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Família Orthomyxoviridae (Influenzavírus) CARACTERÍSTICAS vírus RNA cadeia simples negativa (sentido de fita negativo) - faz replicação no NÚCLEO; possuem núcleo capsídeo helicoidal, segmentado em 6 a 8 fragmentos de RNA que codificam diferentes proteínas (isso dá chance a diferentes cepas e mutações); algumas cepas podem ser encapsuladas - a partir da membrana lipídica do hospedeiro; possuem espículas com duas glicoproteínas relevantes: - H (hemaglutinina): ela permite a adsorção e fusão do envelope viral aos receptores de ácido siálico da célula hospedeira, sendo que essa também estimula a produção de anticorpos neutralizantes; - N (neuroamidase): ela age rompendo carboidratos e fazendo a remoção do receptor de ácido siálico da célula hospedeira para entrada e liberação do vírus na célula; no interior do vírus - há uma matriz proteica (capsídeo) denominada M e uma ribonucleoproteína; Ocorre a fusão do vírus com a membrana celular do hospedeiro -> o nucleocapsídeo migra para o núcleo -> há eliminação de nucleocapsídeo na membrana nuclear -> transcrição do RNA viral (no núcleo da célula hospedeira) -> RNAm irá induzir a produção de novos RNA virais + proteínas de nucleocapsídeo; pode ocorrer mutações pelos seguintes motivos: 1. mutação pontual - troca de nucleotídeos específicos; 2. rearranjos gênicos - onde temos recombinação intramolecular entre segmentos de duas cepas distintas infectando a mesma célula; ENFERMIDADES RELEVANTES principal gênero - Influenzavirus - tipo B no homem; - tipo C no homem e suínos; - gêneros A no homem, suínos, aves e equinos - é o mais relevante; - os vírus da Influenza, geralmente, implicam em combinações entre proteínas He N, resultando em subtipos, tendo para hemaglutinina 15 variantes e pata neuroamidase 9 variantes; Vírus da influenza equina (H7N7); Influenza suína (H1N1 ou H3N2); Influenza aviária - variações entre N1 e H5-H7; PATOGÊNESE/SINAIS CLÍNICOS a disseminação do vírus, depende do tipo de protease presente no tecido hospedeiro e da hemaglutinina; na maioria dos subtipos, a clivagem de H ocorre nas células epiteliais do trato respiratório e digestório; a princípio, o vírus aviário não replica bem em humanos, mas replica bem em suínos, onde faz a replicação também os vírus humanos, dando origem a recombinações e mutações. Ex disso é o H5N1, é transmitido pelas fezes de aves e causa em humanos febre, mialgia (dor muscular) e diarréia; De forma geral, os sintomas da Influenza são - febre, conjuntivite, patologia respiratória, espessamento de septos alveolares, pneumonia intersticial, hiperplasia de epitélio bronquial e perivascular e infecção secundária; EPIDEMIOLOGIA E TRANSMISSÃO os surtos anuais em humanos são consequência de alterações antigênicas discretas com erro na replicação de uma mesma cepa circulante; entretanto, as grandes pandemias são resultado da recombinação entre cepas de diferentes espécies; patos + suínos atuam como ponto de fusão (chamado de shift) entre vírus humanos e animais; as aves aquáticas e silvestres são reservatórios do tipo A; Entre humano: aerossóis e secreções de animais infectados são via importante de disseminação do vírus; CIRCULAÇÃO DO VÍRUS INFLUENZA A EM POPULAÇÕES DE AVES E SUÍNOS as grandes pandemias em humanos resultaram de subtipos aviários que fazem transferência ocasional para suínos e esses, por sua vez, fazem transferência para humanos; mais raramente temos os subtipos aviários causando diretamente infecção em humanos e resultando em grandes pandemias, visto que esses vírus com essas mutações (resultantes de rearranjos) possuem poucos epítopos em comum com as cepas que normalmente circulam entre os humanos; DIAGNÓSTICO inibição da hemaglutinação (proteína H aglutina hemácia de várias espécies); neutralização (anticorpo anti H é responsável pela neutralização viral;