Buscar

Metodologia de Ensino de Língua Portuguesa - Unidade VI

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 3 páginas

Prévia do material em texto

PERGUNTA 1 
Leia o excerto abaixo: 
É no componente discursivo que se tomam decisões sobre “como operacionalizar as 
propriedades gramaticais e semânticas das palavras”, segundo Nascimento (1993, citado por 
Castilho, 1998, p. 56). Isso quer dizer: é a partir do conhecimento discursivo, ou “competência 
discursiva”, que os falantes, na elaboração de um texto, levam em conta as circunstâncias do 
processo de interlocução e tomam decisões sobre o que querem dizer e como vão dizer, definem 
o tema e o gênero do texto, seu tamanho, sua organização, os recursos linguísticos que vão usar 
(que palavras, com que sentido, compondo que frases). Analogamente, na interpretação de 
textos ouvidos ou lidos, os falantes acionam o componente discursivo de seu conhecimento 
linguístico para entender em que situação de interlocução devem enquadrar o texto para 
compreendê-lo adequadamente, atribuindo sentido às palavras e frases que o compõem. O 
componente discursivo também inclui regras, de natureza social e cultural, por exemplo, sobre o 
que se deve e o que não se deve dizer em cada situação, como interpretar os sinais indicadores 
de “atos de fala” (por exemplo, quais palavras, entonações, gestos, expressões faciais, 
movimentos e posições sinalizam ofensa ou elogio, convite ou expulsão, concordância ou 
discordância, advertência amigável ou ameaça, etc.). Considerando o que foi dito, vê-se por que 
as línguas naturais não podem ser concebidas como códigos, em que as palavras e expressões, 
por si só, contenham todas as indicações necessárias para a interpretação.”(VAL, 2005, p.18) 
Analise as afirmações sobre o excerto lido: 
I. As palavras, expressões, frases e textos, em si mesmos, não têm um sentido único e 
previamente determinado. É na interação, no discurso, que o sentido pode ser estabelecido, 
quando são levados em conta os nexos que se criam nas circunstâncias da enunciação. 
II. Para a compreensão e produção de textos ouvidos ou lidos, os falantes acionam seus saberes 
sobre o sistema gramatical e sintático. Por conta disso, um texto bem escrito ou bem 
pronunciado é sempre, necessariamente, bem compreendido. 
III. Os falantes de uma determinada língua se compreendem com muita facilidade 
independentemente do contexto de produção e recepção textual: não importa o tema, o meio, o 
estilo pois o que determina a compreensão é a língua como código. 
 
É correto o que se afirma em: 
 
a. II somente 
 
b. I somente 
 
c. I e II somente 
 
d. I, II e III 
 
e. III somente 
 
PERGUNTA 2 
Em relação à construção de textos orais e escritos, Fiad (2006), salienta: 
As teorias da enunciação consideram a língua como um fenômeno social, uma forma de ação, 
de interação entre sujeitos. Essa concepção de língua admite que, ao falar e também ao 
escrever, os sujeitos constroem uma interlocução em que o trabalho com a língua está sempre 
presente. Desse modo, entende-se a língua não como um sistema previamente construído, do 
qual os sujeitos se apropriam nas diferentes situações de interação, mas sim como um sistema 
que prevê recursos linguísticos que são explorados indefinidamente nas interações. Esse 
entendimento do que seja a língua conduz a uma compreensão da escrita como um trabalho 
com a linguagem que se dá diferentemente nas situações de interação em que a língua oral 
predomina. Nas situações de interação pela escrita, a oportunidade de retomada e de 
exploração dos recursos linguísticos é muito mais frequente do que na oralidade. Isso não 
significa que, ao falarem, os falantes não estejam também refletindo sobre a língua. O que 
queremos enfatizar é a situação privilegiada de reflexão e retomada nos momentos de escrita. 
A partir da leitura do fragmento, escolha a alternativa correta: 
 
a. A produção escrita é considerada como um trabalho com a linguagem, já a produção de 
textos orais realiza-se diferentemente, pois não é necessário que haja um trabalho 
sistematizado, tendo em vista que os alunos já sabem falar ao chegar à escola. 
 
b. É fundamental compreender a língua como um sistema dotado de diversos recursos que 
possibilitam construções de significados atrelados a situações comunicativas desenvolvidas 
nas interações. 
 
c. Nas práticas de produção escrita, são realizadas diversas formas de retomada e de 
exploração dos recursos linguísticos preestabelecidos para uma determinada situação 
comunicativa. 
 
d. A língua é compreendida como um sistema organizado e delimitado, do qual os sujeitos se 
apropriam nas diferentes situações comunicativas. 
 
e. A concepção de língua adotada pela autora admite que os sujeitos replicam estruturas 
linguísticas já construídas e estáticas que se encaixam em determinadas situações 
comunicativas. 
 
PERGUNTA 3 
Considere os excertos a seguir 
Como bem destaca Bazerman (2005), "a definição de gêneros como apenas um conjunto de 
traços textuais ignora o papel dos indivíduos no uso e na construção de sentidos". Corremos 
assim o sério risco de enfatizar uma tipologia genérica em nossas aulas e na produção de 
materiais didáticos, deixando de lado a diversidade de práticas sociais e as condições de 
produção sócio-histórica dos gêneros. Não deveríamos confundir o conceito de gênero "com 
procedimentos, com hierarquias, com categorias formais ou com estruturas, pois nele coexistem 
diversificadas formas de pensar o mundo e a história humana”. (BUNZEN, 2006) 
Aqui no Brasil, como em outras partes do mundo, esse ensino das propriedades do texto em sala 
de aula deu origem a uma gramaticalização dos eixos de uso, passando o texto a ser pretexto 
não somente para um ensino da gramática normativa, mas também da “gramática textual”, na 
crença de que quem sabe as regras sabe proceder”. (ROJO, CORDEIRO, 2004) 
A partir dos excertos apresentados, avalie as seguintes afirmações: 
I. O trabalho com gêneros textuais implica, necessariamente, delimitar quais são as tipologias 
textuais de modo que o aluno consiga dominar as estruturas típicas e ter um bom desempenho 
na produção e leitura de textos. 
iI. Ao gramaticalizar os eixos de uso, o trabalho em sala de aula avança no sentido de definir 
conteúdos claros para cada ano ao longo da escolarização básica. 
III. Os indivíduos conseguem ter um bom desempenho em leitura e produção textual na medida 
em que trabalham com diferentes gêneros e se apropriam de procedimentos e categorias 
formais próprias de cada um deles. 
 
É correto o que se afirma em 
 
a. Todas as afirmações estão incorretas 
 
b. I apenas 
 
c. I e II apenas 
 
d. II apenas 
 
e. I e III apenas 
 
 
PERGUNTA 4 
De acordo com o material didático da unidade, o processo de textualização pode ser sintetizado 
como: 
 
a. textualização é a operação de organizar frases soltas em um texto, respeitando a estrutura do 
gênero. 
 
b. textualização é a operação de organizar as sequências tipológicas do planejamento em texto. 
 
c. textualização é a operação que incide na aplicação e na linearização do conjunto de marcas 
linguísticas que constituirão o texto. 
 
d. textualização é a operação que incide na aplicação e na linearização do conjunto de regras 
gramaticais da língua portuguesa 
 
e. textualização é a operação de aplicar aspectos notacionais como a pontuação.
  • Relacionados
  • Inteligência Artificial