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© 2020 American Heart Association Manual do Profissional de Suporte Básico de Vida Impresso nos EUA: Orora Visual, LLC, 3210 Innovative Way, Mesquite, Texas, 75149, USA ISBN: 978-1-61669-863-8. Edição em português 20-2208. Data da impressão: 10/20 Edição original em inglês Basic Life Support Provider Manual © 2020 American Heart Association Edição de e-book em português © 2020 American Heart Association. ISBN: 978-1-61669-862-1. 20- 2207 Agradecimentos A American Heart Association agradece às seguintes pessoas pela contribuição que deram para o desenvolvimento deste manual: Jose G. Cabanas, MD, MPH; Jeanette Previdi, MPH, Matthew Douma, RN; Bryan Fischberg, NRP; Sonni Logan, MSN, RN, CEN, CVN, CPEN; Mary Elizabeth Mancini, RN, PhD, NE-BC; Randy Wax, MD, MEd; Sharon T. Wilson, PhD, RN, FCN; Brenda D. Schoolfield; e a equipe do Projeto SBV da AHA. Edição em português Hélio Penna Guimarães, MD, PhD, FAHA; Ana Batista, MD; Denis Cristian Toledo Correa, RT; Tathiana Facholli Polastri, RN, Msc; Carolina Felipe Soares Brandão, PhD; Pedro Dinis Esteves Caldeira, RN, Msc; e AHA ECC Intemational BLS Project Team. Para obter informações sobre as atualizações ou correções deste texto, acesse www.international.heart.org. Conteúdo Parte 1: Conceitos gerais do curso Objetivos do curso de SBV Descrição do curso Exigências uara aurovação Sua abordagem em uma tentativa de ressuscitação Eguiuamento de uroteção individual O Manual do J2rofissional de SB V Parte 2: A cadeia de sobrevivência Qbjetivos de aurendizagem Visão geral Elementos da cadeia de sobrevivência Comuaração das cadeias de sobrevivência intra-hosuitalar e extra-hosuitalar Princiuais diferenças entre as cadeias de sobrevivência uediátricas e adultas Perguntas de revisão Parte 3: SBV nara adultos Qbjetivos de aurendizagem Estrutura básica da RCP Eguiues de socorristas de alto desemuenho Princiuais comuonentes de RCP Algoritmo de SBV adulto uara urofissionais da saúde Habilidades de RCP de alta gualidade: Adultos Realização de comgressões torácicas de alta gualidade Técnica de comuressão torácica Administração de ventilações Disuositivos de barreira uara administração de ventilações Máscara de bolso Disuositivos bolsa-válvula-máscara SBV uara adultos com dois socorristas O gue é um instrutor de RCP? Perguntas de revisão Parte 4: Desfibrilador externo automático nara adultos e crianças de 8 anos de idade e acima Qbjetivos de aurendizagem Desfibrilação Uso doDEA Como ouerar um DEA: Etauas universais Minimizar o temuo entre a última comuressão e a administração do chogue Não postergue a RCP de alta gualidade após o uso do DEA Pás de DEA uara crianças Circunstâncias esueciais Perguntas de revisão Parte 5: Dinâmica de Objetivos de aQrendizagem Elementos de eficácia na dinâmica da equip....s;. Funções e resP-onsabilidades Comunicação Orientação e debrie.fing Perguntas de revisão Parte 6: SBV Qara bebês e crianças Q_Qjetivos de aprendizagem Algoritmo de SBV Qediátrico Qara P-rofissionais da saúde com um único socorrista Habilidades de RCP de alta qualidade: Bebês e crianças Avaliar resQiração e QUlso Realização de compressões torácicas de alta qualidade Administração de Ventilações Algoritmo de SBV Qediátrico Qara P-rofissionais da saúde com dois ou mais socorristas SBV para bebês e crianças com dois socorristas Perguntas de revisão Parte 7: Desfibrilador externo automático uara bebês e crianças abaixo de 8 anos de idade Q_Qjetivos de aprendizagem Conheça o DEA DEA de uso pediátrico para cargas reduzidas de choque Escolha e posicionamento das pás Uso do DEA em vítimas a partir de 8 anos de idade Uso do DEA em vítimas menores de 8 anos Uso do DEA em bebês Perguntas de revisão Parte 8: Técnicas de ventilação alternativas Objetivos de aP-rendizagem RCP e ventilações com via aérea avançada Ventilação de resgate Técnicas Qara administrar ventilações sem, um dispositivo de barreira Respiração boca a boca para adultos e crianças Técnicas de ventilação em bebês Cuidado: Risco de distensão gástrica Perguntas de revisão Parte 9: Emergências uotencialmente fatais associadas a ouioides Q_Qjetivos de aprendizagem O que são opioides? Uso P-roblemático de OQioides Identificação de uma emergência com opioides Antídoto para overdose de opioides: Naloxona Sequência de resQosta a emergências P-Otencialmente fatais associadas OQioides Perguntas de Revisão Parte 10: Outras emergências P-Otencialmente fatais Objetivos de anrendizagem Ataque cardíaco AVC Afogamento Anafilaxia Perguntas de revisão Parte 11: Desobstrução do engasgo em adultos, crianças e bebês Q_Qjetivos de aprendizagem Sinais de asfixia Desobstrução da via aérea em adulto ou criança consciente Desobstrução das vias aéreas em vítimas grávidas e obesas Desobstrução das vias aéreas em adulto ou crianç-ª.Jlue não responde Administração de ventilações eficazes quando há obstrução da via aérea Ações aP-ÓS a desobstrução das vias aéreas Desobstrução das vias aéreas em bebês Perguntas de revisão Anêndice Sequência de SBV para adultos com um socorrista Sequência de SBV nara adultos com dois socorristas Considerações de PCR em mulher grávida em condições extra-hospitalares Algoritmo e sequência de emergência associada a OP-ioide para P-rofissionais da saúde Sequência de SBV nara bebês e crianças com um socorrista Sequência de SBV para bebês e crianças com dois socorristas Resumo dos comnonentes de RCP de alta qualidade nara nrofissionais de SBV Sunorte Básico de Vida (SBV) Lista de teste de habilidades de RCP e DEA em adultos Sunorte Básico de Vida (SBV) Descritores de habilidades essenciais nara avaliação de habilidades de RCP e DEA em adulto Sunorte Básico de Vida (SBV) Lista de teste de habilidades de RCP em bebês Sunorte Básico de Vida (SBV) Descritores de habilidades essenciais nara avaliação de habilidades de RCP em bebês Glossário Resnostas a nerguntas de revisão Leituras recomendadas Abreviações Abreviação Definição AP Anteroposterior APD Acesso Público à Desfibrilação DEA Desfibrilador Externo Automático DE Departamento de Emergência DUL Deslocamento Uterino Lateral ECG Eletrocardiograma EPI Equipamento de Proteção Individual FCT Fração de Compressões Torácicas RCE Retorno a Circulação Espontânea RCP Ressuscitação Cardiopulmonar SBV Suporte Básico de Vida SME Serviço Médico de Emergência TVSP Taquicardia Ventricular Sem Pulso T-RCP RCP Assistida por Teleatendente Parte 1: Conceitos gerais do curso Bem-vindo ao Curso de Suporte Básico de Vida (SBV) da American Heart Association para profissionais da saúde. O SBV é fundamental para salvar vidas após uma parada cardiorrespiratória (PCR). Neste curso, você aprenderá as habilidades de Ressuscitação Cardiopulmonar (RCP) de alta qualidade para vítimas de todas as idades. Você praticará essas habilidades como socorrista único e como membro de uma equipe com vários socorristas. As habilidades aprendidas neste curso permitirão: • Reconhecer uma PCR. • Acionar o sistema médico de emergência rapidamente. • Responder de forma rápida e confiante. Apesar dos importantes avanços na prevenção, a PCR súbita continua sendo a principal causa de morte em muitos países. Cerca de metade das PCR não são testemunhadas. Os resultados das PCR extra- hospitalares continuam insatisfatórios. Somente 10% dos pacientes adultos com PCR não traumática que são tratados pelo Serviço Médico de Emergência (SME) sobrevivem à alta hospitalar. Este curso ajudará a oferecer às vítimas a melhor chance de sobrevivência. Objetivos do curso de SBV O curso de SBV concentra-se no que os socorristas precisam saber para administrar RCP de alta qualidade em uma variedade de ambientes. Também será necessário saber como atender vítimas de engasgo e a outros tipos de emergências potencialmente fatais. Ao concluir com êxito o Curso de SBV, você será capaz de: • Descrever a importância deRCP de alta qualidade e seu impacto na sobrevivência. • Descrever todos os passos da cadeia de sobrevivência. • Aplicar os conceitos de SBV à cadeia de sobrevivência. • Reconhecer os sinais de alguém que está necessitando de RCP. • Administrar RCP de alta qualidade em adultos, crianças e bebês. • Descrever a importância do uso precoce de um Desfibrilador Externo Automático (DEA). • Demonstrar o uso correto de um DEA. • Administrar ventilações eficazes usando um dispositivo de barreira. • Descrever a importância das equipes na ressuscitação com vários socorristas. • Ser eficaz como membro de uma equipe durante RCP com vários socorristas. • Descrever a manobra de desobstrução da via aérea por corpo estranho para adulto, criança ou bebê. Descrição do curso Este curso prepara você para realizar habilidades de RCP de alta qualidade. A RCP é um procedimento de salvamento de vítimas que apresentam sinais de parada cardiorrespiratória (PCR) (isto é, ausência de resposta, de respiração normal e de pulso). Os dois principais componentes da RCP são compressões torácicas e ventilações. A RCP de alta qualidade aumenta as chances de sobrevivência da vítima. Estude as características de RCP de alta qualidade e coloque-as em prática, para que possa e realizar cada habilidade de forma eficaz. O Conceitos fundam entais: R CP de alta qualidade • Iniciar compressões em 1 O segundos após o reconhecimento da PCR. • Comprimir com força e rapidez: comprima a uma velocidade de 100 a 120/min e uma profundidade de: - No mínimo 5 em para adultos, mas não mais que 6 em. - No mínimo um terço da profundidade do tórax, aproximadamente 5 em, para crianças. - No mínimo um terço da profundidade do tórax, aproximadamente 4 em, para bebês. • Permita o retomo total do tórax após cada compressão. Evite se apoiar sobre o tórax entre as compressões. • Minimize as interrupções nas compressões torácicas (tente restringir as interrupções em menos de 1 O segundos). • Administre ventilações eficazes. Administre cada ventilação durante 1 segundo, o suficiente para elevar o tórax da vítima. Evite ventilação excessiva. Exigências para aprovação Para ser aprovado neste curso e receber o certificado de conclusão do curso de SBV, é necessário: • Participar das demonstrações interativas e práticas de habilidades de RCP de alta qualidade. • Ser aprovado no teste de habilidades de RCP e DEA, em adultos. • Ser aprovado no teste de habilidades de RCP, em bebês. • Obter pontuação mínima de 84% na avaliação teórica. Testes de habilidades É preciso ser aprovado em dois testes de SBV para receber um certificado de conclusão do curso de SBV. Durante o curso, você terá oportunidade de aprender e praticar compressões torácicas, ventilação com bolsa-máscara e de usar um DEA. Depois da prática, o instrutor testará suas habilidades lendo um breve cenário. Você terá que atender da mesma forma que na vida real. O instrutor não orientará nem ajudará você durante os testes de habilidades. Exame A avaliação teórica é um recurso aberto. Isso significa que você pode consultar recursos impressos ou digitais, enquanto estiver realizando a avaliação. Você não poderá, no entanto, discutir as perguntas da avaliação com outros alunos, nem com o instrutor. Exemplos de recursos que podem ser usados incluem as anotações feitas na aula, este manual do profissional e o Manual de atendimento cardiovascular de emergência para profissionais da saúde da American Heart Association. Sua abordagem em uma tentativa de ressuscitação As técnicas e sequências de SBV apresentadas durante este curso constituem uma das abordagens adotadas em uma tentativa de ressuscitação. Mas cada situação é única. Sua resposta será determinada pelos seguintes fatores: • Disponibilidade de equipamentos de emergência. • Disponibilidade de socorristas treinados. • Nível de capacitação. • Protocolos locais. Equipamento de proteção individual O equipamento de proteção individual (EPI) ajuda a proteger o socorrista contra riscos de saúde ou segurança. O EPI varia de acordo com a situação e o protocolo. Pode incluir uma combinação de itens, como luvas cirúrgicas, óculos de proteção, aventais/roupas para o corpo todo, roupas de alta visibilidade, calçados de segurança e capacetes de segurança. Informe-se sobre protocolo local ou verifique com os órgãos reguladores os protocolos de EPI para sua função. O Manual do profissional de SBV Leia o Manual do Profissional de SBV com atenção. Estude as habilidades e as sequências de salvamento. Durante o curso, você aplicará esse conhecimento como socorrista em cenários simulados de emergência. O manual do profissional de SBV é um material de apoio para consulta, mesmo muito tempo depois de você ter concluído o curso. Definições de faixas etárias Neste curso, as definições etárias são as seguintes: • Bebês: menos de 1 ano de idade (excluindo recém-nascidos na sala de parto). • Crianças: de um ano de idade até a puberdade (sinais de puberdade são: pelos no tórax ou nas axilas em meninos e qualquer desenvolvimento de mama em meninas). • Adultos: adolescentes (isto é, após o início da puberdade) e acima. Caixas de texto Este manual inclui caixas de conceitos fundamentais que chamam a atenção para conteúdo específico. o Conceitos fundamentais Essas caixas contêm dados importantes que você deve saber, incluindo os riscos específicos associados a certas intervenções e informações adicionais sobre tópicos relevantes. Perguntas de revisão Responda às perguntas de revisão fornecidas no fim de cada parte. Você pode usá-las para confirmar sua compreensão sobre conceitos importantes de SBV. Parte 2: A cadeia de sobrevivência Durante muitos anos, a American Heart Association adotou, auxiliou e ajudou a desenvolver o conceito de atendimento cardiovascular de emergência. O termo cadeia de sobrevivência fornece uma metáfora útil para os elementos do conceito de sistemas de atendimento cardiovascular de emergência. A cadeia de sobrevivência mostra as ações que devem ocorrer para proporcionar à vítima de PCR a melhor chance de sobrevivência. Cada elo é independente, ainda que conectado aos elos anteriores e posteriores. Se um dos elos se quebrar, a probabilidade de um bom resultado diminui. Objetivos de aprendizagem Ao final desta parte, você será capaz de • Descrever a importância de RCP de alta qualidade e seu impacto na sobrevivência. • Descrever todos os passos da cadeia de sobrevivência. • Aplicar os conceitos de SBV à cadeia de sobrevivência. Visão geral Uma PCR pode ocorrer em qualquer lugar: na rua, em casa ou no Departamento de Emergência (DE) do hospital, no leito do paciente ou na unidade de terapia intensiva. Os elementos do sistema de atendimento e a ordem das ações na cadeia de sobrevivência diferem, de acordo com a situação. O atendimento dependerá se a PCR ocorreu no ambiente extra-hospitalar ou intra-hospitalar. O atendimento também depende se a vítima é adulto, criança ou bebê. As ações na cadeia de sobrevivência diferem de acordo com o ambiente (intra-hospitalar ou extra- hospitalar) e conforme a faixa etária da vítima. Aqui estão as cadeias de sobrevivência específicas (Figura 1): • PCR extra-hospitalar em adultos. • PCR intra-hospitalar em adultos. • PCR extra-hospitalar pediátrica. • PCR intra-hospitalar pediátrica. Figura lA. A cadeia de sobrevivência da American Heart Association 2020. Os elos na cadeia de sobrevivência irão diferir de acordo com o local em que a PCR ocorre, extra- hospitalar ou intra- hospitalar e conforme a idade da vítima. A, Cadeia de sobrevivência pediátrica intra- hospitalar. Figura lB. Cadeia de sobrevivência pediátrica extra- hospitalar. Figura lC. Cadeia de sobrevivência intra- hospitalar adulta. Figura lD. Cadeia de sobrevivência extra- hospitalar adulta. Elementos da cadeia de sobrevivência Embora haja pequenas diferenças nas cadeias de sobrevivência, de acordocom a idade da vítima e dependendo do local da PCR, cada uma inclui os seguintes elementos: • Prevenção e preparação. • Acionamento do Serviço Médico de Emergência. • RCP de alta qualidade, incluindo desfibrilação precoce. • Intervenções de ressuscitação avançadas • Cuidados pós-PCR. • Recuperação. Prevenção e preparação A prevenção e a preparação são a base do reconhecimento rápido da PCR e de uma resposta imediata. Extra-hospitalar. A maioria das PCRs extra-hospitalares em adultos são inesperadas e acontecem em casa. O resultado positivo depende de RCP precoce de alta qualidade e de rápida desfibrilação nos primeiros minutos após a PCR. Programas comunitários organizados que preparam o público leigo para responder rapidamente a uma PCR são fundamentais para melhorar o resultado. A prevenção inclui medidas para melhorar a saúde das pessoas e das comunidades. A preparação inclui programas de conscientização e de treinamento do público para ajudar as pessoas a reconhecerem os sinais de ataque cardíaco e de PCR e a agirem de forma eficiente. O treinamento em RCP e o desenvolvimento de um sistema médico de emergência na comunidade são importantes. Os te leatendentes de emergência (ou sej a, atendentes de chamadas e despachante e reguladores), que fornecem instruções de RCP, ajudam a aumentar as taxas de RCP por pessoas presentes no local e melhoram os resultados. Essa RCP assistida por teleatendente (T-RCP) permite que o público geral execute RCP de alta qualidade e desfibrilação precoce. Aplicativos para celulares ou mensagens de texto podem estar disponíveis para reunir pessoas treinadas em RCP. Aplicativos/mapeamento por telefone celular podem ajudar os socorristas a localizar o DEA mais próximo. A disponibilidade disseminada de DEA ajuda na desfibrilação precoce e salva vidas. Programas de acesso público à desfibrilação (APD) foram criados para reduzir o tempo até a desfibrilação, colocando os DEAs em locais públicos e treinando leigos em como usá-los. Intra-hospitalar. No ambiente intra-hospitalar, a preparação inclui o reconhecimento precoce e a resposta imediata ao paciente que precisar de ressuscitação. Com relação a pacientes adultos que estão no hospital, a PCR normalmente ?Gº Ptece em n nseqdncjg de pi º P de quadros respiratórios ou circulatórios graves. Os profissionais da saúde podem prever e evitar muitas dessas PCR com observação cuidadosa, atendimento preventivo e tratamento precoce de condições pré-PCR. Assim que um profissional da saúde reconhece a PCR, aciona imediatamente o sistema médico de emergência, uma RCP precoce de alta qualidade e uma rápida desfibrilação são essenciais. Muitas instituições realizam treinamento contínuo em ressuscitação. Algumas mantêm equipes de ressuscitação de resposta rápida ou equipes de emergência médica. Acionamento do sistema médico de emergência Extra-hospitalar. Acionar o sistema médico de emergência geralmente significa gritar por ajuda próxima e ligar para o serviço médico de emergência local. No local de trabalho, todos os funcionários devem saber como acionar o sistema médico de emergência em um ambiente específico (Figura 2A). Quanto antes o socorrista acionar o sistema médico de emergência, mais cedo a etapa de atendimento seguinte chegará. Figura 2A. Acione o serviço médico de emergência de acordo com seu ambiente. A, Ambiente extra- hospitalar no local de trabalho. Intra-hospitalar. O acionamento do sistema médico de emergência intra-hospitalar é específico de cada instituição (.Eigura 2B). Um profissional da saúde pode acionar um código, reunir a equipe de resposta rápida ou a equipe de emergência médica ou pedir para que outra pessoa o faça. Quanto antes o profissional da saúde acionar o serviço médico de emergência, mais cedo a etapa de atendimento seguinte chegará. Figura 2B. Ambiente intra-hospitalar. RCP de alta qualidade, incluindo desfibrilação precoce Extra-hospitalar e intra-hospitalar. RCP de alta qualidade com o mínimo de interrupções e desfibrilação precoce são as ações mais intimamente relacionadas a bons resultados de ressuscitação. A RCP de alta qualidade iniciada imediatamente depois da PCR combinada com desfibrilação precoce pode dobrar ou duplicar as chances de sobrevivência. Essas intervenções urgentes podem ser executadas por leigos e profissionais da saúde. As pessoas presentes no local que não têm treinamento em RCP devem, pelo menos, administrar compressões torácicas (também chamadas de RCP somente com as mãos). Mesmo sem treinamento, as pessoas presentes no local podem realizar compressões torácicas com orientação dos teleatendentes de emergência pelo telefone (RCP-T). Intervenções de ressuscitação avançadas Extra-hospitalar e intra-hospitalar. As intervenções avançadas podem ser realizadas por profissionais da saúde treinados em procedimentos médicos durante uma tentativa de ressuscitação. Algumas intervenções avançadas são: obtenção de acesso vascular, administração de medicamentos e colocação de via aérea avançada. Outras são: realização de eletrocardiograma (ECG) de 12 eletrodos ou iniciar mãos). Mesmo sem treinamento, as pessoas presentes no local podem realizar compressões torácicas com orientação dos teleatendentes de emergência pelo telefone (RCP-T). Intervenções de ressuscitação avançadas Extra-hospitalar e intra-hospitalar. As intervenções avançadas podem ser realizadas por profissionais da saúde treinados em procedimentos médicos durante uma tentativa de ressuscitação. Algumas intervenções avançadas são: obtenção de acesso vascular, administração de medicamentos e colocação de via aérea avançada. Outras são: realização de eletrocardiograma (ECG) de 12 eletrodos ou iniciar monitorização cardíaca avançada. Nas duas situações, RCP de alta qualidade e desfibrilação são intervenções importantes, a base de um resultado positivo. Extra-hospitalar. Socorristas leigos oferecem RCP de alta qualidade e desfibrilação com um DEA até que uma equipe de vários socorristas assuma a tentativa de ressuscitação. Essa equipe de alto desempenho continuará a RCP de alta qualidade e a desfibrilação e pode executar intervenções avançadas. Intra-hospitalar. A equipe de alto desempenho em um hospital pode incluir médicos, enfermeiros, fisioterapeutas, farmacêuticos e outros. Além de intervenções avançadas, a RCP por membrana extracorpórea pode ser usada em certas situações de ressuscitação. Cuidados pós-PCR Extra-hospitalar. Após o retomo da circulação espontânea (RCE), todas as vítimas de PCR deverão receber cuidados pós-PCR. Os cuidados pós-PCR incluem suporte a atendimento critico de rotina, como ventilação mecânica e controle da pressão arterial. Esse atendimento começa na cena e continua durante o transporte para um serviço hospitalar. Intra-hospitalar. Uma equipe multidisciplinar fornece esse nível avançado de atendimento. Os profissionais da saúde se preocupam em evitar o retomo da PCR e adaptam tratamentos específicos para melhorar a sobrevivência em longo prazo. Os cuidados pós-PCR podem ocorrer no DE, no laboratório de cateterização cardíaca (lab cat), na UTI ou na unidade coronária. O paciente pode passar por um cateterismo cardíaco. Durante esse procedimento, um cateter é inserido em uma artéria (na maioria das vezes, na virilha ou no braço e levado pelos vasos sanguíneos até o coração do paciente) para avaliar a função cardíaca e o fluxo sanguíneo. Alguns problemas cardíacos, como uma artéria obstruída, podem ser corrigidos ou outros problemas podem ser diagnosticados. Recuperação A recuperação da PCR continua por muito tempo depois da alta hospitalar. Dependendo do resultado, o sobrevivente da PCR pode precisar de intervenções específicas. Essas intervenções podem ser necessárias para resolver as causas subjacentes da PCR ou para fornecer reabilitação cardíaca. Alguns pacientes precisam de reabilitação concentrada na recuperação neurológica. Durante o período de recuperação,o apoio psicológico ao paciente e à família é importante. Os socorristas também podem se beneficiar do apoio psicológico. Comparação das cadeias de sobrevivência intra-hospitalar e extra-hospitalar Cinco elementos principais afetam as cadeias de sobrevivência (Tabela 1). Esses elementos são: apoio inicial, equipes de ressuscitação, recursos disponíveis, restrições à ressuscitação e nível de complexidade. A Tabela 1 mostra as principais diferenças no apoio inicial, nas equipes de ressuscitação e nos recursos disponíveis entre as situações intra-hospitalar e extra-hospitalar. As restrições à ressuscitação e o nível de complexidade são os mesmos nas duas situações. Tabela 1. Comparação dos 5 principais elementos nas cadeias de sobrevivência Suporte inicial Depende de um sistema intra- hospitalar de vigilância, PCR extra-hospitalar Depende do suporte da comunidade e de profissionais monitorização e prevenção de serviço médico de adequados, com equipes de emergência profissionais de suporte básico Equipes de ressuscitação As iniciativas de ressuscitação As iniciativas de ressuscitação dependem dependem • Da interação harmônica dos • Dos socorristas leigos que vários departamentos e precisam reconhecer urna serviços de uma instituição vítima inconsciente e (como a unidade de acionar rapidamente o internação, DE, laboratório sistema médico de de cateterismo cardíaco e emergência UTI) • Dos socorristas leigos que • De uma equipe realizam RCP e usam um multidisciplinar de DEA (se disponível) até que profissionais, que inclui uma equipe de alto médicos, enfermeiros, desempenho assuma as fisioterapeutas, iniciativas de ressuscitação farmacêuticos, psicólogos e • Do serviço médico de outros emergência que transporta a vítima para um serviço hospitalar ou atendimento contínuo Recursos disponíveis Dependendo da instalação, as Os recursos disponíveis podem equipes multidisciplinares estar limitados nos ambientes intra-hospitalares podem ter extra-hospitalares: acesso imediato a pessoal • Acesso ao DEA: Os DEAs adicional, além de recursos do podem estar disponíveis por laboratório de cateterização meio de um programa cardíaca, do DE e da UTI. APD ou incluídos nos equipamentos de primeiros socorros ou de emergência. • Socorristas não treinados: RCP-T ajuda os socorristas não treinados a realizar RCP de alta qualidade. • Equipes de alto desempenho de serviço médico de emergência: Os únicos recursos podem ser os que a equipe trouxer. Recursos de apoio e equipamentos adicionais podem levar algum tempo para chegar. Restrições à ressuscitação Os fatores que podem afetar as duas situações incluem controle da multidão, presença da família, restrições de espaço, recursos, treinamento, transporte de paciente e falhas de dispositivos. Nível de complexidade As tentativas de ressuscitação, intra-hospitalares e extra- hospitalares, são normalmente complexas. Elas exigem trabalho em equipe e coordenação entre os socorristas e os profissionais da saúde. Principais diferenças entre as cadeias de sobrevivência pediátricas e adultas Em adultos, a PCR com frequência é súbita e tem causa cardíaca. Em crianças, no entanto, a PCR com frequência é secundária à insuficiência respiratória e choque. A insuficiência respiratória e o choque podem ser potencialmente fatais. A prevenção da PCR, nas cadeias de sobrevivência pediátricas, é o primeiro elo (1). A identificação de problemas respiratórios ou circulatórios precoce e o tratamento adequado podem evitar a progressão para PCR. A identificação precoce também pode maximizar a sobrevivência. Perguntas de revisão 1. Em quais locais ocorre a maior parte das PCR extra-hospitalares? a. Clínicas de saúde b. Residências c. Instalações recreativas d. Shopping centers C Ocultar resposta ) Answer: b. Residências 2. Qual é a causa mais comum de PCR em crianças? a. Problema cardíaco b. Defeito cardíaco congênito ou adquirido c. Insuficiência respiratória ou choque d. Infecção e sepse C Ocultar resposta ) Answer: c. Insuficiência respiratória ou choque 3. Qual é o terceiro elo na cadeia de sobrevivência extra-hospitalar de adultos? a. Suporte avançado de vida b. RCP de alta qualidade c. Prevenção d. Desfibrilação precoce C Ocultar resposta ) Answer: d. Desfibrilação precoce Consulte "ResP-ostas às P-erguntas de revisão" no AP-êndice. Parte 3: SBV para adultos Esta seção descreve o SBV para adultos. Você aprenderá a realizar as habilidades de RCP de alta qualidade, tanto como socorrista único quanto como membro de uma equipe com vários socorristas. Use as habilidades de SBV para adultos em vítimas adolescentes (isto é, após o início da puberdade) e mais velhas. Objetivos de aprendizagem Nesta parte, você aprenderá a: • Reconhecer os sinais de alguém que está necessitando de RCP. • Administrar RCP de alta qualidade, em adultos. • Administrar ventilações eficazes, usando um dispositivo de barreira. Estrutura básica da RCP Qualquer pessoa pode ser um socorrista e salvar vítimas de PCR (Figura 3). As habilidades de RCP específicas que um socorrista usa dependem de muitas variáveis, como o nível de treinamento, a experiência e a confiança (ou seja, proficiência do socorrista). Outras variáveis são o tipo de vítima (criança ou adulto), equipamentos disponíveis e outros socorristas. Um único socorrista com treinamento limitado ou que tem treinamento, mas possui limitação de equipamentos, pode fazer RCP somente com as mãos. Um socorrista com mais treinamento pode fazer RCP na relação 30:2. Quando vários socorristas estiverem presentes, poderão realizar RCP coordenada com vários socorristas. Figura 3. Componentes de RCP. Aqui estão alguns exemplos: • RCP somente com as mãos. Um socorrista com pouco treinamento e sem equipamento que presencia uma PCR em um homem de meia idade pode administrar apenas compressões torácicas, até a chegada de socorro. • RCP 30:2. Um policial treinado em SBV que encontra um adolescente em PCR realizará compressões torácicas e ventilações usando a relação de 30 compressões para duas ventilações. • Equipe de alto desempenho. Três socorristas de emergência, que são chamados para ajudar uma mulher em PCR realizarão RCP coordenada com vários socorristas: o socorrista 1 realizará compressões torácicas; o socorrista 2, ventilações com um dispositivo bolsa-válvula-máscara; o socorrista 3 usa o DEA. O socorrista 3 também assume a função de instrutor de RCP. Um instrutor de RCP ajuda os membros da equipe a executar uma RCP de alta qualidade e a minimizar as pausas nas compressões torácicas. Equipes de socorristas de alto desempenho As iniciativas coordenadas de vários socorristas durante a RCP podem aumentar a probabilidade de sucesso em uma ressuscitação. As equipes de alto desempenho dividem as tarefas durante a tentativa de ressuscitação. Como membro da equipe, você deve executar habilidades de RCP de alta qualidade para dar sua máxima contribuição a toda iniciativa da equipe de ressuscitação. Consulte a Parte 5 para saber mais sobre o desempenho da equipe. Principais componentes de RCP Os principais componentes da RCP são: • Compressões torácicas. • Abertura de Vias aéreas. • Respiração. Você aprenderá cada uma destas partes neste curso. Algoritmo de SBV adulto para profissionais da saúde O algoritmo de SBV adulto para profissionais da saúde descreve as etapas para o atendimento de um adulto inconsciente por um único socorrista e para vários socorristas (Figura 4). Depois de aprender as habilidades apresentadas nessa parte, use esse algoritmo como referência rápida para realizar RCP de alta qualidade em PCR em um adulto. Figura 4. Algoritmo de SBV adulto para profissionais da saúde. Um socorrista que chega ao lado de uma possível vítima de PCR deve seguir estas etapas sequenciais no algoritmo: Etapa 1: Verificar a segurança do local. Certificar-se de que o local é seguro para elee para a vítima. Etapa 2: Verificar se a vítima responde. Tocar nos ombros da vítima e perguntar em voz alta: "Você está bem?" Se a vítima não estiver consciente, acionar o sistema médico de emergência, via celular. Busque um DEA ou solicite para alguém buscar. Etapa 3: Avaliar respiração e pulso. Verificar o pulso para determinar as ações seguintes. Para reduzir o atraso para o início da RCP, o socorrista pode avaliar a respiração e o pulso simultaneamente. Isso deve levar no máximo 1 O segundos. Etapas 3a e 3b: Determinar as ações seguintes, de acordo com a respiração e o pulso: • Se a vítima estiver respirando normalmente e houver pulso, monitore-a. • Se a vítima não estiver respirando normalmente, mas houver pulso: Administre ventilação de resgate a uma frequência de 1 ventilação a cada 6 segundos ou 1 O ventilações por minuto. Verifique o pulso a cada 2 minutos. Prepare-se para realizar RCP de alta qualidade, se não sentir pulso. Se suspeitar de uso de opioides, administre naloxona se estiver disponível e siga os protocolos locais. • Se a vítima não estiver respirando normalmente ou apresentar apenas gasping e não tiver pulso, inicie a RCP de alta qualidade (Etapa 4). Etapa 4: Inicie a RCP de alta qualidade, na relação de 30 compressões torácicas para 2 ventilações. Use o DEA assim que estiver disponível. Etapas 5 e 6: Use o DEA assim que estiver disponível. Siga as instruções do DEA para verificar o ritmo. Etapa 7: Se o DEA detectar um ritmo chocável, aplique um choque. Reinicie a RCP imediatamente, até ser instruído pelo DEA para verificar o ritmo, aproximadamente a cada dois minutos. Continue administrando RCP e usando o DEA até que os profissionais da equipe de suporte avançado de vida assumam ou a vítima começar a respirar, se movimentar ou reagir de outra forma. Etapa 8: Se o DEA detectar um ritmo não chocável, retome a RCP de alta qualidade até ser instruído pelo DEA para verificar o ritmo, aproximadamente a cada 2 minutos. Continue administrando RCP e usando o DEA até que os profissionais de suporte avançado de vida assumam ou a vítima comece a respirar, mover-se ou reagir de outra forma. Para obter uma explicação completa de cada etapa, consulte a SeQuência de SBV para adultos com um socorrista no Apêndice. Habilidades de RCP de alta qualidade: Adultos O aprendizado das habilidades desta seção preparará você para realizar RCP de alta qualidade em adultos. Avaliar respiração e pulso Avalie se a vítima está respirando normalmente e se tem pulso (Figura 5). Isso vai ajudá-lo a determinar as ações apropriadas subsequentes. Figura 5. Verificação simultânea de respiração e pulso. Para minimizar o retardo no início da RCP l, você deve avaliar a respiração e, simultaneamente, verificar o pulso. Esse processo deve levar pelo menos 5 segundos, mas não mais de 10 segundos. Respiração Para verificar a respiração, observe a elevação e retorno do tórax da vítima por, no máximo, 1 O segundos. • Se a vítima estiver respirando: Monitore a vítima, até que chegue ajuda adicional. • Verifique se vítima não respira ou se apresenta somente gasping: Esteja preparado para iniciar RCP de alta qualidade. O gasping não é considerado respiração normal e é um sinal de PCR. O Conceitos fundamentais: Suspiros agonais Suspiros agonais podem se apresentar nos primeiros minutos após uma PCR súbita. Suspiros agonais não são respiração normal. Uma pessoa com gasping aparenta inspiração muito rápida. Ela pode abrir a boca e mexer a mandíbula, a cabeça ou o pescoço, com o gasping. O gasping pode ser vigoroso ou fraco. Pode haver um espaço de tempo entre os gaspings, pois normalmente eles se apresentam de forma muito espaçada e irregular. O gasping pode soar como um suspiro ronco ou gemido Gasping não é respiração normal. É um sinal de PCR. Verificação de pulso carotídeo em um adulto Para realizar verificação do pulso em um adulto, palpe o pulso carotídeo (Figura 5). Se definitivamente não sentir pulso em 10 segundos, inicie a RCP de alta qualidade, começando pelas compressões torácicas. Siga estas etapas para localizar e sentir o pulso carotídeo: • Localize a traqueia (no lado mais próximo de você), usando dois ou três dedos (Figura 6A). • Deslize esses dedos até o sulco existente entre a traqueia e os músculos no lado do pescoço, nos quais é possível sentir o pulso carotídeo (Figura 6B). • Verifique o pulso por no mínimo 5, mas não mais de 1 O segundos. Se você definitivamente não sentir pulso, inicie a RCP com compressões torácicas. Figura 6A. Localização do pulso carotídeo. A, Localize a traqueia. Figura 6B. Sinta o pulso carotídeo com delicadeza. Em todos os cenários, no momento em que a verificação do pulso e da respiração indicar PCR, os seguintes já deverão estar acontecendo: • Alguém acionou o sistema médico de emergência. • Alguém foi buscar o DEA. Realização de compressões torácicas de alta qualidade A base da RCP são as compressões torácicas de alta qualidade. A compressão do tórax durante a RCP bombeia o sangue do coração para o cérebro e, então, para o resto do corpo. Toda vez que você interrompe as compressões torácicas, o fluxo sanguíneo do coração para o cérebro diminui significativamente. Assim que se reiniciam as compressões, são necessárias várias compressões, para que o fluxo sanguíneo volte aos níveis anteriores à interrupção. Por isso, quanto mais as compressões torácicas forem interrompidas e quanto mais longas forem as interrupções, menor será o aporte sanguíneo para o cérebro e órgão vitais. Se a vítima não estiver respirando normalmente ou apresentar apenas gasping e não tiver pulso, inicie a RCP pelas compressões torácicas. Posicionar a vítima Posicione a vítima com o rosto para cima, em uma superficie firme e plana, como o chão ou uma prancha. Isso ajudará a garantir que as compressões torácicas sejam as mais eficazes possível. Se a vítima estiver em uma superficie flexível, como um colchão, a força usada para comprimir o tórax simplesmente afundará o corpo da vítima para dentro dessa superficie. A superficie firme permite que as compressões torácicas e criem fluxo sanguíneo adequado para o coração. Relação compressão-ventilação Se o socorrista estiver sozinho, deve usar a relação compressão-ventilação de 30 compressões para 2 ventilações, para administração de RCP, em vítimas de qualquer idade. Frequência de compressão Comprimir a uma frequência de 100 a 120/min. Essa frequência é a mesma para todas as compressões em vítimas de PCR. Profundidade de compressão Comprima o tórax a uma profundidade mínima de 5 em. Conforme pratica essa habilidade, lembre-se de que as compressões torácicas são, com maior frequência, mais superficiais, em vez de mais profunda. No entanto, é possível comprimir com profundidade exagerada. Comprimir o tórax mais de 6 em em adultos pode reduzir a eficácia da compressão e causar lesões. Usar um dispositivo de feedback de qualidade da RCP pode ajudar a atingir a profundidade ideal de compressão, entre 5 em e 6 em. Retorno do tórax Permitir o retomo completo do tórax (reexpansão) após cada compressão. O retorno do tórax (reexpansão do tórax) permite que o sangue flua para o coração. O retomo incompleto do tórax reduz o sangue que entra no coração, entre as compressões, e reduz o fluxo sanguíneo criado pelas compressões torácicas. Para ajudar a garantir o retomo completo, evite apoiar-se sobre o tórax entre as compressões. Os tempos de compressão torácica e de retomo/relaxamento do tórax devem ser praticamente iguais. Interrupções nas compressões torácicas Minimize as interrupções nas compressões torácicas. Uma duração mais curta das interrupções nas compressões torácicas está associada a um melhor resultado. A proporção de tempo que os socorristas realizam compressões torácicas durante a RCP é chamada de fração de compressões torácicas (FCT). Uma FCT de pelo menos 60% aumenta a probabilidade de RCE,de sucesso do choque e da sobrevivência até a alta do hospital. Com bom trabalho em equipe e treinamento, os socorristas podem, com frequência, atingir 80% ou mais. Essa deve ser a meta em todos os eventos de ressuscitação em eqmpe. Não mova a vítima enquanto a RCP está sendo administrada, a menos que o ambiente apresente perigo (como um prédio em chamas) ou se você achar que não consegue administrar RCP eficazmente na posição ou no local em que a vítima se encontra. Quando o socorro chegar, a equipe de ressuscitação, com base no protocolo local, poderá optar por continuar RCP no local ou transportar a vítima para uma instalação apropriada sem interromper as iniciativas de resgate. SBV de alta qualidade é importante o tempo todo durante o evento de ressuscitação. Técnica de compressão torácica Siga estas etapas para realizar compressões torácicas em um adulto: 1. Posicione-se ao lado da vítima. a. Verifique se a vítima está deitada com o rosto para cima, sobre uma superficie plana e firme. Se a vítima estiver deitada com o rosto para baixo, vire-a com cuidado. Se suspeitar de alguma lesão na cabeça ou no pescoço, tente manter a cabeça, o pescoço e o tronco alinhados ao virar a vítima para cima. É melhor se alguém puder ajudar a virar a vítima. 2. Posicione as mãos e o corpo para administrar compressões torácicas: a. Coloque a base de uma das mãos no centro do tórax da vítima, na metade inferior do estemo (Figura 7 A). b. Coloque a base da outra mão sobre a primeira mão. c. Estique seus braços e posicione seus ombros diretamente sobre as mãos. 3. Administre as compressões a uma frequência de 100 a 120/min. 4. A cada compressão, pressione pelo menos 5 em (isso requer esforço). A cada compressão, procure pressionar diretamente sobre o esterno da vítima (Figura 7B). 5. Ao final de cada compressão, permita o retomo completo do tórax. Evite se apoiar sobre o tórax entre as compressões. 6. Minimize interrupções nas compressões torácicas. (A seguir, você aprenderá a combinar as compressões com ventilações.) Figura 7A. Coloque a base da mão sobre o esterno, no centro do tórax. Figura 7B. Posição correta do socorrista durante as compressões torácicas. Técnica alternativa para compressões torácicas Se tiver dificuldade em pressionar o tórax profundamente durante as compressões, faça o seguinte: • Coloque uma mão no estemo para pressionar o tórax. • Agarre o pulso dessa mão com a outra mão para apoiar a primeira à medida que comprimir o tórax (Figura 8). Figura 8. Técnica alternativa para a compressão torácica em adultos. Essa técnica pode ser útil para socorristas com problema nas articulações, como artrite. Compressões em mulheres grávidas Não postergue a execução das compressões torácicas em uma mulher grávida em PCR. A RCP de alta qualidade, incluindo suporte respiratório e intervenção médica rápida, pode aumentar a chance de sobrevivência da mãe e do bebê. Se você não realizar RCP em uma mulher grávida, quando necessário, as vidas da mãe e do bebê estarão em risco. Execute compressões torácicas e ventilações de alta qualidade para uma mulher grávida, da mesma forma que o faria para qualquer vítima de PCR. Para obter mais informações, consulte Figyra 44. e a sequência no Anêndice. Saiba que, quando uma mulher visivelmente grávida (aproximadamente 20 semanas) está deitada de costas em superficie plana, o úterp çgw pr jwe os grandes vasos sanguíneos do abdome. Essa pressão pode interferir no fluxo sanguíneo para o coração gerado pelas compressões torácicas. Deslocamento uterino lateral (DUL) manual (ou seja, mover o útero manualmente para a esquerda da paciente para aliviar a pressão nos grandes vasos sanguíneos) pode ajudar a aliviar essa pressão. Se socorristas adicionais estiverem presentes e forem treinados, execute DUL contínuo, além de SBV de alta qualidade (Figura 9). Se a mulher for reanimada, coloque-a sobre o lado esquerdo. Isso pode ajudar a melhorar o fluxo para o coração e, portanto, para o bebê. Figura 9A. DUL manual durante a RCP. A, Técnica com uma mão. Figura 9B. Técnica com as duas mãos. O Conceitos fundamentais: Realização de compressões torácicas de alta qualidade • Use uma relação de 30 compressões para 2 ventilações. • Comprima a uma frequênciade 100 a 120/min e uma profundidade de no mínimo 5 em, para adultos. • Permita o retomo total do tórax após cada compressão. Não se apoie sobre o tórax entre as compressões. • Minimize as interrupções nas compressões torácicas. Tente limitar as pausas nas compressões, em menos de 1 O segundos. A meta é uma FCT de pelo menos 60%. Com bom trabalho em equipe, os socorristas podem, normalmente, atingir 80% ou mais. Administração de ventilações Abertura da via aérea Para as ventilações de serem eficazes, é necessário abrir a via aérea da vítima. Há dois métodos para abrir a via aérea: • Inclinação da cabeça-elevação do queixo • Anteriorização da mandíbula Importante: Se houver suspeita de lesão na cabeça ou no pescoço, use a manobra de anteriorização da mandíbula para diminuir o movimento do pescoço e da coluna. Se a anteriorização da mandíbula não abrir a via aérea, use a manobra de inclinação da cabeça-elevação do queixo. Se houver vários socorristas, um deles poderá realizar a manobra de anteriorização da mandíbula enquanto o outro admínistra ventilações com um dispositivo bolsa-válvula-máscara. O terceiro socorrista administrará compressões torácicas. ---------------------- Inclinação da cabeça-elevação do queixo Siga estes passos para realizar a manobra de inclinação da cabeça-elevação do queixo (Figura 1 0): 1. Coloque urna mão sobre a região frontal da vítima e empurre com a palma da mão para inclinar a cabeça para trás. 2. Coloque os dedos da outra mão sob a parte óssea da mandíbula inferior, próximo ao queixo. 3. Erga a mandíbula para trazer o queixo para frente. Figura lOA. A manobra de inclinação da cabeça-elevação do queixo. A, Obstrução pela língua. Quando a vítima não responde, a língua pode bloquear a via aérea superior. Figura lOB. A manobra de inclinação da cabeça-elevação do queixo eleva a língua, aliviando a obstrução. Ao realizar a inclinação da cabeça-elevação do queixo, certifique-se de: • Não pressionar profundamente o tecido mole abaixo do queixo, pois isso pode fechar a via aérea. • Não fechar a boca da vítima completamente. Anteriorização da mandíbula Quando a inclinação da cabeça-elevação do queixo não funcionar ou quando houver suspeita de lesão da coluna, use a manobra de anteriorização da mandíbula (Figura 11 ). Figura 11. Anteriorização da mandíbula. Siga estas etapas para realizar a anteriorização da mandíbula: 1. Posicione-se na cabeça da vítima. 2. Coloque uma mão em cada lado da cabeça da vítima. Você pode descansar os cotovelos sobre a superficie em que a vítima está deitada. 3. Disponha os dedos das duas mãos sob as angulações da mandíbula da vítima, deslocando o queixo para a frente (Figura 11 ). 4. Se os lábios se fecharem, empurre o lábio inferior com o polegar para abri-los. Se a anteriorização da mandíbula não abrir a via aérea, faça a manobra de inclinação da cabeça-elevação do queixo. Dispositivos de barreira para administração de ventilações Ao administrar ventilações durante a RCP, dispositivos de barreira são usados como equipamento de proteção individual. Exemplos são máscara de bolso (preferidas) e protetores faciais. Os socorristas devem substituir os protetores faciais por uma máscara de bolso, na primeira oportunidade. Infecção causada por RCP é extremamente improvável. Apenas alguns casos foram relatados. Ainda assim, a segurança do local e os protocolos de saúde requerem que os profissionais da saúde usem equipamentos de proteção individual, ao realizar RCP no local de trabalho. Máscara de bolso Para realizar ventilações máscara-boca, use uma máscara de bolso (Figura 12). Normalmente, as máscaras debolso têm uma válvula unidirecional, que desvia do socorrista o ar exalado, sangue ou fluidos corporais da vítima. A válvula unidirecional permite que a respiração do socorrista entre pela boca e pelo nariz da vítima e impede que o ar exalado pela vítima volte para o socorrista. Figura 12. Máscaras de bolso para adultos, crianças e bebês. Há diferentes tamanhos de máscara de bolso para adultos, crianças e bebês (Eigura 12). O uso eficaz da máscara de bolso, como dispositivo de barreira, requer instrução e prática. Para usar uma máscara de bolso, posicione-se ao lado da vítima. Essa posição é ideal para RCP com um único socorrista porque você pode administrar ventilações e compressões torácicas sem precisar se reposicionar toda vez em que alternar de função entre as compressões e ventilações. Siga estas etapas para abrir a via aérea com a manobra de inclinação da cabeça-elevação do queixo e administre ventilações com uma máscara de bolso: 1. Posicione-se ao lado da vítima. 2. Coloque a máscara de bolso na face da vítima, usando a ponte nasal como referência para uma posição correta. 3. Sele a máscara de bolso contra a face. a. Usando a mão mais próxima da parte superior da cabeça da vítima, coloque o dedo indicador e o polegar sobre a borda da máscara. b. Coloque o polegar da outra mão ao longo da borda inferior da máscara. c. Coloque os três outros dedos da segunda mão na parte óssea da mandíbula e erga-a. Realize a manobra inclinação da cabeça-elevação do queixo (Figura 10). d. Enquanto você eleva a mandíbula, pressione firme e completamente toda a borda externa da máscara para selá-la contra a face (Figura 13). 4. Administre cada ventilação durante 1 segundo, o suficiente para elevar o tórax da vítima. Figura 13. Pressione firme e completamente toda a borda externa da máscara para selá- la contra a face. O Conceitos fundamentais: Ventilações em adultos Lembre-se: ao interromper as compressões torácicas para administrar duas ventilações com um dispositivo de barreira, certifique-se de: • Administrar cada ventilação por 1 segundo. • Observar a elevação visível do tórax a cada ventilação. • Reiniciar as compressões torácicas em menos de 1 O segundos. Teor de oxigênio do ar exalado O ar que inalamos contém em tomo de 21% de oxigênio. O ar que exalamos contém em tomo de 17% de oxigênio. Isso significa que o ar que um socorrista expira ainda contém muito oxigênio para fornecer à vítima, que tanto precisa. Dispositivos bolsa-válvula-máscara Use um dispositivo bolsa-válvula-máscara, se disponível, (Figura 14) para administrar ventilação com pressão positiva para uma vítima que não está respirando ou cuja respiração não está normal. O dispositivo é composto por uma bolsa unida a uma máscara facial. Se a bolsa for autoinsuflável, o dispositivo poderá ser usado com ou sem fonte de oxigênio. Se não estiver ligada a um fluxo de oxigênio, ela fornecerá 21% de oxigênio do ar ambiente. Alguns dispositivos bolsa-válvula-máscara possuem válvula unidirecional. O tipo de válvula pode variar de um dispositivo para outro. Figura 14. Dispositivo bolsa-válvula-máscara. As máscaras faciais são fornecidas em uma variedade de tamanhos. Os tamanhos comuns são: bebê (pequeno), criança (médio) e adulto (grande). Para um ajuste adequado, a máscara deverá: • Estender-se da ponte nasal até um pouco acima da borda inferior do queixo • Cobrir o nariz e a boca; certifique-se de que a máscara não pressionar os (Figura 15) Figura 15. Área correta do rosto para a aplicação da máscara facial. Observe que a máscara não deve pressionar os olhos. A máscara flexível e acolchoada deverá fornecer uma vedação hermética. Se a vedação não for hermética, a ventilação não será eficaz. A ventilação com bolsa-máscara, durante a RCP, é mais eficaz quando dois socorristas a realizam juntos. Um socorrista abre a via aérea e sela a máscara contra a face da vítima, enquanto o outro comprime a bolsa. Todos os profissionais de saúde de SBV devem ter habilidade para usar o dispositivo bolsa-válvula- máscara. É necessário prática para ter proficiência nessa técnica de ventilação. Técnica de ventilação com bolsa-válvula-máscara (um socorrista) Para abrir a via aérea com a inclinação da cabeça-elevação do queixo e usar um dispositivo bolsa- válvula-máscara para administrar ventilações na vítima, siga estas etapas: 1. Posicione-se diretamente acima da cabeça da vítima. 2. Coloque a máscara sobre o rosto da vítima, usando a ponte nasal como guia, para obter a posição correta. Use a técnica C-E a fim de prender a máscara enquanto eleva a mandíbula para manter a via aérea aberta (Figura 16). a. Manobre para inclinar a cabeça. b. Coloque a máscara na face com a parte mais estreita na ponte do nariz. c. Use o polegar e o dedo indicador de cada mão formando um "C" na lateral da máscara, pressionando as bordas contra o rosto. d. Use os dedos remanescentes para erguer os ângulos da mandíbula (3 dedos formam um "E"). Abra a via aérea e pressione o rosto contra a máscara. 3. Comprima a bolsa para administrar ventilações, observando, simultaneamente, se há elevação do tórax. Administre cada ventilação durante 1 segundo, com ou sem oxigênio complementar. Figura 16A. Técnica C-E para prender a máscara enquanto eleva a mandíbula. A, Visão lateral. Figura 16B. Visão aérea. Técnica de ventilação com bolsa-válvula-máscara (mais de dois socorristas) Quando houver 3 ou mais socorristas presentes, dois poderão fornecer ventilação com bolsa-válvula- máscara de maneira mais eficaz do que um único socorrista. Dois socorristas trabalham juntos desta forma (Figura 17): 1. O socorrista 1, posicionado diretamente acima da vítima, abre a via aérea e posicionao dispositivo bolsa-válvula-máscara, seguindo as etapas descritas na seção técnica de ventilação do dispositivo bolsa-válvula-máscara (com um socorrista). a. O socorrista deve tomar cuidado para não pressionar a máscara com muita força, porque isso poderia empurrar a mandíbula do paciente para baixo e bloquear a via aérea. 2. O socorrista 2, posicionado ao lado da vítima, bombeia a bolsa. Figura 17. Ventilação com bolsa-válvula- máscara com dois socorristas. Ventilação para uma vítima com estoma ou tubo de traqueostomia Ao ventilar uma vítima com estoma ou tubo de traqueostomia, posicione a máscara sobre o estoma ou tubo e use as técnicas descritas anteriormente. Uma máscara pediátrica pode ser mais eficaz que uma máscara adulta. Se o tórax não se elevar, você pode conectar o dispositivo bolsa-válvula-máscara diretamente no tubo de traqueostomia. Se o tórax ainda não se elevar, pode ser necessário fechar a boca da vítima e fornecer ventilações sobre o estoma ou tubo de traqueostomia. O Conceitos fundam entais: Dois socorristas para anteriorização da mandíbula e ventilação com bolsa-válvula-máscara Durante a RCP, a anteriorização da mandíbula e a ventilação com bolsa-válvula-máscara são mais eficazes quando dois ou mais socorristas administram a ventilação. Um socorrista deve se posicionar acima da cabeça da vítima e usar ambas as mãos para abrir a via aérea, elevar a mandíbula e manter a máscara presa à face, enquanto o segundo socorrista comprime a bolsa. O segundo socorrista fica posicionado ao lado da vítima. SBV para adultos com dois socorristas Quando encontrar um adulto inconsciente e outros socorristas estiverem disponíveis, trabalhem juntos para seguir as etapas descritas no algoritmo de SBV em adultos para profissionais da saúde (Figura 4). Quando houver mais socorristas para uma tentativa de ressuscitação, mais tarefas poderão ser realizadas simultaneamente. O primeiro socorrista que se encontra ao lado de uma possível vítima de PCR deverá avaliar a cena com relação à segurança e verificar se a vítima está inconsciente. Esse socorrista deverá enviar um outro socorrista para acionar o sistema médico de emergência e buscar o DEA. Quando mais socorristas chegarem,atribua tarefas. Outros socorristas podem ajudar com a ventilação com bolsa-máscara, com as compressões e com o uso do DEA (Figura 18). Figura 18. Vários socorristas podem realizar tarefas simultâneas durante uma tentativa de ressuscitação. Para obter instruções completas passo a passo sobre como seguir o algoritmo de SBV adulto para profissionais da saúde como parte de uma equipe de vários socorristas, consulte a seQuência de SBV para adultos com dois socorristªs pg Apêpdjce Funções e atribuições da equipe em RCP com dois socorristas ou mais Quando mais socorristas estiverem disponíveis para uma tentativa de ressuscitação, poderão e realizar tarefas simultâneas. Em RCP com dois socorristas (Figura 19), ambos têm tarefas específicas. Figura 19. RCP com dois socorristas. Primeiro socorrista: Administração de compressões Posicione-se ao lado da vítima. • Procurar colocar a vítima em posição dorsal, em uma superficie firme e plana. • Realizar compressões torácicas. Comprimir a uma frequência de 100 a 120/min. Comprimir pelo menos 5 em do tórax, em adultos. Esperar o retomo total do tórax, antes de cada compressão e evitar apoiar-se no tórax da vítima entre as compressões. Minimizar as interrupções nas compressões (tentar restringir as interrupções nas compressões torácicas em menos de 10 segundos). Usar a relação compressão-ventilação de 30:2. Contar as compressões em voz alta. • Alternar-se nas compressões a cada 5 ciclos ou a cada 2 minutos (ou com maior frequência, se cansados). Essa troca deve levar menos de 5 segundos. Segundo socorrista: Administração de ventilações Posicione-se na cabeça da vítima. • Manter a via aérea aberta usando: Inclinação da cabeça-elevação do queixo ou Anteriorização da mandíbula • Administrar ventilação para produzir elevação do tórax e evitar ventilação excessiva. • Estimular o primeiro socorrista a: Realizar compressões com profundidade e frequência adequadas Permitir o retomo total do tórax entre as compressões • Quando houver apenas dois socorristas, alternar-se nas compressões a cada 5 ciclos ou a cada 2 minutos, fazendo essa troca em menos de 5 segundos. o Conceitos fundamentais: Equipes de alto desempenho • Ao aplicar as compressões, os socorristas devem se alternar a cada 5 ciclos de RCP (a cada 2 minutos) ou antes, se cansados. • Quando outros socorristas chegarem, eles poderão ajudar na ventilação com bolsa-válvula-máscara, nas compressões e no uso do DEA e de outros equipamentos de emergência (Eigura 18). Desempenho em equipe eficaz para minimizar interrupções nas compressões Equipes eficazes se comunicam continuamente. Se quem faz as compressões contá-las em voz alta, o socorrista que está administrando as ventilações poderá prever quando elas devem ser realizadas. Isso ajuda o socorrista a se preparar para administrar as ventilações eficazmente e minimizar as interrupções nas compressões. Além disso, a contagem alertará ambos os socorristas quando o momento da troca de função estiver se aproximando. Aplicar compressões torácicas eficazes é um trabalho difícil. Se o socorrista que aplica as compressões se cansar, as compressões torácicas não serão tão eficazes. Para reduzir o cansaço do socorrista, alterne a função de administração de compressões a cada 5 ciclos (ou a cada 2 minutos) ou antes, se necessário. Para minimizar as interrupções, troque de função quando o DEA estiver analisando o ritmo. Essa troca deve levar menos de 5 segundos. Alguns profissionais de SBV têm treinamento especial em instrução de RCP para ajudar a equipe de ressuscitação a minimizar as interrupções nas compressões torácicas. Essa função é chamada de instrutor de RCP. O que é um instrutor de RCP? Muitas equipes de ressuscitação incluem a função de instrutor de RCP. O instrutor de RCP ajuda na execução de habilidades de SBV de alta qualidade, permitindo ao líder da equipe se concentrar em outros aspectos do atendimento clínico. Estudos mostraram que as equipes de ressuscitação com um instrutor de RCP realizam RCP de mais alta qualidade, com FCT mais alta e durações de pausa mais curtas que as equipes que não usam um instrutor de RCP. O instrutor de RCP não precisa ser urna função separada, pode ser mais eficazmente unido às responsabilidades do monitor/desfibrilador. As principais responsabilidades do instrutor de RCP são ajudar os membros da equipe a realizar RCP de alta qualidade e a minimizar as pausas nas compressões. O instrutor de RCP precisa de uma linha de visão direta com o responsável pela compressão, portanto deverá ficar em pé ao lado do desfibrilador. Aqui está uma descrição das ações do instrutor de RCP: Coordenar o início da RCP: Assim que for verificado que o paciente não tem pulso, o instrutor de RCP falará: "Sou o instrutor de RCP" e dirá aos socorristas para iniciar as compressões torácicas. O instrutor de RCP pode ajudar o a garantir RCP de alta qualidade. Ele pode baixar a grade da cama ou a própria cama, pegar uma escadinha de degraus ou virar a vítima para colocar uma prancha e as pás de desfibrilação, a fim de facilitar ainda mais a execução da RCP de alta qualidade. Orientar para melhorar a qualidade das compressões torácicas: O instrutor de RCP oferece feedback sobre o desempenho da profundidade e frequência da compressão e do retorno do tórax. Ele informa os dados do dispositivo de feedback da RCP para ajudar o responsável pela compressão a melhorar o desempenho. Isso é útil porque a avaliação visual da qualidade da RCP normalmente é tmprectsa. Informar as metas de médio prazo: O instrutor de RCP informa as metas específicas de médio prazo, para que as compressões e a ventilação estejam dentro do intervalo recomendado. Por exemplo, deve informar ao responsável pela compressão para fazer as compressões a uma frequência de 11 O compressões por minuto, em vez de entre 100 e 120 por minuto. Orientar com relação às metas de médio prazo: O instrutor de RCP oferece aos membros da equipe feedback sobre a frequência e o volume da ventilação. Se necessário, também lembrará a equipe da relação compressão-ventilação. Ajudar a minimizar a duração das pausas nas compressões: O instrutor de RCP se comunica com a equipe para ajudar a minimizar a duração das pausas nas compressões. As pausas acontecem durante a desfibrilação, troca do responsável pela compressão e colocação de uma via aérea avançada. Perguntas de revisão Cenário: Um homem de 53 anos de idade sofre um colapso súbito e fica inconsciente. Você testemunha o colapso e é o primeiro socorrista na cena, onde o homem está deitado, imóvel, no chão. 1. Qual a primeira medida que você deve tomar nessa situação? a. Acionar o sistema médico de emergência. b. Iniciar a RCP de alta qualidade, começando pelas compressões torácicas. c. Começar a administrar ventilações de resgate. d. Verificar se o local oferece segurança para si mesmo e para a vítima. \. .J Answer: d. Verificar se o local oferece segurança para si mesmo e para a vítima. 2. O homem não responde quando você o toca nos ombros e pergunta em voz alta: "Você está bem?". Qual é a melhor medida a tomar em seguida? a. Verificar o pulso. b. Iniciar RCP de alta qualidade. c. Começar a administrar ventilações de resgate. d. Gritar por ajuda para alguém próximo. C Ocultar resposta ) Answer: d. Gritar por ajuda para alguém próximo. 3. Vários socorristas respondem e você pede para eles acionarem o serviço médico de emergência e buscarem o DEA. Ao verificar a respiração e o pulso, você percebe que o homem apresenta gasping e produz sons de respiração agônica ou suspiro. Você não sente nenhum pulso. Qual é a melhor medida a ser tomada a seguir? a. Iniciar a RCP de alta qualidade, começando pelas compressões torácicas. b. Monitorar a vítima até a chegada de ajuda adicional mais experiente. c. Administrar ventilação de resgate seguindo a relação de 1 ventilação a cada 6 segundos. d. Encontrar alguém para ajudar apegar o DEA mais próximo. C Ocultar resposta ) Answer: a. Iniciar a RCP de alta qualidade, começando pelas compressões torácicas. 4. Qual é a relação de compressão torácica-ventilação ao administrar RCP em adultos? a. 1 O compressões/2 ventilações. b. 15 compressões/2 ventilações. c. 30 compressões/2 ventilações. d. 100 compressões/2 ventilações. C Ocultar resposta ) Answer: c. 30 compressões/2 ventilações. 5. Qual é a frequência e a profundidade das compressões torácicas em adultos? a. Uma frequência de 60 a 80 compressões por minuto e uma profundidade de aproximadamente 2,5 em. b. Uma frequência de 80 a 100 compressões por minuto e uma profundidade de aproximadamente 4cm. c. Uma frequência de 120 a 140 compressões por minuto e uma profundidade de aproximadamente 6,4 cm. d. Uma frequência de 100 a 120 compressões por minuto e uma profundidade de pelo menos 5 em. C Ocultar resposta ) Answer: d. Uma frequência de 100 a 120 compressões por minuto e uma profundidade de pelo menos 5 em. 6. Qual medida você deve tomar quando os socorristas chegam? a. Atribuir tarefas aos outros socorristas e alternar o responsável pela compressão a cada 2 minutos ou com maior frequência, se necessário, para evitar cansaço. b. Continuar a RCP enquanto o DEA é colocado, se você estiver cansado. c. Esperar um socorrista mais experiente para fornecer orientações à equipe. d. Orientar a equipe para que escolha um líder e atribua funções, enquanto você administra a RCP. C Ocultar resposta ) Answer: a. Atribuir tarefas aos outros socorristas e alternar o responsável pela compressão a cada 2 minutos ou com maior frequência, se necessário, para evitar cansaço. 7. Se você suspeitar que uma vítima que não responde tem alguma lesão na cabeça ou no pescoço, qual o método preferencial para abrir a via aérea? a. Inclinação da cabeça-elevação do queixo. b. Anteriorização da mandíbula. c. Inclinação da cabeça-elevação do pescoço. d. Evitar abrir a via aérea. C Ocultar resposta ) Answer: b. Anteriorização da mandíbula. 8. OqueéaFCT? a. A força usada para comprimir o tórax. b. Relação compressão-ventilação. c. A proporção de tempo em que os socorristas realizam compressões torácicas durante a RCP. d. Um outro termo para retorno do tórax. C Ocultar resposta ) Answer: c. A proporção de tempo em que os socorristas realizam compressões torácicas durante a RCP. Consulte "ResP-ostas às P-erguntas de revisão" no AP-êndice. Parte 4: Desfibrilador externo automático para adultos e crianças de 8 anos de idade e acima O Desfibrilador Externo Automático (DEA) é um dispositivo leve, portátil e computadorizado que pode identificar um ritmo cardíaco anormal, que precisa de choque. O DEA pode fornecer um choque capaz de interromper o ritmo anormal e permitir que o coração retome ao ritmo normal. Os DEA são simples de operar. Permitem que leigos e profissionais da saúde tentem realizar a desfibrilação com segurança. Objetivos de aprendizagem Nesta parte, você aprenderá sobre: • A importância de usar um DEA, assim que possível, em adultos e crianças de 8 anos ou acima. • O uso apropriado de um DEA para adultos e crianças de 8 anos ou acima. Desfibrilação O DEA identifica ritmos cardíacos anormais como tratáveis ou não tratáveis. Os ritmos tratáveis são tratados com desfibrilação. Desfibrilação é o termo médico utilizado para interromper ou parar um ritmo cardíaco anormal usando choques elétricos controlados. O choque para o ritmo anormal reinicia o sistema elétrico do coração, para que um ritmo cardíaco normal (organizado) possa ser retomado. Se a circulação eficaz retomar, o músculo cardíaco da vítima poderá, novamente, bombear sangue. A vítima terá batimentos cardíacos que produzem um pulso palpável (um pulso que pode ser sentido pelo socorrista). Isso é chamado de retorno da circulação espontânea ou RCE. Os sinais de RCE incluem: respiração, tosse ou movimento e um pulso palpável ou pressão arterial que pode ser mensurada. Desfibrilação precoce A desfibrilação precoce aumenta as chances de sobrevivência em caso de uma PCR causada por um ritmo cardíaco anormal ou irregular ou por uma arritmia. As arritmias ocorrem quando os impulsos elétricos que fazem o coração bater tomam-se muito rápidos, muito lentos ou irregulares. Duas arritmias potencialmente fatais tratáveis que provocam parada cardiorrespiratória (PCR) são: Taquicardia Ventricular Sem Pulso (TVSP) e Fibrilação Ventricular. • TVSP: Quando as cavidades inferiores do coração (ventrículos) começam a contrair em um ritmo muito rápido, desenvolve-se uma rápida frequência cardíaca conhecida como taquicardia ventricular. Em casos extremamente graves, os ventrículos bombeiam de forma tão rápida e ineficaz que não é possível detectar nenhum pulso (isto é, "sem pulso" em TVSP). Os tecidos e órgãos do corpo, especialmente o coração e o cérebro, deixam de receber oxigênio. • Fibrilação Ventricular: Nesse ritmo de PCR, a atividade elétrica do coração se toma caótica. Os músculos cardíacos tremem de maneira rápida e dessincronizada e o coração não bombeia sangue. A desfibrilação precoce, a RCP de alta qualidade e todos os componentes da cadeia de sobrevivência são necessários para melhorar a probabilidade de sobrevivência em casos de TVSP e FV. Programas de acesso público à desfibrilação Para fornecer uma desfibrilação rápida, os socorristas precisam ter um DEA imediatamente disponível. Os programas de acesso público à desfibrilação (APD) aumentam a disponibilidade do DEA e treinam os leigos sobre como usá-lo. Os programas de APD colocam DEA em locais públicos em que grande número de pessoas se reúnem, como edifícios comerciais, aeroportos, centros de convenções e escolas. Eles também colocam DEA em comunidades nas quais as pessoas têm maior risco de PCR, como edifícios comerciais, cassinos e edifícios residenciais. Alguns programas de APD funcionam em coordenação com o serviço médico de emergência local, de forma que os teleatendentes podem direcionar quem os procura para o DEA mais próximo. O Conceitos fundamentais: Manutenção do DEA e dos suprimentos deverá ser designado para fazer o seguinte: • Manutenção da bateria. • Pedir e substituir suprimentos, incluindo as pás do DEA (adultas e pediátricas). • Substituir os equipamentos usados,= incluindo dispositivo de barreira (por exemplo, máscara de bolso), luvas, lâminas de barbear (para retirada do pelo do tórax) e tesouras. :Esses itens, às vezes, são mantidos em um kit de emergência ou de primeiros socorros separado. Chegada do DEA Quando o DEA chegar, coloque-o ao lado da vítima, próximo ao socorrista que irá operá-lo. Essa posição proporciona pronto acesso aos controles do DEA e facilita a aplicação das pás. Permite também que um segundo socorrista realize a RCP no lado oposto da vítima, sem interferir na operação do DEA. Certifique-se de que as pás do DEA sejam colocadas diretamente sobre a pele e não sobre a roupa, adesivos de medicamento ou dispositivos implantados. Uso do DEA Conheça o DEA O DEA varia de acordo com o modelo e o fabricante. Mas todos os DEAs funcionam, basicamente, da mesma forma. As etapas universais para operar um DEA podem orientá-lo na maioria das situações. No entanto, você deve se familiarizar com o DEA que é usado em seu ambiente específico. Por exemplo, é importante saber se o DEA deve ser ligado manualmente ou se ele é ligado automaticamente ao abrir a tampa. Como operar um DEA: Etapas universais Comece abrindo o DEA. Se necessário, ligue-o. Durante uma tentativa de ressuscitação, siga as instruções do DEA. Essas instruções podem ser eletrônicas, por voz ou por comandos na tela. Para reduzir o tempo até a administração do choque, execute preferencialmente as duas etapas a seguir em 30 segundos, a contar da chegada do DEA ao lado da vítima. I . Abra o estojo de transporte (se aplicável). Ligue o DEA (Figura 20), se necessário. a. Alguns dispositivos são ligados automaticamente,quando você abre a tampa. b. Siga as instruções do DEA. 2. Aplique as pás do DEA no tórax desnudo do paciente. Evite colocar as pás sobre roupa, adesivos de medicamentos ou dispositivos implantados. Use as pás para adultos em pessoas com 8 anos ou acima. Isso deverá ser feito enquanto um segundo socorrista continua a RCP. a. Remova o papel adesivo protetor das pás do DEA. b. Aplique as pás adesivas do DEA no tórax desnudo do paciente. Siga as ilustrações de aplicação nas pás (Eigura 21). Consulte Conceitos fundamentais: OQ.ÇÕes de aP-licação de P-ás de DEA, ainda na Parte 4, para examinar opções comuns de aplicação. c. Conecte os cabos de conexão do DEA à caixa do DEA (alguns vêm pré-conectados). 3. "Isole" a vítima e permita que o DEA analise o ritmo cardíaco (Figura 22). a. Quando o DEA instruir, "afaste-se da vítima durante a análise". Certifique-se de que ninguém esteja tocando a vítima, nem mesmo o socorrista responsável por administrar as ventilações. b. Alguns DEA o instruirão a apertar um botão para que o aparelho inicie a análise do ritmo cardíaco; outros o farão automaticamente. O DEA pode levar alguns segundos para analisar. c. O DEA informará se um choque for necessário. 4. Se o DEA recomendar um choque, dará a instrução para afastar-se da vítima (Figura 23A) e, em seguida, aplicar um choque. a. Antes de aplicar o choque, isole a vítima. Faça isso garantindo que ninguém esteja tocando a vítima. • Anuncie em voz alta uma mensagem para que todos se afastem da vítima, como, por exemplo, "Todos afastados". b. Pressione o botão SHOCK (Choque) (Figura 23B). O choque produzirá uma contração repentina dos músculos da vítima. 5. Se o DEA informar que o choque não é necessário ou depois da aplicação de um choque, reinicie, imediatamente, a RCP, começando com as compressões torácicas (Figura 24). 6. Após 5 ciclos, ou aproximadamente 2 minutos de RCP, o DEA o avisará para repetir as etapas 3 e 4. Figura 20. Ligue o DEA. Figura 21. O operador do DEA aplica as pás do DEA na vítima e depois conecta os eletrodos ao DEA. Figura 22. O operador do DEA isola a vítima antes da análise de ritmo. Se necessário, o operador do DEA ativa o recurso ANALYZE (Analisar) doDEA. Figura 23A. O operador do DEA isola a vítima antes de administrar um choque. todos estiverem afastados da vítima, o operador do DEA pressiona o botão SHOCK (Choque). Figura 24. Se o choque não for indicado, ou imediatamente após a administração de qualquer choque, os socorristas iniciarão a RCPpelas compressões torácicas. Minimizar o tempo entre a última compressão e a administração do choque Pesquisas mostraram que, quanto menor o tempo entre a última compressão e o choque administrado, melhores as chances de RCE. Minimizar as interrupções requer prática e coordenação de equipe, especialmente entre o responsável pelas compressões e o operador do DEA. Não postergue a RCP de alta qualidade após o uso do DEA Reinicie imediatamente a RCP de alta qualidade pelas compressões torácicas (Figura 24), depois de um dos seguintes eventos: • O operador do DEA administrar um choque. • O DEA instruir "choque não recomendado." Após 5 ciclos ou 2 minutos de RCP de alta qualidade, o DEA o avisará para repetir as etapas 3 e 4. Continue até que os profissionais de suporte avançado de vida assumam ou a vítima comece a respirar, mover-se ou reagir de outra forma. O Conceitos fundam entais: Opções de aplicação das pás do DEA Coloque as pás do DEA de acordo com as imagens que constam nas pás. Duas formas de colocação comuns são anterolateral e anteroposterior (AP). Aplicação anterolateral • Como mostrado na Figura 25A, ambas as pás serão aplicadas no tórax desnudo da vítima. • Aplique uma pá do DEA imediatamente abaixo da clavícula direita. • Coloque a outra pá ao lado do mamilo esquerdo, com a borda superior da pá de 7 a 8 em abaixo da axila. Aplicação AP • Como mostrado na Figura 25B, aplique uma pá no centro do tórax desnudo da vítima (anterior) e a outra no centro das costas da vítima (posterior). o • Aplique uma pá do DEA no lado esquerdo do tórax, entre o lado esquerdo do estemo da vítima e o mamilo esquerdo. Aplique a outra pá no lado esquerdo das costas da vítima, próximo à coluna. medicação e dispositivos implantados. Figura 25A. Opções de aplicação de pás do DEA em uma vítima adulta. A, Anterolateral. Figura 25B. Anteroposterior. Pás de DEA para crianças O DEA pode incluir pás menores destinadas especificamente a crianças com menos de 8 anos de idade. Não use pás pediátricas em adultos. As pás pediátricas administram uma carga do choque que é pequena demais para um adulto e provavelmente não resultará em sucesso. É melhor administrar RCP de alta qualidade do que tentar administrar choque em uma vítima adulta com pás pediátricas. Circunstâncias especiais Ao colocar as pás do DEA, pode ser necessário tomar medidas adicionais quando a vítima: • Tiver pelos no tórax. • Estiver dentro da água ou com o tórax molhado. • Tiver um desfibrilador ou marca-passo implantado. • Estiver usando um adesivo de medicação transdérmica ou tiver outro objeto na superficie da pele, no local em que as pás do DEA devem ser colocadas. • For uma mulher grávida. • For mulher. Pelos no tórax As pás do DEA podem grudar nos pelos e não na pele do tórax. Se isso ocorrer, o DEA não poderá analisar o ritmo cardíaco da vítima e exibirá uma mensagem "Verificar eletrodos" ou "Verificar as pás do eletrodo". Lembre-se de observar se a vítima tem pelos no tórax antes de posicionar as pás. Em seguida, se necessário, use a lâmina do kit do DEA para retirar o pelo da área em que aplicará as pás. Se não tiver uma lâmina, mas tiver um segundo conjunto de pás, use o primeiro conjunto para remover os pelos. Posicione o primeiro par de pás, pressione bem para que possam aderir o máximo possível e puxe rapidamente. Em seguida, posicione um novo par de pás. Presença de água ou líquidos Água e líquido normalmente conduzem eletricidade. Não use o DEA na presença de água. • Se a vítima estiver na água, retire-a da água. - -----------o---- - ----- - ------ - - - -----, -------o--- - ------- -- --- --------r ---------- • Se a vítima estiver sobre a neve ou uma pequena poça, você poderá usar o DEA depois que secar rapidamente o tórax. Desfibriladores e marca-passos implantados Vítimas com alto risco de PCR súbita podem ter desfibriladores ou marca-passos implantados que administram choques de forma automática diretamente no coração. Se você posicionar uma pá do DEA diretamente sobre um desfibrilador/marca-passo, esses dispositivos poderão interferir na aplicação do choque. Esses dispositivos são fáceis de identificar, pois criam uma protuberância rígida embaixo da pele que, com frequência, está no lado esquerdo superior do tórax, mas também pode ser encontrada no lado direito superior do tórax ou no abdome. A protuberância varia do tamanho de uma moeda à metade do tamanho de um baralho de cartas. Ao identificar um desfibrilador/marca-passo implantado: • Se possível, evite colocar a pá do DEA diretamente sobre o dispositivo implantado. • Siga os passos normais de operação do DEA. Adesivos de medicação transdérmica Não aplique as pás do DEA diretamente sobre adesivos de medicação. O adesivo pode interferir na transferência de energia da pá do DEA para o coração. Isso também pode causar pequenas queimaduras na pele. Exemplos de adesivos de medicação são: nitroglicerina, nicotina, analgésicos e adesivos de terapia de reposição hormonal. Se não postergar a aplicação do choque, remova o adesivo e limpe a área antes de posicionar as pás do DEA. Para evitar a transferência de medicação do adesivo para você, use luvas de proteção ou outro tipo de barreira ao remover o adesivo. Lembre-se de evitar atrasos, o máximo possível. Mulher grávida O DEA deve ser usado em mulheres grávidas em PCR, da mesma forma que em