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Prática II - Purificação do cloreto de sódio CEDERJ

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Universidade Federal do Rio de Janeiro 
Nome: Kissya Kropf da Silva 
Química I 
 
Redução dos Componentes do Cloreto de Sódio 
Prática II – Purificação do Cloreto de Sódio 
 
INTRODUÇÃO 
 O Cloreto de sódio - NaCl, conhecido como sal de cozinha, é um sal inorgânico 
formado por ligação iônica e cristalizado de fontes naturais. O sal é composto pelos 
elementos (Na), que é um metal que está presente na família 1 e o (Cl) na família 17 
da tabela periódica[1]. 
 O principal constituinte do sal é o cloreto de sódio com 99% de sua 
composição, mas ele ainda contém o iodato de potássio, que é responsável pela 
presença de iodo, ferrocianeto de sódio e ainda pelo alumínio silicato de sódio. O sal 
não é encontrado somente no cloreto de sódio, ele também é obtido no consumo de 
outros alimentos integrados na alimentação humana diária, como temperos 
instantâneos, alimentos embutidos, salgadinhos. Por isso é necessário certo cuidado 
na hora do consumo desse produto, pelo fato dos sérios problemas que ele pode 
causar em excesso (SILVA et al, 2010)[2]. 
 A partir de 1953, foi decretado como obrigatório por lei, a adição de iodatos e 
iodetos, além de potássio no sal, pois a presença do iodo pode reduzir o 
funcionamento da glândula da tireoide, causador de distúrbios como o bócio[1]. Dentre 
a diversidade de sais existentes como o sal refinado, o sal do Himalaia, o sal marinho 
ou sal negro, “os melhores são os menos processados, ricos em minerais e com 
menor quantidade de sódio”[4]. 
 Portanto, o objetivo da prática II abordou a purificação do NaCl, ou seja, foram 
eliminados alguns íons presentes, como o magnésio (Mg2+) e o cálcio (Ca2+) por meio 
da precipitação dos sais presentes nesses íons. 
 
RESULTADO E DISCUSSÃO 
 A presença de alguns íons no nosso organismo é extremamente importante, e 
por isso estão contidos em diversos alimentos consumidos no dia a dia, como no sal 
de cozinha. O cálcio, por exemplo, é essencial para a manutenção do tecido ósseo. 
Além de atuar no equilíbrio com o fósforo, ajuda na regulação arterial, contração 
muscular, coagulação sanguínea e outros fatores importantes. Já o magnésio é 
essencial na contração e relaxamento muscular, participando do sistema imunológico 
e na formação de anticorpos, além de outros fatores[5]. 
 Após a introdução da prática, foram pesados 15g de sal grosso, que foi 
posteriormente moído e dissolvido em 50mL em um bécher. Em seguida, a solução foi 
filtrada, restando resíduo de sal grosso, ou seja, o que foi solubilizado (solução 
concentrada de NaCl) passou pelo papel de filtro. 
 Já a eliminação do magnésio foi feita a partir da precipitação do hidróxido de 
magnésio (Mg(OH)2), ou seja, ele precisa virar uma base para que ocorra sua 
formação. Para isso, foi usado uma solução que já estava pronta de NaOH 6M e foram 
adicionados cerca de 7 gotas para que atingisse o pH determinado (pH=13). A solução 
foi preparada com o hidróxido, pois é um íon que já estava presente na solução, para 
evitar a presença de novos compostos. Após a adição das gotas, a precipitação do 
hidróxido de magnésio não estava ocorrendo, por isso optou-se por aquecer e então 
foi observada a sua formação. 
A precipitação do magnésio ocorreu primeiro que o cálcio, devido ao seu valor 
de Kps (mais insolúvel), presente no roteiro da prática II[6]. O Kps do Mg(OH)2 (8,9x10
-12
 
a 25
o
C) é menor que o do Ca(OH)2 (5,5x10
-6
 a 25
o
C), ou seja, para que ocorra a 
precipitação do magnésio é necessário que seja formada mais base do que íons, portanto, 
é preciso que o seu Kps seja baixo. 
 
 
 
 Em seguida, a solução foi novamente filtrada para separar a precipitação de 
magnésio da solução. 
 Para a eliminação de cálcio, foi adicionando-se lentamente, 11 gotas da 
solução preparada de Na2CO3 2M, até não observar mais precipitado. E depois foi 
feito novamente outra filtração. Esse sal (Na2CO3) foi escolhido, por ter o mesmo íon 
presente no NaCl e não haver formação de novos compostos. 
 
 
Preparação da solução de Na2CO3 2M. 
 
Ca2+ + CO3
2- ↔ CaCO3(S) 
 
 Finalmente, a solução tem de ser neutralizada, já que estava com um pH 
básico, por isso foi utilizado uma solução que já estava pronta de ácido clorídrico (HCl) 
diluído. Foram utilizados cerca de 35 gotas para neutralizar, então deixamos repousar 
na capela para ver a formação dos cristais. Novamente, o ácido escolhido HCl, foi 
escolhido por ter o mesmo íon presente no sal e para que não houvesse formação de 
novos compostos. 
 
CONCLUSÃO 
 Portanto, foi possível constatar a extrema importância do conhecimento dos 
diferentes comportamentos entre os solutos e os solventes que envolvem o preparo de 
soluções. E é possível perceber, que quando um soluto é pouco solúvel na solução, 
teremos uma constante de equilíbrio (Kps) baixa e vice-versa e a ocorrência do 
precipitado. 
 
REFERÊNCIAS 
 FOGAÇA, Jennifer. Cloreto de sódio. In: Alunos Online.- [1] 
 LIMA, Michele; TEIXEIRA, Laiany; SOUSA, Poliana Brito; SILVA, Manoel; 
CARVALHO, Luís Fernando, 2012. Quantificação dos Teores de Iodo e Cloreto 
de Sódio em Sal de Cozinha comercializado em Teresina-PI. In: VII Connepi – 
[2] 
 MOTA, Tatiana. Conheça os tipos de sal. In: AEC Nutrição – [3] 
 Os minerais: o que causa a carência, o excesso e onde encontrá-los. In: Bem 
Estar GNT – [4] 
 Purificação do Cloreto de Sódio (Roteiro – prática II) – [5].

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