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Centro Universitário Fieo – Unifieo Física Mecânica – Prof. Tiago Moura ATENÇÃO Estas são apenas NOTAS DE AULA, não substituem a leitura dos livros; Este material não representa o todo tratado pelas aulas ou pela disciplina, mas apenas um recorte de alguns conteúdos que o professor julgou interessante para ter um material de consulta e uniformizar as notações (as notações diferem de um livro para outro e entre professores), sendo imprescindível a leitura dos conteúdos nos livros; Aqui também não é dada nenhuma informação básica essencial que seja pré-requisito para compreensão desses conteúdos, todas as dúvidas devem ser resolvidas com discussões entre alunos e professor e leituras de livros e artigos. VETORES Grandezas escalares e grandezas vetoriais Basicamente, uma grandeza escalar é aquela que fica bem representada por um número e sua unidade, sem informação adicional. Um exemplo de grandeza escalar é a temperatura, pois 35 °C são 35 °C, sem que necessitemos informar nada além disso. No entanto, há grandezas que, além da magnitude e da unidade, requerem mais informações para serem bem determinadas, um exemplo é a velocidade. Imagine uma interceptação de uma aeronave que tenha violado o espaço aéreo brasileiro. Para intercepta-la, o piloto da Força Aérea necessita que informem a ele mais do que apenas a velocidade do objeto, ele precisa que lhe informem, pelo menos, a velocidade, a direção e o sentido do deslocamento do objeto (altitude e latitude fazem parte). Logo, a velocidade é uma grandeza vetorial que tem magnitude, direção e sentido. Assim, se soubermos a posição inicial do objeto, se soubermos, por exemplo, que o objeto se move a 930 km/h, na direção norte-sul e no sentido norte, podemos fazer a interceptação desse objeto, pois temos as informações mínimas sobre o seu deslocamento. Sendo a velocidade (assim como o torque, a força, a aceleração, etc) uma grandeza vetorial, a representamos analiticamente e geometricamente por meio de um ente matemático chamado de vetor. Um vetor é justamente isso, um ente matemático que possui intensidade, direção e sentido. Comecemos com vetores no espaço bidimensional; é mais adequado usar um plano cartesiano para representa-lo. Considere a seguinte representação do vetor ⃗ | | . Isso significa que o vetor ⃗ tem magnitude (que chamaremos de Centro Universitário Fieo – Unifieo Física Mecânica – Prof. Tiago Moura módulo) | | e direção (e logicamente o sentido) que é inferida pelo ângulo (observe e pense sobre a Figura 1). Figura 1. Representação de um vetor no plano cartesiano. Componentes de um vetor Um vetor é frequentemente representado pelas suas componentes. Haverá uma componente na direção e outra na direção , conforme Figura 2. Centro Universitário Fieo – Unifieo Física Mecânica – Prof. Tiago Moura Figura 2. Representação das componentes do vetor ⃗ . Observe que estamos diante de um triângulo retângulo (identifique o triângulo retângulo na Figura 2), logo são válidas todas as relações trigonométricas e o teorema de Pitágoras. Por exemplo, em termos numéricos podemos escrever: | | | | E representar o vetor ⃗ da seguinte maneira: Centro Universitário Fieo – Unifieo Física Mecânica – Prof. Tiago Moura ⃗⃗ | ⃗⃗ |( ) | ⃗⃗ |( ) Os vetores e são os vetores unitários nas direções e , respectivamente. O módulo (ou magnitude, que é o mesmo que tamanho) de um vetor é dado por: | ⃗⃗ | √ Podemos ainda determinar o ângulo por qualquer uma das seguintes relações: √ √ EXEMPLO 1 Represente o vetor em termos de suas componentes: Solução Temos que | | e . Assim: Centro Universitário Fieo – Unifieo Física Mecânica – Prof. Tiago Moura Portanto, podemos representar o vetor da seguinte maneira: ⃗⃗ EXEMPLO 2 Represente o vetor em termos do módulo e do ângulo , conforme definidos neste texto. Solução | | √ Portanto, Finalmente, podemos representar o vetor da seguinte forma: ⃗⃗ Soma de vetores A soma analítica de dois (ou mais) vetores torna-se algo muito simples quando usamos as notações em termos dos componentes dos vetores, pois basta somar o componente de um vetor com os componente do outro vetor, e o componente de um vetor com o componente do outro. Por exemplo, se pretendemos somar um vetor com um vetor ⃗ , começamos escrevendo os vetores em termo de seus componentes cartesianos: Centro Universitário Fieo – Unifieo Física Mecânica – Prof. Tiago Moura ⃗⃗ ⃗⃗ A soma será: ⃗⃗ ⃗⃗ ( ) ( ) EXEMPLO 3 Considere os vetores ⃗ e ⃗⃗ . Determine o valor de ⃗ ⃗⃗ . Solução ⃗ ⃗⃗ ( ) ( ) ⃗⃗ ⃗⃗⃗ EXEMPLO 4 Considere os vetores ⃗ e ⃗⃗ . Determine o valor de ⃗ ⃗⃗ . Solução ⃗ ⃗⃗ ( ( )) ( ( )) ⃗⃗ ⃗⃗⃗ Soma de vetores usando o software Octave Para o Octave, um vetor é uma lista de números. Podemos criar um vetor apenas listando os seus elementos da seguinte forma: Centro Universitário Fieo – Unifieo Física Mecânica – Prof. Tiago Moura Vamos refazer o EXEMPLO 4 usando o Octave: Embora estejamos trabalhando apenas em duas dimensões (x,y), um vetor pode ter qualquer número de componentes (dimensões). Centro Universitário Fieo – Unifieo Física Mecânica – Prof. Tiago Moura REGRA DO PARALELOGRAMO E REGRA DO POLÍGONO Existem outras formas de se fazer a soma de dois vetores. Duas regras importantes são as regras do paralelogramo e do polígono. Para conhecer essas regras, assista aos seguintes vídeos: Regra do polígono: https://www.youtube.com/watch?v=hVSv5r43p5E Regra do paralelogramo: https://www.youtube.com/watch?v=Y-s60SFPLkg EXERCÍCIOS 1) Seja ⃗ . Efetue as seguintes operações: a) ⃗ (R.: ) b) ⃗ (R.: 55 ) c) ⃗ (R.: ) d) ⃗ (R.: ) e) ⃗ (R.: ) 2) Seja ⃗ . Efetue as seguintes operações: a) ⃗ (R.: ) b) ⃗ ⃗ (R.: ) c) ⃗ ⃗ (R.: ) d) ⃗ ⃗ (R.: ) e) ⃗ ⃗ (R.: ) 3) Um móvel se deslocou da posição ( ) até a posição ( ). Qual foi o deslocamento do móvel? E a direção? (R.: deslocamento: 138,85 km; direção: 4,36° a partir do eixo ) https://www.youtube.com/watch?v=hVSv5r43p5E https://www.youtube.com/watch?v=Y-s60SFPLkg Centro Universitário Fieo – Unifieo Física Mecânica – Prof. Tiago Moura 4) (SERWAY, 2014, p. 29) Os vetores deslocamento e ⃗ mostrados na figura abaixo têm módulos de . A direção do vetor é . Encontre graficamente ( ) ⃗⃗ ⃗ ⃗ . (b) ⃗ ; (c) ⃗ e (d) ⃗ . (informe todos os ângulos no sentido anti-horário a partir do eixo ). 5) (SERWAY, 2014, p. 32) -do Lago B para o campo de base. 6) (SERWAY, 2014, p. 32) Uma pessoa que vai fazer uma caminhada segue o trajeto mostrado na figura abaixo. A viag composta por quatro deslocamento resultante da pessoa medido a partir do ponto de partida? Centro Universitário Fieo – Unifieo Física Mecânica – Prof. Tiago Moura 7) (SERWAY, 2014, p. 32) Um vetor tem componentes e de e , respectivamente; o vetor ⃗ tem componentes e de e , respectivamente. Se ⃗ , Quais são as componentes de ? 8) (SERWAY, 2014, p. 33) Uma topógrafa Começando diretamente em oposta, ela anda d = 100 m ao longo da margem para estabelecer uma referência. Então, avista a árvore. O ângulo da referência árvore largura do rio? BIBLIOGRAFIA FILHO, Adalberto A D. Fundamentos de cálculo numérico. Porto Alegre: Grupo A, 2016. E-book. ISBN 9788582603857. Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788582603857/. Acesso em: 04 ago. 2023. GEOGEBRA. Regra do Paralelogramo. Disponível em: https://www.geogebra.org/m/kq6br9qj. NUSSENZVEIG, Herch M. Curso de Física Básica. São Paulo: Editora Blucher, 2013. E-book. ISBN 9788521207467. Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788521207467/. Acesso em: 04 ago. 2023. SERWAY, Raymond A.; JR., John W J. Princípios de Física vol. 1. [Digite o Local da Editora]: Cengage Learning Brasil, 2014. E-book. ISBN 9788522116720. Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788522116720/. Acesso em: 17 ago. 2023. https://www.geogebra.org/m/kq6br9qj