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UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE - UNIDADE DE VOLTA REDONDA INSTITUTO DE CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS - ICHS PROGRAMA NACIONAL DE FORMAÇÃO EM ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA - PNAP/UAB BACHARELADO EM ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA Fundação Centro de Ciências e Educação Superior a Distância do Estado do Rio de Janeiro Centro de Educação Superior a Distância do Estado do Rio de Janeiro Fernanda Braga Santos Matrícula 17113110058 1 Curso: Administração Pública Nome da aluna: Fernanda Braga Santos Polo: Nova Iguaçu Matrícula: 17113110058 Data: 29/02/2024 Direito Administrativo – AD1 O poder de polícia, conforme estabelecido no artigo 78do Código Tributário Nacional (CTN), é uma atividade da Administração Pública que regula e limita direitos, interesses ou liberdades em prol do interesse público, abrangendo diversas áreas como segurança, higiene, ordem pública, entre outros. Vale lembrarmos que o poder de polícia se divide em dois segmentos: o poder de polícia administrativa que possui ação preventiva e incide sobre bens, direitos e atividades, sendo regida pelo direito administrativo tendo atuação em diferentes órgãos. O segundo segmento é o poder de polícia judiciária possui ação repressiva, incide sobre as pessoas e destina-se a responsabilização penal sua atuação e feita através de corporações especializadas. O poder de polícia possui atributos que são a discricionariedade (fica a escolha de a administração pública escolher os meios adequados para o exercício do poder de polícia seja se orientando pela convivência e oportunidade), autoexecutoriedade (a administração poderá proceder ao exercício imediato dos seus atos sem precisar recorrer previamente ao poder judiciário) e coercibilidade (é a imposição imperativa do Estado, admitindo-se até o emprego de força pública para seu normal cumprimento). A delegação do poder de polícia à empresa privada é possível em alguns casos, desde que haja previsão legal específica e observância de certos princípios. No Brasil, a Constituição Federal estabelece princípios que devem ser seguidos, tais como a legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência. “A administração pública direta e indireta de quaisquer Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios da legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência” (Constituição Federal, 1988, artigo 37). O Supremo Tribunal Federal (STF), em diversos julgamentos, tem decidido que o fato de uma pessoa jurídica integrante da Administração Pública indireta ser constituída sob a forma de regime privado não a http://www.proppi.uff.br/posgraduacao/sites/default/files/logo_uff_brasao.jpg http://www.proppi.uff.br/posgraduacao/sites/default/files/logo_uff_brasao.jpg UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE - UNIDADE DE VOLTA REDONDA INSTITUTO DE CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS - ICHS PROGRAMA NACIONAL DE FORMAÇÃO EM ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA - PNAP/UAB BACHARELADO EM ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA Fundação Centro de Ciências e Educação Superior a Distância do Estado do Rio de Janeiro Centro de Educação Superior a Distância do Estado do Rio de Janeiro Fernanda Braga Santos Matrícula 17113110058 2 impede de exercer a função pública de polícia administrativa. Isso significa que empresas estatais que prestam serviços públicos em regime de monopólio podem receber a delegação para exercer o poder de polícia, desde que seja autorizada pela Constituição Federal e, deve ser feita por meio de lei específica, não podendo ser realizada de forma genérica ou arbitrária. Além disso, a delegação deve ser acompanhada de fiscalização e controle por parte do órgão público competente, para garantir que a empresa atue de acordo com os interesses públicos e respeite os direitos individuais. Entretanto, o STF ressaltou que há uma fase do ciclo de polícia que é absolutamente indelegável: a ordem de polícia, que se refere à função legislativa de estabelecer normas e regras. Essa função só pode ser delegada nas hipóteses previstas na Constituição federal. Como exemplo temos o TEMA 532, o caso concreto em questão tratava da possibilidade da Empresa de transporte e Transito de Belo Horizonte- BHTrans, uma Sociedade de Economia Mista, exercer o poder de polícia no trânsito, sendo este o ponto central do julgamento. OSTF em sua maioria decidiu que é constitucional a delegação da atividade de policiamento de trânsito à empresa BHTRANS, inclusive quanto à aplicação de multas. “É constitucional a delegação do poder de polícia, por meio de lei, a pessoas jurídicas de direito privado integrantes da Administração Pública indireta de capital social majoritariamente público que prestem exclusivamente serviço público de atuação própria do Estado e em regime não concorrencial”. (Plenário. RE 633782/MG, Rel. Min. Luiz Fux, julgado em 23/10/2020) (Repercussão Geral – Tema 532) (Info 996 disponibilizado no site dizer o direito). http://www.proppi.uff.br/posgraduacao/sites/default/files/logo_uff_brasao.jpg http://www.proppi.uff.br/posgraduacao/sites/default/files/logo_uff_brasao.jpg UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE - UNIDADE DE VOLTA REDONDA INSTITUTO DE CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS - ICHS PROGRAMA NACIONAL DE FORMAÇÃO EM ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA - PNAP/UAB BACHARELADO EM ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA Fundação Centro de Ciências e Educação Superior a Distância do Estado do Rio de Janeiro Centro de Educação Superior a Distância do Estado do Rio de Janeiro Fernanda Braga Santos Matrícula 17113110058 3 Referências Bibliográficas Bravo, R. (24 de agosto de 2021). Curso Saber Jurídico. Acesso em 02 de março de 2024, disponível em http://cursosaberjuridico.com.br/blog/stf-e-constitucional-a-delegacao-do-poder-de- policia-por-meio-de-lei-a-pessoas-juridicas-de-direito-privado-integrantes-da-administracao- publica-indireta-de-capital-social-majoritariamente-publico/ Revisão Ensino Jurídico. (25 de agosto de 2022). Acesso em 29 de fevereiro de 2024, disponível em https://revisaoensinojuridico.com.br/stf-admite-a-delegacao-do-poder-de-policia-inclusive-de- aplicacao-de-multas-para-pessoas-juridicas-de-direito-privado/ http://www.proppi.uff.br/posgraduacao/sites/default/files/logo_uff_brasao.jpg http://www.proppi.uff.br/posgraduacao/sites/default/files/logo_uff_brasao.jpg http://cursosaberjuridico.com.br/blog/stf-e-constitucional-a-delegacao-do-poder-de-policia-por-meio-de-lei-a-pessoas-juridicas-de-direito-privado-integrantes-da-administracao-publica-indireta-de-capital-social-majoritariamente-publico/ http://cursosaberjuridico.com.br/blog/stf-e-constitucional-a-delegacao-do-poder-de-policia-por-meio-de-lei-a-pessoas-juridicas-de-direito-privado-integrantes-da-administracao-publica-indireta-de-capital-social-majoritariamente-publico/ http://cursosaberjuridico.com.br/blog/stf-e-constitucional-a-delegacao-do-poder-de-policia-por-meio-de-lei-a-pessoas-juridicas-de-direito-privado-integrantes-da-administracao-publica-indireta-de-capital-social-majoritariamente-publico/ https://revisaoensinojuridico.com.br/stf-admite-a-delegacao-do-poder-de-policia-inclusive-de-aplicacao-de-multas-para-pessoas-juridicas-de-direito-privado/ https://revisaoensinojuridico.com.br/stf-admite-a-delegacao-do-poder-de-policia-inclusive-de-aplicacao-de-multas-para-pessoas-juridicas-de-direito-privado/