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Propriedades dos Materiais e Ações e Segurança em Estruturas Metálicas Professora: LAYSE MENDES DINIZ Centro Universitário UniProjeção Propriedade dos Materiais – Exercício Considere um corpo de prova cilíndrico de um aço (curva tensão de engenharia –deformação de engenharia apresentada abaixo) de 8,5 mm de diâmetro e 80 mm de comprimento que é submetido ao ensaio de tração. Determine seu alongamento quando uma carga de 65.250 N for aplicada. 2 Propriedade dos Materiais – Exercício 3 Propriedade dos Materiais – Exercício Usando o mesma gráfico tensão-deformação do exercício 1, responda: Qual é o valor do módulo de elasticidade (elasticity modulus ou Young modulus) da liga? Qual é o valor do limite de proporcionalidade (proportional limit)? Qual é o valor do limite de escoamento (yield strength) para deformação de engenharia = 0,002 (ou 0,2%)? Qual é o valor do limite de resistência à tração (tensile strength)? 4 Propriedade dos Materiais – Exercício Módulo de Elasticidade 5 Propriedade dos Materiais – Exercício Limite de Proporcionalidade 6 Propriedade dos Materiais – Exercício Limite de Escoamento 7 Propriedade dos Materiais – Exercício Limite de Resistência a Tração 8 Fundamentos de Estruturas em Aço Tipos de Aços estruturais Classificação Aço é uma liga de ferro e carbono com outros elementos adicionais como silício, manganês, enxofre, entre outros. O teor de carbono varia de 0% ~ 1,7%. Os aços utilizados em estruturas são divididos em dois grupos: aços-carbono e aços de baixa liga. 9 Fundamentos de Estruturas em Aço Tipos de Aços estruturais Aços-carbono Os aços-carbonos são os tipos mais usados, nos quais o aumento de resistência em relação ao ferro puro é produzido pelo carbono e, em menor escala, pelo manganês. Porcentagens máximas: Em função do teor de carbono, distinguem-se quatro categorias: 10 Fundamentos de Estruturas em Aço Tipos de Aços estruturais Aços-carbono O aumento de teor de carbono eleva a resistência do aço, portanto, sua ductilidade. Em estruturas de aço usuais, utilizam-se de preferência aços de teor baixo até moderado. Aços de Baixa Liga Os aços de baixa liga são aços-carbono acrescidos de elementos de liga como cobre, manganês, níquel, fósforo, zircônio e outros, que conferem melhores propriedades mecânicas. 11 Fundamentos de Estruturas em Aço Os aços estruturais, ou seja, os utilizados para fabricação de perfis, tubos e chapas usados nas estruturas, são do tipo aço com baixo teor de carbono. Esses podem conter ou não elementos de liga. E os que tiverem em sua composição química outros elementos podem receber o tratamento térmico que aumenta a resistência mecânica do aço e também a resistência à corrosão. 12 Tipos de Aços 13 Quadro: Aços especificados por normas brasileiras para fins estruturais. Tipos de Aços 14 Quadro: Aços estruturais relacionados pela ASTM (American Society for Testing and Materials). Seções Estruturais Chapas grossas 15 Seções Estruturais Chapas finas 16 Seções Estruturais Barras 17 Seções Estruturais Tubos 18 Seções Estruturais Perfis 19 Seções Estruturais – Perfis Metálicos 20 LAMINADOS (SIDERÚRGICA) SOLDADOS OU COMPOSTOS (METALÚRGICA) DOBRADOS A FRIO (METALÚRGICA) “PERFIS PESADOS” NORMA ABNT NBR 8800: 2008 “PERFIS LEVES” NORMA ABNT NBR 14762: 2010 Seções Estruturais - Perfis 21 21 Seções Estruturais - Perfis 22 22 Seções Estruturais - Perfis 23 23 Seções Estruturais - Perfis 24 24 Elementos estruturais 25 Elementos estruturais 26 Elementos tipo Barra Tirantes: sujeitos a tração axial; Pilares: sujeitos a compressão axial; Vigas: sujeitas a carga transversal que produzem momento fletor e esforço cortante; Banzos, diagonais, montante: sujeitos a tração e a compressão axial. Elementos estruturais 27 Elementos tipo Placa Lajes: sujeitas à forças que atuam perpendicularmente à face formada pelas duas maiores dimensões; Paredes e painéis estruturais: as forças atuam paralelamente à face formada pelas duas maiores dimensões. Apoios 28 Exemplos de estruturas metálicas 29 Burj Al Arab - Dubai Empire State – New York Exemplos de estruturas metálicas 30 Taipei 101 - Taiwan Torre Eiffel - Paris Exemplos de estruturas metálicas 31 San Paolo - São Paulo - Primeiro prédio do Brasil com múltiplos andares em aço. Shopping centers Exemplos de estruturas metálicas 32 Exemplos de estruturas metálicas 33 Exemplos de estruturas metálicas 34 Postos de gasolina Torres de transmissão Exemplos de estruturas metálicas 35 Silos, reservatórios, caixas d’água, tanques em geral Exemplos de estruturas metálicas 36 Pontes, viadutos e passarelas Projeto Estrutural e Normas Os objetivos de um projeto estrutural são: Garantia de segurança - colapso Garantia de desempenho – grandes deslocamentos Etapas de um projeto estrutural: Anteprojeto Dimensionamento Detalhamento Regras e recomendações: Critérios de garantia de segurança Padrões de testes para caracterização de materiais Definição de carregamento Limites de tolerância para imperfeições na execução Regras construtivas, etc. 37 Ações e segurança nas estruturas As estruturas devem ser projetadas para resistir a todas as ações atuantes durante sua vida útil com segurança, desempenho e durabilidade adequada à sua utilização, com custos de construção e manutenção compatíveis. A estrutura deve ser verificada para condições normatizadas de segurança referentes aos estados-limites últimos e de serviço. 38 Ações e segurança nas estruturas Estado Limite Último (ELU): estado que, pela sua simples ocorrência, determina a paralisação, no todo ou em parte, do uso da construção. 39 Ações e segurança nas estruturas Estado Limite de Serviço (ELS): estados que, por sua ocorrência, repetição ou duração, causam efeitos estruturais que não respeitam as condições especificadas para o uso normal da construção, ou que são indícios de comprometimento da durabilidade da estrutura. 40 Ações e segurança nas estruturas “Ações são causas que provocam esforços ou deformações nas estruturas. Do ponto de vista prático, as forças e as deformações impostas pelas ações são consideradas como se fossem as próprias ações. As deformações impostas são por vezes designadas por ações indiretas e as forças, por ações diretas.” (ABNT NBR 8681, 2003). 41 Ações e segurança nas estruturas Ações permanentes Ações que ocorrem com valores constantes ou de pequena variação em torno de sua média, durante praticamente toda avida da construção. Consideram-se como ações: permanentes diretas: os pesos próprios dos elemen-tos da construção, incluindo- se o peso próprio da estrutura e de todos os elementos construtivos permanentes, os pesos dos equipamentos fixos e os empuxos devidos ao peso próprio de terras não removíveis e de outras ações permanentes sobre elas aplicadas; permanentes indiretas: a protensão, os recalques de apoio e a retração dos materiais 42 Ações e segurança nas estruturas Ações variáveis Ações que ocorrem com valores que apresentam variações significativas em torno de sua média, durante a vida da construção. Exemplo: as sobrecargas nas construções, os efeitos do vento, das variações de temperatura, do atrito nos aparelhos de apoio bem como efeitos, tais como forças de frenagem, de impacto e centrífugas, e, em geral, as pressões hidrostáticas e hidrodinâmicas. Em função de sua probabilidade de ocorrência durante a vida da construção, as ações variáveis são classificadas em normais ou especiais ações variáveis normais: ações variáveis com probabilidade de ocorrência suficientemente grande para que sejam, obrigatoriamente, consideradas no projeto das estruturas de um dadotipo de construção; ações variáveis especiais: nas estruturas em que devam ser consideradas certas ações especiais, como ações sísmicas ou cargas acidentais de natureza ou de intensidade especiais, elas também devem ser admitidas como ações variáveis. 43 Ações e segurança nas estruturas Ações excepcionais As ações excepcionais são aquelas que tem duração extremamente curta e muito baixa probabilidade de ocorrência durante a vida da construção, mas que devem ser consideradas nos projetos de determinadas estruturas. Consideram-se como excepcionais as ações decorrentes de causas tais como incêndios, explosões, choques de veículos, enchentes ou sismos excepcionais. 44 Ações e segurança nas estruturas Ações permanentes Ações variáveis Ações excepcionais 45 Ações e segurança nas estruturas Esforços São as forças desenvolvidas internamente no corpo e que tendem a resistir as cargas. Entretanto, cargas também são forças, porém, desenvolvidas externamente. Assim, os esforços estruturais podem ser caracterizados como esforços externos atuantes ativos e reativos. Ativos: são produzidos por forças atuantes, ou seja, cargas aplicadas à estrutura; Reativos: são produzidos pelas reações, ou seja, são as equilibrantes do sistema de cargas; Ou esforços internos solicitantes e resistentes Solicitantes: são os esforços normais de tração ou compressão, cortantes, flexão e torção; Resistentes: são as tensões normais e tensões de cisalhamento. 46 Ações e segurança nas estruturas Esforços 47 Ações e segurança nas estruturas Uma vez sujeita às cargas atuantes, as peças estruturais respondem através de esforços resistentes. Mas, também sobre o influxo das cargas ou esforços atuantes, surge deslocamentos em torno dos eixos transversais da seção da peça. 48 Ações e segurança nas estruturas Exercício: Dado o perfil VS 750 x 10 em aço ASTM A36, simplesmente apoiado sob a forma de viga com vão livre de 11,00 m, verificar a deformação máxima desse perfil sujeito a: Carga uniformemente distribuída de 16,5 kN/m ou 0,165 kN/cm; Carga pontual P=125 kN(meio do vão). Dados: E = 20 GPa; I= 134197 cm. 49 Valores representativos das ações As ações são quantificadas por seus valores representativos, que podem ser valores característicos, valores reduzidos de combinação e valores convencionais excepcionais. O valores característicos das ações, designados por , são determinados a partir de valores normatizados (por exemplo, conforme ABNT NBR 6120 para carregamentos e NBR 6123 para efeito do vento) ou por meio de medições (por exemplo, em depósitos). 50 Valores representativos das ações Os valores reduzidos de , em função da combinação de ações, são utilizados quando: nas verificações de estados-limites últimos: quando a ação considerada se combina com a ação principal. Aquela é determinada a partir dos valores característicos pela expressão , que considera muito baixa a probabilidade de ocorrência simultânea dos valores característicos de duas ou mais ações variáveis de naturezas diferentes (entende-se por ações variáveis de naturezas diferentes aquelas originadas por agentes distintos) por exemplo, ação do vento, sobrecarga de cobertura, carga acidental de piso e carga de equipamento); 51 Valores representativos das ações nas verificações de estados-limites de serviço: a ação considerada é determinada a pelas expressões , que estimam, respectivamente, os valores frequentes e quase permanentes de uma ação que acompanha a ação principal. Os valores dos fatores , conhecidos como fatores de combinação, e dos e , conhecidos como fatores de redução, que devem ser empregados em projetos de edifícios, são apresentados na Tabela 1. 52 Valores representativos das ações 53 Valores de cálculo das ações Os valores de cálculo das ações, designados por ,são obtidos a partir dos valores representativos, multiplicando-os pelos respectivos coeficientes de ponderação . Os valores dos coeficientes de ponderação a serem empregados nas combinações normais de ações são fornecidos nas Tabelas 2 a 5. Os valores fornecidos são aqueles que provocam efeitos desfavoráveis à segurança. Quando os efeitos forem favoráveis, . 54 Valores de cálculo das ações 55 Valores de cálculo das ações 56 Valores de cálculo das ações 57 Valores de cálculo das ações 58 Combinações de ações Um carregamento é constituído por um conjunto de ações com probabilidade de atuarem simultaneamente na estrutura. As ações devem ser combinadas de várias maneiras diferentes objetivando determinar os efeitos mais nocivos para a estrutura. Cada carregamento é formado por combinações específicas de ações. 59 Combinações de ações Combinações últimas Uma combinação última de ações pode ser classificada em normal, especial, de construção e excepcional. Combinações últimas normais: são dadas pela seguinte expressão: Onde: é o valor característico das ações permanentes; é o valor característico da ação variável considerada como ação principal para a combinação; é o valor reduzido de combinação de cada uma das demais ações variáveis. 60 Combinações de ações Combinações últimas especiais ou de construção: são dadas pela seguinte expressão: Onde: é o valor característico das ações permanentes; é o valor característico da ação variável admitida como principal para a situação transitória considerada; é é o fator de combinação efetivo de cada uma das demais variáveis que podem agir concomitantemente com a ação principal , durante a situação transitória. 61 Combinações de ações Combinações últimas excepcionais: são dadas pela seguinte expressão: Onde: é o valor da ação transitória excepcional e os demais termos são os que já foram definidos nas combinações anteriores. 62 Combinações de ações Combinação de serviço As combinações de serviço são classificadas de acordo com sua permanência na estrutura em quase permanentes, frequentes e raras. Combinações quase permanentes de serviço: todas as ações variáveis são consideradas com seus valores quase permanentes Combinações frequentes de serviço: Nas combinações frequentes de serviço, a ação variável principal é tomada com seu valor frequente e todas as demais ações variáveis são tomadas com seus valores quase-permanentes 63 Combinações de ações Combinações raras de serviço: Nas combinações raras de serviço, a ação variável principal é tomada com seu valor característico e todas as demais ações são tomadas com seus valores frequentes 64 Boa noite! 65 image2.png image3.png image4.png image5.png image6.png image7.png image8.png image9.png image10.png image11.png image12.png image13.png image14.png image15.png image16.png image17.png image18.png image19.png image20.png image21.png image22.png image23.png image24.png image25.png image26.png image27.png image28.png image29.png image30.png image31.png image32.png image33.png image34.png image35.png image36.png image37.png image38.png image39.png image40.emf image41.png image42.png image43.png image44.png image45.png image46.png image47.png image48.png image49.png image50.png image51.png image52.png image53.png image54.png image55.png image56.png image57.png image58.png image59.png image60.png image61.png image62.png image63.png image64.png image65.png image66.png image67.png image68.png image69.png image70.png image71.png image72.png image73.png image74.png image75.png