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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE SANTA CRUZ 
 
 
 
 
 
 
 
ADAN WILLIAM NAVARRO 
AMANDA GÓES 
ANA LUÍSA COSTA 
ANA PAULA VIANA 
CLAIRE MARQUES 
 
 
 
 
 
 
 
ANTIPROTOZOÁRIOS 
 
 
 
 
 
 
 
ILHÉUS - BAHIA 
2019 
 
 
 
 
ADAN WILLIAM NAVARRO 
AMANDA GÓES 
ANA LUÍSA COSTA 
ANA PAULA VIANA 
CLAIRE MARQUES 
 
 
 
 
ANTIPROTOZOÁRIOS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ILHÉUS - BAHIA 
2019 
Trabalho apresentado à matéria 
doenças parasitárias dos animais como 
exigência de obtenção de crédito 
apresentada. 
 
Orientador: Prof. Dr. Dunezeu 
Alves Campos Junior. 
 
 
 
SUMÁRIO 
1 INTRODUÇÃO .................................................................................................. 10 
2 ACRIFLAVINA .................................................................................................. 11 
2.1 HISTÓRICO ......................................................................................................... 11 
2.2 ESPECTRO DE AÇÃO .......................................................................................... 11 
2.3 FÓRMULA ESTRUTURAL .................................................................................... 11 
2.4 MECANISMO DE AÇÃO ....................................................................................... 12 
2.5 FARMACOCINÉTICA ........................................................................................... 12 
2.6 ASSOCIAÇÕES .................................................................................................... 12 
2.7 EFEITOS TÓXICOS .............................................................................................. 12 
2.8 POSOLOGIA ........................................................................................................ 12 
3 ALBENDAZOL .................................................................................................. 13 
3.1 HISTÓRICO ......................................................................................................... 13 
3.2 ESPECTRO DE AÇÃO .......................................................................................... 13 
3.3 FÓRMULA ESTRUTURAL .................................................................................... 13 
3.4 MECANISMO DE AÇÃO ....................................................................................... 14 
3.5 FARMACOCINÉTICA ........................................................................................... 14 
3.6 ASSOCIAÇÕES .................................................................................................... 14 
3.7 EFEITOS TÓXICOS .............................................................................................. 14 
3.8 POSOLOGIA ........................................................................................................ 14 
4 ALOPURINOL ................................................................................................... 14 
4.1 HISTÓRICO ......................................................................................................... 14 
4.2 ESPECTRO DE AÇÃO .......................................................................................... 15 
4.3 FÓRMULA ESTRUTURAL .................................................................................... 15 
4.4 MECANISMO DE AÇÃO ....................................................................................... 15 
4.5 FARMACOCINÉTICA ........................................................................................... 15 
4.6 ASSOCIAÇÕES .................................................................................................... 16 
4.7 EFEITOS TÓXICOS .............................................................................................. 17 
4.8 POSOLOGIA ........................................................................................................ 17 
 
 
 
5 AMPRÓLIO ........................................................................................................ 18 
5.1 HISTÓRICO ......................................................................................................... 18 
5.2 ESPECTRO DE AÇÃO .......................................................................................... 18 
5.3 FÓRMULA ESTRUTURAL .................................................................................... 18 
5.4 MECANISMO DE AÇÃO ....................................................................................... 18 
5.5 FARMACOCINÉTICA ........................................................................................... 18 
5.6 ASSOCIAÇÕES .................................................................................................... 19 
5.7 EFEITOS TÓXICOS .............................................................................................. 19 
5.8 POSOLOGIA ........................................................................................................ 19 
6 BACTRIM: SULFAMETOXAZOL ................................................................. 20 
6.1 HISTÓRICO ......................................................................................................... 20 
6.2 ESPECTRO DE AÇÃO .......................................................................................... 20 
6.3 FÓRMULA ESTRUTURAL .................................................................................... 20 
6.4 MECANISMO DE AÇÃO ....................................................................................... 21 
6.5 FARMACOCINÉTICA ........................................................................................... 21 
6.6 ASSOCIAÇÕES .................................................................................................... 21 
6.7 EFEITOS TÓXICOS .............................................................................................. 21 
6.8 POSOLOGIA ........................................................................................................ 21 
7 BROMETO E CLORETO DE HOMÍDEO (ETÍDEO) .................................. 22 
7.1 HISTÓRICO ......................................................................................................... 22 
7.2 ESPECTRO DE AÇÃO .......................................................................................... 22 
7.3 FÓRMULA ESTRUTURAL .................................................................................... 22 
7.4 MECANISMO DE AÇÃO ....................................................................................... 22 
7.5 FARMACOCINÉTICA ........................................................................................... 22 
7.6 ASSOCIAÇÕES .................................................................................................... 23 
7.7 EFEITOS TÓXICOS .............................................................................................. 23 
7.8 POSOLOGIA ........................................................................................................ 23 
8 CLINDAMICINA ............................................................................................... 23 
8.1 HISTÓRICO ......................................................................................................... 23 
 
 
 
8.2 ESPECTRO DE AÇÃO .......................................................................................... 23 
8.3 FÓRMULA ESTRUTURAL .................................................................................... 23 
8.4 MECANISMO DE AÇÃO ....................................................................................... 24 
8.5 FARMACOCINÉTICA ........................................................................................... 24 
8.6 ASSOCIAÇÕES .................................................................................................... 24 
8.7 EFEITOS TÓXICOS ..............................................................................................24 
8.8 POSOLOGIA ........................................................................................................ 24 
9 DARAPRIM: PIRIMETAMINA ...................................................................... 25 
9.1 HISTÓRICO ......................................................................................................... 25 
9.2 ESPECTRO DE AÇÃO .......................................................................................... 25 
9.3 FÓRMULA ESTRUTURAL .................................................................................... 25 
9.4 MECANISMO DE AÇÃO ....................................................................................... 25 
9.5 FARMACOCINÉTICA ........................................................................................... 26 
9.6 ASSOCIAÇÕES .................................................................................................... 26 
9.7 EFEITOS TÓXICOS .............................................................................................. 26 
9.8 POSOLOGIA ........................................................................................................ 26 
10 DECOQUINATO................................................................................................ 27 
10.1 HISTÓRICO ..................................................................................................... 27 
10.2 ESPECTRO DE AÇÃO ...................................................................................... 27 
10.3 FÓRMULA ESTRUTURAL ................................................................................ 27 
10.4 MECANISMO DE AÇÃO ................................................................................... 27 
10.5 FARMACOCINÉTICA ....................................................................................... 28 
10.6 ASSOCIAÇÕES ................................................................................................ 28 
10.7 EFEITOS TÓXICOS .......................................................................................... 28 
10.8 POSOLOGIA .................................................................................................... 28 
11 DIACETURATO DE DIMENAZENE ............................................................. 28 
11.1 HISTÓRICO ..................................................................................................... 28 
11.2 ESPECTRO DE AÇÃO ...................................................................................... 29 
11.3 FÓRMULA ESTRUTURAL ................................................................................ 29 
 
 
 
11.4 MECANISMO DE AÇÃO ................................................................................... 29 
11.5 FARMACOCINÉTICA ....................................................................................... 29 
11.6 ASSOCIAÇÕES ................................................................................................ 29 
11.7 EFEITOS TÓXICOS .......................................................................................... 29 
11.8 POSOLOGIA .................................................................................................... 30 
12 DICLOTRIL: CLORIDRATO DE ENROFLOXACINA .............................. 30 
12.1 HISTÓRICO ..................................................................................................... 30 
12.2 ESPECTRO DE AÇÃO ...................................................................................... 30 
12.3 FÓRMULA ESTRUTURAL ................................................................................ 31 
12.4 MECANISMO DE AÇÃO ................................................................................... 31 
12.5 FARMACOCINÉTICA ....................................................................................... 31 
12.6 ASSOCIAÇÕES ................................................................................................ 31 
12.7 EFEITOS TÓXICOS .......................................................................................... 32 
12.8 POSOLOGIA .................................................................................................... 32 
13 GENTAMICINA ................................................................................................ 32 
13.1 HISTÓRICO ..................................................................................................... 32 
13.2 ESPECTRO DE AÇÃO ...................................................................................... 32 
13.3 FÓRMULA ESTRUTURAL ................................................................................ 33 
13.4 MECANISMO DE AÇÃO ................................................................................... 33 
13.5 FARMACOCINÉTICA ....................................................................................... 33 
13.6 ASSOCIAÇÕES ................................................................................................ 33 
13.7 EFEITOS TÓXICOS .......................................................................................... 34 
13.8 POSOLOGIA .................................................................................................... 34 
14 HALOFUGINONA ............................................................................................. 34 
14.1 HISTÓRICO ..................................................................................................... 34 
14.2 ESPECTRO DE AÇÃO ...................................................................................... 34 
14.3 FÓRMULA ESTRUTURAL ................................................................................ 34 
14.4 MECANISMO DE AÇÃO ................................................................................... 35 
14.5 FARMACOCINÉTICA ....................................................................................... 35 
 
 
 
14.6 ASSOCIAÇÕES ................................................................................................ 35 
14.7 EFEITOS TÓXICOS .......................................................................................... 35 
14.8 POSOLOGIA .................................................................................................... 35 
15 IMIZOL ............................................................................................................... 36 
15.1 HISTÓRICO ..................................................................................................... 36 
15.2 ESPECTRO DE AÇÃO ...................................................................................... 36 
15.3 FÓRMULA ESTRUTURAL ................................................................................ 36 
15.4 MECANISMO DE AÇÃO ................................................................................... 36 
15.5 FARMACOCINÉTICA ....................................................................................... 36 
15.6 ASSOCIAÇÕES ................................................................................................ 37 
15.7 EFEITOS TÓXICOS .......................................................................................... 37 
15.8 POSOLOGIA .................................................................................................... 37 
16 NAFTOQUINONA ............................................................................................. 37 
16.1 HISTÓRICO ..................................................................................................... 37 
16.2 ESPECTRO DE AÇÃO ...................................................................................... 38 
16.3 FÓRMULA ESTRUTURAL ................................................................................ 38 
16.4 MECANISMO DE AÇÃO ................................................................................... 38 
16.5 FARMACOCINÉTICA .......................................................................................39 
16.6 ASSOCIAÇÕES ................................................................................................ 39 
16.7 EFEITOS TÓXICOS .......................................................................................... 39 
16.8 POSOLOGIA .................................................................................................... 39 
17 NITROIMIDAZÓIS ........................................................................................... 40 
17.1 HISTÓRICO ..................................................................................................... 40 
17.2 ESPECTRO DE AÇÃO ...................................................................................... 40 
17.3 FÓRMULA ESTRUTURAL ................................................................................ 40 
17.4 MECANISMO DE AÇÃO ................................................................................... 41 
17.5 FARMACOCINÉTICA ....................................................................................... 41 
17.6 ASSOCIAÇÕES ................................................................................................ 42 
17.7 EFEITOS TÓXICOS .......................................................................................... 43 
 
 
 
17.8 POSOLOGIA .................................................................................................... 43 
18 MELARSOMINA ............................................................................................... 43 
18.1 HISTÓRICO ..................................................................................................... 43 
18.2 ESPECTRO DE AÇÃO ...................................................................................... 43 
18.3 FÓRMULA ESTRUTURAL ................................................................................ 44 
18.4 MECANISMO DE AÇÃO ................................................................................... 44 
18.5 FARMACOCINÉTICA ....................................................................................... 44 
18.6 ASSOCIAÇÕES ................................................................................................ 44 
18.7 EFEITOS TÓXICOS .......................................................................................... 44 
18.8 POSOLOGIA .................................................................................................... 45 
19 SULFADIAZINA ................................................................................................ 45 
19.1 HISTÓRICO ..................................................................................................... 45 
19.2 ESPECTRO DE AÇÃO ...................................................................................... 45 
19.3 FÓRMULA ESTRUTURAL ................................................................................ 45 
19.4 MECANISMO DE AÇÃO ................................................................................... 46 
19.5 FARMACOCINÉTICA ....................................................................................... 46 
19.6 ASSOCIAÇÕES ................................................................................................ 46 
19.7 EFEITOS TÓXICOS .......................................................................................... 46 
19.8 POSOLOGIA .................................................................................................... 47 
20 SULFATO/CLORETO DE QUINAPIRAMINA ............................................ 47 
20.1 HISTÓRICO ..................................................................................................... 47 
20.2 ESPECTRO DE AÇÃO ...................................................................................... 47 
20.3 FÓRMULA ESTRUTURAL ................................................................................ 47 
20.4 MECANISMO DE AÇÃO ................................................................................... 47 
20.5 FARMACOCINÉTICA ....................................................................................... 48 
20.6 ASSOCIAÇÕES ................................................................................................ 48 
20.7 EFEITOS TÓXICOS .......................................................................................... 48 
20.8 POSOLOGIA .................................................................................................... 48 
21 SURAMINA ........................................................................................................ 48 
 
 
 
21.1 HISTÓRICO ..................................................................................................... 48 
21.2 ESPECTRO DE AÇÃO ...................................................................................... 49 
21.3 FÓRMULA ESTRUTURAL ................................................................................ 49 
21.4 MECANISMO DE AÇÃO ................................................................................... 49 
21.5 FARMACOCINÉTICA ....................................................................................... 49 
21.6 ASSOCIAÇÕES ................................................................................................ 50 
21.7 EFEITOS TÓXICOS .......................................................................................... 50 
21.8 POSOLOGIA .................................................................................................... 50 
22 TETRACICLINAS ............................................................................................. 50 
22.1 HISTÓRICO ..................................................................................................... 50 
22.2 ESPECTRO DE AÇÃO ...................................................................................... 51 
22.3 FÓRMULA ESTRUTURAL ................................................................................ 51 
22.4 MECANISMO DE AÇÃO ................................................................................... 52 
22.5 FARMACOCINÉTICA ....................................................................................... 52 
22.6 ASSOCIAÇÕES ................................................................................................ 53 
22.7 EFEITOS TÓXICOS .......................................................................................... 53 
22.8 POSOLOGIA .................................................................................................... 54 
23 TOLTRAZURIL ................................................................................................. 55 
23.1 HISTÓRICO ..................................................................................................... 55 
23.2 ESPECTRO DE AÇÃO ...................................................................................... 55 
23.3 FÓRMULA ESTRUTURAL ................................................................................ 55 
23.4 MECANISMO DE AÇÃO ................................................................................... 55 
23.5 FARMACOCINÉTICA ....................................................................................... 56 
23.6 ASSOCIAÇÕES ................................................................................................ 56 
23.7 EFEITOS TÓXICOS .......................................................................................... 56 
23.8 POSOLOGIA .................................................................................................... 57 
24 REFERÊNCIAS.................................................................................................. 58 
 
 
 
10 
 
1 INTRODUÇÃO 
Os protozoários estão inclusos no reino Protista tendo reprodução geralmente assexuada. 
Além disso, eles se caracterizam por ter núcleo celular dentro de uma carioteca, sendo, portanto, 
eucarioto, (ADL, et al,2005) sabe-se, que a maioria deles vivem na água de forma livre, seja 
a água doce, salobra ou água salgada. No entanto, além do ambiente citado, podem ser 
encontrados também em matéria orgânica em decomposição e até mesmo no solo. A maioria 
dos protozoários são heterótrofos, ou seja, não produzem seu próprio alimento, porém alguns 
são autótrofos e produzem seu alimento através da fotossíntese. (FINLAY & ESTEBAN, 1998) 
Os protozoários são importantes parasitas uma vez que, conseguem ocasionar doenças 
graves nos animais e no homem, como, por exemplo: Leishmaniose, Doença de Chagas, 
Toxoplasmose e Malária; tendo algumas que são capazes de debilitar o indivíduo causado a 
morte do mesmo (RUAS, et al, 2000; FORTES, E, 2004). 
 A infecção por protozoários é comum em regiões com condições higiênico-
sanitárias precárias devido as características do organismo já citadas (DE CARLI, 2004). Nesse 
cenário, os medicamentos que agem contra protozoários patogênicos funcionam como um 
instrumento da saúde fundamental, uma vez que um tratamento adequado e precoce poderá 
favorecer melhores resultados dos pacientes, e melhorar a qualidade de vida, visando sempre 
diminuir o sofrimento e otimizar a recuperação do indivíduo. (GADELHA, A. M. J, et al, 2002). 
Por essas razões, há muitos medicamentos desenvolvidos a fim de minimizar os riscos, gerando 
variações no nível de toxidade desses fármacos, e que geralmente não são recomendados em 
pacientes gestantes. (HARVEY & CHAMPE, 2009). 
 Em relação a algumas doenças causadas por esses agentes, como a leishmaniose, há 
medicamentos, que serão citados ao longo do trabalho, porém é importante salientar, que seu 
uso é restrito, uma vez que, geralmente há aparecimento de resistência e grande toxicidade. 
(BOECHAT, et al., 2012). 
 Logo, diante das condições citadas, é interessante mencionar que o uso contínuo de 
antiparasitários condiciona a resistência desses parasitas em relação ao tratamento determinado. 
Por isso, não se recomenda o uso, sem uma orientação e diagnostico de médico veterinário 
(ELY, et al, 2011). 
 
 
11 
 
2 ACRIFLAVINA 
2.1 Histórico 
A acriflavina, corante obtido do alcatrão de hulha , introduzido como anti-séptico em 
1912 pelo pesquisador alemão Paul Ehrlich e usado extensivamente na Primeira Guerra 
Mundial para matar os parasitas que causam a doença do sono . O cloridrato e a base menos 
irritante, acriflavina neutra, são pós inodoro, marrom-avermelhado, usados em soluções 
aquosas diluídas principalmente como anti-sépticos tópicos ou administrados por via oral como 
anti-sépticos urinários. Uma vez usada no tratamento da gonorréia, a acriflavina foi substituída 
pelos antibióticos. 
 
2.2 Espectro de Ação 
A acriflavina é um derivado de acridina, o que lhe confere propriedades antissépticas e 
bacteriostáticas contra muitas bactérias Gram-positivas e, com menor efetividade, contra Gram-
negativas. São empregados na desinfecção da pele, no tratamento de feridas e queimaduras com 
infecção, tratamento local de infecções nos ouvidos, orofaringe e genitourinárias e Trichomona 
sp. 
 
2.3 Fórmula Estrutural 
Figura 1: Fórmula estrutural da acriflavina. 
 
Fonte: Merck, 2010. 
 
 
 
 
 
 
12 
 
2.4 Mecanismo de Ação 
Seu mecanismo de ação na célula hospedeira envolve a inibição de um 
lipopolissacarídeo (LSP)-indutor da atividade do fator de transcrição nuclear conhecido como 
NF-kB, associados com a resposta inflamatória. A acriflavina como inibidor do LSP-indutor 
age como um agente anti-inflamatório, assim intercala-se nos ácidos nucleicos, inibindo a 
replicação bacteriana e viral. 
 
2.5 Farmacocinética 
É excretado na urina e nas fezes, produzindo uma coloração azulada ou esverdeada. 
 
2.6 Associações 
Não encontrado. 
 
2.7 Efeitos Tóxicos 
O medicamento pode causar diminuição da micção e distúrbios gastrintestinais, tais 
como náuseas, vômitos e diarreia. 
 
2.8 Posologia 
Acriflavina em solução a 1%, aquecida a 40°c , com massagens vigorosas do pênis 
desembainhado e na mucosa prepucial por dez minutos. Seguida de aplicação tópica de 
acriflavina em veículo oleoso a 0,5% e uma aplicação de 20 ml de tripaflavina a 1% no canal 
da uretra. Por sua vez, Hidalgo et al. (1970) indicam o uso da tripaflavina em pomada a 0,5%, 
por via uretral e tópica, utilizando duas aplicações (intervaladas de oito dias) ou três aplicações 
(com três, oito e dez dias de intervalo , respectivamente) (MARTINS et al. 1997). 
 
 
 
 
 
 
13 
 
3 ALBENDAZOL 
3.1 Histórico 
Grande parte do trabalho inicial sobre os benzimidazóis como classe foi realizado pela 
Janssen Pharmaceutical na Bélgica sob a direção do Dr. Paul Janssen, foram originalmente 
desenvolvidos como fungicidas vegetais e posteriormente como anti-helmínticos veterinários. 
Vários anti-helmínticos veterinários foram desenvolvidos e comercializados, incluindo 
parbendazol, fenbendazol, oxfendazol e cambendazol. O primeiro carbamato de benzimidazol 
a transformá-lo em humanos foi o mebendazol, 
A Smith Kline & French Animal Health trabalhava no albendazol, que foi 
comercializado pela primeira vez como Valbazen, um animal anti-helmíntico, no Reino Unido 
em novembro de 1977. O albendazol foi considerado consideravelmente mais ativo do que 
outros benzimidazóis. Isso ocorreu porque foi metabolizado no sulfóxido de albendazol, que 
também era um anti-helmíntico ativo, enquanto quase todos os outros BZs foram metabolizados 
em compostos inativos (DAYAN, 2013). 
 
3.2 Espectro de Ação 
Possui atividade anti-helmíntica e antiprotozoária tendo como característica ser um 
carbamato benzimidazólico. (NEOQUÍMICA, 2019). 
 
3.3 Fórmula Estrutural 
Figura 2: Fórmula estrutural do albendazol. 
 
Fonte: Neoquímica, 2019. 
 
 
14 
 
3.4 Mecanismo de Ação 
Sua ação anti-helmíntica acontece devido sua capacidade de inibir a polimerização 
tubulínica, resultando num déficit de energia do helminto, imobilizando-os e, posteriormente, 
os matando. (NEOQUÍMICA, 2019). 
 
3.5 Farmacocinética 
Para uma melhor absorção é necessário que ele seja administrado por via oral após uma 
refeição rica em gorduras, fazendo assim com que ela seja aumentada em cerca de 5 vezes. Ele 
irá ser metabolizado e dará origem a um metabólico ativo, o sulfóxido de albendazole, sendo 
este o agente contra as infecções sistêmicas. Sua meia vida no plasma é de cerca de 8 horas, e 
é eliminado principalmente na bile, com uma taxa pequena excretada por via renal. 
(NEOQUÍMICA, 2019). 
 
3.6 Associações 
Associações com outros medicamentos podem interferir nos níveis metabólicos ativos 
do albendazol. Podem ser aumentados, por meio do uso concomitante de cimetidina, 
praziquantel e dexametasona, bem como podem ser diminuídos, caso seja utilizado junto com 
o ritonavir, fenitoína, carbamazepina e o fenobarbital (NEOQUÍMICA, 2019). 
 
3.7 Efeitos Tóxicos 
Possíveis efeitos indesejados só serão vistos se a dose for acima das doses terapêutica, 
como distúrbio gastrointestinais ou hepáticos, uma vez que possui uma boa tolerabilidade e 
uma alta margem de segurança. (NEOQUÍMICA, 2019). 
3.8 Posologia 
Cães\felinos: recomenda-se 25 mg\kg, em um tratamento de 3 a 5 dias numa frequência 
de 12 em 12 horas. (AMEIDA, 2006). 
 
4 ALOPURINOL 
4.1 Histórico 
O alopurinol (zilórico) foi usado pela primeira vez em 1963 no EUA e em 1964 na 
Inglaterra por Scott e seu colegas . Em 2012 Cientistas da UFMG desenvolvem tratamento para 
 
15 
 
a forma canina da doença, aliando o remédio usado em humanos com a substância alopurinol. 
Nos primeiros testes, o índice de cura das cobaias chegou a 50%, mas os pesquisadores esperam 
melhorar os resultados (BRAZILIENSE, 2012). 
 
4.2 Espectro de Ação 
Tem sua eficiência comprovada na redução da formação de urato/ácido úrico nas 
principais manifestações de depósito dessas duas substâncias. (SANDOZ, 2015) Contudo, 
estudos recentestêm mostrado uma eficiência no tratamento contra a leishmaniose. 
 
4.3 Fórmula Estrutural 
Figura 3: Fórmula estrutural do alopurinol. 
 
Fonte: Gómez-puerta, 2011. 
 
4.4 Mecanismo de Ação 
É substrato para várias enzimas da via purina e incorpora-se no ácido nucléico do 
parasito. Na Leishmaniose visceral e Leishmaniose cutânea foi ineficaz quando usado isolado. 
Inibe a xantina oxidase e a produção de reativos do oxigênio úteis na eliminação dos parasitos. 
(LIMA, 2007) Consiste na incorporação ao RNA do parasita, alterando sua síntese protéica, 
inibindo sua multiplicação e, posteriormente, levando-o à morte. (SCHIMMING, 2012). 
 
4.5 Farmacocinética 
O alopurinol é ativo quando administrado por via oral e é rapidamente absorvido no trato 
gastrintestinal superior. Estudos realizados detectaram o alopurinol no sangue 30 a 60 minutos 
após a administração. Estimativas da biodisponibilidade variam de 67% a 90%. Os picos 
plasmáticos do alopurinol geralmente ocorrem aproximadamente 1,5 hora após a administração 
oral de alopurinol, mas caem rapidamente e quase não são detectados após 6 horas. Os picos 
plasmáticos do oxipurinol geralmente ocorrem 3 a 5 horas após a administração oral de 
 
16 
 
alopurinol e são muito mais sustentáveis. O tempo médio estimado para início da ação 
farmacológica do medicamento é de uma a duas semanas (efeito máximo). 
Distribuição: A ligação do alopurinol às proteínas plasmáticas é desprezível, e por isso 
não se espera que variações nessa ligação alterem significativamente o clearence. O volume de 
distribuição aparente do alopurinol é de aproximadamente 1,6L/kg, o que sugere captação 
relativamente alta pelos tecidos. As concentrações tissulares do alopurinol não foram relatadas 
em humanos, mas é provável que o alopurinol e o oxipurinol estejam presentes em 
concentrações mais altas no fígado e na mucosa intestinal, onde a atividade da xantina oxidase 
é alta. Metabolismo: O metabólito principal do alopurinol é o oxipurinol. Outros metabólitos 
do alopurinol são o alopurinol-ribosídeo e o oxipurinol-7-ribosídeo. Eliminação: 
Aproximadamente 20% do alopurinol ingerido é excretado nas fezes. Sua eliminação é feita 
principalmente pela conversão metabólica em oxipurinol pelas xantina e aldeído oxidase, com 
menos de 10% da droga inalterada excretada na urina. O alopurinol tem meia-vida plasmática 
de cerca de 0,5 a 1,5 hora. (ALOPURINOL. Sandoz, 2015). 
 
4.6 Associações 
6-mercaptopurina e azatioprina: A azatioprina é metabolizada para 6-mercaptopurina, a 
qual é inativada pela ação da xantina- oxidase. Quando a 6- mercaptopurina ou a azatioprina 
são administradas concomitantemente com alopurinol, deve ser utilizado apenas 1/4 da dose 
usual desses citostáticos, porque a inibição da xantina-oxidase prolongará a atividade dos 
mesmos. 
Vidarabina: (adenina arabinosídeo) Evidências sugerem que a meia-vida plasmática da 
vidarabina é aumentada na presença do alopurinol. Quando os dois produtos são usados 
concomitantemente é necessário redobrar a vigilância, a fim de identificar o aumento de efeitos 
tóxicos. 
Salicilatos e agentes uricosúricos: O oxipurinol, principal metabólito do alopurinol, é 
por si só, terapeuticamente ativo, sendo excretado pelos rins de modo semelhante ao urato. Por 
isso, as drogas com atividade uricosúrica, como a probenecida e o salicilato (este em altas 
doses), podem acelerar a excreção do oxipurinol. Dessa forma pode-se diminuir a atividade 
terapêutica de alopurinol, mas o significado disso deve ser avaliado em cada caso. 
 Clorpropamida: Quando alopurinol for administrado em associação com a 
clorpropamida e a função renal for reduzida, pode haver um aumento do risco de prolongamento 
da atividade hipoglicêmica, pois o alopurinol e a clorpropamida podem competir pela excreção 
 
17 
 
no túbulo renal. Anticoagulantes cumarínicos. Há raros casos de aumento do efeito da varfarina 
ou de outro anticoagulante cumarínico quando esses medicamentos foram administrados 
concomitantemente com o alopurinol; portanto, todos os pacientes que tomem anticoagulantes 
devem ser cuidadosamente controlados. 
Fenitoína: O alopurinol pode inibir a oxidação hepática da fenitoína, mas a importância 
clínica dessa possibilidade ainda não foi demonstrada. 
Teofilina: Foi relatada inibição do metabolismo da teofilina. O mecanismo de interação 
pode ser explicado pelo envolvimento da xantina oxidase na biotransformação da teofilina no 
homem. Os níveis de teofilina devem ser controlados no início da terapia com alopurinol e 
quando suas doses são aumentadas. 
Ampicilina/amoxicilina: Foi relatado um aumento da frequência de rash cutâneo entre 
os pacientes que usavam ampicilina ou amoxicilina concomitantemente com o alopurinol, em 
comparação aos que não recebiam as duas primeiras drogas. Não foi estabelecida a causa da 
associação. No entanto, recomenda-se que seja utilizada, sempre que possível, uma alternativa 
à ampicilina ou à amoxicilina em pacientes em tratamento com alopurinol. 
Ciclofosfamida, doxorrubicina, bleomicina, procarbazina, mecloroetamina: Foi 
relatado aumento da supressão da medula óssea por ciclofosfamida e outros agentes citotóxicos 
entre pacientes com doença neoplásica (outras que não a leucemia) que tomavam o alopurinol. 
Contudo, em um estudo bem Alopurinol 100 mg e 300 mg comprimidos - VPS02 controlado 
de pacientes tratados com ciclofosfamida, doxorrubicina, bleomicina, procarbazina e/ou 
mecloroetamina (cloridrato de mustina), o alopurinol não pareceu aumentar a reação tóxica 
desses agentes citotóxicos. Ciclosporina: Relatos sugerem que a concentração plasmática da 
ciclosporina pode ser aumentada durante o tratamento concomitante com alopurinol. A 
possibilidade de aumento da toxicidade da ciclosporina deve ser considerada se as drogas forem 
administradas simultaneamente. (ALOPURINOL. Sandoz, 2015). 
 
4.7 Efeitos Tóxicos 
O tratamento com alopurinol pode causar náusea, vômito, diarréia e tontura. 
(ALOPURINOL. Sandoz, 2015). 
 
4.8 Posologia 
Por via oral : 15 mg / kg em Cães e 9 mg / kg em gatos (VIANA, 2014). 
 
18 
 
5 AMPRÓLIO 
5.1 Histórico 
O amprolium é um agente anticoccidiano da série antitiamina relatado em 1960 por 
Rogers et al. principalmente eficaz na coccidiose cecal. Este agente é um pó branco a amarelo 
claro, sem cheiro ou cheiro semelhante a picolina, e livremente solúvel em água, solúvel em 
metanol, muito pouco solúvel em etanol e praticamente insolúvel em éter ou clorofórmio. 
(FAMIC, 2010). 
 
5.2 Espectro de Ação 
Antiprotozoário: Agente contra coccidioses. 
 
5.3 Fórmula Estrutural 
Figura 4: Fórmula estrutural do amprólio. 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: National, 2019. 
 
5.4 Mecanismo de Ação 
O amprólio é um análogo da tiamina (vitamina B1), logo, seu efeito farmacológico se 
baseia na captação competitiva de tiamina inibindo competitivamente o transporte ativo da 
tiamina para o parasita. Dessa forma, o mesmo morre por deficiência de tiamina visto que a 
mesma é essencial para a vida do parasita (KEPRO, 2019). 
 
5.5 Farmacocinética 
Após administração oral as concentrações plasmáticas máximas (Cmáx) foram de 107,8 
± 1,49 microgramas / ml; 42,9 ± 1,11 microgramas / ml e ocorreu 5,56 ± 0,1 h, 3,67 ± 0,05 h, 
 
19 
 
respectivamente. Os parâmetros farmacocinéticos após administrações diárias orais repetidas 
revelaram que a Cmax era de 184 ± 1,02 microgramas / ml e de 55,19 ± 0,35 microgramas / ml 
às 7,36 ± 0,18 he 5,17 ± 0,15 he , as meias-vidas biológicas foram de 1,67 ± 0,057 e 1,11 ± 0,14 
h, respectivamente. Seu metabólito desapareceu de todos os tecidos do corpo após as 120 horas. 
(SAYED, 1995). 
 
5.6 Associações 
Não associar a outros medicamentos como antibióticos e aditivos alimentares. Etopabato 
ou sulfaquinoxalina, que também são coccidiostáticos e atuam na inibição da via metabólica do 
ácido fólico e ácido para-aminobenzóico (PABA).Não é recomendada a associação para aves 
de postura, mas não consta nada sobre animais de companhia. (KEPRO, 2019). 
 
5.7 Efeitos Tóxicos 
Em altas doses, pode determinar polioencefalomalácia e anemia em ovinos e sinais 
neurológicos, depressão, anorexia e diarreia em cães (VIANA, 2019). O tratamento prolongado 
com doses elevadas pode resultar em atrasos no crescimento ou em polineurite (causada por 
deficiência em tiamina reversível). O desenvolvimento da imunidade natural contra os 
diferentes protozoários pode ser retardado. A utilização em galinhas poedeiras pode causar 
diminuição da postura ( KEPRO, 2019). 
 
5.8 Posologia 
Aves domésticas, Perus: Casos graves: 50 ml por 100 litros de água de bebida durante 5 
dias. Casos moderados: 25 ml por 100 litros de água de bebida durante 5 dias. Durante o 
tratamento, a água de bebida medicados devem ser a única fonte de água de bebida. 
Vitelos, cordeiros, cabritos: 1 ml por cada 12,5 kg de peso vivo, como administração 
forçada, durante 5 – 7 dias. 
Suínos: 1 ml por cada 12,5 kg de peso vivo, como administração forçada, durante 5 – 7 
dias. Misturado na ração, o produto deve ser utilizado imediatamente. A água de bebida 
medicada deve ser utilizada dentro de 24 horas. Devem utilizar-se no prazo de 12 horas um 
substituto do leite com medicamento. Se não houver melhoria no prazo de 7 dias ou em casos 
em que não haja certeza de que a causa dos sintomas é a coccidiose, recomenda-se uma análise 
das fezes. Seguir as instruções do veterinário ou do patologista aviário (KEPRO, 2019). 
 
20 
 
Ruminantes: 10 mg/kg 24 h/ via oral por cinco dias (curativo) ou 5mg/kg 24 h/ via oral 
por 21 dias (profilático). 
Caninos: 600mg/litro de água de bebida, durante um máximo de 10 dias. Para filhotes, 
usar 100mg/animal (menores que 10kg) ou 200mg/animal (maiores que 10kg) 24 h/via oral, no 
alimento ou água, durante sete a 14 dias. 
Felinos: 60-100mg/animal 24 h/ via oral, durante sete dias. 
 
6 BACTRIM: sulfametoxazol 
6.1 Histórico 
Possui como princípio ativo a sulfametoxazol, que é um bacteriostático derivado da 
sulfanilamida, que têm estrutura similar à do ácido para-aminobenzóico, cuja ação irá se somar 
a trimetoprima (ROCHE, 2016). 
 
6.2 Espectro de Ação 
A ação do fármaco consegue atingir um amplo espectro de microrganismos patogênicos 
como neospora, apesar de que possa haver uma variação da sensibilidade de acordo da área 
geográfica em que é utilizado (ROCHE, 2016). 
6.3 Fórmula Estrutural 
Figura 5: Fórmula estrutural do sulfametoxazol e trimetoprima. 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: Roche, 2016. 
 
 
21 
 
6.4 Mecanismo de Ação 
O medicamento possui dois componentes ativos, o sulfametoxazol e trimetoprima, que 
atuam sinergicamente bloqueando competitivamente, de forma sequencial, duas enzimas que 
possibilitam a formação do ácido folínico no microrganismo (ROCHE, 2016). 
 
6.5 Farmacocinética 
As características farmacocinéticas de ambos princípios ativos são muito semelhantes. 
Sabe-se que, após a administração por via oral, são absorvidos de forma rápida no trato 
gastrintestinal e administrada, demonstrando uma alta biodisponibilidade que se aproxima de 
100%. Distribuem-se amplamente por todos os tecidos do organismo, atravessam a barreira 
hematoencefálica e placentária. São biotransformadas no fígado e sua meia vida é em torno de 
10 horas, sendo prolongada em casos de insuficiência renal. São eliminadas através do filtrado 
glomerular no rim (ROCHE, 2016). 
 
6.6 Associações 
Evitar o uso simultâneo com diuréticos, pois há o risco de aumentar a trombocitopenia 
com púrpura; ter cautela com o uso junto a varfarina, uma vez que foi relatado que o 
medicamento pode prolongar o tempo de protrombina em pacientes que utilizam esse 
anticoagulante. Além disso, pode inibir o metabolismo hepático da fenitoína, aumentando a 
meia vida desse medicamento e podendo acarretar num efeito excessivo da droga (ROCHE, 
2016). 
 
6.7 Efeitos Tóxicos 
Pacientes que fazem uso do medicamento hipersensíveis pode ter algumas reações como 
febre e poliartrite. Em gatos, pode acontecer também vômito, diarreia, ceratoconjuntivite seca 
e insuficiência renal (GORNIAK, 2006; VIEIRA & PINHEIRO, 2004). 
 
6.8 Posologia 
Cães: 15 a 20 mg\kg de 12 a 12 horas em torno de 4 a 8 semanas e, caso a frequência 
mude para de 8 a 8 horas, diminuir a dose para de 10 a 15 mg\kg, ambos por via oral (DUBEY 
e LAPPIN, 2006). 
 
 
22 
 
7 BROMETO E CLORETO DE HOMÍDEO (ETÍDEO) 
7.1 Histórico 
O homideo pertence à classe dos compostos da fenantridina e é fabricado tanto na forma 
de sal brometo como de sal cloreto os quais são igualmente ativos. Ambos os sais são 
recomendados como agentes terapêuticos para as infeções por T.vivax e T.congolense. 
7.2 Espectro de Ação 
Tripanocida: T.vivax e T.congolense. 
 
7.3 Fórmula Estrutural 
Figura 6: Fórmula estrutural dos sais de Homídeo. 
 
 
 
 
 
 
Fonte: Chemical book, 2008. 
 
 
7.4 Mecanismo de Ação 
Este é um mecanismo de ação possível sendo ainda proposto que a interação destas 
moléculas com o metabolismo da tripanotiona e com as funções dos glicossomas seja 
importante para a sobrevivência dos parasitas. Os mecanismos de resistência dos parasitas aos 
sais de homídeo estão pouco esclarecidos, e pensa-se serem semelhantes aos do isometamídeo 
(SILVA et al., 2002; HOLMES et al., 2004). 
 
7.5 Farmacocinética 
A elevada ligação com as proteínas plasmáticas confere uma ação profilática de 2 a 19 
semanas após administração. A causa possível para estas variações não é conhecida, o que torna 
os sais de homídeo profiláticos imprevisíveis, e, portanto, menos desejáveis. 
 
 
23 
 
7.6 Associações 
Não encontrado. 
 
7.7 Efeitos Tóxicos 
Não encontrado. 
 
7.8 Posologia 
Na dosagem de 1,0 mg/kg. Contudo, a mesma dosagem em bovinos tem demonstrado 
atividade profilática, variando o período de proteção de 2 à 19 semanas a campo (STEVENSON 
et al., 1995). 
 
8 CLINDAMICINA 
8.1 Histórico 
É um antibiótico utilizado no tratamento de muitas infecções, sendo uma alternativa ao 
uso de penicilinas quando o paciente possui hipersensibilidade a ela. Além disso, pode ser usado 
em cães em casos de infeções profundas de tecidos moles que envolvam bactérias gram 
positivas, além de também auxiliar no tratamento da toxoplasmose e Neospora caninum. 
(ANDRADE &GIUFFRIDA, 2008). 
 
8.2 Espectro de Ação 
Amplo espectro de ação para Toxoplasma sp., e Neospora sp. (FRAGON, 2019). 
 
8.3 Fórmula Estrutural 
Figura 7: Fórmula estrutural da Clindamicina. 
 
Fonte: Fragon, 2019. 
 
24 
 
8.4 Mecanismo de Ação 
A substância se liga à subunidade 50S dos ribossomos microbiano e age suprimindo sua 
síntese de proteína que participam de seu crescimento e reprodução, impossibilitando-o de 
crescer e se reproduzir. (FRAGON, 2019). 
 
8.5 Farmacocinética 
O medicamento é administrado por via oral e há um aproveitamento bom de absorção, 
de maneira que, por meio de sua ampla distribuição, consegue alcançar e penetrar ossos e 
tecidos moles. Mais de 80% de sua concentração é metabolizado pelo fígado, e em relação a 
sua excreção e de seus metabólicos, será pela urina, pela bile e pelas fezes (FRAGON, 2019). 
 
8.6 Associações 
Há um antagonismo entre a clindamicina e a eritromicina, logo, não devem ser 
administradas juntas. Além disso, devido as suas propriedades de bloqueio neuromuscular, é 
possível que, se usada concomitantemente com um agente neuromuscular, é possível que seus 
efeitos sejam intensificados (FRAGON, 2019). 
 
8.7 Efeitos Tóxicos 
Reações incomuns incluem eritema multiforme exsudativo relacionado a síndrome de 
Stevens-Johnson, elevação reversível dos níveis de aspartato aminotransferase e alanina 
aminotransferase granulocitopenia, trombocitopenia e reações anafiláticas. Caso seja 
administrado por via intravenosa, esta pode ser seguida de tromboflebite local. A substânciaativa desse fármaco pode impedir a transmissão neuromuscular e, além disso, pode aumentar o 
efeito de um agente bloqueador neuromuscular caso for administrado simultaneamente 
(FRAGON, 2019). 
 
8.8 Posologia 
 Para neospora recomenda-se em cães a duração do tratamento em torno de 4 a 8 
semanas. Caso a frequência por dia do medicamento seja de 8 em 8 horas, recomenda-se a dose 
em torno de 7,5 a 15 mg\kg, por via oral ou subcutânea. Se a frequência for de 12 em 12 horas, 
recomenda-se a dose entre 15 a 22 mg\kg por via oral ou subcutânea. (DUBEY e LAPPIN, 
2006). 
 
25 
 
Em tratamento de toxoplasma em cães e felinos: recomenda-se a dose de 40 mg\kg, em 
um intervalo de 12 horas, durante 10 a 14 dias, por via oral. (GREENE, 1990; LAPPIN, 2004). 
 
9 DARAPRIM: pirimetamina 
9.1 Histórico 
A pirimetamina foi descoberta em 1952 e entrou em uso médico em 1953, vendida sob 
o nome comercial Daraprim , é um medicamento usado com leucovorina no tratamento das 
doenças parasitárias, toxoplasmose e cistoisoporíase . É também usado com dapsona como uma 
opção de tratamento de segunda linha para evitar Pneumocystis jiroveci pneumonia em pessoas 
com HIV / SIDA . Foi usado anteriormente para malária, mas não é mais recomendado devido 
à resistência (PYRIMETHAMINE, 2016). 
 
9.2 Espectro de Ação 
Pirimetamina, que é a substância ativa desse fármaco, em combinação com outros 
medicamentos, é indicado na prevenção e tratamento da toxoplasmose congênita ou adquirida, 
causada pelo Toxoplasma gondii (FARMOQUÍMICA, 2014). 
 
9.3 Fórmula Estrutural 
Figura 8: Fórmula estrutural do daraprim. 
 
Fonte: Farmoquímica, 2014. 
 
9.4 Mecanismo de Ação 
 Ela age reduzindo a síntese de ácidos nucléicos por competir com o diidrofolato e 
inibir a diidrofolatoredutase, que possibilita a transformação de diidrofolato em tretadrofolato, 
que, por sua vez, é precursor de ARN e ADN. (FARMOQUÍMICA, 2014). 
 
 
26 
 
9.5 Farmacocinética 
É expressamente metabolizada no fígado, com menos de 3% do fármaco sendo 
eliminado inalterado na urina. Após sua administração por via oral, ela é bem absorvida, 
podendo alcançar os níveis plasmáticos máximos em 4 a 6 horas, ligando-se em cerca de 87% 
às proteínas plasmática e se acumulando, principalmente, nos rins, pulmões, fígado e baço. 
Além da urina, pode ser eliminada pelo leite (FARMOQUÍMICA, 2014). 
 
9.6 Associações 
Deve ser utilizava com precaução junto a fenitoína, uma vez que há aumento do risco de 
haver uma queda significativa de ácido fólico no sangue. Além disso, se usada junto a 
metotrexato ou zidovudina, pode aumentar o risco de supressão da medula óssea gerando 
consequências na hematopoese normal. Pode também haver efeitos tóxicos sobre os hepatócitos 
caso a pirimetamina seja usada concomitantemente ao lorazepam (FARMOQUÍMICA, 2014). 
 
9.7 Efeitos Tóxicos 
É raro, porém pode ocorrer efeitos colaterais sérios, com risco à vida, com o uso desse 
medicamento. Alguns dos sintomas são: edema na cavidade oral, aperto no peito, além de 
dificuldade para falar e até mesmo respirar. 
 
9.8 Posologia 
Gatos: Recomenda-se 0,5 mg\kg, no intervalo de 24 horas, em um período de 7 a 10 
dias, por via oral. Nesse caso, essa dosagem é a utilizada para quando há a associação com a 
sulfadiazina. (LAPPIN, 2004). 
Cães: Utiliza-se 1 mg\kg de dose, num intervalo de 24 horas, durante 7 a 10 dias, por 
via oral. Essa dosagem também está formulada de acordo com a associação com a sulfadiazina. 
(LAPPIN, 2004); 
 
 
 
27 
 
10 DECOQUINATO 
10.1 Histórico 
O decoquinato é um derivado da quinolona desenvolvido inicialmente como 
anticoccidiano para aves. Tem sido utilizado para o controle da coccidiose em ruminantes 
domésticos por mais de 20 anos. É registrado e comercializado para uso em ruminantes em 
vários países do mundo, incluindo os Estados Unidos, alguns países latino americanos, países 
da Europa e Oriente Médio (TAYLOR & BARTRAM, 2012). 
 
10.2 Espectro de Ação 
Medicamento indicado no tratamento de coccidia, Eimeria em aves domésticas e 
bovinos e ovinos de forma preventiva. 
 
10.3 Fórmula Estrutural 
Figura 9: Fórmula estrutura do decoquinato. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: National, 2019. 
 
10.4 Mecanismo de Ação 
O decoquinato é uma 4-hidroxiquinolona e que atua como coccidiostático, eliminando 
os sistemas de transporte iónico da mitocôndria da coccidia (esporozoito), não permitindo a sua 
evolução nas células intestinais do hospedeiro ( AMARANTE et al., 2014 ). 
 
 
28 
 
10.5 Farmacocinética 
É rapidamente eliminado pelo que tem uma reduzida toxicidade, e um elevado fator de 
segurança ( AMARANTE et al., 2014 ). 
 
10.6 Associações 
Não é indicado administrar com outros coccidiostáticos (AMARANTE et al., 2014). 
 
10.7 Efeitos Tóxicos 
Não foram observados efeitos adversos. 
 
10.8 Posologia 
No animal para prevenção deve-se administrar 2,5 mg/kg por via venosa e 1 mg/kg por 
via vensona em dose terapeutica. Pode ser administrado na ração como prevenção tendo 
5kg/tonelada. O período mínimo de administração são 28 dias. 
 
11 DIACETURATO DE DIMENAZENE 
11.1 Histórico 
Dimenazene é uma diamidina aromática, comercializada em combinação com antipirina, 
que é um estabilizador que prolonga a atividade do composto em solução. Desquesnes et al. 
(1995) relatou a ocorrência na Guiana Francesa de uma cepa de T. vivax resistente ao 
dimenazene. Inicialmente, os experimentos com dimenazene demonstraram uma atividade alta 
contra ambos Trypanosoma spp. e Babesia spp. O dimenazene subsequentemente se tornou o 
composto mais comumente usado nas tripanosomoses dos animais domésticos devido a: 
apresentar o índice terapêutico mais alto do que as outras drogas na maioria das espécies 
domésticas; possuir atividade contra tripanosomas que são resistentes a outros tripanocidas 
usados em bovinos e apresentar uma baixa incidência de resistência (PEREGRINE e 
MAMMAN,1993). 
 
 
 
29 
 
11.2 Espectro de Ação 
É indicado para bovinos, ovinos e caprinos para o tratamento de infecções por babesias 
(piroplasmose) e tripanossomas, causadas pelos seguintes agentes: Babesia bovis, Babesia 
bigemina, Babesia argentina, Tripanosoma rhodesiense, Tripanosoma congolense, 
Tripanosoma spp. 
 
11.3 Fórmula Estrutural 
Figura 10: Fórmula estrutural da dimenazene 
 
Fonte: Barrett et al., 2007 
 
11.4 Mecanismo de Ação 
Acredita-se que o diminazeno, assim como outras diamidinas, atuam na glicólise 
aeróbica além de interferir na síntese de DNA, ocasionando a degeneração do parasita. 
 
11.5 Farmacocinética 
As diamidinas podem se acumular no sistema nervoso central, fígado e rins dos animais 
vertebrados, porém são bem toleradas em dose única. 
 
11.6 Associações 
Não encontrado. 
 
11.7 Efeitos Tóxicos 
Estudos indicam que houve um aumento dos níveis séricos na corrente sanguínea de 
creatinina, confirmando a toxidade do fármaco. Os animais podem apresentar anorexia, e apatia 
depois de tratados com o medicamento. 
 
 
30 
 
11.8 Posologia 
Para Tripanossomas a dosagem recomendada é de 7,0 mg/kg de Diminazeno, ou seja, 1 
mL da solução para cada 10 kg de peso corporal, em dose única. 
Para babesiose aplica-se via intramuscular profunda, dosagem de 1 mL para cada 20 kg 
de peso corporal (0,05 mL/kg), o que corresponde a 3,5 mg de Diminazeno .Doses superiores 
a 10 mL devem ser divididas em dois ou mais pontos de aplicação. 
 
12 DICLOTRIL: Cloridrato de Enrofloxacina 
12.1 Histórico 
É um fármaco utilizado no tratamento de enfermidades causadas por bactérias causadas 
por bactérias Gram-positivas, Gram-negativas e micoplasmas. È especialmente indicado nas 
infecções entéricas, respiratórias, em mastites, podo dermatites, onfaloflebiltes, anaplasmose, 
septicemia, dentre outros. (DICLOTRIL, J.a saúde animal, 2019) 
 
12.2 Espectro de Ação 
Antimicrobiano de amplo espectro de ação. Bovinos: Mastite (Streptococcusspp. e 
Staphylococcus spp.), metrite (Escherichia coli), anaplasmose (Anaplasma spp.), 
actinobacilose (Actinobacillus spp.), síndrome e febre dos transportes (associação da 
Pasteurella spp. e de Haemophilus spp.), onfaloflebite e feridas infectadas causadas por 
Staphylococcus spp., Streptococcus spp. e Corynebacterium spp. 
Suínos: Pneumonia (Pasteurella spp., Haemophillus spp. e Mycoplasma spp.), 
leptospirose (Leptospira spp.), erisipela (Erysipelothrix spp.), enterite, artrite, Mastite-
MetriteAgalaxia (complexo MMA) e feridas infectadas causadas por Streptococcus spp., 
Staphylococcus spp., Escherichia coli e Corynebacterium spp. (DICLOTRIL, J.a saúde animal, 
2019) 
 
 
31 
 
12.3 Fórmula Estrutural 
Figura 11: Fórmula estrutural do diclotril. 
 
 
 
 
 
 
Fonte: FRADE, 2013. 
 
12.4 Mecanismo de Ação 
Todas as fluorquinolonas são bactericidas e atuam inibindo a DNA-girase bacteriana 
(topoisomerase tipo II) (VANCUTSEM et al., 1990; SÁRKÖZY, 2001). 
 
12.5 Farmacocinética 
É bem distribuída por todo o organismo. O pico plasmático é alcançado 1 hora após a 
administração. A ligação às proteínas plasmáticas é de aproximadamente 27%, e a vida média 
é de aproximadamente 3 horas. A excreção é parcialmente biotransformada, e de seus 
metabólitos, ocorre pela via renal e pela bile (GIRIO, 2014). 
 
12.6 Associações 
Aplicações simultâneas de diclotril com outros anti-inflamatórios não hormonais levam 
a uma interação sinérgica, potencializando os efeitos de ambos, podendo acarretar uma 
superdosagem anti-inflamatória, aumentando a possibilidade de distúrbio gastrintestinal, como 
por exemplo, a ulceração gástrica. O Cloridrato de Enrofloxacina se antagoniza com 
macrolídeos e tetraciclinas frente a Streptococcus e Enterococcus e em geral antagonizam 
também com o Cloranfenicol. Não administrar diclotril concomitantemente com outros anti-
inflamatórios, Metotrexato e Trianterene, podendo ocorrer toxicidade severa ou fatal 
(DICLOTRIL, 2019). 
 
 
32 
 
12.7 Efeitos Tóxicos 
Em bezerros, doses superiores a 30 mg/kg por 14 dias origina lesões articulares e a 60 
mg/kg podem ser observadas lesões a nível renal. Não usar em equinos, pois pode haver erosão 
na cartilagem dos ossos largos (DICLOTRIL, 2019). 
 
12.8 Posologia 
Deve ser administrado pelas vias intravenosa ou intramuscular, na dosagem de 1 mL 
para cada 40 kg de peso corpóreo, o que corresponde a 2,5 mg de Cloridrato de Enrofloxacina 
e 0,9375 mg de Diclofenaco de Sódio para bovinos e suínos. Nos casos de infecções graves e 
anaplasmose, aplicar 1 mL para cada 20 kg de peso corpóreo, a cada 24 horas, durante 3 a 5 
dias, se necessário prolongar o tratamento por mais 2 dias. Recomendamos a continuidade do 
tratamento por até 48 horas após o desaparecimento do quadro clínico (DICLOTRIL, 2019). 
 
13 GENTAMICINA 
13.1 Histórico 
É um antibiótico da classe dos aminoglicosídeos, produzido por um actinomiceto, a 
Micromonospora purpurea. Foi estudado inicialmente por Welstein em 1963 e purificado por 
Rosselot em 1964 (SALAYANDIA et al., 1995). 
 
13.2 Espectro de Ação 
É ativa contra ampla variedade de bactérias patogênicas, Gram-negativas e Gram-
positivas, incluindo: Escherichia coli, Proteus sp. (indolpositivo e indol-negativo), incluindo 
Proteus mirabilis, P. morganii e P. vulgaris, Pseudomonas aeruginosa, espécies do grupo 
Klebsiella-Enterobacter-Serratia sp., Citrobacter sp., Providencia sp., incluindo Providencia 
rettger, Staphylococcus sp. (gonorrhoeae, Salmonella e Shigella coagulase-positivo e 
coagulase-negativo), Neisseria. A gentamicina pode ser ativa contra isolados clínicos de 
bactérias resistentes a outros aminoglicosídeos (BRAINFARMA , 2015). 
 
 
 
 
33 
 
13.3 Fórmula Estrutural 
Figura 13: Fórmula química do sulfato de gentamicina. 
 
Fonte: Coutinho et al., 2015. 
 
13.4 Mecanismo de Ação 
Estes antibióticos interferem na síntese proteica bacteriana, promovendo a formação de 
proteínas defeituosas. Os aminoglicosídeos ligam-se à subunidade 30 S do ribossoma, 
provocando a leitura incorreta do código genético e, consequentemente, permitem a 
incorporação de aminoácidos incorretos na cadeia polipeptidica que está sendo formada no 
ribossoma. a proteína defeituosa é fundamental para o metabolismo da bactéria, levando à morte 
celular (Brainfarma, 2015). 
 
13.5 Farmacocinética 
A absorção dos aminoglicosídeos no trato digestivo é desprezível, porém são ativos na 
luz intestinal, quando administrados via oral. Para o tratamento de infecções sistêmicas 
recomenda-se o uso da via parenteral. Em geral, estes antibióticos ligam-se pouco às proteínas 
plasmáticas e não são biotransformados de maneira significante no organismo do animal. A 
eliminação renal do agente na sua forma ativa ocorre por filtração glomerular; a ocorrência de 
nefropatia pode provocar níveis altos de aminoglicosídeos na circulação, favorecendo o 
aparecimento de efeitos tóxicos (BRAINFARMA,2015). 
 
13.6 Associações 
Como com outros aminoglicosídeos, o uso concomitante e/ou sequencial, tópico ou 
sistêmico de outros antibióticos potencialmente nefrotóxicos e/ou neurotóxicos deve ser evitado 
(BRAINFARMA, 2015). 
 
34 
 
13.7 Efeitos Tóxicos 
Não encntrado. 
 
13.8 Posologia 
Aplicação poderá ser por via Intravenosa, intramuscular ou subcutâneo: Cães e Gatos 6 
- 8mg / kg (VIANA, 2014). 
 
14 HALOFUGINONA 
14.1 Histórico 
A halofuginona é derivada do extrato de plantas da família das hidrângeas. Este 
medicamento foi inicialmente desenvolvido para o tratamento da malária e, posteriormente, 
introduzido com grande eficácia no controle da coccidiose; atua na fase esquizogônica do 
parasito. A dose terapêutica e o limiar de oxicidade são relativamente próximos, exigindo maior 
cuidado (SPINOSA, 2017). 
 
14.2 Espectro de Ação 
O coccidiostático halofuginona tem indicação é para Cryptosporidium parvum, T. parva 
e T. annulata. Porém é um fármaco controverso, uma vez que existem estudos que demonstram 
uma eficácia, in vitro, contra as espécies T. parva e T. annulata e noutros estudos mostram que 
não é a melhor escolha por ter doses terapêuticas muito próximas das doses tóxicas 
(FERNANDES, 2010). 
 
14.3 Fórmula Estrutural 
Figura 13: Fórmula estrutural do halofuginona. 
 
Fonte: Hangzhou, 2011. 
 
 
35 
 
14.4 Mecanismo de Ação 
A halofuginona, uma quinazolina de modo de ação desconhecido, licenciada em países 
da Europa, é eficiente na prevenção e tratamento da criptosporidiose em bezerros recém 
nascidos, melhorando o estado clínico dos bezerros, diminuindo a excreção de oocistos fecais 
e a mortalidade (NACIRI et al., 1993; KLEIN, 2008; SILVERLAS et al., 2009; MEGANCK et 
al., 2015). 
 
14.5 Farmacocinética 
A biodisponibilidade do medicamento veterinário, em vitelos, após uma administração 
oral única é cerca de 80%. O tempo necessário para obtenção da concentração máxima Tmax. 
é de 11 horas. A concentração máxima no plasma Cmáx. é 4 ng/ml. O volume de distribuição 
aparente é de 10 1/kg. As concentrações plasmáticas de halofuginona após administrações orais 
repetidas são comparáveis à farmacocinético padrão após tratamento com uma dose oral única. 
A halofuginona inalterada é o maior componente nos tecidos. Os valores mais elevados foram 
encontrados no fígado e nos rins. O medicamento veterinário é excretado principalmente 
através da urina. A semi-vida de eliminação final é 11,7 horas após administração endovenosa 
e 30,84 horas após a administração de uma dose oral única. 
 
14.6 Associações 
Não encontrado. 
 
14.7 Efeitos Tóxicos 
Os sintomas de toxicidade incluem diarreia, sangue visível nas fezes, diminuição no 
consumo de leite, desidratação, apatia e prostração. 
 
14.8 Posologia 
100 μg de halofuginona base/kg / Via Oral uma vez por dia durante 7 dias consecutivos 
ou 2 ml / 10 kg / via oral uma vez por dia durante 7 dias consecutivos. 
 
 
3615 IMIZOL 
15.1 Histórico 
É um fármaco utilizado no tratamento da tristeza parasitária bovina (anaplasmose e 
babesiose) e possui como principios ativos o dipropionato de imidocarb e a fenamidina 
(DALFOVO, 2019). 
 
15.2 Espectro de Ação 
É de amplo espectro, sendo eficaz contra todos os agentes causadores da Tristeza 
Parasitária Bovina, também sendo eficaz na prevenção da mesma, quando usado em esquemas 
preventivos (DALFOVO, 2019). 
15.3 Fórmula Estrutural 
Figura 14: Fórmula química do Imidazol. 
 
Fonte: Biblioteca dos EUA, 2019. 
 
15.4 Mecanismo de Ação 
Atua no núcleo do parasito, promovendo alterações no seu número e tamanho através da 
interferência na glicólise aeróbica e na síntese de DNA levando a degeneração do parasito, além 
de atuar no citoplasma (DALFOVO, 2019). 
 
15.5 Farmacocinética 
Tem ação prolongada tendo em vista que possui alta taxa de ligação com as proteínas 
plasmáticas. Tal substância é pouco absorvido pela via rola e possui afinidade com o rim e o 
fígado, sendo órgãos alvos (DALFOVO, 2019). 
 
 
37 
 
15.6 Associações 
Animais tratados com inseticidas ou anti-helminticos organofosforados não devem ser 
tratados simultaneamente com Imizol (DALFOVO, 2019). 
 
15.7 Efeitos Tóxicos 
Os animais tratados com imidocarb podem apresentar brandos sintomas colinérgicos, 
como salivação, lacrimejamento e cólica passageira – tais efeitos podem ser evitados com uma 
aplicação prévia de atropina, que é um agente anticolinérgico. Dor e irritação no local de 
aplicação (DALFOVO, 2019). 
 
15.8 Posologia 
Bovinos: Nas infecções aonde o agente causador é desconhecido, nas infecções mistas 
(Anaplasma + Babesia) ou Anaplasmose: 1 mL para cada 40 kg de peso corporal, via 
subcutânea.Nas infecções por Babesia – confirmada por exame de sangue: 1 mL para cada 100 
kg de peso corporal, via subcutânea. 
Equinos: 1 ml para cada 50 kg de peso corporal, via intramuscular. 
Cães: Tratamento: 0,5 mL para cada 10 kg de peso corporal. 
Quimioprofilaxia: 0,2 ml para cada 10kg de peso corporal. Administração pela via 
subcutânea. 
 Atenção: Não repetir o tratamento antes do prazo de 7 dias. (DALFOVO, 2019). 
 
16 NAFTOQUINONA 
16.1 Histórico 
As naftoquinonas pertencem a família das Quinonas sendo caracterizadas pela presença 
do anel naftalênico em sua estrutura e podem apresentar propriedades microbicidas, 
tripanossomicidas, anti-virais ou antitumorais. Históricamente, os primeiros relatos de 
utilização das naftoquinonas pelo homem datam do antigo Egito, a cerca de 4000 anos. Nessa 
época, o extrato da folha de Lawsonia , que contém lausona, uma naftoquinona de estrutura 
simples, era utilizada para tingir cabelos, peles e unhas. Posteriormente, o extrato também 
passou a ser aproveitado no tratamento de micoses e feridas (SIMÕES, 2004). 
 
 
38 
 
16.2 Espectro de Ação 
Antimaláricos, anticoccidianos, antibacterianos, outros antiprotozoários, antimetabólitos, 
anti-inflamatórios, antivirais agentes e outros compostos para atividade contra T. parva e T. 
annulata in vitro. 
 
16.3 Fórmula Estrutural 
Figura 15: Estrutura molecular buparvaquona, parvaquona e menoctona. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: Kinabo,2019. 
 
16.4 Mecanismo de Ação 
O mecanismo de ação da parvaquona e a buparvaquona não foi esclarecido, mas 
existem indicações de que bloqueia a cadeia respiratória do parasita (MÜLLER et al., 2016), 
da mesma forma a atovaquona e outras 1,4-naftoquinonas, a ação mais provável é a inibição de 
Complexo III (complexo b-c1) (MÜLLER et al., 2015). O complexo citocromo III é um grupo 
catalisadores responsáveis pela transferência de elétrons para manter a mitocôndria potencial 
de membrana. O efeito sobre a biossíntese de menoctona também foi descrito que é um 
componente crítico da cadeia respiratória mitocondrial. O bloqueio dessas reações prejudica 
seriamente a síntese do ATP do parasita (SCHUCK et al. al., 2013). A menoctona foi a primeira 
droga com alta eficácia na infecção causada por theileria, provocando degeneração marcante 
da morfologia dos macroesquizontes e supressão da parasitemia nas infecções já instaladas 
menoctona 
 
39 
 
causadas por theileria parva em bovinos, porém atualmente seu uso foi descontinuado. 
(TAYLOR, 2007). 
 
16.5 Farmacocinética 
Informações sobre a farmacocinética destes compostos é limitado (MORGAN, 1985) e 
tais estudos seriam valioso na seleção de regimes posológicos adequados. 
 
16.6 Associações 
Quando associado a outras drogas, como a oxitetraciclina, pode ter um efeito potenciado 
e vantajoso em casos de infecções mistas, por espécies dos géneros Anaplasma e Babesia 
(MUHAMMAD et al. 1999). 
 
16.7 Efeitos Tóxicos 
Não encontrado. 
 
16.8 Posologia 
Quadro 1: Naftquinonas: posologia e especialidades farmacêuticas. 
Naftquinonas: posologia e especialidades farmacêuticas. 
Naftquinonas Espécie Posologia 
Especialidades 
farmacêuticas 
Buparvaquona Bovino 2,5 mg/kg , 48 h, IM Butalex® 
Parvaquona Bovino 20 mg/kg, 48 h, IM Parvexon® 
Menoctone Bovino 10 mg /kg , 24h, IM Menoctone 
IM: via intramuscular. 
Fonte: Mohammed, 2009. 
 
 
 
 
 
40 
 
17 NITROIMIDAZÓIS 
17.1 Histórico 
A classe dos nitroimidazóis foi descoberta em 1955 após cientistas franceses do grupo 
Rhône-Poulenc descreverem a atividade de um extrato de Streptomyces 6670 contra 
Trichomonasvaginalis. Esse extrato já havia sido analisado em 1953 por Maeda e colaboradores 
e identificado como 2- nitroimidazol, também chamado de azomicina. Desde então, vários 
nitroimidazóis foram sintetizados e avaliados frente a microrganismos anaeróbicos, 
apresentando atividade também contra tumores hipóxicos e como imunossupressores. 
 
17.2 Espectro de Ação 
É um antibiótico que abrange principalmente bactéricas anaeróbicas e protozoários 
como Entamoebahistolytica, Trichomonasvaginalis, Giardiaintestinalis, Giardia lamblia, 
Bacteroides fragilis, Bacteroides melaninogenicus, Bacteroides spp., Clostridium spp., 
Eubacterium spp., Fusobacterium spp., Peptococcus spp., Peptostreptococcus spp. e 
Veillonella spp. (PRATI, 2016). 
 
17.3 Fórmula Estrutural 
Figura 16: Fórmulas estruturais dos nitroimidazóis. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte:Moreth, M. et al. 2010. 
 
 
41 
 
17.4 Mecanismo de Ação 
Quando os nitroimidazóis penetram no organismo parasita, as enzimas redutoras geram 
nitroderivados que possuem toxicidade seletiva para microrganismos anaeróbios. Essa 
toxicidade se deve pelos metabólitos formarem complexos com o DNA e provocarem rupturas 
na estrutura helicoidal, se decompondo em compostos inativos posteriormente (LINDSAY e 
BLAGBURN, 2013; OLIVEIRA e DI STASI, 2012). 
 
17.5 Farmacocinética 
O nitroimidazol é bem absorvido no trato gastrointestinal e possui ampla distribuição 
nos tecidos, atingindo altas concentrações. Sofre extensa biotransformaçãohepática, gerando 
metabólitostóxicos, portanto deve-se realizar ajuste de dose para pacientes com disfunção 
hepática. Possui meia vida de aproximadamente oito horas e é excretado pelos rins e pequenas 
quantidades podem ser encontradas na saliva e no leite. (LINDSAY e BLAGBURN, 2013; 
OLIVEIRA e DI STASI, 2012). 
Absorção: é rápido e completamente absorvido após administração oral. A absorção 
sistêmica da forma farmacêutica vaginal é mínima em 10% quando comparado com a 
administração oral. Em estudos em voluntários sadios recebendo 2 g de tinidazol oral, foram 
alcançados níveis de pico plasmático de 40-51 mcg/mL dentro de 2 horas e diminuíram para 
11-19 mcg/mL em 24 horas. Voluntários sadios que receberam 800 mg e 1600 mg de tinidazol 
intravenoso durante 10-15 minutos, alcançaram concentrações de picos plasmáticos entre 14 a 
21 mcg/mL para a dose de 800 mg e uma média de 32 mcg/mL para a dose de 1600 mg. Após 
24 horas da infusão, níveis plasmáticos de tinidazol diminuíram para 4 a 5 mcg/mL e 8,6 
mcg/mL, respectivamente, justificandoa posologia de dose única diária. Os níveis plasmáticos 
diminuem lentamente e o tinidazol pode ser detectado no plasma em concentrações de 0,5 
mcg/mL 72 horas após infusão e até 1 mcg/mL 72 horas após administração oral. A meia-vida 
de eliminação plasmática de tinidazol está entre 12-14 horas. 
Distribuição: é amplamente distribuído em todos os tecidos corporais e atravessa a 
barreira encefálica, obtendo concentrações clinicamente eficazes em todos os tecidos. O volume 
aparente de distribuição é de aproximadamente 50 litros. Cerca de 12% de tinidazol plasmático 
está ligado a proteínas plasmáticas. 
Eliminação: é excretado pelo fígado e rins. Estudos em voluntários sadios demonstraram 
que após 5 dias, 60 a 65% de uma dose administrada é excretada pelos rins, sendo 20 a 25% da 
dose excretada como fármaco inalterado. Até 5% da dose administrada é excretada nas fezes. 
 
42 
 
Estudos em pacientes com insuficiência renal (clearance de creatinina < 22 mL/min) indicam 
que não existe alteração estatisticamente significante nos parâmetros farmacocinéticos de 
tinidazol nestes pacientes. (FACYL, 2015). 
 
 
17.6 Associações 
Dissulfiram: foram relatadas reações psicóticas em pacientes utilizando 
concomitantemente metronidazol e dissulfiram. Terapia com anticoagulante oral (tipo 
varfarina): potencialização do efeito anticoagulante e aumento do risco hemorrágico, causado 
pela diminuição do catabolismo hepático. 
Em caso de administração concomitante, deve-se monitorizar o tempo de protrombina 
com maior frequência e realizar ajuste posológico da terapia anticoagulante durante o 
tratamento com metronidazol.Lítio: os níveis plasmáticos de lítio podem ser aumentados pelo 
metronidazol. Deve-se, portanto, monitorizar as concentrações plasmáticas de lítio, creatinina 
e eletrólitos em pacientes recebendo tratamento com lítio, enquanto durar o tratamento com 
metronidazol. 
Ciclosporina: risco de aumento dos níveis plasmáticos de ciclosporina. Os níveis 
plasmáticos de ciclosporina e creatinina devem ser rigorosamente monitorizados quando a 
administração concomitante é necessária. Fenitoína ou fenobarbital: aumento da eliminação de 
metronidazol, resultando em níveis plasmáticos reduzidos. 5-fluorouracil: diminuição do 
clearance do 5-fluorouracil, resultando em aumento da toxicidade do mesmo. 
Bussulfano: os níveis plasmáticos de bussulfano podem ser aumentados pelo 
metronidazol, o que pode levar a uma severa toxicidade do bussulfano (PRATI, 2016). 
Associações desaconselháveis: dissulfiram: risco de surto delirante, estado confusional. 
Evitar a ingestão de medicamentos contendo álcool durante o tratamento com secnidazol. 
Associações que necessitam precaução de uso: - anticoagulantes orais (descrito com a 
varfarina): aumento do efeito anticoagulante e do risco de sangramento por diminuição do 
metabolismo do fígado. Recomendam-se controles frequentes da taxa de protrombina e 
adaptação posológica dos anticoagulantes orais durante o tratamento com secnidazol e até 8 
dias após o seu término. 
 
 
 
43 
 
17.7 Efeitos Tóxicos 
Reações de hipersensibilidade (febre, eritema, urticária, angioedema e reação 
anafilática). Podem ocorrer raramente reações desagradáveis como: distúrbios digestivos: 
náuseas, gastralgia, alteração do paladar (gosto metálico), glossites e estomatites; erupções 
urticariformes; leucopenia moderada, reversível com a suspensão do tratamento. Podem ocorrer 
muito raramente: vertigens, fenômenos de incoordenação e ataxia, parestesias, polineurites 
sensitivomotoras (LINDSAY e BLAGBURN, 2013). 
 
17.8 Posologia 
Quadro 2: Nitroimidazóis: posologias. 
Nitroimidazóis: Posologias 
Espécie Posologia 
Bovino 75 mg/kg , 12 h, IV 
Equino 15 - 25 mg / kg, 12 h, VO, IV 
Cães 12 a 15 mg /kg , 24h, VO 
Gatos 10 a 25 mg/kg, 24h, VO 
Aves 60mg/kg, 24h, VO 
IV: via intravenosa; VO: via oral. 
Fonte: Andrade, 2002. 
 
18 MELARSOMINA 
18.1 Histórico 
A melarsomina é um melaminiltioarsenito. O nome comercial Cymelarsan® é também 
conhecido como Mel Cy ou RM 110. O composto é ativo contra o subgênero Trypanozoon, 
particularmente o Trypanosoma evansi. 
 
18.2 Espectro de Ação 
Arsenical orgânico antiparasitário, para tratamento da dirofilariose. 
 
 
 
44 
 
18.3 Fórmula Estrutural 
Figura 17:Fórmula estrutural melarsomina. 
 
Fonte: Tilley, 2008. 
 
18.4 Mecanismo de Ação 
Os efeitos em vermes não foram completamente definidos, mas incluem alterações na 
captação e metabolismo de glicose, inibição glutationa redutase e alterações na estrutura e 
função do epitélio intestinal do parasita. 
 
18.5 Farmacocinética 
Absorção: Absorvida rapidamente após administração intramuscular. Com 
administração intramuscular, a meia-vida de absorção é 2,6 minutos. Distribuição: Cães - 
Volume de distribuição: 0,73 ± 0,13 litro por kg. Meia-vida: Eliminação (terminal) - Cães: 3,01 
± 0,96 horas. Pico de concentração sérica: Cães - com uma dose intramuscular de 2,5 mg / kg, 
uma concentração sérica máxima de 0,59 ± 0,16 mcg / mL foi alcançado em 10,7 ± 3,8 minutos. 
Tempo médio de permanência: Cães -Administração intramuscular de 2,5 mg / kg - 2,56 ± 1,89 
horas em plasma. Administração intravenosa de 2,5 mg / kg - 1 hora ; 6 horas (compartimento 
periférico). Eliminação: Cães - Depuração total: 2,68 ± 0,65 mL / min / kg. 
 
18.6 Associações 
Não encontrado. 
 
18.7 Efeitos Tóxicos 
Dor intensa e nódulos no local da injeção, tosse, depressão, tromboembolismo, anorexia, 
febre e, em doses elevadas, sialorreia, vômito, ataxia, cianose e morte. 
 
 
45 
 
18.8 Posologia 
O composto é ativo contra o subgênero Trypanozoon, particularmente o Trypanosoma 
evansi. Em camelos, a droga tem demonstrado efeito contra o T. evansi na dosagem de 0,2-1,25 
mg/kg e, em búfalos, na dosagem de 0,25-3,0 mg/kg. A dosagem padrão para camelos 
infectados com T. evansi é 0,25 mg/kg e deve ser usada no tratamento da tripanosomose aguda, 
subaguda e crônica. O produto não é usado profilaticamente (BRUN et al., 1998). 
 
19 SULFADIAZINA 
19.1 Histórico 
A descoberta da atividade antibacteriana das sulfas foi oficializada em 1935 com a 
publicação do trabalho "Uma Contribuição à Quimioterapia das Infecções Bacterianas", no qual 
foi descrita a atividade biológica da p-sulfamidocrisoidina pelo patologista e bacteriologista 
alemão Gerhardt Domagk. Esta substância havia sido sintetizada em 1932 por Mietsch e Klarer 
(Bayer), com base na química clássica de corantes têxteis, especificamente para ser testada 
como antibacteriano. A partir desta época foram surgindo outras substâncias antimicrobianas, 
algumas obtidas sinteticamente e outras isoladas de microorganismos. (BORGES et al, 2005). 
 
19.2 Espectro de Ação 
 Participa de um grupo de composto químicos com amplo espectro de ação, tendo ação 
contra bactérias gram-positivas e algumas gram-negativas, além de parasitas como Toxoplasma 
sp, Coccidia sp e Giardia sp. (SOBRAL, 2018). 
 
19.3 Fórmula Estrutural 
Figura 19: Fórmula estrutural da sulfadiazina. 
 
Fonte: Sobral, 2018. 
 
 
46 
 
19.4 Mecanismo de Ação 
Ela pertence ao grupo das sulfonamidas, que são basicamente um análogo estrutural do 
PABA (ácido p-aminobenzóico), caracterizado por ser importante para a síntese do ácido fólico, 
que, por sua vez, é fundamental para a síntese do DNA e RNA antimicrobiano. Agem como 
antagonista competitiva, sendo assim, a concentração entre as sulfas e o PABA interferem no 
mecanismo de ação. (GÓRNIAK, 2006). 
 
19.5 Farmacocinética 
 Elas são administradas por via oral e absorvidas, já distribuídas, conseguem atingir 
concentrações terapêuticas em quase todos os tecidos uma vez que são bastante lipossolúveis. 
(ANDRADE, 2008). Podem atravessar a barreira hematoencefálica e placentária. Além disso, 
são metabolizadas no fígado e sua excreção ocorre por filtração glomerular, podendo também 
ser encontrada na saliva,

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