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Geografia_TSMG_V1_2016-345-346

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Leituras complementares para o professor
Sugestões de atividades complementares
Pesquisa
•	 organize grupos para levantar, em livros, jor-
nais, revistas ou na internet, informações sobre 
atividades de mineração no Brasil (ferro, man-
ganês, carvão mineral e petróleo/gás natural) e 
seus impactos socioambientais. 
•	 peça que as sistematizem por meio de um 
trabalho escrito e ilustrado por imagens: foto-
grafias, gráficos, mapas etc. os grupos poderão 
enriquecer sua pesquisa com a orientação de 
professores de outras áreas, como a de Quí-
mica, para informações sobre a composição das 
matérias-primas exploradas, e a de Biologia, 
para informações sobre a fauna e a flora atin-
gidas nas áreas de exploração mineral.
Discussão
•	 proponha uma conversa sobre a importância 
da mineração na história econômica e social 
do Brasil. os estudantes deverão discutir as 
alterações no espaço geográfico, na economia 
e na sociedade desde a época da minera-
ção (século XVII) até os dias de hoje, anali-
sando, em cada período, as consequências 
dessas alterações, os avanços econômicos e 
os principais grupos ou setores beneficiados 
pela mineração. deverão ser pontuadas as 
principais diferenças observadas na atividade 
mineradora do país ao longo de sua história. 
Essa atividade pode ser organizada com as 
disciplinas de História e sociologia.
Estudo do meio
•	 peça aos estudantes que, em grupos, elaborem 
uma lista com os nomes dos tipos de rocha 
utilizados nas construções, como revestimen-
tos, pisos, pias e balcões. a pesquisa deve ser 
feita por meio de visitas a depósitos ou sites 
de lojas de materiais de construção. peça que 
anotem, também, o preço dessas rochas. com 
as informações obtidas, eles devem elaborar um 
texto explicativo avaliando se a utilização dessas 
rochas é financeiramente acessível. 
•	 prepare os estudantes antes da saída a campo 
(leia o texto Etapas na organização do estudo do 
meio, na página 319): é possível elaborar junto 
com a turma um roteiro para que todos os grupos 
visitem lojas e sites diferentes ou mesmo para que 
cada grupo pesquise grupos de rochas diferentes. 
•	 organize a socialização das informações obtidas 
e estimule o debate entre os grupos. Isso pode 
ser feito por meio de vídeos, cartazes, apresen-
tação oral ou roda de discussão. Informe-os de 
que as diferenças no valor econômico de cada 
rocha têm a ver com sua disponibilidade nas 
reservas minerais no planeta ou no Brasil.
Jovem em ação
“Um estudante da 
Escola Municipal Padre 
Maurício Sebastião Fer-
reira, em Limeira (SP), 
criou um projeto de rele-
vos em 3D, que simula 
topografias em tempo 
real, e poderá auxiliar 
instituições em aulas 
de geografia. Matheus 
Evangelista, de 17 anos, desenvolveu um sistema 
durante uma feira de ciências da unidade. A criação 
está exposta para visitação gratuita no Centro Pro-
fessor Osvaldo Roberto Leite.
O controle do sistema é feito pela interação 
das mãos com a areia. O visitante é convidado 
a formar desde montanhas até bacias. A areia 
fica verde quando tudo está plano e, conforme 
a pessoa vai fazendo um monte de areia, os rele-
vos vão aparecendo até chegar ao ponto máximo, 
que é quando a areia é solta e tudo fica branco, 
demonstrando as geleiras.
A caixa com relevo interativo de um metro 
também demonstra os rios e as chuvas. Quando 
um buraco é feito na areia, a cor muda para o azul 
e, conforme a pessoa for cavando, vai formando 
o caminho da água no leito.
Este texto mostra o 
exemplo de um jovem do 
Ensino Médio que criou um 
sistema que explica relevos 
em 3D nas escolas. Pode 
ser lido juntamente com 
seus estudantes no início, 
ao longo ou ao �nal da 
Unidade 2.
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Clima e relevo
“O clima se carac-
teriza como elemento 
morfogenético de 
maior importância. 
Ele intervém direta 
(como nas regiões 
desérticas ou glaciais) 
e indiretamente (onde 
a cobertura vegetal e 
o solo se fazem presentes), proporcionando o 
desenvolvimento tanto do componente perpen-
dicular como do paralelo.
Como exemplo, nos climas Tropicais Úmidos, 
sob floresta densa, o componente perpendicular 
é muito intenso, produzindo forte e rápida alte-
ração das rochas (pedogenização), o que explica 
o crescente espessamento dos solos (dezenas de 
metros). Ao contrário, nas zonas áridas, onde a 
ausência de umidade impede o desenvolvimento 
de solos e ainda as torrencialidades pluviométricas 
respondem pelo transporte de detritos resultantes 
da morfogênese mecânica, a exposição da rocha se 
torna uma constante, o que permite a ação direta 
dos elementos do clima.
Portanto, o clima se constitui no grande res-
ponsável pela dinâmica, desde a elaboração pedo-
genética (componente perpendicular), comandada 
pelos intemperismos químicos, principalmente, até 
a ação erosional (componente paralelo), represen-
tada pelos agentes da meteorixação (movimentos do 
regolito e demais processos morfogenéticos, como 
os pluvioerosivos nas regiões intertropicais). Em 
síntese, conclui-se que a importância do fator mor-
foclimático se traduz pela existência de verdadeiras 
famílias de formas. Por exemplo: na zona tropical 
úmida (domínio das Florestas) predomina a conve-
xidade geral do perfil, com declives médios elevados; 
o modelado é comandado pela alteração química, 
com processos mecânicos subordinados (reptação, 
escorregamento). Na zona tropical seca (domínio 
dos Cerrados) as formas são menos convexizadas 
e tendem a um perfil geral retilíneo (topo de inter-
flúvios pediplanados); a desagregação mecânica é 
fraca e a alteração química é atenuada pela estação 
seca prolongada. Tais exemplos de diferenciações 
morfológicas gerais são justificados pela noção de 
frequência (intensidade de dissecação, comandada 
pelo fator climático e reação estrutural).”
CASSETI, Valter. Ambiente e apropriação do relevo. São Paulo: Contexto, 1995. p. 70-71.
Neste texto, o autor 
estabelece relações entre 
clima e relevo, podendo 
fornecer subsídios 
adicionais, sobretudo para 
o desenvolvimento dos 
conteúdos do Cap’tulo 6.
Cada camada serve para uma explicação e as 
cores representam diferentes altitudes como um 
mapa topográfico, sendo cores quentes (maior 
altitude) e cores frias (menor altitude). Toda a 
mudança de cores é feita por um software progra-
mado para cada movimento das mãos com a areia 
e permite uma explicação mais nítida.
De acordo com a Prefeitura, existem apenas 
três projetos como esse no país e o original foi 
criado na Universidade de Califórnia, nos Estados 
Unidos. O trabalho foi feito em uma feira de ciên-
cias da Escola Municipal Padre Maurício Sebastião 
Ferreira, primeira instituição pública a desenvol-
ver o sistema. ’Os estudantes conseguem entender 
melhor a geografia, que antes só era explicada 
pelos livros’, disse Evangelista.
O projeto é aberto para a visitação e será usado 
principalmente para a educação, pois estudantes 
irão aprender de forma interativa os relevos e a 
topografia. Todos os estudantes da rede pública 
e particular de Limeira poderão visitar o sistema, 
que ficará no Centro de Ciências durante todo o 
ano. O local fica na rua Doutor José Botelho Veloso, 
no bairro Parque Cidade.”
Jovem de Limeira cria sistema que explica relevos em 3D nas escolas. G1, 29 jan. 2016. 
Disponível em: <http://g1.globo.com>. Acesso em: fev. 2016.
Sugestões de livros, sites e filmes
Livros
•	Ambiente e apropriação do relevo. de Valter casseti. 
são paulo: contexto, 1995.
com enfoque na educação ambiental, analisa as implica-
ções decorrentes da utilização do espaço, tendo por base o 
modo de produção capitalista.
•	Erosão: o problema mais que o processo. de Luiz 
Renato d’agostini. Florianópolis: UFsc, 1999.
abordagem técnica e crítica sobre os processos erosivos.
•	Fundamentos de Geografia F’sica. de Robert E. Gabler, 
James F. petersen e dorothy sack. são paulo: cengage 
Learning, 2015.
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