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INCONTINÊNCIA URINÁRIA CONCEITO I.U.: qualquer perda involuntária de urina, exceto para crianças. Problema de saúde pública, em decorrência dos custos que acarreta e do comprometimento severo da qualidade de vida de milhões de mulheres em todo o mundo. (Sociedade Internacional de Continência Urinária A incontinência urinária é considerada uma condição clínica de etiologia multifatorial. ETIOLOGIA Fraqueza anatômica Déficit de estrogênio. Cirurgias anteriores. Pressão vesical > pressão uretral Instabilidade do detrusor ou bexiga instável; Infecção urinária; Bexiga neurogênica; Anomalias congênitas ou adquiridas do trato urinário Uso de medicações EPIDEMIOLOGIA VARIA DE ACORDO COM A CLASSIFICAÇÃO Até 10% entre 15 e 64 anos Até 50% nos idosos Freqüente nos pacientes neurológicos IU de esforço: perda urinária involuntária após esforço físico, tosse, espirro; IU de urgência ou Urge-Incontinência: perda urinária precedida por forte desejo de urinar; IU Mista: Quando há IU de esforço e de urgência , simultaneamente; IU inconsciente: perda urinária sem urgência ou reconhecimento consciente de extravasamento; CLASSIFICAÇÃO IU IU por transbordamento: É o escape incontrolável de pequenas quantidades de urina de uma bexiga cheia. Enurese noturna: Perda de urina que ocorre durante o sono; ( ≠ Noctúria) CLASSIFICAÇÃO IU CLASSIFICAÇÃO IU 1. IU Extra-Uretral -Ocasionam perdas urinárias contínuas -Fístulas - Ureter ectópico; 2. IU Transuretral : - IU de esforço verdadeira; - IUU - IU Mista; - Anomalias uretrais congênitas ex.: epispádia DIAGNÓSTICO 1. Clínico: Anamnese (sintomas): URGÊNCIA MICCIONAL: forte desejo miccional, acompanhado de medo da perda urinária ou dor; POLACIÚRIA: ↑ da freqüência miccional; 8 ou mais vezes ao dia ou com intervalo menor que 2 horas; NOCTÚRIA: desperta à noite, só para urinar Exame uro-ginecológico: Físico, PAD TEST, Teste do cotonete, Diário Miccional, Stop Test DIAGNÓSTICO TESTE DO COTONETE (Q – Tip-Test): Introduz-se um cotonete estéril, lubrificado com gel anestésico na uretra da paciente; Solicita-se manobra de Valsalva e mede-se a incursão do cotonete com o goniômetro; Se o ângulo formado pelo cotonete e o eixo horizontal for maior que 30º, indica hipermobilidade uretrovesical; Associado à IUE; Teste caindo em desuso. Diário Miccional: - Intervalo médio das micções; - Freq. De micção em 24h; - Freq. Miccional noturna; -n° de IU em 24h; - Causa dos acidentes (Sintomas de estresse ou urgência); - Ingestão total de líquido; - N° de irritantes vesicais por dia; DIAGNÓSTICO PAD TEST (Teste do absorvente) - 1h de duração; - Coloca o protetor (absorvente) previamente pesado; - Pcte ingere 500ml de água em até no máximo 15’; Ficando sentada; * Nos primeiros 30’: caminha/ sobe e desce um lance de escada; * Nos minutos restantes: levanta da posição sentada por 10x/ tosse vigorosamente por 10x/ corre no lugar por 1’/ agagha para pegar um pequeno objeto por 5x/ lava as mãos em água corrente por 1’. • Ao final de 1h o protetor é removido e pesado: OSCILAÇÃO DE PESO > 1g= IU DIAGNÓSTICO DIAGNÓSTICO 2. ESTUDO URODINÂMICO – Avalia as fções de armazenamento e esvaziamento. FLUXOMETRIA: Medida eregistro do fluxo urinário durante o esvaziamento vesical; CISTOMETRIA: Avalia a fção de enchimento e armazenamento de urina na bexiga; sensibilidade e capacidade vesical, contrações involuntárias do detrusor e relação volume-pressão (complacência). FLUXOMETRIA: A pcte com a bexiga confortavelmente cheia urina numa cadeira de fluxometria. - O peso do fluido é convertido eletronicamente numa curva de fluxo urinário. Tx de fluxo Tempo de fluxo Vol. urinado Fluxo máximo DIAGNÓSTICO CISTOMETRIA - 2 catéteres transuretrais: Pressão vesical; Infusão de líquido; - 1 catéter com um balão na extremidade ( Pressão abdominal): vagina ou reto; Pressão detrusor = P Abd – PV A medida que é introduzido líquido a pcte irá relatar: 1. 1° desejo miccional - 2. Forte desejo miccional; - 3. Urgência; * Pode associar manobra de Valsava para verificar perda urinária DIAGNÓSTICO TRATAMENTO CIRÚRGICO As técnicas são escolhidas de acordo com: O menor número de recidivas; Sua viabilidade; Experiência e segurança do cirurgião. TRATAMENTO FISIOTERAPÊUTICO Objetivo: normalizar a funcionalidade das estruturas pélvicas envolvidas na incontinência. TRATAMENTO CINESIOTERAPIA: • Percepção proprioceptiva. • Dissociar mm. diafragma, pélvicos, adutores, glúteos, abdominais. • Arnold Kegel (1948). • Cones vaginais. • Bola suiça. • MARCEL CAUFRIEZ (1993): Exercícios hipopressivos (Aspiração diafragmática). EXERCÍCIOS DE KEGEL Contrações simples, voluntárias e repetidas dos músculos do assoalho pélvico; Realiza-se com o aumento gradativo da intensidade da força e do tempo de contração; Recrutam fibras tipo I e II, estimulando a função involuntária Não possui contra-indicações Realiza-se de forma individual ou em grupo Isola-se a ação gravitacional com a pct em prona ou supina, progredindo para sedestração e ortostase; Associa-se a situações como tosse, corrida, cócoras e carregamento de peso. EXERCÍCIOS DE KEGEL CONES VAGINAIS Resistência e feedback sensorial pela contração dos MAP. Atingir o terço médio da vagina. Apresentam na forma de “kit” com 5 cones de tamanhos iguais e pesos diferentes 20g a 100g (25 a 75g). Contra-indicações: ITU,dist. psiquiátricos, menstruação, retenção ou obstrução urinária, gravidez. CONES VAGINAIS Trabalha-se em 2 fases: Fase I: introduz-se o cone de maior peso que a paciente possa sustentar e deambula por 10 a 15’, realizando AVD’s. Recruta fibras tipo I. Fase II: introduz-se o cone de maior peso que se possa sustentar e realiza 30 contrações voluntárias. Recruta fibras tipo II. http://www.superlojas.com.br/ljmain.cfm?login=cones ASPIRAÇÃO DIAFRAGMÁTICA ou GINÁSTICA HOPOPRESSIVA Manobra de contração limitada do transverso do abdome, que empurra as vísceras para cima, levando uma depressão da cavidade abdominal de 10 a 20 cm H2O e provocando uma contração reflexa dos MAP. ASPIRAÇÃO DIAFRAGMÁTICA ASPIRAÇÃO DIAFRAGMÁTICA BOLAS SUÍÇAS • Melhora força de fechamento uretral e percepção sensorial dos MAP. • Motivação: uso em grupos. BIOFEEDBACK • Recurso terapêutico utilizado para detectar , amplificar através de sinais visuais e sonoros a contração dos mm. requisitados. • Requer compreensão, motivação e concentração do paciente. • Tipos: de pressão, Eletromiográfico de superfíficie ou endocavitário. BIOFEEDBACK PRESSÃO BIOFEEDBACK E.M.G. • Indireta, reflexa pelas aferências do n. pudendo interno. • Correntes alternadas, bifásicas. • Tolerância maior. Objetivos: • ↑ força e comprimento dos E.A. e melhora das trasmissões das pressões. • Diminuir a atividade do detrusor e reforçar a musculatura perineal. ELETROESTIMULAÇÃO ELETROESTIMULAÇÃO I.U. URGÊNCIA Inibição vesical (ID): • Vias aferentes: n. pudendo interno. • Vias eferentes (tônus vesical). • Freq. → 5 a 10 Hz até 20 a 25 Hz. • Largura de pulso: 0,2 e 0,5ms. • Tempo repouso: não há necessidade (<30 Hz). ELETROESTIMULAÇÃO I.U.E. • Intensidade mais elevada possível (limiar doloroso). • Respeitar o limiar do paciente. • Estimular os dois tipos de fibras. • Tempo de repouso- trabalho 2:1. • Fibras lentas (resistentes): 10Hz até 30Hz / 0,2ms- 60 min (fadiga). • Fibras rápidas (força): 30 a 50Hz / 0,2ms – 30s (fadiga). • Largura de pulso: 0,2 e 0,5ms. * Resultados satisfatórios melhora força 50Hz * * Contra-indicações: ITU, refluxo vésico-uretral, tumores, gravidez. ELETROESTIMULADOR