quem deseja 
começar uma ONG.
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Caderno do Professor • Protagonismo • Anos finais do Ensino Fundamental • 9º ano40
VALE A PENA ASSISTIR
Curta: Piper: descobrindo o mundo 
Direção: Alan Barillaro
País de origem: Estados Unidos 
Ano: 2016
Duração: 6 minutos
O filme conta a história de um filhote de maçarico (uma ave marítima) que 
se aventura a sair do seu ninho pela primeira vez para procurar comida. O filhote luta contra 
o medo das ondas assustadoras da praia por meio de sua perspectiva. O curta é uma suges-
tão para o professor tratar a importância de superar o medo de conhecer o desconhecido 
para efetivação de novas aprendizagens.
Referência Iconográfica:
Disponível em: <www.icebrasil.org.br/surl/?f6a6fe>. Acesso em novembro 2021.
Disponível em: <www.icebrasil.org.br/surl/?5f7702>. Acesso em novembro 2021.
Disponível em: <www.icebrasil.org.br/surl/?ec9d4d>. Acesso em novembro 2021.
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Caderno do Professor • Protagonismo • Anos finais do Ensino Fundamental • 9º ano 41
Aula 54
ONG? Que tal uma organização de gente que 
faz? Onde tem problema deve haver solução
Tão importante quanto saber qual a causa que se pretende defender ou problema social 
que se busca resolver é direcionar a motivação necessária dos estudantes para a construção 
de uma visão de futuro.
A Visão de futuro revela o sonho da ONG a ser fundada, algo simples de ser construído se 
não desafiasse os estudantes a pensarem em longo prazo. Isso porque alguns estudantes 
não sabem como adquirir uma visão para mais além de umas vagas ideias sobre o que 
desejam alcançar. Entretanto, para se ter êxito em qualquer empreendimento é necessário 
ir mais adiante. É preciso fazer um esforço conscientepara determinar um rumo mais 
específico para a ONG.
Sem Visão não se pode prever nada adequadamente. Não tendo claro o destino da ONG, 
tampouco se pode investir tempo para alcançá-la. Ter uma Visão ajudará a fixar as metas 
e os objetivos da ONG, ajudará na elaboração de um planejamento das ações. É relevante 
adquirir uma Visão para se ter uma imagem clara do que se pretende conquistar no futuro. 
É sobre a construção da Visão de futuro que essa aula irá tratar.
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Caderno do Professor • Protagonismo • Anos finais do Ensino Fundamental • 9º ano42
Objetivo Geral
• Montar uma ONG de acordo com a estrutura necessária
Roteiro
ATIVIDADES 
PREVISTAS
DESCRIÇÃO
PREVISÃO 
DE DURAÇÃO
Atividade 
Preliminar: 
Três perguntas
Reflexão pessoal sobre a Visão de futuro. 25 minutos
Atividade: 
Juntos nessa!
1º Momento: Ilustrar e/ou escrever a Visão 
de futuro da ONG.
25 minutos
2º Momento: Definição da Visão de futuro da 
ONG por meio do diálogo com a comunidade.
45 minutos
Avaliação. Observação do professor. 5 minutos
Orientações para as atividades
ATIVIDADE PRELIMINAR: TRÊS PERGUNTAS
Pedir que, previamente, os estudantes dediquem tempo a pensar e meditar acerca da 
Visão de futuro da ONG e que se façam as seguintes perguntas:
• O que é mais importante para a ONG?
• Qual o propósito que a ONG tem que me faz querer fazer parte dela?
• O que estou disposto a sacrificar para que o seu propósito seja realizado?
Os estudantes devem responder honestamente a essas três perguntas antes de partir para 
a próxima atividade, pois isso vai ajudá-los a pensar no futuro com a motivação necessária 
para seguir perseverando no alcance das metas da ONG, que se encontram na aula Definindo 
os objetivos e as metas de uma organização de gente que faz.
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Caderno do Professor • Protagonismo • Anos finais do Ensino Fundamental • 9º ano 43
ATIVIDADE: JUNTOS NESSA!
Objetivo
• Construção da Visão de futuro da ONG
Desenvolvimento
1º Momento
Uma vez definido o tipo de ONG, seu nome e os seus valores, de fato, pode-se dizer que os 
estudantes deram o primeiro passo na sua construção. Contudo, nesta aula será necessário 
preparar os estudantes para o planejamento da ONG nos mínimos detalhes. Para isso, é 
preciso definir a Visão da ONG.
Como não basta ter boas ideias e amor a uma causa, uma ONG deve ser capaz de ter 
uma Visão de futuro e traduzir sua Visão em projetos e atividades que tenham impactos 
mensuráveis e bem recebidos pela comunidade. Nesse sentido, é preciso retomar com 
os estudantes uma conversa sobre “começar pequeno” ou não “dar um passo maior que 
as pernas”. Isso quer dizer que eles precisam decidir se todas as coisas que pretendem 
realizar na ONG seriam eficientemente atendidas logo no início. Se eles não estão certos 
dos projetos e atividades por onde começar, devem retomar os pontos que traduzem as 
necessidades da comunidade e o que validaram na aula anterior: Vamos lá, incomode-se, 
mude o mundo!
Essa retomada é necessária porque, assim como os valores, a Visão é a “bússola” da ONG. 
Ela vai orientar todas as decisões da ONG.
Assim sendo, os estudantes, em grupos, devem ilustrar e/ou escrever sua Visão em palavras. 
Algumas perguntas devem ser mediadas pelo professor para estimular a Visão de futuro dos 
estudantes, a exemplo: Como ficará a sua comunidade com a existência da ONG? Como 
será a vida das pessoas? O que elas farão?
Em seguida, os grupos devem compartilhar suas visões com a turma para que todos iden-
tifiquem pontos comuns e possam reescrever, com a mediação do professor, esses pontos 
em uma frase concisa. Ao final, é esperado que a declaração de Visão descreva o que os 
estudantes querem ou a imagem de mundo que querem criar. A Visão nada mais é do 
que como a vida das pessoas, comunidades e da sociedade em geral ficará melhor com o 
resultado do trabalho da ONG. Ela determina um cenário ideal a ser alcançado. Determina 
a direção que deve servir de referência para os estudantes definirem os objetivos e propó-
sitos da ONG a serem alcançados. Nesta etapa, a mediação do professor é fundamental 
para se chegar nessa construção.
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Caderno do Professor • Protagonismo • Anos finais do Ensino Fundamental • 9º ano44
É importante fazer o registro de todo o percurso construído pelos estudantes para retomada 
no próximo momento e aulas.
2º Momento
Uma vez que os estudantes colocaram no papel a Visão da ONG, é preciso envolver também 
a comunidade nesse processo. Para isso, definir dia para diálogo com a comunidade. O 
diálogo com a comunidade deve partir da aplicação do mesmo processo de construção 
da Visão até a elaboração a qual chegaram os estudantes no primeiro momento. Sobre 
a organização desse encontro, é imprescindível que os estudantes preparem tudo, 
contando com o apoio do professor e da gestão escolar (Gestor, Coordenador Pedagógico 
e Coordenador Administrativo-Financeiro), quando necessário.
A proposta é que, somente depois desse momento, se chegue à escrita final da visão de 
futuro da ONG. É importante que os estudantes saibam que esse é apenas um dos primeiros 
passos para o engajamento da comunidade com a ONG. Daqui para frente, tudo vai se 
traduzir em muito esforço combinado e trabalho juntos. É importante que todos saibam 
que esta aula será retomada para definição dos objetivos e metas da ONG. Portanto, é 
importante que desde já se firme o compromisso de todos com o propósito. Para ajudar 
nisso, os estudantes devem criar uma lista de contatos e e-mails de todas as pessoas presentes. 
A atividade se consolida quando os estudantes construírem e validarem, junto com a 
comunidade, a visão de futuro da ONG.
Avaliação
Nesta atividade é preciso observar se a visão de futuro construída pelos estudantes 
contempla um cenário futuro como ponto de referência para orientar as ações da ONG. 
Para isso o professor deve verificar se o foco da visão de futuro determina uma imagem 
de “mundo” que os estudantes buscam criar ou desejam que o mundo seja. É por isso que 
a visão de futuro deve ser audaciosa, grandiosa. Sendo assim, é importante, também, 
verificar se a visão de futuro não está limitada pelas circunstâncias atuais ou está numa 
esfera do que os estudantes consideram impossível.
A construção da visão de futuro é um momento importante, pois é quando os estudantes 
validam aquilo que lhes toca e vale a pena perseguir. Assim, é válido observar o entusiasmo 
com que os estudantes constroem a Visão e se conseguem expandir os propósitos que a 
ONG possui. O professor percebe o entusiasmo quando os estudantes compartilham suas 
ideias e o que os inspiram no momento de construção da Visão. Os propósitos são expan-
didos quando, ao exercitar a própria escrita da visão de futuro, os estudantes descobrem 
que a ONG tem capacidade de lidar com outras necessidades da comunidade, e não apenas 
aquela que foi pensada inicialmente.
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Caderno do Professor • Protagonismo • Anos finais do Ensino Fundamental • 9º ano 45
Durante todos os processos de elaboração da Visão é preciso observar se os estudantes 
constroem uma identidade e criam um vínculo de equipe. O professor visualiza esses pontos 
quando os estudantes são capazes de se identificar com os valores compartilhados 
que orientam a ONG e quando eles conseguem expressar a Visão que definiram com 
facilidade. Vale salientar que a visão de futuro é uma estratégia poderosa para motivar os 
estudantes e inspirar outras pessoas a se unirem na defesa de uma causa social. Para isso, 
o professor deve organizar uma Roda de Conversa com os estudantes para que a visão de 
futuro possa ser lida em voz alta e cada

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