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Aula 08 Discursivas Receita Federal

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Aula 08 
Discursivas p/ Receita Federal (Analista
Tributário) - Sem Correção - 2021 -
Pré-Edital
Autores:
Carlos Roberto, Fábio Dutra,
Marcio Damasceno
Aula 08 
1 de Março de 2021
85667350483 - Rafael Barbosa Lima
 
 
 
 
 
 
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Sumário 
Padrões da terceira rodada ........................................................................................................................ 3 
Administração Geral e Pública ................................................................................................................... 3 
Tema 26 ................................................................................................................................................ 3 
Proposta de solução .............................................................................................................................. 4 
Tema 27 ................................................................................................................................................ 6 
Proposta de solução .............................................................................................................................. 6 
Tema 28 ............................................................................................................................................... 8 
Proposta de solução .............................................................................................................................. 9 
Tema 29 .............................................................................................................................................. 11 
Proposta de solução ............................................................................................................................. 12 
Tema 30 ............................................................................................................................................... 14 
Proposta de solução ............................................................................................................................. 14 
Tema 31 ............................................................................................................................................... 16 
Proposta de solução ............................................................................................................................. 17 
Tema 32 ............................................................................................................................................... 18 
Proposta de solução ............................................................................................................................. 19 
Tema 33 .............................................................................................................................................. 20 
Proposta de solução ............................................................................................................................. 21 
Legislação aduaneira .............................................................................................................................. 22 
Tema 34 .............................................................................................................................................. 22 
Proposta de solução ............................................................................................................................. 23 
Tema 35 .............................................................................................................................................. 24 
Proposta de solução ............................................................................................................................ 24 
Carlos Roberto, Fábio Dutra, Marcio Damasceno
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Tema 36............................................................................................................................................... 25 
Proposta de solução ............................................................................................................................. 25 
Tema 37 ............................................................................................................................................... 27 
Proposta de solução ............................................................................................................................. 27 
Tema 38 .............................................................................................................................................. 29 
Proposta de solução ............................................................................................................................ 29 
Tema 39............................................................................................................................................... 31 
Proposta de solução ............................................................................................................................. 31 
Tema 40 .............................................................................................................................................. 32 
Proposta de solução ............................................................................................................................. 32 
Tema 41 ............................................................................................................................................... 33 
Proposta de solução ............................................................................................................................. 34 
Tema 42 .............................................................................................................................................. 35 
Proposta de solução ............................................................................................................................. 35 
Tema 43 ............................................................................................................................................... 37 
Proposta de solução ............................................................................................................................. 37 
Tema 44 .............................................................................................................................................. 38 
Proposta de solução ............................................................................................................................. 39 
Tema 45 ............................................................................................................................................. 40 
Proposta de solução ............................................................................................................................. 41 
Tema 46 ............................................................................................................................................. 42 
Proposta de solução ............................................................................................................................ 42 
Tema 47 .............................................................................................................................................. 44 
Proposta de solução ............................................................................................................................ 44 
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Tema 48 .............................................................................................................................................46 
Proposta de solução ............................................................................................................................ 46 
Tema 49 .............................................................................................................................................. 47 
Proposta de solução ............................................................................................................................ 48 
Tema 50 ............................................................................................................................................. 49 
Proposta de solução ............................................................................................................................ 49 
Tema 51 ...............................................................................................................................................50 
Proposta de solução ............................................................................................................................. 51 
Tema 52 .............................................................................................................................................. 52 
Proposta de solução ............................................................................................................................. 52 
Tema 53 ............................................................................................................................................... 53 
Proposta de solução .............................................................................................................................54 
 
 
PADRÕES DA TERCEIRA RODADA 
 
ADMINISTRAÇÃO GERAL E PÚBLICA 
TEMA 26 
O Setor de Planejamento de determinado órgão elaborou o seu plano estratégico junto a sua alta 
administração. Do ponto de vista administrativo, o plano foi bem elaborado, no entanto a estratégia não 
está sendo alcançada. A maioria dos servidores não tem conhecimento da missão, da visão de futuro, dos 
valores, nem sabe associar ao plano estratégico as atividades que executa no dia a dia do órgão. O mapa 
estratégico passou a ser um mero cartaz sem significado nas paredes do órgão. 
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Considerando que o princípio constitucional da eficiência vem ganhando cada vez mais destaque nos 
processos de gestão nos órgãos públicos brasileiros; e considerando ainda que, para o alcance da eficiência, 
é necessário que os órgãos revisem suas estruturas, sua forma de funcionamento e, sobretudo, disponham 
de um plano bem estruturado para executar adequadamente a estratégia e garantir a qualidade dos serviços 
prestados à população, redija um texto dissertativo a respeito do referido plano estratégico. Ao elaborar 
seu texto, faça o que se pede a seguir. 
a) Discorra sobre planejamento estratégico e sua finalidade. 
b) Características dos princípios gerais de planejamento e dos princípios específicos de planejamento. 
c) Defina missão, visão e valores organizacionais. 
d) Explique o que são objetivos estratégicos. 
e) Aponte as possíveis falhas na execução da estratégia e as possíveis ações a serem adotadas para que a 
estratégia seja alcançada. 
PROPOSTA DE SOLUÇÃO 
O planejamento [assunto] é um dos quatro principais processos administrativos, o 
qual se divide em estratégico [tema], tático e operacional, cada um deles com suas 
especificidades em termos de abrangência, prazo e detalhamento. O caso em tela apresenta 
a situação de determinado órgão, cujo planejamento estratégico, apesar de elaborado, não 
alcançou os objetivos por ele almejados [tese]. 
O planejamento estratégico possui caráter mais amplo e abrangente. É de 
responsabilidade dos níveis hierárquicos mais elevados da empresa, além de ser projetado 
para o longo prazo. Ele envolve a organização em todos os seus níveis e possui, como 
principal finalidade, o estabelecimento da direção a ser seguida por ela, de modo a 
alcançar, da melhor forma, seus objetivos estratégicos. [Tópico I] 
Outrossim, de acordo com a doutrina, a atividade de planejamento deve estar 
fundamentada em princípios gerais e específicos. Os princípios gerais subdividem-se em: 
princípio da contribuição aos objetivos, de acordo com o qual o planejamento deve visar 
ao alcance dos objetivos máximos da empresa, hierarquizando-os e procurando concretizá-
los em sua totalidade; princípio da precedência do planejamento, o qual preconiza que, 
considerando o fato de que o planejamento é uma função administrativa que antecede as 
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demais (organização, direção e controle), deve ser elaborado no início do processo 
administrativo, assumindo, por conseguinte, maior importância em relação às demais 
funções; princípio da maior penetração e abrangência, o qual prevê que o planejamento 
pode provocar uma série de modificações nas características e atividades da empresa, 
notadamente nos aspectos relativos a pessoas, tecnologias e sistemas; e, por fim, princípio 
da maior eficiência, eficácia e efetividade, de acordo com o qual o planejamento deve 
procurar maximizar os resultados e minimizar as deficiências. [Tópico I] 
Já no que se refere aos princípios específicos, podem-se relacionar: o planejamento 
participativo, estabelecendo que o principal benefício do planejamento não é o seu 
produto, mas o processo desenvolvido; o planejamento coordenado, relacionado com a 
necessidade de ser adotada uma abordagem sistêmica para a realização do planejamento, 
exigindo que todos os aspectos envolvidos sejam projetados de forma que atuem 
interdependentemente; o planejamento integrado, que determina a necessidade de 
envolvimento de todos os escalões de uma empresa; e, finalmente, o planejamento 
permanente, referindo-se à continuidade necessária no processo de planejamento. [ Tópico 
II] 
A missão de uma organização é a sua razão de existência. Funciona como o propósito 
orientador para a sua atuação e para aglutinar os esforços dos seus membros. Na visão, 
define-se o que a organização pretende ser no futuro, isto é, a maneira como almeja ser 
vista. E os valores são princípios, crenças, normas e padrões que orientam o seu 
comportamento e a sua atuação, os quais devem ser internalizados e incorporados por 
toda a equipe. [Tópico II] 
Os objetivos estratégicos devem expressar o resultado que a organização como um 
todo pretende alcançar, exprimindo o que é essencial para o cumprimento da missão e o 
alcance da visão. São os seus alvos prioritários e se encontram intrinsecamente atrelados 
às questões estratégicas e à visão de futuro organizacional. [Tópico III] 
Finalmente, as principais falhas concentram-se na falta de disseminação e de 
envolvimento coletivo dos servidores com o plano estratégico. Nesse sentido, é necessário 
investir em ações de comunicação, de maneira a fortalecer a transmissão da missão, da 
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visão de futuro e dos valores. Igualmente necessárias são as ações de conscientização para 
a importância do planejamento estratégico, de forma que as equipes de trabalho estejam 
cientes do significado de todos os elementos que o compõem, bem como da forma como as 
atividades e os processos contribuem para o alcance dos objetivos estratégicos da 
organização.[Tópico IV] 
 
TEMA 27 
A transição da era industrial para a era da informação ocasionou muitas mudanças nos ambientes 
organizacionais, sejam eles públicos ou privados. Preocupados com essa ruptura no modelo de negócio até 
então vigente, Kaplan e Norton elaboraram uma ferramenta capaz de medir o desempenho organizacional, 
condição essencial para definir as estratégias organizacionais e verificar se os planos traçados são efetivos 
ou não. Tendo em vista que o fragmento de texto acima tem caráter unicamente motivador, e considerando 
que o Balanced ScoreCard (BSC) e um instrumento para medir o desempenho organizacional a partir de 
quatro perspectivas ou categorias de informações, redija um texto dissertativo que contemple, 
necessariamente, os seguintes aspectos: 
a. Qual a importância e quais os benefícios do BSC como um todo? 
b. Identifique cada uma das quatro perspectivas ou categorias de informações que norteiam o BSC e 
esclareça em que consiste cada uma delas. 
c. A possibilidade de aplicação do BSC na Administração Pública. 
PROPOSTA DE SOLUÇÃO 
Diante do aumento da concorrência, da complexidade do ambiente e do dinamismo 
das organizações, o controle baseado unicamente em indicadores e medidas financeiras 
passou a não mais fornecer respostas satisfatórias. Face a esse fato, demandou-se que a 
medição do desempenho organizacional [assunto] integrasse outros fatores, tais como 
satisfação dos clientes, motivação dos funcionários, eficiência dos processos internos e 
qualidade do produto/serviço ofertado [pressuposto orientador]. Foi dessa necessidade 
que surgiu o “Balanced Scorecard” (BSC) [tema]. [Introdução roteiro] 
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O BSC tornou-se essencialmente uma ferramenta de gestão capaz de operacionalizar 
as estratégias organizacionais levando em consideração diferentes grupos de interesse em 
sua análise e execução, além de auxiliar no processo de formulação do plano estratégico 
ao estabelecer metas, objetivos e indicadores. Ele é capaz de retroalimentar o sistema, 
apresentando “feedbacks” constantes para monitoramento e ajustes dos planos da 
instituição. Adicionalmente, permite comunicar a estratégia de forma clara para toda a 
instituição além de ser direcionado e focado em ações concretas. [Tópico I] 
O BSC considera quatro categorias de informações sobre o desempenho da empresa: 
financeira (interesse dos acionistas); interesse dos clientes; eficiência dos processos 
internos e aprendizagem e crescimento organizacional. [Tópico II] 
A perspectiva financeira abrange o crescimento e o perfil de receita, a melhoria da 
produtividade e a redução de custos, além das ações diretamente relacionadas à alocação 
de recursos monetários da instituição. Apesar de ser considerada muitas vezes como 
principal perspectiva do BSC, dependendo do tipo de organização em que o sistema é 
aplicado, ela pode acabar em segundo plano; esse é o caso das instituições governamentais, 
assim como daquelas pertencentes ao terceiro setor, cujo objetivo não está ligado à geração 
de lucro. [Tópico II] 
No caso da categoria de informação referente aos clientes, leva-se em consideração o 
maior elo de interação em que uma organização pode atuar, no caso, seus clientes. Analisa-
se como a organização é vista pelo cliente e como ela pode atendê-lo da melhor maneira 
possível, podendo ser mensurada por indicadores como participação no mercado, 
crescimento, satisfação, etc. [Tópico II] 
No que se refere aos processos internos, preocupa-se com o aprimoramento dos 
processos de trabalho, o modelo de produção e a forma de operação de um negócio. Por 
isso, essa é uma perspectiva primordial para a adoção do BSC, uma vez que os dirigentes 
precisam conhecer os pontos críticos que devem ser melhorados na instituição para 
garantir a sustentabilidade do seu negócio. [Tópico II] 
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Já no caso da perspectiva aprendizagem e crescimento, verifica-se os ativos 
intangíveis que constituem a essência da organização e que dão o necessário suporte para 
a consecução dos objetivos e metas propostos pelos dirigentes. Relaciona-se diretamente 
com a capacidade de aprendizagem da instituição e possui objetivos direcionados ao 
desenvolvimento de competências relevantes para o plano estratégico definido. [Tópico 
II] 
Embora o BSC tenha sido originalmente projetado para uso em relação às 
organizações do setor privado, também pode ser adaptado à gestão pública, não obstante 
a presença de algumas particularidades. A principal delas refere-se à arquitetura das 
perspectivas, pois, enquanto a visão financeira é a mais importante para o setor privado, 
no setor público o cumprimento da missão institucional (prestar serviços à sociedade) é a 
principal perspectiva e deve estar no topo do BSC. [Tópico III] 
Nesse sentido, são exemplos de adaptações relevantes: a perspectiva financeira numa 
instituição pública corresponde ao orçamento, pois é através deste que uma organização 
obtém seus recursos. Por isto, no setor público, esta perspectiva é a base que dá suporte 
para as outras; a perspectiva do cliente é mais bem definida como cliente-cidadão ou 
cidadão-cliente, visto que, nas instituições públicas, o cidadão é o elemento central, é o 
financiador, como usuário dos serviços ofertados e como verdadeiro titular da coisa 
pública. [Tópico III] 
Por fim, há que se frisar que, segundo a doutrina, não existe um modelo único para 
toda e qualquer entidade pública, havendo diversos modelos adaptados de acordo com a 
realidade de cada uma delas. [Tópico III] 
 
TEMA 28 
A liderança tem sido definida sob diferentes perspectivas no transcorrer da evolução humana. Embora seja 
foco de muitos estudos, não há uma conclusão universal a respeito do conceito de liderança, assim como 
do comportamento e do estilo do líder (BURNS, 1978; BOWDITCH e BUONO, 2002; ROBBINS, 2005). 
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O termo “liderar” foi utilizado, pela primeira vez, em 825 d.C. A palavra tem origem inglesa e foi conceituada 
como o ato de “conduzir, dirigir, guiar, comandar, persuadir, encaminhar, encabeçar, capitanear, 
atravessar” (HOUAISS, 2001). 
É neste quadro, fundado sobre um amplo conjunto de significados, que Robbins (2005) salienta que, na 
literatura atual, não há consenso acerca do que vem a significar o termo “liderança”. Não há consonância 
entre as abordagens quanto à origem da liderança, se esta é inata, desenvolvida ou adquirida. Muito menos 
há consenso em relação aos principais pontos que influenciam o processo de liderar. Não se sabe se o 
determinante é a figura do líder, ou o simbolismo que essa figura representa, se é a natureza da situação 
que possibilita a liderança, ou se são as características dos liderados que proporcionam o ato de liderar. 
LIMA, Gustavo & CARVALHO NETO, Antônio. Uma leitura da evolução 
das teorias sobre liderança à luz da teoria da estruturação de Giddens. 
Disponível em: <http://www.anpad.org.br/admin/pdf/EnGPR227.pdf>. 
Acesso em: 26 jun. 2018, com adaptações. 
Considerando que o fragmento de texto acima tem caráter unicamente motivador, redija um texto 
dissertativo sobre o tema liderança. Aborde, necessariamente os seguintes tópicos: 
 As teorias de liderança: teoria dos traços de personalidade, teorias comportamentaise teorias 
situacionais; 
 Os estilos de liderança: autocrática, liberal e democrática; 
 04 Estilos de Liderança de Likert; 
 Teoria do Grid Gerencial de Blake e Mouton; 
 As principais diferenças entre liderança transacional e transformacional. 
 
PROPOSTA DE SOLUÇÃO 
Há diversas teorias a respeito de liderança que tentam explicar como se processa essa 
capacidade do líder de interferir na escolha das pessoas. A primeira delas, a teoria dos 
traços de personalidade, enfatiza que o sucesso do líder é decorrência das suas 
características pessoais, intelectuais e emocionais, sendo, portanto, uma característica 
inata. De maneira oposta, nas teorias comportamentais, o que predomina não são os traços 
de personalidade, mas sim o estilo de liderança, que pode ser aprendido por meio de 
técnicas de desenvolvimento pessoal. Por fim, de acordo com as teorias situacionais, o líder 
pode assumir diferentes padrões de liderança de acordo com as situações e para cada um 
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dos membros da sua equipe, não existindo estilo único válido para toda e qualquer 
situação. [Tópico I] 
Quanto ao estilo de liderança, um líder pode adotar uma postura autocrática, liberal 
ou democrática. No primeiro caso, tem-se um líder centralizador: todas as principais 
decisões são tomadas de maneira unilateral, não permitindo que os demais membros da 
equipe opinem, cabendo-lhes, apenas, obedecerem às ordens sem questionamento. O líder 
de perfil liberal, em sentido oposto, dá ampla liberdade aos seus subordinados para decidir, 
participando de modo muito discreto e comentando apenas quando perguntado. Por 
último, o líder democrático incentiva a equipe a participar do processo de tomada de 
decisão, de forma que as diretrizes sejam debatidas e decididas pelo grupo, que é 
estimulado e assistido pelo líder. [Tópico II] 
Um dos modelos de liderança comportamental foi criado por Likert, o qual divide, 
conforme o grau de autoridade do líder, os estilos de liderança em quatro tipos. O primeiro 
é o autoritário coercivo, no qual o líder é autocrático, centralizador, fortemente arbitrário 
e que organiza e controla rigidamente tudo o que ocorre dentro da organização. Para 
exercer a sua coerção, são usadas ameaças e punições, o que gera um ambiente de 
insegurança e medo. O segundo é o autoritário benevolente, modelo em que o líder ainda é 
autoritário e impositivo, mas numa intensidade inferior à do modelo anterior. Aqui já se 
esboça alguma consulta, delegação e certa liberdade para a realização de tarefas e, apesar 
da existência de ameaças, já há recompensas. [Tópico III] 
O terceiro é o consultivo, no qual o líder é mais participativo e menos arbitrário. Há 
discussão dos objetivos e tarefas com os membros da equipe, o que torna o processo mais 
consultivo e menos descentralizado que nos modelos anteriores. A comunicação, ainda que 
não seja plena, já flui dos subordinados para os superiores, havendo, inclusive um 
ambiente mais propício para o desenvolvimento do trabalho de grupo. Ainda, como modelo 
mais democrático, tem-se o participativo. Nele o processo decisório é bastante 
descentralizado e há boa comunicação em todos os sentidos. Enfatizam-se os 
relacionamentos interpessoais e o trabalho em equipe. Ameaças e punições são 
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extremamente raras, formando um ambiente de motivação, segurança coletiva e de 
interdependência. [Tópico III] 
A teoria do “grid” gerencial de Blake e Mouton funda-se no princípio de que os estilos 
de liderança podem ser identificados com base na preocupação do gerente por pessoas e 
produção. Com base nessas duas variáveis, desenvolveu-se um gráfico bidimensional (um 
“grid” gerencial) em que, a depender da ênfase da liderança em processos ou em pessoas, 
identificaram-se 5 estilos de liderança: a “empobrecida” (baixa ênfase em tarefas e em 
pessoas); “clube de campo” (baixa ênfase em tarefas e alta em pessoas); “meio-termo” 
(média ênfase em tarefas e em pessoas); “de tarefas” (baixa ênfase em pessoas e alta em 
tarefas); e, finalmente, a “de equipes” (alta ênfase em tarefas e em pessoas), a qual é 
considerada o modelo ideal segundo os idealizadores da teoria. [Tópico III] 
Por fim, na liderança transacional, estabelece-se um processo de troca no qual o líder 
provê recompensas em troca do desempenho dos seus subordinados. De um lado, o líder se 
beneficia ao obter o comprometimento dos subordinados e, por outro lado, os liderados são 
recompensados na proporção do empenho empregado na execução das tarefas. Quanto à 
liderança transformacional, ela enfatiza o processo de construção do comprometimento 
organizacional por meio do empoderamento dos seguidores para acompanhar esses 
objetivos. Ocorre quando os líderes elevam os interesses de seus empregados, garantindo a 
aceitação dos propósitos e da missão do grupo, e os estimulam a pensar além de seus 
interesses em prol dos interesses da organização. [Tópico III] 
 
TEMA 29 
Motivação no trabalho sempre foi um assunto de grande importância na área da administração. De fato, 
diversas teorias foram propostas para explicar como se desenvolve a motivação humana no ambiente 
corporativo. 
Nesse sentido, redija um texto dissertativo acerca das teorias de motivação, abordando, necessariamente, o 
que se pede a seguir: 
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a) Indique o autor, as premissas básicas da teoria dos dois fatores, descreva os elementos que caracterizam 
cada um dos fatores dessa teoria e apresente exemplos específicos de cada um deles. 
b) Explique a teoria da expectância de Victor Vroom e como as suas variáveis interferem na motivação do 
indivíduo. 
c) Explique como o modo de ver as pessoas na organização pode interferir no estilo de liderança adotado 
segundo a Teoria X e Y de McGregor. 
PROPOSTA DE SOLUÇÃO 
A teoria dos dois fatores foi formulada e desenvolvida por Frederick Herzberg, 
baseando-se em entrevistas realizadas com o intuito de determinar os fatores que faziam 
os trabalhadores se sentirem excepcionalmente felizes na situação de trabalho e os que os 
tornaram infelizes nessa mesma situação. Seus estudos levaram à conclusão de que os 
fatores que influem na produção de satisfação profissional são desligados e distintos dos 
fatores que levam à sua insatisfação. Com base nisso, identificaram-se dois tipos de 
acontecimentos ou fatores: os higiênicos e os motivacionais. [Tópico I-a] 
Os fatores higiênicos são também chamados de fatores extrínsecos, pois estão 
localizados no ambiente que rodeia as pessoas e abrangem as condições nas quais elas 
desempenham seu trabalho. De acordo com as pesquisas de Herzberg, quando os fatores 
higiênicos são ótimos, eles apenas evitam a insatisfação e, quando a elevam, não 
conseguem sustentá-la elevada por muito tempo. Porém, quando os fatores higiênicos são 
péssimos ou precários, eles provocam a insatisfação dos empregados. São exemplos de 
fatores higiênicos: o salário; os benefícios sociais; o tipo de chefia; as condições físicas e 
ambientais de trabalho; as políticas e diretrizes da empresa; os relacionamentos pessoais. 
[Tópico I-b] 
Já os fatores motivacionais são também conhecidos como fatores intrínsecos, pois 
estão relacionados ao conteúdo do cargo e à natureza das tarefas que o indivíduoexecuta. 
Segundo Herzberg, os fatores motivacionais, se presentes, podem gerar um alto nível de 
motivação profissional, ou uma não satisfação, se ausentes. Entre os fatores 
motivacionais, destacam-se: o reconhecimento que o funcionário recebe pela realização da 
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tarefa, o conteúdo do trabalho e a capacidade de melhor executá-la, o exercício da 
responsabilidade e a possibilidade de crescimento profissional. [Tópico I-c] 
Segundo a teoria da expectativa de Victor Vroom, o comportamento humano é 
sempre voltado para resultados (e não para necessidades, como Maslow e Herzberg). 
Assim, as pessoas desempenham tarefas sempre esperando receber algo em troca. 
Os três principais fatores nesta teoria são: valência, instrumentalidade e expectativa. 
A teoria da expectativa afirma que a motivação do funcionário é o resultado de quanto 
um indivíduo deseja uma recompensa (valência), a avaliação da probabilidade de que o 
esforço leve ao desempenho esperado (expectativa) e a crença de que o desempenho levará 
à recompensa (instrumentalidade). Matematicamente, define-se que a motivação é o 
produto desses três fatores. Vroom acredita que os funcionários decidem conscientemente 
se executam ou não o trabalho. Essa decisão depende apenas do nível de motivação do 
empregado, que, por sua vez depende da valência, expectativa e instrumentalidade. 
Outra teoria consagrada acerca da motivação é a concebida por Douglas McGregor, 
a qual predispõe-se a explicar como as crenças dos gerentes sobre o que motiva seu pessoal 
podem afetar seu estilo de gestão. Ele rotulou essas teorias X (autoritária) e Y 
(participativa). 
Se o gestor entende que a equipe não gosta do trabalho e tem pouca motivação, então, 
de acordo com McGregor, esse gerente, provavelmente, usará um estilo autoritário, 
baseado na hierarquia e supervisão rigorosa. McGregor chamou isso de teoria X, a qual 
parte do pressuposto de que as pessoas são naturalmente preguiçosas, querem evitar o 
máximo de trabalho possível, não desejam assumir responsabilidades, não têm ambição e 
preferem ser supervisionadas, o que torna, portanto, o estilo de liderança autoritário como 
o mais apropriado. 
Por fim, se houver a crença de que os funcionários trabalham com orgulho, vendo o 
trabalho como um desafio, provavelmente, o gestor adotará um estilo de gerenciamento 
participativo. Os gerentes que usam essa abordagem confiam que as pessoas possuem 
capacidade para realizarem seu trabalho por si mesmos. McGregor chamou essa teoria de 
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Y. Ela parte, pois, da suposição de que as pessoas têm necessidades diferentes e que são 
inerentemente felizes em trabalhar, querem se esforçar e são motivadas a buscar objetivos. 
Não há necessidade do sistema que envolva recompensas e punições, pois as pessoas são 
capazes de exercitar a autogestão e o autocontrole na execução dos objetivos com os quais 
estariam comprometidos. Destaca-se que tal teoria é a mais compatível com os dias atuais, 
retratando uma visão mais holística do ser humano e de suas necessidades. 
 
TEMA 30 
Cespe – TCE-PR/ 2016 e FCC TCE-GO/2013 
A comunicação organizacional refere-se ao intercâmbio da informação entre os servidores de uma 
organização. Embora o processo de comunicação organizacional esteja sujeito a eventuais contratempos, é 
fundamental que ele seja estabelecido de modo a contribuir para que a organização alcance seus objetivos. 
Para tanto, é necessário que o administrador tenha conhecimentos a respeito desse processo. 
Considerando que o texto acima tem caráter unicamente motivador, redija, de maneira sucinta, um texto 
dissertativo a respeito do processo de comunicação organizacional. Ao elaborar seu texto, faça o que se pede 
a seguir. 
1. Discorra sobre o processo de comunicação dentro de uma organização; 
2. Explique sucintamente sobre os elementos do processo de comunicação; 
3. Explique o que são os canais formais e informais; 
4. Explique as principais barreiras no processo de comunicação. 
PROPOSTA DE SOLUÇÃO 
Comunicação [assunto] é o processo de transmissão de informações entre duas ou 
mais pessoas. Trata-se de função fundamental para a existência e sobrevivência dos 
seres humanos, bem como para uma organização [pressuposto orientador]. [Introdução 
conceito] 
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O processo de comunicação refere-se à transmissão ou passagem de informações ou 
mensagens do remetente através de um canal selecionado para o receptor, superando 
barreiras que afetam seu fluxo. O processo de comunicação é cíclico, pois começa com o 
remetente e termina com ele, por meio do “feedback” na forma de alguma mensagem ou 
sinal dentro do prazo determinado. [Tópico I] 
Os elementos do processo de comunicação são: o emissor, a pessoa que inicia o 
processo de comunicação; a codificação, que consiste em colocar a mensagem 
direcionada no meio apropriado, permitindo que ela atravesse o canal e chegue ao 
receptor; a mensagem, conteúdo que o remetente deseja enviar para o destinatário, 
produto físico da codificação da ideia; o canal de comunicação, que consiste nos meios 
utilizados para transmitir a mensagem do emissor ao receptor; o receptor, a parte que 
recebe a mensagem emitida; a decodificação, processo no qual o receptor interpreta a 
mensagem do remetente; o ruído, perturbação não desejada que distorce, deturpa ou 
altera, de forma imprevisível, a mensagem que está sendo transmitida; e o “feedback”, 
é a resposta do receptor sobre o sucesso do processo de comunicação, que garante que ele 
tenha recebido a mensagem e a interpretado corretamente como foi planejado pelo 
remetente. [Tópico II] 
Outrossim, o canal pelo qual flui a mensagem pode ser classificado como formal, 
definido pela empresa para transmitir mensagens afetas ao serviço, ou informal, 
desenvolvido espontaneamente, fora dos canais oficiais da organização. A comunicação 
formal pode ser de três tipos: as descendentes, as ascendentes e as horizontais. As 
comunicações descendentes referem-se às mensagens e informações enviadas dos 
administradores para os subordinados. As comunicações ascendentes são transmitidas 
dos níveis menores para os níveis mais elevados da hierarquia organizacional. Já as 
comunicações horizontais são disseminadas entre pares ou colegas, de maneira lateral 
ou diagonal. [Tópico III] 
Por sua vez, os canais informais veiculam informações que podem ou não ser 
relativas à empresa. Por meio da estrutura informal e fora dos canais de comunicação 
estabelecidos pelo organograma de comunicação funcionam de maneira independente 
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dos canais formalmente autorizados e nem sempre seguem uma hierarquia de 
autoridade. As comunicações informais coexistem com as formais e podem ultrapassar 
níveis hierárquicos e quebrar cadeias de comando para conectar qualquer pessoa dentro 
da organização. [Tópico III] 
Por fim, as barreiras na comunicação, principais geradoras do ruído, podem decorrer 
de diferentes fatores. Segundo Chiavenato, há três tipos de barreiras à comunicaçãohumana: as pessoais, originadas das limitações, emoções e valores de cada pessoa; as 
físicas, que decorrem do ambiente onde ocorre o processo de comunicação; e as barreiras 
semânticas, provenientes dos símbolos por meio dos quais a comunicação é realizada. 
 
TEMA 31 
“As discussões envolvendo o modelo de gestão por competências foram desenvolvidas inicialmente na 
esfera privada, onde a gestão por competências está associada à maior competitividade entre os 
concorrentes. No setor público, a concorrência é menos evidente, mas já está presente em várias áreas tais 
como, no recrutamento da força de trabalho, no acesso aos recursos ou na busca de resultados, o que talvez 
explique, de certa forma, o interesse sobre o tema nas organizações públicas.” 
Hondeghem, Annie.; Horton, Sylvia; Scheepers, Sarah Modelos de 
gestão por competências na Europa. Revista do Serviço Público. 
Brasília, v. 57, n. 2, p. 241-258, 2006. 
Considerando que o texto acima tem caráter meramente motivador, responda, fundamentadamente aos 
seguintes questionamentos: 
a. Indique as principais características e objetivos da referida metodologia, bem como as etapas para a sua 
aplicação. 
b. Aponte o relacionamento entre o modelo de gestão por competências e os processos de gestão 
estratégica de pessoas. 
c. Aponte três barreiras à implementação da gestão por competências na Administração Pública; 
d. Justifique a viabilidade da aplicação do modelo de gestão por competências à Administração Pública. 
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PROPOSTA DE SOLUÇÃO 
A gestão por competências [assunto] é um sistema de gestão organizacional que adota 
como referencial a estratégia da organização, orientando suas ações de capacitação, 
avaliação, remuneração recrutamento e gestão de carreira para a captação e o 
desenvolvimento das competências necessárias para atingir seus objetivos. [Pressuposto 
orientador] [Introdução conceito] 
As competências, conceito chave desse modelo, são um conjunto de conhecimentos, 
habilidades e atitudes – características individuais essenciais para o desempenho da 
atividade profissional e que diferenciam enormemente o desempenho das pessoas. Os 
conhecimentos referem-se a um “saber”: bagagem teórica de conhecimentos. As habilidades 
são o “saber fazer”: aplicação do conhecimento, domínio da forma de fazer; finalmente as 
atitudes nos informam a respeito da vontade de fazer ou “saber fazer acontecer”. 
 Assim, pode-se afirmar que o objetivo da gestão por competências é fazer com que 
os recursos humanos da entidade possuam atributos que preencham a necessidade da 
organização no que se refere a conhecimentos, habilidades e atitudes imprescindíveis para 
a realização das suas atividades e que, em última instância, permitirão que a instituição 
atinja os objetivos delineados no seu planejamento estratégico. As fases da sua 
implantação são: formulação da estratégia da organização; mapeamento por 
competências; desenvolvimento e captação dessas competências e, por fim, a avaliação de 
todo o processo. [Tópico I] 
O modelo de gestão por competências é uma forma de operacionalizar a gestão 
estratégica de pessoas, que inclui a definição de perfis profissionais e a quantidade de 
pessoas de cada perfil necessárias à organização e o estabelecimento de políticas para 
assegurar a sustentabilidade da gestão. Todas essas etapas relacionam-se à gestão por 
competências, que, se adotada, é capaz de proporcionar processos mais robustos e 
consistentes, fortalecendo a gestão estratégica de pessoas. [Tópico II] 
Não obstante suas inúmeras vantagens, a implantação do modelo de gestão por 
competências na Administração Pública é um processo desafiador. Citam-se como 
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barreiras nessa trajetória: a ainda presente cultura de gestão pública voltada, na maioria 
dos casos, para cargos, e não para entregas; a existência de limitações tecnológicas e 
estruturais e a seleção por concurso público, que, embora seja critério valorizador da 
isonomia, avalia, na maioria dos casos, tão somente a capacidade em termos de conteúdo, 
restando prejudicada a avaliação dos aspectos comportamentais dos servidores. 
Esclareça-se, contudo, que, apesar dessas limitações, a gestão por competências pode 
ser aplicada como ferramenta para apoio à gestão de pessoas nas entidades da 
Administração Pública. Nesse sentido, identificam-se como oportunidades de sua 
aplicação: no delineamento dos perfis e das competências necessários à organização; no 
desenvolvimento da sistemática para que seja implementada uma melhor alocação dos 
empregados admitidos, por meio da criteriosa avaliação do perfil dos aprovados; na 
adoção de programas de desenvolvimento profissional, promovendo educação contínua e 
melhor capacitação do seu quadro de pessoal; e na valorização dos servidores que se 
destacarem nas suas atribuições, destinando a eles a possibilidade de ocupação dos cargos 
de confiança, bem como regime diferenciado de progressão na carreira. [Tópico III] 
 
TEMA 32 
Carlos Roberto, Analista Técnico Científico do Ministério Público de São Paulo, recebeu da sua chefia o 
desafio de apontar soluções para superar algumas fraquezas da sua organização. 
A chefia relatou ao servidor alguns problemas nos projetos estabelecidos no planejamento estratégico da 
instituição, principalmente no que se refere ao controle dos prazos, custos e satisfação dos clientes. Carlos, 
após escutar atentamente, sugeriu a adoção de metodologia de gerenciamento de projetos, com base 
no Guide to the Project Management Body of Knowledge (PMBOK). 
Considerando o assunto mencionado pelo servidor, responda cada um dos seguintes tópicos: 
a. A definição de projeto; 
b. Partes interessadas do projeto, destacando a participação do gerente de projeto; 
c. Os cinco grupos de processos; 
d. Áreas do conhecimento, citando, pelo menos, quatro delas; 
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e. Como o gerenciamento de projeto pode auxiliar a referida instituição. 
PROPOSTA DE SOLUÇÃO 
Um projeto é um empreendimento não repetitivo, caracterizado por uma sequência 
clara e lógica de eventos, com início, meio e fim, que se destina a atingir um objetivo claro 
e definido, sendo conduzido por pessoas dentro de parâmetros predefinidos de tempo, 
custo, qualidade e recursos envolvidos. [Tópico I] 
Além da parte metodológica e de gerenciamento, é imprescindível que se dedique 
atenção especial às partes interessadas do projeto, comumente chamados de 
“stakeholders”. Essa categoria compõe-se dos indivíduos, grupos ou organizações capazes 
de afetar, serem afetadas ou sentir-se afetadas por uma decisão, uma atividade ou um 
resultado de um projeto ou que possa influir, positiva ou negativamente, nos seus 
resultados e/ou objetivos finais. São exemplos de partes interessadas o(s) patrocinador(es), 
o(s) cliente(s), usuário(s), vendedor(es), parceiro(s) de negócio(s), grupo(s) 
organizacional(is), etc. [Tópico II-a] 
Entre as partes relacionadas, certamente, a figura do gerente de projeto é uma das 
mais importantes, tendo em vista que é a pessoa designada pela organização executora 
para atingir os objetivos do projeto. Além de ser o responsável pelo projeto e da 
responsabilidade de liderar a equipe, executa funções de comunicação entre ospatrocinadores, os membros da equipe e outras partes interessadas e trabalha para 
equilibrar as restrições que atuam sobre o projeto com os recursos disponíveis. [Tópico II-
b] 
O projeto é gerenciado através da execução de uma série de atividades, conhecidas 
como processos de gerenciamento de projetos. O Project Management Body of Knowledge, 
conhecido como PMBoK® os agrupa de acordo com as seguintes categorias: iniciação; 
planejamento; execução; monitoramento e controle e, finalmente, encerramento. [Tópico 
III] 
É necessário frisar que, apesar de apresentados como elementos separados, na prática, 
esses grupos são interdependentes, pois se vinculam pelas entradas e saídas de cada 
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processo, sobrepondo-se, temporalmente ao longo da evolução do projeto. Assim, os grupos 
de processos são atividades sobrepostas que ocorrem em diversos níveis de intensidade 
durante todo o projeto. [Tópico III] 
Além disso, os processos integrantes do projeto são categorizados por áreas de 
conhecimento, agrupando atividades afins que possuem detalhamento específico e uma 
abrangência própria, mas que estão intrinsecamente integrados aos demais, formando um 
todo único e organizado. São dez as áreas de conhecimento mencionadas na sexta edição 
do PMBOK®, dentre as quais pode-se mencionar: gerenciamento da integração; do 
escopo; do cronograma e dos custos do projeto. [Tópico IV] 
Por fim, pode-se afirmar que é adequada à instituição mencionada no caso em tela a 
adoção de uma metodologia formal e estruturada para o gerenciamento de seus projetos. 
Sua utilização possui uma gama de benefícios, dentre os quais o de aumentar o controle 
gerencial de todas as fases a serem implementadas, devido ao detalhamento e ao 
planejamento realizados; o de minimizar os riscos, evitando surpresas durante a execução 
dos trabalhos; o de otimizar a alocação de pessoas, equipamentos e materiais necessários; 
e o de gerenciar restrições (por exemplo, escopo, qualidade, cronograma, custos, recursos). 
[Tópico V] 
 
TEMA 33 
Considerando o princípio da eficiência, consagrado a princípio da Administração Pública brasileira pelo 
artigo 37 da Constituição Federal de 1988, determinada entidade da Administração Pública encontra-se 
fortemente inclinada a adotar a gestão de processos, como forma de atingir a excelência nos serviços 
prestados ao cidadão. 
Nesse sentido, você foi escalado para empreender estudos sobre o tema, de forma a subsidiar a tomada de 
decisão pela autoridade máxima da referida entidade. 
Considerando o exposto: 
 Explique os dois tipos de processos — primário e de apoio — e o modo como se dão na administração 
pública. 
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 Apresente duas vantagens da adoção da gestão por processos para a referida entidade. 
 Explique, sumariamente, o ciclo de vida de gerenciamento de processos de acordo com o CBOK. 
 Aponte cinco possíveis notações para modelagem de processos passíveis de serem empregadas pela 
referida entidade. 
PROPOSTA DE SOLUÇÃO 
A gestão por processos distingue os processos em duas categorias: os primários ou 
finalísticos e os de apoio ou secundários. Os primários são ligados à essência do 
funcionamento da organização. São aqueles que caracterizam a atuação da organização 
e recebem apoio de outros processos internos, gerando o produto/serviço para o cliente 
interno ou usuário. No caso da Administração Pública, envolve, essencialmente, a 
prestação de serviços ao cidadão. [Tópico I] 
Já os de apoio produzem resultados imperceptíveis ao usuário, mas são essenciais 
para a gestão efetiva da organização, garantindo o suporte adequado aos processos 
finalísticos. Estão diretamente relacionados à gestão dos recursos necessários ao 
desenvolvimento de todos os processos da instituição. Exemplos clássicos de processos de 
apoio são os que envolvem a gestão de pessoas, a gestão orçamentária e financeira, a gestão 
de aquisições de bens e serviços ou o desenvolvimento de tecnologias da informação. 
[Tópico I] 
As entidades públicas podem obter diversos benefícios pela adoção da gestão por 
processos, como, por exemplo, o fato de possibilitar que se conheça e mapeie os processos 
organizacionais desenvolvidos pela instituição, promovendo a sua uniformização e 
descrição em manuais. Além disso, promove o monitoramento e a avaliação de desempenho 
dos processos organizacionais, de forma contínua, mediante a construção de indicadores 
apropriados. Também permite a implantação de melhorias nos processos, visando alcançar 
maior eficiência, eficácia e efetividade no seu desempenho. [Tópico II] 
Segundo o Guia BPM CBOK, a prática de gerenciamento de processos de negócio 
pode ser caracterizada como um ciclo de vida contínuo de atividades integradas. Esse 
ciclo pode ser sumarizado por meio do seguinte conjunto gradual e interativo de 
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atividades: planejamento; análise; desenho e modelagem; implementação; monitoramento 
e refinamento. [Tópico III] 
No planejamento se estabelece um plano e uma estratégia dirigida a processos, 
identificando-se papéis e responsabilidades organizacionais associados ao gerenciamento 
de processos. A análise tem por objetivo entender os atuais processos organizacionais no 
contexto das metas e dos objetivos desejados. O desenho descreve o direcionamento do 
processo e cria especificações para processos de negócio. A modelagem é a fase na qual 
ocorre a representação do processo em uma perspectiva ponta-a-ponta que o descreva de 
forma necessária e suficiente para a tarefa em questão. [Tópico III] 
A etapa de implementação tem por objetivo realizar o desenho aprovado do processo 
de negócio na forma de procedimentos e fluxos de trabalho documentados, testados e 
operacionais. O gerenciamento é responsável pela aferição e validação do processo, como 
forma de garantir que o mesmo está representado conforme sua realidade. Por fim, a etapa 
de refinamento é responsável pela transformação dos processos, implementando o 
resultado da análise de desempenho. [Tópico III] 
Finalmente, dentre os diversos padrões de modelagem ou notações, podem ser 
sugeridos BPMN (“Business Process Model and Notation”), fluxograma, EPC (“Event-
driven Process Chain”), UML (“Unified Modeling Language”) e Cadeia de Valor. [Tópico 
IV] 
 
LEGISLAÇÃO ADUANEIRA 
TEMA 34 
AFRFB 2014 
Em tempos de globalização, o comércio internacional adquire importância cada vez maior no cenário 
econômico mundial. A administração aduaneira deve se manter constantemente atualizada no intuito de 
não se tonar obstáculo desnecessário ao comércio lícito, tampouco em incentivo a práticas ilícitas. 
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Partindo dessa premissa, nos termos da legislação aduaneira, é possível a atuação do Auditor-Fiscal da 
Receita Federal além da linha de fronteira terrestre do Brasil? Justifique e fundamente sua resposta em um 
mínimo de 20 (vinte) e em um máximo de 40 (quarenta) linhas, a qual deverá abordar, obrigatoriamente, os 
seguintes tópicos: 
a) Definição de território aduaneiro.b) Abrangência da jurisdição dos serviços aduaneiros. 
(20 a 40 linhas) 
PROPOSTA DE SOLUÇÃO 
A administração aduaneira, no exercício de suas atribuições, não pode tornar-
se um obstáculo aos fluxos do comércio internacional. Ao contrário, deve promover, 
em sua atuação, a facilitação de comércio. Em virtude disso é que foram criadas, no 
âmbito do MERCOSUL, as Áreas de Controle Integrado (ACIs), as quais permitem 
a atuação extraterritorial do Auditor-Fiscal da Receita Federal do Brasil (AFRFB). 
O território aduaneiro compreende todo o território nacional. A jurisdição dos 
serviços aduaneiros estende-se por todo o território aduaneiro, abrangendo a zona 
primária e a zona secundária. [Tópico I] 
A zona primária é constituída por áreas demarcadas pela autoridade aduaneira 
nos portos alfandegados, aeroportos alfandegados e pontos de fronteira 
alfandegados. Por sua vez, a zona secundária compreende a parte restante do 
território aduaneiro, nela incluídas as águas territoriais e o espaço aéreo. [Tópico I] 
Por fim, a jurisdição dos serviços aduaneiros estende-se às Áreas de Controle 
Integrado (ACIs), criadas em regiões limítrofes dos países integrantes do 
MERCOSUL com o Brasil. Nas ACIs, o controle aduaneiro é realizado em conjunto 
por Aduanas de dois países, sendo possível que o AFRFB atue além da linha de 
fronteira terrestre do Brasil. [Tópico II] 
 
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TEMA 35 
AFRFB 2012 
Elabore um texto objetivo sobre o princípio da insignificância e sua aplicação ao crime de descaminho, 
abordando necessariamente os seguintes aspectos: 
a) parâmetro legal-tributário que tem sido utilizado pelo Poder Judiciário para a aplicação do princípio da 
insignificância 
b) se os Auditores-Fiscais da Receita Federal do Brasil podem deixar de constituir créditos tributários 
relativos a tributos aduaneiros sob o argumento de aplicação do princípio da insignificância; 
c) eventuais consequências da aplicação do princípio da insignificância ao crime de descaminho no que 
tange aos tributos aduaneiros. 
(15 a 30 linhas) 
PROPOSTA DE SOLUÇÃO 
O princípio da insignificância é causa supralegal de exclusão da tipicidade e 
tem como fundamento a ideia de que o Estado não deverá punir condutas pouco 
lesivas a um bem jurídico tutelado por um tipo penal. É aplicado ao crime de 
descaminho, assim denominada a conduta de iludir, no todo ou em parte, o 
pagamento de direito ou imposto devido na importação, exportação ou consumo de 
mercadoria. [Tópico I] 
O parâmetro legal-tributário utilizado pelo Poder Judiciário para a aplicação 
do princípio da insignificância ao crime de descaminho é o valor mínimo para que 
seja ajuizada ação de execução fiscal. Nas decisões mais recentes, o STF tem 
considerado que, para a aplicação do princípio da insignificância, o valor dos tributos 
suprimidos deverá ser inferior a R$ 20.000,00. 
Ao constatar a prática de descaminho, o Auditor Fiscal da Receita Federal do 
Brasil deverá apreender a mercadoria e efetuar uma Representação Fiscal para Fins 
Penais. Deverá, ainda, lavrar o auto de infração, constituindo o crédito tributário. 
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Ressalte-se que não cabe ao Auditor-Fiscal aplicar o princípio da insignificância, 
uma vez que sua conduta é vinculada. O Poder Judiciário é que poderá, no exame do 
caso concreto, concluir pela aplicação desse princípio. [Tópico II] 
Por fim, a aplicação do princípio da insignificância ao crime de descaminho 
terá o condão de excluir o crime. No entanto não impedirá que a mercadoria seja 
apreendida e, em consequência, aplicada a pena de perdimento. Uma vez aplicada a 
pena de perdimento, não haverá incidência tributária, a menos que a mercadoria não 
seja encontrada, tenha sido consumida ou revendida. [Tópico III] 
 
TEMA 36 
A empresa Sonhos Felizes Ltda realizou a importação de 100.000 pares de sapatos, no valor de R$ 6,00/par. 
As mercadorias chegam no Brasil pelo Porto de Paranaguá e de lá seguem para o porto seco de Cascavel 
(PR), onde serão despachadas para consumo. 
No dia 20/03/2014, a empresa Sonhos Felizes Ltda faz o registro de uma Declaração de Importação (DI), 
recolhendo o imposto de importação a uma alíquota de 20%. Após o recolhimento tributário, a empresa 
constata que houve extravio de 3.000 pares de sapato. 
Considerando a situação acima apresentada, construa um texto dissertativo sobre os possíveis 
desdobramentos do caso, abordando, necessariamente, os seguintes tópicos: 
a) Fato Gerador do imposto de importação; 
b) Conceito de extravio e incidência do imposto de importação; 
c) Imposto de importação: contribuintes e responsáveis. 
d) O que a empresa Sonhos Felizes poderá pleitear junto à Receita Federal? 
PROPOSTA DE SOLUÇÃO 
A empresa Sonhos Felizes Ltda realizou a importação de 100.000 pares de sapato, 
submetendo-os a despacho para consumo, com recolhimento integral dos tributos. 
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Posteriormente, verificou-se a ocorrência de extravio de 3000 pares de sapato. [Introdução 
parafraseada] 
O imposto de importação tem como fato gerador a entrada de mercadoria estrangeira 
no território aduaneiro, considerando-se ocorrido na data do registro da Declaração de 
Importação (DI). Para efeito de ocorrência do fato gerador, considera-se entrada no 
território aduaneiro a mercadoria que conste como importada e cujo extravio tenha sido 
verificado pela autoridade aduaneira. Na situação apresentada, percebe-se que, mesmo 
tendo ocorrido o extravio de 3000 pares de sapato, ocorreu o fato gerador do imposto de 
importação em relação a estes. [Tópico I] 
Segundo o Regulamento Aduaneiro, extravio é toda e qualquer falta de mercadoria, 
ressalvados os casos de erro inequívoco ou comprovado de expedição. Haverá incidência 
do imposto de importação diante da ocorrência do extravio de mercadoria. No entanto, os 
tributos deverão ser pagos por aquele que deu causa ao extravio. [Tópico II] 
A Receita Federal irá constituir o crédito tributário mediante lançamento de ofício, 
exigindo do responsável pelo extravio o pagamento dos tributos devidos. Nessa situação, 
o fato gerador se considera ocorrido na data do lançamento do crédito tributário. 
Destaque-se que o lançamento de ofício é formalizado por meio de auto de infração. 
[Tópico II] 
O Regulamento Aduaneiro relaciona os contribuintes e os responsáveis pelo imposto 
de importação. São contribuintes: o importador; o destinatário de remessa postal 
internacional e o adquirente de mercadoria entrepostada. Por sua vez, são responsáveis 
pelo imposto de importação o transportador e o depositário. [Tópico III] 
A empresa Sonhos Felizes Ltda já efetuou o recolhimento do imposto de 
importação, o que ocorreu no momento do registro da DI. No entanto, tendo em vista o 
extravio, fará jus à restituição do imposto. Para isso, deverá fazer requerimento à Receita 
Federal. Ressalte-se que a restituição dos valores à empresa Sonhos Felizes Ltda 
independe de prévia indenização por parte do responsável, da importância devida à 
Fazenda Nacional. [Tópico IV] 
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Por fim, cabe destacar que, além da possibilidade de pleitear a restituição, a empresa 
Sonhos Felizes Ltda poderá utilizar seus créditos para compensar com débitos próprios 
relativos a quaisquer tributos e contribuições administrados pela Receita Federal. 
 
TEMA 37 
“O imposto de importação, também conhecido vulgarmente como ‘tarifa aduaneira’, ‘direitos de importação’, 
‘tarifa das Alfândegas’, ‘direitos aduaneiros’, entre outras denominações, é da competência da União Federal e 
assim se justifica que seja porque, em se tratando de imposto com implicações no relacionamento do País com 
o exterior, seu trato deve caber na verdade à União, responsável por esse relacionamento, que há de ser 
uniforme, pois no âmbito internacional não se deve projetar a personalidade jurídica dos Estados-membros, 
mas a própria Federação como um todo.” 
(MACHADO, Hugo de Brito. Curso de Direito Tributário, 31ª edição. Ed. Malheiros, São Paulo: 2010.) 
Considerando o trecho acima como simplesmente motivador, redija uma dissertação sobre o imposto de 
importação, abordando, necessariamente, os seguintes tópicos: (40 a 60 linhas) 
a) Função extrafiscal do imposto de importação. 
b) Princípios constitucionais tributários 
c) Definição de alíquotas do imposto de importação: competência, limitações e possibilidades. 
d) Fato gerador do imposto de importação e regimes aduaneiros especiais. 
PROPOSTA DE SOLUÇÃO 
A Constituição Federal de 1988 (CF/88) atribuiu à União a competência para 
instituir imposto sobre a importação de produtos estrangeiros. Trata-se de tributo 
utilizado por todos os países para a regulação econômica e do comércio internacional e 
que, portanto, não tem natureza arrecadatória, mas sim extrafiscal. [Tópico I] 
A extrafiscalidade do imposto de importação decorre da possibilidade de o Estado, 
por meio da imposição desse tributo, estimular a compra de produtos estrangeiros ou 
incentivar a indústria nacional. Alíquotas elevadas do imposto de importação restringem 
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as compras externas e estimulam a atividade produtiva da indústria nacional. Por outro 
lado, alíquotas reduzidas do imposto irão estimular a entrada de produtos estrangeiros, o 
que pode se prestar a impedir crises de desabastecimento ou mesmo a incentivar a aquisição 
de produtos estrangeiros que não concorram com produtos nacionais. [Tópico I] 
Em virtude de sua extrafiscalidade, o imposto de importação excepciona alguns 
importantes princípios constitucionais tributários. Nesse sentido, o imposto de 
importação não obedece aos princípios da anterioridade e noventena e ao princípio da 
legalidade quanto à alteração de alíquotas. Assim, o aumento da alíquota do imposto de 
importação não precisa ser feito mediante lei, tampouco esperar o próximo exercício 
financeiro ou 90 dias para produzir seus efeitos. [Tópico II] 
A fixação das alíquotas do imposto de importação é competência da Câmara de 
Comércio Exterior (CAMEX), órgão colegiado de cúpula do comércio exterior brasileiro. 
A CAMEX, todavia, não tem ampla liberdade para isso, devendo observar os 
compromissos internacionais assumidos pelo Estado brasileiro, seja no âmbito da 
Organização Mundial do Comércio (OMC) seja no do Mercosul. [Tópico III] 
Na OMC, cada membro se comprometeu a não impor alíquotas do imposto de 
importação superiores a limites máximos consolidados. Assim, a CAMEX jamais poderá 
fixar uma alíquota superior ao que foi consolidado pelo Brasil na OMC. O Mercosul, por 
sua vez, é uma união aduaneira e, como tal, impõe uma Tarifa Externa Comum (TEC) 
sobre as importações de terceiros países. A definição da TEC compete aos órgãos decisórios 
do MERCOSUL, competindo à CAMEX apenas internalizar tal decisão. Há que se 
destacar, todavia, que a CAMEX tem ampla liberdade para definir, nos termos das 
normas regionais, as alíquotas aplicáveis aos produtos que o Brasil enquadre como exceção 
à TEC. [Tópico III] 
O fato gerador do imposto de importação é a entrada de mercadoria estrangeira no 
território aduaneiro. Para fins de cálculo desse tributo, o fato gerador considera-se 
ocorrido, no caso de bens submetidos a despacho para consumo, na data do registro da 
Declaração de Importação (DI). [Tópico IV] 
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Por fim, há grande controvérsia sobre a ocorrência ou não do fato gerador do 
imposto de importação na admissão de bens em regimes aduaneiros especiais. Parte da 
doutrina defende que bens admitidos em regimes aduaneiros especiais não são 
definitivamente incorporados à economia nacional, o que impede a ocorrência do fato 
gerador. Entretanto, outros estudiosos entendem que, quando bens são submetidos a 
regimes aduaneiros especiais, ocorre o fato gerador, o crédito tributário é constituído, mas 
fica com a exigibilidade suspensa no Termo de Responsabilidade, sob condição resolutiva. 
[Tópico IV] 
 
TEMA 38 
“Há universal entendimento segundo o qual os tributos aduaneiros não devem ser atribuídos aos Estados-
membros, ou Estados federados, mas ao Estado central, ou Estado federal. Não obstante, no Brasil, nem 
sempre foi assim. Pela Constituição de 1946, o imposto de exportação era da competência dos Estados-
membros.” 
(MACHADO, Hugo de Brito. Curso de Direito Tributário, 31ª edição. Ed. Malheiros, São Paulo: 2010.) 
Considerando o trecho acima como simplesmente motivador, construa um texto dissertativo sobre o 
imposto de exportação, abordando os seguintes tópicos: (40 a 60 linhas) 
a) Função extrafiscal do imposto de exportação. 
b) Princípios constitucionais tributários. 
c) Definição de alíquotas do imposto de exportação: competências, limitações e possibilidades. 
d) Fato gerador do imposto de exportação e momento da incidência tributária. 
e) Base de cálculo. 
PROPOSTA DE SOLUÇÃO 
O imposto de exportação é tributo de competência da União, que incide sobre 
mercadorias nacionais ou nacionalizadas destinadas ao exterior. Sua finalidade não é 
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arrecadatória, mas sim extrafiscal, de regulação da economia e do comércio internacional. 
[Tópico I] 
A função extrafiscal do imposto de exportação consiste na possibilidade de o Estado 
impor restrições às suas vendas para o exterior. Isso pode ocorrer para evitar crises de 
desabastecimento interno, controlar a inflação ou mesmo para desestimular a exportação 
de produtos de baixo valor agregado. [Tópico I] 
Por ser um tributo extrafiscal, o imposto de exportação não obedece a alguns 
princípios constitucionais tributários. Nesse sentido, o imposto de exportação excepciona 
os princípios da anterioridade e da noventena e o princípio da legalidade quanto à 
alteração de alíquotas. Assim, a alteração de alíquotas desse imposto pode ser feita por 
ato do Poder Executivo, independentemente de lei. Além disso, o aumento de alíquotas 
produzirá efeitos imediatos, sem necessitar aguardar pelo próximo exercício financeiro ou 
pelo decurso de 90 dias. [Tópico II] 
Segundo o Regulamento Aduaneiro, a alíquota do imposto de exportação é de 30%, 
podendo ser reduzida ou elevada pela Câmara de Comércio Exterior (CAMEX). Há que 
se observar, todavia, que o limite máximo para a imposição de alíquotas é de 150%. Hoje, 
no Brasil, a maior parte da pauta exportadora tem alíquota zero para o imposto deexportação. [Tópico III] 
O fato gerador do imposto de exportação é a saída da mercadoria do território 
aduaneiro, considerando-se este ocorrido na data do registro de exportação. Há que se 
ressaltar que o imposto de exportação não incide sobre mercadorias estrangeiras que se 
destinem ao exterior. Seu campo de incidência abrange apenas as mercadorias nacionais 
ou nacionalizadas destinadas ao exterior. [Tópico IV] 
Por último, a base de cálculo do imposto de exportação é o preço normal que a 
mercadoria, ou sua similar, alcançaria, ao tempo da exportação, em uma venda em 
condições de livre concorrência no mercado internacional, observadas as normas expedidas 
pela CAMEX. Se o preço da mercadoria for de difícil apuração ou suscetível de oscilações 
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bruscas no mercado internacional, a CAMEX fixará critérios específicos ou estabelecerá 
pauta de valor mínimo, para apuração da base de cálculo. [Tópico V] 
 
TEMA 39 
Construa um texto dissertativos sobre os regimes aduaneiros aos quais podem ser submetidas as 
mercadorias importadas, respondendo, necessariamente, as seguintes perguntas: (20 a 40 linhas) 
a) Quais são os tipos de regimes aduaneiros previstos na legislação? 
b) Quais são as características e os objetivos principais de cada um desses regimes aduaneiros? 
b) Quais são os tipos de despacho existentes? Relacione-os com os regimes aduaneiros. 
PROPOSTA DE SOLUÇÃO 
A legislação prevê a existência de três tipos de regimes aduaneiros: regime aduaneiro 
comum, regimes aduaneiros especiais e regimes aduaneiros aplicados em áreas especiais. 
Cada um deles possui características próprias e objetivos específicos. [Tópico I] 
O regime aduaneiro comum aplica-se aos bens que ingressam no país com o ânimo 
da definitividade. Os bens submetidos ao regime comum são efetivamente incorporados à 
economia nacional, havendo, em regra, recolhimento tributário integral. [Tópico II] 
Os regimes aduaneiros especiais, por sua vez, se caracterizam pela entrada de bens 
no território aduaneiro com suspensão tributária. São motivos de ordem econômica, 
logística ou mesmo de facilitação de comércio que impõem a suspensão da exigibilidade 
dos tributos incidentes na importação. Exemplos de regimes aduaneiros especiais são a 
admissão temporária, o trânsito aduaneiro e o “drawback”. [Tópico II] 
Já os regimes aduaneiros aplicados em áreas especiais são aqueles que, por meio de 
benefícios fiscais, têm por objetivo promover o desenvolvimento de regiões do País 
afastadas dos grandes centros econômicos. É o caso, por exemplo, da Zona Franca de 
Manaus e das Áreas de Livre Comércio. [Tópico II] 
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Há três tipos de despacho aduaneiro: despacho para consumo, despacho para 
admissão e despacho para internação. Os bens que ingressem no País ao amparo do regime 
aduaneiro comum se submetem a despacho para consumo. Aos bens submetidos a regimes 
aduaneiros especiais se aplica o despacho para admissão. Já o despacho para internação 
se aplica aos bens que saiam de um regime aduaneiro aplicado em áreas especiais em 
direção ao restante do território aduaneiro. [Tópico III] 
 
TEMA 40 
A empresa Pilantragem S/A está realizando a importação de 50.000 camisas da China. A carga chega ao 
Porto de Santos por meio de navio, mas o importador deseja realizar o despacho aduaneiro no porto seco 
de Campinas. 
Considerando a situação acima apresentada, construa um texto dissertativo com as seguintes informações: 
(15 a 30 linhas) 
a) A qual regime aduaneiro especial deverão ser submetidas as mercadorias importadas pela empresa? 
Quais as características desse regime aduaneiro especial? 
b) Chegando ao porto seco de Campinas, o que deve fazer o importador a fim de obter a liberação da 
mercadoria junto à Aduana? Quais são as etapas do despacho de importação? 
c) Qual o prazo de permanência das mercadorias no porto seco de Campinas (recinto alfandegado de zona 
secundária)? Quais são as consequências de não ser iniciado o despacho de importação 45 dias após o 
vencimento do prazo de permanência da mercadoria em recinto alfandegado de zona secundária? 
PROPOSTA DE SOLUÇÃO 
Na situação apresentada, a empresa Pilantragem S/A realizou a importação de 
camisas da China, as quais chegaram pelo Porto de Santos. Entretanto, a empresa deseja 
realizar o despacho aduaneiro de importação no porto seco de Campinas. [Introdução 
parafraseada] 
Para viabilizar essa operação, a empresa deverá solicitar à Receita Federal do Brasil 
a concessão do regime aduaneiro especial de trânsito aduaneiro. Esse regime aduaneiro 
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especial é o que permite que uma mercadoria seja transportada, sob controle aduaneiro, de 
um ponto a outro do território nacional, com suspensão tributária. Assim, as mercadorias 
poderão ser transportadas desde o Porto de Santos até o porto seco de Campinas. [Tópico 
I] 
Chegando as mercadorias ao porto seco de Campinas, será concluído o regime de 
trânsito aduaneiro e, então, poderá ser dado início ao despacho de importação para 
nacionalização. O importador deverá, para isso, registrar a Declaração de Importação 
(DI). As etapas do despacho aduaneiro são as seguintes: registro da DI; parametrização 
da DI; conferência aduaneira e desembaraço aduaneiro. O desembaraço aduaneiro é o ato 
final do despacho aduaneiro de importação e representa a liberação da mercadoria para 
entrega ao importador. [Tópico II] 
O prazo de permanência da mercadoria no porto seco de Campinas (recinto 
alfandegado de zona secundária) é de 75 dias. Ao fim desse prazo, o importador tem 45 
dias para dar início ao despacho de importação. Caso não o faça, a mercadoria será 
declarada abandonada e terá início o processo para aplicação da pena de perdimento. 
[Tópico III] 
 
TEMA 41 
Zé Brincante e Maria Mutreta foram de férias para os EUA e lá adquiriram um notebook no valor de US$ 
1.000,00. Ao chegarem ao Brasil pelo aeroporto de Guarulhos, trazendo o notebook em sua bagagem, 
encaminharam-se ao canal de “nada a declarar”. Entretanto, foram interpelados pelo Auditor-Fiscal RFB 
Severo Justus e informaram que estavam trazendo o notebook de US$ 1.000,00. Zé Brincante alegou que 
faria jus à isenção, uma vez que ele e Maria Parlapatona, juntos, poderiam trazer produtos com isenção até 
US$ 1.000,00. 
Diante da situação apresentada, redija um texto dissertativo que aborde os seguintes pontos: (20 a 40 
linhas) 
a) Conceito de bagagem. 
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b) Quais situações em que a bagagem acompanhada recebe isenção? Qual o limite de valor global para 
isenção de bens integrantes de bagagem acompanhada? 
c) No caso apresentado, pode prevalecer a alegação de Zé Brincante? Por quê? 
d) Será aplicada alguma penalidade pela autoridade aduaneira? Quais serão os valores exigidos pela Receita 
Federal? 
PROPOSTA DE SOLUÇÃO 
Na situação apresentada, Zé Brincante e Maria Mutreta, ao retornarem de viagem 
ao exterior, trouxeram em sua bagagem um “notebook” no valor de US$ 1.000,00. No 
entanto, encaminharam-se ao canal de

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