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Direito das Famílias

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PROFESSOR MERY CHALFUN
DIREITO DAS FAMÍLIAS
DIREITO DAS FAMÍLIAS
Ramo do Direito Civil que tem como conteúdo o
estudo dos seguintes institutos jurídicos:
a) relações familiares contemporâneas;
b) casamento;
c) união estável;
d) relações de parentesco;
e) filiação;
f) alimentos;
g) bem de família;
h) tutela, curatela e guarda.
TRANSFORMAÇÕES HISTÓRICAS DA 
FAMÍLIA CONTEMPORÂNEA
CONSTITUCIONALIZAÇÃO PATRIMONIALIZAÇÃO X
PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS 
APLICADOS AO DIREITO DAS FAMÍLIAS
I. Princípio da proteção a Dignidade da Pessoa
Humana (art. 1º, III, CRFB/88)
II. Princípio da Solidariedade Familiar (art. 3º, I,
CRFB/88)
III. Princípio da Igualdade (art. 5.º, caput, CRFB/88)
 igualdade entre filhos (art. 227, § 6.º, da CF/1988 e art. 1.596 do
CC)
 igualdade entre cônjuges e companheiros (art. 226, § 5.º, da
CF/1988 e art. 1.511 do CC)
 igualdade na chefia familiar (arts. 1.566, III e IV, 1.631 e 1.634 do
CC e art. 226, §§ 5.º e 7.º, da CF)
PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS 
APLICADOS AO DIREITO DAS FAMÍLIAS
IV. Princípio da diversidade familiar
 Múltiplas modalidades de constituição de famílias
IV. Princípio da não intervenção ou da liberdade
 O planejamento familiar é de livre decisão do casal, sendo vedada
qualquer forma de coerção por parte de instituições privadas ou
públicas em relação a esse direito
IV. Princípio da Proteção
 princípio do melhor interesse da criança e do adolescente (art.
227, caput, da CF/1988 e arts. 1.583 e 1.584 do CC
 princípio da proteção do idoso (art. 230, CRFB/88)
 princípio da proteção do jovem (art. 227, CRFB/88)
 princípio da proteção da pessoa com deficiência (Lei 13.146/15)
PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS 
APLICADOS AO DIREITO DAS FAMÍLIAS
IV. Princípio da Afetividade
 Tem fundamento constitucional, particularmente na dignidade da
pessoa humana (art. 1.º, III, da CF/1988), na solidariedade social
(art. 3.º, I, da CF/1988) e na igualdade entre filhos (arts. 5.º,
caput, e 227, § 6.º, da CF/1988); o vínculo familiar constitui mais
um vínculo de afeto do que um vínculo biológico (nova forma de
parentesco civil: parentalidade socioafetiva)
 A repercussão geral da socioafetividade perante o STF consta do
RE 898.060/SC, Tribunal Pleno, Rel. Min. Luiz Fux, j. 21.09.2016,
publicado no seu Informativo n. 840.
VII.Princípio da Função Social da Família
 A principal função da família é a sua característica de meio para a
realização dos nossos anseios e pretensões
CONSTITUCIONALIZAÇÃO DO DIREITO CIVIL 
E AS ENTIDADES FAMILIARES
O Direito das Famílias da contemporaneidade, em
respeito ao princípio da dignidade da pessoa humana,
reconhece o pluralismo familiar, ou seja, a
constituição da família em diferentes estruturas.
PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS DO 
DIREITO DE FAMÍLIA CONTEMPORÂNEO
• Despatrimonialização e personalização do Direito 
das Família no Brasil;
• Igualdade entre o homem e a mulher na 
convivência familiar.
• Pluralismo das entidades familiares.
• Igualdade entre os filhos
PROFESSORA MERY CHALFUN
DIREITO DAS FAMÍLIAS
FAMÍLIAS
- Casamento
- União estável
- União homoafetiva
- Família Monoparental
- Outras Análogas:
- Monoparental Atípica - Avoenga (Avos + neto)
- Pluriparental = famílias reconstituídas (Meus + seus + 
nossos)
- Base no afeto = Padrasto ou madrasta + enteado (a)
- Anaparental = irmãos ou tios + sobrinhos
- Unipessoal – única pessoa (viúva, divorciada ...)
FILIAÇÃO
Relação jurídica existente entre ascendentes e
descendentes de primeiro grau, ou seja, entre
pais e filhos.
Esta relação é regida pelo princípio da
igualdade entre os filhos (art. 227, §6.º, da
CF/1988, e art. 1.596 do CC).
FILIAÇÃO
Conforme dispõe o Código Civil:
Art. 1.596. Os filhos, havidos ou não da relação
de casamento, ou por adoção, terão os
mesmos direitos e qualificações, proibidas
quaisquer designações discriminatórias
relativas à filiação.
FILIAÇÃO
Art. 1.597. Presumem-se concebidos na constância do
casamento os filhos:
I - nascidos cento e oitenta dias, pelo menos, depois de estabelecida a
convivência conjugal;
II - nascidos nos trezentos dias subsequentes à dissolução da
sociedade conjugal, por morte, separação judicial, nulidade e anulação
do casamento;
III - havidos por fecundação artificial homóloga, mesmo que falecido o
marido;
IV - havidos, a qualquer tempo, quando se tratar de embriões
excedentários, decorrentes de concepção artificial homóloga;
V - havidos por inseminação artificial heteróloga, desde que tenha
prévia autorização do marido.
FILIAÇÃO
Art. 1.599. A prova da impotência do cônjuge para
gerar, à época da concepção, ilide a presunção da
paternidade.
Art. 1.601. Cabe ao marido o direito de contestar a
paternidade dos filhos nascidos de sua mulher,
sendo tal ação imprescritível.
Parágrafo único. Contestada a filiação, os herdeiros
do impugnante têm direito de prosseguir na ação.
RECONHECIMENTO DOS FILHOS
Art. 1.607. O filho havido fora do casamento pode ser
reconhecido pelos pais, conjunta ou separadamente.
Art. 1.609. O reconhecimento dos filhos havidos fora do
casamento é irrevogável e será feito:
I - no registro do nascimento;
II - por escritura pública ou escrito particular, a ser arquivado em
cartório;
III - por testamento, ainda que incidentalmente manifestado;
IV - por manifestação direta e expressa perante o juiz, ainda que o
reconhecimento não haja sido o objeto único e principal do ato que o
contém.
OBSERVAÇÃO
Lei 8560 de 1992 – lei 12004 de 2009 (regula
investigação de paternidade)
Súmula 301 STJ
Em ação investigatória, a recusa do suposto pai
a submeter-se ao exame de DNA induz
presunção juris tantum de paternidade.
ADOÇÃO
Art. 1.618. A adoção de crianças e adolescentes será
deferida na forma prevista pela Lei n o 8.069, de 13
de julho de 1990 - Estatuto da Criança e do
Adolescente
ADOÇÃO
A adoção é medida excepcional e irrevogável, à qual
se deve recorrer apenas quando esgotados os
recursos de manutenção da criança ou adolescente
na família natural ou extensa.
Em caso de conflito entre direitos e interesses do
adotando e de outras pessoas, inclusive seus pais
biológicos, devem prevalecer os direitos e os
interesses do adotando.
ADOÇÃO
A adoção atribui a condição de filho ao adotado,
com os mesmos direitos e deveres, inclusive
sucessórios, desligando-o de qualquer vínculo com
pais e parentes, salvo os impedimentos
matrimoniais.
Não há preferência entre filhos biológicos e filhos
adotados, todos deverão partilhar de igualdade de
direitos e deveres.
LEI 8069 DE 1990
Art. 25. Entende-se por família natural a 
comunidade formada pelos pais ou qualquer deles e 
seus descendentes.
Parágrafo único. Entende-se por família extensa ou 
ampliada aquela que se estende para além da 
unidade pais e filhos ou da unidade do casal, 
formada por parentes próximos com os quais a 
criança ou adolescente convive e mantém vínculos 
de afinidade e afetividade. (Incluído pela Lei nº 
12.010, de 2009) Vigência
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2009/Lei/L12010.htm#art2
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2009/Lei/L12010.htm#art2
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2009/Lei/L12010.htm#art7
Art. 26. Os filhos havidos fora do casamento poderão 
ser reconhecidos pelos pais, conjunta ou 
separadamente, no próprio termo de nascimento, por 
testamento, mediante escritura ou outro documento 
público, qualquer que seja a origem da filiação.
Parágrafo único. O reconhecimento pode preceder o 
nascimento do filho ou suceder-lhe ao falecimento, se 
deixar descendentes.
Art. 27. O reconhecimento do estado de filiação é 
direito personalíssimo, indisponível e imprescritível, 
podendo ser exercitado contra os pais ou seus 
herdeiros, sem qualquer restrição, observado o 
segredo de Justiça.
Art. 28. A colocação em família substituta 
far-se-á mediante guarda, tutela ou 
adoção, independentemente da situação 
jurídica da criança ou adolescente, nos 
termos desta Lei.
Artigo 39 ao 52 da lei 8069de 1990
ECA
PODER FAMILIAR
Art. 1.630.Os filhos estão sujeitos ao poder familiar,
enquanto menores.
Art. 1.631. Durante o casamento e a união estável,
compete o poder familiar aos pais; na falta ou
impedimento de um deles, o outro o exercerá com
exclusividade.
PODER FAMILIAR
Consiste aos pais, quanto a seus filhos sob o poder familiar:
I - dirigir-lhes a criação e a educação;
II - exercer a guarda unilateral ou compartilhada;
III - conceder-lhes ou negar-lhes consentimento para casarem;
IV - conceder-lhes ou negar-lhes consentimento para viajarem ao exterior;
V - conceder-lhes ou negar-lhes consentimento para mudarem sua residência
permanente para outro Município;
VI - nomear-lhes tutor por testamento ou documento autêntico, se o outro dos pais
não lhe sobreviver, ou o sobrevivo não puder exercer o poder familiar;
VII - representá-los judicial e extrajudicialmente até os 16 (dezesseis) anos, nos atos
da vida civil, e assisti-los, após essa idade, nos atos em que forem partes, suprindo-
lhes o consentimento;
VIII - reclamá-los de quem ilegalmente os detenha;
IX - exigir que lhes prestem obediência, respeito e os serviços próprios de sua idade
e condição
EXTINÇÃO DO PODER FAMILIAR
De acordo com o art. 1.635 do Código Civil, extingue-
se o poder familiar:
I - pela morte dos pais ou do filho;
II - pela emancipação;
III - pela maioridade;
IV - pela adoção;
V - por decisão judicial.
SUSPENSÃO DO PODER FAMILIAR
Art. 1.637. Se o pai, ou a mãe, abusar de sua autoridade,
faltando aos deveres a eles inerentes ou arruinando os
bens dos filhos, cabe ao juiz, requerendo algum parente,
ou o Ministério Público, adotar a medida que lhe pareça
reclamada pela segurança do menor e seus haveres, até
suspendendo o poder familiar, quando convenha.
Parágrafo único. Suspende-se igualmente o exercício do
poder familiar ao pai ou à mãe condenados por sentença
irrecorrível, em virtude de crime cuja pena exceda a dois
anos de prisão
PERDA DO PODER FAMILIAR
Art. 1.638. Perderá por ato judicial o poder familiar o
pai ou a mãe que:
I - castigar imoderadamente o filho;
II - deixar o filho em abandono;
III - praticar atos contrários à moral e aos bons costumes;
IV - incidir, reiteradamente, nas faltas previstas no artigo
antecedente.
V - entregar de forma irregular o filho a terceiros para fins de
adoção.
PERDA DO PODER FAMILIAR
Perderá também por ato judicial o poder familiar aquele que
I – praticar contra outrem igualmente titular do mesmo poder familiar:
a) homicídio, feminicídio ou lesão corporal de natureza grave ou seguida de 
morte, quando se tratar de crime doloso envolvendo violência doméstica e 
familiar ou menosprezo ou discriminação à condição de mulher;
b) estupro ou outro crime contra a dignidade sexual sujeito à pena de 
reclusão;
II – praticar contra filho, filha ou outro descendente:
a) homicídio, feminicídio ou lesão corporal de natureza grave ou seguida de 
morte, quando se tratar de crime doloso envolvendo violência doméstica e 
familiar ou menosprezo ou discriminação à condição de mulher;
b) estupro, estupro de vulnerável ou outro crime contra a dignidade sexual 
sujeito à pena de reclusão.
BIBLIOGRAFIA
Tartuce, Flávio. Manual de direito civil : volume único /
Flávio Tartuce. – 8. ed. rev, atual. e ampl. – Rio de
Janeiro: Forense; São Paulo: MÉTODO, 2018.
https://ibdfam.org.br/artigos/1279/Ado%C3%A7%C3%
A3o+Homoafetiva+e+os+Desafios+da+Nova+Concep%
C3%A7%C3%A3o+Familiar+
Leitura interessante – adoção – família
https://ibdfam.org.br/artigos/1043/Ado%C3%A7%C3%
A3o+por+casais+homoafetivos+e+o+melhor+interesse
+da+crian%C3%A7a
https://ibdfam.org.br/artigos/1279/Ado%C3%A7%C3%A3o+Homoafetiva+e+os+Desafios+da+Nova+Concep%C3%A7%C3%A3o+Familiar
https://ibdfam.org.br/artigos/1279/Ado%C3%A7%C3%A3o+Homoafetiva+e+os+Desafios+da+Nova+Concep%C3%A7%C3%A3o+Familiar
https://ibdfam.org.br/artigos/1279/Ado%C3%A7%C3%A3o+Homoafetiva+e+os+Desafios+da+Nova+Concep%C3%A7%C3%A3o+Familiar
BIBLIOGRAFIA
https://ibdfam.org.br/artigos/1279/Ado%C3%A7%C3
%A3o+Homoafetiva+e+os+Desafios+da+Nova+Concep
%C3%A7%C3%A3o+Familiar+
Leitura interessante – adoção – família
https://ibdfam.org.br/artigos/1043/Ado%C3%A7%C3
%A3o+por+casais+homoafetivos+e+o+melhor+interes
se+da+crian%C3%A7a
https://ibdfam.org.br/artigos/1279/Ado%C3%A7%C3%A3o+Homoafetiva+e+os+Desafios+da+Nova+Concep%C3%A7%C3%A3o+Familiar
https://ibdfam.org.br/artigos/1279/Ado%C3%A7%C3%A3o+Homoafetiva+e+os+Desafios+da+Nova+Concep%C3%A7%C3%A3o+Familiar
https://ibdfam.org.br/artigos/1279/Ado%C3%A7%C3%A3o+Homoafetiva+e+os+Desafios+da+Nova+Concep%C3%A7%C3%A3o+Familiar
Questões - concurso
Sandro e Lívia são divorciados e exercem a guarda compartilhada da filha Sofia. 
Diante da notícia da campanha de imunização contra a Covid-19 para crianças, 
Sandro manifestou desejo de não vacinar Sofia. Lívia, por outro lado, sustentou 
que a vacinação atende aos interesses da criança. Considerando a situação, 
divergindo os pais quanto ao exercício do poder familiar:
a) deverá ser modificada a guarda para outro familiar.
b) é assegurado a qualquer deles recorrer ao Poder Judiciário para solução do 
desacordo.
c) devem resolver a questão consensualmente, sem a possibilidade de 
intervenção judicial.
d) deve prevalecer a decisão do/a genitor/a que detém a base de moradia da 
filha.
e) há necessidade de modificação da guarda para a modalidade unilateral.
Paula, 17 anos, ficou órfã de pai e mãe e reside 
juntamente com dois irmãos mais novos em um barraco 
construído por sua falecida mãe. Paula, apesar de muito 
jovem, assumia a responsabilidade da família, guardava os 
documentos dos irmãos, incluindo cartão de vacinação, e 
se apresentava para tratar das demandas de todos. Tal 
situação retrata claramente uma hipótese de família
a) anaparental.
b) pluriparental
c) monoparental
d) unipessoal.
No que diz respeito ao poder familiar, é correto 
afirmar que:
a)não tem aplicabilidade em caso de filhos 
decorrentes de união estável;
b) não está sujeito à suspensão;
c) não está sujeito à extinção;
d) é exercido pelos pais, em igualdade de 
condições;
e) se estende até a maioridade, 
normalmente.
PROFESSOR MERY CHALFUN
DIREITO DAS FAMÍLIAS
PARENTESCO
É relação jurídica com base no afeto e\ou
biológica
Classificação:
A) Quanto à natureza
B) Quanto à linha
C) Quanto ao grau
A) QUANTO À NATUREZA
- Natural = Vínculos de consaguinidade
(biológico)
- Civil = Decorre da adoção. Sociafetividade
- Por Afinidade = Com a família do cônjuge
ou companheiro (a)
Art. 1.593. O parentesco é natural ou civil, 
conforme resulte de consangüinidade ou outra 
origem.
Art. 1.595. Cada cônjuge ou companheiro é 
aliado aos parentes do outro pelo vínculo da 
afinidade.
§ 1 o O parentesco por afinidade limita-se aos 
ascendentes, aos descendentes e aos irmãos do 
cônjuge ou companheiro.
B) QUANTO À LINHA
- A partir de um tronco comum. Pode ser
linha reta ou colateral.
- B.1) Linha reta:
- Vai ao infinito
- Art. 1.591. São parentes em linha reta as pessoas que
estão umas para com as outras na relação de ascendentes
e descendentes.
- Avô pai neto bisneto
b.2)linha colateral
descendem de um tronco comum. Mas não 
uma das outras. Até 4° grau
pai filho (irmão) – sobrinho 
filho (irmão) - sobrinho
C) QUANTO AOS GRAUS
- Conta-se pelo número de gerações
- 1° grau, 2° grau, 3° grau, 4° grau
- Art. 1.594. Contam-se, na linha reta, os graus de
parentesco pelo número de gerações, e, na colateral,
também pelo número delas, subindo de um dos parentes
até ao ascendente comum, e descendo até encontrar o
outro parente.
PAI/MÃE
FILHO\IRMÃO FILHO/IRMÃO
SOBRINHO/PRIMO SOBRINHO/PRIMO
OBSERVAÇÃO
- Parentesco por afinidade permanece após o rompimento
do casamento ou da união estável?
- Linha reta = sim – artigo 1595 § 2°
- § 2 o Na linha reta, a afinidade não se extingue
com a dissolução do casamento ou da união
estável
- “Uma vez sogra sempre sogra!!!”
B) QUANTO À LINHA
- A partir de um tronco comum. Pode ser
linha reta ou colateral.
- B.1) Linha reta:
- Vai ao infinito
- Art.1.591. São parentes em linha reta as pessoas que
estão umas para com as outras na relação de ascendentes
e descendentes.
- Avô pai neto bisneto
B) QUANTO À LINHA
- B.2) Linha colateral.
- Não descendem umas das outras, mas
originam-se de um tronco comum.
- PAI/MÃE
FILHO\IRMÃO FILHO/IRMÃO
SOBRINHO/PRIMO SOBRINHO/PRIMO
(Obs:
Colateral = vai até 4⁰grau)
restrição para casamento = até 3⁰ grau – artigo 
1521 IV CC
Art. 1.521. Não podem casar:
IV - os irmãos, unilaterais ou bilaterais, e demais 
colaterais, até o terceiro grau inclusive;
CASAMENTO
É negócio Jurídico (corrente majoritária)
Conforme dispõe o Código Civil:
Art. 1.511. O casamento estabelece comunhão
plena de vida, com base na igualdade de
direitos e deveres dos cônjuges.
FORMAS ESPECIAIS CASAMENTO
- Casamento religioso = se registrado (casamento com
efeitos civis)
- Casamento por procuração = procuração por
instrumento público. Apenas um não pode comparecer.
Artigo 1542
- Casamento Nuncupativo = risco de vida – na presença de
6 testemunhas. Artigo 1540 – 1541 CC (terá que fazer o
registro depois)
- Casamento em caso de moléstia grave = doença = não
pode comparecer na cerimônia. Já fez o registro. Artigo
1539 CC
CASAMENTO
Art. 1.514. O casamento se realiza no momento em
que o homem e a mulher manifestam, perante o
juiz, a sua vontade de estabelecer vínculo conjugal, e
o juiz os declara casados.
Art. 1.515. O casamento religioso, que atender às
exigências da lei para a validade do casamento civil,
equipara-se a este, desde que registrado no registro
próprio, produzindo efeitos a partir da data de sua
celebração.
Art. 1.539. No caso de moléstia grave de um dos nubentes, 
o presidente do ato irá celebrá-lo onde se encontrar o 
impedido, sendo urgente, ainda que à noite, perante duas 
testemunhas que saibam ler e escrever.
Art. 1.540. Quando algum dos contraentes estiver em 
iminente risco de vida, não obtendo a presença da 
autoridade à qual incumba presidir o ato, nem a de seu 
substituto, poderá o casamento ser celebrado na presença 
de seis testemunhas, que com os nubentes não tenham 
parentesco em linha reta, ou, na colateral, até segundo 
grau.
Art. 1.542. O casamento pode celebrar-se mediante 
procuração, por instrumento público, com poderes 
especiais.
CAPACIDADE PARA O CASAMENTO
Art. 1.517. O homem e a mulher com
dezesseis anos podem casar, exigindo-se
autorização de ambos os pais, ou de seus
representantes legais, enquanto não atingida a
maioridade civil.
Obs: Lembrar da emancipação = artigo 5⁰ CC =
casamento com autorização de ambos os pais
IMPEDIMENTOS
Art. 1.521. Não podem casar:
I - os ascendentes com os descendentes, seja o parentesco
natural ou civil;
II - os afins em linha reta;
III - o adotante com quem foi cônjuge do adotado e o
adotado com quem o foi do adotante;
IV - os irmãos, unilaterais ou bilaterais, e demais colaterais,
até o terceiro grau inclusive;
V - o adotado com o filho do adotante;
VI - as pessoas casadas;
VII - o cônjuge sobrevivente com o condenado por
homicídio ou tentativa de homicídio contra o seu consorte.
IMPEDIMENTOS
Art. 1.522. Os impedimentos podem ser opostos, até
o momento da celebração do casamento, por
qualquer pessoa capaz.
Parágrafo único. Se o juiz, ou o oficial de registro,
tiver conhecimento da existência de algum
impedimento, será obrigado a declará-lo.
CAUSAS SUSPENSIVAS
Art. 1.523. Não devem casar:
I - o viúvo ou a viúva que tiver filho do cônjuge falecido,
enquanto não fizer inventário dos bens do casal e der
partilha aos herdeiros;
II - a viúva, ou a mulher cujo casamento se desfez por ser
nulo ou ter sido anulado, até dez meses depois do começo
da viuvez, ou da dissolução da sociedade conjugal;
III - o divorciado, enquanto não houver sido homologada ou
decidida a partilha dos bens do casal;
IV - o tutor ou o curador e os seus descendentes,
ascendentes, irmãos, cunhados ou sobrinhos, com a pessoa
tutelada ou curatelada, enquanto não cessar a tutela ou
curatela, e não estiverem saldadas as respectivas contas.
CAUSAS SUSPENSIVAS
As causas suspensivas inferem sobre os
direitos patrimoniais.
Não são consideraveis, mas havendo
casamento, deve este ser contraído com
aplicação do regime da separação obrigatória
de bens.
Questões (defensor público – 2022)
A relação de parentesco decorrente 
da adoção é de:
a) consanguinidade.
b) afinidade.
c) Colateralidade
d) parentesco civil
Conforme diretrizes preconizadas pelo Código Civil 
brasileiro não podem casar, EXCETO: (TJ – 2021 –
RO)
a)Os irmãos, unilaterais ou bilaterais, e demais 
colaterais, até o terceiro grau inclusive.
b) A viúva, ou a mulher cujo casamento se desfez 
por ser nulo ou ter sido anulado, até dez meses 
depois do começo da viuvez, ou a dissolução da 
sociedade conjugal.
C) O adotado com o filho do adotante.
D) Os ascendentes com os descendentes, seja o 
parentesco natural ou civil.
A equipe de dez bombeiros capitaneada pelo sargento Silva viveu situação 
peculiar ao se deparar com um casal de desconhecidos preso nas ferragens de 
um prédio que desabara. Ana e Kevin, noivos de longa data, foram 
encontrados entre os escombros ainda vivos e lúcidos. Eles constataram que o 
estado de Kevin não lhe permitiria ser retirado a tempo de escapar com vida. 
Informado disso, Kevin pede a Ana que se case com ele ali mesmo. Ela 
imediatamente aceita, e ambos se recebem como esposo e esposa, 
emocionando a todos. Minutos depois, Kevin vem a falecer. Os bombeiros 
conseguem retirar Ana dos escombros e, seis dias depois, quando ela deixa o 
hospital, os bombeiros a acompanham para testemunhar o ocorrido perante a 
autoridade judicial, para efeitos de registro do seu casamento. Nesse caso, 
houve casamento:
a) nuncupativo
b) em caso de moléstia grave
c) putativo;
d) inexistente.
BIBLIOGRAFIA
Tartuce, Flávio. Manual de direito civil : volume único
/ Flávio Tartuce. – 8. ed. rev, atual. e ampl. – Rio de
Janeiro: Forense; São Paulo: MÉTODO, 2018.
PROFESSORA MERY CHALFUN
DIREITO DAS FAMÍLIAS
DA HABILITAÇÃO PARA O CASAMENTO
O art. 1.525 do CC/2002 prescreve que o requerimento
de habilitação para o casamento será firmado por
ambos os nubentes, de próprio punho, ou, a seu
pedido, por procurador.
É procedimento administrativo – perante registro civil
Obs: Resolução 175 de 2013
Art. 1º É vedada às autoridades competentes a recusa de
habilitação, celebração de casamento civil ou de conversão de
união estável em casamento entre pessoas de mesmo sexo.
DA HABILITAÇÃO PARA O CASAMENTO
O processo de habilitação deverá ser instruído com
os seguintes documentos:
• Certidão de nascimento ou documento equivalente;
• Autorização por escrito das pessoas sob cuja dependência legal
estiverem, ou ato judicial que a supra;
• Declaração de duas testemunhas maiores, parentes ou não, que
atestem conhecê-los e afirmem não existir impedimento que os
iniba de casar;
• Declaração do estado civil, do domicílio e da residência atual dos
contraentes e de seus pais, se forem conhecidos;
• Certidão de óbito do cônjuge falecido, de sentença declaratória de
nulidade ou de anulação de casamento, transitada em julgado, ou
do registro da sentença de divórcio.
DAS FORMALIDADES NECESSÁRIAS
Estando a documentação em ordem, o oficial
extrairá o edital, que se afixará durante 15 dias nas
circunscrições do Registro Civil de ambos os
nubentes, e, obrigatoriamente, se publicará na
imprensa local, se houver (art. 1.527 do CC).
Trata-se da publicação dos proclamas do casamento,
formalidade considerada em regra como essencial,
mas que poderá ser dispensada pela autoridade
competente pela homologação do casamento em
casos de urgência(art. 1.527, parágrafo único, do CC)
DAS FORMALIDADES NECESSÁRIAS
O oficial do Registro Civil tem o dever de esclarecer
os nubentes a respeito dos fatos que podem
ocasionar a invalidade do casamento, bem como
sobre os diversos regimes de bens (art. 1.528 do CC).
Ilustrando, deve o oficial informar a respeito dos
impedimentos matrimoniais, sob pena de
responsabilização civil.CERTIDÃO DE HABILITAÇÃO
Verificada a inexistência de fato obstativo
(impedimento matrimonial), o oficial do
registro extrairá o certificado de habilitação
(art. 1.531).
Essa habilitação terá eficácia de noventa dias,
contados de quando for extraído o certificado
(art. 1.532).
DA CELEBRAÇÃO DO CASAMENTO
Relativamente à celebração do casamento,
está ocorrerá no dia, hora e lugar
previamente designados pela autoridade que
houver de presidir o ato, mediante petição
dos contraentes, que se mostrem habilitados
com a certidão de habilitação (art. 1.533 do
CC).
A autoridade para presidir o casamento, nos
termos do Texto Maior, é o juiz de paz.
DA CELEBRAÇÃO DO CASAMENTO
O ato solene relativo ao casamento será realizado na
sede do cartório, com toda publicidade, a portas
abertas, presentes pelo menos duas testemunhas,
parentes ou não dos contraentes.
Se as partes quiserem, e consentindo a autoridade
celebrante, o casamento poderá ser celebrado em
outro edifício, público ou particular (art. 1.534 do
CC).
DA CELEBRAÇÃO DO CASAMENTO
O casamento celebrado em edifício particular ficará
de portas abertas durante todo o ato (art. 1.534, §
1.º, do CC).
Devendo o número de testemunhas,
necessariamente, aumentar para quatro, o que
igualmente se aplica se algum dos contraentes não
souber ou não puder escrever (art. 1.534, § 2.º, do
CC).
DA CELEBRAÇÃO DO CASAMENTO
O presidente do ato, após ouvir dos nubentes a
afirmação de que pretendem casar por livre e
espontânea vontade, declarará efetuado o
casamento, nos seguintes termos, por força do art.
1.535 do CC:
“De acordo com a vontade que ambos acabais de
afirmar perante mim, de vos receberdes por marido
e mulher, eu, em nome da lei, vos declaro casados”.
DA CELEBRAÇÃO DO CASAMENTO
Após a celebração do casamento, será lavrado o assento no
livro de registro (art. 1.536 do CC), onde constarão:
• Os prenomes, sobrenomes, datas de nascimento, profissão,
domicílio e residência atual dos cônjuges;
• Os prenomes, sobrenomes, datas de nascimento ou de morte,
domicílio e residência atual dos pais;
• O prenome e sobrenome do cônjuge precedente e a data da
dissolução do casamento anterior;
• A data da publicação dos proclamas e da celebração do casamento;
• A relação dos documentos apresentados ao oficial do registro;
• O prenome, sobrenome, profissão, domicílio e residência atual das
testemunhas;
• O regime do casamento.
DA CELEBRAÇÃO DO CASAMENTO
Após a celebração do casamento, será lavrado o assento no
livro de registro (art. 1.536 do CC), onde constarão:
• Os prenomes, sobrenomes, datas de nascimento, profissão,
domicílio e residência atual dos cônjuges;
• Os prenomes, sobrenomes, datas de nascimento ou de morte,
domicílio e residência atual dos pais;
• O prenome e sobrenome do cônjuge precedente e a data da
dissolução do casamento anterior;
• A data da publicação dos proclamas e da celebração do casamento;
• A relação dos documentos apresentados ao oficial do registro;
• O prenome, sobrenome, profissão, domicílio e residência atual das
testemunhas;
• O regime do casamento.
DA CELEBRAÇÃO DO CASAMENTO
Em relação ao momento de aperfeiçoamento do ato,
enuncia o art. 1.514 do CC que o casamento se realiza no
momento em que o homem e a mulher manifestam,
perante o juiz, a sua vontade de estabelecer vínculo
conjugal, e o juiz os declara casados.
Como se pode notar, existem dois atos continuados que
somados geram o aperfeiçoamento do negócio, no sentido
de sua validade (manifestação dos nubentes + declaração do
juiz).
Obs: O registro do ato está no plano da eficácia do
casamento.
SUSPENSÃO DO CASAMENTO
Nos termos do art. 1.538 do CC, a celebração do casamento
será imediatamente suspensa se algum dos contraentes:
a) recusar a solene afirmação da sua vontade;
b) declarar que esta não é livre e espontânea;
c) manifestar-se arrependido.
Não pode ficar em silêncio ou manifestar dúvida.
O nubente que der causa à suspensão do ato não poderá
retratar-se no mesmo dia(art. 1.538, parágrafo único, do CC)
Essa regra será aplicada mesmo se a manifestação tiver sido
feita em tom jocoso (animus jocandi) ou de brincadeira.
FILHOS - USUFRUTO E ADMINISTRAÇÃO 
DOS BENS DE FILHOS MENORES
O art. 1.689, do Código Civil prevê que os
responsáveis, o pai e a mãe, enquanto no exercício
do poder familiar:
I - são usufrutuários dos bens dos filhos;
II - têm a administração dos bens dos filhos
menores sob sua autoridade.
CONCEITO DE USUFRUTO
“o direito de usar a coisa e perceber
os frutos que ela é capaz de
produzir”
DA CAPACIDADE CIVIL E 
DO PODER FAMILIAR 
O art. 5º do Código Civil é expresso ao determinar
que: “A menoridade cessa aos dezoito anos
completos, quando a pessoa fica habilitada à
prática de todos os atos da vida civil”.
Com remissão para art. 1.630 do Código Civil,
observa-se a sujeição da Criança e do Adolescente
ao poder familiar, enquanto não alcançada a
maioridade.
DA ASSISTÊNCIA PATRIMONIAL 
GARANTIDA AOS FILHOS MENORES.
Art. 1.690. Compete aos pais, e na falta de um deles
ao outro, com exclusividade, representar os filhos
menores de dezesseis anos, bem como assisti-los
até completarem a maioridade ou serem
emancipados.
Parágrafo único. Os pais devem decidir em comum
as questões relativas aos filhos e a seus bens;
havendo divergência, poderá qualquer deles
recorrer ao juiz para a solução necessária.
DA ADMINISTRAÇÃO PATRIMONIAL 
DOS BENS DE FILHOS MENORES
Art. 1.691. Não podem os pais alienar, ou gravar de
ônus real os imóveis dos filhos, nem contrair, em
nome deles, obrigações que ultrapassem os limites
da simples administração, salvo por necessidade ou
evidente interesse da prole, mediante prévia
autorização do juiz.
CURADORIA ESPECIAL 
DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE
O art. 1.692 do Código Civil garante ao filho menor a
decretação de curadoria especial à criança e ao
adolescente, por sentença judicial, sempre que o
interesse dos pais, no exercício do poder familiar,
colidirem com os de seus filhos.
BENS EXCLUÍDOS DO USUFRUTO E 
DA ADMINISTRAÇÃO DOS PAIS
Excluem-se do usufruto e da administração dos pais, por
força do art. 1.693:
I - os bens adquiridos pelo filho havido fora do casamento, antes do
reconhecimento;
II - os valores auferidos pelo filho maior de dezesseis anos, no exercício
de atividade profissional e os bens com tais recursos adquiridos;
III - os bens deixados ou doados ao filho, sob a condição de não serem
usufruídos, ou administrados, pelos pais;
IV - os bens que aos filhos couberem na herança, quando os pais
forem excluídos da sucessão.
EXTINÇÃO DA ASSISTÊNCIA 
PATRIMONIAL DOS PAIS
O usufruto e a administração dos bens de filhos
menores cessar-se-á no exato momento em que se
extinguir o exercício do poder familiar, de acordo
com a previsão do art. 1.635 do Código Civil.
Ronilda, apesar de ser uma criança, é proprietária de 
um bem imóvel na cidade de São Paulo, onde reside 
com seus pais, que detêm o poder familiar. Nessas 
circunstâncias, os pais são
A) Proprietários do imóvel, uma vez que Ronilda é 
absolutamente incapaz, cabendo aos pais os 
atributos da propriedade, salvo em caso de conflito 
com os interesses da filha.
B) Usufrutuários do bem, possuem a posse do 
imóvel, com direito de uso e gozo, mas vedada a 
locação do bem para terceiros.
C) Possuidores e proprietários do bem, podendo 
locar e vender o imóvel.
D) Usufrutuários do bem, de modo que têm a posse, 
di i d d i ó l d d i l i 
 
janeiro de 2005 e da relação nasceram os filhos Mauricio 
(15 anos) e Carla (10 anos). Marcelo sempre demonstrou 
sentir um ciúme desmedido de Camila, o que resultou em 
várias discussões entre o casal. Ocorre que, agravado 
pelo alcoolismo, Marcelo passou a agredir fisicamente 
Camila e, em março de 2021, veio a cometer feminicídio, 
o que causou a morte de Camila. Assim, em relação aos 
filhos Mauricio e Carla: (Procurador do Município – 2021)
A Marcelo terá suspenso o poder familiar sobre os filhos, por 
ato de autoridade policial.
B Marcelo perderá o poder familiar sobreos filhos menores, 
por ato judicial.
C Marcelo terá suspenso o poder familiar sobre os filhos 
menores, por ato judicial.
D Marcelo perderá o poder familiar sobre os filhos, por ato 
de autoridade policial.
E Marcelo não perderá o poder familiar em relação a seus 
A família, base da sociedade, tem especial 
proteção do Estado. Nesse sentido, assinale a 
opção correta: (Advogado. 2018. CE)
A O casamento é civil e paga sua celebração.
B O casamento religioso não tem efeito civil.
C Os direitos e deveres referentes à sociedade 
conjugal são exercidos de forma desigual entre o 
homem e a mulher.
D O casamento civil pode ser dissolvido pelo 
divórcio, após prévia separação judicial por mais de 
um ano ou comprovada a separação de fato por 
mais de dois anos.
E Entende-se como entidade familiar a 
comunidade formada por qualquer dos pais e seus 
descendentes.
BIBLIOGRAFIA
Tartuce, Flávio. Manual de direito civil : volume único
/ Flávio Tartuce. – 8. ed. rev, atual. e ampl. – Rio de
Janeiro: Forense; São Paulo: MÉTODO, 2018.
PROFESSORA MERY CHALFUN
DIREITO DAS FAMÍLIAS
DA INVALIDADE DO CASAMENTO
Trata-se aqui das hipóteses de inexistência,
nulidade e anulabilidade do casamento.
- Impedimentos = Artigo 1521 – nulidade
- Anulação = Artigo 1550
- Causas suspensivas – sanção patrimonial
INEXISTÊNCIA DO CASAMENTO
Atualmente, são duas as hipóteses de
inexistência:
• Casamento celebrado com ausência de
vontade
• Casamento celebrado por autoridade
absolutamente incompetente.
NULIDADE DO CASAMENTO
O art. 1.548 do Código Civil consagrava as
hipóteses de nulidade absoluta do casamento:
a) Casamento contraído por enfermo mental
sem o necessário discernimento para a prática
dos atos da vida civil (revogado)
b) Casamento celebrado com infringência a
impedimento matrimonial
NULIDADE DO CASAMENTO
Advirta-se, contudo, que a primeira delas foi
revogada pela Lei 13.146/2015 (Estatuto da Pessoa
com Deficiência), restando apenas a segunda, ou
seja, o casamento celebrado com impedimento
matrimonial.
Tais impedimentos, outrora estudados, constam do
art. 1.521 do Código Civil (decorrentes de
parentesco consanguíneo, de parentesco por
afinidade, de parentesco civil, de vínculo
matrimonial e de crime).
NULIDADE DO CASAMENTO
A ação declaratória de nulidade do casamento
é imprescritível, eis que a nulidade não
convalesce pelo decurso do tempo (art. 169 do
CC).
Os efeitos da sentença da ação declaratória de
nulidade são retroativos à celebração do
casamento, conforme o art. 1.563 do CC
(efeitos ex tunc).
ANULABILIDADE DO CASAMENTO
São hipóteses previstas no art. 1.550 do CC:
a) Casamento contraído por quem não completou a idade
mínima para casar (16 anos, tanto para homem quanto para
mulher)
OBS: Eventualmente o casamento poder ser convalidado em duas
hipóteses:
1ª - não se anula o casamento, por motivo de idade, se dele resultou
gravidez. (art. 1.551 do CC).
2ª - o menor poderá, depois de completar a idade núbil, confirmar o
seu casamento, com a autorização de seus representantes legais, se
necessária, ou com suprimento judicial (art. 1.553 do CC).
ANULABILIDADE DO CASAMENTO
b) Casamento contraído por menor em idade núbil (entre 16
e 18 anos), não havendo autorização do seu representante
legal
OBS: Como hipótese de convalidação, não se anulará esse casamento
quando à sua celebração tiverem assistido – no sentido de
presenciado –, os representantes legais do menor, ou se esses
representantes tiverem manifestado a sua aprovação (art. 1.555, § 2.º,
do CC).
Assim como na primeira hipótese, o prazo para propositura da ação
anulatória é decadencial de 180 dias.
ANULABILIDADE DO CASAMENTO
c) Casamento celebrado sob coação moral (vis compulsiva)
OBS: A coação moral que anula o casamento tem conceito específico
no art. 1.558 do CC/2002, pelo qual “É anulável o casamento em
virtude de coação, quando o consentimento de um ou de ambos os
cônjuges houver sido captado mediante fundado temor de mal
considerável e iminente para a vida, a saúde e a honra, sua ou de seus
familiares”.
O prazo para anular o casamento celebrado sob coação é decadencial
de quatro anos, contados da sua celebração (art. 1.560, IV, do CC).
A ação anulatória é personalíssima e somente poderá ser proposta
pelo cônjuge que sofreu a coação.
ANULABILIDADE DO CASAMENTO
d) Casamento celebrado havendo erro essencial quanto à
pessoa do outro cônjuge (error in persona)
OBS: O prazo decadencial para a ação anulatória por erro é de três
anos, contados da celebração do casamento (art. 1.560, III, do CC).
Essa ação somente cabe ao cônjuge que incidiu em erro, sendo uma
ação personalíssima, conforme o art. 1.559 do CC.
Atente-se, ainda, que foi revogado pela Lei 13.146/2015 o antigo
inciso IV do art. 1.557 do Código Civil que mencionava a ignorância,
anterior ao casamento, de doença mental grave que, por sua natureza,
tornasse insuportável a vida em comum.
Art. 1.557. Considera-se erro essencial sobre a pessoa do 
outro cônjuge:
I - o que diz respeito à sua identidade, sua honra e boa 
fama, sendo esse erro tal que o seu conhecimento ulterior 
torne insuportável a vida em comum ao cônjuge enganado;
II - a ignorância de crime, anterior ao casamento, que, por 
sua natureza, torne insuportável a vida conjugal;
III - a ignorância, anterior ao casamento, de defeito físico 
irremediável que não caracterize deficiência ou de moléstia 
grave e transmissível, por contágio ou por herança, capaz 
de pôr em risco a saúde do outro cônjuge ou de sua 
descendência; (Redação dada pela Lei nº 13.146, de 
2015) (Vigência)
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2015/Lei/L13146.htm#art114
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2015/Lei/L13146.htm#art114
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2015/Lei/L13146.htm#art127
ANULABILIDADE DO CASAMENTO
e) Do incapaz de consentir e de manifestar de forma
inequívoca a sua vontade
OBS: Essa previsão continua a englobar os ébrios habituais
(alcoólatras) e os viciados em tóxicos.
Todavia, o comando não incide mais para as pessoas com
discernimento mental reduzido e aos excepcionais sem
desenvolvimento completo, constantes do art. 4.º, incisos II e III, do
Código Civil, antes da recente alteração pela Lei 13.146/2015.
ANULABILIDADE DO CASAMENTO
f) Casamento celebrado por procuração, havendo revogação
do mandato
OBS: O prazo para a propositura da ação anulatória é decadencial de
180 dias, a contar do momento em que chegue ao conhecimento do
mandante a realização do casamento (art. 1.560, § 2.º, do CC).
g) Casamento celebrado perante autoridade relativamente
incompetente
OBS: O prazo para a propositura da ação anulatória é decadencial de 2
anos contado da data da celebração do casamento(art.1.560, II, do CC)
Art. 1.522. Os impedimentos podem ser 
opostos, até o momento da celebração do 
casamento, por qualquer pessoa capaz.
Parágrafo único. Se o juiz, ou o oficial de 
registro, tiver conhecimento da existência 
de algum impedimento, será obrigado a 
declará-lo.
DEVERES DO CASAMENTO (Eficácia)
- Planejamento familiar; Fidelidade; mútua 
assistência, sustento, guarda, educação
Art. 1.566. São deveres de ambos os cônjuges:
I - fidelidade recíproca;
II - vida em comum, no domicílio conjugal;
III - mútua assistência; (atenção – moral e material)
IV - sustento, guarda e educação dos filhos;
V - respeito e consideração mútuos.
NOME APÓS O CASAMENTO
Obs: Tanto homem como a mulher podem acrescentar o 
nome do outro nubente. = igualdade (Pode permanecer 
com nome de solteiro)
Art. 1.565. Pelo casamento, homem e mulher assumem 
mutuamente a condição de consortes, companheiros e 
responsáveis pelos encargos da família.
§ 1 o Qualquer dos nubentes, querendo, poderá acrescer 
ao seu o sobrenome do outro.
Art. 1.565. Pelo casamento, homem e mulher 
assumem mutuamente a condição de consortes, 
companheiros e responsáveis pelos encargos da 
família.
§ 1 o Qualquer dos nubentes, querendo, poderá 
acrescer ao seu o sobrenome do outro.
§ 2 o O planejamento familiaré de livre decisão do 
casal, competindo ao Estado propiciar recursos 
educacionais e financeiros para o exercício desse 
direito, vedado qualquer tipo de coerção por parte de 
instituições privadas ou públicas.
ALIMENTOS
Engloba alimentos, vestuário, saúde, lazer ... Vida digna,
solidariedade
-Critério: necessidade –possibilidade
-critério: razoabilidade ou proporcionalidade
(alimentante e alimentado)
-Valor fixo ou percentual.
-Decorre do parentesco, casamento, união estável
-reciprocidade pai e filho
- Linha reta (não há limite)
- É sucessiva. Ausência de descendentes – possível aos
colaterais –apenas irmãos.
Art. 1.694. Podem os parentes, os cônjuges ou 
companheiros pedir uns aos outros os alimentos de 
que necessitem para viver de modo compatível com 
a sua condição social, inclusive para atender às 
necessidades de sua educação.
§ 1 o Os alimentos devem ser fixados na proporção 
das necessidades do reclamante e dos recursos da 
pessoa obrigada.
§ 2 o Os alimentos serão apenas os indispensáveis à 
subsistência, quando a situação de necessidade 
resultar de culpa de quem os pleiteia.
Art. 1.695. São devidos os alimentos quando quem os 
pretende não tem bens suficientes, nem pode prover, pelo 
seu trabalho, à própria mantença, e aquele, de quem se 
reclamam, pode fornecê-los, sem desfalque do necessário 
ao seu sustento.
Art. 1.696. O direito à prestação de alimentos é recíproco 
entre pais e filhos, e extensivo a todos os ascendentes, 
recaindo a obrigação nos mais próximos em grau, uns em 
falta de outros.
Art. 1.697. Na falta dos ascendentes cabe a obrigação aos 
descendentes, guardada a ordem de sucessão e, faltando 
estes, aos irmãos, assim germanos como unilaterais.
Art. 1.698. Se o parente, que deve alimentos 
em primeiro lugar, não estiver em condições 
de suportar totalmente o encargo, serão 
chamados a concorrer os de grau imediato; 
sendo várias as pessoas obrigadas a prestar 
alimentos, todas devem concorrer na 
proporção dos respectivos recursos, e, 
intentada ação contra uma delas, poderão as 
demais ser chamadas a integrar a lide.
É imprescritível (o direito como um 
todo) não confundir com as 
parcelas (artigo 206, p. 2°)
- Pode haver revisão, exoneração, 
extinção: Maioridade do filho ou 
estudos, nova relação do cônjuge, 
mudança de condição, etc. 
Observações:
- vedada a cessação
-Irrenunciável (cônjuge = 
entendimento que pode)
- impenhorabilidade
Art. 1.707. Pode o credor não exercer, porém lhe é vedado 
renunciar o direito a alimentos, sendo o respectivo crédito 
insuscetível de cessão, compensação ou penhora.
Observação
- culpa cônjuge – Artigo 1702 – 1704 CC
(Culpa – emenda constitucional 66 de 2010)
IBDFAM: Enunciado 01 - A Emenda 
Constitucional 66/2010, ao extinguir 
o instituto da separação judicial, 
afastou a perquirição da culpa na 
dissolução do casamento e na 
quantificação dos alimentos.
Alimentos Gravídicos:
Lei 11804 de 2008 – mulher gestante
Art. 2o Os alimentos de que trata esta Lei 
compreenderão os valores suficientes para cobrir as 
despesas adicionais do período de gravidez e que 
sejam dela decorrentes, da concepção ao parto, 
inclusive as referentes a alimentação especial, 
assistência médica e psicológica, exames 
complementares, internações, parto, medicamentos e 
demais prescrições preventivas e terapêuticas 
indispensáveis, a juízo do médico, além de outras 
que o juiz considere pertinentes.
Enunciado 23 - Havendo atraso ou não 
pagamento da verba alimentar e indícios 
de que o devedor dispõe de recursos 
econômicos, o juiz cientificará ao 
Ministério Público para apurar a prática 
docrime de abandono material.
CPC – Devedor de alimentos – Única 
modalidade de prisão civil. 
(Artigo 911 ao 913 CPC)(528 ao 533 
CPC)
Súmula 309 STJ
Lei 5478 de 1968
Art. 528 CPC. No cumprimento de sentença que condene ao 
pagamento de prestação alimentícia ou de decisão interlocutória 
que fixe alimentos, o juiz, a requerimento do exequente, mandará 
intimar o executado pessoalmente para, em 3 (três) dias, pagar o 
débito, provar que o fez ou justificar a impossibilidade de efetuá-
lo. (OFICIAL DE JUSTIÇA)
§ 1º Caso o executado, no prazo referido no caput , não efetue o 
pagamento, não prove que o efetuou ou não apresente 
justificativa da impossibilidade de efetuá-lo, o juiz mandará 
protestar o pronunciamento judicial, aplicando-se, no que couber, 
o disposto no art. 517 .
§ 2º Somente a comprovação de fato que gere a impossibilidade 
absoluta de pagar justificará o inadimplemento.
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2015/lei/l13105.htm#art517
§ 3º Se o executado não pagar ou se a justificativa 
apresentada não for aceita, o juiz, além de mandar 
protestar o pronunciamento judicial na forma do §
1º, decretar-lhe-á a prisão pelo prazo de 1 (um) a 3 
(três) meses.
§ 4º A prisão será cumprida em regime fechado, 
devendo o preso ficar separado dos presos comuns.
§ 5º O cumprimento da pena não exime o 
executado do pagamento das prestações vencidas e 
vincendas.
§ 6º Paga a prestação alimentícia, o juiz suspenderá 
o cumprimento da ordem de prisão.
BIBLIOGRAFIA
Tartuce, Flávio. Manual de direito civil : volume único
/ Flávio Tartuce. – 8. ed. rev, atual. e ampl. – Rio de
Janeiro: Forense; São Paulo: MÉTODO, 2018.
PROFESSOR MERY CHALFUN
DIREITO DAS FAMÍLIAS
ABORDAR SOBRE REGIME DE 
CASAMENTO E DISSOLUÇÃO
REGIME D BENS
Conceito: normas – relação patrimonial entre os
cônjuges
- Opção entre os cônjuges
- Lei determina – separação obrigatória
- Regra – Comunhão parcial de bens
- Pacto antenupcial – mudança na regra e
determinações. Negócio formal
Art. 1.639. É lícito aos nubentes, antes de 
celebrado o casamento, estipular, quanto aos 
seus bens, o que lhes aprouver.
§ 1 o O regime de bens entre os cônjuges 
começa a vigorar desde a data do casamento.
§ 2 o É admissível alteração do regime de bens, 
mediante autorização judicial em pedido 
motivado de ambos os cônjuges, apurada a 
procedência das razões invocadas e ressalvados 
os direitos de terceiros.
Art. 1.640. Não havendo convenção, ou sendo ela nula ou ineficaz, 
vigorará, quanto aos bens entre os cônjuges, o regime da 
comunhão parcial.
Parágrafo único. Poderão os nubentes, no processo de habilitação, 
optar por qualquer dos regimes que este código regula. Quanto à 
forma, reduzir-se-á a termo a opção pela comunhão parcial, fazendo-
se o pacto antenupcial por escritura pública, nas demais 
escolhas.
Art. 1.641. É obrigatório o regime da separação de bens no 
casamento:
I - das pessoas que o contraírem com inobservância das causas 
suspensivas da celebração do casamento;
II – da pessoa maior de 70 (setenta) anos; (Redação dada pela Lei nº 
12.344, de 2010) Observar : Decisão STF
III - de todos os que dependerem, para casar, de suprimento judicial.
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2010/Lei/L12344.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2010/Lei/L12344.htm#art1
Súmula 377. No regime de separação 
legal de bens, comunicam-se os 
adquiridos na constância do 
casamento.
Hipótese do artigo 1641 – quando 
provar a comunhão.
Possível afastar a súmula em pacto.
Observação: patrimônio do casal pode ser atingido
Art. 1.647. Ressalvado o disposto no art. 1.648, nenhum 
dos cônjuges pode, sem autorização do outro, exceto no 
regime da separação absoluta: (autorização conjugal)
I - alienar ou gravar de ônus real os bens imóveis;
II - pleitear, como autor ou réu, acerca desses bens ou 
direitos;
III - prestar fiança ou aval;
IV - fazer doação, não sendo remuneratória, de bens 
comuns, ou dos que possam integrar futura meação.
Parágrafo único. São válidas as doações nupciais feitas aos 
filhos quando casarem ou estabelecerem economia 
separada.
Fiança: STJ
SÚMULA N. 332. A fiança 
prestada sem autorização de um 
dos cônjuges implica a ineficácia 
total da garantia.
REGIME DE BENS
Tipos:
A)Comunhão Parcial de Bens
B)Comunhão universal
C)Separação total de bens
(convencional e obrigatório)D)Participação Final nos Aquestos
A) COMUNHÃO PARCIAL DE BENS
- Comunicabilidade de bens na
constância do casamento.
- É regime legal – artigo 1640.
- Excluem-se da comunhão = artigos
1659 e 1661 CC
Art. 1.658. No regime de comunhão parcial, comunicam-se os bens 
que sobrevierem ao casal, na constância do casamento, com as 
exceções dos artigos seguintes.
Art. 1.659. Excluem-se da comunhão:
I - os bens que cada cônjuge possuir ao casar, e os que lhe 
sobrevierem, na constância do casamento, por doação ou sucessão, e 
os sub-rogados em seu lugar;
II - os bens adquiridos com valores exclusivamente pertencentes a 
um dos cônjuges em sub-rogação dos bens particulares;
III - as obrigações anteriores ao casamento;
IV - as obrigações provenientes de atos ilícitos, salvo reversão em 
proveito do casal;
V - os bens de uso pessoal, os livros e instrumentos de profissão;
VI - os proventos do trabalho pessoal de cada cônjuge;
VII - as pensões, meios-soldos, montepios e outras rendas 
semelhantes.
Art. 1.661. São incomunicáveis os bens cuja aquisição tiver 
por título uma causa anterior ao casamento.
Art. 1.662. No regime da comunhão parcial, presumem-se 
adquiridos na constância do casamento os bens móveis, quando não 
se provar que o foram em data anterior.
Art. 1.663. A administração do patrimônio comum compete a 
qualquer dos cônjuges.
§ 1 o As dívidas contraídas no exercício da administração obrigam os 
bens comuns e particulares do cônjuge que os administra, e os do 
outro na razão do proveito que houver auferido.
§ 2 o A anuência de ambos os cônjuges é necessária para os atos, a 
título gratuito, que impliquem cessão do uso ou gozo dos bens 
comuns.
São Incluídos:
Art. 1.660. Entram na comunhão:
I - os bens adquiridos na constância do casamento por 
título oneroso, ainda que só em nome de um dos cônjuges;
II - os bens adquiridos por fato eventual, com ou sem o 
concurso de trabalho ou despesa anterior;
III - os bens adquiridos por doação, herança ou legado, em 
favor de ambos os cônjuges;
IV - as benfeitorias em bens particulares de cada cônjuge;
V - os frutos dos bens comuns, ou dos particulares de cada 
cônjuge, percebidos na constância do casamento, ou 
pendentes ao tempo de cessar a comunhão.
B) COMUNHÃO UNIVERSAL DE BENS
- Comunicabilidade de bens antes e na
constância do casamento.
- É regime legal anterior CC\16
- CC\02 Art. 1.667. O regime de comunhão
universal importa a comunicação de todos os
bens presentes e futuros dos cônjuges e suas
dívidas passivas, com as exceções do artigo
seguinte.
Art. 1.668. São excluídos da comunhão:
I - os bens doados ou herdados com a cláusula de 
incomunicabilidade e os sub-rogados em seu lugar;
II - os bens gravados de fideicomisso e o direito do herdeiro 
fideicomissário, antes de realizada a condição suspensiva;
III - as dívidas anteriores ao casamento, salvo se provierem 
de despesas com seus aprestos, ou reverterem em proveito 
comum;
IV - as doações antenupciais feitas por um dos cônjuges ao 
outro com a cláusula de incomunicabilidade;
V - Os bens referidos nos incisos V a VII do art. 1.659.
C) SEPARAÇÃO TOTAL DE BENS
- InComunicabilidade de bens antes e
na constância do casamento.
- Necessário determinação legal ou
pacto antenupcial.
Art. 1.687. Estipulada a separação de bens, 
estes permanecerão sob a administração 
exclusiva de cada um dos cônjuges, que os 
poderá livremente alienar ou gravar de ônus 
real.
Art. 1.688. Ambos os cônjuges são obrigados a 
contribuir para as despesas do casal na 
proporção dos rendimentos de seu trabalho e 
de seus bens, salvo estipulação em contrário no 
pacto antenupcial.
D) PARTICIPAÇÃO FINAL NOS 
AQUESTOS
- Em desuso
- Características do regime de
separação + comunhão parcial
- Durante o casamento – separação
total
- Com o rompimento – regra da
comunhão parcial
Art. 1.672. No regime de participação final nos 
aqüestos, cada cônjuge possui patrimônio 
próprio, consoante disposto no artigo seguinte, 
e lhe cabe, à época da dissolução da sociedade 
conjugal, direito à metade dos bens adquiridos 
pelo casal, a título oneroso, na constância do 
casamento.
ROMPIMENTO - DIVÓRCIO
- Rompimento: (Divórcio – Morte
Invalidade do casamento)
- Divórcio – não há requisito de culpa
nem prazo de separação
- Emenda constitucional 66 de 2010
Resolução 35 de 2007 CNJ – cartórios 
não devem exigir lapso de 2 anos de 
separação para divórcio.
2 tipos de divórcio:
- Extrajudicial
-Judicial
DIVÓRCIO EXTRAJUDICIAL
- Lei 11.441 de 2007 .
- É administrativo
- Necessário = consensual, não houver
menores.
DIVÓRCIO JUDICIAL
- Consensual ou Litigioso
- Hoje não se discute mais a culpa e
sim os efeitos – (guarda, alimentos,
nome,patrimônio)
- Nome – artigo 1578 – regra retornar
ao nome de solteiro. Ma pode haver
justificativa para manter.
Art. 1.578. O cônjuge declarado culpado na ação de separação 
judicial perde o direito de usar o sobrenome do outro, desde que 
expressamente requerido pelo cônjuge inocente e se a alteração não 
acarretar:
I - evidente prejuízo para a sua identificação;
II - manifesta distinção entre o seu nome de família e o dos filhos 
havidos da união dissolvida;
III - dano grave reconhecido na decisão judicial.
§ 1 o O cônjuge inocente na ação de separação judicial poderá 
renunciar, a qualquer momento, ao direito de usar o sobrenome do 
outro.
§ 2 o Nos demais casos caberá a opção pela conservação do nome 
de casado.
BIBLIOGRAFIA
Tartuce, Flávio. Manual de direito civil : volume único
/ Flávio Tartuce. – 8. ed. rev, atual. e ampl. – Rio de
Janeiro: Forense; São Paulo: MÉTODO, 2018.
PROFESSORA MERY CHALFUN
BEM DE FAMÍLIA
DIREITO DAS FAMÍLIAS
DO BEM DE FAMÍLIA
Conceito: é o imóvel que se torna
impenhorável e\ou inalienável por força de
lei ou vontade do proprietário. É bem
reservado para residência da família
CLASSIFICAÇÃO:
a)Legal: Previsto na lei 8009\90.
b)Convencional ou voluntário: Artigos 1711 a 
1722 do Código Civil. 
A) DO BEM DE FAMÍLIA LEGAL
Obs 1)
Artigo 1° = casal ou entidade familiar?
Protege pessoa solteira, viúva ou separada?
R: Todas as formas de família.
Súmula 364 STJ
Moradia como direito fundamental
súmula 364, "O conceito de impenhorabilidade de bem de 
família abrange também o imóvel pertencente a pessoas 
solteiras, separadas e viúvas" .
Art. 1º O imóvel residencial próprio do casal, ou da entidade 
familiar, é impenhorável e não responderá por qualquer tipo de 
dívida civil, comercial, fiscal, previdenciária ou de outra 
natureza, contraída pelos cônjuges ou pelos pais ou filhos que 
sejam seus proprietários e nele residam, salvo nas hipóteses 
previstas nesta lei.
Parágrafo único. A impenhorabilidade compreende o imóvel
sobre o qual se assentam a construção, as plantações, as 
benfeitorias de qualquer natureza e todos os equipamentos, 
inclusive os de uso profissional, ou móveis que guarnecem a 
casa, desde que quitados.
Obs 2 e 3:
2) E os bens móveis que estejam no imóvel?
Podem ser penhorados na forma do artigo 1°, 
parágrafo único e artigo 2° caput da lei. = bens 
suntuosos ou que haja mais de um (ex: obra de arte. 
Duas geladeiras)
3) Imóvel que está alugado e que sirva para 
pagamento de outro residencial, é impenhorável?
Há entendimento do STJ de forma positiva em certas 
situações
Art. 2º Excluem-se da impenhorabilidade 
os veículos de transporte, obras de arte e 
adornos suntuosos.
Parágrafo único. No caso de imóvel locado, 
a impenhorabilidade aplica-se aos bens 
móveis quitados que guarneçam a 
residência e que sejam de propriedade do 
locatário, observado o disposto neste 
artigo.
EXCEÇÕES A IMPENHORABILIDADE
Artigo 3° lei 8009 – Exceções
I. Dívidas trabalhistas e previdenciárias relativas a
trabalhadores da residência. Ex: doméstica.
Cozinheira (interpretação restrita) (REVOGADO)
II. Dívida de financiamento do próprio imóvel
III. Dívida por pensão alimentícia
IV. Tributos sobre o imóvel. Exemplo: condomínio
V. Hipoteca (primeiro deve acabar com a garantia
VI. Imóvel fruto de crime(sentença condenatória)
VII. FIANÇA – fiador residencial não é protegido!!!
Súmula 549 STJ
QUESTÕES ??? 
E o fiador de imóvel não residencial?
E garagem com matrícula própria? 
(é impenhorável?)
Terreno sem construção é protegido 
como bem de família?
Súmula 549-STJ: É válida a penhora de bem de 
família pertencente a fiador de contrato de locação
Súmula 449 – STJ: 
A vaga de garagem que possui matrícula própria no 
registro de imóveis não constitui bem de família 
para efeito de penhora.
Locação não residencial:
2018 = STF deu provimento ao RE 605.709/SP, declarando 
a incompatibilidade da penhora do bem de família do 
fiador, dado como garantia em contrato de locação 
comercial, frente ao direito constitucional à moradia.
Não aplicação do art. 3º, VII, da lei 8.009/90- para locação 
não residencial. 
Posteriormente: Mudou posição
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8009.htm
https://portal.stf.jus.br/noticias/verNoticiaDetalhe.as
p?idConteudo=483088&ori=1 NOVA POSIÇÃO
• O Plenário do Supremo Tribunal Federal (STF) julgou 
constitucional a penhora de bem de família pertencente a fiador 
de contratos de locação residenciais e comerciais. A decisão foi 
tomada na sessão virtual concluída nesta quarta-feira (8/3), no 
julgamento do Recurso Extraordinário (RE) 1307334, com 
repercussão geral (Tema 1.127).
• O recurso foi interposto por um fiador contra decisão do Tribunal 
de Justiça do Estado de São Paulo (TJ-SP) que confirmou a 
penhora de seu único imóvel, dado como garantia de um contrato 
de locação comercial. No STF, ele defendia que o direito 
constitucional à moradia deve se sobrepor à execução da dívida 
de aluguel comercial. 
https://portal.stf.jus.br/noticias/verNoticiaDetalhe.asp?idConteudo=483088&ori=1
https://portal.stf.jus.br/noticias/verNoticiaDetalhe.asp?idConteudo=483088&ori=1
http://portal.stf.jus.br/jurisprudenciaRepercussao/verAndamentoProcesso.asp?incidente=6087183&numeroProcesso=1307334&classeProcesso=RE&numeroTema=1127
B)DO BEM DE FAMÍLIA -
CONVENCIONAL
-Por manifestação de vontade de membro da família ou 
terceiro torna o bem impenhorável e inalienável. A família 
institui. Existe mais de um imóvel. Art. 1711 a 1722 CC
- Por Doação ou testamento
- Por escritura ou testamento
- Aplica a súmula 364 do STJ – entidade familiar
Art. 1.711 do Código Civil: Podem os cônjuges, ou a entidade familiar, mediante escritura
pública ou testamento, destinar parte de seu patrimônio para instituir bem de família, desde
que não ultrapasse um terço do patrimônio líquido existente ao tempo da instituição, mantidas
as regras sobre a impenhorabilidade do imóvel residencial estabelecida em lei especial.
Parágrafo único. O terceiro poderá igualmente instituir bem de família por testamento ou
doação, dependendo a eficácia do ato da aceitação expressa de ambos os cônjuges
beneficiados ou da entidade familiar beneficiada.
DO BEM DE FAMÍLIA
Art. 1.712 do Código Civil:
“O bem de família consistirá em prédio residencial
urbano ou rural, com suas pertenças e acessórios,
destinando-se em ambos os casos a domicílio
familiar, e poderá abranger valores mobiliários, cuja
renda será aplicada na conservação do imóvel e no
sustento da família.”
CONSTITUIÇÃO DO BEM DE FAMÍLIA
Art. 1.714 do Código Civil:
“O bem de família, quer instituído pelos cônjuges ou
por terceiro, constitui-se pelo registro de seu título
no Registro de Imóveis.”
EXECUÇÃO DO BEM DE FAMÍLIA
Art. 1.715 do Código Civil: O bem de família é isento
de execução por dívidas posteriores à sua instituição,
salvo as que provierem de tributos relativos ao
prédio, ou de despesas de condomínio.
Parágrafo único. No caso de execução pelas dívidas
referidas neste artigo, o saldo existente será aplicado
em outro prédio, como bem de família, ou em títulos
da dívida pública, para sustento familiar, salvo se
motivos relevantes aconselharem outra solução, a
critério do juiz.”
DA IMPENHORABILIDADE 
DO BEM DE FAMÍLIA
Lei 8.009/90:
Art. 1º. O imóvel residencial próprio do casal, ou da entidade
familiar, é impenhorável e não responderá por qualquer tipo de
dívida civil, comercial, fiscal, previdenciária ou de outra natureza,
contraída pelos cônjuges ou pelos pais ou filhos que sejam seus
proprietários e nele residam, salvo nas hipóteses previstas nesta
lei.
Parágrafo único. A impenhorabilidade compreende o imóvel sobre
o qual se assentam a construção, as plantações, as benfeitorias de
qualquer natureza e todos os equipamentos, inclusive os de uso
profissional, ou móveis que guarnecem a casa, desde que
quitados.
Lei 8.009/90:
Art. 3º. A impenhorabilidade é oponível em qualquer processo de
execução civil, fiscal, previdenciária, trabalhista ou de outra
natureza, salvo se movido:
II - pelo titular do crédito decorrente do financiamento destinado à
construção ou à aquisição do imóvel, no limite dos créditos e
acréscimos constituídos em função do respectivo contrato;
III - pelo credor da pensão alimentícia, resguardados os direitos,
sobre o bem, do seu coproprietário que, com o devedor, integre
união estável ou conjugal, observadas as hipóteses em que ambos
responderão pela dívida;
DA IMPENHORABILIDADE 
DO BEM DE FAMÍLIA
Lei 8.009/90:
IV - para cobrança de impostos, predial ou territorial, taxas e
contribuições devidas em função do imóvel familiar;
V - para execução de hipoteca sobre o imóvel oferecido como
garantia real pelo casal ou pela entidade familiar;
VI - por ter sido adquirido com produto de crime ou para execução
de sentença penal condenatória a ressarcimento, indenização ou
perdimento de bens.
VII - por obrigação decorrente de fiança concedida em contrato de
locação.
DA IMPENHORABILIDADE 
DO BEM DE FAMÍLIA
ADMINISTRAÇÃO DO BEM DE FAMÍLIA
Art. 1.720 do Código Civil: Salvo disposição em
contrário do ato de instituição, a administração do
bem de família compete a ambos os cônjuges,
resolvendo o juiz em caso de divergência.
Parágrafo único. Com o falecimento de ambos os
cônjuges, a administração passará ao filho mais
velho, se for maior, e, do contrário, a seu tutor.
EXTINÇÃO DO BEM DE FAMÍLIA
Art. 1.721 do Código Civil: A dissolução da
sociedade conjugal não extingue o bem de família.
Parágrafo único. Dissolvida a sociedade conjugal
pela morte de um dos cônjuges, o sobrevivente
poderá pedir a extinção do bem de família, se for o
único bem do casal.
EXTINÇÃO DO BEM DE FAMÍLIA
Art. 1.722 do Código Civil:
“Extingue-se, igualmente, o bem de família com a
morte de ambos os cônjuges e a maioridade dos
filhos, desde que não sujeitos a curatela.”
OBSERVAÇÕES
a) A impenhorabilidade e inalienabilidade é 
para dívidas posteriores a instituição do 
bem de família
b) Aplica-se no que couber a lei 8009\90. 
As exceções são aplicáveis
c) Extinção: Morte. Maioridade
d) Administração: Ambos os cônjuges ou 
companheiros
BIBLIOGRAFIA
Tartuce, Flávio. Manual de direito civil : volume único
/ Flávio Tartuce. – 8. ed. rev, atual. e ampl. – Rio de
Janeiro: Forense; São Paulo: MÉTODO, 2018.
	Tema 1 Princípios Constitucionais e características
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	Tema 2 Filiação. Poder Familiar
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	LEI 8069 DE 1990 �Art. 25. Entende-se por família natural a comunidade formada pelos pais ou qualquer deles e seus descendentes.�Parágrafo único.  Entende-se por família extensa ou ampliada aquela que se estende para além da unidade pais e filhos ou da unidade do casal, formada por parentes próximos com os quais a criança ou adolescente convive e mantém vínculos de afinidade e afetividade. (Incluído pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigência� 
	Art. 26. Os filhos havidos fora do casamento poderãoser reconhecidos pelos pais, conjunta ou separadamente, no próprio termo de nascimento, por testamento, mediante escritura ou outro documento público, qualquer que seja a origem da filiação.�Parágrafo único. O reconhecimento pode preceder o nascimento do filho ou suceder-lhe ao falecimento, se deixar descendentes.� Art. 27. O reconhecimento do estado de filiação é direito personalíssimo, indisponível e imprescritível, podendo ser exercitado contra os pais ou seus herdeiros, sem qualquer restrição, observado o segredo de Justiça.�
	Art. 28. A colocação em família substituta far-se-á mediante guarda, tutela ou adoção, independentemente da situação jurídica da criança ou adolescente, nos termos desta Lei.��Artigo 39 ao 52 da lei 8069de 1990�ECA
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	Paula, 17 anos, ficou órfã de pai e mãe e reside juntamente com dois irmãos mais novos em um barraco construído por sua falecida mãe. Paula, apesar de muito jovem, assumia a responsabilidade da família, guardava os documentos dos irmãos, incluindo cartão de vacinação, e se apresentava para tratar das demandas de todos. Tal situação retrata claramente uma hipótese de família��a) anaparental.�b) pluriparental�c) monoparental�d) unipessoal.
	No que diz respeito ao poder familiar, é correto afirmar que:��a)não tem aplicabilidade em caso de filhos decorrentes de união estável;�b) não está sujeito à suspensão;�c) não está sujeito à extinção;�d) é exercido pelos pais, em igualdade de condições;�e) se estende até a maioridade, normalmente.�
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	Tema 3 Parentesco. Casamento
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	PROFESSOR meRY CHALFUN
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	Art. 1.593. O parentesco é natural ou civil, conforme resulte de consangüinidade ou outra origem.�Art. 1.595. Cada cônjuge ou companheiro é aliado aos parentes do outro pelo vínculo da afinidade.�§ 1 o O parentesco por afinidade limita-se aos ascendentes, aos descendentes e aos irmãos do cônjuge ou companheiro.�
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	b.2)linha colateral�descendem de um tronco comum. Mas não uma das outras. Até 4° grau�			�pai 			filho (irmão) – sobrinho ��			filho (irmão) - sobrinho
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				PAI/MÃE���� FILHO\IRMÃO		FILHO/IRMÃO���SOBRINHO/PRIMO SOBRINHO/PRIMO
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	(Obs:�Colateral = vai até 4⁰grau)�restrição para casamento = até 3⁰ grau – artigo 1521 IV CC�Art. 1.521. Não podem casar:�IV - os irmãos, unilaterais ou bilaterais, e demais colaterais, até o terceiro grau inclusive;�
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	Art. 1.539. No caso de moléstia grave de um dos nubentes, o presidente do ato irá celebrá-lo onde se encontrar o impedido, sendo urgente, ainda que à noite, perante duas testemunhas que saibam ler e escrever.�Art. 1.540. Quando algum dos contraentes estiver em iminente risco de vida, não obtendo a presença da autoridade à qual incumba presidir o ato, nem a de seu substituto, poderá o casamento ser celebrado na presença de seis testemunhas, que com os nubentes não tenham parentesco em linha reta, ou, na colateral, até segundo grau.�Art. 1.542. O casamento pode celebrar-se mediante procuração, por instrumento público, com poderes especiais.
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	Questões (defensor público – 2022)�A relação de parentesco decorrente da adoção é de: �a) consanguinidade.�b) afinidade.�c) Colateralidade�d) parentesco civil
	Conforme diretrizes preconizadas pelo Código Civil brasileiro não podem casar, EXCETO: (TJ – 2021 – RO)�a)Os irmãos, unilaterais ou bilaterais, e demais colaterais, até o terceiro grau inclusive. �b) A viúva, ou a mulher cujo casamento se desfez por ser nulo ou ter sido anulado, até dez meses depois do começo da viuvez, ou a dissolução da sociedade conjugal. �C) O adotado com o filho do adotante.  �D) Os ascendentes com os descendentes, seja o parentesco natural ou civil. 
	A equipe de dez bombeiros capitaneada pelo sargento Silva viveu situação peculiar ao se deparar com um casal de desconhecidos preso nas ferragens de um prédio que desabara. Ana e Kevin, noivos de longa data, foram encontrados entre os escombros ainda vivos e lúcidos. Eles constataram que o estado de Kevin não lhe permitiria ser retirado a tempo de escapar com vida. Informado disso, Kevin pede a Ana que se case com ele ali mesmo. Ela imediatamente aceita, e ambos se recebem como esposo e esposa, emocionando a todos. Minutos depois, Kevin vem a falecer. Os bombeiros conseguem retirar Ana dos escombros e, seis dias depois, quando ela deixa o hospital, os bombeiros a acompanham para testemunhar o ocorrido perante a autoridade judicial, para efeitos de registro do seu casamento. Nesse caso, houve casamento:�a) nuncupativo�b) em caso de moléstia grave�c) putativo;�d) inexistente.�
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	Tema 4 Habilitação e celebração casamento
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	Ronilda, apesar de ser uma criança, é proprietária de um bem imóvel na cidade de São Paulo, onde reside com seus pais, que detêm o poder familiar. Nessas circunstâncias, os pais são�A) Proprietários do imóvel, uma vez que Ronilda é absolutamente incapaz, cabendo aos pais os atributos da propriedade, salvo em caso de conflito com os interesses da filha.�B) Usufrutuários do bem, possuem a posse do imóvel, com direito de uso e gozo, mas vedada a locação do bem para terceiros.�C) Possuidores e proprietários do bem, podendo locar e vender o imóvel.�D) Usufrutuários do bem, de modo que têm a posse, direito de uso e gozo do imóvel, podendo, inclusive alugar o bem para terceiros.�B� �
	Marcelo e Camila convivem em união estável desde janeiro de 2005 e da relação nasceram os filhos Mauricio (15 anos) e Carla (10 anos). Marcelo sempre demonstrou sentir um ciúme desmedido de Camila, o que resultou em várias discussões entre o casal. Ocorre que, agravado pelo alcoolismo, Marcelo passou a agredir fisicamente Camila e, em março de 2021, veio a cometer feminicídio, o que causou a morte de Camila. Assim, em relação aos filhos Mauricio e Carla: (Procurador do Município – 2021)

A Marcelo terá suspenso o poder familiar sobre os filhos, por ato de autoridade policial.
B Marcelo perderá o poder familiar sobre os filhos menores, por ato judicial.
C Marcelo terá suspenso o poder familiar sobre os filhos menores, por ato judicial.
D Marcelo perderá o poder familiar sobre os filhos, por ato de autoridade policial.
E Marcelo não perderá o poder familiar em relação a seus filhos menores.
	A família, base da sociedade, tem especial proteção do Estado. Nesse sentido, assinale a opção correta: (Advogado. 2018. CE)
A O casamento é civil e paga sua celebração.
B O casamento religioso não tem efeito civil.
C Os direitos e deveres referentes à sociedade conjugal são exercidos de forma desigual entre o homem e a mulher.
D O casamento civil pode ser dissolvido pelo divórcio, após prévia separação judicial por mais de um ano ou comprovada a separação de fato por mais de dois anos.
E Entende-se como entidade familiar a comunidade formada por qualquer dos pais e seus descendentes.
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	Tema 5 Invalidade do casamento. Deveres. Alimentos
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	Art. 1.557. Considera-se erro essencial sobre a pessoa do outro cônjuge:�I - o que diz respeito à sua identidade, sua honra e boa fama, sendo esse erro tal que o seu conhecimento ulterior torne insuportável a vida em comum ao cônjuge enganado;�II - a ignorância de crime, anterior ao casamento, que, por sua natureza, torne insuportável a vida conjugal;�III - a ignorância, anterior ao casamento, de defeito físico irremediável que não caracterize deficiência ou de moléstia grave e transmissível, por contágio ou por herança, capaz de pôr em risco a saúde do outro cônjuge ou de sua descendência; (Redação dada pela Lei nº 13.146, de 2015) (Vigência)�
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	Art. 1.522. Os impedimentos podem ser opostos, até o momento da celebração do casamento, por qualquer pessoa capaz.�Parágrafo único. Se o juiz, ou o oficial de registro, tiver conhecimento da existência de algum impedimento, será obrigado a declará-lo.�
	DEVERES DO CASAMENTO (Eficácia)��- Planejamento familiar; Fidelidade; mútua assistência, sustento, guarda, educação�Art. 1.566. São deveres de ambos os cônjuges:�I - fidelidade recíproca;�II - vida em comum, no domicílio conjugal;�III - mútua assistência; (atenção – moral e material)�IV - sustento, guarda e educação dos filhos;�V - respeito e consideração mútuos.��� ��
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	Art. 1.565. Pelo casamento, homem e mulher assumem mutuamente a condição de consortes, companheiros e responsáveis pelos encargos da família.�§ 1 o Qualquer dos nubentes, querendo, poderá acrescer ao seu o sobrenome do outro.�§ 2 o O planejamento familiar é de livre decisão do casal, competindo ao Estado propiciar recursos educacionais e financeiros para o exercício desse direito, vedado qualquer tipo de coerção por parte de instituições privadas ou públicas.�
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	Art. 1.694. Podem os parentes, os cônjuges ou companheiros pedir uns aos outros os alimentos de que necessitem para viver de modo compatível com a sua condição social, inclusive para atender às necessidades de sua educação.�§ 1 o Os alimentos devem ser fixados na proporção das necessidades do reclamante e dos recursos da pessoa obrigada.�§ 2 o Os alimentos serão apenas os indispensáveis à subsistência, quando a situação de necessidade resultar de culpa de quem os pleiteia.�
	Art. 1.695. São devidos os alimentos quando quem os pretende não tem bens suficientes, nem pode prover, pelo seu trabalho, à própria mantença, e aquele, de quem se reclamam, pode fornecê-los, sem desfalque do necessário ao seu sustento.�Art. 1.696. O direito à prestação de alimentos é recíproco entre pais e filhos, e extensivo a todos os ascendentes, recaindo a obrigação nos mais próximos em grau, uns em falta de outros.�Art. 1.697. Na falta dos ascendentes cabe a obrigação aos descendentes, guardada a ordem de sucessão e, faltando estes, aos irmãos, assim germanos como unilaterais.�
	Art. 1.698. Se o parente, que deve alimentos em primeiro lugar, não estiver em condições de suportar totalmente o encargo, serão chamados a concorrer os de grau imediato; sendo várias as pessoas obrigadas a prestar alimentos, todas devem concorrer na proporção dos respectivos recursos, e, intentada ação contra uma delas, poderão as demais ser chamadas a integrar a lide.
	É imprescritível (o direito como um todo) não confundir com as parcelas (artigo 206, p. 2°)��- Pode haver revisão, exoneração, extinção: Maioridade do filho ou estudos, nova relação do cônjuge, mudança de condição, etc. 
	Observações:�- vedada a cessação�-Irrenunciável (cônjuge = entendimento que pode)�- impenhorabilidade��Art. 1.707. Pode o credor não exercer, porém lhe é vedado renunciar o direito a alimentos, sendo o respectivo crédito insuscetível de cessão, compensação ou penhora.
	Observação�- culpa cônjuge – Artigo 1702 – 1704 CC�(Culpa – emenda constitucional 66 de 2010)�IBDFAM: Enunciado 01 - A Emenda Constitucional 66/2010, ao extinguir o instituto da separação judicial, afastou a perquirição da culpa na dissolução do casamento e na quantificação dos alimentos.
	Alimentos Gravídicos:�Lei 11804 de 2008 – mulher gestante��Art. 2o  Os alimentos de que trata esta Lei compreenderão os valores suficientes para cobrir as despesas adicionais do período de gravidez e que sejam dela decorrentes, da concepção ao parto, inclusive as referentes a alimentação especial, assistência médica e psicológica, exames complementares, internações, parto, medicamentos e demais prescrições preventivas e terapêuticas indispensáveis, a juízo do médico, além de outras que o juiz considere pertinentes. 
	Enunciado 23 - Havendo atraso ou não pagamento da verba alimentar e indícios de que o devedor dispõe de recursos econômicos, o juiz cientificará ao Ministério Público para apurar a prática docrime de abandono material.��CPC – Devedor de alimentos – Única modalidade de prisão civil. �(Artigo 911 ao 913 CPC)(528 ao 533 CPC)�Súmula 309 STJ
	Lei 5478 de 1968�Art. 528 CPC. No cumprimento de sentença que condene ao pagamento de prestação alimentícia ou de decisão interlocutória que fixe alimentos, o juiz, a requerimento do exequente, mandará intimar o executado pessoalmente para, em 3 (três) dias, pagar o débito, provar que o fez ou justificar a impossibilidade de efetuá-lo. (OFICIAL DE JUSTIÇA)�§ 1º Caso o executado, no prazo referido no caput , não efetue o pagamento, não prove que o efetuou ou não apresente justificativa da impossibilidade de efetuá-lo, o juiz mandará protestar o pronunciamento judicial, aplicando-se, no que couber, o disposto no art. 517 .�§ 2º Somente a comprovação de fato que gere a impossibilidade absoluta de pagar justificará o inadimplemento.�
	§ 3º Se o executado não pagar ou se a justificativa apresentada não for aceita, o juiz, além de mandar protestar o pronunciamento judicial na forma do § 1º, decretar-lhe-á a prisão pelo prazo de 1 (um) a 3 (três) meses.�§ 4º A prisão será cumprida em regime fechado, devendo o preso ficar separado dos presos comuns.�§ 5º O cumprimento da pena não exime o executado do pagamento das prestações vencidas e vincendas.�§ 6º Paga a prestação alimentícia, o juiz suspenderá o cumprimento da ordem de prisão.�
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	Número do slide 31
	Tema 6 regime de Bens e Rompimento do casamento
	Número do slide 1
	PROFESSOR Mery Chalfun
	Número do slide 3
	Art. 1.639. É lícito aos nubentes, antes de celebrado o casamento, estipular, quanto aos seus bens, o que lhes aprouver.�§ 1 o O regime de bens entre os cônjuges começa a vigorar desde a data do casamento.�§ 2 o É admissível alteração do regime de bens, mediante autorização judicial em pedido motivado de ambos os cônjuges, apurada a procedência das razões invocadas e ressalvados os direitos de terceiros.�
	Art. 1.640. Não havendo convenção, ou sendo ela nula ou ineficaz, vigorará, quanto aos bens entre os cônjuges, o regime da comunhão parcial.�Parágrafo único. Poderão os nubentes, no processo de habilitação, optar por qualquer dos regimes que este código regula. Quanto à forma, reduzir-se-á a termo a opção pela comunhão parcial, fazendo-se o pacto antenupcial por escritura pública, nas demais escolhas.��Art. 1.641. É obrigatório o regime da separação de bens no casamento:�I - das pessoas que o contraírem com inobservância das causas suspensivas da celebração do casamento;�II – da pessoa maior de 70 (setenta) anos; (Redação dada pela Lei nº 12.344, de 2010) Observar : Decisão STF�III - de todos os que dependerem, para casar, de suprimento judicial.�
	Súmula 377. No regime de separação legal de bens, comunicam-se os adquiridos na constância do casamento.��Hipótese do artigo 1641 – quando provar a comunhão.�Possível afastar a súmula em pacto.
	Observação: patrimônio do casal pode ser atingido�Art. 1.647. Ressalvado o disposto no art. 1.648, nenhum dos cônjuges pode, sem autorização do outro, exceto no regime da separação absoluta: (autorização conjugal)�I - alienar ou gravar de ônus real os bens imóveis;�II - pleitear, como autor ou réu, acerca desses bens ou direitos;�III - prestar

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