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2 Ciclo de Simulados - Linguagens, Códigos e suas Tecnologias Ciências Humanas e suas Tecnologias

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1
 NA
1º DIA
SIMULADOS 2022 - CICLO 02
PROVA DE LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS E REDAÇÃO
PROVA DE CIÊNCIAS HUMANAS E SUAS TECNOLOGIAS
2022
ATENÇÃO: Transcreva no espaço apropriado do seu CARTÃO-RESPOSTA, com sua caligrafia usual, 
considerando as letras maiúsculas e minúsculas, a seguinte frase:
A persistência é o caminho do êxito.
LEIA ATENTAMENTE AS INSTRUÇÕES SEGUINTES: 
1. Este CADERNO DE QUESTÕES contém 90 questões numeradas de 01 a 90 e a Proposta de Redação,
dispostas da seguinte maneira:
a) questões de número 01 a 45, relativas à área de Linguagens, Códigos e suas Tecnologias;
b) Proposta de Redação;
c) questões de número 46 a 90, relativas à área de Ciências Humanas e suas Tecnologias.
ATENÇÃO: as questões de 01 a 05 são relativas à língua estrangeira. Você deverá responder apenas 
às questões relativas à língua estrangeira (inglês ou espanhol) escolhida no ato de sua inscrição.
2. Confira se a quantidade e a ordem das questões do seu CADERNO DE QUESTÕES estão de acordo com 
as instruções anteriores. Caso o caderno esteja incompleto, tenha defeito ou apresente qualquer divergência, 
comunique ao aplicador da sala para que ele tome as providências cabíveis.
3. Para cada uma das questões objetivas, são apresentadas 5 opções. Apenas uma responde corretamente 
à questão.
4. O tempo disponível para estas provas é de cinco horas e trinta minutos.
5. Reserve tempo suficiente para preencher o CARTÃO-RESPOSTA e a FOLHA DE REDAÇÃO.
6. Os rascunhos e as marcações assinaladas no CADERNO DE QUESTÕES não serão considerados na 
avaliação.
7. Somente serão corrigidas as redações transcritas na FOLHA DE REDAÇÃO.
8. Quando terminar as provas, acene para chamar o aplicador e entregue este CADERNO DE QUESTÕES
e o CARTÃO-RESPOSTA/FOLHA DE REDAÇÃO.
9. Você poderá deixar o local de prova somente após decorridas duas horas do início da aplicação e poderá 
levar seu CADERNO DE QUESTÕES ao deixar em definitivo a sala de prova nos 30 minutos que antecedem 
o término das provas.
CADERNO 
01
ROSA
2
LINGUAGENS, CÓDIGOS 
E SUAS TECNOLOGIAS
Questões de 01 a 45
Questões de 01 a 05 (OPÇÃO INGLÊS)
Questão 01
(Enem PPL) : 
Tendo em vista a abrangência do inglês no contexto 
global, a falha na comunicação evidenciada nesse 
diálogo é gerada pelo fato de que os interlocutores 
AAusam variedades distintas da língua inglesa. 
BBcometem erros no emprego da língua inglesa. 
CCtêm dificuldade para aprender a língua inglesa. 
DDadotam estruturas inadequadas da língua inglesa. 
EEresistem a mudanças sofridas pela língua inglesa. 
Questão 02
(Enem) Becoming
 Back in the ancestral homeland of Michelle 
Obama, black women were rarely granted the 
honorific Miss or Mrs., but were addressed by their 
first name, or simply as gal” or “auntie” or worse. This 
so openly demeaned them that many black women, 
long after they had left the South, refused to answer 
if called by their first name. A mother and father in 
1970s Texas named their newborn “Miss” so that 
white people would have no choice but to address 
their daughter by that title. Black women were meant 
for the field or the kitchen, or for use as they saw 
fit. They were, by definition, not ladies. The very idea 
of a black woman as first lady of the land, well, that 
would have been unthinkable.
Disponível em: www.nytimes.com. Acesso em: 28 dez. 2018 (adaptado).
A crítica do livro de memórias de Michelle Obama, 
ex-primeira-dama dos EUA, aborda a história das 
relações humanas na cidade natal da autora. Nesse 
contexto, o uso do vocábulo “unthinkable” ressalta 
que 
AAa ascensão social era improvável. 
BBa mudança de nome era impensável. 
CCa origem do individuo era irrelevante. 
DDo trabalho feminino era inimaginável. 
EEo comportamento parental era irresponsável.
Questão 03
(Enem) Exterior: Between The Museums – Day
CELINE
Americans always think Europe is perfect. But such 
beauty and history can be really oppressive. It 
reduces the individual to nothing. It just reminds you 
all the time you are just a little speck in a long history, 
where in America you feel like you could be making 
history. That’s why I like Los Angeles because it is 
so...
JESSE
Ugly?
CELINE
No, I was going to say “neutral”. It’s like looking 
at a blank canvas. I think people go to places like 
Venice on their honeymoon to make sure they are not 
going to fight for the first two weeks of their marriage 
because they’ll be too busy looking around at all the 
beautiful things. That’s what people call a romantic 
place – somewhere where the prettiness will contain 
your primary violent instinct. A real good honeymoon 
spot would be like somewhere in New Jersey.
KRIZAN, K.; LINKLATER, R. Before Sunrise: screenplay. New York: 
Vintage Books 2005.
Considerando-se o olhar dos personagens, esse 
trecho do roteiro de um filme permite reconhecer que 
a avaliação sobre um lugar depende do(a) 
AAbeleza do próprio local. 
BBperspectiva do visitante. 
CCcontexto histórico do local. 
DDtempo de permanência no local. 
EEfinalidade da viagem do visitante. 
3
Questão 04
(Enem PPL) 
Pelas expressões do it yourself e How-Tos, entende-
se que a pesquisa realizada na página da internet 
revela uma busca por 
AAagendamento de serviços autorizados. 
BBinstrução para a realização de atividades. 
CCesclarecimento de dúvidas com outros usuários. 
DDinscrição em cursos para elaboração de projetos. 
EEaquisição de produtos para a execução de 
tarefas. 
Questão 05
(Enem (Libras)) 
No diálogo entre mãe filho, o uso do verbo fake pelo 
garoto indica que ele 
AAfingiu em outro momento estar doente para faltar 
à escola. 
BBdetesta o vídeo proposto pelo professor. 
CCencontra-se em boas condições de saúde. 
DDfala a verdade sobre suas faltas escolares. 
EEpediu à mãe para faltar à aula. 
 
LINGUAGENS, CÓDIGOS 
E SUAS TECNOLOGIAS
Questões de 01 a 45
Questões de 01 a 05 (OPÇÃO ESPANHOL)
Questão 01
(Enem) 
A charge evoca uma situação de assombro 
frente a uma realidade que assola as sociedades 
contemporâneas. Seu efeito humorístico reside na 
crítica diante do(a) 
AAconstatação do ser humano como o responsável 
pela condição caótica do mundo. 
BBapelo à religiosidade diante das dificuldades 
enfrentadas pela humanidade. 
CCindignação dos trabalhadores em face das 
injustiças sociais. 
DDveiculação de informações trágicas pelos 
telejornais. 
EEmanipulação das notícias difundidas pelas 
mídias. 
Questão 02
(Enem (Libras)) Los riesgos de tomarse un refresco 
al día
¿Agua o burbujas? En la próxima comida, piénselo 
dos veces antes de elegir. Según las investigaciones, 
tomar un solo refresco al día perjudica la salud de 
su corazón. Y no crea que eligiendo una bebida baja 
en calorías podrá solucionar el problema. "Consumir 
uno o más refrescos al día está asociado con un 
incremento del riesgo de desarrollar síndrome 
4
metabólico (un conjunto de factores de riesgo para el 
corazón, como hipertensión u obesidad abdominal), 
independientemente de si la bebida es normal o light", 
explican los investigadores. El consumo de este 
tipo de bebidas ha aumentado considerablemente 
en los últimos años y, aunque se ha asociado este 
incremento con la epidemia de obesidad y diabetes 
que vivimos, todavía es mucho lo que se desconoce 
sobre su efecto en la salud cardiovascular.
LUCIO, C. Disponível em: www.elmundo.es. Acesso em: 16 dez. 2011 
(adaptado).
O consumo de refrigerante tem aumentado 
consideravelmente nos últimos anos, assim como as 
pesquisas sobre as consequências de seu consumo 
diário. De acordo com o texto, pesquisas comprovam 
que o refrigerante 
AAtraz riscos, se consumido em qualquer quantidade. 
BBconstitui-se inofensivo, se ingerido uma vez ao 
dia. 
CCoferece perigo, se bebido juntamente com água. 
DDtorna-se aconselhável, se usado na versão light. 
EEcausa distúrbios, se tomado após as refeições. 
Questão 03
(Enem) ¿Qué es la X Solidaria?
La X Solidariaes una equis que ayuda a las 
personas más vulnerables. Podrás marcarla 
cuando hagas la declaración de la renta. Es 
la casilla que se denomina “Fines Sociales”. 
Nosotros preferimos llamarla X Solidaria: 
- porque al marcarla haces que se destine un 
0,7% de tus impuestos a programas sociales 
que realizan las ONG. 
- porque se benefician los colectivos más 
desfavorecidos, sin ningún coste económico 
para ti. 
- porque NO marcarla es tomar una actitud 
pasiva, y dejar que sea el Estado quien decida el 
destino de esa parte de tus impuestos. 
- porque marcándola te conviertes en 
contribuyente activo solidario. 
Disponível em: http://xsolidaria.org. Acesso em: 20 fev. 2012 
(adaptado). 
As ações solidárias contribuem para o 
enfrentamento de problemas sociais. No texto, a 
ação solidária ocorre quando o contribuinte 
AAdelega ao governo o destino de seus impostos. 
BBescolhe projetos que terão isenção de impostos. 
CCdestina parte de seus impostos para custeio de 
programas sociais. 
DDdetermina a criação de impostos para implantação 
de projetos sociais. 
EEseleciona programas para beneficiar cidadãos 
vulneráveis socialmente. 
 
Questão 04
(Enem) El eclipse
 Cuando Fray Bartolomé Arrazola se sentió 
perdido aceptó que ya nada podría salvarlo. La 
selva poderosa de Guatemala lo había apresado, 
implacable y definitiva. Ante su ignorancia topográfica 
se sentó con tranquilidad a esperar la muerte. Al 
despertar se encontró rodeado por un grupo de 
indígenas de rostro impasible que se disponía a 
sacrificarlo ante un altar, un altar que a Bartolomé le 
pareció como el lecho en que descansaría, al fin, de 
sus temores, de su destino, de sí mismo. Tres años 
en el país le habían conferido un mediano dominio 
de las lenguas nativas. Intentó algo. Dijo algunas 
palabras que fueron comprendidas. Entonces floreció 
en él una idea que tuvo por digna de su talento y de 
su cultura universal y de su arduo conocimiento de 
Aristóteles. Recordó que para ese día se esperaba 
un eclipse total de sol. Y dispuso, en lo más íntimo, 
valerse de aquel conocimiento para engañar a sus 
opresores y salvar la vida. – Si me matáis – les dijo 
– puedo hacer que el sol se oscurezca en su altura. 
Los indígenas lo miraron fijamente y Bartolomé 
sorprendió la incredulidad en sus ojos. Vio que se 
produjo un pequeño consejo, y esperó confiado, no 
sin cierto desdén. Dos horas después el corazón 
de Fray Bartolomé Arrazola chorreaba su sangre 
vehemente sobre la piedra de los sacrifícios (brillante 
bajo la opaca luz de un sol eclipsado), mientras uno 
de los indígenas recitaba sin ninguna inflexión de 
voz, sin prisa, una por una las infinitas fechas en que 
se producirían eclipses solares y lunares, que los 
atrónomos de la comunidad maya habían previsto 
y anotado en sus códices sin la valiosa ayuda de 
Aristóteles. 
5
'Monterroso, A. Obras completas y otros cuentos. Bogotá: Norma, 1994 
(adaptado).
No texto, confrontam-se duas visões de mundo: a da 
cultura ocidental, representada por Frei Bartolomé 
Arrazola, e a da mítica pré-hispânica, representada 
pela comunidade indígena maia. Segundo a narrativa, 
AAos catequizadores espanhóis avalizam os 
saberes produzidos pelas comunidades indígenas 
hispanoamericanas. 
BBos indígenas da comunidade maia, mostram-
se perplexos diante da superioridade do 
conhecimento aristotélico do frei espanhol. 
CCo catequizador espanhol Arrazola apresenta-se 
adaptado às culturas autóctones, ao promover a 
interlocução entre os conhecimentos aristotélicos 
e indígena. 
DDo episódio representa, de forma neutra, o 
significado do conhecimento ancestral indígena, 
quando comparado ao conhecimento ocidental. 
EEos conhecimentos acadêmicos de Arrazola 
são insuficientes para salvá-lo da morte, ante a 
sabedoria astronômica da cultura maia. 
Questão 05
(Enem) Inestabilidad estable 
Los que llevan toda la vida esforzándose por 
conseguir un pensamiento estable, con suficiente 
solidez como para evitar que la incertidumbre se 
apodere de sus habilidades, todas esas lecciones 
sobre cómo asegurarse el porvenir, aquellos que 
nos aconsejaban que nos dejáramos de bagatelas 
poéticas y encontráramos un trabajo fijo y etcétera, 
abuelos, padres, maestros, suegros, bancos y 
aseguradoras, nos estaban dando gato por liebre.
Y el mundo, este mundo que nos han creado, que al 
tocarlo en la pantalla creemos estar transformando a 
medida de nuestro deseo, nos está modelando según 
un coeficiente de rentabilidad, nos está licuando para 
integrarnos a su metabolismo reflejo.
FERNÁNDEZ ROJANO, G. Disponível em: http://diariojaen.es.
Acesso em: 23 maio 2012.
O título do texto antecipa a opinião do autor pelo uso 
de dois termos contraditórios que expressam o 
sentido de 
AAcompetitividade e busca do lucro, que 
caracterizam a sociedade contemporânea. 
BBbusca de estabilidade financeira e emocional, 
que marca o mundo atual. 
CCnegação dos valores defendidos pelas gerações 
anteriores em relação ao trabalho. 
DDnecessidade de realização pessoal e profissional 
no sistema vigente. 
EEpermanência da inconstância em uma sociedade 
marcada por contínuas mudanças. 
 
 
Questões de 06 a 45
Questão 06
(Enem) O solo A morte do cisne, criado em 1905 
pelo russo Mikhail Fokine a partir da música do 
compositor francês Camille Saint-Saens, retrata o 
último voo de um cisne antes de morrer. Na versão 
original, uma bailarina com figurino impecavelmente 
branco e na ponta dos pés inter preta toda a agonia 
da ave se debatendo até desfalecer.
Em 2012, John Lennon da Silva, de 20 anos, morador 
do bairro de São Mateus, na Zona Leste de São 
Paulo, elaborou um novo jeito de dançara coreografia 
imortalizada pela bailarina Anna Pavlova. No lugar de 
um colã e das sapatilhas, vestiu calça jeans, camiseta 
e tênis. Em vez de balé, trouxe o estilo popping da 
street dance. Sua apresentação inovadora de A 
morte do cisne, que foi ao ar no programa Se ela 
dança, eu danço, virou hit no YouTube.
Disponível em: www.correiobraziliense.com.br. Acesso em: 18 jun. 2019 
(adaptado).
A forma original de John Lennon da Silva reinterpretar 
a coreografia de A morte do cisne demonstra que 
AAa composição da coreografia foi influenciada pela 
escolha do figurino. 
BBa criação artística é beneficiada pelo encontro 
de modelos oriundos de diferentes realidades 
socioculturais. 
CCa variação entre os modos de dançar uma 
mesma música evidencia a hierarquia que marca 
manifestações artísticas. 
DDa formação erudita, à qual o dançarino não teve 
acesso, resulta em artistas que só conhecem a 
6
estética da arte popular. 
EEa interpretação, por homens, de coreografias 
originalmente concebidas para mulheres exige 
uma adaptação complexa. 
Questão 07
(Unesp) 
A tela de Rodolfo Amoedo mostra a morte de Aimberê, 
líder da Confederação dos Tamoios (1554-1567), 
revolta indígena contra a escravização. A pintura foi 
realizada mais de três séculos depois e pode ser 
entendida como um esforço de 
AArepresentação do sacrifício de indígenas e do 
acolhimento e proteção que os religiosos teriam 
dado aos nativos durante o período colonial. 
BBdenúncia do genocídio indígena durante a fase 
colonial, responsabilizando a Igreja Católica por 
ter colaborado com a Coroa portuguesa. 
CCconstrução de um passado heroico para o 
Brasil, associando o índio a um bom selvagem, 
corrompido posteriormente pela religião católica. 
DDrecuperação do período pré-cabralino e 
apontamento da necessidade de valorização 
das formas de solidariedade então existentes no 
Brasil. 
EEexposição dos confrontos entre religiosos e 
índios, que foram constantes e violentos durante 
todo o período colonial. 
Questão 08
(Enem PPL) 
Rompendo com as paredes retas e com a 
geometrização clássica acadêmica, os arquitetos 
modernistas desenvolveram seus projetos graças 
também a um momento de industrialização e 
modernização do Brasil. Observando a imagem 
apresentada, analisa-se queAANiemeyer projetou os edifícios de Brasília com a 
intenção de impor a arquitetura sobre a natureza, 
seguindo os princípios da arquitetura moderna. 
BBo Palácio da Alvorada, em Brasília, na posição 
horizontal, permite fazer uma integração do 
edifício com a paisagem do cerrado e o horizonte, 
um conceito de vanguarda para a arquitetura da 
época. 
CCNiemeyer projetou o Palácio da Alvorada com 
colunas de linhas quebradas e rígidas, com o 
propósito de unir as tendências recentes da 
arquitetura moderna, criando um novo estilo. 
DD os prédios de Brasília são elevados e sustentados 
por colunas, deixando um espaço livre sob o 
edifício, com o objetivo de separar o ambiente 
externo do interno, trazendo mais harmonia à 
obra. 
EENiemeyer projetou os edifícios de Brasília com 
espaços amplos, colunas curvas, janelas largas 
e grades de proteção, separando os jardins e 
praças da área útil do prédio. 
7
Questão 09
(Enem PPL) Em 1937, Guernica, na Espanha, foi 
bombardeada sob o comando da força aérea da 
Alemanha nazista, que apoiou os franquistas durante 
a Guerra Civil Espanhola (1936-1939). 
A pintura-mural de Picasso e a fotografia retratam os 
efeitos do bombardeio, ressaltando, respectivamente: 
AACrítica social – conformismo político. 
BBPercepção individual – registro histórico. 
CCRealismo acrítico – idealização romântica. 
DDSofrimento humano – destruição material. 
EEObjetividade artística – subjetividade jornalística. 
Questão 10
(Enem)
Produzida no Chile, no final da década de 1970, a 
imagem expressa um conflito entre culturas e sua 
presença em museus decorrente da 
AAvalorização do mercado das obras de arte. 
BBdefinição dos critérios de criação de acervos. 
CCampliação da rede de instituições de memória. 
DDburocratização do acesso dos espaços 
expositivos. 
EEfragmentação dos territórios das comunidades 
representadas. 
 
Questão 11 
TEXTO I 
Leia o trecho do livro A solidão dos moribundos, do 
sociólogo alemão Norbert Elias.
 Não mais consideramos um entretenimento de 
domingo assistir a enforcamentos, esquartejamentos 
e suplícios na roda. Assistimos ao futebol, e não 
aos gladiadores na arena. Se comparados aos da 
Antiguidade, nossa identificação com outras pessoas 
e nosso compartilhamento de seus sofrimentos e 
morte aumentaram. Assistir a tigres e leões famintos 
devorando pessoas vivas pedaço a pedaço, ou a 
gladiadores, por astúcia e engano, mutuamente 
se ferindo e matando, dificilmente constituiria uma 
diversão para a qual nos prepararíamos com o mesmo 
prazer que os senadores ou o povo romano. Tudo 
indica que nenhum sentimento de identidade unia 
esses espectadores àqueles que, na arena, lutavam 
por suas vidas. Como sabemos, os gladiadores 
saudavam o imperador ao entrar com as palavras 
“Morituri te salutant” (Os que vão morrer te saúdam). 
Alguns dos imperadores sem dúvida se acreditavam 
imortais. De todo modo, teria sido mais apropriado 
se os gladiadores dissessem “Morituri moriturum 
salutant” (Os que vão morrer saúdam aquele que 
vai morrer). Porém, numa sociedade em que tivesse 
sido possível dizer isso, provavelmente não haveria 
gladiadores ou imperadores. A possibilidade de 
se dizer isso aos dominadores – alguns dos quais 
mesmo hoje têm poder de vida e morte sobre um 
sem-número de seus semelhantes – requer uma 
desmitologização da morte mais ampla do que a que 
temos hoje, e uma consciência muito mais clara de 
que a espécie humana é uma comunidade de mortais 
e de que as pessoas necessitadas só podem esperar 
ajuda de outras pessoas. O problema social da morte 
é especialmente difícil de resolver porque os vivos 
acham difícil identificar-se com os moribundos.
8
 A morte é um problema dos vivos. Os mortos 
não têm problemas. Entre as muitas criaturas que 
morrem na Terra, a morte constitui um problema só 
para os seres humanos. Embora compartilhem o 
nascimento, a doença, a juventude, a maturidade, 
a velhice e a morte com os animais, apenas eles, 
dentre todos os vivos, sabem que morrerão; apenas 
eles podem prever seu próprio fim, estando cientes 
de que pode ocorrer a qualquer momento e tomando 
precauções especiais – como indivíduos e como 
grupos – para proteger-se contra a ameaça da 
aniquilação.
(A solidão dos moribundos, 2001.) 
(Unesp) De acordo com o autor, 
AAa antecipação da própria morte tornou-se fonte 
de problemas para os seres humanos. 
BBo reconhecimento da própria finitude conduziria o 
ser humano a uma existência verdadeira. 
CCos seres humanos acabaram por se afastar da 
ideia da inevitabilidade da morte. 
DDa morte tornou-se, em razão do processo de 
aniquilação da natureza, um problema para a 
humanidade. 
EEos animais, a exemplo dos seres humanos, 
também seriam confrontados com a experiência 
da própria finitude. 
Questão 12 
TEXTO I 
Leia o trecho inicial da crônica “Está aberta a sessão 
do júri”, de Graciliano Ramos, publicada originalmente 
em 1943.
 O Dr. França, Juiz de Direito numa cidadezinha 
sertaneja, andava em meio século, tinha gravidade 
imensa, verbo escasso, bigodes, colarinhos, 
sapatos e ideias de pontas muito finas. Vestia-se 
ordinariamente de preto, exigia que todos na justiça 
procedessem da mesma forma – e chegou a mandar 
retirar-se do Tribunal um jurado inconveniente, de 
roupa clara, ordenar-lhe que voltasse razoável e 
fúnebre, para não prejudicar a decência do veredicto.
 Não via, não sorria. Quando parava numa 
esquina, as cavaqueiras dos vadios gelavam. Ao 
afastar-se, mexia as pernas matematicamente, os 
passos mediam setenta centímetros, exatos, apesar 
de barrocas¹ e degraus. A espinha não se curvava, 
embora descesse ladeiras, as mãos e os braços 
executavam os movimentos indispensáveis, as duas 
rugas horizontais da testa não se aprofundavam nem 
se desfaziam.
 Na sua biblioteca digna e sábia, volumes 
bojudos, tratados majestosos, severos na 
encadernação negra semelhante à do proprietário, 
empertigavam-se – e nenhum ousava deitar-se, 
inclinar-se, quebrar o alinhamento rigoroso.
 Dr. França levantava-se às sete horas 
e recolhia-se à meia-noite, fizesse frio ou calor, 
almoçava ao meio-dia e jantava às cinco, ouvia 
missa aos domingos, comungava de seis em seis 
meses, pagava o aluguel da casa no dia 30 ou no 
dia 31, entendia-se com a mulher, parcimonioso, 
na linguagem usada nas sentenças, linguagem 
arrevesada e arcaica das ordenações. Nunca julgou 
oportuno modificar esses hábitos salutares.
 Não amou nem odiou. Contudo exaltou 
a virtude, emanação das existências calmas, e 
condenou o crime, infeliz consequência da paixão.
 Se atentássemos nas palavras emitidas 
por via oral, poderíamos afirmar que o Dr. França 
não pensava. Vistos os autos, etc., perceberíamos 
entretanto que ele pensava com alguma frequência. 
Apenas o pensamento de Dr. França não seguia a 
marcha dos pensamentos comuns. Operava, se 
não nos enganamos, deste modo: “considerando 
isto, considerando isso, considerando aquilo, 
considerando ainda mais isto, considerando porém 
aquilo, concluo.” Tudo se formulava em obediência 
às regras – e era impossível qualquer desvio.
 Dr. França possuía um espírito, sem dúvida, 
espírito redigido com circunlóquios, dividido em 
capítulos, títulos, artigos e parágrafos. E o que se 
distanciava desses parágrafos, artigos, títulos e 
capítulos não o comovia, porque Dr. França está livre 
dos tormentos da imaginação.
(Graciliano Ramos. Viventes das Alagoas, 1976.)
¹barroca: monte de terra ou de barro. 
(Unesp) Na crônica, o Dr. França é caracterizado 
como 
AAirônico e arrogante. 
BBarrogante e dissimulado. 
CCintrovertido e sarcástico. 
DDpedante e displicente. 
EEtaciturno e metódico. 
9
Questão 13
TEXTO I
Leia os seguintes textos de Machado de Assis.
I.
Suave mari magno*
Lembra-me que, em certo dia,
Na rua, ao sol de verão,
Envenenado morria
Um pobre cão.
Arfava, espumava e ria,
De um riso espúrio e bufão,
Ventre e pernas sacudia
Na convulsão.
Nenhum, nenhumcurioso
Passava, sem se deter,
Silencioso,
Junto ao cão que ia morrer,
Como se lhe desse gozo
Ver padecer.
Machado de Assis. Ocidentais.
* Expressão latina, retirada de Lucrécio (Da natureza 
das coisas), a qual aparece no seguinte trecho: 
Suave, mari magno, turbantibus aequora ventis/ 
E terra magnum alterius spectare laborem. (“É 
agradável, enquanto no mar revoltoso os ventos 
levantam as águas, observar da terra os grandes 
esforços de um outro.”).
II.
Tão certo é que a paisagem depende do ponto de 
vista, e que o melhor modo de apreciar o chicote é 
ter-lhe o cabo na mão.
Machado de Assis. Quincas Borba, cap. XVIII.
III.
Sofia soltou um grito de horror e acordou. Tinha ao 
pé do leito o marido:
– Que foi? perguntou ele.
– Ah! respirou Sofia. Gritei, não gritei?
 (...)
– Sonhei que estavam matando você.
Palha ficou enternecido. Havê-la feito padecer por 
ele, ainda que em sonhos, encheu-o de piedade, mas 
de uma piedade gostosa, um sentimento particular, 
íntimo, profundo, – que o faria desejar outros 
pesadelos, para que o assassinassem aos olhos 
dela, e para que ela gritasse angustiada, convulsa, 
cheia de dor e de pavor.
Machado de Assis. Quincas Borba, cap. CLXI. 
(Fuvest) A analogia consiste em um recurso de 
expressão comumente utilizado para ilustrar um 
raciocínio por meio da semelhança que se observa 
entre dois fatos ou ideias. No texto II, a analogia 
construída a partir da imagem do chicote pretende 
sugerir que 
AAo instrumento do castigo nem sempre cai em 
mãos justas. 
BBo apreço aos objetos independe do uso que se 
faz deles. 
CCo cabo é metáfora de mérito, e a ponta, metáfora 
de culpa. 
DDo mais fraco, por ser compassivo, é incapaz de 
desfrutar do poder. 
EEo prazer verdadeiro se experimenta no lado dos 
dominantes. 
Questão 14
TEXTO I 
Leia o ensaio “Império reverso”, de Eduardo Giannetti.
 Império reverso – O filósofo grego Diógenes 
fez da autossuficiência e do controle das paixões os 
valores centrais de sua vida: um casaco, uma mochila 
e uma cisterna de argila no interior da qual pernoitava 
eram suas únicas posses. Intrigado com relatos sobre 
essa estranha figura, o imperador Alexandre Magno 
resolveu conferir de perto. Foi até ele e propôs: “Sou 
o homem mais poderoso do mundo, peça-me o que 
desejar e lhe atenderei.” Diógenes [...] não titubeou: 
“O senhor teria a delicadeza de afastar-se um pouco? 
Sua sombra está bloqueando o meu banho de sol.” O 
filósofo e o imperador são casos extremos, mas ambos 
ilustram a tese socrática de que, entre os mortais, o 
mais próximo dos deuses em felicidade é aquele que 
10
de menor número de coisas carece. Alexandre, ex-
pupilo e depois mecenas de Aristóteles, aprendeu a 
lição. Quando um cortesão zombou do morador da 
cisterna por ter “desperdiçado” a oferta que lhe caíra 
do céu, o imperador rebateu: “Pois saiba então você 
que, se eu não fosse Alexandre, eu teria desejado 
ser Diógenes.” Os extremos se tocam. – “Querei só 
o que podeis”, pondera o padre Antônio Vieira, “e 
sereis omnipotentes.”
(Eduardo Giannetti. Trópicos utópicos, 2016.) 
(Unesp) Depreende-se do ensaio uma crítica, 
sobretudo, 
AAà insensibilidade. 
BBà intemperança. 
CCà passividade. 
DDà volubilidade. 
EEà intolerância. 
Questão 15 
TEXTO I
Leia o soneto de Luís de Camões.
Enquanto quis Fortuna¹ que tivesse
Esperança de algum contentamento,
O gosto de um suave pensamento²
Me fez que seus efeitos escrevesse.
Porém, temendo Amor3 que aviso desse
Minha escritura a algum juízo isento⁴,
Escureceu-me o engenho⁵ com tormento,
Para que seus enganos não dissesse.
Ó vós que Amor obriga a ser sujeitos
A diversas vontades, quando lerdes
Num breve livro casos tão diversos,
Verdades puras são, e não defeitos⁶,
E sabei que, segundo o amor tiverdes,
Tereis o entendimento de meus versos.
(Luís de Camões. 20 sonetos, 2018.)
¹Fortuna: entidade mítica que presidia a sorte dos 
homens.
²suave pensamento: sentimento amoroso.
³Amor: entidade mítica que personifica o amor.
⁴juízo isento: os inocentes do amor, aqueles que 
nunca se apaixonaram.
⁵engenho: talento poético, inspiração.
⁶defeitos: inverdades, fantasia. 
(Unesp) Segundo o eu lírico, Amor torna os amantes 
AAmesquinhos. 
BBmelancólicos. 
CCsubmissos. 
DDimprudentes. 
EEinsensatos. 
Questão 16
(Enem PPL) Não cobra assinatura. Não cobra 
para fazer o download. Não tem anúncios. Não tem 
compras dentro do aplicativo. Mas, então, como o 
WhatsApp ganha dinheiro? Ou melhor, que tipo de 
magia fez o Facebook decidir comprar o app por R$ 
19 bilhões, em 2014?
Quando fundado em 2009, o WhatsApp cobrava 
US$ 1 por instalação em alguns países. Em outros, 
a empresa cobrava US$ 1 por ano como forma 
simbólica de assinatura. E, em alguns outros, o app 
era completamente gratuito, caso do Brasil.
Em agosto de 2014, ano da compra pelo Facebook, 
cerca de 600 milhões de pessoas usavam o aplicativo 
de mensagens. Até setembro do mesmo ano, os 
relatórios financeiros do Facebook apontavam que o 
faturamento da empresa não ultrapassava a casa do 
US$ 1,3 milhão, menos de um centésimo do valor 
da compra. Se você pensou “então o WhatsApp não 
dá dinheiro”, isso faz algum sentido. O que levou o 
Facebook a gastar tanto, então?
Especialistas apontam o “big data” – campo da 
tecnologia que lida com grandes volumes de dados 
digitais – como impulsionador da compra. Com mais 
informações, a empresa pode analisar melhor o 
comportamento dos usuários.
Em agosto de 2016, o WhatsApp começou a 
compartilhar dados com o Facebook. O objetivo? 
Fomentar relações entre as bases de Facebook, 
WhatsApp e Instagram – sugerir amizades em uma 
rede com base em contatos da outra, por exemplo 
11
– mas, principalmente, otimizar a recomendação de 
publicidade. Afinal, é aí que está o maior volume de 
faturamento do Facebook atualmente.
Disponível em: https://noticias.uol.com.br. Acesso em: 4 jun. 2019 
(adaptado).
As estratégias descritas no texto para a obtenção de 
lucro de forma indireta fundamentam-se no(a) 
AA reconhecimento da mudança de comportamento 
dos usuários. 
BBnecessidade de monopolizar o mercado de redes 
sociais. 
CCimportância de arriscar na compra de 
concorrentes. 
DDvalor das informações no mundo contemporâneo. 
EEimpacto social de oferecer soluções gratuitas. 
Questão 17
(Enem PPL) Estresse é um termo que se vulgarizou 
nos últimos tempos. Queixa-se de estresse o homem 
que chega em casa depois de um dia de muito 
trabalho, de trânsito pesado e das filas do banco. 
Queixa-se a mulher que enfrentou uma maratona 
de atividades domésticas, profissionais e com os 
filhos. À noite, terminado o jantar, com as crianças 
recolhidas, os dois mal têm forças para trocar de 
roupa e cair na cama.
A palavra estresse não cabe nesse contexto. O 
que eles sentem é cansaço, estão exaustos e uma 
noite de sono é um santo remédio para recompor 
as energias e revigorá-los para as tarefas do dia 
seguinte.
A palavra estresse, na verdade, caracteriza um 
mecanismo fisiológico do organismo sem o qual 
nós, nem os outros animais, teríamos sobrevivido. 
Se nosso antepassado das cavernas não reagisse 
imediatamente, ao se deparar com uma fera faminta, 
não teria deixado descendentes. Nós existimos 
porque nossos ancestrais se estressavam, isto é, 
liberavam uma série de mediadores químicos (o mais 
popular é a adrenalina), que provocavam reações 
fisiológicas para que, diante do perigo, enfrentassem 
a fera ou fugissem.
Disponível em http://drauziovarella.com.br. Acesso em: 2 jun. 2015.
Ao lançar mão do mecanismo de comparação, o 
autor do texto conduz os leitores a 
AAminimizarem os receios contra o estresse. 
BBevitarem situações que causem estresse. 
CCdistinguirem os vários sintomas do estresse. 
DDsaberem da existência dos tipos de estresse. 
EEcompreenderem o significado do termo estresse. 
 
Questão 18
(Enem PPL) Bola na rede
Futebol de várzea, pelada, baba, racha, rachão. Os 
nomes podem ser diferentes em cada pedaço do 
Brasil,mas bater uma bolinha é mesmo uma paixão 
nacional. Os dados do suplemento de esporte da 
PNAD 2015 mostraram que o futebol foi a principal 
modalidade esportiva praticada no Brasil, com 15,3 
milhões de adeptos.
É claro que o fato de o nosso país ter um futebol 
profissional consagrado, com times que arrebatam 
torcidas e revelam jogadores, é uma influência 
positiva, mas a maioria dessa galera que gosta de 
correr atrás da bola não tem nenhuma pretensão 
profissional com o esporte. Para eles, tão bom 
quanto marcar um gol é juntar velhos amigos, fazer 
novas amizades e se divertir muito.
BENEDICTO, M.; MARLI, M. Retratos: a revista do IBGE, n. 2, ago. 
2017 (adaptado).
Ao abordar a temática do futebol no Brasil, o texto 
apresenta diferentes nomes para uma partida do 
esporte. Ao fazer isso, fica evidente que 
AAos torcedores enaltecem seus times favoritos. 
BBo futebol é um esporte presente em todo o Brasil. 
CCa linguagem do futebol reaproxima pessoas 
distantes. 
DDos campeonatos da modalidade propiciam a 
integração do Brasil. 
EEas regiões do país imprimem um estilo próprio 
para o jogo de futebol. 
12
Questão 19
(Enem PPL) TEXTO I
Para que seja caracterizada como bullying, e não 
como uma agressão ocasional, a ação praticada 
e sofrida pela vítima deve responder a alguns 
critérios: a agressividade (física, verbal, social) e a 
intencionalidade do ato, ou seja, o desejo de causar 
dor e constrangimento; a frequência da agressão, 
uma vez que o bullying é um ato repetitivo; e a 
desigualdade na relação de poder, manifestada pela 
diferença de força física ou social entre o agressor e 
a vítima.
ABDALLA, S. Bullying na escola: urna ameaça que não é brincadeira. 
Disponível em: www.gazetadopovo.com.br. Acesso em: 9 ago. 2017 
(adaptado).
TEXTO II
De acordo com as características apresentadas nos 
textos, depreende-se que o bullying nas aulas de 
educação física escolar tem sido resultante das 
AAatitudes constantes de desrespeito à diversidade 
nas práticas corporais. 
BBlesões provocadas durante jogos de contato por 
estudantes agressivos. 
CCdisputas entre os alunos para ocuparem posições 
de destaque nas equipes. 
DDassimetrias entre meninos e meninas durante a 
vivência das atividades propostas. 
EEpráticas de inclusão de alunos com menos 
habilidade motora nos jogos coletivos.
 
Questão 20
TEXTO I
Leia o trecho do conto-prefácio “Hipotrélico”, que 
integra o livro Tutameia, de João Guimarães Rosa.
 Há o hipotrélico. O termo é novo, de 
impesquisada origem e ainda sem definição que lhe 
apanhe em todas as pétalas o significado. Sabe-
se, só, que vem do bom português. Para a prática, 
tome-se hipotrélico querendo dizer: antipodático, 
sengraçante imprizido; ou, talvez, vice-dito: indivíduo 
pedante, importuno agudo, falto de respeito para 
com a opinião alheia. Sob mais que, tratando-
se de palavra inventada, e, como adiante se verá, 
embirrando o hipotrélico em não tolerar neologismos, 
começa ele por se negar nominalmente a própria 
existência.
 Somos todos, neste ponto, um tento ou 
cento hipotrélicos? Salvo o excepto, um neologismo 
contunde, confunde, quase ofende. Perspica-nos 
a inércia que soneja em cada canto do espírito, e 
que se refestela com os bons hábitos estadados. 
Se é que um não se assuste: saia todo-o-mundo a 
empinar vocábulos seus, e aonde é que se vai dar 
com a língua tida e herdada? Assenta-nos bem 
à modéstia achar que o novo não valerá o velho; 
ajusta-se à melhor prudência relegar o progresso no 
passado. [...]
 Já outro, contudo, respeitável, é o caso – 
enfim – de “hipotrélico”, motivo e base desta fábula 
diversa, e que vem do bom português. O bom 
português, homem-de-bem e muitíssimo inteligente, 
mas que, quando ou quando, neologizava, segundo 
suas necessidades íntimas.
 Ora, pois, numa roda, dizia ele, de algum 
sicrano, terceiro, ausente:
 – E ele é muito hiputrélico...
 Ao que, o indesejável maçante, não se 
contendo, emitiu o veto:
 – Olhe, meu amigo, essa palavra não existe.
 Parou o bom português, a olhá-lo, seu tanto 
perplexo:
 – Como?!... Ora... Pois se eu a estou a dizer?
 – É. Mas não existe.
 Aí, o bom português, ainda meio enfigadado, 
mas no tom já feliz de descoberta, e apontando para 
o outro, peremptório:
13
 – O senhor também é hiputrélico...
 E ficou havendo.
(Tutameia, 1979.) 
 (Unesp) O efeito cômico do texto deriva, sobretudo, 
da ambiguidade da expressão 
AA“homem-de-bem”. 
BB“bom português”. 
CC“indesejável maçante”. 
DD“necessidades íntimas”. 
EE“indivíduo pedante”. 
Questão 21
TEXTO I 
Leia a narrativa “O leão, o burro e o rato”, de Millôr 
Fernandes.
 Um leão, um burro e um rato voltaram, 
afinal, da caçada que haviam empreendido juntos¹ 
e colocaram numa clareira tudo que tinham caçado: 
dois veados, algumas perdizes, três tatus, uma paca 
e muita caça menor. O leão sentou-se num tronco 
e, com voz tonitruante que procurava inutilmente 
suavizar, berrou:
 – Bem, agora que terminamos um magnífico 
dia de trabalho, descansemos aqui, camaradas, para 
a justa partilha do nosso esforço conjunto. Compadre 
burro, por favor, você, que é o mais sábio de nós 
três, com licença do compadre rato, você, compadre 
burro, vai fazer a partilha desta caça em três partes 
absolutamente iguais. Vamos, compadre rato, até o 
rio, beber um pouco de água, deixando nosso grande 
amigo burro em paz para deliberar.
 Os dois se afastaram, foram até o rio, 
beberam água² e ficaram um tempo. Voltaram e 
verificaram que o burro tinha feito um trabalho 
extremamente meticuloso, dividindo a caça em três 
partes absolutamente iguais. Assim que viu os dois 
voltando, o burro perguntou ao leão:
 – Pronto, compadre leão, aí está: que acha 
da partilha?
 O leão não disse uma palavra. Deu uma 
violenta patada na nuca do burro, prostrando-o no 
chão, morto.
 Sorrindo, o leão voltou-se para o rato e disse:
 – Compadre rato, lamento muito, mas tenho 
a impressão de que concorda em que não podíamos 
suportar a presença de tamanha inaptidão e burrice. 
Desculpe eu ter perdido a paciência, mas não havia 
outra coisa a fazer. Há muito que eu não suportava 
mais o compadre burro. Me faça um favor agora – 
divida você o bolo da caça, incluindo, por favor, o 
corpo do compadre burro. Vou até o rio, novamente, 
deixando-lhe calma para uma deliberação sensata.
 Mal o leão se afastou, o rato não teve a 
menor dúvida. Dividiu o monte de caça em dois: de 
um lado, toda a caça, inclusive o corpo do burro. Do 
outro, apenas um ratinho cinza morto por acaso. O 
leão ainda não tinha chegado ao rio, quando o rato o 
chamou:
 – Compadre leão, está pronta a partilha!
 O leão, vendo a caça dividida de maneira tão 
justa, não pôde deixar de cumprimentar o rato:
 – Maravilhoso, meu caro compadre, 
maravilhoso! Como você chegou tão depressa a uma 
partilha tão certa?
 E o rato respondeu:
 – Muito simples. Estabeleci uma relação 
matemática entre seu tamanho e o meu – é claro 
que você precisa comer muito mais. Tracei uma 
comparação entre a sua força e a minha – é claro que 
você precisa de muito maior volume de alimentação 
do que eu. Comparei, ponderadamente, sua posição 
na floresta com a minha – e, evidentemente, a partilha 
só podia ser esta. Além do que, sou um intelectual, 
sou todo espírito!
 – Inacreditável, inacreditável! Que 
compreensão! Que argúcia! – exclamou o leão, 
realmente admirado. – Olha, juro que nunca tinha 
notado, em você, essa cultura. Como você escondeu 
isso o tempo todo, e quem lhe ensinou tanta 
sabedoria?
 – Na verdade, leão, eu nunca soube nada. 
Se me perdoa um elogio fúnebre, se não se ofende, 
acabei de aprender tudo agora mesmo, com o burro 
morto.
 Moral: Só um burro tenta ficar com a parte do 
leão.
1 A conjugação de esforços tão heterogêneos na 
destruição do meio ambiente é coisa muito comum.
² Enquanto estavam bebendo água, o leão reparou que 
o rato estava sujando a água que ele bebia. Mas isso 
já é outra fábula.
14
' (100 fábulas fabulosas, 2012.) 
(Unesp) Uma moralpara a narrativa de Millôr 
Fernandes em conformidade com uma fábula 
tradicional seria: 
AAPara quem morrer está posto, é melhor a morte 
com reputação. 
BBAlguns seres humanos, por causa das próprias 
espertezas, sem perceber se lançam em direção 
às desgraças. 
CCAlguns homens fazem por mal o que por bem não 
querem aceitar. 
DDPara os homens, os infortúnios do próximo se 
tornam um apelo à ponderação. 
EEOs homens sensatos não desdenham nem 
mesmo as coisas modestas. 
Questão 22
(Enem PPL) Trabalhe, trabalhe, trabalhe.
Mas não se esqueça: vírgulas significam pausas.
Revista Língua Portuguesa, n.º 36, outubro de 2008, p. 30.
A publicidade utiliza recursos e elementos linguísticos 
e extralinguísticos para propagar sua mensagem. O 
autor do texto publicitário acima, para construir seu 
sentido, baseia-se 
AAna possibilidade de confundir o leitor quanto à 
sua rotina. 
BBna certeza de surpreender o leitor com efeitos de 
humor. 
CCna criação de dúvida quanto à quantidade de 
trabalho. 
DDno duplo sentido da palavra pausas: pausa na 
escrita e pausa no trabalho. 
EEno objetivo de irritar o leitor no que se refere à 
sua rotina de trabalho diária. 
Questão 23
(Enem PPL) PROCURE DIREITO PARA CHEGAR 
ONDE QUER
A nossa empresa desenvolveu um programa de 
estudos com vários cursos voltados para a carreira 
jurídica. Usufrua as vantagens do melhor material 
didático, da estrutura física e tecnológica e da alta 
qualidade de nosso corpo docente.
Após cada aula, são disponibilizadas online 
questões de provas de concursos públicos sobre o 
conteúdo apresentado. A evolução do aprendizado é 
monitorada e o aluno recebe relatórios sobre o seu 
desempenho.
Correio Braziliense. Caderno Simuladão, 28 abr. 2009, p. 5.
No texto publicitário acima, predomina a função 
conativa da linguagem, que é centrada no receptor 
da mensagem. No texto em questão, os recursos de 
linguagem empregados têm o objetivo de convencer 
AAalunos do ensino fundamental, já que se fala em 
“evolução do aprendizado”. 
BBcandidatos a concursos públicos, já que se refere 
a “vários cursos voltados para a carreira jurídica”. 
CCidosos que querem estudar por prazer, já que 
se destaca “as vantagens do melhor material 
didático, da estrutura física e tecnológica”. 
DDdonas de casa que querem cultura geral, já que 
ressalta a comodidade do serviço no trecho “o 
aluno recebe relatórios sobre o seu desempenho.” 
EEjovens que cursam os cursos supletivos para 
jovens e adultos, já que mostra que “a nossa 
empresa desenvolveu um programa de estudos 
com vários cursos”. 
Questão 24 
(Enem PPL) Um objetivo para um número cada 
vez maior de empresas é realizar negócios 
eletronicamente com outras empresas, e, em 
especial, com fornecedores e clientes. Por 
exemplo, fabricantes de automóveis, aeronaves e 
computadores, entre outros, compram subsistemas 
de diversos fornecedores, e depois montam as peças. 
Utilizando computadores, os fabricantes podem emitir 
pedidos eletronicamente, conforme necessário. A 
capacidade de emitir pedidos em tempo real reduz 
a necessidade de grandes estoques e aumenta a 
eficiência. 
TANEMBAUM, Andrew S. Redes de computadores, 4ª Ed.,RJ, Elsevier, 
2003 (adaptado).
A realização de negócios com consumidores 
pela Internet, denominado comércio eletrônico – 
e-commerce – tem 
AAproporcionado baixa no desenvolvimento 
econômico, por permitir a globalização dos 
recursos. 
15
BBcausado problemas de comunicação e mais 
vendas presenciais. 
CCpermitido desenvolvimento e mudança na relação 
com o consumidor. 
DDgerado instabilidade no setor econômico. 
EEgarantido a confiança do consumidor, por 
apresentar total segurança na realização de 
negócios. 
Questão 25
 TEXTO I
 Já na segurança da calçada, e passando por 
um trecho em obras que atravanca nossos passos, 
lanço à queima-roupa:
 — Você conhece alguma cidade mais feia do 
que São Paulo?
 — Agora você me pegou, retruca, rindo. Hã, 
deixa eu ver... Lembro-me de La Paz, a capital da 
Bolívia, que me pareceu bem feia. Dizem que Bogotá 
é muito feiosa também, mas não a conheço. Bem, 
São Paulo, no geral, é feia, mas as pessoas têm 
uma disposição para o trabalho aqui, uma vibração 
empreendedora, que dá uma feição muito particular 
à cidade. Acordar cedo em São Paulo e ver as 
pessoas saindo para trabalhar é algo que me toca. 
Acho emocionante ver a garra dessa gente.
R. Moraes e R. Linsker. Estrangeiros em casa: uma caminhada pela 
selva urbana de São Paulo. National Geographic Brasil. Adaptado. 
(Fuvest) Os interlocutores do diálogo contido no 
texto compartilham o pressuposto de que 
AAcidades são geralmente feias, mas interessantes. 
BBo empreendedorismo faz de São Paulo uma 
bonita cidade. 
CCLa Paz é tão feia quanto São Paulo. 
DDSão Paulo é uma cidade feia. 
EESão Paulo e Bogotá são as cidades mais feias 
do mundo. 
Questão 26
 TEXTO I 
A língua politicamente correta
REVISORES são seres invisíveis que se valem 
de jornais e editoras para corrigir os deslizes dos 
escritores. Porque os escritores, frequentemente, 
desrespeitam as leis fundamentais da gramática. 
Eu mesmo, por muito tempo, tive como revisor 
voluntário dos meus textos um erudito da língua que 
me enviava periodicamente, por puro amor à língua, 
relatórios detalhados dos meus erros.
Desse revisor voluntário tenho apenas uma queixa: 
ele nunca disse uma só palavra sobre a substância 
mesma dos meus artigos. Não lhe importavam as 
coisas que eu escrevia. Importava-lhe se eu as 
escrevia com as palavras certas.
Para me consolar, eu repetia as palavras de Patativa 
do Assaré: “Mais vale escrever a coisa certa com as 
palavras erradas que escrever a coisa errada com 
as palavras certas...” Até lhe dediquei uma pequena 
parábola. Eu, convidando meus amigos para tomar 
uma sopa que eu mesmo faço. Eles vêm, tomam a 
sopa e gostam. Mas um intruso, não convidado, toma 
a minha sopa, nada diz sobre a sopa, mas reclama 
que a tigela estava lascada...
Tenho tido experiências com revisores atentos, 
sensíveis, competentes, que não só corrigem meus 
erros como também me fazem sugestões de como 
melhorar o meu estilo. Mas tenho tido também 
experiências desastrosas. E isso porque os revisores 
têm um poder terrível. Basta que mudem uma simples 
palavra...
(...)
16
Houve um livro que escrevi, todo ele baseado na 
distinção entre “história” e “estória”, distinção que 
os gramáticos, donos da língua, desconhecem, por 
saber muito sobre letras e sílabas e pouco sobre 
sentidos. Resolveram, por conta própria, eliminar do 
dicionário a grafia “estória”. Tudo agora é “história”. 
Mas Guimarães Rosa sabe que isso está errado e 
até escreveu: “A estória não quer se tornar história”.
São duas coisas diferentes. História é o tempo onde 
as coisas acontecidas não acontecem mais. Estória 
é o tempo onde coisas não acontecidas acontecem 
sempre. Pois o revisor do meu livro, mais atento às 
ordens do dicionário, livro onde se encontram as 
palavras e sentidos certos, eliminou as “estórias” 
que eu havia escrito, substituindo-as por “histórias”. 
Ficou totalmente sem sentido. O revisor disse que 
abacaxis e pitangas eram a mesma coisa.
(...)
(Rubem Alves, Folha de S. Paulo, 31/05/2011) 
(Espm) Segundo o texto: 
AAos revisores exercem tarefas invisíveis para não 
constranger os escritores que transgridem as leis 
da gramática. 
BBo trabalho dos revisores em jornais e editoras 
está voltado tanto para o aspecto formal quanto 
para o aspecto semântico. 
CCo revisor voluntário, citado pelo autor, não tinha 
autoridade para opinar sobre os artigos. 
DDtodo revisor, de uma maneira geral, só se 
preocupa com os aspectos estilísticos do texto. 
EEa intervenção do revisor no texto nem sempre 
traz resultados positivos. 
Questão 27
TEXTO I 
O leão e a raposa
Um 11leão envelhecido, 1não podendo mais procurar 
alimento por sua própria conta, julgou que devia 
arranjar um jeito de fazer isso. E, então, foi a uma 
caverna, deitou-see se fingiu de doente. Dessa forma, 
quando ⁸recebia a visita de outros 13animais, ele ⁴os 
pegava e ⁵os comia. Depois que muitas 14feras 6já 
tinham morrido, uma 12raposa, ciente da armadilha, 
parou a ⁹certa distância da caverna e perguntou ao 
leão como ele estava. Como ele ²respondesse: “Mal!” 
e lhe ³perguntasse 10por que ela não entrava, disse 
a raposa: “Ora, eu entraria 7se não visse marcas de 
muitos entrando, mas de ninguém saindo”.
Esopo - escritor grego do século VI a.C. 
(Mackenzie) Assinale a alternativa que melhor 
expressa a moral depreendida pela leitura do texto. 
AAOs homens sensatos, tendo prova dos perigos, 
podem prevê-los e evitá-los. 
BBSão insensatos os homens que, na esperança de 
bens maiores, deixam escapar o que têm na mão. 
CCAlguns homens, não conseguindo realizar 
seus negócios por incapacidade, acusam as 
circunstâncias. 
DDEntre os homens, os mentirosos se vangloriam 
apenas quando não há ninguém para contestá-
los. 
EEÉ preciso reconhecer aquele que fez o bem e a 
esse dar o reconhecimento. 
Questão 28
TEXTO I
Não há morte. O encontro de duas expansões, ou 
a expansão de duas formas, pode determinar a 
supressão de uma delas; mas, rigorosamente, não 
há morte, há vida, porque a supressão de uma é a 
condição da sobrevivência da outra e a destruição 
não atinge o princípio universal e comum. Daí o 
caráter conservador e benéfico da guerra. Supõe 
tu um campo de batatas e duas tribos famintas. As 
batatas apenas chegam para alimentar uma das 
tribos, que assim adquire forças para transpor a 
montanha e ir à outra vertente, onde há batatas em 
abundância; mas, se as duas tribos dividirem em 
paz as batatas do campo, não chegam a nutrir-se 
suficientemente e morrem de inanição. A paz, nesse 
caso, é a destruição; a guerra é a conservação. Uma 
das tribos extermina a outra e recolhe os despojos. 
17
Daí a alegria da vitória, os hinos, aclamações, 
recompensas públicas e todos os demais efeitos das 
ações bélicas. (...) Ao vencido, ódio ou compaixão; 
ao vencedor, as batatas. 
(Machado de Assis, Quincas Borba) 
 (Espm) As batatas a que o texto se refere: 
AAsimbolizam a solidez dos bens materiais. 
BBrepresentam o objeto concreto de luta entre as 
tribos famintas. 
CCsintetizam os despojos e a precariedade da 
natureza humana. 
DDevidenciam figuradamente as ações bélicas. 
EEexpressam metaforicamente a cota mate¬rial do 
perdedor. 
 
Questão 29
TEXTO I 
“O homem não pode abster-se da filosofia”, diz 
Jaspers com razão. “Ela está presente em todo lugar 
e sempre. A única questão que se apresenta é saber 
se ela é consciente ou não, boa ou má, confusa ou 
clara”. Na verdade, a pesquisa da verdade científica, 
que só interessa aliás a uma minoria, não exaure¹ 
em nada a natureza do homem, mesmo nessa 
minoria. Resta que o homem vive, toma parti¬do, 
crê em multiplicidade de valores, hierarquiza-os e 
dá assim um sentido à sua existência por opções 
que ultrapassam sem cessar as fronteiras do seu 
conhecimento efetivo. No homem que pensa, essa 
coordenação pode ser raciocinada, no sentido 
de que, para fazer a síntese entre aquilo em que 
acredita e que sabe, só pode utilizar uma reflexão, 
seja prolongando seu saber ou opondo-se a ele em 
um esforço crítico para determinar suas fronteiras 
atuais e legitimar a colocação dos valores que o 
ultrapassam. Essa síntese raciocinada entre as 
crenças, quaisquer que sejam, e as condições do 
saber, é o que nós chamamos de uma “sabedoria” e 
tal nos parece o objeto da filosofia. 
(Piaget, Jean. Sabedoria e Ilusões da Filosofia. Tradução de Zilda 
Abujamra Daeir. S.Paulo. Difusão Europeia do Livro)
¹exaurir = esgotar 
(Espm) Segundo o texto, o “homem que pensa” é 
aquele que: 
AAtem fé nos seus valores. 
BBsintetiza o que acredita e o que sabe. 
CCse opõe à sabedoria filosófica. 
DDfaz pesquisa da verdade científica. 
EEafasta de si toda a crença religiosa. 
Questão 30
TEXTO I 
O CANTO DO GUERREIRO
Aqui na floresta
Dos ventos batida,
Façanhas de bravos
Não geram escravos,
Que estimem a vida
Sem guerra e lidar.
- Ouvi-me, Guerreiros,
- Ouvi meu cantar.
Valente na guerra,
Quem há, como eu sou?
Quem vibra o tacape
Com mais valentia?
Quem golpes daria
Fatais, como eu dou?
- Guerreiros, ouvi-me;
- Quem há, como eu sou?
 Gonçalves Dias.
MACUNAÍMA
(Epílogo)
 
 Acabou-se a história e morreu a vitória.
 Não havia mais ninguém lá. Dera 
tangolomângolo na tribo Tapanhumas e os filhos 
dela se acabaram de um em um. Não havia mais 
ninguém lá. Aqueles lugares, aqueles campos, furos 
puxadouros arrastadouros meios-barrancos, aqueles 
matos misteriosos, tudo era solidão do deserto... Um 
silêncio imenso dormia à beira do rio Uraricoera. 
Nenhum conhecido sobre a terra não sabia nem falar 
18
da tribo nem contar aqueles casos tão pançudos. 
Quem podia saber do Herói?
Mário de Andrade. 
(Enem) A leitura comparativa dos dois textos indica 
que 
AAambos têm como tema a figura do indígena 
brasileiro apresentada de forma realista e 
heroica, como símbolo máximo do nacionalismo 
romântico. 
BBa abordagem da temática adotada no texto 
escrito em versos é discriminatória em relação 
aos povos indígenas do Brasil. 
CCas perguntas "- Quem há, como eu sou?" (10. 
texto) e "Quem podia saber do Herói?" (20. 
texto) expressam diferentes visões da realidade 
indígena brasileira. 
DDo texto romântico, assim como o modernista, 
aborda o extermínio dos povos indígenas como 
resultado do processo de colonização no Brasil. 
EEos versos em primeira pessoa revelam que os 
indígenas podiam expressar-se poeticamente, 
mas foram silenciados pela colonização, como 
demonstra a presença do narrador, no segundo 
texto. 
Questão 31
TEXTO I 
No meio do caminho
No meio do caminho tinha uma pedra
Tinha uma pedra no meio do caminho
Tinha uma pedra
No meio do caminho tinha uma pedra [...] 
ANDRADE, C. D. Antologia poética. Rio de Janeiro/São Paulo: Record, 
2000. (fragmento)
TEXTO II 
A comparação entre os recursos expressivos que 
constituem os dois textos revela que 
AAo texto 1 perde suas características de gênero 
poético ao ser vulgarizado por histórias em 
quadrinho. 
BBo texto 2 pertence ao gênero literário, porque as 
escolhas linguísticas o tornam uma réplica do 
texto 1. 
CCa escolha do tema, desenvolvido por frases 
semelhantes, caracteriza-os como pertencentes 
ao mesmo gênero. 
DDos textos são de gêneros diferentes porque, 
apesar da intertextualidade, foram elaborados 
com finalidades distintas. 
EEas linguagens que constroem significados 
nos dois textos permitem classificá-los como 
pertencentes ao mesmo gênero. 
Questão 32
(Enem) Cântico VI
Tu tens um medo de
Acabar.
Não vês que acabas todo o dia.
Que morres no amor.
Na tristeza.
Na dúvida.
No desejo.
Que te renovas todo dia.
No amor.
Na tristeza.
Na dúvida.
No desejo.
Que és sempre outro.
Que és sempre o mesmo.
Que morrerás por idades imensas.
Até não teres medo de morrer.
E então serás eterno.
MEIRELES, C. Antologia poética, Rio de Janeiro: Record. 1963 
(fragmento).
A poesia de Cecília Meireles revela concepções sobre 
o homem em seu aspecto existencial. Em Cântico VI, 
o eu lírico exorta seu interlocutor a perceber, como 
inerente à condição humana, 
19
AAa sublimação espiritual graças ao poder de se 
emocionar. 
BBo desalento irremediável em face do cotidiano 
repetitivo. 
CCo questionamento cético sobre o rumo das 
atitudes humanas. 
DDa vontade inconsciente de perpetuar-se em 
estado adolescente. 
EEum receio ancestral de confrontar a 
imprevisibilidade das coisas. 
Questão 33
(Enem 2ª aplicação) Texto I
XLI
Ouvia:
Que não podia odiar
E nem temer
Porque tu eras eu.
E como seria
Odiar a mim mesma
E a mim mesma temer.
HILST, H. Cantares. São Paulo: Globo, 2004 (fragmento).
Texto II
Transforma-se o amador na cousa amada
Transforma-se o amador na cousa amada,
por virtude do muito imaginar;
não tenho, logo, mais que desejar,
pois em mim tenho a parte desejada.Camões. Sonetos. Disponível em: http://www.jornaldepoesia.jor.br. 
Acesso em: 03 set. 2010 (fragmento).
Nesses fragmentos de poemas de Hilda Hilst e de 
Camões, a temática comum é 
AAo “outro” transformado no próprio eu lírico, o que 
se realiza por meio de uma espécie de fusão de 
dois seres em um só. 
BBa fusão do “outro” com o eu lírico, havendo, nos 
versos de Hilda Hilst, a afirmação do eu lírico de 
que odeia a si mesmo. 
CCo “outro” que se confunde com o eu lírico, 
verificando-se, porém, nos versos de Camões, 
certa resistência do ser amado. 
DDa dissociação entre o “outro” e o eu lírico, porque 
o ódio ou o amor se produzem no imaginário, 
sem a realização concreta. 
EEo “outro” que se associa ao eu lírico, sendo 
tratados, nos Textos I e II, respectivamente, o 
ódio o amor. 
 
Questão 34
Não somos tão especiais
Todas as características tidas como exclusivas dos 
humanos são compartilhadas por outros animais, 
ainda que em menor grau.
INTELIGÊNCIA
A ideia de que somos os únicos animais racionais 
tem sido destruída desde os anos 40. A maioria das 
aves e mamíferos tem algum tipo de raciocínio.
AMOR 
O amor, tido como o mais elevado dos sentimentos, 
é parecido em várias espécies, como os corvos, que 
também criam laços duradouros, se preocupam com 
o ente querido e ficam de luto depois de sua morte.
CONSCIÊNCIA
Chimpanzés se reconhecem no espelho. 
20
Orangotangos observam e enganam humanos 
distraídos. Sinais de que sabem quem são e se 
distinguem dos outros. Ou seja, são conscientes.
CULTURA
O primatologista Frans de Waal juntou vários 
exemplos de cetáceos e primatas que são capazes 
de aprender novos hábitos e de transmiti-los para as 
gerações seguintes. O que é cultura se não isso?
BURGIERMAN, D. Superinteressante, n.º 190, jul. 2003.
O título do texto traz o ponto de vista do autor sobre 
a suposta supremacia dos humanos em relação 
aos outros animais. As estratégias argumentativas 
utilizadas para sustentar esse ponto de vista são 
AAdefinição e hierarquia. 
BBexemplificação e comparação. 
CCcausa e consequência. 
DDfinalidade e meios. 
EEautoridade e modelo. 
Questão 35
(Enem PPL) Quantos há que os telhados têm 
vidrosos
E deixam de atirar sua pedrada,
De sua mesma telha receiosos.
Adeus, praia, adeus, ribeira,
De regatões tabaquista,
Que vende gato por lebre
Querendo enganar a vista.
Nenhum modo de desculpa
Tendes, que valer-vos possa:
Que se o cão entra na igreja,
É porque acha aberta a porta.
GUERRA, G. M. In: LIMA, R. T. Abecê de folclore. São Paulo: Martins 
Fontes, 2003 (fragmento).
Ao organizar as informações, no processo de 
construção do texto, o autor estabelece sua 
intenção comunicativa. Nesse poema, Gregório 
de Matos explora os ditados populares com o 
objetivo de 
AAenumerar atitudes. 
BBdescrever costumes. 
CCdemonstrar sabedoria. 
DDrecomendar precaução. 
EEcriticar comportamentos. 
Questão 36
(Enem) 
Nesse texto, a combinação de elementos verbais 
e não verbais configura-se como estratégia 
argumentativa para 
AAmanifestar a preocupação do governo com a 
segurança dos pedestres. 
BBassociar a utilização do celular às ocorrências de 
atropelamento de crianças. 
CCorientar pedestres e motoristas quanto à utilização 
responsável do telefone móvel. 
DDinfluenciar o comportamento de motoristas em 
relação ao uso de celular no trânsito. 
EEalertar a população para os riscos da falta de 
atenção no trânsito das grandes cidades. 
Questão 37
TEXTO I
Canção do vento e da minha vida
O vento varria as folhas,
O vento varria os frutos,
O vento varria as flores...
E a minha vida ficava
Cada vez mais cheia
De frutos, de flores, de folhas.
[...]
O vento varria os sonhos
21
E varria as amizades...
O vento varria as mulheres...
E a minha vida ficava
Cada vez mais cheia
De afetos e de mulheres.
O vento varria os meses
E varria os teus sorrisos...
O vento varria tudo!
E a minha vida ficava
Cada vez mais cheia
De tudo.
BANDEIRA, M. Poesia completa e prosa. Rio de Janeiro: José Aguilar, 
1967. 
(Enem) Na estruturação do texto, destaca-se 
AAa construção de oposições semânticas. 
BBa apresentação de ideias de forma objetiva. 
CCo emprego recorrente de figuras de linguagem, 
como o eufemismo. 
DDa repetição de sons e de construções sintáticas 
semelhantes. 
EEa inversão da ordem sintática das palavras. 
Questão 38
 (Enem) Pequeno concerto que virou canção 
Não, não há por que mentir ou esconder 
A dor que foi maior do que é capaz meu coração 
Não, nem há por que seguir cantando só para 
explicar 
Não vai nunca entender de amor quem nunca 
soube amar 
Ah, eu vou voltar pra mim 
Seguir sozinho assim 
Até me consumir ou consumir toda essa dor 
Até sentir de novo o coração capaz de amor 
VANDRE. G. Disponível em: http://www.letras.terra.com.br. Acesso em 
29 jun. 2011.
Na canção de Geraldo Vandré, tem-se a 
manifestação da função poética da linguagem, 
que é percebida na elaboração artística e criativa 
da mensagem, por meio de combinações sonoras 
e rítmicas. Pela análise do texto, entretanto, 
percebe-se, também, a presença marcante da 
função emotiva ou expressiva, por meio da qual 
o emissor 
AAimprime à canção as marcas de sua atitude 
pessoal, seus sentimentos. 
BBtransmite informações objetivas sobre o tema de 
que trata a canção. 
CCbusca persuadir o receptor da canção a adotar 
um certo comportamento. 
DDprocura explicar a própria linguagem que utiliza 
para construir a canção. 
EEobjetiva verificar ou fortalecer a eficiência da 
mensagem veiculada. 
Questão 39 
(Enem) – Famigerado? [...]
– Famigerado é “inóxio”, é “célebre”, “notório”, 
“notável” ...
– Vosmecê mal não veja em minha grossaria no não 
entender. Mais me diga: é desaforado? É caçoável? 
É de arrenegar? Farsância? Nome de ofensa?
– Vilta nenhuma, nenhum doesto. São expressões 
neutras, de outros usos ...
– Pois ... e o que é que é, em fala de pobre, linguagem 
de em dia de semana?
– Famigerado? Bem. É: “importante”, que merece 
louvor, respeito ...
ROSA, G. Famigerado. In: Primeiras estórias. Rio de Janeiro: Nova 
Fronteira, 2001.
Nesse texto, a associação de vocábulos da língua 
portuguesa a determinados dias da semana remete 
ao 
AAlocal de origem dos interlocutores. 
BBestado emocional dos interlocutores. 
CCgrau de coloquialidade da comunicação. 
DDnível de intimidade entre os interlocutores. 
EEconhecimento compartilhado na comunicação. 
22
Questão 40
(Enem) da sua memória
mil
e
mui
tos
out
ros
ros
tos
sol
tos
pou
coa
pou
coa
pag
amo
meu
ANTUNES, A. 2 ou + corpos no mesmo espaço. São Paulo: 
Perspectiva, 1998.
Trabalhando com recursos formais inspirados no 
Concretismo, o poema atinge uma expressividade 
que se caracteriza pela 
AAinterrupção da fluência verbal, para testar os 
limites da lógica racional. 
BBreestruturação formal da palavra, para provocar o 
estranhamento no leitor. 
CCdispersão das unidades verbais, para questionar 
o sentido das lembranças. 
DDfragmentação da palavra, para representar o 
estreitamento das lembranças. 
EErenovação das formas tradicionais, para propor 
uma nova vanguarda poética. 
Questão 41
(Enem 2ª aplicação) Poema tirado de uma notícia 
de jornal
João Gostoso era carregador de feira livre e morava 
no morro da Babilônia num barracão sem número.
Uma noite ele chegou no bar Vinte de Novembro
Bebeu
Cantou
Dançou
Depois se atirou na lagoa Rodrigo de Freitas e 
morreu afogado.
BANDEIRA, M. Estrela da vida inteira: poesias reunidas. Rio de Janeiro: 
José Olympio, 1980.
No poema de Manuel Bandeira, há uma 
ressignificação de elementos da função referencial 
da linguagem pela 
AAatribuição de título ao texto com base em uma 
notícia veiculada em jornal. 
BButilização de frases curtas, características de 
textos do gênero jornalístico. 
CCindicação de nomes de lugares como garantia da 
veracidade da cena narrada. 
DDenumeração de ações, com foco nos eventos 
acontecidos à personagem do texto.EEapresentação de elementos próprios da notícia, 
tais como quem, onde, quando e o quê. 
Questão 42
(Enem PPL) Soneto
Oh! Páginas da vida que eu amava,
Rompei-vos! nunca mais! tão desgraçado!...
Ardei, lembranças doces do passado!
Quero rir-me de tudo que eu amava!
E que doido que eu fui! como eu pensava
Em mãe, amor de irmã! em sossegado
Adormecer na vida acalentado
Pelos lábios que eu tímido beijava!
Embora – é meu destino. Em treva densa
Dentro do peito a existência finda
23
Pressinto a morte na fatal doença!
A mim a solidão da noite infinda!
Possa dormir o trovador sem crença.
Perdoa minha mãe – eu te amo ainda!
AZEVEDO, A. Lira dos vinte anos. São Paulo: Martins Fontes, 1996.
A produção de Álvares de Azevedo situa-se na 
década de 1850, período conhecido na literatura 
brasileira como Ultrarromantismo. Nesse poema, 
a força expressiva da exacerbação romântica 
identifica-se com o(a) 
AAamor materno, que surge como possibilidade de 
salvação para o eu lírico. 
BBsaudosismo da infância, indicado pela menção 
às figuras da mãe e da irmã. 
CCconstrução de versos irônicos e sarcásticos, 
apenas com aparência melancólica. 
DDpresença do tédio sentido pelo eu lírico, indicado 
pelo seu desejo de dormir. 
EEfixação do eu lírico pela ideia da morte, o que o 
leva a sentir um tormento constante. 
Questão 43
(Enem) 
As diferentes esferas sociais de uso da língua 
obrigam o falante a adaptá-la as variadas situações 
de comunicação.
Uma das marcas linguísticas que configuram a 
linguagem oral informal usada entre avô e neto neste 
texto é 
AAa opção pelo emprego da forma verbal “era” em 
lugar de “foi”. 
BBa ausência de artigo antes da palavra “árvore”. 
CCo emprego da redução “tá” em lugar da forma 
verbal “está”. 
DDo uso da contração “desse” em lugar da expressão 
“de esse”. 
EEa utilização do pronome “que” em início de frase 
exclamativa. 
Questão 44
Da minha aldeia vejo quanto da terra se pode ver no 
Universo...
Por isso minha aldeia é grande como outra qualquer
Porque sou do tamanho do que vejo
E não do tamanho da minha altura...
(Alberto Caeiro)
A tira "Hagar" e o poema de Alberto Caeiro (um dos 
heterônimos de Fernando Pessoa) expressam, com 
linguagens diferentes, uma mesma ideia: a de que a 
compreensão que temos do mundo é condicionada, 
essencialmente, 
AApelo alcance de cada cultura. 
BBpela capacidade visual do observador. 
CCpelo senso de humor de cada um. 
DDpela idade do observador. 
EEpela altura do ponto de observação. 
24
Questão 45 
(Enem) 
Pode aparecer onde menos se espera em cinco 
formas diferentes. 
É por isso que o Dia Mundial Contra a Hepatite está 
aí para alertar você. 
As hepatites A, B, C, D e E têm diversas causas e 
muitas formas de chegar até você.
Mas, evitar isso é bem simples. Você, só precisa 
ficar atento aos cuidados necessários para cuidar do 
maior bem que você tem:
A SUA SAÚDE!
Algumas maneiras de se prevenir:
- Vacine-se contra as hepatites A e B.
- Use água tratada e siga sempre as recomendações 
quanto à restrição de banhos em locais públicos e ao 
uso de desinfetantes em piscinas.
- Lave SEMPRE bem os alimentos como frutas, 
verduras e legume.
- Lave SEMPRE bem as mãos após usar o toalete e 
antes de se alimentar.
- Ao usar agulhas e seringas, certifique-se da higiene 
do local e de todos os acessórios.
- Certifique-se de que seu médico ou profissional da 
saúde esteja usando a proteção necessária, como 
luvas e máscaras, quando houver a possibilidade de 
contato de sangue ou secreções contaminadas com 
o vírus. 
Disponível em: http://farm5.static.flickr.com. Acesso em: 26 out. 2011 
(adaptado).
Nas peças publicitárias, vários recursos verbais e 
não verbais são usados com o objetivo de atingir 
o público-alvo, influenciando seu comportamento. 
Considerando as informações verbais e não verbais 
trazidas no texto a respeito da hepatite, verifica-se 
que 
AAo tom lúdico é empregado como recurso de 
consolidação do pacto de confiança entre o 
médico e a população. 
BBa figura do profissional da saúde é legitimada, 
evocando-se o discurso autorizado como 
estratégia argumentativa. 
CCo uso de construções coloquiais e específicas 
da oralidade são recursos de argumentação que 
simulam o discurso do médico. 
DDa empresa anunciada deixa de se autopromover 
ao mostrar preocupação social e assumir a 
responsabilidade pelas informações. 
EEo discurso evidencia uma cena de ensinamento 
didático, projetado com subjetividade no trecho 
sobre as maneiras de prevenção. 
25
INSTRUÇÕES PARA A REDAÇÃO
1. O rascunho da redação deve ser feito no espaço apropriado.
2. O texto definitivo deve ser escrito à tinta, na própria folha, em até 30 linhas.
3. A redação que apresentar cópia dos textos da Proposta de Redação ou do Caderno de Questões terá o 
número de linhas copiadas desconsiderado para efeito de correção.
4. Receberá nota zero, em qualquer das situações expressas a seguir, a redação que:
 4.1 tiver até 7 (sete) linhas escritas, sendo considerada "texto insuficiente".
 4.2 fugir do tema ou que não atender ao tipo dissertativo-argumentativo.
 4.3. apresentar parte do texto deliberadamente desconectada do tema proposto. 
TEMA: O PROTAGONISMO JUVENIL NAS DECISÕES POLÍTICAS DO BRASIL ATUAL 
TEXTOS MOTIVADORES
Texto 1
Tuitaço para incentivar os jovens a tirar o título movimenta a internet e alcança mais de 88 
milhões de pessoas
Dezenas de celebridades, fã-clubes, times de futebol e instituições públicas e privadas, além do próprio 
TSE e dos TREs, participaram da iniciativa
A Semana do Jovem Eleitor 2022 ainda não terminou, mas já é possível conhecer alguns dos resultados da 
mobilização para incentivar jovens de 15 a 18 anos a tirarem o primeiro título de eleitor e votar nas Eleições 
Gerais de outubro.
Nesta quarta-feira (16.03.22), os perfis da rede social Twitter do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), dos 
Tribunais Regionais Eleitorais (TREs), de diversos influenciadores digitais, de organizações da sociedade 
civil e de instituições públicas e privadas participaram de um tuitaço para conscientizar a juventude sobre 
a importância de tirar o título de eleitor. A partir das 10h, a rede foi inundada por publicações chamando a 
atenção para o prazo para se alistar ou mudar o domicílio eleitoral, que se encerra no dia 4 de maio.
Segundo dados da plataforma, foram publicados durante a mobilização cerca de 6,8 mil tuítes com esse 
tema, que chegaram às telas de mais de 88 milhões de pessoas. Mais de 4,7 mil usuários do Twitter 
participaram da iniciativa, fazendo suas próprias publicações ou retransmitindo as postagens feitas por 
pessoas a quem seguem.
Fonte: https://www.tse.jus.br/imprensa/noticias-tse/2022/Marco/tuitaco-para-incentivar-os-jovens-a-tirar-o-titulo-movimenta-a-internet-e-alcanca-
mais-de-88-milhoes-de-pessoas
26
Texto 02
“A solução dos problemas e a melhoria de vida dos brasileiros passa necessariamente pela política. Afinal, 
tudo se resolve por meio da política, como por exemplo o valor do IPVA, o valor do gás, a vacinação, 
com as negociações e composições entre os partidos para aprovação de leis que vão ou não beneficiar a 
sociedade. Só fazer o alistamento e votar não resolve. A participação ativa faz toda a diferença: reivindicando, 
participando em debates, dialogando sobre as opções de candidaturas, dentre outras ações.”
Professor de Direito Constitucional e de Direito Eleitoral da Universidade Tiradentes (Unit), doutor José 
Eduardo de Santana Macêdo. 
Fonte: https://portal.unit.br/blog/noticias/eleicoes-2022-por-que-e-importante-a-participacao-dos-jovens/ 
Texto 03 
Número de jovens eleitores em 2022 é o menor em 20 anos Participação nas urnas, no entanto, foi em média 
de 80% nas últimas eleições, segundo TSE.. 
Faltando menos de 1 mês para terminar o prazo de emissão do título de eleitor para quem pretende votar 
nas eleições de 2022, os principais pré-candidatos à Presidência estão empenhados em convencer o público 
jovem a participardo processo eleitoral.
Dados do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) indicam que 2022 registrou 1.051.000 jovens, entre 16 e 17 anos, 
com título de eleitor até março -é o menor número de adolescentes aptos a votar em 20 anos.
Em 2002, o país tinha 2.218.000 pessoas nessa faixa etária...
27
Fonte: https://portal.unit.br/blog/noticias/eleicoes-Fonte: https://www.poder360.com.br/eleicoes/numero-de-jovens-eleitores-em-2022-e-o-menor-em-
20-anos/-por-que-e-importante-a-participacao-dos-jovens/ 
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RASCUNHO
REDAÇÃO
2022
TRANSCREVA A SUA REDAÇÃO PARA A FOLHA DE REDAÇÃO
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29
CIÊNCIAS HUMANAS 
E SUAS TECNOLOGIAS
Questões de 46 a 90
Questão 46
(Fuvest) O IPHAN - Instituto do Patrimônio Histórico 
e Artístico Nacional e a Prefeitura da Cidade do Rio 
de Janeiro envidaram esforços no sentido de deixar 
exposta para a contemplação da população parte do 
Sítio Arqueológico do Cais do Valongo, com o objetivo 
de apresentar ao visitante, através daquele pequeno, 
mas representativo espaço, a materialização do 
momento mais trágico da nossa história, fazendo 
com que ele não seja esquecido. (...)
A história do Cais do Valongo e do seu entorno está 
indissoluvelmente ligada à história universal, por ter 
sido a porta de entrada do maior volume de africanos 
escravizados nas Américas. O Rio de Janeiro era, 
então, a mais afro-atlântica das cidades costeiras do 
território brasileiro (...).
Disponível em http://portal.iphan.gov.br/.
O texto integra a proposta elaborada pelo IPHAN, 
em 2016, para inscrição do Sítio Arqueológico do 
Cais do Valongo na lista do Patrimônio Mundial. Com 
base no documento, a história do Cais do Valongo se 
entrelaça à história universal, pois se relaciona ao 
AAtráfico de africanos escravizados para a América 
de colonização portuguesa. 
BBRio de Janeiro como única cidade escravista das 
Américas na época colonial. 
CCtrabalho de escavação realizado por arqueólogos 
estrangeiros no passado. 
DDfluxo de escravizados do Brasil para outras partes 
das Américas, após as independências. 
EEesforço do IPHAN para silenciar a história da 
escravidão no mundo atlântico. 
Questão 47
 (Fuvest) No cerne da ideologia Bannon há uma série 
de contrastes extraordinariamente simplificadores 
entre bom e mau, sagrado e profano. Essa série 
semiótica cria perigosos outros, cuja existência 
contínua ameaça a boa gente que constitui o que 
Bannon descreve como a “verdadeira América”(...). 
Numa ordem social democrática, o conflito entre 
oponentes partidários é agonístico, não antagonístico. 
Bannon vê de outra forma. Não há espaço para a 
cortesia em seu universo (...).
Jeffrey Alexander. “Vociferando contra o iluminismo: A ideologia de 
Steve Bannon”. Sociologia & Antropologia, vol. 08, n. 3, set-dez, 2018.
O antagonismo é a luta entre inimigos, enquanto o 
agonismo representa a luta entre adversários. (...) 
o propósito da política democrática é transformar 
antagonismo em agonismo. Isso demanda oferecer 
canais por meio dos quais às paixões coletivas 
serão dados mecanismos de expressarem-se sobre 
questões que, ainda que permitindo possibilidade 
suficiente de identificação, não construirão o opositor 
como inimigo, mas como adversário.
Chantal Mouffe. “Por um modelo agonístico de democracia”. Revista de 
Sociologia e Política, Curitiba, n. 25, nov. 2005, p. 11-23.
A primeira citação foi retirada de um texto em que 
o sociólogo Jeffrey Alexander desenvolve o que 
compreende ser a ideologia de Steve Bannon, 
assessor do ex-presidente norteamericano Donald 
Trump. A segunda citação foi extraída de um 
artigo em que a cientista política Chantal Mouffe 
desenvolve a noção de “pluralismo agonístico”. A 
partir da perspectiva apresentada nas citações, é 
correto afirmar que a ideologia de Steve Bannon 
AAdefende uma ordem social agonística baseada 
na divisão entre grupos e nos conflitos entre 
inimigos políticos. 
BBsustenta uma ordem social baseada em 
consensos e que não admite conflitos entre 
adversários. 
CCdefende a possibilidade de conflitos entre 
adversários, mas não admite a lógica antagonística 
da aniquilação e exclusão do inimigo. 
DDdefende uma ordem social dividida entre bom 
e mau e que transforma o antagonismo em 
agonismo. 
EEsustenta uma ordem social antagonística fundada 
na divisão da sociedade entre lados opostos que 
devem ser entendidos como inimigos. 
30
Questão 48
(Fuvest) Uma mancha de petróleo com mais de 
3000 km de extensão se espalhou por praias e 
manguezais da costa da região nordeste e parte do 
sudeste, atingindo áreas marinhas protegidas como 
o Parque Nacional Marinho de Abrolhos, um dos 
principais bancos de corais e berço de biodiversidade 
do Atlântico Sul. Desde que foi detectada pela 
primeira vez, no dia 30 de agosto de 2019, a mancha 
de petróleo atingiu cerca de 900 locais em mais de 
127 municípios em 11 estados. A origem do petróleo 
está estimada em algum local a leste do litoral do 
estado de Pernambuco, distante, aproximadamente, 
600 km da linha de costa.
Disponível em https://www.wwf.org.br/. 2019. Adaptado.
Com base em seus conhecimentos sobre o litoral 
brasileiro e as correntes marítimas superficiais que 
margeiam a costa, assinale a alternativa correta que 
aponta o fator que contribuiu para a dispersão do 
petróleo. 
AAAs reentrâncias e os recortes do litoral brasileiro, 
com sua geomorfologia costeira, foram 
responsáveis pelo impacto ambiental causado 
pelo derramamento de petróleo. 
BBA presença de correntes marítimas frias em 
superfície, características dessa região, com 
elevado potencial de transporte de sedimentos, 
acentuou a dispersão do petróleo. 
CCA corrente marítima das Falkland (Malvinas), 
que margeia a costa brasileira até o litoral da 
região nordeste, com águas frias em superfície, 
potencializou a dispersão do petróleo. 
DDA reduzida profundidade média do litoral brasileiro 
favoreceu a dispersão do petróleo ao longo da 
costa de norte a sul, resultando em impactos 
negativos, em especial para a fauna marinha. 
EEA corrente marítima do Brasil, que é caracterizada 
pelo movimento de águas superficiais quentes 
ao longo da linha de costa e provenientes do 
Atlântico Equatorial, espalhou o petróleo. 
 
Questão 49 
(Enem PPL) O processo formativo do Estado 
desenrolou-se segundo a dinâmica de dois movimentos 
contraditórios e simultâneos: fragmentação e 
centralização. De um lado, fragmentação na medida 
em que os príncipes europeus tiveram de lutar contra 
o poder universalista do papa; e centralizador na 
medida em que os príncipes tiveram que lutar contra 
o poder político e militar de outros chefes políticos 
rivais. Desse processo resultaram as características 
fundamentais do Estado moderno: exército e 
burocracia civil permanentes, padronização tributária, 
direito codificado e mercado unificado.
GONÇALVES, W. Relações internacionais. Rio de Janeiro: Zahar, 2008 
(adaptado).
A institucionalização política mencionada teve como 
uma de suas causas o êxito de alguns príncipes em 
AAmonopolizar o uso legítimo da força. 
BBreforçar a hegemonia social do clero. 
CCrestringir a influência cultural da nobreza. 
DDrespeitar a diversidade das vivências locais. 
EEconter a autoridade das lideranças carismáticas. 
Questão 50
(Enem PPL) Para Rawls, a estrutura básica mais justa 
de uma sociedade é aquela que alguém escolheria 
se não soubesse qual viria a ser seu papel particular 
no sistema de cooperação daquela sociedade.
LOVETT, F. Uma teoria da justiça, de John Rawls. Porto Alegre: Penso, 
2013.
A teoria da justiça proposta pelo autor, conforme 
exposto no texto, pressupõe assumir uma posição 
hipotética chamada de 
AAreino de Deus. 
BBmundo da utopia. 
CCvéu da ignorância. 
DDestado de natureza. 
EEcálculo da felicidade. 
 
31
Questão 51 
(Enem PPL) Tão bem há muito pau-brasil nestas 
Capitanias de que

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