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GEOGRAFIA DA 
POPULAÇÃO
Gabriela Rodrigues Gois
A geografia da população: 
enfoques contemporâneos
Objetivos de aprendizagem
Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
  Reconhecer o papel dos estudos populacionais.
  Analisar os componentes importantes para o estudo de populações.
  Justificar a importância da diversidade de gênero, de etnia e de cultura.
Introdução
Os estudos populacionais passaram, ao longo do tempo, por diferentes 
transformações em suas bases teóricas e metodológicas. Essas mudanças 
estão relacionadas aos enfoques das diferentes áreas do conhecimento, 
como ciências sociais, geografia, história, demografia, economia, bem 
como às problemáticas demográficas identificadas na sociedade em 
nível mundial. Com isso, percebemos uma diversidade de temas, variá-
veis, indicadores, análises e interpretações mobilizados para dar conta 
da complexidade que marca a dinâmica populacional contemporânea.
Neste capítulo, você aprofundará seus conhecimentos sobre o papel e 
os componentes dos estudos populacionais. Para isso, examinaremos as 
atribuições dos estudos demográficos na geografia e em outras ciências; 
em seguida, identificaremos os aspectos considerados relevantes para 
os estudos populacionais; por fim, discorreremos sobre a relevância das 
dimensões gênero, étnico-racial, classe e cultura para o aprofundamento 
dos estudos demográficos.
1 O papel dos estudos populacionais 
Os estudos populacionais compreendem diversas áreas do conhecimento que 
possuem a população como objeto de estudo. Mas o que é a população? Para 
responder essa pergunta, precisamos estabelecer uma distinção entre o que 
entendemos por pessoas e por população. De acordo com estudos realizados 
por Dantas, Morais e Fernandes (2011), quando falamos em pessoas estamos 
nos referindo ao âmbito individual e quando falamos em população estamos 
nos referindo ao coletivo, ou melhor dizendo, à sociedade. Desse modo, o 
que vincula o indivíduo à população ou à sociedade são questões estruturais 
e institucionais, como as práticas sociais, classes sociais, as leis, o trabalho, 
entre outros fatores (DANTAS; MORAIS; FERNANDES, 2011).
É importante termos em mente como esta relação indivíduo–sociedade é interde-
pendente e complexa, sendo cuidadosamente trabalhada pelas ciências sociais. A 
geografia, por sua vez, também se preocupa com essa dinâmica, empregando, para 
isso, seus instrumentos teóricos e conceituais.
Historicamente, a população sempre foi tema de discussão política ou 
intelectual. No campo da geografia, ao longo dos séculos XIX e XX ela foi 
considerada a primeira forma de abordagem a fenômenos humanos complexos 
(DAMIANI, 1998). Nesse sentido, além de uma categoria analítica, a população 
é compreendida como um conjunto de relações sociais e espaciais, mediada 
por fatores diversos, como as estruturas, as instituições, os valores humanos e 
culturais, a economia, a natureza e o próprio espaço. Sua dinâmica complexa 
e sua permanência nos estudos geográficos possibilitaram a consolidação 
da disciplina de geografia da população na segunda metade do século XX 
(SILVA; FERNANDES, 2016), definida, na época, como:
[...] a ciência que trata dos modos pelos quais o caráter geográfico dos lugares 
é formado por um conjunto de fenômenos de população que varia no interior 
deles através do tempo e do espaço, na medida em que seguem suas próprias 
leis de comportamento, agindo uns sobre os outros e relacionando-se com 
numerosos fenômenos não demográficos (ZELINSKY, 1974, p. 17)
No entanto, entendemos que a geografia não possui exclusividade nos estu-
dos populacionais. A população, como categoria de análise, é abordada a partir 
de distintas perspectivas que variam de acordo com a área de estudo, assim 
como as ferramentas teóricas e metodológicas em jogo (DAMIANI, 1998). 
Por essa razão, o papel que os estudos populacionais desempenham vai variar 
segundo o interesse de cada disciplina. Na geografia, por exemplo, sabemos 
A geografia da população: enfoques contemporâneos2
que o estudo populacional busca explicar espacialmente os fenômenos demo-
gráficos; nas ciências sociais, porém, os estudos populacionais giram em torno 
da compreensão das relações sociais em determinados contextos históricos, 
econômicos e políticos e como estas podem afetar a dinâmica demográfica. A 
antropologia, por sua vez, vai se preocupar com o tema da cultura, dos hábitos 
e das relações que as populações estabelecem com o meio em que vivem e 
transformam (MORMUL, 2013). Por fim, a demografia dedica-se às análises 
tanto quantitativas quanto qualitativas da dinâmica populacional, constituindo 
uma disciplina fundamental para o desenvolvimento dos estudos populacio-
nais em outras áreas. Com isso, embora existam componentes básicos que 
são transversais aos estudos populacionais em diferentes ciências — número 
de nascimentos, mortes, migração, estrutura etária —, eles são utilizados e 
interpretados para alcançar o objetivo do campo de estudo em questão.
Confira a seção “Grupos de Trabalho” (GT’s) no site oficial da Associação Brasileira de 
Estudos Populacionais (Abep), e perceba a diversidade de temas trabalhados que 
variam de acordo com as áreas de pesquisa.
Além disso, devemos entender que a função dos estudos populacionais varia 
não apenas de acordo com o campo de estudo, mas é afetado e transformado 
pelas circunstâncias históricas e políticas. Para entender essa relação, tomemos 
a ciência geográfica como exemplo. Percebemos que a trajetória da geografia 
é marcada por diferentes paradigmas que se consolidam por razões tanto 
científicas quanto políticas. Um exemplo claro disso é a geografia regional, que 
se forma em um contexto político e ideológico marcado acima de tudo pelos 
conflitos territoriais protagonizados por autoridades francesas e germânicas 
no século XIX (DOMINGUES, 1985). Assim, os estudos populacionais em 
geografia regional se dedicavam a temas como a relação entre a população 
e recursos, população e produtividade, assim como número de pessoas que 
constituíam uma nação (GEORGE, 1955 apud DAMIANI, 1998). A geografia 
teorética, por sua vez, direcionava seus estudos populacionais à compreensão 
quantitativa da distribuição populacional.
Após a Segunda Guerra Mundial, os estudos populacionais adquiriram 
maior relevância em virtude do aumento das taxas de natalidade, o que, asso-
3A geografia da população: enfoques contemporâneos
ciado às reduções na mortalidade, provocou um crescimento demográfico em 
escala mundial. “Tanto os capitalistas queriam entender a dinâmica popula-
cional para identificar as potencialidades e vulnerabilidades para a economia 
quanto os socialistas queriam fundamentar os seus planos econômicos” (SILVA; 
FERNANDES, 2016, p. 2). Ademais, como as ciências — a exemplo da própria 
geografia e das ciências sociais — eram financiadas principalmente pelas 
autoridades estatais, seus estudos (entre esses os demográficos) objetivavam 
atender aos interesses políticos e territoriais do Estado.
Durante a década de 1950, geógrafos como Glenn Trewartha, Jacqueline 
Beaujeu-Garnier e Wilbur Zelinsky se dispuseram a argumentar sobre o papel 
que os estudos populacionais deveriam desempenhar na geografia, defendendo, 
é claro, suas afiliações teóricas e metodológicas; Trewartha e Beaujeu-Garnier 
vinculados à geografia regional e Zelinsky à quantitativa, corrente teórica mais 
apreciada nas décadas de 1950 e 1960 (SILVA; FERNANDES, 2016). Para 
Zelinsky (1974), os estudos populacionais na geografia deveriam priorizar a 
compreensão da relação entre a dinâmica populacional e o espaço geográfico, 
em seus aspectos sociais, econômicos, políticos, técnicos, tecnológicos.
Ao final do século XX, com o fortalecimento das correntes críticas da 
geografia, as atribuições associadas aos estudos populacionais passaram a 
adquirir maior complexidade, dando conta de questões históricas, políticas, 
econômicas e socioculturais. Em defesa de um maiorcomprometimento com 
os fenômenos socioespaciais, Damiani (1998) argumenta que os estudos de-
mográficos não devem se limitar aos aspectos quantitativos, também buscando 
compreender as relações estabelecidas entre os diferentes elementos que 
compõem o comportamento populacional sobre o espaço. Além disso, devem 
entender quais são os resultados dessas relações na produção e transformação 
do espaço e como a própria dinâmica espacial pode influenciar as práticas 
sociais das populações.
Mormul (2013), ao estabelecer uma relação entre a geografia da população e 
a geografia humana, defende que os estudos populacionais precisam considerar 
o contexto histórico no qual as relações humanas e socioespaciais são produ-
toras e produtos (MORMUL, 2013). Os estudos populacionais, neste sentido, 
possuem a responsabilidade não apenas de apresentar os dados demográficos 
vinculados a crescimento vegetativo, mortes, nascimentos e estrutura etária, 
mas também de investigar e problematizar o que está por trás desses dados e 
quais são suas explicações do ponto de vista histórico-geográfico.
Agora, quando tomamos como exemplo os anais do Encontro Nacional de 
Estudos Populacionais de 2018 (CAMPOS et al., 2018), percebemos que não 
A geografia da população: enfoques contemporâneos4
se trata exclusivamente de estudos estatísticos, mas de trabalhos dedicados 
a estudar realidades marcadas por aspectos sociais, econômicos, políticos e 
culturais. Sendo assim, as informações referentes a natalidade, mortalidade, 
migração, crescimento vegetativo e estrutura etária não são estáticas, mas 
relacionais, retratando conjunturas complexas. Por essa razão, entendemos que 
no contexto atual o papel dos estudos populacionais tem sido de investigar, 
analisar e interpretar a relação população–espaço em sua heterogeneidade e, no 
limite, de fornecer subsídios para a elaboração de projetos de desenvolvimento 
social em diferentes escalas — local, regional e nacional.
2 Componentes importantes para o estudo 
de populações
Compreendemos que a população é um objeto de estudo bastante complexo que 
movimenta questões materiais, simbólicas, objetivas, subjetivas, estruturais, 
espaciais, entre outras, e que para compreendê-la a partir de suas múltiplas 
dimensões temos de percorrer um caminho analítico que parta de categorias 
de análises mais básicas rumo às mais complexas (DAMIANI, 1998). Ao 
afi rmarmos, por exemplo, que atualmente a população no Brasil diminuiu em 
virtude de melhorias nas condições socioeconômicas das famílias, precisa-
remos deixar claro em que consistem essas condições socioeconômicas e de 
que forma ocorreram essas melhorias, para, fi nalmente, entender seu impacto 
na vida das famílias e no baixo crescimento demográfi co. 
Isso também significa que os estudos populacionais são multidisciplinares 
e realizam-se a partir de conceitos já desenvolvidos em estudos urbanos, 
políticos, econômicos, sociais, territoriais, entre outros, como os conceitos 
de “segregação” (qual é o nível educacional de uma população residente em 
um bairro de baixa renda?), “desenvolvimento” (quais características socio-
econômicas a demografia de um país deve apresentar para alcançar um alto 
nível de desenvolvimento humano?) e “desigualdade” (qual é o impacto das 
desigualdades socioeconômicas na expectativa de vida de uma população?). 
Com base nessas considerações, para que os estudos populacionais, inde-
pendentemente da área de estudo, possam cumprir seu papel, é necessário 
considerar alguns aspectos básicos (analíticos e empíricos). Mas que aspectos 
são esses? Neste capítulo, destacamos os aspectos sociais, socioeconômicos 
e políticos. Com isso, vamos especificar quais são os impactos desses fatores 
na dinâmica e estrutura populacional, bem como nos estudos demográficos.
5A geografia da população: enfoques contemporâneos
Aspectos sociais
A estrutura social pode ser compreendida como um sistema de organização 
social, constituído pelas relações sociais, políticas, institucionais e econômicas 
que estabelecemos uns com os outros. Essas relações são mediadas por normas 
e recursos (regras, leis, meios de produção, tecnologias) que são mobilizados 
e corroborados em nossas ações sociais repetitivas. O entrelaçamento dessas 
relações constitui o que o sociólogo Giddens (1984) chama de sistema social. 
Para o autor, a sociedade, em suas relações e práticas recursivas, legitimam 
as dinâmicas institucionais, reforçando as estruturas. As estruturas são si-
multaneamente potencializadoras e limitadoras da ação humana. Em outras 
palavras, nós, como atores sociais, reforçamos as estruturas, ao mesmo tempo 
em que temos nossas ações determinadas por elas. Mas afi nal, qual é a relação 
disso tudo com as dinâmicas e os estudos populacionais?
A estrutura social é um componente importante para os estudos popula-
cionais, pois permite investigar qualitativamente como as relações sociais, as 
instituições e as práticas recursivas da sociedade afetam e são afetadas pela 
dinâmica e estrutura populacional. Podemos avaliar o impacto dos aspectos 
estruturais (políticos, institucionais e econômicos) de um Estado na dinâmica 
populacional por meio de uma diferenciação de gênero entre a população 
ocupada (que está trabalhando) e a população desocupada (que não está traba-
lhando, mas encontra-se disposta a trabalhar) (INSTITUTO BRASILEIRO DE 
GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA, 2014). A partir disso, poderemos questionar: 
existe uma discrepância entre homens e mulheres quando examinamos o 
percentual de população ocupada no país? Caso exista, como ela pode ser 
descrita, analisada e explicada?
Independentemente da área de estudo, os aspectos sociais estão sempre 
presentes nos estudos populacionais, seja de forma explícita nos estudos de 
natureza qualitativa — os quais geralmente realizam uma análise da estrutura 
social em questão —, seja de forma implícita, a exemplo dos estudos quanti-
tativos, em que os dados numéricos são priorizados na análise, mas retratam 
uma realidade social que pode ser examinada. Além disso, ainda que existam 
características transversais entre as sociedades, ou seja, elas são organizadas 
por Estados, instituições, leis e normas, e cada sociedade também apresenta 
suas especificidades históricas, políticas, culturais e geográficas que não 
devem ser desconsideradas nos estudos demográficos. 
A geografia da população: enfoques contemporâneos6
Aspectos socioeconômicos 
Os aspectos socioeconômicos também estão vinculados à estrutura social, 
mas, de uma forma mais precisa, correspondem às questões sociais e econô-
micas que infl uenciam a qualidade de vida da população, além de revelar a 
dinâmica de desenvolvimento de um país. Vamos iniciar com um exemplo: 
se a média da população brasileira tiver amplas possibilidades de reprodução 
social e econômica, possuindo boa renda, trabalho com segurança, acesso à 
educação e saúde de qualidade, sua qualidade de vida aumenta. Em termos 
demográfi cos, essa realidade é refl etida no aumento da expectativa de vida no 
Brasil e, consequentemente, no seu Índice de Desenvolvimento Humano (IDH).
O IDH foi desenvolvimento a partir do conceito de desenvolvimento hu-
mano, preconizado pelo economista Amartya Sen. Esse conceito se constrói 
com o objetivo de questionar a perspectiva de desenvolvimento voltada apenas 
para o crescimento econômico de um país. Com isso, o desenvolvimento 
humano corresponde à ampliação das capacidades e oportunidades que as 
pessoas têm e podem adquirir ao longo de sua vida para se realizarem de acordo 
com os seus desejos, considerando outros aspectos além do econômico, como 
culturais, políticos e sociais (PROGRAMA DAS NAÇÕES UNIDAS PARA 
O DESENVOLVIMENTO, 2020). Podemos nos perguntar novamente: o que 
isso tem a ver com os estudos populacionais?
O IDH considera múltiplas variáveis demográficas, como a população 
total, urbana, rural, residente masculina e residente feminina, estrutura etária 
da população (número de jovens, adultose idosos), taxa de envelhecimento, 
taxa de longevidade, mortalidade, fecundidade, entre outros elementos capa-
zes de explicar a estrutura e a dinâmica de uma população. A partir disso, 
busca analisar a evolução desses dados ao longo do tempo — se diminuíram, 
se aumentaram, assim como as causas e efeitos dessas transformações. Em 
termos quantitativos/qualitativos, o IDH também avalia a educação de um 
país, considerando o fluxo escolar por faixa etária, além das expectativas de 
anos de estudo, bem como renda per capita, concentração de renda, taxa de 
atividade, desocupação, habitação e vulnerabilidade social, além de considerar 
todos esses aspectos a partir dos diferenciais raciais e de gênero.
Em suma, trata-se de um índice bastante denso, que contém distintos 
indicadores e dados oriundos de profundas pesquisas demográficas. A partir 
disso, também podemos considerar que o componente socioeconômico é 
importante para os estudos populacionais, pois mobiliza variáveis — como 
7A geografia da população: enfoques contemporâneos
educação, trabalho, renda per capita, escolaridade e moradia — que são 
comumente trabalhadas em áreas de economia, economia política, ciências 
sociais, geografia e saúde coletiva, que, por sua vez, permitem avaliar de 
forma mais circunstanciada a dinâmica demográfica de dada realidade social.
Aspectos políticos
As questões políticas também estão estreitamente vinculadas aos aspectos 
mencionados anteriormente, pois é por meio das instituições governamentais 
que são pensadas as estratégias de desenvolvimento social para garantir melhor 
qualidade de vida à população. Programas habitacionais, de transferência de 
renda e de erradicação da fome e extrema pobreza, entre outras políticas públi-
cas, podem, futuramente, contribuir para o desenvolvimento humano em nível 
nacional. Agora, como isso pode infl uenciar a dinâmica populacional do país? 
Para responder essa pergunta, podemos considerar o seguinte exemplo: 
um sistema de saúde de determinado país consegue elaborar uma política de 
prevenção de doenças sexualmente transmissíveis e de acessibilidade e uso de 
métodos contraceptivos. O questionamento que um estudo populacional pode 
realizar a partir disso é: que impacto essa política exercerá sobre as taxas de 
fecundidade, natalidade e mortalidade? O crescimento populacional cairia? 
Entraria em estabilidade? De que forma essa política afetaria a qualidade de 
vida da população?
Também sabemos da existência de autoridades estatais que realizam práticas 
de intervenção direta na dinâmica populacional, no sentido de pensar políticas 
de planejamento familiar, visando o controle de natalidade, como foi o caso 
da China entre o final da década de 1970 e 2015. O país conseguiu exercer, 
por 36 anos, um rigoroso controle do crescimento populacional impondo a 
política do filho único. O resultado dessa política, somado, é claro, a outros 
aspectos socioeconômicos e sociais — como a ascensão do estilo de vida 
urbano, melhorias nas condições econômicas das famílias, acesso à educação 
de qualidade, autonomia financeira e conquistas de direitos reprodutivos 
pelas mulheres, etc. —, foi o baixo crescimento populacional já a partir da 
década de 1970 (YANG; WANG, 2016). Com isso, as projeções futuras têm 
indicado redução da população jovem, aumento da população idosa e redução 
da população economicamente ativa (YANG; WANG, 2016). Com este cenário, 
o Estado chinês resolveu finalizar a política do filho único, estimulando a 
ampliação das famílias com quantos filhos queiram ter.
Nesse contexto, os questionamentos produzidos pelos estudos populacio-
nais podem ser: quais são os fatores envolvidos nos processos de tomada de 
A geografia da população: enfoques contemporâneos8
decisão das famílias em relação a ter um ou mais filhos? Em que medida é 
aceitável política ou moralmente intervenções governamentais sobre as esco-
lhas que afetam a dinâmica econômica, social e emocional de uma família? 
Qual será o impacto econômico na China caso as projeções demográficas se 
confirmem? Enfim, são diversas e pertinentes as interrogações que podem 
surgir ao considerarmos os componentes políticos nos estudos populacionais.
3 A importância da diversidade de gênero, 
de etnia e de cultura
Do ponto de vista antropológico, a cultura pode ser concebida como “[...] uma 
teia de signifi cados tecida pelo homem. Essa teia orienta a existência humana. 
Trata-se de um sistema de símbolos que interage com os sistemas de símbolos 
de cada indivíduo numa interação recíproca” (GEERTZ, 2003, p. 39). Nesse 
sentido, nossas ações individuais e sociais também são práticas culturais, que 
transformam o espaço que produzimos e vivemos. 
No âmbito geográfico, o giro cultural emergiu a partir da corrente crítica 
da geografia e direcionou sua crítica à modernidade e seu determinismo 
econômico para explicar os processos sociais e espaciais. Com isso, o giro 
cultural defende que os processos socioespaciais (entre eles os demográficos) 
estão estreitamente relacionados à cultura, que também atravessa as relações de 
classe, raça e gênero (NARVÁEZ MONTOYA, 2014). Os estudos de Campos 
et al. (2018), por exemplo, buscam compreender os padrões de mobilidade 
(migração) entre os grupos indígenas no Brasil, considerando tanto aspectos 
culturais (práticas sociais e de relação com a terra) quanto socioeconômicos 
(renda, região de domicílio, etc.).
Além disso, a partir da perspectiva cultural na geografia, a cultura tam-
bém passa a desempenhar um papel relevante na compreensão das formas 
de reprodução do capitalismo na sociedade (ÁLVAREZ GALLEGO, 2014). 
Nessa linha, busca compreender, por exemplo, como nos relacionamos com 
o trabalho produtivo e com o consumo.
Considerando os estudos populacionais, a relação entre os aspectos cultu-
rais, de gênero e etnia é fundamental, pois, por meio de análises de variáveis 
comuns como renda, trabalho, mortalidade e expectativa de vida, é possível 
compreender que a população não é homogênea, apresentando diferenciações 
socioeconômicas, orientadas pelas questões raciais, culturais, de gênero e 
classe. Nesse sentido, se nos dedicarmos a compreender a população em 
um nível pormenorizado, perceberemos que as pessoas estão inseridas em 
9A geografia da população: enfoques contemporâneos
contextos econômicos, sociais e culturais específicos, comportando-se de 
distintas formas ou afetadas em diferentes graus pelos mesmos problemas 
sociais. Por essa razão, são necessárias abordagens teóricas e metodológicas 
sensíveis a essas realidades e que forneçam subsídios para pensar, no debate 
público, projetos de desenvolvimento social, a fim de atenuar as desigualdades 
que podem ser agravadas e reforçadas pelas já mencionadas estruturas sociais.
Retomando nossos exemplos, sabemos que o indicador renda, comumente 
utilizado para avaliar o índice de desenvolvimento humano em diversos países, 
varia conforme o grupo social, considerando que a população é compartimen-
tada de acordo com as condições socioeconômicas das pessoas (estratificação 
social). Mas você sabia que existe no Brasil uma diferença significativa de 
renda entre homens e mulheres? Considerando o caso do Rio Grande do Sul, 
a renda per capita para o ano de 2010 entre as mulheres foi de R$704,32, 
enquanto para os homens foi de R$711,98 (PROGRAMA DAS NAÇÕES 
UNIDAS PARA O DESENVOLVIMENTO, 2020). Também é possível notar 
uma diferença em relação ao rendimento médio por pessoas ocupadas, que 
para as mulheres foi de R$1.055 e para homens, de R$1.555,29 (PROGRAMA 
DAS NAÇÕES UNIDAS PARA O DESENVOLVIMENTO, 2020).
A diferença na taxa de desocupação e grau de formalização das pessoas 
ocupadas também é evidente: mulheres com 6,33% e homens com 3,08% (taxa 
de desocupação para o ano de 2010); e 65,44% para mulheres e 67,13% para 
homens (grau de formalização para o ano de 2010), respectivamente. Outra 
informação interessante e que dialoga com os dados apresentados é o nível 
educacional das pessoasocupadas: 49,57% das mulheres ocupadas têm ensino 
médio completo (12,9% superior completo) e 38,88% dos homens ocupados 
têm ensino médio completo (9,5% superior completo) (PROGRAMA DAS 
NAÇÕES UNIDAS PARA O DESENVOLVIMENTO, 2020).
Mas como os dados referentes ao nível educacional dialogam com essa 
discrepância de renda? É exatamente essa pergunta que os estudos populacio-
nais em diversas áreas tentam responder. Nas ciências sociais, são discutidos 
os impactos que as estruturas sociais exercem sobre essa dinâmica, com seus 
valores culturais herdados de uma época recente em que, segundo as teorias 
neoclássicas do trabalho, as mulheres eram pouco aptas para as atividades 
produtivas, em virtude da maternidade e de sua aptidão “natural” ao cuidado 
da família (DEGRAFF; ANKER, 2004). De acordo com a teoria neoclássica, 
a racionalidade dos trabalhadores faz com que eles busquem trabalhos de 
acordo com suas capacidades e interesses. No caso das mulheres, essa teoria 
aponta para a preferência por cargos com salários iniciais altos, com baixo 
retorno de experiência e com flexibilidade nos horários de trabalho, de forma 
A geografia da população: enfoques contemporâneos10
que sejam permitidas saídas temporárias, pois as mulheres são consideradas 
responsáveis pelo trabalho de reprodução social na casa (atividades domésticas 
e de cuidado familiar) (DEGRAFF; ANKER, 2004).
Igualmente, os empregadores esperam que as mulheres gerem maiores cus-
tos empregatícios (o que muitas vezes é incorreto), devido a uma percepção 
generalizada de que, devido às responsabilidades familiares, as mulheres 
apresentam maior absenteísmo, maior impontualidade e maior rotatividade. 
Desta maneira, cria-se um círculo vicioso intergeracional no qual a partici-
pação na força de trabalho diferenciada por sexo e a segregação ocupacional 
por sexo são, ao mesmo tempo, os principais determinantes e as principais 
consequências da desigualdade no mercado de trabalho baseada no gênero 
(DEGRAFF; ANKER, 2004, p. 166).
Esses valores, que são culturais, relacionais, socialmente construídos e 
adquiridos, se perpetuam e se transformam ao longo do tempo, com algumas 
rupturas — hoje em dia, um número cada vez maior de mulheres tem ensino 
superior e ocupa cargos de autoridades — e algumas continuidades — a 
população feminina ainda recebe salários menores em comparação à mascu-
lina, e as donas de casa, responsáveis pelo trabalho de reprodução social, são 
categorizadas como “População Economicamente Inativa”.
Como se não bastasse, considerando a dimensão étnico-racial, se tomamos 
as mesmas variáveis que utilizamos para interpretar a desigualdade de gênero, 
veremos que a situação não apenas permanece, como se agrava.
Vale ressaltar que, sempre que falamos de desigualdades raciais no Brasil, estamos 
nos referindo a um problema estrutural, oriundo de um longo processo histórico, 
cujo início remonta ao período do escravismo colonial, que moldou e transformou 
econômica e socialmente o país até os dias de hoje (GORENDER, 2001; ALMEIDA 2019). 
Ainda considerando o recorte espacial do Rio Grande do Sul, no ano de 2010 
a renda per capita entre a população negra gaúcha foi de R$558,81 e entre a po-
pulação branca, R$1.038,03; os rendimentos médios entre a população ocupada 
foi de R$875,06 (população negra) e de R$1.414,51 (população branca). A taxa 
de desocupação foi de 6,43% para negros e 4,22% para brancos; e o grau de 
11A geografia da população: enfoques contemporâneos
formalização foi de 64,21% (negros) e 66,84% (brancos). As informações mais 
impressionantes são relacionadas à longevidade e à mortalidade: a expectativa 
de vida ao nascer é de 74,2 anos para negros e de 75,8 anos para brancos; já a 
mortalidade infantil é de 14,3% (negros) e de 11,8% (brancos) (PROGRAMA 
DAS NAÇÕES UNIDAS PARA O DESENVOLVIMENTO, 2020).
Ademais, o Atlas da Violência dos anos de 2017, 2018 e 2019, elaborado 
pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), revela que, em escala 
nacional, a população jovem negra é a principal vítima de homicídios no Bra-
sil. Ou seja, a taxa mortalidade, componente básico para avaliar a dinâmica 
populacional, é maior para essa categoria social. A realidade das mulheres 
negras — considerando uma intersecção entre os componentes étnico-raciais 
e de gênero — é bastante semelhante:
A desigualdade racial pode ser vista também quando verificamos a proporção 
de mulheres negras entre as vítimas da violência letal: 66% de todas as mulhe-
res assassinadas no país em 2017. O crescimento muito superior da violência 
letal entre mulheres negras em comparação com as não negras evidencia a 
enorme dificuldade que o Estado brasileiro tem de garantir a universalida-
de de suas políticas públicas (INSTITUTO DE PESQUISA ECONÔMICA 
APLICADA, 2019, p. 39)
Outro estudo, realizado pela Faculdade Latino-Americana de Ciências 
Sociais em 2015, apontou que, entre os anos de 2003 a 2013, o percentual de 
homicídios de mulheres negras aumentou 54% (WAISELFISZ, 2015, p. 30). A 
partir de uma breve interpretação desses dados, podemos retomar a definição 
de taxas de mortalidade em uma perspectiva diferencial, como aponta Da-
miani (1998). Para a autora, é fundamental considerar as taxas de mortalidade 
estratificadas por condições socioeconômicas. Assim, para interpretarmos os 
referidos dados demográficos, podemos considerar o diferencial em termos de 
gênero e raça — questionando sobre as razões que explicam essa significativa 
discrepância entre as taxas de mortalidade e renda entre a população negra 
e branca no país — e em termos de localização, incluindo outras populações 
racializadas como os indígenas. E a partir daí, podemos vislumbrar quais são 
as ações possíveis para reduzir esse quadro de desigualdade social e qual é o 
papel dos estudos populacionais nesse processo.
Enfim, consideramos importante evidenciar que a relação étnico-racial 
e de gênero nos estudos populacionais não deve cumprir o papel de “orna-
mento teórico”, no sentido de apenas reconhecer a diversidade social. Como 
foi possível perceber nas considerações apresentadas nesta seção, estamos 
A geografia da população: enfoques contemporâneos12
falando de problemas estruturais e concretos da sociedade que devem ser 
analisados com a devida seriedade e cuidado. São problemáticas de natureza 
demográfica, social, geográfica, histórica, etc., a partir das quais o estudo 
populacional, revisitando suas atribuições nos estudos geográficos do século 
XIX, constitui uma importante forma de aproximação para interpretar esses 
fenômenos complexos (DAMIANI, 1998).
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13A geografia da população: enfoques contemporâneos
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Leitura recomendada
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A geografia da população: enfoques contemporâneos14

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