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Fisiologia do Exercício 3 Resumo

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FISIOLOGIA DO EXERCÍCIO
UNIDADE 3 - RESPOSTAS
FISIOLÓGICAS AO DESEMPENHO E
MUDANÇAS DA COMPOSIÇÃO
CORPORAL
Carlos Henrique Prevital Fileni / Francisco Paulino de Abreu Neto
Fisiologia do Exercício https://codely-fmu-content.s3.amazonaws.com/Moodl...
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Introdução
Podemos definir a fisiologia do exercício como a área dedicada aos estudos do corpo
humano de forma complexa e sistematizada, que busca compreender o movimento
humano, a liberação de hormônios, o sistema neuromotor, psicológico e os mecanismos
funcionais durante a atividade física. Além disso, essa área está interessada na análise
das diversas reações elétricas e químicas que acontecem no corpo humano durante os
exercícios esportivos e a atividade física, e busca entender, finalmente, os mecanismos
básicos do organismo para manter seu funcionamento, abrangendo informações sobre o
sistema endócrino, respiratório, cardiovascular, fisiológico e muscular, que agem de
forma conjunta. 
O avanço tecnológico e científico em torno dos esportes tem auxiliado os profissionais
em seus métodos de trabalho para obter uma melhora na performance e rendimento
esportivo final do indivíduo. Para isso, é necessário que diversas áreas – como o
treinamento desportivo, a fisiologia humana, a biomecânica do movimento, a psicologia
do esporte, entre outras – dialoguem entre si, trabalhando de forma multidisciplinar e
compreendendo o corpo humano de modo integrado. 
Tendo isso em mente, enquanto profissional dessa área, embasado nos conhecimentos
anteriormente descritos, como prescrever, então, os treinamentos mais adequados para
um determinado indivíduo? Quais critérios devem ser levados em consideração? Qual a
importância dos nutrientes ingeridos para os treinamentos? Essas e outras perguntas
você poderá responder ao longo desta unidade, na qual você conhecerá, ainda, as
respostas fisiológicas ao desempenho esportivo e mudanças na composição corporal; a
importância do planejamento do treinamento; os efeitos a curto, médio e longo prazo; a
atuação positiva do treinamento para a saúde; a longevidade esportiva; bem como
poderá compreender os princípios do treinamento esportivo e sobre a nutrição no
esporte.
Preparado(a)? Bons estudos!
3.1 Treinamento físico para diferentes objetivos e
especificidades
O treinamento pode ser empregado nas áreas científicas e profissionais de forma
sistematizada, composto por exercícios que visam ao aprimoramento do desempenho
esportivo. Dessa forma, podemos entender o treinamento físico como um método
sistematizado que busca o rendimento físico, em seus aspectos funcionais e
morfológicos, atuando diretamente no sistema neuromotor a fim de produzir
movimentos mecânicos esportivos ou não. 
Os trabalhos multidisciplinares são fundamentais para o desempenho físico humano,
envolvendo, assim, as ciências do esporte, que podem ser utilizadas como uma
referência para guiar a prática e o desempenho humano. As ciências do esporte têm
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contribuído para uma melhora significativa na qualidade do treinamento, uma vez que
buscam os melhores métodos de acordo com a característica física de cada atleta e
grupo.  
Assim, os estudos pertinentes ao treinamento físico esportivo podem ser divididos em
quatro grandes áreas. Clique a seguir para conhecê-las:
Avaliação do treinamento.
Controle do treinamento.
Modelos de organização da carga de
treinamento.
Desenvolvimento das capacidades
motoras.
Compreender os fundamentos e conceitos dessas áreas é de suma importância para o
rendimento esportivo, pois os esportes de alto rendimento possuem exigências
diferentes em relação ao organismo e, consequentemente, exigem também um
tratamento diferenciado do profissional que prescreve o treinamento. Assim, é preciso
organizar e planejar de maneira correta o treinamento, respeitando as demandas físicas
e energéticas dos indivíduos para evitar lesões e contribuir para sua performance física.
3.1.1 Avaliação do treinamento
Ao longo de uma temporada, as avaliações do treinamento são fundamentais para a
eficácia do desempenho físico. Assim, é necessária a investigação de aspectos
relacionados a uma determinada modalidade. Em relação a esse tema, é consenso na
literatura a importância de se trabalhar sobre as diversas capacidades motoras a fim de
contribuir para o desenvolvimento multilateral dos atletas, o que será determinante
para um elevado rendimento esportivo. Quanto maior for a composição da atividade
esportiva (por exemplo, tênis versus futsal), mais importante será a influência entre as
capacidades motoras. Por isso, deve haver um diagnóstico sobre todas as capacidades
envolvidas na modalidade esportiva alvo e, se possível, em condições que estejam
relacionadas à prática da atividade (especificidade da tarefa).
3.1.2 Controle do treinamento
O controle do treinamento pode ser resumido em uma relação entre dose e resposta.
Nessa perspectiva, o estresse fisiológico atribuído ao corpo do atleta por uma
•
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•
•
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determinada carga repercutirá em uma alteração de parâmetros fisiológicos e na
mudança do desempenho, o que chamamos de carga interna de treinamento. Conheça
mais sobre o controle do treinamento clicando a seguir:
Definir o controle do treinamento para o atleta é extremamente importante, devendo-se
considerar que ele pode treinar duas vezes ao dia, vários dias na semana e ao longo de
muitas sessões durante o mês. 
3.1.3 Modelos de organização da carga de treinamento
Existem alguns modelos básicos de organização das cargas de treinamento, como os
modelos não periodizados, os periodizados lineares e os periodizados não lineares. Nos
modelos não periodizados, em relação à intensidade relativa e ao volume, não há
variações durante os exercícios. Já nos modelos periodizados lineares, ao longo do
período de treinamento, há um aumento da intensidade e diminuição do volume.
Finalmente, nos modelos periodizados não lineares, as cargas de treinamento são
variadas diariamente e semanalmente. 
3.1.4 Desenvolvimento das capacidades motoras
O desenvolvimento das capacidades motoras é dado pelos diferentes métodos que estão
Parâmetros fisiológicos
Frequência cardíaca
Os preparadores físicos, técnicos e cientistas buscam
parâmetros para determinar a carga de treinamento
ao atleta. Um dos parâmetros fisiológicos utilizados é o
consumo máximo de oxigênio (VO2máx), que pode ser
mensurado em laboratórios ou por meio de métodos
indiretos (por exemplo, campo).
Podemos destacar também a frequência cardíaca (FC)
como parâmetro para mensurar a carga interna ao se
propor uma relação entre trabalho (exercício) e FC. A
FC de reserva pode ser considerada para prescrever a
intensidade do treinamento (FCreserva = FCmáx -
FCrepouso), variando de acordo com a idade. Para
atividades intermitentes, não podemos considerar a
FC como um bom indicador, já que o estresse
fisiológico imposto pelo exercício pode afetar no
resultado.
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sendo investigados a fim de identificar e maximizar o desempenho esportivo nas
diferentes capacidades motoras. No entanto, este é um tema bastante amplo e
contraditório, já que os estímulos aplicados a um determinado atleta dependem de
fatores como a modalidade esportiva praticada, tempo de treinamento e métodos
utilizados. 
O treinamento da flexibilidade pode ser dividido em três tipos: dinâmico, estático e
combinados.Para o treinamento de força, podemos destacar alguns métodos utilizados,
como o isométrico funcional, caracterizado pela força estática; o método isocinético,
qualificado por uma velocidade constante; e o dinâmico, com o uso de forças de
movimento concêntrico, excêntrico e/ou combinado. 
Os profissionais do esporte procuram realizar a prescrição de maneira correta,
considerando, para isso, variáveis como volume de treino, intervalo de descanso,
modalidade específica, exercícios adequados, entre outras.  
3.2 Princípios do treinamento esportivo
Os princípios do treinamento esportivo podem ser programados e planejados de
maneira prática. O profissional deve ter conhecimento sobre esses princípios a fim de
realizar uma prescrição segura e eficaz para a preparação dos atletas. 
Entre os diferentes princípios do treinamento esportivo, podemos destacar o princípio
da sobrecarga, o princípio da reversibilidade, o princípio da especificidade e o princípio
da individualidade biológica. Conheça cada um desses princípios a seguir. 
3.2.1 Princípio da sobrecarga 
Esse princípio consiste na variação do treinamento no volume, na frequência e na
duração, sobrecarregando o organismo do atleta de maneira adequada. A sobrecarga
deve ser específica para cada atleta e aplicada de forma progressiva. 
Na figura a seguir, podemos observar os estímulos ao exercício. 
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A recuperação após uma carga de treinamento é fundamental para que o corpo
estabeleça um equilíbrio. Essas adaptações biológicas proporcionarão uma melhor
condição do desempenho, o que chamamos de supercompensação, como pode ser
observado na figura a seguir. O princípio da sobrecarga pode ser compreendido como a
relação entre intensidade e volume de treinamento, os quais podem ser mudados pelo
emprego de vários métodos.
Figura 1 - Decorrências da carga de treinamento de acordo com a magnitude do
estímulo.
Fonte: Elaborada pelo autor, 2019.
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A adequação no fornecimento de oxigênio, de energia, força e resistência muscular
ocorrem por meio de ações empregadas entre o coração, hormônio, musculatura
esquelética, sangue, pulmões, sistema imunológico, glândulas e cérebro. É importante
que as cargas de treinamento não sejam aplicadas de formas espaçadas, para que assim
o atleta não volte ao início em sua aptidão física. As medidas práticas a serem adotadas
em relação ao aumento ou alteração da carga de treinamento podem ser observadas a
seguir. Navegue no recurso abaixo abaixo para acompanhar.
Essas medidas dão origem aos componentes da carga.
3.2.2 Princípio da reversibilidade
Figura 2 - Conforme observado na figura, a depender do estímulo aplicado, a resposta
será diferente.
Fonte: FUNDAÇÃO VALE, 2013, p. 11.
Aumento do número de repetições.
Aumento da velocidade das repetições.
Recuperação curta.
Aumento de cargas.
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Em relação ao princípio da reversibilidade, este atenta para o fato de que as alterações
corporais obtidas com o treinamento físico são de caráter passageiro, de tal modo que
as capacidades físicas e morfológicas adquiridas com o treinamento voltarão aos níveis
iniciais após sua suspensão, como observado na figura a seguir. Esse retrocesso
acontece na mesma velocidade da conquista, ou seja, aquilo que se ganhou lentamente é
mantido com mais facilidade, desaparecendo também lentamente. Já aquilo que se
ganhou rápido, é perdido no mesmo tempo. 
Os atletas devem se adaptar aos estímulos de treinamento a fim de saírem do estado de
homeostase, podendo melhorar seu desempenho por meio de adaptações positivas. O
não acontecimento desses estímulos resultará em uma estagnação do atleta. 
Nesse sentido, podemos considerar o princípio da sobrecarga progressiva para um
desenvolvimento cognitivo e motor, como evidenciado na figura a seguir.
Figura 3 - O princípio da reversibilidade indica que aquilo que não se usa, perde-se.
Fonte: FUNDAÇÃO VALE, 2013, p. 12.
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O princípio da reversibilidade, portanto, evidencia que, com a ausência de estímulos, é
possível retornar a um estado inicial. 
3.2.3 Princípio da especificidade 
O princípio da especificidade é aquele que considera essencial que o treinamento seja
montado de acordo com a modalidade praticada, respeitando os sistemas de organismo
predominantes e também utilizando a qualidade física a fim de adquirir os requisitos
específicos da performance desportiva. Na prática, por exemplo, o jogador de futebol
conseguirá melhores resultados se o seu ambiente específico for o campo. Da mesma
forma, se estivermos diante de um atleta de basquetebol, seu ambiente principal deve
ser a quadra. 
3.2.4 Princípio da individualidade biológica 
A individualidade biológica é compreendida como a aplicação de estímulos para
diferentes elementos da mesma espécie, considerando que cada ser humano reage a
essas adaptações fisiológicas de maneiras distintas, fazendo com que não existam
indivíduos iguais. Isso nos explica por que duas crianças da mesma idade e gênero
podem ter respostas diferentes frente ao mesmo tipo de treinamento. 
Figura 4 - Relação estímulo-fadiga-recuperação-supercompensação.
Fonte: Elaborada pelo autor, 2019.
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Todo indivíduo é exclusivo e, por isso, traz para o esporte as suas próprias capacidades,
aptidões e respostas aos estímulos do treino. Nesse sentido, destaca-se que não existe
um treino ideal, mas, sim, uma melhor compreensão do professor para saber dosar e
aprimorar as cargas de treinamentos, tendo em mente que cada indivíduo poderá ter
respostas diferentes. 
VOCÊ QUER LER?
No campo da literatura, podemos destacar vários estudos relacionados
às ciências do movimento humano. Considerando que o conhecimento
científico é fundamental para o treinador, pois o auxilia no entendimento
sobre o treinamento de alto rendimento, confira mais sobre o tema
“Estrutura e planificação do treinamento desportivo” no artigo de
Emerson Ramirez Farto (2002), disponível em:  
<https://www.efdeportes.com/efd48/trein.htm
(https://www.efdeportes.com/efd48/trein.htm)>.
3.3 Zona alvo, variáveis do treinamento e composição
corporal
Além de considerar os princípios do treinamento, o profissional incumbido de prescrever
um treinamento para um indivíduo deve considerar, também, diferentes intensidades no
interior de um planejamento anual de treinos. Além disso, é preciso estar atento às
variáveis-chave para uma correta prescrição dos exercícios, tendo em mente os mais
diversos aspectos relacionados ao que se deseja alcançar com o planejamento.
Finalmente, um bom profissional deve conhecer aspectos relacionados à composição
corporal dos indivíduos e estar atento à importância de uma correta nutrição.
Como vimos, os estudos relacionados à performance e ao rendimento esportivo são
multidisciplinares. Assim, é preciso um olhar atento às contribuições das diferentes
áreas envolvidas nesses estudos, uma vez que a prática do exercício envolve múltiplos
aspectos.
3.3.1 Zona alvo
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https://www.efdeportes.com/efd48/trein.htm
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https://www.efdeportes.com/efd48/trein.htm
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https://www.efdeportes.com/efd48/trein.htmhttps://www.efdeportes.com/efd48/trein.htm
https://www.efdeportes.com/efd48/trein.htm
https://www.efdeportes.com/efd48/trein.htm
Planos de treinamento eficientes devem incluir intensidades variadas nas diversas fases
do plano anual de treinamento, especificamente ao nível do microciclo. Tais intensidades
podem ser chamadas de zonas alvo. 
São várias as formas para quantificar e estabelecer a intensidade do treinamento. Em
relação aos exercícios que são executados contra resistência ou em altas velocidades, a
intensidade pode ser quantificada como uma porcentagem do melhor desempenho,
representando uma intensidade máxima. 
Dessa forma, de acordo com as diferentes zonas de intensidade estabelecidas a partir de
uma referência, pode-se trabalhar diferentes zonas alvo de acordo com cada objetivo.
3.3.2 Variáveis do treinamento
Para que haja eficiência em um programa de treinamento físico, faz-se necessária a
manipulação de variáveis-chave no treinamento, podendo ser manipuladas de acordo
com os requisitos funcionais, fisiológicos e psicológicos do objetivo do treinamento ou
da competição. Tais manipulações podem ser realizadas, ainda, na variável de volume
(duração, distância, repetições ou volume de carga), intensidade (carga, velocidade ou
potência de saída) e densidade (frequência).
• Volume
Componente primário do treinamento, o volume de treinamento é um pré-requisito
primário para o alto nível e êxito técnico, tático e físico. O volume de treinamento
VOCÊ QUER LER?
A prescrição do exercício e respectivas zonas alvo de treino deve
considerar valores de FCmáx e VO2máx. Assim, é necessária a
identificação desses valores para um correto planejamento. No artigo
“Zonas alvo de treino em diferentes ergômetros”, de Chaves, Garganta e
Roig (2007), você poderá descobrir mais sobre o assunto. Confira o
artigo em: <http://www.scielo.mec.pt/pdf/mot/v3n2/v3n2a03.pdf
(http://www.scielo.mec.pt/pdf/mot/v3n2/v3n2a03.pdf)>.
•
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http://www.scielo.mec.pt/pdf/mot/v3n2/v3n2a03.pdf
http://www.scielo.mec.pt/pdf/mot/v3n2/v3n2a03.pdf
http://www.scielo.mec.pt/pdf/mot/v3n2/v3n2a03.pdf
http://www.scielo.mec.pt/pdf/mot/v3n2/v3n2a03.pdf
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http://www.scielo.mec.pt/pdf/mot/v3n2/v3n2a03.pdf
http://www.scielo.mec.pt/pdf/mot/v3n2/v3n2a03.pdf
http://www.scielo.mec.pt/pdf/mot/v3n2/v3n2a03.pdf
http://www.scielo.mec.pt/pdf/mot/v3n2/v3n2a03.pdf
incorpora as partes essenciais que você conhece clicando a seguir:
A constância
A constância do treinamento ou do tempo.
A distância coberta ou o volume de carga
As séries x repetições x resistência em kg no treinamento resistido.
As repetições
O número de repetições de um exercício ou o elemento técnico que um atleta
executa em um dado tempo.
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A quantificação e o monitoramento do volume total de treinamento são muito
importantes, porém, é preciso estar atento para o fato de que a precisão na avaliação do
volume do treinamento depende do esporte ou da atividade. Assim, em esportes de
treinamento aeróbio como corrida, ciclismo, canoagem etc., a unidade apropriada para
determinar o volume de treinamento é a distância percorrida, enquanto que em
levantamento de peso ou treinamento resistido, o volume de carga, expresso em
quilogramas, é o método mais adequado para avaliar volume. Repetições poderão ser
usadas, enfim, para calcular o volume em atividades pliométricas.
Ao longo da carreira de um atleta, o volume de treinamento aumenta, e conforme o
atleta se torna mais treinado, volumes maiores de treinamento serão necessários para
estimular as adaptações fisiológicas, aumentando o seu desempenho,
consequentemente. Para aumentar esse volume de treinamento, diversos métodos
podem ser utilizados, destacando, principalmente:
• o aumento da densidade (frequência) do treinamento;
• o aumento do volume dentro da sessão de treinamento; e
• ambas as opções anteriores.
Contudo, é importante entender que o aumento do volume é importante desde que não
induza ao treinamento excessivo.
• Intensidade
A intensidade pode ser marcante como um componente qualitativo de trabalho, sendo
outra variável de grande importância ao treinamento. Ela é definida como o gasto de
energia ou trabalho por unidade de tempo, sendo uma função da ativação
neuromuscular. Tal ativação poderá ser ditada pela carga externa, velocidade de
desempenho, quantidade de fadiga desenvolvida e o tipo de exercício realizado. Pode-se
considerar também como um fator adicional a pressão psicológica de um exercício,
podendo este aspecto, mesmo na presença de uma baixa tensão física, ter um alto nível
de intensidade que se manifesta como resultado da concentração e do estresse
psicológico.
A avaliação da intensidade é específica do exercício e do esporte, podendo ser expressa
em metros por segundo, taxa por minuto ou potência de saída (watts) em atividades que
envolvam velocidade. Em esportes que envolvam resistência, a intensidade é
normalmente quantificada em quilogramas ou potência de saída (watts), enquanto que
em esportes aeróbios ou em equipes, utiliza-se a frequência cardíaca média, a
frequência cardíaca em relação ao limiar anaeróbio ou a porcentagem da frequência
cardíaca máxima.
• Densidade
A densidade pode ser definida como a frequência ou distribuição das sessões de
treinamento ou, ainda, a frequência na qual o esportista realiza uma série de
reproduções de estímulos por determinado tempo. Ela é expressa em unidade de tempo
•
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entre as fases de estímulos e a recuperação do treinamento.
É muito difícil calcular a quantidade ideal de tempo necessária entre múltiplas sessões
de treinamento, pois muitos fatores podem contribuir para a taxa de recuperação do
atleta. Quanto maior a carga de trabalho da sessão de treinamento, maior será o tempo
necessário para recuperar-se para o próximo estímulo de treinamento.
3.3.3 Composição corporal
A composição corporal pode ser compreendida como a quantidade dos componentes do
peso corporal, na qual se acumulam nutrientes e substratos retidos pelo corpo, ou seja,
ela é composta por massa livre de gordura (MLG) e massa gorda (MG). 
Como exemplo, considere a figura a seguir, que faz referência a um adulto saudável e
representa sua composição corporal aproximada. Os lipídios solúveis em solventes são
encontrados no tecido adiposo e em outros tecidos, dando origem à MG. Os demais
componentes – ossos, músculos, água e outros tecidos desprovidos de lipídio – podem
ser considerados MLG. Diante disso, pode-se concluir que a massa magra é todo o peso
de uma pessoa descontando somente a parte de gordura, ou seja, a massa magra é a
própria MLG.
VOCÊ O CONHECE?
As investigações de Michael Pollock trouxeram as bases sobre os
aspectos quantitativos da prescrição de exercícios, sendo estabelecidos
na década de 1970 e tendo sido pouco alterados até os dias atuais.
Assim, definições como intensidade, frequência, duração e ideais do
exercício para se conseguir os objetivos do condicionamento e da saúde
estão diretamente relacionadas aos estudos de Pollock, tendo este,
portanto, contribuído imensamente para os estudos da fisiologia do
exercício. 
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Aproximadamente, 60% a 70% do corpo de um adulto saudável pode ser considerado
água. Em uma pessoa com peso de 80 kg, o volume total do plasma é de
aproximadamentetrês litros e meio. 
Figura 5 - Composição corporal de um adulto saudável, com massa livre de gordura e
massa gorda.
Fonte: MARTINS, 2008, p. 211.
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A composição corporal é, muitas vezes, definida pela porcentagem da massa gorda
(%MG). Além disso, é preciso destacar que existem fatores que podem afetar na
composição corporal, como a idade, o condicionamento físico, estado de hidratação e
porcentagem de músculos no corpo. Finalmente, cumpre lembrar que, entre os métodos
para descobrir qual a composição corporal de um indivíduo, temos a antropometria e a
avaliação da densidade corporal. 
3.3.4 Nutrição e exercício
Uma dieta ótima (ideal) supre os nutrientes necessários em quantidades suficientes para
a manutenção, o reparo e o crescimento dos tecidos sem uma ingestão energética
excessiva. Ingestões de líquidos, nutrientes e energia aquém das ideais afetam
profundamente a função termorreguladora, a disponibilidade de substratos, a
capacidade de realizar exercícios, a recuperação após um exercício e a responsividade
ao treinamento. 
As recomendações dietéticas para indivíduos fisicamente ativos devem levar em conta
as necessidades energéticas de uma determinada atividade ou esporte e suas demandas
de treinamento, incluindo as preferências dietéticas individuais. Não existe “um único”
alimento ou dieta capaz de proporcionar saúde e desempenho ótimos nos exercícios: o
projeto e a estimativa da ingestão alimentar devem obedecer a diretrizes nutricionais
apropriadas. Em essência, aqueles que se exercitam regularmente para se manterem
aptos não necessitam de nutrientes adicionais além daqueles existentes em uma
ingestão regular de uma dieta nutricionalmente bem balanceada.
• Ingestão recomendada de nutrientes
Quando um homem exerce uma tarefa leve, ele consome até três vezes mais oxigênio do
que quando está em repouso. Esse número sobe para seis a oito vezes mais durante uma
VOCÊ QUER VER?
Composição corporal é uma forma de compreender como nosso corpo é
constituído, fornecendo informações importantes para a saúde. No vídeo
a seguir, de Pierre Maestri, você poderá compreender mais sobre o
assunto: <https://www.youtube.com/watch?v=R9AiXwceV4c
(https://www.youtube.com/watch?v=R9AiXwceV4c)>.
•
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https://www.youtube.com/watch?v=R9AiXwceV4c
https://www.youtube.com/watch?v=R9AiXwceV4c
https://www.youtube.com/watch?v=R9AiXwceV4c
https://www.youtube.com/watch?v=R9AiXwceV4c
https://www.youtube.com/watch?v=R9AiXwceV4c
https://www.youtube.com/watch?v=R9AiXwceV4c
https://www.youtube.com/watch?v=R9AiXwceV4c
https://www.youtube.com/watch?v=R9AiXwceV4c
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atividade considerada pesada. Já no trabalho elevado, temos qualquer tarefa que leve o
metabolismo a trabalhar nove vezes ou mais em relação ao nível de repouso.
Para que tenhamos energia para realizar as atividades que desejamos, é preciso ter uma
ingestão correta de nutrientes. Assim, na figura a seguir, podemos ver as ingestões
aconselhadas para carboidrato, proteína e lipídio, tendo como uma demanda diária
energética em repouso de 1.200 kCal, aproximadamente; uma demanda energética
diária total de 3.000 kCal para homens e de 2.000 kCal para mulheres. 
Na figura, as estimativas dentro das barras representam o percentual da ajuda desse
grupo para a ingestão de macronutrientes específicos.
Figura 6 - Recomendações gerais em relação à ingestão de nutrientes, considerando
proteína, lipídio e carboidrato.
Fonte: MCARDLE; KATCH; KATCH, 2011, p. 203.
Fisiologia do Exercício https://codely-fmu-content.s3.amazonaws.com/Moodl...
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3.4 Testes e medidas
Por que o teste é importante? É realmente necessário dominar tantos conceitos
estatísticos? Que decisões estão envolvidas no processo de medida? O desempenho
humano durante o treinamento dependente da forma com que o profissional encara
essas perguntas. 
Sabemos que a perda e o controle do peso são umas das principais preocupações em
saúde, de modo que é necessário ao profissional incumbido de prescrever um
treinamento mensurar o dispêndio energético para estimar o equilíbrio calórico.
Considerando a importância desse tema, a seguir, você verá alguns conceitos e métodos
relacionados às medidas e avaliações.
3.4.1 Caráter de medida e de avaliação 
A medida pode ser definida como o ato de avaliar, e a avaliação, por sua vez, é um
estabelecimento de qualidade e valores referentes a medidas de variáveis. Diante disso,
determinando condições de treinamento de um indivíduo, podemos analisar e comparar,
por exemplo, níveis de sedentarismo, condicionamento físico e saúde. 
É possível predizer o VO2máx de uma pessoa de várias formas. Uma pessoa pode
realizar uma caminhada em esteira rolante ou em um cicloergômetro enquanto são
coletados os gases expirados, por exemplo. Os valores coletados de VO2máx serão
válidos a partir do momento em que forem comparados com valores de referência.
Considerando que um indivíduo tenha conhecimento do significado de VO2máx e queira
ter, assim, a perspectiva de sua aptidão física, será preciso fornecer-lhe, ainda, um
relatório de avaliação a fim de relatar e orientar sobre o estado físico em que o
VOCÊ SABIA?
Os profissionais da área, em suas atuações, necessitam realizar
decisões sobre prescrição e orientação correta da prática de
atividade física. Nesse sentido, avaliar exige conhecimentos e
habilidades que devem ser alcançados e aprimorados
constantemente.
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indivíduo se encontra, tendo como base os dados coletados. Nesse sentido, por exemplo,
o VO2máx de uma pessoa de 20 anos é completamente diferente daquele de uma pessoa
de 50 anos, porém, nada impede que essa mesma pessoa de 50 anos seja mais
condicionada que a de 20 anos. 
Na figura a seguir, vemos a relação entre teste, medida e avaliação.
Como profissional da área de desempenho humano, você terá de tomar uma série de
decisões sobre os métodos de coleta e interpretação dos dados no processo de medida.
Uma ampla variedade de instrumentos (testes) é utilizada para estimar habilidades nos
domínios cognitivo, psicomotor e afetivo. Você terá que determinar os domínios em que
deseja ter objetivos e então desenvolver objetivos específicos e selecionar, ainda, testes
que produzam medidas objetivas, fidedignas, relevantes e válidas dos seus objetivos. O
critério-padrão de referência é empregado para comparar o desempenho do indivíduo
com um padrão predeterminado relacionado a um comportamento ou a uma
característica específicos. As avaliações podem ser formativas (durante o programa ou
em intervalos do programa) ou somativas (no final do programa).
Figura 7 - Relação entre avaliações, medidas e testes. Como vemos, elas estão
intimamente ligadas.
Fonte: Elaborada pelo autor, 2019.
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3.4.2 Interpretação dos testes máximos e submáximos
A potência aeróbia pode ser estimada utilizando-se métodos indiretos e diretos. Nos
métodos indiretos, podemos utilizar modelos matemáticos para mensurar os dados de
uma determinada população; já nos métodos diretos, destacamos as análises de gases
em testes realizados em laboratórios. 
Os métodos diretos são de grande confiabilidade, uma vez que o indivíduo realiza o teste
em um ambiente clínico no ciclo ergômetro, na esteira, ergômetro de braço ou na
piscina. Ao se executar um teste máximo até a exaustão,são coletados os gases
expirados, que são monitorados por um sistema computadorizado de análise de gases. 
Existem também os testes submáximos, nos quais o indivíduo não vai até sua exaustão,
interrompendo, assim, o teste devido a alguns indicadores predeterminados, como
frequência cardíaca (FC), pressão arterial, entre outros. 
Inúmeros estudos vêm investigando e comparando a mensuração do VO2máx de forma
indireta (máxima e submáxima) e de maneira direta. Confira, clicando no recurso a
seguir, alguns protocolos utilizados para testes máximos e submáximos:
Os testes de campo são os mais utilizados em virtude de seu baixo custo, sendo uma
maneira de predição do VO2máx mais prática e que despende um menor tempo para
cada avaliado, facilitando, assim, a aplicação em grupos. 
3.4.3 Interpretação do teste clínico de esforço
Qualquer sinal ou indício de problema observado pelo examinador ou contado pelo
paciente deve ser prescrito no laudo do exame. Diante disso, um dos principais sintomas
relatados pelo paciente é o cansaço, que não deve ser desprezado. Como o cansaço é
algo subjetivo, o examinador utiliza como parâmetro a escala de Borg – apresentada no
quadro a seguir – a fim de quantificar ao máximo esse sintoma. 
Testes
máximo
s
Ergômetro de bicicleta – Astrand (1965), Fox (1973);
Esteira rolante – Bruce, Ellestad.
Testes
submáxi
mos
Ergômetro de bicicleta – Astrand, Ryhming (1954);
Ergômetro de esteira – Balke (1959), Bruce (1973) e Ebbeling,
Ward, Puleo et al. (1991);
Testes de campo, como Matsudo, Balke, Cooper e Weltman.
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Quando o paciente se encontra com dor, deve-se analisar sua localização, intensidade,
frequência cardíaca, característica e pressão arterial. Vejamos cada um desses
elementos na sequência.
• Pressão arterial
Durante o exercício, é natural que a pressão arterial sistólica suba de acordo com o
aumento do esforço, enquanto que a pressão arterial diastólica conserva-se estável ou
diminui. Se a pressão arterial sistólica subir menos que 35mmHg, pode significar
doença isquêmica e problema do miocárdio em contrair durante o esforço. Assim, a
diminuição da pressão sistólica no decorrer do exercício é sinal de preocupação, pois
pode estar relacionada à doença cardíaca grave. 
Posteriormente ao exercício, é natural que a pressão arterial retorne a níveis inferiores
que os níveis basais. Caso aconteça de a pressão arterial manter-se alta ou aumentar
durante a fase de recuperação, isso também pode estar relacionado a alguma doença,
como a doença isquêmica do coração.
• Frequência cardíaca
Com o aumento do exercício ou estímulo, é normal que a frequência cardíaca aumente.
Diante disso, o teste ergométrico é um teste satisfatório para quando o paciente atingir
mais que 85% da frequência cardíaca prognosticada. A fórmula frequente e mais rápida
Quadro 1 - Escala de percepção de esforço de Borg.
Fonte: YAZBEK JR. et al., 1998, p. 720.
•
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para fazer uma previsão da frequência cardíaca é FCmáx = 220 - idade (desvio padrão =
11 bpm). O aumento da FC desproporcional é habitualmente encontrado em pacientes
com ansiedade, nas alterações metabólicas, em sedentários, em pacientes com
hipertireoidismo e em outras situações. 
O uso de drogas como betabloqueadores, o hipotireoidismo, a doença de Chagas e o
cronotropismo negativo podem levar a uma queda do acréscimo da frequência cardíaca
durante o esforço. A frequência cardíaca diminuída por uso de drogas cronotrópicas
negativas pode ser retificada pelo índice cronotrópico:
Igualmente, a pressão arterial sistólica, quando a frequência cardíaca diminui durante o
exercício, pode indicar doenças cardíacas graves. Na recuperação em relação ao pico de
esforço, a queda menor que 12 bpm no primeiro minuto representa baixa atividade
vagal e está relacionada à maior mortalidade.
• Adulterações eletrocardiográficas
As arritmias desencadeadas no exercício podem ser detectadas por meio do teste
ergométrico. No prognóstico de isquemia miocárdica, avaliam-se as modificações do
segmento ST e da onda U. As adulterações do segmento ST contêm
supradesnivelamentos e infradesnivelamentos medidos em relação à linha de base. São
condições anormais e sugestivas de isquemia alterada pelo esforço as seguintes
alterações do segmento ST:
• infradesnivelamento com morfologia descendente ou
horizontal;
• infradesnivelamento com morfologia ascendente > 1,5 mm, em
indivíduos de risco moderado ou alto de doença coronária; > 2
mm em indivíduos de baixo risco de doença coronária; aferido
no ponto Y, ou seja, a 80 ms do ponto J.
Os supradesnivelamentos do segmento ST são incomuns, podendo explicar a ocorrência
de grave isquemia miocárdica, discinesia ventricular ou espasmo coronário. Analisam-se
como anormais, ou inespecíficos para o diagnóstico de isquemia miocárdica, a
ocorrência de arritmias cardíacas complicadas, dor torácica, hipotensão e incapacidade
cronotrópica.
• Consumo de O2 e MET
Um MET representa 3,5 ml/kg/min de consumo de oxigênio por unidade de tempo e
quilo de peso de um ser humano em repouso. O consumo de O2 ou VO2 é equivalente à
quantidade de METs predita no teste ergométrico. A mortalidade está relacionada com
•
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•
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valores baixos ou ruins de VO2, assim como níveis altos podem indicar uma maior
sobrevida. O VO2, estando muito baixo, pode ter uma ligação com a doença isquêmica e
pode ser definidor de procedimentos, até mesmo em avaliações pré-cirúrgicas.
3.4.4 Capacidade anaeróbia
O sistema anaeróbio lático, glicolítico ou ATP-CP pode ser considerado um sistema de
transferência de energia rápida. Ele é utilizado predominantemente em esportes ou
exercícios de curta duração, que exigem uma demanda energética rápida (por exemplo,
corrida de 100 metros). A implicação do treinamento anaeróbio pode ser decorrente de
alterações psicológicas, morfológicas e fisiológicas.
Esses ajustes metabólicos que seguem o treinamento produzem alterações na passagem
de energia. Em consequência do treinamento anaeróbico, os músculos esqueléticos
apresentam maiores capacidades do sistema ATP-CP e da glicose em gerar ATP, bem
como o treinamento pode ocasionar o aumento das fibras musculares de contração
rápida, resultando em um aumento da força muscular. 
A constância aconselhada da preparação física com alvo na capacidade anaeróbica é de
três a quatro dias por semana, com exclusivamente uma sessão de treinamento por dia.
O aprimoramento da capacidade anaeróbica geralmente é desenvolvido em um período
de oito a dez semanas, obtendo mudanças fisiológicas significativas. A constância do
treinamento deverá estar relacionada com a duração e intensidade dos exercícios. 
Figura 8 - Relação entre o sistema energético e o tempo da atividade física.
Fonte: Elaborada pelo autor, 2019.
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Síntese
Nesta unidade, você pôde compreender como ocorrem as respostas fisiológicas ao
exercício e a mudança na composição corporal, o desenvolvimento das capacidades
físicas, a importância dos princípios do treinamento desportivo, variáveis do
treinamento, composição corporal, nutrição e exercício, e as interpretações de testes
físicos a fim de orientar e prescrever o treinamento de forma adequada. 
Nesta unidade, você teve a oportunidade de:
• refletir sobre o treinamento físico para diferentes grupos e
especificidades, voltando suas atenções para a avaliação do
treinamento, modelos de organização da carga de treinoe o
desenvolvimento das capacidades físicas;
• conhecer os princípios do treinamento esportivo, suas
características e aplicabilidade no planejamento de uma sessão
de treinamento ou um programa de treinamento a longo prazo,
respeitando a individualidade biológica e as adaptações
necessárias para especificidade do treinamento;
• entender a composição corporal, na perspectiva de massa livre
de gordura e massa gorda, e abranger os métodos por
antropometria e a densidade corporal;
• compreender a nutrição e exercício, suas necessidades
energéticas, a ingestão de nutrientes recomendada diariamente,
voltada para a saúde, e dieta do atleta em sua preparação pré-
competição e pós-sessão de treinamento;
• descobrir quais os testes, medidas e avaliações existentes, bem
como sua importância, contribuindo para uma análise clínica
específica e formativa;
• aprofundar os conhecimentos sobre interpretações de testes
clínicos, a fim de contribuir com feedbacks informativos e
realizar uma prescrição correta dos exercícios. 
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