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Objetivos Módulo 1 Sustentabilidade na estratégia de Marketing Definir a importância do tema Sustentabilidade na estratégia de Marketing. Acessar módulo Módulo 2 Marketing Social Reconhecer o Marketing Social como ferramenta de mudanças comportamentais. Sustentabilidade e ética no Marketing Prof. Carlos Alberto da Silva Lima Descrição Apresentação do conceito de Sustentabilidade e suas questões ambientais no entrosamento com o Marketing. Abordagem do Marketing em sua relação com a Ética e a Responsabilidade Social. Propósito Reconhecer como o gestor de Marketing, fundamentado na Ética e na Sustentabilidade, tem o importante papel de influenciador e agente de mudanças comportamentais para todas as partes interessadas. Buscar Baixar conteúdo em PDF Vídeos Menu Acessar módulo Módulo 3 Ética e Responsabilidade Social nas ações de Marketing Identificar a relevância da Ética e Responsabilidade Social nas ações de Marketing. Acessar módulo Introdução A cada dia podemos nos deparar com vários exemplos de falta de respeito, civilidade, empatia e humanidade. Podemos, ao mesmo tempo, ver que há empresas que são responsáveis socialmente e colaboram com a implementação de benefícios para a coletividade. Também não nos faltam demonstrações de agressões ao meio ambiente, como por exemplo: florestas sendo devastadas, animais aquáticos morrendo por ingestão de plástico ou óleo. Concomitantemente, nunca tivemos uma quantidade tão grande de pessoas e empresas interessadas em reciclar, que disponibilizam recipientes e locais específicos para que isso seja feito de forma adequada. Diante dessa realidade, muitos cidadãos estão ávidos por dias melhores, buscando a cada escolha um alívio, algo que traga conforto para suas vidas. E isso também se reflete nas relações de consumo. Nessa conjuntura, cabem os seguintes questionamentos: Qual é o papel da Responsabilidade Social das empresas e de seu Marketing para a manutenção da Ética e da Sustentabilidade? E de que forma as campanhas de Marketing Social podem colaborar para diminuir nossas mazelas, conduzindo-nos na direção de escolhas de caminhos para o bem-estar coletivo? 1 Sustentabilidade na estratégia de Marketing Ao final deste módulo, você será capaz de definir a importância do tema Sustentabilidade na estratégia de Marketing. Sobre o termo sustentabilidade A Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente Humano, que aconteceu em 1972 na Suécia e ficou conhecida como “Conferência de Estocolmo”, foi a primeira a tratar da preservação do meio ambiente. Desde então, um incontável número de estudiosos vem discorrendo sobre a importância da Sustentabilidade sob os mais diversos aspectos. Conferência de Estocolmo na Suécia. Entre inúmeros conceitos de sustentabilidade, o mais abrangente é o que foi cunhado na Comissão Brundtland, em 1987, onde nasceu o relatório “Nosso Futuro Comum”, que definiu que: O desenvolvimento sustentável é aquele que encontra as necessidades atuais sem comprometer a habilidade das futuras gerações de atender suas próprias necessidades. Segundo Brown (2009), 75% da pesca oceânica acontece no limite ou além da capacidade dos ecossistemas locais. A relação entre o consumo desenfreado de combustíveis de origem fóssil que fizemos nas últimas décadas e o aquecimento global é inequívoca. As emissões de gases que têm contribuído para o efeito estufa no planeta alcançaram índices insustentáveis e a pegada de carbono de cada cidadão já pode ser medida com precisão bastante razoável. Impacto da sustentabilidade no consumidor Vamos conhecer um pouco mais sobre as questões ambientais e a sustentabilidade. Sustentabilidade e sua abrangência No momento do início desse debate, não se imaginava que ele poderia crescer tão rapidamente, afinal sabíamos que, tendo suas implicações destrinchadas, haveria uma profunda e avassaladora mudança em todas as nossas relações – do mais banal ato de compra de uma comida industrializada ou de um brinquedo infantil, até o debate sobre energia limpa (que é bastante controverso), em todas as formas de se implementar e manter uma geração com consumo energético menos nocivo ao planeta. Nesse sentido, cabem as seguintes perguntas: De que maneira algo tão transformador encontraria eco nas grandes corporações? Em tese, grandes empresas sobrevivem do consumo de seus clientes e, se elas não promoverem tal consumo, suas concorrentes o farão. Então, como inserir esse tema nos objetivos corporativos? Ainda no campo da teoria, se determinada companhia optasse por entregar produtos ecologicamente mais “amigáveis” a seus clientes, mas que custassem bem mais do que os ofertados pela concorrência, como ela poderia convencer seus clientes de que existe um valor nesse preço mais alto? Esses são dilemas que o Marketing tem que enfrentar de forma clara e aberta. Atualmente, estamos lutando para que tenhamos tempo de manter o que ainda não foi danificado de forma definitiva no meio ambiente – no Oceano Pacífico, existem “ilhas artificiais” criadas por dejetos plásticos descartados no mar e levados pela convergência de correntes marinhas para determinados pontos do globo. Esses dejetos – decorrentes do consumo e descarte, ambos sem a devida preocupação com toda a cadeia logística que envolve o ciclo de vida do produto – são ingeridos por espécies aquáticas que são envenenadas pelas substâncias tóxicas contidas nos diversos tipos de plásticos descartados, quando não morrem por bloqueios do sistema digestivo. Dessa forma, vivenciamos diariamente as mazelas geradas pela falta de planejamento e comprometimento, para que houvesse um desenvolvimento sustentável, e pelo consumo desenfreado (e inconsequente) de bens baratos, cujo destino era ignorado tanto pelas fábricas quanto pelos consumidores, em alguns casos intencionalmente. Ao mesmo tempo em que se consome avidamente em algum lugar do planeta, existem famílias que, só muito recentemente, tiveram acesso à luz elétrica em suas casas e a bens de consumo básicos. Esses indivíduos são agora uma imensa demanda latente por produtos que De outra forma, se uma empresa pode inserir no mercado um produto mais barato que a concorrência, mas que seja fabricado com procedimentos que agridam o meio ambiente em algum ponto da cadeia de produção e descarte (Sim! Na sua fase de design, produtos devem ser pensados até depois de sua vida útil!), ela deve lançar esse produto? precisam ser fornecidos dentro de padrões aceitáveis para o planeta em que vivemos. Populações inteiras passam a comprar alimentos para estocar em suas recém-adquiridas geladeiras. Se observarmos os países mais populosos do mundo, veremos que mais da metade deles possuem extratos sociais em situação classificada como de extrema pobreza, o que os torna vulneráveis a interesses de governos e de grandes corporações. Por outro lado, o resgate dessas pessoas da situação em que se encontram deve ser feito levando-se em consideração o impacto ambiental que o consumo necessário a essa ação irá acarretar. Consumo e meio ambiente Para termos uma compreensão mais precisa da relação entre o consumo e a sustentabilidade, é necessário olharmos pelo retrovisor para um passado bem remoto, ainda na época do Iluminismo, quando o filósofo, economista e cientista social Adam Smith (1776; 2017), faz-nos refletir sobre a origem e o uso do dinheiro. A divisão do trabalho torna muito reduzida a parcela de necessidades humanas que precisa ser atendida pela produção individual do próprio trabalhador. Ele satisfaz a grande maioria de suas necessidades permutando aquela parcela do produto de seu trabalho que ultrapassa o seu próprio consumo pelas parcelas da produção alheia de que tiver necessidade. Assim, todo homem subsiste por meio da troca, tornando- se de certo modo comerciante; e assim é que a própria sociedade se transforma naquilo que adequadamente se denomina sociedade comercial. Postoisso, está claro que o consumo (leia-se compra) seja talvez a principal forma com que a quase totalidade das sociedades do planeta satisfazem suas necessidades de bens. Muitas pessoas querem ter o smartphone mais moderno. As empresas fabricantes desses aparelhos têm travado uma verdadeira guerra de lançamentos com campanhas cada vez mais hipnóticas, mostrando recursos cada vez mais impensáveis nesses produtos. Ocorre que, quando vemos campanhas cada vez mais fascinantes, que nos seduzem a ter tais produtos, não nos damos conta do destino dos nossos aparelhos atuais, cheios de metais pesados, partículas tóxicas e peças diminutas que tem que ser separadas antes da sua destinação final. Comentário Em muitos casos, os materiais eletrônicos descartados vão parar em países pobres, onde a única ou uma das poucas opções de trabalho é o recebimento de lixo eletrônico O desenvolvimento econômico de países anteriormente pobres permitiu que, finalmente, suas sociedades pudessem ter acesso a bens de consumo que propiciariam conforto a suas vidas. As empresas, por sua vez, viram novos mercados descortinarem-se à sua frente, com uma expansão possível de suas vendas de forma exponencial. Contudo, para atender a essa demanda, não seria tão fácil quanto no passado – atualmente os consumidores têm acesso às informações; sabem ou possuem uma noção bastante precisa sobre o destino das embalagens e dos produtos quando são descartados. Dessa forma, o consumidor atual não quer mais apenas o produto em si – quer o que tenha sido feito de forma a respeitar o meio ambiente e as comunidades locais, cuja fabricação atendeu a normas ecológicas de produção e descarte (KOTLER, 2012). Em última análise, ele quer ter a consciência tranquila de que o seu ato de compra não foi responsável pela pobreza de uma comunidade ou pela destruição de um bioma. Com toda essa pressão para o que chamamos atualmente de consumo consciente, as ações de marketing de uma empresa devem ser pautadas também pela clara sinalização do comprometimento com o meio ambiente e com as sociedades com que ela se relaciona. O desenvolvimento de novos produtos, atualmente, deve atender ao que as empresas chamam de Inovação Sustentável (BACINELLO; TONTINI; ALBERTON, 2019). Esse, contudo, não é um processo que atingiu a totalidade dos setores industriais – a alta competitividade do setor têxtil de moda, por exemplo, tem feito com que muitas dessas empresas andem na contramão do que aqui estudamos. Veja algumas consequências dessa inversão: (e-waste) de países mais ricos para trituração e separação manual. A corrida desenfreada para capturar a compra dos clientes tem levado as grifes de vestuário a mudarem suas coleções cada vez mais rápido (às vezes, em questões de semanas). Na direção oposta ao consumismo, cada vez mais pessoas estão aderindo a um estilo de vida batizado de minimalismo. Não confunda! Não estamos falando aqui do minimalismo artístico, cultural e arquitetônico! Estamos falando de um movimento que busca a felicidade não nas compras, mas ao contrário, na obtenção apenas do essencialmente básico para as suas vidas. A tônica dessa ideia é a de essencialmente dedicar menos tempo, dinheiro e emoções às coisas materiais (e ao processo de consumo delas como um todo) para ter mais tempo voltado a si mesmo, gerando menos frustração. Trocar a coleção rapidamente significa dizer que as peças saem de uma coleção e são substituídas por outras de uma forma que estimule o cliente a comprar novamente, em um ciclo de consumo e descarte cada vez mais rápido – apenas para estar “na moda”. Para incentivar esse ritmo de consumo, a indústria têxtil (e não somente ela) lança modismos diferentes dos anteriores, estimulando, assim, que o seu público-alvo sinta-se constrangido em usar uma roupa com design “antigo”. Essa visão está sendo adotada por cada vez mais pessoas no mundo (majoritariamente em países ricos, onde vários adeptos já experimentaram um estilo de vida consumista sem ter obtido prazer com isso), com práticas alternativas ao consumo (como grupos de empréstimos de utensílios, prática de consertos de aparelhos que ainda podem ter utilidade, restaurações, entre outras). Esse movimento está exercendo uma pressão cada vez mais significativa sobre as empresas, que precisam efetivamente vender para se manterem no mercado, ao mesmo tempo em que se deparam com um público que questiona se comprar é uma boa atitude, não somente para o planeta, como também para si. Consumo sustentável e suas implicações A essa altura, algumas pessoas podem estar se perguntando qual é o motivo de determinado governo (ou vários) simplesmente não impor regras que obriguem as empresas a seguirem protocolos sustentáveis de design, produção e descarte. Para abordar esse fato, é importante lembrar que: Governos são eleitos, na sua maioria, a partir de campanhas políticas financiadas por doações. Grande parte do montante dessas doações vem de empresas. Das 150 maiores entidades econômicas do mundo, 100 são empresas (PUPPIM, 2012). Só para se ter uma ideia, a empresa Wallmart tem uma receita equivalente a ¼ do PIB da Rússia! O professor Puppim detalha de forma clara e inequívoca o poder das grandes corporações na política e na economia mundial: Com um poderio financeiro imenso e um comprometimento tão grande dos governos com essas empresas, não podemos esperar que uma mudança efetiva na forma como elas atuam em relação ao planeta parta dos governos por ação própria – foi a atitude dos consumidores que fez as organizações repensarem sua forma de atuar e de existir para manter seus clientes. Exemplo A rede Wallmart tem mais de 2 milhões de empregados, um número maior que a população de vários países reconhecidos pela ONU, como Cabo Verde ou Catar. A Shell, com 93 mil empregados diretos e que opera em mais de 90 países, tem uma receita maior que o PIB da Argentina. (...) No Brasil, a situação não é diferente quando comparamos o poder econômico das empresas aos PIBs dos estados (...) A Vale, uma empresa privada, teve uma receita de aproximadamente US$ 45,3 bilhões em 2010. Isso é maior que o PIB de 16 estados brasileiros (...) A Petrobras, que tem o controle estatal mas que opera como uma empresa privada, teve uma receita de mais de US$ 120 bilhões em 2010, perdendo apenas para o PIB dos quatro estados mais ricos: São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Rio Grande do Sul, em 2009. A lógica disso é simples: investidores tendem a prever queda nas vendas e receitas de empresas envolvidas com escândalos (de qualquer tipo), o que leva a uma inevitável diminuição no valor das ações, significando prejuízo no investimento. Analisando-se todos esses fatores conjuntamente, percebemos que a opção pela sustentabilidade, claramente afirmada nas estratégias de marketing das empresas, não é uma opção altruísta e sim uma estratégia de adaptação e sobrevivência em relação a consumidores e acionistas cada vez mais preocupados e engajados com questões ambientais. Diante desse cenário, todas as ações de marketing corporativas devem estar voltadas também à externalização de seus esforços na direção de uma existência perene do planeta e de suas sociedades. Cada vez mais, essa é uma exigência dos mercados consumidores. E para quem pensa que isso é algo óbvio e fácil, as práticas de negócios ficam sob constante ataque porque é comum as situações comerciais defrontarem dilemas éticos; não é fácil traçar uma linha clara entre uma Atenção! Ressaltamos aqui, também, que os clientes de interesse de uma grande corporação não são apenas aqueles que compram seus produtos, mas também os que adquirem suas ações no mercado de capitais – companhias cuja imagem está maculada por incidentes indesejados sob a ótica dos seus consumidores, também estarão manchadas pelo ponto de vista dos compradores de suas ações. prática normal de marketing e um comportamento antiético.Algumas questões dividem nitidamente os críticos (KOTLER, 2013). Dessa forma, com intuito de nortear suas ações no que tange à sustentabilidade, foram criadas diversas certificações para atestar que as práticas corporativas estão de acordo com preceitos ecologicamente corretos. Esses selos têm por intuito mostrar rapidamente ao consumidor se o produto de uma empresa está de acordo com preceitos de Sustentabilidade. Dada a especificidade de cada ramo econômico, foram criados diversos selos para as mais variadas finalidades; todos, contudo, com o mesmo propósito. Existem atualmente selos que garantem que os produtos não foram testados em animais, tais como os da Cruelty Free e da The Union For Ethical Biotrade: E diversos outros para aplicações gerais ou específicas. Nesse sentido, muitas empresas adiantaram-se em providenciar certificações para seus produtos e serviços com uma estratégia de marketing de diferenciação. Ocorre que, em todo o mercado, sempre existem pessoas e corporações dispostas a se utilizarem de meios eticamente questionáveis para obter vantagens indevidas. Sendo assim, foi observado que algumas dessas empresas utilizavam-se impropriamente de selos ou certificações para os quais não foram autorizadas. Ou, o que foi visto com maior frequência, muitas passaram a usar essas referências para causarem, no imaginário do consumidor, uma falsa sensação de que seu produto era “verde”. Para tal, cunhou-se o termo em inglês greenwashing, ou lavagem verde, em referência à lavagem de dinheiro – procedimento criminoso de fazer aparentar que um valor de origem ilícita veio de uma fonte limpa. Embora possamos identificar vários casos fraudulentos ou, no mínimo, eticamente questionáveis do ponto de vista de Marketing, várias são as soluções criativas para minimizar o impacto ambiental e a forma de se fazer negócios. Hawken, Lovins e Lovins (2007) mostram como uma das maiores empresas de produtos químicos redesenhou sua forma de atuar para que seus consumidores não arcassem com a obrigação de efetuar o descarte correto de materiais altamente poluentes: Dessa forma, segundo Senge e Prokesch (2010), não somente os negócios mas também as cadeias de suprimentos precisam ser radicalmente modificadas, para que seja possível uma mudança significativa no impacto ambiental dos negócios. Nesse cenário, a função do gerente de Marketing é atuar de forma ética e coerente, desenvolvendo formas de manter (ou até expandir) o negócio de sua empresa, além de deixar de forma clara e inequívoca Exemplo A Dow Chemical Company faz um negócio extensivo alugando solventes orgânicos, muitos dos quais são tóxicos ou inflamáveis ou as duas coisas. O consumidor que os compra fica com a responsabilidade de manuseá-los e de se desfazer deles com segurança. Contudo, por meio do aluguel dos produtos da Dow e sua concorrente, a SafetyKleen, os especialistas daquela indústria química fornecem o solvente, auxiliam em sua aplicação, trabalham com o cliente para recuperá-lo e o levam embora. O cliente não é dono dele e, portanto, não arca com nenhuma responsabilidade; o solvente pertence ao fornecedor do “serviço de dissolução”, mas está sempre à disposição da sua empresa. para seu público-alvo o comprometimento corporativo com a preservação do meio ambiente, da natureza e das sociedades com as quais se relaciona. Estamos diante de um paradoxo que, para ser resolvido, requer muita observação, dedicação, muito discernimento e estudo. Vamos lá? Vem que eu te explico! Os vídeos a seguir abordam os assuntos mais relevantes do conteúdo que você acabou de estudar. Módulo 1 - Vem que eu te explico! Consumo e meio ambiente Módulo 1 - Vem que eu te explico! Consumo sustentável e suas implicações Questão 1 A atual preocupação das empresas com a questão da sustentabilidade decorre do fato de que: Vamos praticar alguns conceitos? Falta pouco para atingir seus objetivos. A Os acionistas entendem que esse é um caminho para a redução de custos de marketing. B Os consumidores estão cada vez mais conscientes da importância de a atividade capitalista ter de atuar em prol da preservação ambiental. C Os consumidores querem comprar produtos da moda e o tema Sustentabilidade é o mais novo tema do Marketing atual. D As empresas precisam vender mais para “sustentar” sua posição de mercado; daí o termo “Sustentabilidade”. E As empresas buscam uma maior margem de lucratividade. Questão 2 O termo greenwashing refere-se a: 2 Marketing Social Ao final deste módulo, você será capaz de reconhecer o Marketing Social como ferramenta de mudanças comportamentais. Responder A Mudar as cores da marca da empresa, inserindo tons de verde para remeter à causa ambiental. B Preocupar-se com a causa verde e adotar essas cores no seu estilo de vida. C Utilizar selos de apoio a causas ecológicas. D Mascarar um produto que não é sócio e ambientalmente responsável, utilizando-se de um selo ou referência que remeta o consumidor a essa falsa crença. E Implementar uma política de diversidade organizacional. Responder Origens Observe as situações a seguir: Quando entramos em um transporte coletivo e não temos que respirar a fumaça de cigarros em seu interior – ou em shoppings, locais públicos fechados e outros determinados pela lei – estamos dispondo desse enorme benefício em virtude de uma série de pesquisas, circunstâncias e ações, dentre elas o Marketing Social. 1 de 3 Já é possível imaginar qual é a proposta do Marketing Social, não é mesmo? É exatamente isso que você pensou: o foco é o bem-estar social. A intenção é criar uma mudança de atitude ou provocar uma nova forma de comportamento que gere um incremento na qualidade de vida das pessoas alcançadas pelas campanhas de Marketing Social. Estas são criadas, algumas vezes, em virtude da percepção de que existem hábitos que precisam ser transformados, extintos ou fomentados; em outras situações para nos lembrar de compromissos importantes, como a vacinação. Dessa forma, em lugar de vender produtos, o Marketing Social tem por finalidade atenuar ou eliminar problemas sociais, relacionados especialmente às questões de higiene, saúde pública e educação. Esta área do Marketing tem como proposta estimular um comportamento individual que colabore para o aumento da qualidade de vida da coletividade. O Marketing Social procura desenvolver e integrar conceitos de Marketing, com outras abordagens, para influenciar comportamentos que beneficiam indivíduos e comunidades para o bem social maior. (Associação Internacional de Marketing Social). A conexão entre marketing e sustentabilidade No vídeo a seguir, você verá um panorama sobre o Marketing Social. Marketing social na prática Como lemos anteriormente, o Marketing Social (MS) tem como função influenciar comportamentos. É importante destacar que esta é apenas uma das ferramentas para influenciar mudanças comportamentais e pode ser usada de maneira complementar à legislação e às políticas públicas. Essa influência pode se dar pelos seguintes motivos: Estimular a renúncia a um velho hábito Recusar um comportamento inadequado Foram Gerald Zaltman e Philip Kotler que utilizaram, pela primeira vez, o termo “Marketing Social”, há mais de 40 anos, no Journal of Marketing (KOTLER; LEE, 2016). No texto encontrava-se a definição dos autores: [...] uso de princípios e técnicas de Marketing para promover uma causa, ideia ou comportamento social. É necessário que saibamos as diferenças entre Marketing Comercial e Marketing Social: Marketing Comercial O que se deseja é vender produtos e serviços para obter um ganho monetário. Tendo em vista que o Marketing Comercial tem o propósito de obter lucro, quem atua nessa área busca a parcela do mercado que poderá propiciar maiores ganhos. Marketing Social O objetivo é influenciar comportamentos para se alcançar um benefício para o sujeito e a sociedade.Sendo assim, em vez de vender produtos, o Marketing Social vende valores e reforça culturas. Inicialmente pode soar de forma estranha, mas também é costume enfrentarmos uma espécie de concorrência no Marketing Social: se o objetivo é influenciar um comportamento em certo setor da sociedade, o Adotar uma nova conduta Transformar um hábito Reforçar um comportamento que vai concorrer com essa finalidade é justamente a própria conduta atual do segmento que a campanha pretende transformar. Além de enfrentar essa disputa, a tentativa do Marketing Social de influenciar um comportamento também concorre com a própria dificuldade que as pessoas sentem para mudar um hábito. Por exemplo, pense em uma pessoa que, ao jogar o lixo fora, deverá: Exemplo Vamos imaginar que a intenção seja promover menor ingestão de alimentos gordurosos; logo, empresas que vendem esses produtos também farão parte da concorrência a essa ação de Marketing Social. É praticamente um consenso que o Marketing Social enfrenta mais barreiras que o Comercial. Basta que imaginemos o quanto gastam em propaganda as empresas que vendem comida com excesso de gordura. As campanhas de MS, que são voltadas para a Saúde, competem com essas empresas pela conquista do público- alvo. Separar o que for de papel. Separar o que for de plástico. Posto isso, surgem campanhas de MS que pretendem modificar mais comportamentos desse sujeito: que ele jogue as pilhas usadas em um local próprio para descarte desses objetos e uma outra que solicita que os vernizes, tintas e solventes, que sobraram de uma obra, sejam descartados em um lugar diferente de todos os outros acima. Então, dá para perceber as dificuldades que um profissional da área de Marketing Social terá pela frente, não é mesmo? Podemos ter os seguintes objetivos em campanhas de Marketing Social segundo Kotler (2016): Separar o que for de vidro. Separar o que for orgânico. Durante a elaboração do programa de Marketing Social, como também durante a sua prática, há alguns fatores fundamentais a serem observados, que são: Fazer a seleção do segmento da sociedade que esteja mais aberto ao objetivo da campanha. Propor, de maneira bem clara, uma conduta específica e possível a ser adotada. Expor a vantagem de aderir ao programa com a finalidade de convencer o público-alvo. Fazer com que seja fácil a escolha do comportamento proposto. Mudar as capacidades cognitivas dos indivíduos Mudar as ações das pessoas Mudar os valores dos indivíduos Mudar os comportamentos Tornar convidativo todo o material utilizado na campanha. Tornar o programa didático e, na medida do possível, divertido. Marketing Social x Marketing Comercial Já conversamos sobre as diferenças entre Marketing Social e Marketing Comercial, mas também é interessante falarmos sobre as semelhanças: Agentes de marketing social Mas afinal, quem efetivamente utiliza os procedimentos e metodologias do Marketing Social? O foco é o cliente Deve haver uma troca Deverá ser levado em conta o “Mix de Marketing”, ou seja, os “4 Ps” O mercado não é uma massa uniforme Será feita uma investigação e análise das características do mercado O saldo da campanha é uma aprendizagem Costumam ser os profissionais encarregados de fazer contato com o público externo, geralmente formadores de opiniões, que têm como objetivos, por exemplo: Proteger o meio ambiente Promover melhoria na saúde da coletividade Evitar que ocorram acidentes Incrementar a situação econômica da comunidade Buscar o engajamento do mercado Em geral, são instituições do poder público que promovem essas táticas, como a Organização Mundial da Saúde, o instituto de meio ambiente e de proteção à vida silvestre, órgãos garantidores da segurança nas estradas, estabelecimentos de ensino, administradores de parques, entre outros, dentre os quais também está incluído quem atua em nível estadual e municipal. Podemos citar também o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis, o IBAMA, que estimula condutas para que a pesca seja feita no período adequado, também divulga medidas que ajudam a prevenir incêndios florestais, entre outras funções. Fundações e instituições que não tenham como finalidade o lucro também promovem Marketing Social. Nesses grupos, o estímulo comportamental é ligado à função principal do órgão envolvido. Veja alguns exemplos: A Fundação Abrinq que elaborou uma campanha para doação de alimentos e kits de higiene, durante a pandemia da Covid-19, para que fossem entregues às organizações sociais, que estabeleceram parcerias de distribuição das cestas básicas para famílias que estavam em situação de vulnerabilidade social. O Instituto Nacional do Câncer (INCA) que alerta para a necessidade de exames de prevenção para o câncer de mama e de próstata, entre outros. Nas organizações que têm fins lucrativos, há profissionais que podem se ocupar das seguintes funções: Responsabilidade Social empresarial, filantropia empresarial e comunicação com a coletividade ou Marketing. Além de empresas que trabalham especificamente com campanhas de Marketing Social, também podemos elencar mais alguns grupos de profissionais que podem prestar serviços para instituições interessadas em ações de MS: empresas que coletam pesquisas mercadológicas, corporações de consultores da área de Marketing e agências que trabalhem com Relações Públicas ou Propaganda. São inúmeras as temáticas coletivas que podem ser beneficiadas pelo Marketing Social, vamos conversar sobre algumas delas? Benefícios para a sociedade Vejamos alguns benefícios do Marketing Social: Atualmente, temos no Brasil em torno de 20 milhões de fumantes, infelizmente, apesar dos esforços que já foram feitos para que esse índice diminuísse. Portanto, há um vasto campo de atuação nessa área. Veja a notícia: A Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC) lançou uma ferramenta que utiliza inteligência artificial para ajudar as pessoas que desejam largar de vez o vício em cigarro. Vale lembrar que os fumantes têm mais chances de complicações devido à Covid-19 e, com o isolamento social, tendem a fumar mais. As circunstâncias nas quais o Marketing Social pode atuar são muito diversificadas; elas envolvem uma série de fatores sazonais, como a pandemia do novo coronavírus. Também podem ser inerentes aos hábitos alimentares, que contribuem para a aquisição de doenças, como no caso do consumo exagerado de sal, que pode colaborar para o desenvolvimento de hipertensão arterial. Há situações que têm como “pano de fundo” deficiências educacionais/informativas, como por exemplo, a gravidez na adolescência e o baixo índice de amamentação durante pelo menos os primeiros 6 meses de vida do bebê. Fatores sociais Evidentemente, há diversos fatores que incidem sobre questões sociais e não são somente os profissionais da área de Marketing Social que atuarão sobre isso. Podemos concluir que existem: Tabagismo Alcoolismo Público-alvo (downstream) Fatores intermediários (midstream) Fatores estratégicos (upstream) Vamos ver alguns desses fatores a seguir: Fatores intermediários Fazem parte dos fatores intermediários que influenciam os indivíduos e a sociedade: Qualquer pessoa na qual o público-alvo acredite que seja um exemplo a ser seguido, depositando seu interesse, admiração e confiança. Nessa lista, dentre outros, costumam estar: família, amigos, colegas de trabalho, “formadores de opinião” (que algumas vezes são celebridades), líderes religiosos, amigos virtuais das redes sociais etc. Fatores estratégicos Vamos enumerar agora alguns dos fatores estratégicos, que não se esgotam nessa listagem, e conversar sobre como eles são influenciadores sociais: Vem que eu te explico! Os vídeos a seguir abordam os assuntos mais relevantes do conteúdo que você acabou de estudar. Módulo 2 - Vem que eu te explico! Marketing Socialna prática Módulo 2 - Vem que eu te explico! Benefícios para a sociedade Ciência Incremento na infraestrutura e ambiente projetado Legislação/política Mídia Modificações nas políticas das empresas e práticas comerciais Instituições de ensino Tecnologia Questão 1 São exemplos de ações de Marketing Social: Vamos praticar alguns conceitos? Falta pouco para atingir seus objetivos. A Campanha de divulgação de um novo modelo de automóvel e campanha antitabagismo. B Campanhas de vacinação infantil e campanhas antitabagismo. C Campanha de lançamento de cosméticos e campanha de vacinação antirrábica. D Campanhas políticas e campanhas para prevenção do câncer de pele. Questão 2 Com relação ao Marketing Social, é correto afirmar: 3 Ética e Responsabilidade Social nas ações de Marketing Ao final deste módulo, você será capaz de identificar a relevância da Ética e Responsabilidade Social nas ações de Marketing. E Campanhas internas de remuneração variável para os colaboradores. Responder A O Marketing Social tem por objetivo atrair pessoas para as redes sociais. B O Marketing Social obtém lucro da mesma forma que o Marketing Comercial. C O Marketing Social compete com os hábitos sociais que a campanha pretende modificar. D O objetivo principal do Marketing Social é estimular o consumo de cultura relacionada a causas sociais. E O Marketing Social implementa atividades de melhoria da cultura organizacional. Responder Dinâmica do marketing Conforme conceituou Philip Kotler (2013), Marketing é um processo social pelo qual indivíduos e grupos obtêm o que necessitam e desejam por meio da criação, da oferta e da livre troca de produtos de valor entre si. Sendo assim, esse comportamento está inserido em um mecanismo vivo, em constante movimento, que funciona de acordo com o que está acontecendo globalmente, a cada momento da sociedade, que, por sua vez, é composta por indivíduos e suas relações. Ao abordarmos relacionamentos entre pessoas, naturalmente estamos falando de comportamentos e posturas diante do outro. Quando uma campanha de Marketing é elaborada, ela está sendo direcionada para atender às necessidades e/ou aos desejos do comprador (que, nesse caso, é o outro em questão). Algumas vezes, inclusive, os produtos criados respondem a uma necessidade que o consumidor sequer sabia que existia, caso comum em itens de alta tecnologia – podemos mencionar o exemplo do desbloqueio do telefone celular por meio da impressão digital. Até então, não se sabia que havia essa demanda, mas, sendo a segurança dos dados algo fundamental em nossas vidas, algumas empresas fizeram pesquisas em busca de mais proteção para essas informações. Consequentemente, houve um avanço tecnológico que gerou essa inovação e, logo que isso foi disponibilizado para o grande público, obteve uma enorme adesão. No entanto, essa não era uma demanda clara e latente do consumidor. Sobre essa novidade, o Marketing apresentou ao mercado algo que ele precisava, mas essa necessidade não era percebida. Nesse momento, gostaríamos de destacar uma afirmação de Kotler (2017): Os responsáveis pelo Marketing preenchem não apenas as necessidades funcionais e emocionais dos consumidores, mas também abordam suas ansiedades e seus desejos latentes. Ética e responsabilidade social É nesse ponto que entra a temática da Ética empresarial, o discernimento entre o que é certo ou errado, o que é ou não possível admitir (FRAEDRICH; FERRELL; FERREL, 2018). Existem, dessa forma, algumas questões sobre as quais devemos nos debruçar, pois o assunto que estamos conversando envolve diretamente a postura das empresas, que estão inseridas em uma sociedade e, sendo assim, em uma situação de comprometimento entre os participantes desse relacionamento. Poderíamos elencar inúmeras pesquisas que conceituam Responsabilidade Social das corporações. Todas elas deixam claro que existe um relacionamento necessário para que haja uma permanência saudável das empresas nos mercados, já que criam bens e produtos para a sociedade, havendo, portanto, uma interdependência entre os sujeitos dessa relação. Posto isso, fica fácil percebermos o quanto é importante uma gestão corporativa responsável, pois uma empresa não é uma ilha autossuficiente – se ela não tiver uma administração que tenha responsabilidade com seus pares e parceiros, com a preservação da sociedade, enfim, com o mundo a sua volta, ela será uma predadora desse mesmo mundo. Com isso, podemos dizer que essa empresa estará colaborando para destruir o próprio ambiente no qual ela pretendia se desenvolver e, evidentemente, poderá sucumbir. Um exemplo de Responsabilidade Social de uma empresa é quando ela presta contas assumindo os impactos que causa na sociedade e na economia, assim como no meio ambiente (BARBIERI; CAJAZEIRA, 2017). Esses são alguns dos momentos em que a postura da empresa demonstra sua ética corporativa. Outro bom exemplo é quando uma companhia responsabiliza-se por um acidente ambiental que tenha causado. A seguir podemos ver uma imagem que retrata bem a visão holística dos temas centrais da Responsabilidade Social: Compreendendo a Responsabilidade Social – ISO 26000 e ABNT NBR 16001. Embora atualmente seja fácil ter acesso à informação e, consequentemente, às posturas das empresas, ainda é possível encontrar as que não enxergam muito bem o quanto lhes pode custar ignorar a imprescindível importância da Responsabilidade Social. Sabemos que estamos em uma era de plena conectividade, na qual as informações, ações ou omissões já não têm mais possibilidade de caírem no esquecimento, ao serem “jogadas para debaixo do tapete” – esse local atualmente é transparente, e o que pode estar sendo atirado debaixo dele circula, globalmente, nas redes sociais. Cada um de nós pode ter acesso a boa parte do que há de construtivo e nocivo na gestão corporativa e, portanto, na escolha que a empresa fez para seu Marketing. Cabe aqui uma citação de Kotler (2017): Empresas e marcas com reputações fortes e alegações honestas sobre seus produtos não deveriam ter motivo para se preocupar. No entanto, aquelas que fazem alegações falsas e têm produtos ruins não sobreviverão. É praticamente impossível esconder falhas ou isolar reclamações de clientes em um mundo transparente e digital. Por tudo isso, com tantas ferramentas para aferirmos a veracidade dos fatos e atos, estamos passando por um momento no mundo em que a confiança é valor fundamental para a tomada de decisão, seja no campo pessoal, empresarial, político, ambiental. Afinal, a todo momento somos bombardeados por milhares de “notícias” falsas ou vindas de fontes cujos interesses éticos são questionáveis. Ao mesmo tempo, logo no início da pandemia da Covid-19 no Brasil, algumas empresas saíram na frente, demonstrando um relevante comprometimento com a Responsabilidade Social. Apesar de atitudes como essa, também temos visto posicionamentos de caráter duvidoso, em que pessoas e empresas se aproveitaram do cenário para obter vantagens individuais em detrimento de uma ajuda coletiva. Ou seja, estamos vivenciando um período conturbado e nebuloso na conjuntura global, nos mais diversos setores; estamos passando por uma fase sombria em que a Ética é valor fundamental. Exemplo Um desses exemplos vem do Rio Grande do Sul: o Grupo Herval deu férias coletivas para todos os pais que tinham filhos cursando a Educação Infantil logo que soube que as escolas das redondezas, onde se encontra sua empresa, iriam fechar por causa da pandemia. Isso proporcionou aos funcionários a tranquilidade de poderem estar com seus filhos pequenos em uma situação na qual eles não poderiam frequentar as aulas. Re�exão Essa procura por parte dos consumidores pelo posicionamento ético não é enxergada por algumas empresas, que podem pagar um preço alto por ações antiéticas. São vários os casos de companhias que optaram deliberadamente por privilegiarganhos corporativos em detrimento de ações de reconhecimento e reparação de erros. Entretanto, após descobertas, amargaram profundos prejuízos financeiros e de confiança do público em sua marca. No sentido contrário, vemos ações exemplares de Responsabilidade Social. Cabe lembrar que há um constrangimento, pelo qual já passaram diversas grifes de renome mundial, que é o ataque dos grupos de defesa dos direitos humanos, em virtude das condições degradantes de trabalho pelas quais passam diversas pessoas em inúmeras fábricas ao redor do mundo. Isso ocorre geralmente em países pobres ou com controle estatal sobre a circulação de informações, onde as circunstâncias vividas pelos funcionários são análogas à escravidão. Nessa circunstância, é natural agirmos como que se estivéssemos nos afogando: nadando ansiosamente até chegarmos à superfície para podermos voltar a respirar. No entanto, o “ar” que buscamos nessa situação é o que há de real em tudo o que nos chega de informação, portanto, o que há de verdadeiro a nossa volta. Essa procura reflete-se, imediatamente, em nossas escolhas de consumo, para que elas sigam na direção da Ética – um alento nesses tempos de crise. Exemplo É o caso da Lugano, uma marca de chocolates de Gramado, no Sul do Brasil. A empresa decidiu doar 9 ovos, feitos à mão, com 2,5 Kg de chocolate cada, para que fossem leiloados em benefício do Hospital Arcanjo São Miguel, localizado na mesma cidade. A quantia arrecadada foi 100% revertida para construção da Ala de Doenças Respiratórias. Ao assistir a um cenário como esse, a repulsa do público é instantânea e, mais uma vez, a procura pela ética nas relações de trabalho é imediata, afinal não há interesse por parte dos consumidores em compactuar com absurdos desumanos. Nesse aspecto, a Human Rights Watch (HRW), que é uma organização não governamental internacional de direitos humanos, fundada em 1978, sem filiação partidária e sem fins lucrativos, atua no monitoramento e difusão de informações sobre as condições de trabalho nas empresas ao redor do mundo, dentre outros aspectos ligados a abusos de direitos humanos, como podemos ler em sua página: A Human Rights Watch defende os direitos de pessoas no mundo inteiro. Investigamos detalhadamente violações de direitos humanos, expomos os casos que documentamos e nos reunimos com governos, com as Nações Unidas e grupos regionais como a União Europeia e Africana para cobrar políticas públicas e práticas que promovam os direitos humanos e a justiça. O trecho a seguir foi retirado de uma matéria da página da Human Rights Watch, intitulada A responsabilidade das empresas: criando condições para obrigações corporativas com os Direitos Humanos: No mundo todo, milhões de adultos e crianças sofrem abusos trabalhando para obter matérias-primas, atuando em fazendas e fabricando produtos para o mercado global. Eles estão na base das cadeias globais, produzindo desde produtos para o cotidiano, como alimentos, até itens de luxo, como joias e roupas de grife que vão parar nas prateleiras de lojas em todo o mundo. Como pudemos ler nesse fragmento, as crianças também são, frequentemente, vítimas de escandalosos abusos por parte de empresas que não têm compromisso com a Ética e a Responsabilidade Social. Nesse aspecto, outra entidade atuante no monitoramento das ações empresariais e governamentais, no que tange ao comportamento ético, é a Organização Internacional do Trabalho (OIT). Segundo a página da OIT, ela é a única agência tripartida da ONU, desde 1919, que reúne governos, empregadores e trabalhadores de 187 Estados membros para estabelecer padrões trabalhistas, desenvolver políticas e elaborar programas que promovam trabalho decente para mulheres e homens. Entidades como a HRW e a OIT ajudam a sociedade a monitorar atitudes corporativas indesejadas, contudo, não impedem que mesmo assim grandes empresas possam atravessar barreiras éticas. Exemplo O caso da Nike Em junho de 1996, o colunista Bob Herbert, do jornal New York Times, escreveu em sua coluna acusações contra a empresa Nike, alegando que a sua riqueza e seus produtos foram construídos utilizando mão de obra escrava. O artigo comparava essas fábricas com a construção das pirâmides do Egito - erguidas por escravos. Esse artigo criou um constrangimento nacional nos Estados Unidos. Rapidamente, a Nike foi posta sob os holofotes da mídia; foi acusada de abuso, de violência com os trabalhadores e de esconder as condições desumanas nas unidades fabris da Ásia. Esse caso emblemático ficou conhecido Um dos objetivos da OIT é a proteção às crianças, que têm de ser resguardadas de abusos, devendo estar na escola para adquirirem o conhecimento formal e serem educadas, inclusive por suas famílias, para que possam desfrutar das habilidades adquiridas durante um adequado processo de crescimento. Esses são preceitos éticos que devem ser seguidos por empresas e gestores. Podemos ler, sobre essa preocupação com a infância, na página da Organização Internacional do Trabalho: como: “Nike's Pyramid Scheme” (DETIENNE; LEWIS, 2005). Em pouco tempo, a Nike viu suas vendas caírem vertiginosamente. Acionistas questionaram pesadamente os gestores da empresa sobre os motivos que a levaram a não atentar para preceitos éticos básicos na consecução de seu negócio. Muitos investidores, fornecedores e, principalmente, clientes passaram a rejeitar transacionar com a marca. Atletas patrocinados por ela pediram rescisão dos seus contratos e o valor de suas ações caíram significativamente na bolsa de valores. Mesmo que ações mitigadoras e corretivas tenham sido tomadas e amplamente divulgadas, ainda paira na “marca da vírgula” essa mácula do passado. O trabalho infantil é ilegal e priva crianças e adolescentes de uma infância normal, impedindo- os não só de frequentar a escola e estudar normalmente, mas também de desenvolver de maneira saudável todas as suas capacidades e habilidades. Antes de tudo, o trabalho infantil é uma grave violação dos direitos humanos e dos direitos e princípios fundamentais do trabalho, representando uma das principais antíteses do labor decente. Ainda nesse ponto, ressaltando a importância do comportamento ético empresarial em relação ao trabalho infantil, vejamos mais um caso. Ganhador do Prêmio Nobel da Paz, o ativista Kailash Satyarthi teve sua luta retratada no documentário The Price of Free (O Preço da Liberdade, em tradução livre), no qual vemos sua saga pelo resgate de crianças que sofriam trabalhando. Kailash, que era engenheiro, abandonou sua carreira para se dedicar a essa causa. Capa do documentário The Price of Free. Optamos por reiterar exemplos de fiscalização e combate ao trabalho infantil para ressaltar que toda empresa deve ter responsabilidade social com a infância, portanto seu Marketing deve estar alinhado com esse objetivo. Devemos nos lembrar que, mesmo que não fosse ilegal, o trabalho de crianças seria, ainda assim, antiético. Por esse motivo foram enumerados todos esses dados, fatos e leis. O trabalho infantil é causa e efeito da pobreza e da ausência de oportunidades para desenvolvimento de capacidades. Ele impacta o nível de desenvolvimento das nações e, muitas vezes, leva ao trabalho forçado na vida adulta. Por todas essas razões, a eliminação do trabalho infantil é uma das prioridades da OIT. Então é sempre necessário que existam leis para que condutas antiéticas não sejam adotadas? Certamente que não. No que diz respeito ao trabalho infantil, é uma questão de humanidade; em outros aspectos, é simplesmente uma questão de percepção de que cada empresa faz parte de um todo, com o qual é estabelecida uma interdependência que se fortalece para o desenvolvimento dela própria e da sociedade na qual ela está inserida. Aqui cabe citar parte do texto da visão do Instituto Ethos: As empresas, adotando um comportamento socialmente responsável, são poderosas agentesde mudança para, juntamente com os Estados e a sociedade civil, construir um mundo melhor. Ao adicionar às suas competências o comportamento ético e socialmente responsável, a iniciativa privada conquista o respeito das pessoas e das comunidades que são impactadas por suas atividades, e o resultado é o reconhecimento da sociedade às suas atitudes. A responsabilidade social está se tornando cada vez mais fator de sucesso empresarial, o que cria novas perspectivas para a construção de um mundo economicamente mais próspero e socialmente mais justo. Sobre o Instituto Ethos, cabe informar que, no Brasil, existe um tipo de entidade privada que opera em setores que costumam ser da área pública – a isso damos o nome de Organização da Sociedade Civil de Interesse Público (OSCIP). Ela tem suas normas específicas, estipuladas na Lei nº 9.790 de 23 de março de 1999. O Instituto Ethos é uma dessas OSCIPs, que está intimamente conectado ao nosso tema. Como se deu o início desse Instituto? Criado em 1998 por um grupo de empresários e executivos da iniciativa privada, o Instituto Ethos é um polo de organização de conhecimento, troca de experiências e desenvolvimento de ferramentas para auxiliar as empresas a analisar suas práticas de gestão e aprofundar seu compromisso com a responsabilidade social e o desenvolvimento sustentável. Como colocar em prática o marketing de sustentabilidade Para saber mais sobre a Ética e a Responsabilidade Social no Marketing, assista ao vídeo a seguir. Surgimento do CONAR Saiba mais A missão do Instituto Ethos é mobilizar, sensibilizar e ajudar as empresas a gerirem seus negócios de forma socialmente responsável, tornando-as parceiras na construção de uma sociedade justa e sustentável. É muito importante que um comportamento ético seja algo intrínseco ao profissional de Marketing e à empresa, que tem a opção de escolher qual caminho deverá seguir. Porém, é fundamental notarmos que sem uma regulamentação poderia haver o risco de que algum governo propusesse a criação de uma legislação semelhante a uma censura prévia à propaganda. No final dos anos 1970, diante do risco que correria a liberdade de expressão com a concepção de uma censura dessa natureza, foi criado o Código Brasileiro de Autorregulamentação Publicitária que, ao ser elaborado, contemplou inúmeras situações inerentes às atividades da Publicidade nas quais poderia haver intervenções, já que o Marketing não deve ter “efeitos colaterais” nocivos à sociedade. Quem aplica as normas desse código é o Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária (CONAR), que é uma organização não governamental com a missão de impedir que a publicidade enganosa ou abusiva cause constrangimento ao consumidor ou a empresas e defender a liberdade de expressão comercial. Trouxemos para nosso estudo, a título de exemplificação, o caso da vodka Svarov: Dica Sugerimos que você visite a página do CONAR para ler sobre diversos casos de processos éticos que foram instaurados contra campanhas de empresas. Caso ocorrido em maio de 2018 Outro fato que podemos notar na imagem anterior, é que nessa representação o autor foi ao CONAR por iniciativa própria, porém é possível e desejável que o consumidor também faça denúncias. Isso tem se tornado um hábito cada vez mais frequente, afinal, em um mundo globalizado no qual todos estamos ligados por meio da tecnologia, é fácil e rápida a divulgação dessa possibilidade de o consumidor ter a sua voz ouvida e sua reivindicação analisada, diante dos devidos critérios éticos. Foco atual do marketing O Marketing está atento a essas mudanças sociais, por isso, ao longo dos anos, a área já teve diversos enfoques: centrado no produto, no consumidor e, atualmente, no ser humano que, como vimos, está conectado por estarmos na era digital. Dessa forma, percebeu-se agora que o consumidor não é somente aquele que adquire e utiliza bens e serviços; ele é uma pessoa, completa, íntegra. Portanto, ao olharmos para esse sujeito, a visão deve ser holística, ou seja, que considere todas as características humanas, conforme notamos na afirmação de Kotler (2017): No marketing centrado no ser humano, os profissionais de marketing abordam os consumidores como seres humanos integrais, com mente, coração e espírito. Pensando nessa concepção tão humana do consumidor, gostaríamos de destacar mais uma ação de Responsabilidade Social: A marca de cosméticos Mary Kay resolveu destinar parte da verba de seu instituto para a Fundação Oswaldo Cruz, Fiocruz. Essa doação viabilizou a fabricação de algo em torno de cinco mil testes rápidos para a Covid-19 dos tipos que tem resultados rápidos. Esses kits de testagem tiveram como destino hospitais públicos de todo o país. Vale lembrar que o Instituto Mary Kay apoia causas que combatem a violência contra as mulheres, dando apoio também às crianças vítimas de violência doméstica. Ao ler sobre essa decisão da marca, cabe lembrar a seguinte afirmação de Kotler (2016): A moralidade está conectada com a ética e a integridade. Deve-se saber a diferença entre o certo e o errado e ser capaz de fazer a coisa certa. Por isso, as marcas que se guiam pela moralidade tomam decisões de acordo com valores. Além disso, algumas marcas colocam a ética como seu principal diferencial. A influência da postura ética empresarial e do Marketing na decisão de compra do consumidor foi aferida no trabalho O Comportamento Ético das Corporações Afeta as Relações com suas Marcas? Influência da Percepção Ética do Consumidor (PEC) na confiança, no comprometimento e na lealdade dos Consumidores, de Renata de Sousa da Silva Tolentino (2018), que trouxe uma informação de extremo valor para nossa matéria, pois evidenciou que: A percepção sobre os aspectos éticos influencia na confiança, no comprometimento e na lealdade dos clientes em relação às marcas. Cabe destacar que os resultados mostram que as ações éticas de uma empresa impactam com mais força a confiança dos consumidores. Isso sugere que o trinômio ética- confiança-comprometimento fomenta a lealdade dos clientes. Um excelente exemplo de Responsabilidade Social, nesse período de pandemia global da Covid-19, é alavancar qualquer esforço no sentido de gerar algum benefício coletivo. Ações com essa finalidade estão sendo muito bem vistas pela sociedade! Exemplo Ultimamente, ações de Responsabilidade Social tem tido um incremento em virtude de iniciativas como essa. Sempre é possível ser uma empresa que objetive ter lucro, sem que isso exclua de seus planos a Ética perante os colaboradores, empregados, parceiros e, é claro, toda a sociedade a sua volta. Vem que eu te explico! Os vídeos a seguir abordam os assuntos mais relevantes do conteúdo que você acabou de estudar. Módulo 3 - Vem que eu te explico! Casos de Ética e Responsabilidade Social Módulo 3 - Vem que eu te explico! Foco atual do Marketing O Grupo Francês LVMH, que produz cosméticos e perfumes, direcionou três de suas fábricas para produzirem somente álcool gel para o sistema de saúde francês. Para que isso acontecesse, foram diminuídas as produções dos perfumes: Givenchy, Guerlain e Christian Dior. Aqui no Brasil também tivemos iniciativas dessa natureza: a Rasen Bier, empresa de Gramado, suspendeu sua produção de cervejas artesanais para fabricar álcool em gel, doando a maior parte dessa produção para hospitais, profissionais da área da saúde, bombeiros, policiais militares, asilos e equipes de segurança. E adotando mais uma ação de comprometimento e Responsabilidade Social, a Rasen Bier vendeu a menor parte da produção com o objetivo de manter o emprego dos 500 funcionários da empresa. Questão 1 Dos fatos a seguir, qual pode ser entendido como um exemplo de Responsabilidade Social: Vamos praticar alguns conceitos? Falta pouco para atingir seus objetivos. A Uma empresa lançar um veículo mais econômico que os da concorrência. B Uma empresa lançar eletrodomésticosmais seguros, voltados para o público idoso. C Uma empresa utilizar selos de apoio a causas ecológicas. Questão 2 Sobre ética nas campanhas de marketing, podemos dizer que: Considerações �nais D Uma empresa lançar uma campanha de esclarecimento e pedido de desculpas à sociedade por um acidente ambiental ocorrido sob sua responsabilidade. E Uma empresa lançar um programa de vale- alimentação para os seus colaboradores. Responder A No Brasil, existe um órgão que fiscaliza o conteúdo dessas campanhas. B É de livre opção a utilização de preceitos éticos pela empresa. C Pode ser utilizada desde que não reduza o retorno financeiro da campanha. D A utilização depende do tipo de produto comercializado. E No Brasil, as empresas estão amparadas pelo direito de liberdade de expressão. Responder Ao iniciar seu livro Marketing 4.0, Philip Kotler escreveu uma tocante dedicatória aos seus leitores. Gostaríamos de dar um destaque especial a esse pequeno e extremamente significativo texto: “À próxima geração de profissionais de marketing e economistas comportamentais, que irá aprimorar as contribuições econômicas, sociais e ambientais que o Marketing promove para o bem-estar das pessoas e do planeta.” Essa é a visão que nos move. Ela segue no sentido de que cada um de nós perceba que a abordagem sobre qualquer tema deve ser holística, pois o mundo não tem fronteiras nítidas. Não é possível separar o que é somente do setor econômico ou apenas do social, ou assunto que pertença só à área ambiental. Uma vez que eles fazem parte de um todo, que se movimenta, por vezes interage, em outras se mistura e em diversas circunstâncias se funde para se tornar um “ser vivo”, que não pode ser dividido em compartimentos estanques. Portanto, todos os profissionais envolvidos nessa “dança” devem ter consciência de que fazem parte de uma estrutura maior. Dessa forma, o Marketing de uma empresa também deve estar atento aos inúmeros prismas sob os quais deve ser pensada uma estratégia, quais são suas decorrências e interferências, dado que cada ação representa uma “onda”, que vai desencadear uma série de movimentos. Consequentemente, ao conversarmos sobre Marketing, estamos pensando em inúmeras outras implicações, como Ética, Responsabilidade Social e Sustentabilidade. Portanto, podemos dizer que este material abasteceu você com conhecimento suficiente para seguir em todos os assuntos que permeiam o Marketing, sempre com muita responsabilidade e ética para que nosso destino ocorra em um mundo realmente sustentável! Podcast Para encerrar, ouça agora um resumo dos principais pontos abordados neste conteúdo. 00:00 19:24 1x Explore + https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212ge/00127/index.html https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212ge/00127/index.html A especialista em comércio internacional Annie Leonard lançou na web uma animação muito didática chamada A história das Coisas (The Story of Stuff), na qual explica a origem e destinação dos produtos que consumimos. Links úteis: Visite sites que orientam o consumidor de cosméticos sobre fabricantes que não se utilizam de testes em animais, produtos veganos e certificados: The greenest Post, Lilian Pacce, Cruelty free. Normas brasileiras de sustentabilidade: https://www.inmetro.gov.br/qualidade/responsabilidade_social/pontos- iso.asp. ANDA – Agência de Notícias de Direitos Animais. Sobre desigualdade salarial em função do gênero, confira a matéria Homens ganharam quase 30% a mais que as mulheres em 2019, no site do IBGE Notícias. Acesse a Lei nº 9.790, de 23 de março de 1999. Referências BACINELLO, E.; TONTINI, G.; ALBERTON, A. Maturidade em Inovação Sustentável e em Responsabilidade Social Corporativa: Implicações no Desempenho Empresarial. Rev. Adm. UFSM, Santa Maria, v. 12, Edição Especial XX ENGEMA, p. 1293-1308, 2019. BROWN, L. Plano B 4.0. Mobilização Para Salvar a Civilização. 1. ed. São Paulo: Norton Books, 2009. DETIENNE, K; LEWIS, L.The Pragmatic and Ethical Barriers to Corporate Social Responsibility Disclosure: The Nike Case. Journal of Business Ethics. 2005. FRAEDRICH, O.; FERRELL, C.; FERREL, L. Business Ethics – Ethical Decision Making and Cases. 10. ed. Boston: Cengage, 2018). HAWKEN, P.; LOVINS, A.; LOVINS, L. Capitalismo Natural – Criando a Próxima Revolução Industrial. 1. Ed. São Paulo: Cultrix, 1999. KOTLER, P. Administração de Marketing. 14. ed. São Paulo: Pearson, 2013. KOTLER, P; KARTAJAYA, H; SETIAWAN, I. Marketing 3.0. 1. ed. São Paulo: Campus, 2012. KOTLER,P; LEE, N. 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